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Os jogos têm representado uma boa estratégia pedagógica, com eles, os alunos
aprendem, investigam, analisam as situações-problemas e tomam decisões. Têm a
oportunidade de construir as relações matemáticas em um clima de experimentação, passa a
aprender os conceitos apresentados de forma lúdica. O ensino, ao utilizar meios lúdicos, cria
um ambiente gratificante para o desenvolvimento integral da criança.
“um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e
prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar
a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver” (BRASIL,
1997, p.48-49).
Assim, o educador deve ser cuidadoso quanto à escolha dos jogos educativos que irá
utilizar, priorizando a contextualização com o conteúdo que aplicará, com o processo de
construção do pensamento, raciocínio e argumentação lógica que o jogo proporciona e que ele
tenha uma proposta pedagógica desafiadora. O educador deve intervir oferecendo materiais,
espaço e tempo adequados para que o jogo aconteça na sua essência.
“estes constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que sejam apresentados
de forma atrativa e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução de problemas e busca de
soluções. Propicia a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o
planejamento das ações [...] (BRASIL, 1998, p. 46).
Dentre os teóricos que contribuíram para o jogo se tornar uma proposta metodológica
– com base científica – para a educação matemática, destacamos as contribuições de Piaget e
Vygotsky. Mesmo com algumas divergências teóricas, estes autores defendem a participação
ativa do aluno no processo de aprendizagem. A principal questão é a que separa os enfoques
cognitivos atuais entre o desenvolvimento e a concepção de aprendizagem.
Dependendo do papel que o jogo exerce na construção dos conceitos matemáticos, seja
como material de ensino, seja como o de conhecimento feito ou se fazendo, temos as
polêmicas teóricas entre os autores.
Para Vygotsky (1987), o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo, que
se encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria atividade. Seu uso requer
um planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está inserido
(conceitos matemáticos e culturais). O jogo desempenha um papel importantíssimo na
Educação Matemática. “Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de
objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o
desenvolvimento integral da criança” (Kishimoto, p. 22, 1994)
A medida que a criança se utiliza dos jogos para a aquisição da autonomia, esta passa a
fazer sentido e, consequentemente, contribui para que a criança perceba e identifique
diferentes formatos de peças e cores.
Kishimoto (2017, p. 13) afirma que o brincar e o aprender têm a mesma raiz, sendo
necessária adequação física dos espaços, o planejamento e o uso de materiais e recursos
diversos, para concretizar resultados.
Segundo Kishimoto (2003), o jogo tem duas funções importantes, a função lúdica, que
propicia a diversão, o prazer através da brincadeira com o jogo, e a função educativa, que
proporciona algo que completa o saber do indivíduo, seus conhecimentos, sua compreensão
de mundo, possibilitando o maior entendimento sobre o assunto exposto. Porém o objetivo é
alcançar um equilíbrio entre essas duas funções. Sendo assim, é de suma importância que o
jogo seja utilizado como recurso no processo do ensino aprendizagem. Nesse caso, quando há
apenas a função lúdica, o jogo é apenas um jogo, uma brincadeira, se houver apenas a função
educativa o jogo torna-se conteúdo, ensino; desse modo, o ideal é que haja uma interação
entre as duas funções, pois é interessante que a criança além de brincar, aprenda o conteúdo.
Por meio da utilização de jogos, o aluno constrói seu conhecimento de maneira ativa e
dinâmica e os sujeitos envolvidos estão geralmente mais propícios à ajuda mútua e à análise
dos erros e dos acertos, proporcionando uma reflexão em profundidade sobre os conceitos que
estão sendo discutidos. Isto proporciona ao professor condições de analisar e de compreender
o desenvolvimento do raciocínio do aluno e de dinamizar a relação entre ensino e
aprendizagem, por meio de reflexões sobre as jogadas realizadas pelos jogadores.
A utilização do jogo como material pedagógico tem como objetivo criar um ambiente
descontraído que viabilize a aprendizagem significativa por meio da observação, da
criatividade, do pensamento lógico, da resolução de situação problema, da articulação com
diferentes conhecimentos e da inter-relação com os colegas de sala. O jogo desenvolve o
senso de autonomia, pois cada um é, em última análise, responsável pelas suas próprias
jogadas.
Artigo1: O Ensino da matemática nos anos iniciais numa perspectiva ludo pedagógica.
