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SANCHIS, Pierre.

Catolicismo: Modernidade e tradição – São Paulo, São


Paulo: Editora da Loyola, 1992.

Pierre Sanchis possui graduação em Duel de Sociologia - Université Paris-


Sorbonne (1969), graduação em Teologia - Université de Strasbourg (1955),
mestrado em Etinoligia, antropologia e Ciencia da religião- Université Paris
Diderot (1972) e doutorado em Sociologie - Ecole des Hautes Études en
Sciences Sociales (1976). Atualmente é professor emérito da Universidade
Federal de Minas Gerais. , atuando principalmente nos seguintes temas: brasil,
religião, catolicismo, sincretismo e campo religioso - Brasil.

Este livro irá fazer uma abordagem de diversos pontos das divergências entre
os discursos tradicionais e os grupos modernistas dentro do Brasil. O livro é
dividido em sete artigos que através de outros temas demonstram esses
discursos e são eles: Estruturas de igreja e conflitos religiosos; A imagem da
paixão a igreja no Brasil e na Polônia; Os seminários crise, experiências e
síntese; Escolas católicas renovadas e a educação libertadora; O papel das
editoras católicas na formação cultural brasileira; Conflito na diocese de
campos. O primeiro artigo deste livro vem tratar da questão da influência dos
movimentos de esquerda no interior da Igreja católica no Brasil, tão combatido
pelos papas por anos, acabou por gerar grande influência dentro da igreja do
Brasil principalmente no período pós Vaticano II, onde a Igreja se abria aos
novos tempos e modos de evangelização, de modo que esta influência acaba
por gerar dentro da igreja movimentos contrários á própria doutrina da Igreja,
alguns apoiados por padres e bispos e outros rechaçados, é apresentado neste
capítulo a representação de uma igreja dividida, onde de um lado se colocam
os mais conservadores que de modo algum apoiam os movimentos tidos como
esquerdistas e do outro lado os movimentos mais modernistas ligados
principalmente à movimentos indenitários, como o movimento negro, indígena
dentre outros. O segundo artigo é retratada uma comparação entre a igreja da
polonesa e a igreja brasileira em muitos aspectos levando como base que, a
igreja polonesa é conhecida por ser uma das mais tradicionais do mundo e no
outro estremo o brasil como uma das igrejas mais abertas, iniciando da relação
da pirâmide eclesiástica até as devoções populares, onde através disso se
observa que, se comparado a igreja brasileira à igreja polonesa,
desconsiderando o caráter do imenso território brasileiro ao território polonês,
vê-se que há um grande déficit em relação ao numero de sacerdotes, igrejas e
comunidades eclesiais, porém um fator comum entre as igrejas é a presença
de uma forte devoção mariana presente em seus territórios. O terceiro capítulo
retrata a questão dos seminários católicos presentes no Brasil e seu período
áureo à sua fase decadente, onde segundo o autor um dos fatores geradores
dessa queda seria o Concílio Vaticano II que acabara por gerar dentro da igreja
principalmente em seu período próximo de sanção uma época de turbulências
e mudanças que acabara por gerar não apenas uma redução no numero de
seminaristas mas também no fechamento de muitos seminários, porém não
seria ele o vilão da história, também é ressaltado pelo autor que essa
decadência no numero de seminaristas é fruto de um sistema de confluências
sociais presentes no país naquele período, principalmente por causa do
período ditatorial. No quarto capítulo, observa-se a presença dos movimentos
esquerdistas e sua influencia na educação da escolas confessionais brasileiras,
principalmente nas universidades mantidas pela Igreja, que se voltam não mais
para o ensino tradicional, mas acabam se reformando e tornando-se centros de
disseminação de ideologias esquerdistas, colocada pela autora como
“educação libertadora” já que era voltada para uma corrente ideológica da
teologia conhecida como teologia da libertação. No quinto e sexto capítulos
mostra a questão da disseminação do conhecimento através das editoras
católicas e a questão da formação dos espações tradicionais por parte da
diocese de Campos.

Vê-se então através disso tudo que fora proposto a questão do choque entre os
grupos voltados à tradição e os grupos modernistas, muito bem ressaltada pelo
autor e através destes levando a um debate sobre os resultados das heranças
tradicionais e modernistas existentes no Brasil e de que modo isso veio a
impactar a igreja brasileira, possuindo em si uma leitura bem agradável e de
fácil compreensão, onde vê-se uma preocupação muito grande referente À
fontes e notas explicativas, com o objetivo não de fechar o assunto ao leitor
mas sim possibilitar a ele uma maior gama de conhecimentos e curiosidade
sobre o assunto.

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