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Direitos da População

LGBTQIAP+

Luiza Alvarez Beltran


OAB/PR 99.755
Vice-presidente da CDSG/OAB Maringá

Material: Matheus Florencio Rodrigues


OAB/PR nº. 61.587
Secretário da CDSG/OAB Maringá
LGBT(I)++

Direitos Sexuais e Reprodutivos


Direitos da Personalidade
Direitos da Personalidade e Saúde
Multiplicidade/Diversidade (ex.: assexuais)
1.1 Reconhecimento das famílias
LGBTQIAP+

→ Em 2005, a decisão precursora do TRF 4ª Região, a qual determinou que cabia a Previdência reconhecer a “união
entre homossexuais como possível de ser abarcada dentro do conceito de entidade familiar”, por equiparação a
união estável de casais heterossexuais, para efeitos de concessão de pensão por morte, uma vez comprovados o
vínculo afetivo + dependência econômica entre os companheiros - ABRANGÊNCIA NACIONAL DA DECISÃO

1) STF - Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.277 /RJ e Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) nº. 132 / RJ de 2011 e (04 e 05/05/2011) - Reconhecimento, por unanimidade, das uniões
estáveis homoafetivas, com as mesmas regras e efeitos das uniões estáveis heteroafetivas.

“Direito a intimidade e vida privada” (inciso X do art. 5º);


“Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos”;


“A Constituição não interdita a formação de família por pessoas do mesmo sexo.”

2) Resolução 175 de 2013 do CNJ - Proibiu que as autoridades competentes


se recusem a habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão
de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo
1.1 Reconhecimento das famílias
LGBTQIAP+

3) RECURSO EXTRAORDINÁRIO (RE) 846.102 - Origem: AC - 529976101 - TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO


PARANÁ

Ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL


HOMOAFETIVA E RESPECTIVAS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS. ADOÇÃO. AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE N. 4.277. ACÓRDÃO RECORRIDO HARMÔNICO COM A JURISPRUDÊNCIA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.
“Assim interpretando por forma não-reducionista o conceito de família, penso que este STF fará o que lhe compete:
manter a Constituição na posse do seu fundamental atributo da coerência, pois o conceito contrário implicaria forçar o
nosso Magno Texto a incorrer, ele mesmo, em discurso indisfarçavelmente preconceituoso ou homofóbico. Quando o
certo − data vênia de opinião divergente - é extrair do sistema de comandos da Constituição os encadeados juízos que
precedentemente verbalizamos, agora arrematados com a proposição de que a isonomia entre casais
heteroafetivos e pares homoafetivos somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito
subjetivo à formação de uma autonomizada família. Entendida esta, no âmbito das duas tipologias de sujeitos
jurídicos, como um núcleo doméstico independente de qualquer outro e constituído, em regra, com as
mesmas notas factuais da visibilidade, continuidade e durabilidade”.

Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora.


Publicada em 18 de março 2015
1.2. Reconhecimento das
Identidades Trans

→ Transgêneros, transexuais e travestis

1) PORTARIA Nº 1.707, DE 18 DE AGOSTO DE 2008 - Instituiu o processo transexualizador (cirurgia de


redesignação sexual) no âmbito do SUS

2) Decreto nº. 8.727/2016 - Dispõe sobre o uso do nome social e o reconhecimento da identidade de gênero de
pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

“Art. 1º [...]
Parágrafo único. Para os fins deste Decreto, considera-se:
I - nome social - designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida; e
II - identidade de gênero - dimensão da identidade de uma pessoa que diz respeito à forma como se relaciona com as
representações de masculinidade e feminilidade e como isso se traduz em sua prática social, sem guardar relação necessária
com o sexo atribuído no nascimento.

        Art. 2º  Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta,


autárquica e fundacional, em seus atos e procedimentos, deverão adotar o nome
social da pessoa travesti ou transexual, de acordo com seu requerimento e com
o disposto neste Decreto.

     Parágrafo único. É vedado o uso de expressões pejorativas e discriminatórias


para referir-se a pessoas travestis ou transexuais.
1.2. Reconhecimento das
Identidades Trans

2) Decreto nº. 8.727/2016 - Dispõe sobre o uso do nome social e o


reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e
transexuais no âmbito da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional.
“ Art. 3º Os registros dos sistemas de informação, de cadastros, de programas, de serviços, de fichas, de formulários, de
prontuários e congêneres dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional
deverão conter o campo "nome social" em destaque, acompanhado do nome civil, que será utilizado apenas para fins
administrativos internos.

