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Chagunar Adonis

Jogador: Luiz Pedro

A família Adonis foi uma família rica e prospera no passado.


Eles fizeram sua fortuna com a pesca de baleias e logo se tornaram uma das famílias
mais ricas da costa da espada, chegando a ter uma frota de 40 barcos, todos trabalhando
para eles.

No entanto, certa vez, as baleias começaram a sumir o que, junto


com a grande incidência de piratas na região, fez com que os lucros da família
despencassem. Logo o rendimento da Companhia de Pesca Adonis passou a não mais
dar conta dos luxos da família, então iniciou-se o seu sofrido declínio.

Desesperados com a situação, os Adonis resolveram contatar a


entidade chamada de Yog-Sothot e fizeram um pacto com ela. Em troca de se tornarem
seus emissários, a entidade lhes proveria com grande abundância de recursos e os
protegeria de quaisquer ataques.

O acordo foi bem sucedido por um tempo. Porém, duas gerações


depois a linhagem da família começou a definhar, não apenas financeiramente, mas
física e mentalmente também. Ao longo dos anos os Adonis passaram a morrer cedo, se
envolver com drogas e desenvolver quadros graves de psicose, levando a família ao
fundo do poço.

II

Chagunar Adonis teve uma infância solitária, não teve irmãos


nem primos e seu pai sumiu no mundo, quando tinha 5 anos, sem muitas explicações
após uma série traumatizante de surtos psicóticos em que Chagunar era submetido à
sessões de espancamento. Sua mãe, por sua vez, o rejeitou até sua morte, que ocorreu de
uma doença inexplicável que a fazia grunir sons agonizantes, quando Chaagunar tinha 8
anos.

Quem o criou foi a governanta de sua Casa, Stella, com o lucro


que vinha de 5 barcos restantes na companhia de sua família. A companhia por sua vez,
era gerida por Sylas, um capitão fiel, porém decadente, de seu avô que acabou
adquirindo uma fobia do mar, que usava sua vasta experiência para fazer milagre
tirando dinheiro da organização. E para não dizer que não tinha companhia, havia uma
vidente, Brunilda, que havia ajudado seu avô a lidar com as questões ocultas da família
e estava sempre por perto para guiar e auxiliar Chagunar.

Quando completou 24 anos, Chagunar passou a ter visões e a


manifestar poderes estranhos. Certa noite, acordou de madrugada, com um vulto negro
horripilante na cabeceira de sua cama. O ser se identificou como o Caos Rastejante, e
lhe trouxe uma mensagem: Yog-Sothot estava cobrando sua dívida.

A partir desse dia, Chagunar passou a ter pesadelos em que


usava seus poderes para mutilar pessoas e, quando acordava, os pesadelos haviam sido
reais. A culpa e o ressentimento passaram a habitar seu coração e ele mal conseguia
lidar com o fato de, contra sua vontade, fazer coisas horríveis.

Então, o jovem foi até Brunilda em busca de auxílio e ela fez um


feitiço que de certa forma selou parte do seu poder que ficou mais controlável, embora
não totalmente, e também mais fraco. Nesse dia, também recebeu de Brunilda um
espírito familiar, que lhe serviria de elo com seu patrono, além de ajudá-lo em sua
jornada, ele tomava a forma de um corvo chamado Nunca Mais. A vidente lhe disse
ainda que, segundo suas visões, ele poderia se livrar de sua maldição e que deveria
procurar Sapires, uma cidade feita inteiramente de ouro que está além do tempo e do
espaço.

Nesse momento, Chagunar se lançou no mundo em atrás de


respostas. Estudando tomos antigos e rastros de uma história há muito esquecida, ele
buscava incessantemente se livrar de sua maldição. Em sua jornada, para compensar o
mal que por vezes era obrigado a perpetrar, passou usar seus poderes para ajudar quem
quer que precisa-se em seu caminho.

Certo dia, em uma vila, Chagunar estava seguindo o rastro de


um homem que supostamente teria avistado a cidade perdida, o homem não passava de
um mendigo bêbado, no entanto, ao vasculhar uma pilha de lixo próxima, encontrou
uma carta amassada, sem destinatário ou remetente aparentes, convocando quem quer
que fosse para a cidade de Tarür. Estando em um beco sem saída ele resolve seguir até o
local para, quem sabe, enxergar uma luz no fim do túnel.

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