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JOGOS MATEMÁTICOS COMO RECURSO PEDAGÓGICO

SILVA, Eliarte Lopes Duarte, Licenciando em Matemática no Centro Universitário


Internacional UNINTER

FONSECA, Edimar Fonseca da. Professor orientador convidado do Centro


Universitário Internacional UNINTER

RESUMO

Este trabalho analisa os jogos matemáticos como recurso pedagógico partindo das
ideias de alguns teóricos como Lamas (2015), Borin (1996), Macedo; Petty; Passos
(2000); Rau (2007), Brenelli (1996), Franco (2018) e outros. Tal procedimento busca
responder a pergunta que norteou toda a pesquisa: Como os jogos matemáticos
contribuem como recurso pedagógico para o processo ensino aprendizagem da
Matemática, segundo alguns teóricos? Foi realizada uma pesquisa bibliográfica
consultando vários autores que elencam o tema. O trabalho foi realizado buscando
alcançar os seguintes objetivos: conceituar jogos matemáticos; identificar os tipos de
jogos existentes; perceber os jogos como recurso pedagógico que contribui com o ensino
da Matemática. Essa pesquisa se justifica a partir das necessidades que os professores
têm de oferecer estratégias e recursos pedagógicos diversos para auxiliar no processo de
ensino aprendizagem. Os alunos da atualidade exigem uma inovação na forma de ensinar,
pois deixam de ser meros receptores dos conhecimentos para serem sujeitos na
construção dos seus conhecimentos. O objetivo geral desse estudo é compreender como
os jogos matemáticos contribuem como recurso pedagógico para o processo ensino e
aprendizagem da Matemática, segundo alguns teóricos. Para isso, foram realizadas
leituras de artigos científicos, livros, periódicos para analisar o tema sob a ótica de
estudiosos que já escreveram sobre o mesmo. A partir da análise do material bibliográfico
verificou-se que os jogos matemáticos são relevantes ferramentas que devem estar
presente nas salas de aula, pois contribuem para uma aprendizagem significativa
estimulando o interesse, a concentração, a atenção, o raciocínio lógico, a autonomia, a
autoconfiança.

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Palavras-chave: Jogos Matemáticos. Recurso Pedagógico. Aprendizagem.

1. Introdução

A sociedade tem passado por mudanças ao longo das décadas, transformações


que estão acontecendo de forma rápida e tem gerado grandes reflexões sobre o papel da
educação e o que se espera dos novos educadores que vem surgindo no mercado de
trabalho, confrontando com a prática que nada mais é o trabalho dos professores que
atuam nas escolas atuais. A docência não pode ser desenvolvida como no passado, os
alunos da atualidade exigem mais que apenas aula expositiva, cuspe e giz. O professor
precisa inovar, lançar mão de estratégias e recursos que despertem a atenção do aluno,
seu interesse, motivação para aprender.
Assim, aprender a Matemática da forma tradicional, decorando fórmulas e fatos,
não atende às necessidades do aluno do século XXI, exigindo alternativas que fomentem
a aprendizagem significativa, onde o aluno deixa de ser receptor dos conhecimentos para
ser partícipe na construção dos seus conhecimentos. O jogo é uma ferramenta que pode
se transformar num recurso pedagógico que contribuirá para a aprendizagem dos
conteúdos matemáticos.
Como os jogos matemáticos contribuem como recurso pedagógico para o
processo ensino aprendizagem da Matemática, segundo alguns teóricos? Essa é a
pergunta norteadora desse trabalho.
Durante o Estágio Supervisionado Ensino Fundamental e Ensino Médio percebeu-
se que a Matemática continua sendo a disciplina que a maioria dos alunos tem aversão,
por ser de difícil compreensão, muito abstrata e sem aplicabilidade diária. Por outro lado
os professores dizem que os alunos não aprendem porque não têm interesse, não se
concentram, são indisciplinados, mas continuam usando as mesmas metodologias de
ensino que foram usadas pelos seus professores no passado. Assim, esse trabalho se
justifica pelo fato que os professores precisam usar metodologias e recursos pedagógicos
que prendam a atenção dos alunos, despertem o interesse em aprender, e os jogos
podem ser grandes aliados dos professores nesse desafio.