  Art. 4º  Constará nos documentos oficiais o nome social da pessoa travesti ou transexual, se requerido expressamente pelo
interessado, acompanhado do nome civil.

    Art. 5º O órgão ou a entidade da administração pública federal direta, autárquica e fundacional poderá empregar o nome civil
da pessoa travesti ou transexual, acompanhado do nome social, apenas quando estritamente necessário ao atendimento do
interesse público e à salvaguarda de direitos de terceiros.

  Art. 6º  A pessoa travesti ou transexual poderá requerer, a qualquer tempo, a


inclusão de seu nome social em documentos oficiais e nos registros dos
sistemas de informação, de cadastros, de programas, de serviços, de fichas, de
formulários, de prontuários e congêneres dos órgãos e das entidades da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
[...]
1.2. Reconhecimento das
Identidades Trans

3) STF - Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4275 / DF (2018)


Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E REGISTRAL. PESSOA TRANSGÊNERO. ALTERAÇÃO DO
PRENOME E DO SEXO NO REGISTRO CIVIL. POSSIBILIDADE. DIREITO AO NOME, AO
RECONHECIMENTO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, À LIBERDADE PESSOAL, À HONRA E À
DIGNIDADE. INEXIGIBILIDADE DE CIRURGIA DE TRANSGENITALIZAÇÃO OU DA REALIZAÇÃO DE
TRATAMENTOS HORMONAIS OU PATOLOGIZANTES.
1. O direito à igualdade sem discriminações abrange a identidade ou expressão de gênero.
2. A identidade de gênero é manifestação da própria personalidade da pessoa humana e, como tal,
cabe ao Estado apenas o papel de reconhecê-la, nunca de constituí-la.
3. A pessoa transgênero que comprove sua identidade de gênero dissonante daquela que lhe foi designada
ao nascer por autoidentificação firmada em declaração escrita desta sua vontade dispõe do direito
fundamental subjetivo à alteração do prenome e da classificação de gênero no registro civil pela via
administrativa ou judicial, independentemente de procedimento cirúrgico e laudos de terceiros, por
se
tratar de tema relativo ao direito fundamental ao livre desenvolvimento
da personalidade.
4. Ação direta julgada procedente.
1.3 Criminalização da LGBTQIAP+fobia

4) Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADO) 26 e Mandado de Injunção (MI) 4733 (2019)


“1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de
criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas homofóbicas e
transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero
de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se,
por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários de incriminação definidos na
Lei nº 7.716, de 08/01/1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância que o qualifica,
por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”);
2. A repressão penal à prática da homotransfobia não alcança nem restringe ou limita o exercício da
liberdade religiosa, qualquer que seja a denominação confessional professada, a cujos fiéis e ministros (sacerdotes,
pastores, rabinos, mulás ou clérigos muçulmanos e líderes ou celebrantes das religiões afro-brasileiras, entre outros)
é assegurado o direito de pregar e de divulgar, livremente, pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, o
seu pensamento e de externar suas convicções de acordo com o que se contiver em seus livros e códigos sagrados,
bem assim o de ensinar segundo sua orientação doutrinária e/ou teológica podendo buscar e conquistar prosélitos
e praticar os atos de culto e respectiva liturgia, independentemente do espaço,
público ou privado, de sua atuação individual ou coletiva desde que tais
manifestações não configurem discurso de ódio, assim entendidas
aquelas exteriorizações que incitem a discriminação, a hostilidade ou a
violência contra pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua
identidade de gênero;
1.3 Criminalização da LGBTQIAP+fobia

Injúria qualificada x Racismo social

Art. 140 - Injuriar alguém, Art. 20. Praticar, induzir ou incitar


ofendendo-lhe a dignidade ou o a discriminaçã o ou preconceito de
decoro: raça, cor, etnia, religiã o ou
§ 3o  Se a injú ria consiste na procedência nacional.
utilizaçã o de elementos referentes X Pena: reclusã o de um a três anos e
a raça, cor, etnia, religiã o, origem multa
ou a condiçã o de pessoa idosa ou **Açã o Direta de
portadora de deficiência: Inconstitucionalidade por omissã o
Pena - reclusã o de um a três anos e nº 26 do STF e Mandado de
multa. Injunçã o nº 4733.
**Decisã o do STF (Recl. 39.093 –
RJ) e Ofício Circular do MP
373/2020.  
1.3 Criminalização da LGBTQIAP+fobia

