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O presente artigo com tema uso do jogo como proposta metodológica para ensino de
radiciação tem como objectivo verificar e estudar o domínio dos conteúdos da radiciação
dos alunos da 9ª classe na Escola Secundária Eduardo Mondlane de Tambara.
Azevedo (1999), diz que “um jogo pode contribuir no desenvolvimento do cálculo mental e
corrobora na formulação de estratégia dos alunos.” A mesma diz ainda que “a utilização de
jogos que estimulam a competição tem um efeito positivo na habilidade de resolver
problemas, porque em cada jogada o aluno elabora uma estratégia de jogo que nada mais é
do que a construção de soluções para os problemas” (AZEVEDO, 1999, p. 86).
PCN (1997), enfatiza que é importante que o aluno se sinta desafiado pelo jogo do
conhecimento e não somente pelo lado competitivo com os outros participantes. Com isso,
os alunos podem também aplicar os conhecimentos repassados de maneira tradicional,
fazendo uso de uma ferramenta prazerosa.
1.2. Problematização
A matemática é tida como uma disciplina muito difícil, segundo PCN (1997), as aulas
expositivas não devem ser a única técnica pedagógica utilizada no ensino da matemática.
Isso torna com que a disciplina seja vista de maneira negativa, provocando desinteresse por
parte dos alunos. Todavia, por meio de uma aula expositiva “podemos, por exemplo,
fornecer informações preparatórias para um debate, jogo ou outra atividade em classe,
análise e interpretação dos dados coletados no estudo do meio e laboratório” (BRASIL,
1997, p. 53).
Será que o Uso do jogo da velha como proposta metodológica para o ensino de radiciação
pode melhorara qualidade de ensino e aprendizagem?
2.0. Fundamentação Teórica
2.1. Uso de jogos no ensino de matemática
As atividades em grupo são importantes, por que permitem aos alunos aprenderem a
trabalhar com os outros colegas e, logicamente, a comunicar. O jogo, para tal, se torna um
ótimo aliado neste processo porque, enquanto jogam, os alunos vão percebendo as
finalidades do jogo, compreendendo e partilhando significados e conceitos por meio do
diálogo no grupo e com o professor, ainda estimula a competitividade e a respeitar regras.
Dessa forma, foi visto que o jogo da velha dos radicais seria de grande valia para os alunos
e realizamos a aplicação.
Os Jogos Matemáticos auxiliam o professor dentro da sala de aula, pois alia a atividade
lúdica com a aprendizagem, despertando interesse pelo assunto.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (2017), as atividades lúdicas
propiciam o acompanhamento integral do conhecimento. A partir das atividades
desenvolvidas, os alunos socializam e trocam vivências, construindo, de maneira dinâmica,
seu conhecimento.
De acordo com o PCN (1998) uma vantagem relevante nos jogos é o desafio, o que faz com
que os alunos sintam mais interesse e prazer pela disciplina. Portanto, os jogos são peças
fundamentais para que a sociedade tenha indivíduos capazes de buscar soluções,
enfrentarem desafios, serem criadores de estratégias e se tornarem pessoas críticas.
O uso dos jogos como metodologia no processo de ensino e aprendizagem na sala de aula,
vem acontecendo de forma lenta, porque os alunos precisam de tempo para se acostumar às
novas metodologias.
Conforme o PCN, desde muitos anos o jogo foi elemento de discussão para o ensino,
acreditava-se que por meio do mesmo, o ato de educar pudesse tomar rumos que abrangia o
abstrato, a curiosidade, o raciocínio lógico e a própria aprendizagem de maneira
descontraída e eficaz.
Sendo os jogos utilizados por diversos povos, como egípcios, romanos e maias. Para esses
povos os jogos tinham a finalidade de ensinar valores, normas e padrões de vida advindos
das gerações antecedentes. As relações com o lúdico se fazem presente em diversas áreas do
conhecimento, na filosofia, Platão citado por Almeida apud Alves (2007, p.16), diz que “o
aprender brincando era mais importante e deveria ser ressaltado no lugar da violência e da
repressão”. Considerava ainda que todas as crianças deveriam estudar a matemática de
forma atrativa, sugerindo como alternativa a forma de jogo.
As possibilidades de trabalho são muitas, na qual o educador poderá construir sua própria
prática. Sendo assim, o jogo se torna um recurso que fornece os contextos do problema e ao
mesmo tempo, faz com que o aluno desenvolva estratégias para solucioná-lo (Reis e
Estephan, 2017, p. 5).
Assim, o jogo deve ser visto como um importante instrumento pedagógico, para favorecer a
aprendizagem do aluno, em especial a aprendizagem matemática e através dos jogos, os
educandos vão percebendo que é possível aprender de forma divertida, passando assim, a
compreender e a utilizar convenções e regras que serão empregadas no processo de ensino
aprendizagem, tendo um melhor aprendizado em relação aos conteúdos vistos e que a escola
não é o único local de realização de atividades matemáticas.
A utilização dos jogos na sala de aula pode ser um recurso metodológico e eficaz no sentido
motivador do ensino-aprendizagem da matemática. Consequentemente, os jogos
matemáticos como um recurso didático, são capazes de promover um ensino mais
interessante e um aprendizado mais dinâmico, fazendo com que as aulas tornem-se mais
atrativas e desafiadoras, mostrando que a Matemática pode ser interessante e facilitadora no
entendimento dos conteúdos matemáticos GRANDO (2000 p. 24) diz que:
3.0. Metodologia
3.1. Jogo da velha envolvendo radiciação
O jogo da velha envolvendo radiciação foi aplicado nos alunos da 9ª classe da escola
Secundária Eduardo Mondlane de Tambara, localizada na vila sede doo distrito de Tambara
Província de Manica.
O com o uso do jogo, procuramos adotar uma nova metodologia de ensino, para motivar os
alunos, trabalhando a matemática de maneira lúdica. De tal forma, os principais objetivos
desse jogo são: desenvolver o raciocínio lógico e o cálculo mental; trabalhar radiciação de
forma dinâmica, didática e divertida; e abrandar a dificuldade dos alunos em relação às
propriedades de raízes.
verificar e estudar o domínio dos conteúdos da radiciação dos alunos da 9ª classe na Escola
Secundária Eduardo Mondlane de Tambara
Para a produção de materiais utilizamos papel gigante para desenhar o cardinal (#) (tido
como símbolo do jogo da velha) de modo a permitir maior e melhor visualização para todos
os participantes dos grupos. E para produção de peças A e B entregues às equipes
recorremos a cartolinas coloridas, para deixar os símbolos mais chamativos.
Utilizamos dois tempos aulas de 45 minutos na aplicação da atividade, que foi dividida em
duas etapas. Para cada etapa, sugerimos as seguintes propostas:
1ª Etapa: De início, fazer uma revisão sobre todas as propriedades de Radiciação já vistas
em aula. Após isso, dar exemplos de problemas envolvendo o conteúdo, para que os alunos
possam sanar algumas dúvidas.
2ª ETAPA: Introduzir o jogo, falando sobre seus objectivos e regras. Após isso, dividir os
alunos de acordo com as regras do jogo e entregar aos mesmos as peças já produzidas para
que eles comecem a jogar e claramente, pôr em prática o conteúdo aprendidos.
Referências bibliográficas
Grando, R. C. O Conhecimento Matemático e o Uso dos Jogos na Sala de Aula. Campinas SP,
2000. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação, UNICAMP.
Kamii, C. Piaget para a educação pré-escolar. Trad. Maria Alice Bad Denise. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1991.