Você está na página 1de 13

CENTRO UNIVESITÁRIO UNIFACVEST

CURSO DE PEDAGOGIA

O PAPEL DOS JOGOS NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

FOZ DO IGUAÇU/PR
2022

O PAPEL DOS JOGOS NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA


Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao Centro Universitário UNIFACVEST como
parte dos requisitos para a obtenção do grau
de Bacharel em Pedagogia
Aluno: Orientador:

Foz do Iguaçu/ PR, __/__/2022. Nota __ __________________


(data de aprovação)

_______________________________________
(assinatura /acrescentar aqui o nome completo do professor orientador e maior
título)

_______________________________________
Nome do Coordenador
(coordenador do curso de graduação, nome e assinatura)

O PAPEL DOS JOGOS NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA


RESUMO
O objetivo deste trabalho é fornecer uma análise reflexiva sobre o uso de jogos nas escolas,
que, se executados em paralelo com as funções de distração e instrução, são fundamentais
para a eficácia da aprendizagem. Refletir sobre o papel do brincar na sala de aula e avaliar
sua eficácia com base em pesquisa bibliográfica. Percebemos a importância dos jogos
matemáticos na escola, pois através desses jogos as crianças desenvolvem o raciocínio
lógico e melhoram suas habilidades de comunicação, desta forma podem socializar e
aprender de forma significativa. Entendemos que a aprendizagem do aluno deve ser o foco
fundamental das escolas, portanto, nos dias de hoje, ele pode e deve brincar e interagir para
trazer e criar oportunidades para o jogo educativo, incentivar o aprendizado de matemática
mais interessante e significativo e desenvolver o engajamento Habilidades básicas para o
desenvolvimento pessoal no processo educacional. Assim, podemos dizer que esta pesquisa
nos leva à conclusão de que, além de proporcionar diversão, os jogos bem planejados pelos
professores podem representar desafios e desencadear reflexões nos alunos, permitindo que
eles joguem de forma divertida e ‘interessante.

Palavras-chave:Matemática. Jogos Pedagógicos. Aprendizagem

1 Introdução
Concorda-se que não existe um caminho único que possa ser
considerado o único e melhor caminho para ensinar e aprender qualquer
disciplina, principalmente a matemática.
No entanto, a utilização dos jogos nas aulas de matemáticae
compreender as possibilidades do trabalho em sala de aula, porém tendo a
compreensão que é essencial que os professores construam sua própria
prática. Uma das tendências atuais no ensino de matemática é a utilização de
jogos como material didático no processo de ensino, visando criar novas
perspectivas pertinentes ao assunto que está sendo trabalhado. Nessa
perspectiva a pesquisa visa compreender e analisar como os jogos didáticos
podem ser aplicados ao currículo Escolar.
Vigotsky afirma que através do brinquedo a criança aprende a agir numa
esfera cognitiva, sendo livre para determinar suas próprias ações. Segundo ele,
o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiança, proporcionando
desenvolvimento da linguagem do pensamento, da concentração e da atenção.
Ensinar matemática de forma divertida exige desenvolver o raciocínio lógico,
estimular o pensamento independente, a criatividade e a resolução de
problemas.
Neste trabalho, destacamos a importância dos jogos e desafios como
métodos de ensino das aulas de matemática, e como eles podem ser aplicados
à pesquisa escolar, percebemos que as crianças utilizam todo tipo de
matemática quando brincam. Quando preparados adequadamente, esse
recurso é uma ferramenta didática eficaz para a construção do conhecimento
matemático.
Sabemos que a matemática existe em todos os tipos de atividades que
as crianças fazem. O ensino da disciplina reforça uma gama de habilidades
que, gradativamente, ampliam as possibilidades de compreensão e
transformação da realidade por parte dos alunos.
Dentre muitos objetivos do ensino de matemática, encontra-se o de
ensinar a determinados problemas, e as situações de jogos representam uma
boa situação problema, na medida em que o professor sabe propor boas
questões aos alunos, potencializando suas capacidades para compreender e
explicar fatos e conceitos da matemática.
Contudo, o brincar na área escolar é diferente do brincar em casa, na
rua, ou em outros lugares. Porque a vida escolar pede um comprometimento e
é imposta por algumas normas que regulam as ações das pessoas e as
interações entre elas. Estas normas estão presentes, também, nas atividades
das crianças. Assim, as brincadeiras e jogos têm uma especificidade quando
ocorrem na escola, pois são medidas pelas normas institucionais.
Assim sendo, o ensino de matemática deve priorizar o avanço do
conhecimento das crianças perante o ensino aprendizagem.
O jogo, além de ser um objetivo sociocultural em que a matemática está
inserida, ele é uma atividade natural no desenvolvimento dos processos
psicológicos básicos; supõe um “fazer uma obrigação externa e imposta”. Já
que a aprendizagem da matemática está totalmente ligada à compreensão, isto
é, apreensão do significado, os parâmetros curriculares nacionais (PCN’ S)
solicitam que os jogos são fontes de significados, e, portanto, possibilitam
compreensão, geram satisfação, formam hábitos que se estruturam numa
pesquisa. (Brasil, 1998).