O ensino da matemática nos anos iniciais numa perspectiva ludo pedagógica A síntese
apresentada referente ao artigo “O ensino da matemática nos anos iniciais numa perspectiva
ludo pedagógica” tem como objetivo salientar a importância de desconstruir a concepção de
um ensino matemático tradicional marcado por um processo de regras e memorização
depositária. Não é mais possível manter a escola nos moldes do passado. O ensino da
matemática nos anos iniciais numa perspectiva ludo pedagógica com uma cultura autoritária e
excludente, com práticas pedagógicas pouco dinâmicas e ineficazes. O artigo tem uma
proposta inovadora baseada na efetividade de um processo aprendizagem prazeroso que tem
como objetivo aproximar os alunos da disciplina de forma lúdica e desafiadora. Atrelar a
disciplina de matemática com o brincar facilita a construção de conhecimento de modo
saudável e contínuo, estimulando a criatividade do aluno que aprende com entusiasmo. A
utilização de jogos em sala de aula é um elemento socializador, permite a interação entre os
alunos, proporciona o desenvolvimento afetivo, psicológico, trabalha a concentração e
estimula o cognitivo de forma divertida e significativa. O lúdico tem sido apontado como um
recurso didático potente relacionado a disciplina de matemática devido à dificuldade de
compreensão de alguns alunos, o jogo contribui para o desenvolvimento cognitivo, é um
recurso para trabalhar cálculos e raciocínio lógico e não deve ser utilizado somente nos
horários de recreação ou como uma premiação. As atividades lúdicas através de brincadeiras
de faz de conta, jogos, contribuem para uma ressignificação da prática pedagógica que reforça
conteúdos de maneira atraente e gratificante, o aluno brinca, constrói, aprende e amplia
conhecimentos. Segundo Kishimoto o jogo estimula a exploração e a solução de problemas e
por ser livre de pressões cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções.
Existem inúmeros jogos adaptados para a matemática como bingo de tabuada, batalha naval,
jogo da memória, a brincadeira de simulação de compra, amarelinha numerada entre outros
diversos. Uma ferramenta eficaz que 6 aproxima e envolve o aluno e desconstrói a concepção
de que aprender matemática não é prazeroso.
Uma atividade lúdica é uma atividade de entretenimento, que dá prazer e diverte as pessoas
envolvidas. Encaixar a atividade lúdica como o conteúdo matemático é uma tarefa que precisa
de planejamento e existe. Que o professor utilizar introdução ao conteúdo a ser estudando
pelos alunos. Segundo Vygotsky: o lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da
criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é estimulada, adquire
iniciativa e autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da
concentração. É usual o trabalho com jogos tradicionais adaptados como: Bingos matemático,
dominós matemáticos, jogo da velha, jogo da memória matemático (ajuda também na
memorização) e outros. Como suas regras já são conhecidas por todos, facilita a aplicação em
sala de aula, pequenas adaptações sempre poderão ser feitas. Quando se trata de ludicidade o
processo de ensino- aprendizagem são os jogos no ensino da matemática permite que os
alunos desenvolvam o raciocínio lógico e facilitar os vínculos de relações interpessoais.
Segundo Souza (2001), o ensino da Matemática é fundamental na formação humanística e o
currículo escolar deve levar a essa boa formação, logo o ensino da matemática é indispensável
para que esta formação seja completa. A mesma afirma também que: O ensino de Matemática
é importante também pelos elementos enriquecedores do pensamento matemático na
formação intelectual do aluno, seja pela exatidão do pensamento lógico-demonstrativo que ela
exibe, seja pelo exercício criativo da intuição, da imaginação e dos raciocínios indutivos e
dedutivos (SOUZA, 2001, p. 27
Cada artigo com a sua percepção verificou que aprender matemática através dos jogos
é mais prazeroso, desafiador, estimula o raciocínio lógico, a criatividade, a criação de
estratégias e que o erro estimula uma nova tentativa em busca do acerto, possibilitando o
avanço do aluno de forma significativa. É um poderoso instrumento didático para auxiliar a
mediação do professor. Nos quatro artigos de diferentes autores sobre a mesma temática, foi
notório através de diversos olhares a eficácia dos jogos como ferramenta auxiliadora no
processo de ensino aprendizagem, potencializando saberes.
REFERÊNCIA
VYGOTSKY, Lev Semyonovitch. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
1998
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trd. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa Maria
Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2443-6.pdf