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Para responder a pergunta norteadora do trabalho foi realizada uma pesquisa
buscando alcançar o seguinte objetivo geral: Compreender como os jogos matemáticos
contribuem como recurso pedagógico para o processo ensino e aprendizagem da
Matemática, segundo alguns teóricos. Os objetivos específicos foram: Conceituar jogos
matemáticos; Identificar os tipos de jogos existentes; Perceber os jogos como recurso
pedagógico que contribui com o ensino da Matemática.
Este estudo teve como base uma pesquisa bibliográfica visando alcançar os
objetivos propostos. Foi realizada uma revisão bibliográfica para descrever teorias que
abordam a contribuição dos jogos matemáticos para o ensino da Matemática, sendo
consultados vários estudiosos como Lamas (2015), Borin (1996), Macedo; Petty; Passos
(2000); Rau (2007), Brenelli (1996), Franco (2018) e outros.
Na produção escrita desse trabalho foram descritos o conceito de jogos
matemáticos, um recorte da classificação dos jogos segundo Piaget e Brenelli e em
seguida as contribuições dos jogos matemáticos como recurso pedagógico.

2. Metodologia

A metodologia dessa pesquisa esteve restrita à Revisão Bibliográfica, descritiva,


com abordagem qualitativa buscando esclarecer o problema levantado através da análise
em bases de dados como Scientific Electronic Library Online (SCIELO, 2016) e Google
acadêmico (2016), sendo que as principais fontes utilizadas foram artigos científicos.
Foram consultados também livros e periódicos. Segundo Santos, Molina e Dias (2007, p.
127), a pesquisa bibliográfica:
É um tipo de pesquisa obrigatória a todo e qualquer modelo de trabalho
científico. É um estudo organizado sistematicamente com base em materiais
publicados. (...) Dentre os materiais que podem ser fontes de informação e
conhecimento os mais utilizados são livros, revistas (periódicos), textos da
internet, documentários, fitas de vídeo, DVDs, disquetes e outros.

Portanto, pode-se afirmar que o trabalho orientou-se na busca em diferentes


fontes sendo realizado entre os meses de março/2021 e fevereiro do ano de 2022 na
biblioteca virtual da UNINTER e também na Internet. Para esta pesquisa bibliográfica
foram selecionados autores e artigos que discutem sobre o uso de jogos pedagógicos em
matemática no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, com o intuito de melhorar a
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aprendizagem dos alunos. O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos
publicados nos últimos 10 anos. As palavras-chave utilizadas na busca foram: jogos
matemáticos; recurso pedagógico; aprendizagem.

3. Revisão bibliográfica/ Estado da arte

3.1 Conceito de jogos matemáticos

O jogo faz parte do dia a dia das pessoas e é usado por todos, de uma forma ou de
outra, independente de sexo, idade, nível social e escolaridade. Conforme Gonçalves
(2006, p.134), “podemos dizer que os jogos e brincadeiras estão intimamente vinculados
à espécie humana, e a atividade lúdica é tão antiga quanto o homem sobre a face da
terra”.
Pode ser uma ferramenta valiosíssima quando levado para dentro das escolas, pois
desperta o interesse dos alunos, facilita o desenvolvimento social, cognitivo, afetivo,
motor. Na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental o brincar faz parte
da rotina escolar, mas conforme a escolaridade vai avançando os momentos lúdicos
desaparecem da sala de aula. Porém, estudos e pesquisas têm demonstrado que os jogos
são importantes para as crianças, mas também para os jovens e adultos, pois eles
instigam a criatividade, despertam o interesse, facilitam a socialização e a construção de
conhecimentos, enfim facilitam a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal.
A Matemática sempre foi vista como uma disciplina difícil, e a maioria dos
estudantes demonstra uma aversão a essa disciplina, tendo como certeza que só os
gênios compreendem e gostavam dela. Silva (2019, p. 02) afirma que: “A Matemática
sempre foi vista como uma disciplina bastante difícil de compreensão para os estudantes,
ocasionando assim vários déficits acerca do ensino - aprendizagem, pois na maioria das
vezes o professor utiliza apenas a metodologia tradicional”.
O ensino da Matemática pode ser atrativo aos olhos dos alunos e a utilização do
jogo é uma forma de incentivar o gosto pela Matemática que, muitas vezes, é
preconceituosamente encarada como uma disciplina extremamente complicada e ao
alcance de poucos. É por isso que o uso dos jogos matemáticos é uma ótima forma de

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desmistificar crenças a respeito dessa disciplina, e mostrar que através de uma
abordagem diferente todos podem compreender os conceitos que estão por trás de tudo
que cerca as pessoas, e que são importantes para o cotidiano delas. Segundo Borin (1996,
p.9):
Outro motivo para introdução de jogos nas salas de aula de matemática é a
possibilidade de diminuir os bloqueios por muitos de nossos alunos que temem a
matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de
jogos, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos
que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam matemática, apresentam
também melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos
de aprendizagem.

