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Trabalho de Filosofia

Escola Estadual Monsenhor José Paulino


Alunos: Beatriz, Bruno Ferreira, Zidane, Micaely e Maria Eduarda Pedroso.
3°M04

APRIORISMO é uma posição gnosiológica que media o empirismo e o


racionalismo. O empirismo ensina que a fonte de todo conhecimento é a
experiência, e o racionalismo, a razão. O apriorismo dirá que ambos os fatores,
experiência e razão, intervém no ato do conhecimento. Segundo o apriorismo, nosso
conhecimento apresenta, como o nome dessa tendência já diz, elementos que são a
priori independentes da experiência. Essa também era decerto a opinião do
racionalismo. Eles não são conteúdo do conhecimento, mas, formas do
conhecimento.
Na educação, segundo Becker (2001, p. 19), o professor que tem uma
concepção apriorista entende que o aluno traz um saber e que ele apenas precisa
trazer à consciência, organizar, ou ainda rechear de conteúdo. O professor e
a escola são facilitadores dessa ação.
Dificilmente alguém negaria que existem conhecimentos que adquirimos por
meio de experiência sensorial. Por exemplo, o conhecimento de que a água congela
a zero grau Celsius. É realmente necessário fazer observações para se adquirir tal
conhecimento.

O PAI DO APRIORISMO

Kant (1724-1804) é o iniciador desta posição, afirmando que não há dúvida de


que o ponto de partida do conhecimento humano é a experiência.
O conhecimento é fruto de uma colaboração entre nós e o mundo: nós
contribuimos com a forma, o mundo com a matéria.
Kant utiliza o termo matéria, para designar os dados exteriores captados pelos
órgãos sensoriais e o termo forma para designar as estruturas cognitivas do sujeito (
a sensibilidade capta os dados; o entendimento organiza-os).
Em Kant, há a preponderância do sujeito no processo cognitivo, isto é, o
conhecimento resulta da capacidade receptiva e organizadora que o sujeito possui
sobre a diversidade dos dados da experiência. Conhecer implica a atividade de um
sujeito que dispõe de sensibilidade e de entendimento. Os dados do objeto só
chegam à consciência depois de passarem pela sensibilidade e de serem ordenados
pelo entendimento do sujeito. Ou seja, para que haja conhecimento, as impressões
sensíveis tem que ser organizadas por algo que pertence ao sujeito e que é anterior
e independente da experiência. Diz ele: "Mas se é verdade que todos os nossos
conhecimentos começam com a experiência, todos, no entanto, não procedem dela".
Distingue ainda o filósofo entre matéria e forma, sendo matéria o elemento
proveniente da experiência - a posteriori -, e forma, o do pensamento - a priori. O
primeiro fornece a matéria do conhecimento, enquanto o segundo, a forma. Por isso,
há dois elementos no ato cognitivo, um material e outro formal, empirismo e
racionalismo, portanto. Ambas as posições têm sua parte de razão, segundo o
filósofo, e o extremo de uma delas é o que constitui, o sem razão, pois não existe
conhecimento sem intervenção da experiência e nem tampouco sem as formas a
priori. No dizer de Kant, os conceitos sem as intuições são vazios, e as intuições
sem os conceitos, cegas.

CARACTERÍSTICAS

O denominado juízo a priori é aquele que contém um predicado que faz parte
do sujeito, que lhe é inerente, como por exemplo "todo corpo é extenso", portanto,
todo conhecimento a priori será analítico - basta analisar o sujeito para se chegar ao
predicado. Esta foi a doutrina tradicional até Kant. Este, pelo contrário, proclama que
existem conhecimentos a priori (= independentes da experiência) que não é
puramente a priori, e que não é também puramente experimental. Coisa inédita
então. Desta maneira ele se afasta dos empiristas.
Conforme acima, distingue Kant no conhecimento dois elementos, um que
vem do objeto a ser conhecido, e outro que é inerente à natureza humana. De um
lado, portanto, existem os objetos, e de outro lado, a natureza humana com suas
potencialidades. Estas potencialidades, porém, não captam os objetos para serem
conhecidos, e os objetos por si sós, ou a experiência, por sua própria ação, não
fornecem também o conhecimento. É somente com a reciprocidade de ação entre a
natureza humana e os objetos que surge o conhecimento, e Kant desta maneira
afasta-se do racionalismo.

Enfim, o que deve ficar disso tudo é a reformulação do a priori em Kant ao


criar seu sistema do apriorismo formal. Antes dele a priori significava todo
conhecimento que não necessita de nenhuma forma da experiência, pois é 'a priori,
desde o primeiro' momento do exercício intelectual sem recorrer aos sentidos. Com
Kant, o a priori passa a ser outra coisa, significando o conhecimento que não
depende da experiência, mas que também não é analítico.

Bibliografia
http://civilizacaoeambiente.blogspot.com/2011/01/apriorismo-kantiano-meio-termo-
entre.html?m=1
https://treinamento24.com/library/lecture/read/754346-o-que-e-apriorismo-filosofico
http://lolaeafilosofia.blogspot.com/2014/01/apriorismo-de-kant.html

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