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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
EDUCAÇÃO PSICOMOTORA.................................................................................. 11
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 29
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução
Nunca é demais frisarmos tais entendimentos, uma vez que nosso olhar se dá
em torno dos benefícios oferecidos pelo trabalho psicomotor, certo?
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Figura 1 - Possibilidades da educação psicomotora
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Distúrbios e alterações psicomotoras
Os inatos são aqueles que nascem conosco e são representados pelos reflexos,
que são respostas caracterizadas pela invariabilidade qualitativa de sua produção e
execução. Estes reflexos podem ser agonistas, antagonistas ou deflexos (alternantes)
que são mais hierarquizados que os reflexos puros, permitindo certo grau de
variabilidade, conforme a adaptabilidade individual. Refere-se a necessidades
orgânicas. Influindo nestas respostas temos os instintos, responsável pela auto
conservação individual. No homem ele é misturado com o afeto produzindo tendências
ou inclinações (LOUREIRO FILHO, 2002).
Distúrbios psicomotores
Distúrbios psicomotores e afetivos estão intimamente associados, razão
porque o diagnóstico não é fácil de ser feito. Os sintomas mais comuns desses
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distúrbios estão associados à área do ritmo, da atenção, do comportamento, esquema
corporal, orientação espacial e temporal, lateralidade e retardos.
Instabilidade psicomotora
É o tipo mais complexo e causa uma série de transtornos pelas reações que o
portador apresenta, com o predomínio de uma atividade muscular contínua e
incessante. Essas crianças revelam:
Debilidade psicomotora
A debilidade psicomotora é caracterizada por PARATONIA, ou seja, limitação
nas quatro extremidades do corpo (ou apenas em duas) – “deselegância” ao correr –
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limitações e rigidez nas mãos e nas pernas; e SINCINESIA – Participação de
músculos em movimentos aos quais eles não são necessários – descontinuidade de
gestos; imprecisão nos movimentos dos braços e das pernas; dificuldade de realizar
os movimentos finos dos dedos, etc.
Inibição psicomotora
Além das características da DEBILIDADE PSICOMOTORA, neste caso a
ansiedade é presença constante – a criança apresenta sobrancelha franzida; cabeça
baixa; problemas de coordenação motora; distúrbios de conduta, dentre outros.
Lateralidade cruzada
A maioria dos autores acredita que existe no cérebro um hemisfério
predominante responsável pela lateralidade do indivíduo – desta maneira, de acordo
com a ordem enviada pelo cérebro dominante, teremos o destro ou o canhoto. No
entanto, segundo José e Coelho (2002), além da dominância da mão, existe também
a do pé, do olho, do ouvido.
Imperícias
É um distúrbio de menor gravidade no qual a criança apresenta inteligência
normal, apesar de uma certa frustração pela dificuldade de realizar certas tarefas que
exijam apurada habilidade manual. Apresentam dificuldades na coordenação motora
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fina; quebra constante de objetos; letra irregular; movimentos rígidos; alto índice de
fadiga (GRÜNSPUN, 1999 apud JOSÉ; COELHO, 2002).
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Maneirismos
Os maneirismos correm em esquizofrênicos, oligofrênicos e histéricos, e são
caracterizados por gestos artificiais, ou linguagem e escrita rebuscada, com uso de
preciosismo verbal, floreados estilísticos e caligráficos, etc.
Ecopraxia
A Ecopraxia também ocorre em esquizofrênicos, oligofrênicos e histéricos
(principalmente nos primeiros), onde há imitação de um comportamento, sem
propósito (gestos, atitudes etc.). Pode haver ecolalia (sons), ecomimia (mímica) e
ecografia (escrita).
Estereotipias
As estereotipias são as características do catatonismo onde há repetição
automática de movimentos, frases e palavras (verbigeração), ou busca de posições e
atitudes, sem nenhum propósito. As estereotipias cinéticas são confundidas com os
tiques nervosos, porém esses são elementares, de fundo neurótico. É mais difícil de
distingui-las dos cerimoniais compulsivos, porém estes são atos complicados que
servem para aliviar a tensão nervosa da pessoa que a realiza. Alguns acham que as
estereotipias cinéticas são atos que eram compreensíveis e motivados, que perderam
sua causa.