Não existe uma definição unânime do que é jogo, depende de vários fatores como
a função que ele ocupa, em que contexto é usado, como as regras são adotadas, as
variações culturais, mas a definição mais difundida é aquela que o jogo envolve disputa
para chegar num resultado, tem um vencedor no final e regras bem definidas e se tem
disputa tem que ter mais de um participante. A definição de jogo de Huizinga abarca a
ideia anterior. Segundo Huizinga (2007, p.33):

É uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e


determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente
consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo,
acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de
ser diferente da vida cotidiana.

Na educação, muitos professores veem o jogo como uma atividade que pode ser
usada no final da aula, como forma de “passatempo” ou para preencher “buraco”, pois
não há tempo para iniciar um novo conteúdo ou uma nova atividade e o jogo não é usado
com finalidade educativa. Porém, existe um grande número de professores que
compreendem o jogo como uma ferramenta que facilita o processo ensino
aprendizagem. Esses docentes são apoiados por inúmeros estudiosos que asseguram que
a utilização de jogos como recursos pedagógicos trazem benefícios para os docentes e os
discentes por oportunizar a interação entre esses, desenvolver os aspectos motores,
sociais, cognitivos, psicológicos dos discentes. Segundo Rau (2007, p.36):

O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e


biológico é uma atividade livre, alegre que engloba uma significação. É de grade
valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece o
desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui
para adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade [...].
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O trabalho com jogos envolve muitos fatores para que os mesmos sejam
considerados jogos pedagógicos (didáticos, educativos, ou de aprendizagem) e para que
possam contribuir no processo ensino aprendizagem. A princípio é bom fazer uma
distinção entre jogos pedagógicos e jogos lúdicos, pois os dois divertem, mas são
propostos com objetivos diferentes. O jogo pedagógico (didático, educativo ou de
aprendizagem) é usado como apoio para o ensino de conteúdos, ou para fixação de
conteúdos trabalhados ou até para o desenvolvimento de habilidades, competências,
valores. O jogo lúdico é usado apenas para divertir, envolver. O jogo pedagógico também
diverte, envolve, mas ele é usado para conseguir metas maiores, para adquirir
conhecimentos, habilidades, competências. Maurício (2008) afirma:

Em geral, o elemento que separa um jogo pedagógico de outro de caráter


apenas lúdico é este: desenvolve-se o jogo pedagógico com a intenção de
provocar aprendizagem significativa, estimular a construção de novo
conhecimento e principalmente despertar o desenvolvimento de uma habilidade
operatória, ou seja, o desenvolvimento de uma aptidão ou capacidade cognitiva
e apreciativa específica que possibilita a compreensão e a intervenção do
indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões.

Ao buscar mostrar a distinção entre o jogo pedagógico e o jogo lúdico o autor


Maurício levanta também a questão da intenção, pois o jogo pedagógico é usado com a
intenção de ensinar, mas de uma forma lúdica, é aprender brincando. A ludicidade deve
estar presente em todo o processo ensino aprendizagem, procurando tornar as
atividades acadêmicas em momentos agradáveis e prazerosos. E no ensino de
Matemática não é diferente, pois os jogos despertam mais interesse no discente em
aprender.
É importante afirmar que o jogo pelo jogo não tem objetivo pedagógico definido,
é preciso que o educador faça uma intervenção pedagógica para que a aprendizagem
aconteça. Assim, é preciso um planejamento de todo o processo onde o professor deve
pensar a proposta do jogo a partir do contexto que esse jogo será realizado, dentro da
sala de aula (presencial) ou fora dela (online), definir os seus objetivos, conhecer
minuciosamente o jogo, o número de jogadores, elaborar estratégias para articular o jogo
com a aprendizagem que deseja alcançar.

