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1. Resumo ................................................................................................................................ 2
2. Introdução............................................................................................................................ 3
3. Objectivos............................................................................................................................ 4
Desde a elaboração das teorias de Piaget, sabemos que o desenvolvimento motor da criança tem
destaque como requisito para a aprendizagem humana. A motricidade é a expressão da ação
voluntária, a qual deve compreender funções executivas, ritmo, persistência e controle
inibitório para realizar uma tarefa ou uma expressão emocional de forma adequada, com
eficácia e embutida de começo-meio-fim. Na infância, ela assume papel primordial, pois nesta
fase da vida as tentativas de acerto por meio do erro na forma de fazer e cumprir uma tarefa
motora são o principal meio de aprender e memorizar estratégias. Desta forma, o bom
desenvolvimento motor durante os primeiros anos de vida alicerçam e lapidam a coordenação
motora da criança, preparando-a para as etapas de aprendizagem que virão.
A motricidade se assenta num conjunto de habilidades que vão sendo desenvolvidas na infância
e envolvem não somente o ato motor em si, mas também a percepção visual e sensorial, o
equilíbrio, o tônus muscular, a lateralidade e o controle emocional. A integração e a maturação
das diversas áreas cerebrais responsáveis por estas habilidades embasam e mediam uma boa
ação motora. O desenvolvimento das mesmas durante o brincar, o pular, o montar, o desenhar,
o recortar vão – pela repetição e o treino – melhorando e sofisticando a sequência organizada
do processo motor. Outras funções cognitivas envolvidas são as executivas, a memória, a
linguagem e as habilidades espaciais, as quais modulam a motricidade e, por ela, são também
desenvolvidas e aprimoradas com o passar do tempo. Evidências mostram que ao cumprir uma
tarefa com a ação motora, a criança aumenta a possibilidade de memorizá-la e consolidá-la em
seu cérebro.
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2. Introdução
Caracterizar qualquer indivíduo é sempre uma missão bastante difícil, principalmente pelas
diferentes posturas que possa adotar de tempos em tempos e pelo maior ou menor envolvimento
pessoal que possa ter com a causa em estudo (MANUEL SÉRGIO 1976). O movimento
humano é simultaneamente logus e poiesis, razão e imaginação, ciência, técnica e arte, onde
através da linguagem corporal, o homem se comunica e dialoga de forma extraordinária
revelando uma personalidade, uma cultura, e, conseqüentemente, uma sociedade, reconhecendo
seus limites (MANUEL SÉRGIO 1976).
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3. Objectivos
3.1.Geral
3.2.Específicos
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4. A motricidade humana
A motricidade humana é entendida como a ciência que estuda o ser humano e os movimentos
do corpo em relação ao mundo interno e externo, que representa a agregação de representações
mentais e corporais capazes de facilitar o desempenho das funções psíquicas. Depende,
portanto, de motivações do meio onde o sujeito está inserido, variando conforme os estímulos
recebidos, relacionados aos fatores psicológicos ocasionando ação única entre os seres vivos.
As habilidades motoras podem ser divididas em duas categorias: a motricidade grossa e a fina.
Ambas trabalham sempre juntas para que as tarefas diárias sejam cumpridas corretamente,
sendo, muitas vezes, necessária mais de uma do que da outra em determinadas atividades.
Motricidade grossa: Também conhecida como motricidade ampla, ela está relacionada com
o controle corporal: postura, equilíbrio estático e dinâmico, deslocamento e balanço. É a
primeira que o ser humano aperfeiçoa, pois permite o movimento dos membros maiores do
corpo (braços e pernas), como andar, correr, sentar, inclinar o corpo, deslocar-se, empurrar,
entre outras ações. De modo geral, são atividades que usam todos os músculos do corpo, ou
grande parte deles. Quando ela não é bem adaptada, os movimentos não se conectam e podem
se tornar lentos. Motricidade fina : A motricidade fina associa-se aos movimentos que
necessitam de mais precisão e destreza. Diferentemente da motricidade grossa, a fina requer a
utilização dos músculos menores do corpo. Por exemplo, precisa-se da coordenação de mãos e
olhos para escrever, recortar, pintar ou tocar um instrumento musical, ou o ato de pegar algo do
chão, como um papel, também inclui esse conjunto de habilidades. O movimento dos lábios
para mandar beijo, chupar e sorrir, entre outros gestos mais minuciosos.
