A Lei Menino Bernardo visa proibir o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis contra crianças e adolescentes no Brasil. O projeto prevê punições para pais que maltratarem filhos e multas para quem não denunciar agressões. A lei gerou debates sobre intervenção estatal na educação e punições por castigos leves. Foi aprovada pela Câmara em 2014 e aguarda votação no Senado.
Descrição original:
Título original
A Lei Menino Bernardo é o Nome Adotado Pelos Deputados Para Projeto de Lei 7672
A Lei Menino Bernardo visa proibir o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis contra crianças e adolescentes no Brasil. O projeto prevê punições para pais que maltratarem filhos e multas para quem não denunciar agressões. A lei gerou debates sobre intervenção estatal na educação e punições por castigos leves. Foi aprovada pela Câmara em 2014 e aguarda votação no Senado.
A Lei Menino Bernardo visa proibir o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis contra crianças e adolescentes no Brasil. O projeto prevê punições para pais que maltratarem filhos e multas para quem não denunciar agressões. A lei gerou debates sobre intervenção estatal na educação e punições por castigos leves. Foi aprovada pela Câmara em 2014 e aguarda votação no Senado.
A Lei Menino Bernardo o nome adotado pelos deputados para projeto de lei
7672/2010, da Presidncia da Repblica brasileira, proposto ao Congresso Nacional
Brasileiro que visa proibir o uso de castigos fsicos ou tratamentos cruis ou degradantes na educao de crianas e adolescentes. A imprensa brasileira apelidou a lei de Lei da Palmada. Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prev que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteo famlia e a cursos de orientao, tratamento psicolgico ou psiquitrico, alm de receberem advertncia. A criana que sofrer a agresso, por sua vez, dever ser encaminhada a tratamento especializado. A proposta prev ainda multa de trs a 20 salrios mnimos para mdicos, professores e agentes pblicos que tiverem conhecimento de agresses a crianas e adolescentes e no denunciarem s autoridades 1 . A lei gerou polmica e muitas discusses desde que foi proposta, em 2003. Esta lei foi aprovada pela Cmara dos Deputados no dia 21 de maio de 2014 e segue para votao no Senado. 2
Argumentos favorveis lei Os argumentos favorveis Lei so que ela visa ao reconhecimento e a garantia dos direitos humanos de crianas e adolescentes e superao de um costume arcaico. 3
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Outros argumentos so que a violncia fsica no educa os menores de idade para uma cultura que pretender ser de no-violncia e de paz. Segundo seus defensores, a lei da palmada uma das aes que pretende educar as pessoas para que resolvam os seus problemas atravs do dilogo e da compreenso mtuas, e no por meio de agresses fsicas e/ou humilhaes. Argumentos contrrios lei As reaes contrrias ao projeto de lei deram-se devido aceitao cultural do castigo fsico a crianas e adolescentes pelos pais e responsveis. O principal argumento contra a lei a rejeio, pelas famlias, da interveno do Estado em assuntos privados, como a educao de crianas em casa. Outras crticas so a punio, prevista na lei, de 1 a 4 anos de priso, alm de perda do Poder familiar, no s para adultos que espanquem fortemente os filhos, mas tambm que deem belisces, "palmadas pedaggicas" 6 ou at agresses psicolgicas, como castigos sem punio fsica, em menores de idade. Segundo esse argumento, na prtica, a lei no s punir agresses extremamente violentas, mas impedir aos pais de aplicar qualquer punio, tornando a criana intocvel. 7
Histrico da tramitao do projeto de lei Uma redao de projeto de lei foi apresentada Cmara dos Deputados em 2003 pela Deputada Maria do Rosrio, PT-RS, recebendo o nmero Projeto de lei - PL no. 2.654/2003, 8 tendo obtido pareceres pela aprovao na Comisso de Seguridade Social e Famlia, Comisso de Educao e Cultura e Comisso de Constituio e Justia e de Cidadania, parando sua tramitao no plenrio da casa, onde se encontra sem movimentao. Atendendo a nova disposio da ONU, editada por meio do Comentrio Geral N. 8/2006, 9 aprovado na feito na quadragsima segunda sesso do Comit dos Direitos da Criana - CRC/C/GC/8, em Genebra, no dia 2 de junho de 2006, novo texto de projeto de lei foi enviado pelo Poder Executivo em julho de 2010, sendo numerado como Projeto de lei - PL 7.672/2010. 10 Aps instalao de Comisso Especial para sua apreciao, foi nomeada como relatora a Deputada Teresa Surita (PMDB-RR), que apresentou texto substitutivo ao projeto inicial, tendo o mesmo sido aprovado na Comisso Especial no dia 14 de dezembro de 2011. O projeto de lei foi aprovado na Cmara dos Deputados no dia 21 de maio de 2014, aps acordo com a bancada evanglica, que aceitou a mudana do texto para especificar que os pais ou responsveis somente sero punidos se inflingirem sofrimento fsico criana ou adolescente at 18 anos de idade. O projeto de lei segue para votao no Senado.
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