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Através dos jogos matemáticos os discentes aprendem os conteúdos dessa
disciplina, mas também desenvolvem muitas outras competências que envolvem o
aspecto motor, cognitivo, social, afetivo, psicológico. Mas, como podem ser definidos os
jogos matemáticos? Os jogos matemáticos são aqueles usados para desenvolver
conhecimentos e habilidades matemáticas que permitem ao aluno aprender o conteúdo e
aplicá-lo no seu dia a dia usando a criatividade, a argumentação, criando estratégias para
a resolução de problemas. Diante disso, Agranionih e Smaniotto (2002, p. 16) definem o
jogo matemático como:
[...] uma atividade lúdica e educativa, intencionalmente planejada, com objetivos
claros, sujeita a regras construídas coletivamente, que oportuniza a interação
com os conhecimentos e os conceitos matemáticos, social e culturalmente
produzidos, o estabelecimento de relações lógicas e numéricas e a habilidade de
construir estratégias para a resolução de problemas.

Muitos docentes se perguntam em que momento do aprendizado é melhor a


introdução dos jogos no conteúdo? Como dito anteriormente o jogo pode ser usado no
inicio, para ajudar a introduzir um conteúdo; antes da introdução de um tema,
objetivando trabalhar competências que serão necessárias para a aprendizagem do novo
conteúdo; durante o processo ensino aprendizagem ou no final, como forma de fixação
do que foi trabalhado. Smole; Diniz; Milani (2007, p.14) explicam:
Um jogo pode ser escolhido porque permitirá que seus alunos comecem a
pensar sobre um novo assunto, ou para que eles tenham um tempo maior para
desenvolver a compreensão sobre um conceito, para que eles desenvolvam
estratégias de resolução de problemas ou para conquistarem determinadas
habilidades que naquele momento você vê como importantes para o processo
de ensino e aprendizagem.

É por meio dos jogos que o aluno aprende a desenvolver a sua capacidade de
raciocinar e interagir. Ele pode auxiliar o processo ensino aprendizagem a partir do
momento que é usado como estimulador do interesse do aluno, proporcionando-lhe
vivências pessoal e social que facilitarão a construção de novos conhecimentos, de forma
planejada, orientada, mas que desperta o prazer, o divertimento, aproximando o aluno
dos conhecimentos científicos.

3.2 A classificação dos jogos segundo Piaget e Brenelli

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Ao usar o jogo matemático como recurso pedagógico o docente deve tomar
cuidados que são essenciais para o sucesso na docência, como por exemplo, partir das
necessidades dos alunos, dos seus conhecimentos prévios. É relevante também que ele
conheça os diferentes tipos de jogos que podem ser usados como recursos pedagógicos.
As classificações dos jogos abarcam muitos critérios, objetivos e funções.
Mas, para a compreensão dos jogos como recursos pedagógicos é relevante que o
educador conheça a as três classificações que Piaget (1978) traz pensando nas estruturas
mentais, que são: jogos de exercício, simbólico e com regras. A classificação adotada por
Piaget mantem uma intima relação com os estágios de desenvolvimento da criança
elaborados a partir de estudos desse autor.
O jogo de exercício está relacionado ao estágio sensório-motor e acontecem nos
primeiros 18 meses. Ele está intimamente ligado às sensações, pois a criança, através da
manipulação de objetos descobre o potencial das mãos através de movimentos
repetitivos. Não necessita de uma estrutura mental, de uma estrutura cognitiva bem
elaborada, a criança não está raciocinando, mas usando o jogo na manipulação dos
objetos e o prazer estarem nas sensações que ela tem na movimentação. Para Piaget
(1978, apud FRANCO et al., 2018, p.07):
Inicialmente a atividade lúdica surge como uma série de exercícios motores
simples. Sua finalidade é o próprio prazer do funcionamento. Estes exercícios
consistem em repetição de gestos e movimentos simples como agitar os braços,
sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular, correr, etc. Embora estes jogos
comecem na fase maternal e durem predominantemente até os 2 anos, eles se
mantêm durante toda a infância e até na fase adulta. Por exemplo, andar de
bicicleta, motocicleta ou carro.

O jogo simbólico está relacionado ao estágio pré-operatório e acontece a partir


dos 2 anos de idade, onde a criança entrará no mundo da fantasia, usando a imaginação,
com as representações e os seus significados, trabalhando o faz de conta. Pellegrine
(2017, p.14) explica:
São exercícios onde a criança utiliza sua imaginação, primeiramente de
forma individual, para representar papéis, situações, comportamentos,
realizações, utilizar objetos substitutos. Ou seja, nesta fase, os jogos
satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar o
mentalmente acontecido, mas de executar a representação.