2 FundamentaçãoTeórica

Sobre a área de Matemática, a Base Nacional Comum Curricular –


BNCC (BRASIL,2017, p.265) pontua que:
O conhecimento matemático é necessário para todos
os alunos da Educação Básica, seja por sua grande
aplicação na sociedade contemporânea, seja pelas
suas potencialidades na formação de cidadãos
críticos, cientes de suas responsabilidades sociais

A Matemática é de suma importância para os alunos que estão em


fase de evolução de suas habilidades e conhecimento, pois contribui
diariamente para seu desenvolvimento, tanto acadêmico como no seu
desenvolvimento pessoal.
No entanto, muitas pessoas dizem que a matemática é uma matéria
muito difícil, porque ao longo dos anos, foi criado um paradigma em torno da
disciplina que deixa os alunos apreensivos e intimidados, achando que é a
matemática é algo difícil de se aprender, mesmo antes de ter contato a essa
matéria. Por outro lado, vale ressaltar que também há alunos que adoram
matemática. Segundo Reviére (1995, p. 141) “existe um grupo reduzido
deestudantes que podem dizer que a Matemática é fácil e fascinante, contudo,
há outro grupomaior de alunos que a acha complicada e enfadonha”. Por esse
motivo é que não se podeapresentá-la como uma disciplina fechada e
desligada da realidade.
No momento em que os alunos conseguem entender a influência e
compreender o quanto a Matemáticae norteadora de situações cotidianas,
passam a desenvolver-se como sujeitos comunicativos, argumentativos e
autônomos, como citado nos PCN (BRASIL, 1998,p.27):

[...] a Matemática pode dar sua contribuição à


formação do cidadão ao desenvolvermetodologiasque
enfatizem a construção de estratégias, a
comprovação e justificativa
de resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o
trabalho coletivo e a autonomiaadvinda da confiança
na própria capacidade para enfrentar desafios.

Portanto, dependendo do encaminhamento realizado pelo


professor, o jogo pode simbolizar um aperfeiçoamento do que vem sendo
trabalhado em sala de aula

Ao recorrer ao uso de jogos, o professor está


criando na sala de aula uma atmosferade motivação
que permite aos alunos participar ativamente do
processo ensino-aprendizagem, assimilando
experiências e informações e, sobretudo,
incorporandoatitudes e valores (HAYDT, 2011,
p.129).

Aopropor jogos no processo educativo, cabe ao professor ter clareza


sobre a função dos jogos, além de considerar os tempos diferentes de
aprendizagem dos alunos.
Por meio dos jogos, acontecem os primeiros contatos da criança com
objetos, com as pessoas e com o mundo ao seu redor. Algumas concepções
teóricas são bem diversas em relação à utilização do lúdico no processo de
ensino e aprendizagem do aluno. Nesse sentido, Antunes (2003) destaca as
principais características das teorias de Freud, Vygotsky e Piaget sobre a
importância dos jogos e brincadeiras nesse processo.
Vygotsky: o lúdico privilegia a linguagem e o significado no desejo de
brincar, mostrando que sem esses recursos seria muito mais áspera a
transposição mental, entre os significados e os recursos significantes;
Piaget: a criança que brinca desenvolve sua linguagem oral,
pensamento associativo, suas habilidades auditivas e sociais, além de construir
conceitos de relações espaciais e se apropriar de relações de conservação,
classificação, seriação, aptidões, e muitas outras;
Freud: maneira como somos, pensamos, comportamos e construímos
nossa alta ou baixa-estima é produto da relação entre nosso consciente e
nosso inconsciente e, assim somos como que dirigidos por determinações que
fogem ao império de nossa vontade ou intenção. A tarefa de uma boa
educação infantil seria a de propiciar, através de brincadeiras, o afeto e a
sociabilidade, dando voz aos sonhos infantis.
A brincadeira é de fato um espaço de aprendizado sociocultural
localizado no tempo e no espaço. A escola não é um local como outro qualquer
é nela que a criança aprende a forma de se relacionar com o próprio
conhecimento. De acordo com Aguiar (1998, p. 43), o jogo tem um poder
excitador sobre a criança“e facilita tanto o progresso da personalidade integral
da criança como o progresso de cada uma de suas funções psicológicas,
intelectuais e morais”.
Para elaborarmos propostas de atividade, precisamos escolher um olhar
afirmativo sobre o nosso educando e o que pretendemos ensinar através dos
jogos. A criança, o jovem, ou até mesmo o adulto não é somente um ser, eles
são construtores de cultura e de conhecimentos.
Dentro desta perspectiva, não podemos esquecer que existe crianças
com dificuldades motoras ou de aprendizagem, e preciso pensar num meio de
engaja-los nas atividades propostas, para que não haja exclusão. O professor
precisa construir um vínculo estável e de confiança com seus alunos para
promover experiências provocadoras, garantindo a aprendizagem por meio de
múltiplas linguagens.

