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CURSO DE
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
Aluno:
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CURSO DE
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
MÓDULO II
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dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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precisará usar as mãos para escrever e, portanto, deverá ter uma boa
coordenação fina. Ela terá mais habilidade para manipular os objetos de
sala de aula, como lápis, borracha, régua, se tiver ciente de suas mãos
como parte de seu corpo e tiver desenvolvido padrões específicos de
movimento. Deverá aprender a controlar seu tônus muscular de forma, a
saber, dominar seus gestos. (OLIVEIRA, 2008, p. 39).
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cognitiva, para que a criança consiga se desenvolver plenamente. Abaixo, podemos
visualizar no organograma essas interações todas interligadas.
Criança
Desenvolvimento
Motor
Desenvolvimento Desenvolvimento
Afetivo •Desenvolver
Cognitivo
(objetivos) movimentos
fundamentais;
•Ajudar a criança a
•Melhorar a desenvolver um
•Ajudar a criança coordenação. pensamento
sentir-se feliz; •Ampliar o nível de questionador;
•Desenvolver um aptidão motora; •Encorajar na
autoconceito positivo e •Criar e desenvolver a solução de
estável; consciência corporal, problemas;
•Desenvolver respeito bem como suas •Despertar para
pelos direitos e ideias potencialidades. desafios
pessoais; intelectuais;
•Formar uma visão •Estimular a
real das diferenças aprendizagem de
individuais; conceitos
essenciais.
•Orientar a criança na
aprendizagem por
problemas.
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equilíbrio. Só assim teremos sucesso no desenvolvimento da aprendizagem, nossa
função enquanto educadores é auxiliá-la “desde cedo a controlar o próprio corpo,
equilibrar a respiração, saber usar braços, pernas, aprender a se direcionar para a
direita, esquerda, lado, saber organizar percepções, e atenção, dominar as noções
do tempo”.
Tudo isso será feito usando os fundamentos e pressupostos da
psicomotricidade. Cabem a nós profissionais educadores, psicólogos,
psicopedagogos criar e mediar às situações propícias para que a criança se
desenvolva plenamente...
Isso ocorre também, porque somos influenciados pelo meio em que vivemos
e com as crianças isso não é diferente, e, por esse motivo o seu desenvolvimento
será satisfatório ou não na medida em que ela consiga atingir todos os marcos de
desenvolvimentos previstos para cada fase de sua vida. Nesse caso, o equilíbrio e o
desequilíbrio será uma constante dentro do nosso ciclo de existência seja na
infância, adolescência, vida adulta ou na terceira idade, desse modo desde cedo:
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O que temos que fazer para que a criança chegue a esse ponto mais
elevado e atinja todos os seus marcos de desenvolvimento previsto para sua faixa
etária, é, deixar com que as coisas aconteçam e quando houver desequilíbrios
procurar ajuda profissional. Mutschele (1996, p. 171) ainda escreve que:
Por esses motivos que os aspetos físicos, cognitivos e sociais estão todos
interligados dentro do estudo da educação psicomotora e são levados em
consideração o tempo todo. Observe abaixo a ilustração de Bloom, como esses
aspectos estão em evidência.
FIGURA 9
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A educação psicomotora compreende o ser humano como um ser completo
e não fragmentado, em que só será considerado um aspecto de cada vez, muito
pelo contrário, assim sendo de acordo com Alves (2001) os aspectos são:
Durante a vida toda a visão que a pessoa tem de si mesma recebe grande
influência de sua percepção do próprio corpo e suas propriedades, da força
da liberdade no desempenho de atividades físicas e motoras. As atividades
motoras têm um papel essencial nas iniciativas intelectuais do homem.
(MUTSCHELE, 1996, p. 175).
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5 ASPECTOS DE APTIDÕES FÍSICA
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Na teoria de Wallon apud Oliveira (2008, p. 33) o “movimento (ação),
pensamento e linguagem são uma unidade inseparável. O movimento é o
pensamento em ato, e o pensamento é o movimento sem ato”, sem esses não
teremos a atividade física em si.
Quando está formando seu conceito de esquema corporal, noção da sua
qualidade de força física “o primeiro objeto que a criança percebe é seu próprio
corpo, com ele sente dores, alegrias, sensações visuais, odoríficas, auditivas,
movimenta-se, enfim. O corpo será seu meio de ação, de relação com o mundo”
(Mütschele, 1996, p. 33), a autora continua dizendo que:
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6 ASPECTOS AFETIVOS E SOCIAIS
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três tipos de conduta social da criança: a) a criança socialmente cega é
aquela que em presença de outra criança comporta-se como se ninguém
estivesse presente; brinca sem se preocupar com ela, não se interessa pela
outra. b) a criança socialmente dependente se impressiona, inibe-se ou se
estimula pela presença de outra. c) a criança socialmente independente não
se intimida com a presença da outra, afasta-se ou submete-se a seus
desejos. Esses tipos de conduta independem dos contatos sociais
anteriores e até do convívio familiar. (BÜHLER apud MÜTSCHELE, 1996, p.
38-39).
Mütschele (1996, p. 39) orienta que “não podemos nos esquecer de que há
dificuldades de adaptações sociais, e essas dificuldades podem advir de três
causas: a personalidade; o estágio de desenvolvimento; o grupo”. Isso o ocorre, pois
os traços de personalidades são natos de cada ser humano, as atitudes dependerão
da faixa etária da criança e dentro do grupo social teremos todos esses fatores
interligados. A personalidade da criança irá refletir e repercutir o modo em que
conduz sua vida social. Isso às vezes o fará uma criança popular ou não dentro do
seu grupo social.