O jogo de regras começa a se manifestar a partir dos 5 anos, mas se desenvolve


principalmente na fase dos 7 aos 12 anos e continua durante toda a vida, acontecendo a
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transição da atividade individual para a social, pois a criança vai deixando o seu aspecto
egocêntrico para trabalhar a inclusão na sociedade, entender as regras, entender o
funcionamento da sociedade em geral. Segundo Franco et al.(2018, p.08):
O que caracteriza o jogo de regras é a existência de um conjunto de leis
impostas pelo grupo, sendo que seu descumprimento é normalmente
penalizado, e uma forte competição entre os indivíduos. O jogo de regra
pressupõe a existência de parceiros e um conjunto de obrigações (as regras), o
que lhe confere um caráter eminentemente social. Esse jogo está frequente na
vida da criança no momento em que ela abandona a fase egocêntrica
possibilitando o desenvolvimento dos relacionamentos afetivo-sociais.

Para Piaget o desenvolvimento das atividades lúdicas acompanha o


desenvolvimento cognitivo das crianças, pois se articulam com os estágios de
desenvolvimento cognitivo apresentado por ele. E o jogo, permite que a criança assimile
novas informações e as acomodem nas suas estruturas mentais. Para ele o jogo com
regras, ao assumir um caráter educativo, estimula o desenvolvimento psicomotor da
criança, assim como a formação da sua personalidade, pois serão trabalhados valores
como honestidade, perseverança, cooperativismo, e competências socioemocionais
como respeito às regras e ao próximo, empatia, aprendizagem com a perda, trabalho em
grupo.
Brenelli (1996) propõe a classificação dos jogos de regras segundo suas funções
pedagógicas: Jogos Estratégicos, Jogos de Treinamento e Jogos Geométricos. Os Jogos
Estratégicos desenvolvem o raciocínio lógico, exigindo do aluno a elaboração de
estratégias para suas jogadas, buscando caminhos para ganhar o jogo. Os Jogos de
Treinamento servem para a fixação de conhecimentos já adquiridos, utilizando a
repetição para reforçar um conteúdo. E os Jogos Geométricos contemplam o trabalho
com figuras geométricas e suas características, buscando desenvolver aa observação e o
pensamento lógico.

3.3 Jogos como estratégias de ensino da matemática

Os jogos matemáticos são ferramentas que podem ser usados pelo professor para
atrair a atenção dos alunos fazendo com que todos possam participar de forma interativa
da aula deixando um pouco de lado a forma tradicional de ensino. Assim o professor cria
momentos de descontração com os alunos, gera a capacidade de criar seus próprios
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conceitos, ajuda a elevar a autoestima deles e cria uma aproximação dos discentes à
Matemática, que é considerada, pela maioria, como uma disciplina difícil, desinteressante
e sem aplicabilidade no dia a dia deles. Silva; Godoy (2016, p.02) afirmam que:
[...] o ensino de Matemática, para se tornar significativo para o aluno, deve valer-
se de situações cotidianas ou de situações relacionadas a outras áreas do
conhecimento, estamos de uma maneira ou de outra, afirmando que, por meio
da Matemática, é possível modelar, testar e resolver situações cotidianas e de
outras áreas do conhecimento.

A Matemática é uma disciplina, como as demais, que precisa envolver o aluno ao


ponto que ele perceba que os problemas existem para serem resolvidos e que através do
pensar, do procurar, pesquisar ele será capaz de chegar a uma solução. É preciso mostrar
que não é uma disciplina para “gênios”, mas para “pensantes”. Segundo Silva (2018,
p.26):
A Matemática, junto a outras áreas do conhecimento, ajuda a humanidade a
pensar sobre a vida, compreendendo o mundo que nos rodeia, e deve ser vista
como uma área de conhecimento capaz de estimular o interesse, a curiosidade,
o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade de resolver
problemas. Compreender essa ciência é uma questão de emancipação social.

O jogo matemático facilita muito a discussão em relação à resolução de


problemas, levantamento de hipóteses, criação de estratégias, de encontrar mais de
uma solução para chegar ao resultado final (tudo isso faz parte do jogo e faz parte da
resolução de problemas). Segundo Lamas (2015, p.02):
O uso do jogo no ensino de matemática se justifica porque possibilita a produção
de uma experiência significativa para o indivíduo (crianças ou adultos) tanto em
termos de conteúdos matemáticos como no desenvolvimento de competências
e habilidades. O indivíduo é motivado a trabalhar e pensar ao jogar. Desta forma,
ele descobre, formula questões, resolve problemas e não somente recebe
informações.

