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PSICOMOTRICIDADE

PROF.ESP: THIBÉRIO PEREIRA DE CARVALHO


PSICOMOTRICIDADE

 Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de


movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo
sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua
socialização.” (Associação Brasileira de Psicomotricidade)
 “A Psicomotricidade baseia-se em uma concepção unificada da pessoa, que inclui
as interações cognitivas, sensoriomotoras e psíquicas na compreensão das
capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em um contexto
psicossocial. Ela se constitui por um conjunto de conhecimentos psicológicos,
fisiológicos, antropológicos e relacionais que permitem, utilizando o corpo como
mediador, abordar o ato motor humano com o intento de favorecer a integração
deste sujeito consigo e com o mundo dos objetos e outros sujeitos.” (Costa,2002)
PSICOMOTRICIDADE

 Em razão de seu próprio objeto de estudo, isto é, o indivíduo humano e suas relações
com o corpo, a Psicomotricidade é uma ciência encruzilhada... que utiliza as aquisições
de numerosas ciências constituídas (biologia, psicologia, psicanálise, sociologia,
linguística...) Em sua prática empenha-se em deslocar a problemática cartesiana e
reformular as relações entre alma e corpo: O homem é seu corpo e NÃO - O homem e
seu corpo”. (Jean-Claude Coste, 1981)
 A psicomotricidade pode também ser definida como o campo transdisciplinar que estuda
e investiga as relações e as influências recíprocas e sistémicas entre o psiquismo e a
motricidade.
 Baseada numa visão holística do ser humano, a psicomotricidade encara de forma
integrada as funções cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolinguísticas e
motoras, promovendo a capacidade de ser e agir num contexto psicossocial. A
psicomotricidade possui as linhas de atuação educativa, reeducativa, terapêutica,
relacional, aquática e ramain.
PSICOMOTRICIDADE

 Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do


seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está
relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições
cognitivas, afetivas e orgânicas.
É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto.
 Portanto, o desenvolvimento psicomotor envolve atividades para o corpo como um
todo. Sendo assim, elas são: tonicidade, equilíbrio, lateralidade, noção de
esquema e imagem corporal, organização espaço-temporal, praxia global e praxia
fina.
ASPECTOS PSICOMOTORES

 TONICIDADE:
 Nesse sentido, quando falamos em tônus ou tonicidade, nos referimos
ao tônus muscular, o qual possui um papel importante no desenvolvimento das
funções motoras. Sendo assim, ele é o responsável pela contração dos músculos.
 Certamente, a tonicidade é a habilidade que possibilita a postura, o equilíbrio e
movimentos como deglutição. Portanto, a tonicidade está envolvida nas ações
motoras do indivíduo.
ASPECTOS PSICOMOTORES

 EQUILÍBRIO
 O equilíbrio inclui habilidades estáticas e dinâmicas. Elas ajudam a manter o
controle corporal e melhorar a locomoção.
 Ou seja, o equilíbrio estático é aquele que você se mantem em uma posição. Ou
até mesmo a capacidade de se colocar na postura ideal ao ficarmos de pé ou
sentados, por exemplo.
 Por outro lado, o dinâmico acontece com a manutenção do nosso equilíbrio
quando o nosso corpo está em movimento.
ASPECTOS PSICOMOTORES

 LATERALIDADE:
 Assim sendo, a lateralidade é a habilidade que uma criança tem de utilizar os dois
lados do corpo para realizar diferentes atividades. Essa é uma habilidade que
interfere, por exemplo, em tarefas que envolvem orientação espacial, como seguir
um mapa.
 Por fim, vale ressaltar que lateralidade é diferente de dominância lateral. Ou seja,
a dominância ocorre quando a criança passa a utilizar um lado do corpo (mão,
olho e pé) com mais facilidade. Isso é o que diferencia, por exemplo, pessoas
canhotas e destras.
ASPECTOS PSICOMOTORES

 ESQUEMA E IMAGEM CORPORAL:


 Por outro lado, o desenvolvimento da noção de esquema e imagem corporal é de
suma importância para a formação do “eu”. Sendo assim, logo, é a partir do
desenvolvimento dessa habilidade que o pequeno adquire a consciência do seu
próprio corpo.
 Dessa maneira, o esquema corporal é o conhecimento pré-consciente que o
indivíduo adquire em relação ao seu próprio corpo. Portanto, de modo que seja
viável realizar movimentos e lidar de forma madura com os objetos e pessoas ao
seu redor.
 Por outro lado, a imagem corporal é como a representação inconsciente que
temos sobre o nosso próprio corpo.
ASPECTOS PSICOMOTORES

 ORGANIZAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL:
 Sendo assim, para a organização espaço-temporal, é indispensável que a
lateralidade e a noção corporal estejam desenvolvidas.
 Em suma, essa é a capacidade que a criança tem de situar-se e orientar-se em
relação aos objetos. Além disso, com pessoas e ao seu corpo em um ambiente,
como de saber identificar o que está ao seu redor.
 Ademais, conseguir diferenciar e perceber quando algo está perto, longe, alto,
baixo ou quando determinado elemento é longo ou curto, por exemplo.
ASPECTOS PSICOMOTORES

 PRAXIA GLOBAL:
 Portanto, durante o desenvolvimento da praxia global, usam-se os grupos
musculares. Ou seja, eles realizam movimentos complexos e voluntários
simultaneamente.
 Por exemplo, a ação de caminhar exige a ativação de músculos dos membros
inferiores e superiores. Sendo assim, eles se movimentam simultaneamente para
que haja o deslocamento do corpo. Por exemplo: praxia global: correr, saltar e
agachar.
ASPECTOS PSICOMOTORES

 PRAXIA FINA:
 Por fim, a praxia fina é identificada como a capacidade que o indivíduo desenvolve
para fazer pequenos movimentos coordenados. Ou seja, utiliza-se os músculos.
 Por fim, esses pequenos movimentos são precisos, como as ações de escrever,
costurar, cortar com uma tesoura ou digitar. Do mesmo modo, a praxia fina
precisa-se estimular desde os primeiros anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 SOUZA, R. S. de. Perspectiva de professoras da educação infantil sobre a


psicomotricidade e seus benefícios para as crianças.
 Revista Eventos Pedagógicos, [S. l.], v. 13, n. 2, p. 293–303, 2022. Disponível em:
https://periodicos.unemat.br/index.php/reps/article/view/6327.

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