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Desenho da

Família
Profª Cristiane A R Rangel
DESENHO DA FAMÍLIA

Técnica projetiva gráfica.

Público: crianças, adolescentes e


adultos.

Materiais: folha de papel, lápis preto e


borracha
A criança estabelece relações

pais
irmãos
família, ....

❖ sentimentos da criança com seus familiares;


❖ auto percepção na constelação familiar;
❖ atitudes negativas - membros da família
❖ sentimento de pertença ou não

Essa relação também pode ser parcial


com apenas 1 familiar
Atualmente não há um sistema de
categorização validado.
A interpretação é feita com base na
psicodinâmica.

 Orientação: Desenhe uma família.

A família real pode não ser desenhada.

Solicita-se em outra folha, o desenho da sua


família.
O desenho é a fantasia!

❖ Emoções
❖ A transformação dos personagens
❖ Acesso ao mundo interno (micro-família)

Retrata a realidade
psíquica da criança.
Família imaginária = princípio do
prazer

Família real = princípio da


realidade, que domina o
funcionamento psíquico da
criança.
Precursores
❖ 1926 – Sophie Morgenstern
Psicanalista infantil - já utilizava desenhos na
terapia.

❖ 1945 – Françoise Minkowska


Utilizava sistematicamente para jovens –
desenhavam uma casa e depois a família.

❖ 1952 – Daniel Porot


Considera o desenho da família
como um teste projetivo e
codifica a aplicação.
A aplicação: desenhar sua família real (folha
e lápis preto)

Psicólogo observa e registra:

✓ A ordem dos personagens


✓ As rasuras e as correções
✓ Tamanho e localização dos personagens

O 1º personagem desenhado é o mais


valorizado pela criança.
Outros autores - Outras métodos

❖ 1964 – Louis Corman


Teste do desenho da família como teste de
personalidade (projetivo)

1º - estudos prática pedopsiquiátrica


(observada pelas dificuldades de adaptação
das crianças na família)

2º - interesse pelo desenho livre: projeção das


tendências reprimidas e revelação dos
sentimentos
Instrução: desenhar uma família, que a
criança imagina.

▪ Criança deve ficar livre.


▪ Qualquer papel
▪ Lápis preto ou colorido

Observar: em qual parte da folha; qual


personagem foi desenhado primeiro; tempo
que levou cada um; o cuidado e capricho;
se volta a algum personagem para correções
Análise

1º Descrição: pede-se para a criança


descrever cada um dos personagens (lugar
na família, idade, sexo)

2º Preferência afetiva: qual simpatiza mais. A


personagem mais e menos feliz.

3º Identificação: com qual se identifica

Perguntar se a criança está satisfeita


com o que desenhou.
Recomenda uma entrevista
semiestruturada para este momento.
Interpretação

Plano gráfico: força do traço, espessura,


violência ou suavidade, escurecimento ligado à
audácia, o ritmo do traço, como ocupou o
espaço da folha. Zonas em branco como
espaços de censura.

Plano das estruturas formais:


observa-se a maturidade,
perfeição, a interação dos
personagens – contexto,
estático ou dinâmico
Plano conteúdo e a interpretação psicanalítica:
predomina a subjetividade, a criança é um
artista – é a família dos desejos

Família imaginária = princípio do prazer

Família real = princípio da realidade, que


domina o funcionamento psíquico da criança.
❖ C. Jourdan-Ionescv e J. Lachance

Formalizaram e codificaram o teste do desenho


da família.

- Família real
- Família imaginária
- Família em atividade
- Família de origem
- Etc.
Aplicação: 1 folha formato paisagem e lápis
de cor.

Tempo
Cronometrado

Término: denominar sua família – escrever


nome, idade, sexo e grau de parentesco.
- Qual personagem você gostaria de ser?

Observar: todas as expressões durante o


desenhar – linguagem, iniciativa, passividade,
ansiedade, ...
Codificar:

- Família desenhada x família real: comparar,


observar valorização (tamanho), omissão /
rejeição

- Nível de desenvolvimento: dos personagens


mais bem executados

- Aspecto global: 1) como usa a folha, qualidade


do desenho. 2) tamanho dos personagens,
proporções. 3) tipo de traço – contínuo, leve,
forte, ... 4) organização da família – hierarquia.
5) perseveração. 6) fatores regressivos – muito
simples, falta de personagens. 7) harmonia,
simetria
- Cores
- Expressões dos personagens
- Outros fenômenos

Detalhes essenciais, acessórios, roupas, ...

Aspecto clínico: quem se destaca,


identificações, organização dos
personagens, relações entre personagens
❖ 1996 - R. Perron e M. Perron-Borelli

Desenhos de crianças com o pai e a mãe.

Objetivo identificar os significantes da diferença


sexual nos desenhos.

“desenhar uma criança com seu pai e sua


mãe”

o Onde estão o pai e a mãe da criança?


o A criança é menino ou menina?
o Com quem essa criança prefere ficar?
Ordem que foram desenhados é importante.

1º é a criança
2º figura parental do mesmo sexo
3º figura parental do sexo oposto

Prudência ao analisar
desenhos de família e não
tirar conclusões precipitadas
R. Perron e M. Perron-Borelli

A partir dos 4 anos o sexo dos personagens


são demonstrados nas dimensões.

- Pai – cabeça cumprida, olhos e boca


maiores
- Perceptível se as duas figuras parentais
são desenhadas.

- Caso contrário, observar: detalhes,


cabelo, roupas, ...
Espaço Gráfico - Koch

Passividade Confronto
Espectador Ativo com a
da vida vida
Passado Futuro
Introversão Extroversão
Início, Pulsões,
Mãe regressão instintos,
Pai
Estado conflitos
ultrapassado Nostalgia
Sem deixar
de olhar o
desenho de
forma
dinâmica!
Referências

WERLANG, Blanca Susana Guevara; AMARAL, Anna Elisa de Villemor.


Atualizações em métodos projetivos para avaliação psicológica. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2008. Disponível na Biblioteca Virtual da
Pearson
COGNET, Georges. Os testes de desenhos temáticos. In: COGNET,
Georges. Compreender e interpretar desenhos infantis. Editora Vozes
Limitada, 2013. Disponível na Biblioteca Virtual da Pearson

SALTIEL, Lisiana Ourique. KRUG, Jefferson da Silva, BANDEIRA, Denise,


Recursos utilizados na entrevista lúdica diagnóstica para avaliação de
crianças no período de latência. 2012.

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