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I.

Resumo

Arquhn Ibn Shal’, é um combatente nascido em Wassif. Teve uma infância conturbada, com um rígido
mestre, que forçou o garoto às artes armadas e serviços extralegais. Curioso, dispostaa descobrir o
mundo em sua volta, possuindo interesse obsessivo sobre os povos e seus conhecimentos.

II. Lore

**Aquele que não era para nascer.**

Em uma noite fria e escura, as areias dançavam pelo deserto. Os pais de Arquhn eram comerciantes e
decidiram cruzar o deserto de Balmute na madrugada, para fugir do ataque dos bandidos. Foi quando
no meio da travessia um grande verme atingiu a carroça, matando com o choque o seu pai. A mãe, em
pânico com a imagem do marido sendo mastigado pela criatura, corre ensanguentada pelo deserto,
até desmaiar.

Na manhã seguinte, moradores locais encontraram a mulher grávida lançada ao chão, que com a
pouca força que tinha, disse: "não deixe meu filho morrer". Um dos passantes, então, com reflexo de
misericórdia ao ver a situação, abriu a barriga com uma faca e retirou de lá um bebê feio e assustado,
mas com vida.

Tornando a capital, deixaram o bebê com um ríspido senhor, "Awqrun ibn Hagatan", um velho que
adotava crianças órfãs para ensina-las as artes de combate para motivos escusos. Entretanto, dada a
situação da criança, acreditava-se que com a educação e o dinheiro do velho, haveria algum conforto
àquela pobre alma.

*(...) Continua*

O aprendiz sem técnica

Era uma criança pequena, franzina, de pernas tortas, feia e que pouco falava. Todos do bairro sabiam
quem era ele, as pessoas lembravam das histórias do acidente e, por conta disso, criavam-se rumores à
respeito de Arquhn. Diziam que ele era assim por conta da tragédia, outros diziam que foi por conta do
sofrimento. O que importa, é que a calada criança era observadora e em silêncio guardou a hostilidade
sofrida.

Por conta de suas condições físicas, seu mestre cobrava do garoto ardilante desempenho nas armas. Ele,
em seu âmago, tinha pena e desprezo pelo garoto, acreditava que a unica forma de ajeitar uma pessoa
como essa, era sendo rigoroso e punitivo.

Entretanto, a criança não demonstrava qualquer habilidade, não manter a postura de combate, segurar
o escudo e sequer cortar uma árvore. Era tido como um caso perdido, um fardo a ser carregado sob
incubência de seu mestre.

O Homem do Lago

Aos 12 anos de idade, após discutir contra seu mestre por não conseguir cumprir uma tarefa, Arquhn
caminhou até a borda de um profundo lago barosso, onde encontrou um Velho pescando.

Notando as feições do garoto e imaginando o que daquilo poderia seguir, o pescador perguntou ao
garoto : "E o que você acha que irá mudar nesse mundo com a sua morte?"

O garoto, em sua anseio por dar razão a sua raiva, enquanto olhava fixamente para água escura,
respondeu de forma curta "Sobre ele eu não sei, mas eu ficarei mais satisfeito e isso por si é suficiente".

Intrigado com a resposta, deslizando os dedos por sua barba branca, o velho respira e diz: "entendo seu
anseio, meu jovem. Mas por ver sua idade, sei que sua pobre alma nada viveu e nada experimentou,
como poderia a raiva ser o Fogo de um espírito? Essas águas barrosas apenas pesarão e você será mais
um perdido no meio do caminho. Venha sente-se ao meu lado e vamos ver se consequimos alguns
peixes"

Estonteado com a resposta, o garoto sentou-se e os dois ficaram em silêncio por horas. Quando o sol
começava a mudar a cor no horizonte, o garoto já mais tranquilo, torna ao velho e o faz um ultimo
questionamento: "e o que então fortaleceria minha alma?"

Sorrindo, enquanto dividia os peixes, o homem olha para o lago e diz: "esse é o maior mistério. Acredito
que a experiência, os ensinamentos e os ventos do desconhecido, são alimentos para nossa alma". No
fim, o homem entregou os peixes ao garoto e se despediu dizendo: "leve ao seu mestre os peixes e para
você, essa moeda".