A Matemática para ser compreendida necessita do desenvolvimento do raciocínio


lógico, o que é um problema maior agora, pois no passado os discentes não eram
estimulados a pensar, apenas decoravam para tirar uma boa nota nas avaliações. Mas, na
atualidade os alunos não querem pensar, querem tudo instantâneo, rápido e pronto.
Assim, fica mais difícil trabalhar o raciocínio lógico. Porém, esses mesmos alunos gostam
de desafios, gostam de competir, gostam do lúdico, por isso o jogo é um recurso didático
relevante que prende a atenção dos alunos e auxilia na aprendizagem, além de
desenvolver as habilidades cognitivas, sociais, afetivas, estimulando o conhecimento, a

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concentração e a participação ativa no processo ensino aprendizagem. Para Mourad
(2014, p.09):
[...] Pode-se dizer que eles podem apresentar meios para que o aluno aprenda
Matemática superando as dificuldades de aprendizagem e construindo seu
conhecimento, por meio de incentivo, motivação, desenvolvendo assim seu
raciocínio lógico. Isto porque durante os jogos os alunos desenvolvem
estratégias, hipóteses e buscam soluções, o que contribui na construção do
pensamento e incentiva a busca contínua da resolução dos problemas.

Para ser usado como um recurso pedagógico o jogo deve ter a presença da função
lúdica e educativa. A função educativa abarca a aquisição de conhecimentos,
competências, habilidades, valores. Sua função lúdica está centrada no prazer em jogar,
pois o jogo pedagógico precisa ser envolvente, engajador, despertando no aluno a
vontade de jogar. Silva; Guerra (2016) salientam que deve haver um equilíbrio entre a
função educativa e lúdica nos jogos educativos, quando a lúdica é maior, deixa de ser um
jogo educativo, mas somente um jogo. Quando a função educativa é maior que a lúdica
deixa de ser jogo e passa a ser somente mais um material didático comum.
O jogo matemático como recurso pedagógico pode tirar os alunos de aulas
monótonas, trabalhadas da forma tradicional, expositivas, onde o professor tem o papel
de ensinar e o aluno de aprender. O papel do professor no uso desse recurso pedagógico
é muito importante. Ele exerce o papel de organizador, moderador, juiz, mediador. O
papel desenvolvido por ele é muito delicado: ele organiza as tarefas do jogo, ele explica o
jogo, escolhe e propõe o jogo, mas ele tem que deixar as crianças jogarem, ficando numa
posição de árbitro, daquele que sustenta as coordenadas do jogo, mas ele não joga.
Outro papel importante do professor é a reflexão, no registro, na retomada sobre o jogo
após a execução do mesmo.
O jogo é uma experiência de aprendizagem, de desenvolvimento e para ele se
tornar uma situação de ensino é preciso que o professor organize o momento da
sistematização, da formalização, de refletir sobre os diferentes aspectos, de dar
informações, de ensinar, de colocar na roda as experiências vividas. O papel do professor
é escolher jogos tendo o seus objetivos didáticos, de organizar, de montar uma situação
de jogo, construir o jogo. Ele organiza a experiência lúdica e depois retoma numa situação
de Matemática. Macedo, Petty e Passos (2000, p.22) afirmam:

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É fundamental considerar que desenvolvimento e aprendizagem não estão nos
jogos em si, mas no que é desencadeado a partir das intervenções e dos desafios
propostos aos alunos. A prática com jogos, permeada por tais situações, pode
resultar em importantes trocas de informações entre os participantes,
contribuindo efetivamente para a aquisição do conhecimento.

Práticas reflexivas, sistematização, nomeação, qualifica a experiência numa


perspectiva de conteúdo matemático, de cálculo, através da mediação do professor. A
interação do professor com o aluno é muito importante, antes do início do jogo, durante
o mesmo e depois que os alunos concluírem o jogo, devendo assim o docente fazer
intervenções, sem intervir no resultado final. Para Borin (1996, p.11):
[...] E só irá interferir ao final do mesmo, quando isso se fizer necessário através
de questionamentos, por exemplo, que levem os alunos a mudanças de
hipóteses, apresentando situações que forcem a reflexão ou para socialização
das descobertas dos grupos, mas nunca para dar a resposta certa. Ao aluno, de
acordo com esta visão caberá o papel daquele que busca e constrói o saber
através das analises das situações que apresentam no decorrer do processo.

