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Petrópolis:
Editora Vozes; Cunha, J. (1993). Psicodiagnóstico-R. Porto Alegre: Artes Médicas; Font, J. (1978). Test de la familia.
Cuantificación y análisis de variables socioculturales y de estructura familiar . Barcelona: Oikos-tau; Santos, P., Colaço, N.,
& Taborda, J. (1998; 1999). O Desenho Infantil. Lisboa: ULHT.
ÍNDICE
1. DESCRIÇÃO ............................................................................................... 5
2. APLICAÇÃO .............................................................................................. 5
3. INTERPRETAÇÃO ...................................................................................... 6
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 8
ANEXOS ................................................................................................................ 9
CORMAN- 3 NÍVEIS DE INTERPRETAÇÃO NO DESENHO DA FAMÍLIA ....... 10
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O DESENHO COMO PROVA
Factores Afectivos: por vezes o nível é semelhante à idade cronológica, mas podem
observar-se sinais de regressão importantes.
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dos espaços brancos com formas esteriotipadas com significado muito pessoal.
Traços Fóbicos: inibição, desenho pequeno, traço pouco nítido, ausência de dinamismo,
conteúdos pobres ou regressivos, fascinação por certos elementos super investidos,
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superior do corpo que podem lembrar dificuldades nas identificações. Escolha de
justiceiros do Farwest.
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TESTE DO DESENHO DA FAMÍLIA
1. Descrição
linguagem pictórica, da forma como vivência a sua família. A instrução a utilizar vai
tempo de administração é variável, mas é recomendável que não exceda uma hora.
Apesar de ser uma técnica mais frequentemente usada com crianças, também pode ser
2. Aplicação
papel e lápis preto para administrar o teste. Seguidamente, é dada a seguinte consigne:
anotar, de forma discreta, tudo o que vai acontecendo durante a prova, tal como: as
por paragens.
Após a criança acabar o desenho passa-se à fase de inquérito: " Agora vamos
falar sobre o desenho que fizeste e vamos saber quem eles são ". Para cada
personagem, pergunta-se qual é o seu papel na família, o seu nome, o sexo e a idade, e
qual constam algumas questões, como: de quem gostas mais, quem é o mais e o menos
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alegre, qual é o pior e o melhor, o mais e o menos feliz. Quem seria se fizesse parte
dessa família e porquê, se alguém tivesse de ficar em casa quem seria, são algumas das
3. Interpretação
embora haja certa concordância entre autores sobre algumas hipóteses interpretativas.
família:
- a amplitude do traçado,
- a força do traçado,
- o ritmo do traçado,
- a localização na página
- e o movimento do traçado;
CORMAN, em 1967, exemplifica com o caso de uma criança que sente ciúme do
irmão mais pequeno e, então, pode omiti-lo no desenho, negando a sua existência, pode
trocar de papel com ele ou colocar-se no seu lugar, identificando-se com ele.
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Antes de qualquer interpretação em sentido projectivo, recomenda que se
Deste modo, a maneira como se analisa varia segundo o nível de projecção, que deve ser
Recomenda ainda, que não se deve fazer uma interpretação às cegas, mas buscar
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BIBLIOGRAFIA
Santos, P., Colaço, N., & Taborda, J. (1998; 1999). O Desenho Infantil. Lisboa: ULHT.
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CORMAN - 3 níveis de interpretação no desenho da família
I. Nível gráfico
Se é maior ou mais restrita, associa-se com expansão vital
Amplitude do traçado 1
ou inibição.
Representa a força dos impulsos, com libertação ou
inibição dos instintos. Estes aspectos podem ser
Força do traçado 2 considerados relativamente ao desenho total ou podem
ser usados para enfatizar um personagem, por exemplo,
desenhando-o bem maior que os outros.
Refere-se ao modo como o sujeito desenvolve a tarefa de
modo mais espontâneo ou, pelo contrário,
Ritmo do traçado 3 esteriotipadamente, numa repetição simétrica de traços,
pontos, etc., até atingir um grau de minúcia que pode
chegar a ser compulsiva.
É considerada em termos do simbolismo do espaço, na
folha que o sujeito desenha, em que:
- A parte superior representa a expressão da fantasia e
a parte inferior, de ausência de fantasia, de energia,
Localização na página 4
como zona de depressão;
- O lado esquerdo relaciona-se com o passado e o lado
direito, com o futuro;
- os lugares que ficam vazios significam zonas proibidas
Da esquerda para a direita tem um sentido progressivo e,
Movimento do traçado 5
da direita para a esquerda, tem um sentido regressivo.
Neste nível, leva-se em conta, uma diferenciação em tipos de representação das figuras
Destaca, assim, um tipo sensorial (o mais espontâneo e livre) e um racional (o mais rígido), que
começa a ser mais frequente, nos desenhos, depois do ingresso na escola.
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III. Nível de conteúdo
O personagem principal é o mais importante no sentido em
que as relações do sujeito com ele são especialmente
significativas, ou porque o admira, inveja, teme, ou porque se
identifica com ele.