No dia seguinte, o garoto voltou às margens daquele rio em busca daquele senhor, mas não o encontrou,
dia após dia, por algum tempo, ele voltou àquele rio para procurar o velho, mas nunca mais o viu.
Do Barro ao Jarro

De toda forma, aquela conversa com o Velho submergiu na cabeça do garoto. Daí então, passou a
encarar sua realidade como uma passagem para algo além. Disso, dedicou-se verdadeiramente a treinar
as técnicas de combate, era um desabrochar. "Se para engrandecer a alma é preciso desbravar o mundo,
é imprescindível saber sobre o que se busca e sobreviver ao desconhecido", pensava o garoto.

Então, dia após dia, ele treinava com sua arma, curioso, ia à biblioteca onde aprendeu a ler e desbravou
os conhecimentos sobre outras culturas. Nestas ocisões leu sobre o "barqueiro", uma entidade do
panteão Ferun responsável pela travessia no rio dos mortos. O adolescente logo passou a associar a
figura dessa pessoa com a do velho do lago.

Aos 16 anos, Arquhn já apresentava melhora nas suas características de combatente. Sabia manter a
postura, a ser seu modo desengonçado para esquivar-se dos combates corpo a corpo, dominava pouco o
escudo e demonstrava uma força de vontade encorajadora.

Aos 18 anos, seu velho mestre quase sem acreditar que aquela criatura esguia e sem jeito atingiu êxito
em seu treinamento, deu ao discipulo a missão de traçar seu próprio destino. Lembrando da conversa
com o homem do lago, Arqhun decide desbravar o restante do mundo e tocar naquilo que imaginava ser
a vida além do deserto.

Do Jarro ao Barro

No ano seguinte, os rumores sobre o crescimento de Ferun. Aproveitou as caravanas que dirigiam-se
àquelas terras e foi até Thullin. Lá, o jovem começa a aprofundar seus estudos sobre a cultura da região.
Foi quando descobriu a existência de um templo para o Barqueiro, onde realizou pequenas inscursões no
seu interior, onde viu diversas moedas dadas àquela entidade.

Junto com a abertura de um novo horizonte, um novo mistério. Pessoas desciam do norte, Baryanos e
Nordes fugiam de um tenebroso inverno e não demorou para a morte acompanhar esses sujeitos.
Do terror que fugiam, o trouxeram consigo. Homens de pele pálida, rostos sombrios, corpos esguios e
velozes, acompanhados de criaturas horrendas. Era o início do fim daquela civilização. Não se era
esperado que outra criatura derrogasse o reinado dos homens. Principalmente, por aquilo que se
acredita estar morto.

A Areia, o Sangue e a Lama

Aos 23 anos, logo ao retornar à Wassif, recebe a informação que seu mestre fora assassinado. Não se
sabia quem poderia ter sido, mas acreditava-se que tinha haver com seus feitos do passado, algum
artefato que ele guardara consigo por muito tempo.

Desacreditado com a nova armadilha que o destino escondeu, Arquhn Ibn Shal' seguiu até o norte do
deserto, onde residia um grupo de nômades que outrora já foram contratados por seu mestre. Logo ao
ser avistado, o jovem foi atacado, não restando outra alternativa a não ser derramar o sangue de seus
agressores.

A lama de sangue misturava-se com seus pés, nas tendas, pessoas assustadas e escondidas, mas
ninguem sabia informar sobre o assassinato ou o motivo do ataque. Desde então, o Arqhun tem
procurado informações sobre esse artefato e as motivações do assassinato. Algo de fato era estava
escondido e sua curiosidade não o deixaria em paz até ter uma resposta.

Atualmente aos 28 anos deseja retornar as terras de Ferun, encontrar o artefato perdido de seu mestre e
informações profundas sobre a figura do barqueiro, que ele relaciona com o Velho do Lago.

III. Personalidade

Cabeça-dura, em situações que acha que sua opinião é superior às demais, tenderá a se comportar de
modo espinhoso.

Ambicioso, quando tem uma meta ou objetivo de vida claro e não mede esforços para alcançá-lo.
Audacioso/Astuto, mantem a atenção nas pessoas e ao seu redor, busca notar mentiras ou
incongruências;

Calmo, para além de seus defeitos, sabe que expressar demais àquilo que sente pode leva-lo a perder o
controle da situação analisada.

IV. Objetivos

A) Investigar a morte de seu mestre e obter informações sobre o suposto artefato;

B) Retornar ao templo do barqueiro;

C) Iniciar ou participar de um grupo para ganhar dinheiro.

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