Diante do que foi exposto anteriormente fica evidente a importância do papel do


professor durante todos os momentos do jogo. Os jogos devem ser escolhidos pelo
docente de acordo com os objetivos que ele quer alcançar, dentro do conteúdo a ser
abordado, respeitando a faixa etária do discente, seus conhecimentos prévios e suas
necessidades. Mas, em cada momento do jogo o papel do professor é essencial, desde a
escolha do mesmo até a avaliação feita pelo docente, após a aplicação desse recurso
pedagógico. São sete momentos em que o professor pode realizar intervenções ao fazer
uso do jogo como recurso pedagógico, conforme Grando (2000, apud RITA, 2013, p. 15):
“Familiarização com o material do jogo; Reconhecimento das regras pelos alunos; O Jogo
pelo jogo; Intervenção pedagógica verbal; Registro do jogo; Intervenção escrita; Jogar
com competência”.
Das circunstâncias citadas anteriormente é relevante analisar três momentos que
devem fazer parte do planejamento de um professor que escolhe o jogo matemático
como um recurso pedagógico. A Intervenção pedagógica verbal onde o professor,
durante o jogo, faz questionamentos aos alunos sobre as jogadas realizadas buscando
articulá-las com conceitos matemáticos que ele quer trabalhar. O Registro do jogo que
corresponde ao momento criado pelo professor onde o aluno precisa registrar por escrito
informações sobre o jogo, de uma forma espontânea, buscando responder aos desafios
levantados pelo docente. Por fim, a Intervenção escrita, momento onde o professor parte

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do jogo para elaborar situações-problemas onde o aluno aplica as informações
conseguidas no jogo na sistematização de conteúdos matemáticos.
Ao usar o jogo como um recurso pedagógico é importante que o professor
trabalhe também a questão do erro, promovendo com os alunos discussões sobre o
mesmo, mostrando que através dele acontece a aprendizagem e que ele não pode ser
visto apenas através de um olhar negativo. Enquanto promove essa análise sobre o erro
com os alunos, o professor pode incentivar o levantamento de hipóteses, mostrando que
não existe apenas um caminho para se chegar a um resultado e que o importante é a
tentativa, é a construção dos conhecimentos através dos desafios.
A confecção dos jogos pelos alunos é também um recurso que pode ser usado
pelo professor para trabalhar os conteúdos matemáticos, é uma ação vantajosa no
processo ensino aprendizagem, pois permite trabalhar com os conceitos matemáticos e
com as habilidades motoras, sensoriais, sociais, afetivas. De acordo com Lus (2014, p.13):
Esta atividade permitiu trabalhar com conceitos cognitivos básicos, incluindo
exercícios de coordenação motora e discriminação visiomotora através de
recortes, pinturas, colagens, medições, leitura e interpretação das regras dos
Jogos, raciocínio lógico, cálculo mental, seleção, seriação, classificação; essa é
mais uma forma de ação, que contribui no processo de ensino aprendizagem.

Assim, se o professor optar pela confecção dos jogos pelos alunos, desenvolverá
um trabalho interdisciplinar, abordando os conteúdos matemáticos, mas também
competências e habilidades que competem a outras disciplinas, construindo pontes. De
acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio Matemática (BRASIL, 2006,
p.28): “Utilizar jogos como instrumento pedagógico não se restringe a trabalhar com
jogos prontos, nos quais as regras e os procedimentos já estão determinados; mas,
principalmente, estimular a criação, pelos alunos, de jogos relacionados com os temas
discutidos no contexto da sala de aula”.
Outra questão importante que pode ser trabalhada pelo professor que usa os
jogos matemáticos como recurso pedagógico é o “ganhar” e o “perder”. O aluno precisa
ser trabalhado para lidar com suas emoções, compreendendo que o ganhar e o perder
fazem parte do jogo e da vida, por isso deve estar preparado para ganhar ou perder,
tendo em mente que é relevante respeitar as regras do jogo e os outros jogadores, pois o
importante é jogar, competir, interagir.

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O trabalho com os jogos matemáticos como recurso pedagógico dá uma nova
dimensão pedagógica aos conteúdos matemáticos, desenvolvendo habilidades como a
organização de pensamentos, criação de estratégias, autonomia, respeito,
cooperatividade, controle das emoções, além de trabalhar o aspecto motor, sensorial e
cognitivo.