3 Material e Métodos
A necessidade de buscar novas metodologias para o ensino da
matemática, visando facilitar a o processo de ensino para o professor e a
aprendizagem para o aluno, nos leva a desenvolver um trabalho voltado para a
pesquisa, tendo como objetivo comprovar como os jogos podem contribuir para
a aprendizagem matemática, averiguar se esse recurso está sendo usado com
êxito, e sobretudo, apontar como os jogos podem contribuir na assimilação e
fixação dos conteúdos matemáticos para as crianças das séries iniciais do
ensino fundamental.
Esse trabalho foi desenvolvido a partir da pesquisa qualitativa, onde é
visado reconhecer como e comprovar as situações dentro da própria sala de
aula, em situações do cotidiano do professor e do aluno.
Esse estudo teve como objetivo observar, identificar e analisar o
desempenho dos alunos frente às atividades de jogos (observação), como
acontecem a interação com o professor, com os pares e como os alunos
administram e resolvem as situações-problema que vão sendo gerados no
decorrer do desenvolvimento das atividades.
4 Resultados e Discussão

Dentro da pesquisa bibliográfica conseguimos observar que muitos dos


alunos possuíam grande dificuldade em resolver questões simples, mas que os
jogos têm ajudado na aprendizagem. Assim, os alunos ficam empolgados em
ver que conseguiam de forma fácil e divertida resolver a tão temida
matemática. Como o nosso estágio foi uma pesquisa de cunho bibliográfico,
não podemos relatar dificuldades, como: do professor em ofertar jogos durante
suas aulas, ou mesmo a dos alunos em receber essa oferta de aprendizagem.
Tendo em vista as finalidades deste projeto, que consistiu,
especialmente, em relatar e refletir acerca dos conhecimentos adquiridos nas
experiências de boas práticas pedagógicas vivenciadas em tempos de
pandemia, foi possível compreender a necessidade de termos
comprometimento com nos mesmos quanto professores, e principalmente a
aprendizagem dos alunos.

5 Considerações Finais
Durante a pesquisa percebeu-se que os professores que utilizam jogos
em sala de aula, tornam o conteúdo mais eficaz para os alunos, e que o
aprendizado pode sim ser adquirido de forma construída, mesmo brincando.
Com os jogos, o aluno passa a pensar de forma consciente, não se
prendendo a fórmulas e a regras. Assim, as aulas passam a ser mais atraente
aos olhos dos mesmos.
Ficou claro, que os jogos matemáticos podem contribuir para um
aprendizado mais evolutivo, não só na disciplina de matemática, como em
todas as outras áreas vivenciadas pelos alunos. Pois os jogos proporcionam
aprendizado positivas e marcantes.

Referências
ANASTASIOU, L. D. G. C.; ALVES, L. P. Processos de ensinagem na
universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 8. ed.
Joinville: Univille, 2009.
BRASIL, M. D. E. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos
do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base.
Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
BORBA,Marcelo de Carvalho; PENTEADO,MiriamGodoy.Informática e
Educação Matemática.5.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016. E-book.
104p. (Coleção Tendências em Educação Matemática). ISBN978-85-7526-
0210.
CABRAL, Natanael Freitas. Sequências didáticas: estrutura e elaboração.
Belém: SBEM / SBEM-PA, 2017. 104 p.
DANTE, L.R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 2ªed. São
Paulo: Ática, 1998
FIORENTINI, Dario; CASTRO, Franciana Carneiro de. Tornando-se professor
de matemática: O caso de Allan em prática de ensino e estágio supervisionado.
In: FIORENTINI, Dario (Org.). Formação de Professores de Matemática:
Explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas: Mercado Letras,
2003. Cap. 4. p. 121-156.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. HAYDT, R. C. C. Curso de
didática geral - 1.ed. - São Paulo: Ática, 2011.
HOFFMANN, J. Avaliar: respeitar primeiro, educar depois. Porto Alegre-RS:
Mediação, 2008.
LORENZATO, S. Laboratório de Ensino de Matemática e materiais didáticos
manipuláveis. In: LORENZATO, S. Laboratório de Ensino de Matemática na
formação de professores. Campinas: Autores associados, 2006. p. 3-38.
LORENZATO, S. Para Aprender Matemática. 3. ed.Campinas, SP: Autores
associados, 2010.
PAVANELLO, R. M. ; NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius. Avaliação em
Matemática: algumas considerações. Estudos em Avaliação Educacional, São
Paulo, v. 17, n.33, p. 29-41, 2006. PIMENTA, S.; LIMA, M. Estágio e docência.
São Paulo: Cortez, 2012.
REVIÉRE, Angel. Problemas e Dificuldades na Aprendizagem da Matemática:
uma Perspectiva Cognitiva. in: COLL, César, PALACIOS, Jesús,
MARCHESI, Alvaro (org.). Desenvolvimento psicológico e educação:
necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes,
2002.

Você também pode gostar