Evidencia-se:
- como a primeira figura a ser desenhada;
- pela colocação em primeiro lugar;
- pelo maior tamanho;
Valorização do personagem - por merecer um traçado mais cuidado, mais caprichado ou
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principal com mais adornos;
- pela sua localização ao lado de uma figura importante, como
por ex.: do pai;
- por ser desenhado numa posição mais central, de maneira
que chame a atenção entre as restantes figuras ou concentre
a atenção dessas mesmas figuras;
- por ser a figura mais enfatizada nas respostas ao
questionário; ou, ainda,
- por representar o próprio sujeito, que com ela se
identifica.
Implica intentos de negação, que é frequentemente indicada
pela omissão de uma figura ou de detalhes da mesma.
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FONT - Interpretação do Teste da Família
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Terço inferior - Significa o que é sólido, o firme e o concreto. Quando
situados na zona inferior do eixo vertical parecem revelar um maior contacto
com a realidade e correspondem a sujeitos mais firmemente enraizados. A
colocação numa zona inferior da folha corresponderia a sujeitos mais
maduros. No entanto, se os desenhos chegam ao bordo final da página,
parece que reflectem tendências depressivas, insegurança, necessidade de
apoio e dependência excessiva.
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A distância emocional entre os diferentes personagens da própria família,
projecta-se em numerosas ocasiões pela distância física existente entre os
mesmos nos desenhos.
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Não é muito frequente e, tal facto parece ser indicador de conflitos
emocionais de certa importância. Em tais casos, o sujeito pensa antes
num irmão do que nos próprios pais.
O irmão desenhado em primeiro lugar ou é admirado, ou invejado
Irmão desenhado
3 podendo, por vezes, ser o principal causador das tensões emocionais
em primeiro lugar
do sujeito que realiza este tipo de desenhos.
Por outro lado, começar a representação da própria família pelo
desenho do irmão, pode projectar também uma certa desvinculação
afectiva dos pais, que em muitos casos aparecem desvalorizados e
separados ente si, ficando dividido o bloco parental.
São eles:
Outros indícios de
5 - o tamanho maior de determinada personagem,
valorização
- ou a representação de detalhes em quantidade e qualidade
(perfeição) superiores.
O/a pai/mãe
Desenhar um personagem em último lugar consiste numa das formas
desenhado/a em 6
possíveis de desvalorização, a não ser que isso seja justificado pela
último lugar
ordem lógica que deriva da hierarquia familiar.
Desenha-se a si Desenhar-se em último lugar, não sendo filho único ou o filho mais
mesmo em último 7 novo, deve interpretar-se como um sinal de desvalorização própria e
lugar é, sem dúvida, uma das formas de desvalorização que se pode
quantificar de modo mais objectivo.
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Corresponde a um mecanismo de defesa que consiste em negar uma
realidade que produz angústia. Perante o sentimento de incapacidade
de adaptar-se a essa realidade, o sujeito reage negando a sua
existência. Podemos pensar que a criança que suprime um elemento
da sua família, de uma forma inconsciente deseja a sua "eliminação".
A este respeito, devemos inferir que os sentimentos do sujeito
podem ser ambivalentes, podendo-se apreciar frequentemente a
coexistência de amor e ódio. devido aos sentimentos de culpa que tal
"eliminação" produz na criança, esta tende a racionalizar o seu
problema, como ocorre, por ex., quando na entrevista refere que não
teve tempo de desenhar um certo personagem, que não cabia ou,
simplesmente, que se esqueceu.
Eliminar um elemento da própria família é a expressão máxima de
desvalorização e indica sempre problemas relacionais importantes.
Supressão de
algum elemento da 8 O pai ou a mãe - o pai é suprimido com maior frequência do que a mãe.
família Algumas supressões devem-se, certamente, a uma problemática de
ciúme edipiano: por isso o sujeito elimina o/a pai/mãe, que considera
como rival.
No entanto, a eliminação pode também obedecer a outro tipo de
problemas relacionais.
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A supressão das mãos nos desenhos, em parte ou na totalidade, é
relativamente frequente em crianças de 9 anos.
Em alguns casos, a supressão pode atribuir-se à insuficiente
capacidade analítica, dependendo do desenvolvimento intelectual. No
entanto, na maioria dos casos, deve-se a diferenças individuais no
âmbito da afectividade.
Alguns autores, apoiando-se no facto natural de que as mãos são os
A supressão das
10 órgãos de contacto, relacionam as alterações, deformações ou
mãos
supressões desta zona corporal, com dificuldades de contacto
ambiental. Se estão ocultas ou foram suprimidas é possível que o
sujeito projecte sentimentos de culpabilidade. Outros autores,
defendem ainda, que as alterações nas mãos são interpretadas como
expressão de dificuldades de contacto ou de sentimentos de culpa
relacionados com actividades manipuladoras ou de masturbação.
Deste modo, devemos ser extremamente prudentes na interpretação
dada ao desenho da família.
A adição de 12
outros elementos Algumas crianças representam no desenho da família, para além dos
pais e irmãos, outros elementos. As adições mais frequentes
encontram-se de seguida:
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supressão de algum elemento, etc., é que podemos deduzir a existência
de problemas de certa importância.
Os problemas relacionais com os pais e os conflitos de rivalidade
fraterna interrelacionam-se. Por conseguinte, quanto mais visível é o
problema numa das áreas, mais conflituosa resulta a outra.
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