4.Considerações finais

A partir das pesquisas realizadas neste trabalho com objetivo de compreender a


importância do uso dos jogos matemáticos como recurso pedagógico ficou evidente que
o professor precisa abrir mão da forma tradicional de trabalhar, introduzindo nas aulas
recursos diferentes que estimulem o interesse, a concentração, a participação, tornando
um aluno um partícipe na construção dos seus conhecimentos.
Fica claro que o professor precisa desenvolver seu papel de ensinante, porém não
é apenas através das aulas expositivas, ele pode usar os jogos para auxiliá-lo na
introdução de conteúdos, na fixação do que já foi ensinado e na aquisição de habilidades
que são importantes para a aprendizagem de um novo tema. Em todas as disciplinas os
jogos são ferramentas que envolvem o aluno, tornando a aula mais interessante,
agradável e produtiva.
Os jogos aplicados para ensinar, apresentar, fixar conteúdos matemáticos
desenvolvem habilidades que o aluno necessita para uma aprendizagem significativa e
para sua inserção na sociedade. Eles desenvolvem o raciocínio lógico, a concentração, a
atenção, a criatividade, a autonomia, a autoconfiança, o respeito às regras e aos outros
jogadores, a competitividade, a cooperatividade.
Antes de escolher um jogo para ser trabalhado com os alunos são necessárias
algumas ações que garantam a eficácia no uso do mesmo e no processo ensino
aprendizagem. O professor deve conhecer o jogo que será proposto; deve conhecer as
necessidades de seus alunos, assim como a realidade dos mesmos; deve ter objetivos
claros e planejar todo o trabalho com o jogo escolhido.
É importante também que o jogo escolhido seja adaptado à realidade do aluno
levando em conta também seu interesse e suas necessidades. Não pode ser muito fácil e
nem muito difícil, pois o aluno pode perder o interesse em jogar. O jogo deve ser testado
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antes de ser aplicado na sala de aula e se possível jogado pelo professor enriquecendo
assim a troca de experiências.
O uso dos jogos matemáticos oferece ao aluno os conteúdos de uma forma
prazerosa, além de desmistificar a Matemática como uma disciplina difícil de aprender.
Mostra também que para resolver qualquer tipo de problema é necessário “pensar”,
“analisar”, “buscar saídas”. Que os conteúdos matemáticos exigem do aluno um
raciocínio lógico, tentativas para se buscar uma solução e que nem sempre existe um só
caminho, uma só solução.
Os jogos matemáticos para serem usados como recurso pedagógico precisa
conter implícita a função educativa, onde o professor tem em mente os objetivos que
quer alcançar.
Para que essa função educativa aconteça é essencial as intervenções
pedagógicas por parte do professor durante todo o trabalho com o jogo. Ele deve criar
um diálogo com o aluno desafiando-o, pedindo explicações das jogadas realizadas, das
estratégias desenvolvidas, levando-o a refletir de forma crítica todo o desenvolvimento
do jogo.
É importante salientar que o trabalho que o professor pode fazer a partir do
“erro” é muito relevante, pois oportunizará ao aluno um pensar onde esse tem aspecto
positivo diante da construção dos conhecimentos. Mostrar que o erro é um caminho
andado para se encontrar a solução e que às vezes se aprende mais com ele que com os
acertos. Ele poderá ressaltar que as soluções encontradas hoje foram erros no passado.
Dessa forma, após as pesquisas bibliográficas realizadas percebeu-se que os jogos
matemáticos quando bem planejados, adaptados à realidade dos alunos e às suas
necessidades, com objetivos estabelecidos e com as intervenções pedagógicas realizadas
pelo professor são recursos didáticos que favorecem a construção do conhecimento,
resultando numa aula prazerosa, dinâmica, proporcionando uma aprendizagem
significativa.
Ao finalizar este trabalho, foi possível verificar que os jogos matemáticos trazem
resultados positivos para a aprendizagem dos conteúdos dessa disciplina, além de
contribuírem para o desenvolvimento integral do aluno, trabalhando os aspectos
motores, sociais, psicológicos, cognitivos e afetivos. Assim, ficam a certeza que o

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professor precisa buscar estratégias, recursos pedagógicos diversos que o ajudem na
docência completando e complementando as aulas expositivas e do uso do livro didático.

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