5) Alguns Tipos Penais da Lei nº. 7.716/1989 pertinentes:


[...]
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou escada de
acesso aos mesmos:
Pena: reclusão de um a três anos.
[...]
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a
suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.
[...]
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos e multa.(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)

[...]
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos neste artigo for cometido por intermédio
dos meios de comunicação social, de publicação em redes sociais, da
rede mundial de computadores ou de publicação de qualquer
natureza:      (Redação dada pela Lei nº 14.532, de 2023)
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)
1.3 Criminalização da LGBTQIAP+fobia

Art. 20-A. Os crimes previstos nesta Lei terão as penas aumentadas de 1/3 (um terço) até a metade,
quando ocorrerem em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação.     (Incluído pela
Lei nº 14.532, de 2023)

→ Racismo e homotransfobia recreativa – “piadas” e “brincadeiras” fundadas em elementos de cor,


orientação sexual e identidade gênero

→ Escárnio e deboche que levam o constrangimento do


indivíduo
1.3 Criminalização da LGBTQIAP+fobia

5) Alguns Tipos Penais da Lei nº. 7.716/1989 pertinentes:


Art. 20. [...]
Art. 20-B. Os crimes previstos nos arts. 2º-A e 20 desta Lei terão as penas aumentadas de 1/3 (um
terço) até a metade, quando praticados por funcionário público, conforme definição prevista
no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), no exercício de suas funções ou a
pretexto de exercê-las.      (Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023)
1.4 Breves considerações sobre as

Responsabilidades dos Servidores

→ Princípios Constitucionais da Administração Pública(Art. 37 da CF) Legalidade, impessoalidade, publicidade e


eficiência.
→ Alguns Princípios do Atendimento Público:
Princípio da Continuidade: dispõe que o serviço público  não poderá ser interrompido, salvo em  situações
excepcionais, como  acidentes  que não poderiam ser adequadamente previstos, ou a
justificada interrupção ao usuário inadimplente que já foi devidamente notificado.;

Princípio da Generalidade ou Universalidade: A generalidade  possui uma acepção visando atender a toda a
coletividade (universalidade), com o objetivo de aumentar a amplitude do serviço, mas ao mesmo tempo sem
perder de vista a igualdade e isonomia para com o público usuário.

Princípio da Cortesia: refere-se ao dever do prestador de serviço público de ser cortês e educado em sua
prestação ao tratar com o usuário;
Princípio da Atualidade: A  atualidade  tem seu núcleo no  constante
aperfeiçoamento  e  aprimoramento  do serviço público, com o intuito
de  agregar melhorias  nesta prestação de serviços ao longo dos
tempos.
1.5 O reconhecimento de direitos
LGBTQIAP+ no âmbito da Saúde

6) STF - Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI) 5543 (2020)


Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL.
ART. 64, IV, DA PORTARIA N. 158/2016 DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E ART. 25, XXX,
“D”, DA RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC N. 34/2014 DA ANVISA.
RESTRIÇÃO
ÇÃO DE SANGUEDE DOA- A GRUPOS E RISCO. RESTRIÇÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE A GRUPOS E NÃO CONDUTAS
DE RISCO. DISCRIMINAÇÃO POR ORIENTAÇÃO SEXUAL. INCONSTITUCIONALIDADE. AÇÃO DIRETA JULGADA
PROCEDENTE.
3. A política restritiva prevista na Portaria e na Resolução da Diretoria Colegiada, ainda que de forma desintencional,
viola a igualdade, pois impacta desproporcionalmente sobre os homens homossexuais e bissexuais e/ou seus
parceiros ou parceiras ao injungir-lhes a proibição da fruição livre e segura da própria sexualidade para exercício
do ato empático de doar sangue. Trata-se de discriminação injustificável, tanto do ponto de vista do direito interno,
quanto do ponto de vista da proteção internacional dos direitos humanos, à medida que pressupõem serem os
homens homossexuais e bissexuais, por si só, um grupo de risco, sem se debruçar sobre as condutas que
verdadeiramente os expõem a uma maior probabilidade de contágio de AIDS ou outras enfermidades a
impossibilitar a doação de sangue.
4. Não se pode tratar os homens que fazem sexo com outros homens e/ou suas parceiras como sujeitos
perigosos, inferiores, restringido deles a possibilidade de serem como são, de serem solidários, de participarem de
sua comunidade política. Não se pode deixar de reconhecê-los como membros e partícipes de sua própria
comunidade.
5. Ação direta julgada procedente, para declarar a inconstitucionalidade
do inciso IV do art. 64 da Portaria n. 158/2016 do Ministério da Saúde e da
alínea “d” do inciso XXX do art. 25 da Resolução da Diretoria Colegiada –
RDC n. 34/2014 da Agência Nacional,
Acesso a Saúde da População LGBTQIAP+