Negativismo
Negativismo é a oposição ativa ou passiva às solicitações externas. Na passiva
a pessoa simplesmente deixa de fazer o que se pede sendo característico o mutismo
e a sitiofobia (medo de se comprometer, de ser internado, de ser envenenado). Na
ativa, a pessoa faz tudo ao contrário do que se pediu, e às vezes quando desistimos,
eles o fazem sendo isso a “reação de último momento”. O negativismo verbal pode se
apresentar na forma das pararespostas (ou seja, o paciente entende a pergunta do
entrevistador, porém não responde algo compatível com a pergunta, e sim algo “ao
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lado”, ou próximo). O negativismo faz parte da série catatônica e representa ação
imotivada e não deliberada.
Obediência automática
Obediência Automática que é o oposto ao negativismo, onde o paciente tem
extrema sugestionabilidade e faz tudo o que é mandado. Ocorre na esquizofrenia e
quadros demenciais.
Extravagâncias cinéticas
As extravagâncias cinéticas são comuns da conduta esquizofrênica. Pode ser
descrito como a perda da gracilidade, ou seja, da naturalidade, espontaneidade,
proporcionalidade dos gestos e atitudes; como a rigidez facial (o pregueamento da
testa em “M” é característico da catatonia); paratimias (a mímica não está em
concordância com o pensamento verbalizado); focinho catatônico (protusão
permanente dos lábios); interceptações cinéticas (interrupção brusca de um gesto
apenas esboçado), etc. (LOUREIRO FILHO, 2002).
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2. Deliberação – onde ponderamos os motivos (razões intelectuais) e os móveis
(atração ou repulsão, vindas do plano afetivo);
Educação Psicomotora
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Figura 2 - Educação psicomotora
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o desenvolvimento fisio-motor, devendo ser aproveitado num trabalho integrado com
outras áreas do desenvolvimento. Assim pode-se dizer que o desenvolvimento motor
não acontece pela padronização das ações, mas sim: pela complexidade, diversidade,
variabilidade, constância e consistência dos jogos a serem trabalhados.
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Inclusão e Psicomotricidade
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pessoas com deficiências, utilizando atividades lúdicas através do corpo de maneira
eficiente e prazerosa, apesar das possíveis limitações e dificuldades.
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capacidade de execução de movimento, a construção de novos conceitos prevenindo
assim dificuldades de aprendizagem e preparando os educandos para as etapas
seguintes.
Seja um aluno com deficiência mental, motora, auditiva, visual ou outras, eles
também têm direito à educação motora, devendo ser estimulado de forma adequada
e partindo sempre do princípio básico: a consciência corporal. Para que assim possa
ter todas as oportunidades necessárias que um indivíduo precisa para construir o
conhecimento.
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neurodesenvolvimento. Esta condição se caracteriza por déficits em capacidades
mentais genéricas e resulta em prejuízo no funcionamento adaptativo. Como
consequência, há comprometimento na independência pessoal, participação social e
funcionamento acadêmico e profissional.
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estudo objetivando analisar esta coordenação à luz do teste chamado teste salto
monopedal (SM) que faz parte da bateria de testes de coordenação motora para
crianças KTK, de Kiphard e Schilling (1974), em pessoas portadoras de deficiência
intelectual.
Outro fator importante que analisaram, também pela pouca informação, foi o
desconhecimento dos instrumentos avaliativos por parte de alguns profissionais,
levando-os a indagar se efetivamente as baterias de testes usuais estão disponíveis
para a população com deficiência mental.
Dada a diversidade de suas dificuldades, ponderam que não foi fácil identificar
com precisão as medidas dentro do Programa de Educação Física Orientado para
melhorar as habilidades motoras das pessoas com deficiência mental, bem como que
tipos de testes deveriam ser aplicados.
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Entretanto, alguns sujeitos não tiveram rendimento satisfatório no pós-teste,
indicando uma necessidade de mais tempo para as intervenções e análises mais
profundas sobre outros comportamentos.
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Para avaliação do perfil psicomotor foram utilizados os seguintes instrumentos:
Teste de Proficiência Motora de Bruininks-Oseretsky (BOT-2), versão breve;
Avaliação Psicomotora
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Aplicação da BPM ao jovem adulto portador de
necessidades especiais
Por outro lado, Lunt (1994) vislumbra também existir uma crise na avaliação
psico-educacional dos grupos minoritários, desencadeada, sobretudo, pelos
resultados discriminatórios e limitantes produzidos pelos modelos de avaliação
tradicionais disponíveis.