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5. Conceitos e Fundamentos da Psicomotricidade segundo alguns autores
O corpo é o ponto de referência que os seres humanos buscam conhecer e assim interagir com
o mundo, servindo como base para o desenvolvimento nos aspectos cognitivos, sociais, físico-
motor e afetivo-emocional. Fonseca (1988) informa que etimologicamente podemos definir o
termo psicomotricidade como oriundo do grego psyqué = alma/mente e do verbo latino moto =
mover frequentemente, agitar fortemente. A terminologia está ligada ao movimento corporal e
sua intencionalidade.
Segundo Alves (apud SILVA, 2004), “A psicomotricidade tem como principal propósito
melhorar ou normalizar o comportamento geral do individuo, promovendo um trabalho
constante sobre as condutas motoras, através das quais o indivíduo toma consciência do seu
corpo, desenvolvendo o equilíbrio, controlando a coordenação global e fina e a respiração bem
como a organização das noções espaciais e temporais.”
6. Desenvolvimento Motor
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agrupou as bases psicomotoras em unidades funcionais ou neuroblocos, a primeira composta
pela tonicidade e o equilíbrio, a segunda composta pela noção de corpo, lateralidade e
estruturação espaço-temporal e a terceira é composta pelas praxias global e distal.
O tónus muscular na criança é também um fator importante no seu desenvolvimento, uma vez
que constituiu a contração muscular. Para além de que interfere nas atividades motoras. Por
exemplo uma criança com 1º mês é colocada em posição sentada, mas cai a seguir para a frente
ou para o lado, pois tem ausência de tónus muscular, ao nível dos músculos do tronco (Rigal,
1979).
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6.1.Atraso do desenvolvimento psicomotor
Embora o retardo neuropsicomotor não tenha cura, o tratamento ajuda a atenuar os sintomas
e garantir mais qualidade de vida aos portadores.Programas de acompanhamento e intervenção
clínico-terapêutica multiprofissional, com bebês de alto risco e crianças pequenas, contribuem
para melhorar o desenvolvimento.Terapias como fonoaudiologia e ocupacional, por exemplo,
são importantes para minimizar os impactos cognitivos. Além disso, acompanhamento
psicológico permanente.Quanto mais precocemente o tratamento iniciar, mais favoráveis são
os resultados. Por isso, é importante ficar atento aos sinais e procurar um especialista quando
houver suspeita de retardo neuropsicomotor.
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7. Conclusão
Entende-se que o desenvolvimento infantil, independente da teoria relacionada a ele, tem como
pontos principais o movimento, o afeto e o intelecto, o que remete diretamente a
psicomotricidade. As etapas do desenvolvimento infantil se dão pelo contato com o meio
relacionando o corpo com o ambiente. Para o corpo desenvolver suas funcionalidades é
necessário um bom desenvolvimento psicomotor.
A relação que a criança tem como meio em que vive se bem estimulado passa a ser mais intensa,
possibilitando a criança de conhecer-se melhor e compreender o mundo que a rodeia.
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8. Referências Bibliográficas
https://institutoneurosaber.com.br/corpo-e-movimento-uma-reflexao-sobre-as-
relacoes-da-motricidade-com-aprendizagem-escolar/
LE BOULCH, J. O desenvolvimento Psicomotor do Nascimento até os seis anos. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1982.
FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
https://cirurgiafetal.com/blog/retardo-neuropsicomotor/
https://www.efdeportes.com/efd133/desenvolvimento-motor-em-escolares.htm
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