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a raciocinar, a deduzir, a observar, a compreender, a analisar, a concluir. A
falar corretamente, enriquecendo o seu vocabulário. A dar um sentido
preciso ao seu pensamento, apoiando-se na ação. A imaginar, a interiorizar,
a representar mentalmente as coisas. A ir do vivido ao abstrato. A manejar
símbolos. A associar formas e sons. A assumir responsabilidades, portanto,
interesse pelo trabalho. A procurar e a reconhecer a beleza, a perfeição. A
antecipar, a prever. A ser franca e lúcida para consigo mesma. A
desenvolver a sua ação, tendo em conta os outros. A adaptar-se a novas
situações, transferindo as aquisições. (LAGRANGE, 1974, p. 47).
Tudo isso refletirá o adulto que será no futuro. Alguns estudiosos afirmam
que todas as concepções que a criança tem sobre caráter, honestidade,
solidariedade, condutas sociais são formadas até os três anos de idade pela sua
convivência doméstica e social. É por isso que a família é importante e deve estar
próxima para educar plenamente essa criança.
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certas crianças ficam perturbadas com o desentendimento entre os pais ou
ainda com a presença dos avós na família. Às vezes uma atitude muito
exigente, muito perfeccionista cria na criança uma reação de oposição, de
lentidão ou de rigidez. A família insiste muito sobre ‘o que não deve ser
feito’ ou sobre as falhas da criança, esta reage por meio da falta de
habilidade, pela timidez, pela falta de equilíbrio. Alguns pais desejam ter
filhos fortes, que não chorem que não se deixem penetrar pelas emoções;
nesse caso acontece de as crianças reagirem pelo exagero e pela rigidez.
(MEUR e STAES, 1989, p. 10).
Assim, escrevemos que não existe uma resposta padrão para esses
questionamentos e apontamentos. O que deve prevalecer nesses casos é o bom
senso pessoal e profissional. Deve-se criar uma equipe de apoio (professores, pais,
psicólogos, e outros profissionais).
O que os autores escrevem, e que nós concordamos plenamente, é, que
“uma equipe pode melhor que uma pessoa, encontrar atitudes orientadoras a
adotar”. Dentro dessa equipe é conveniente que todos tenham o entendimento que a
criança deve se sentir apoiada, ajudada e não julgada, classificada, discriminada
(MEUR e STAES, 1989, p. 44).
Dentro dos aspectos sociais Mütschele (1996, p. 38), escreve ainda que “a
imitação tem um importante papel na vida da criança. Desde a mais tenra idade, ela
imita alguma coisa ou pessoa, parentes, pais, professores etc.”. É uma conduta em
que a criança representa os papéis sociais, imitando a criança se vê vivenciando a
posição social do outro e isso a auxilia a elaborar algumas questões mal
internalizadas.
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Até o presente momento vimos os aspectos físicos e os aspectos sociais e
afetivos, à importância dos mesmos para o desenvolvimento global da criança. No
próximo subtítulo será visto o último aspecto, o cognitivo.
7 ASPECTOS COGNITIVOS
Para iniciarmos nossa reflexão sobre esse aspecto, nesse momento há uma
consideração especial sobre a definição do conceito “aspecto cognitivo”. A
relevância da compreensão do termo está na importância dada a ele nesse tópico,
cuja problemática será abordada no decorrer de todo o texto. Aqui o aspecto
cognitivo será compreendido com a capacidade de análise e esse está interligado ao
desenvolvimento de memória.
Conforme Dicionário Priberam da Língua Portuguesa “Cognitivo” significa
(latim medieval cognitivus). adj. da cognição ou a ela relativo. cognição (latim
cognitio, -onis, acção. ação de conhecer). s. f. função da inteligência ao adquirir um
conhecimento”. Já Moreira e Masini apud Bock et al (2008, p. 117) escrevem que
cognição é:
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FIGURA 10
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Dentro dos aspectos cognitivos, outro elemento importante e que merece
destaque é a memória, ela é primordial para que a aprendizagem se efetive.
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Memória (de Memória de Memória de Memória Memória
curto prazo longo prazo curto prazo implícita (não explícita
– trabalho declarativa) (declarativa)
operacional),
É uma Pode ser É crucial tanto no É a memória É a memória
memória classificada momento da para para fatos e
muito rápida. em explícita aquisição como procedimentos eventos. [...] é
Pode durar (declarativa) no momento da e habilidades, mais fácil de
apenas ou implícita evocação de toda aprendidos com formar, mas ela
segundos ou (não e qualquer repetição, ex. é facilmente
algumas declarativa), memória, dirigir, jogar, esquecida,
horas, e é dura dias, declarativa ou nadar. [...] enquanto que a
importante semanas ou não. Por meio memória para a
para mesmo dela aprendizagem
proporcionar anos. armazenamos de habilidades
a temporariamente (memória
continuidade informações que implícita) tende
do nosso serão úteis a requerer
sentido de apenas para o repetição e
presente. raciocínio prática é mais
imediato e a duradoura.
resolução de
problemas,
podendo ser
esquecidas logo a
seguir.
FONTE: Bruno-Neto et al (2007, p. 182) – Classificação da memória.
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educativa. Um exemplo dessa evolução são as pesquisas da neurociência (estudo
científico do sistema nervoso).
FIM DO MÓDULO II
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