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avaliação do sujeito, bem como procura complementar estes resultados com
informações mesológicas e biomédicas do sujeito.
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aulas de escolaridade e outras atividades complementares, de cunho pedagógico,
profissionalizante ou terapêutico.
A partir dos resultados de cada tarefa foi encontrado o resultado médio e, assim,
atribuída a cotação final para o subfator que elas pertenciam. Do somatório da
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pontuação conseguida nos 07 subfatores da BPM foi estabelecido o perfil psicomotor
do indivíduo, que apresentava a seguinte distribuição: para aqueles sujeitos que
obtivessem entre 27-28 pontos na BPM, seu perfil psicomotor era considerado como
sendo superior; de 22-26 pontos correspondia a um perfil psicomotor bom; 14-21
pontos a um perfil psicomotor normal; enquanto de 09-13 pontos representava o perfil
psicomotor dispráxico; e, 07-08 pontos a um perfil psicomotor deficitário.
A BPM de Fonseca (1992) mostrou ser útil e aplicável para avaliar o nível real
dos subfatores psicomotores de jovens adultos portadores de deficiência mental,
sendo possível elaborar um perfil psicomotor destes e definir suas principais
capacidades psicomotoras.
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No caso dos subfatores estruturação espaço-temporal e praxia fina, estes
foram excluídos na íntegra, ao passo, que algumas tarefas de outros subfatores
demonstraram ser necessário adaptá-las quando estas forem utilizadas na avaliação
psicomotora de pessoas pdm. Todavia, a proposição de uma adaptação da BPM para
esta população não foi o objetivo nesse momento.
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Machado (1981) enfatiza que o sistema nervoso dá vida de relação a todas
as partes do corpo, relacionando o organismo com o meio, os quais são conduzidos
do cérebro por neurônios sensitivo através da medula ou tronco encefálico a todos os
receptores do corpo, portanto, a coordenação de todos os movimentos do corpo é
feita pelo cérebro, e no caso do portador de Paralisia Cerebral, esses estímulos foram
de alguma forma bloqueados, causando aos seus portadores sequelas, como
ausência de coordenação motora, dificuldades na fala, em alguns casos paraplegias,
tetraplégicas, e assim sucessivamente.
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De acordo com os resultados, puderam verificar que as tarefas de execução
voluntária, tiveram respostas imperfeitas ou incompletas, sendo realizadas com
dificuldade. Conforme Fonseca (1992), a pessoa com síndrome cerebral pode falhar
em muitas tarefas da bateria. Encontraram maior dificuldade na realização das tarefas
de equilíbrio, de praxia fina e global, pois a própria lesão cerebral já é caracterizada
pelo encurtamento e atrofia dos flexores dificultando a noção de respostas motoras
dos sujeitos.
De acordo com o escore final, a média dos avaliados foi boa, mas com
dificuldades na realização e com falta de controle. O teste não pode ser utilizado como
identificação de um possível déficit da lesão cerebral, mas somente como um fator
que indica uma disfunção psicomotora da aprendizagem e na coordenação motora.
Anote aí:
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o desenvolvimento desses pressupostos psicomotores, principalmente na
Educação Infantil.
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Referências
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FUMES, N. L. F.; MARQUES, U. S. M. Avaliação psicomotora em jovens adultos
portadores de deficiência mental (2011). Disponível em:
http://www.motricidade.com/index.php/repositorio-aberto/43-necessidades-
especiais/1244-avaliacao-psicomotora-em-jovens-adultos-portadores-de-deficiencia-
mental
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LOUREIRO FILHO, G. Psicomotricidade. Apontamentos de aula. Departamento de
Psiquiatria. Florianópolis: UFSC, 2002.
MARCHEAN Q. I. et al. Tópicos em Fonoaudiologia - Vol. III. São Paulo: Ed. Lovise,
1996.
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RODRIGUES, S. D. et al. Perfil psicomotor de escolares com deficiência
intelectual: por que avaliar? (2018). Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v35n106/03.pdf
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