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Boa noite V.’. M.’., V.’. M.’. de Honra e demais irmãos.

Primeiro falar sobre a iniciação e sobre o periodo de pandemia.

E uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) sobre as atividades
remotas na educação durante a pandemia mostra que essa adaptação não tem sido fácil. De acordo
com o levantamento, 67% dos alunos se queixam de dificuldades em estabelecer e organizar uma
rotina diária de estudos.

Sabemos da importância da afetividade no processo de socialização do indivíduo, assim como no


ensino-aprendizagem, o afeto é primordial em qualquer relação. É de extrema importância que o
afeto esteja presente em todas as fases da vida do indivíduo. Daí a importância de sua presença
também no ambiente escolar evidenciando a relevância de uma convivência afetuosa entre todos os
seus componentes. Segundo a teoria de Piaget, o desenvolvimento intelectual desenvolve-se
paralelamente com dois componentes: um cognitivo e outro afetivo. Neste sentido, não são
somente os aspectos cognitivos que pautam o desenvolvimento humano, mas também e,
principalmente, os aspectos afetivos. De modo que a sala de aula se configura em um grande
laboratório para que se possa observar e, assim, se questionar os motivos que levam o convívio
escolar entre professor e aluno, muitas ocasiões, a ficar debilitado e sem estímulo. Vygotsky, outro
pensador que traz à luz a discussão sobre o desenvolvimento do ser humano, como um ser social,
sendo este um dos principais fatores de aprendizagem. É por meio da interação com outros que a
criança agrupa os instrumentos culturais. Vygotsky (1994). Com isso, ele reforça a importância das
interações sociais, estando diretamente ligada ao desenvolvimento sócio-afetivo do indivíduo, pois o
conhecimento acontece a partir de uma intensa ação de influência mútua entre as pessoas e como
essas relações são construídas

A competência socio –afetiva e interacional é tão importante que faz parte do Plano Nacional de
Educação e Direitos Humanos, como uma competência a ser trabalhada na Base Nacional Curricular
Comum (BNCC).

Seguindo os pilares do Plano Nacional de Educação em Direitos Humano que diz: Nas sociedades
contemporâneas, a escola é local de estruturação de concepções de mundo e de consciência social,
de circulação e de consolidação de valores, de promoção da diversidade cultural, da formação para a
cidadania, de constituição de sujeitos sociais e de desenvolvimento de práticas pedagógicas.(BRASIL,
2007, p. 31) Se faz cada vez mais necessário o desenvolvimento da competência sócio-emocional ou
sócio-afetiva no âmbito escolar, pois é na escola em que se inicia às relações com outros núcleos que
compõem a sociedade.

O ser humano nunca precisou lidar com tantos estímulos como nos tempos atuais. Vivemos num
mundo pós-globalizado, acelerado, complexo e hiperconectado. Somos assediados com fotos,
pseudo-fatos, rumores, bobagens... tudo isso se apresentando como informação. Discernir o que
precisamos realmente saber do que pode ser ignorado é um desafio essencial para cuidar da nossa
saúde mental. Nossa mente está sobrecarregada de informações, fazendo várias coisas ao mesmo
tempo. Com tanto movimento acontecendo a nossa volta, nos envolvemos com uma infinidade de
coisas e acabamos por nos desconectar de nós mesmos e da nossa saúde como um todo. Com altos
níveis de estresse e pensamentos acelerados, estipulamos metas que nem sempre somos capazes de
cumprir durante o dia, e quando não executamos essas tarefas nos sentimos frustrados e com
sensação de inutilidade. Acontece que precisamos aprender a entender os nossos limites,
compreender nosso ritmo de funcionamento e definir prioridades nas execuções. No cotidiano
conturbado, muitas vezes fazemos as coisas no modo automático e vamos simplesmente eliminando
as tarefas que surgem na nossa frente no intuito de cumprirmos o nosso objetivo, e quem sabe,
termos um tempinho para descansar.

→ DESORGANIZAÇÃO MENTAL?

É uma desordem do pensamento e do raciocínio, que pode ser desencadeada por transtornos de
ansiedade ou outros fatores relacionados ao estresse e sobrecarga psíquica.

→ DEMANDA

- Avalanche de informações; - Correria do cotidiano; - Adversidades que aparecem sem aviso


(PANDEMIA!); - Montanha Russa emocional; - Sobrecarga psíquica diante das diversas tarefas e
compromissos.

→ ESPAÇOS DESORGANIZADOS, MENTES DESORGANIZADAS:

Fatores que contribuem: O estresse; “Correria do dia -a dia’’;

A desorganização dos ambientes influencia na desorganização dos pensamentos.

O estresse muito intenso contribui para a desorganização, a correria do dia a dia também.

Muitas vezes nessa correria a gente mantém a nossa casa em desordem, ou os nossos ambientes, o
nosso ambiente de trabalho, o ambiente que usamos para estudar, e tudo o mais, fica
desorganizado. E a desorganização dos ambientes influencia na desorganização dos pensamentos.
“Na realidade, ao entrarmos em um local, os nossos olhos captam a energia que ali está, se o local
está revolto, nossa mente ficará revolta, confusa, consequentemente nossos sentidos ficarão
inertes, sem forças para a tomada de ações; nessa linha de raciocínio, quando começamos a arrumar
nossas coisas, arrumamos nossa mente e levamos nossos sentimentos a uma gradual organização
interna, mais rápida ou mais demorada, não importa, mesmo porque o tempo é relativo a cada
personalidade, o que interessa aqui é que isso nos traz constância, calma e força para aplacar as
bagunças internas e tomarmos atitudes a partir das ordenações que fazemos.

O cérebro aprende a partir da combinação de estímulos, A teoria da pirâmide de aprendizagem,


atribuída a William Glasser nos explica de uma maneira bastante didática como o nosso
cérebro apreende informações. Para ele, metodologias passivas (como ler e escutar) trazem
menos resultado do que as metodologias ativas e interativas (como discutir e ensinar a
alguém).
Segundo Glasser, a porcentagem de assimilação de informação é maior quando você
interage de algum modo com o conteúdo. Desse modo, a porcentagem de retenção
equivaleria a:

 Ler – 10%
 Ouvir – 20%
 Observar – 30%
 Ver e ouvir – 50%
 Debatendo com os outros 70%
 Fazer – 80%
 Ensinar aos outros – 95%
Em resumo, quando nós aprendemos algo novo, nós estamos tendo um primeiro contanto com
aquela informação e, para que ela seja guardada na nossa memória por mais tempo, é preciso
combinar diferentes estímulos para que o nosso cérebro possa tanto sintonizar os dois hemisférios
quanto fortalecer as suas sinapses.

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