Política Nacional de Saúde Integral de

LGBTQIAP+

1) PORTARIA Nº 2.836, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2011 (Ministério da Saúde) - Institui, no âmbito do


Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais (Política Nacional de Saúde Integral LGBT).

2) PORTARIA Nº 2.803, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2013 (Ministério da Saúde) - Redefine e amplia o


Processo Transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS).
Acesso a Saúde da População LGBTQIA+

Política Nacional de Saúde Integral de

LGBTQIA+

1) PORTARIA Nº 2.836/2011 (Ministério da Saúde) – Possui 24 objetivos


“Art. 2º A Política Nacional de Saúde Integral LGBT tem os seguintes objetivos específicos:
I - instituir mecanismos de gestão para atingir maior equidade no SUS, com especial atenção às
demandas e necessidades em saúde da população LGBT, incluídas as especificidades de raça, cor,
etnia, territorial e outras congêneres;
II - ampliar o acesso da população LGBT aos serviços de saúde do SUS, garantindo às pessoas o respeito
e a prestação de serviços de saúde com qualidade e resolução de suas demandas e necessidades;
III - qualificar a rede de serviços do SUS para a atenção e o cuidado integral à saúde da população LGBT;
IV - qualificar a informação em saúde no que tange à coleta, ao processamento e à análise dos dados
específicos sobre a saúde da população LGBT, incluindo os recortes étnico-racial e territorial;
V - monitorar, avaliar e difundir os indicadores de saúde e de serviços para a população LGBT, incluindo os
recortes étnico-racial e territorial;

VI - garantir acesso ao processo transexualizador na rede do SUS, nos


moldes regulamentados;
Acesso a Saúde da População LGBTQIA+

Política Nacional de Saúde Integral de

LGBTQIA+

1) PORTARIA Nº 2.836/2011 (Ministério da Saúde)


“Art. 2º A Política Nacional de Saúde Integral LGBT tem os seguintes objetivos específicos:
[..]
VI - garantir acesso ao processo transexualizador na rede do SUS, nos moldes regulamentados;
VII - promover iniciativas voltadas à redução de riscos e oferecer atenção aos problemas decorrentes do
uso prolongado de hormônios femininos e masculinos para travestis e transexuais;
VIII - reduzir danos à saúde da população LGBT no que diz respeito ao uso excessivo de
medicamentos, drogas e fármacos, especialmente para travestis e transexuais;
IX - definir estratégias setoriais e intersetoriais que visem reduzir a morbidade e a mortalidade de travestis;
X - oferecer atenção e cuidado à saúde de adolescentes e idosos que façam parte da população LGBT;

XI - oferecer atenção integral na rede de serviços do SUS para a


população LGBT nas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs),
especialmente com relação ao HIV, à AIDS e às hepatites virais;
Acesso a Saúde da População LGBTQIA+

Política Nacional de Saúde Integral de

LGBTQIA+
1. PORTARIA Nº 2.836/2011 (Ministério da Saúde)
“Art. 6º Compete aos Municípios:
I - implementar a Política Nacional de Saúde Integral LGBT no Município, incluindo metas de acordo com
seus objetivos;
II - identificar as necessidades de saúde da população LGBT no Município;
III - promover a inclusão desta Política Nacional de Saúde Integral LGBT no Plano Municipal de Saúde e no
PPA setorial, em consonância com as realidades, demandas e necessidades locais;
IV - estabelecer mecanismos de monitoramento e avaliação de gestão e do impacto da implementação
desta Política Nacional de Saúde Integral LGBT;
V - articular com outros setores de políticas sociais, incluindo instituições governamentais e não-
governamentais, com vistas a contribuir no processo de melhoria das condições de vida da
população LGBT, em conformidade com esta Política Nacional de Saúde Integral LGBT;
VI - incluir conteúdos relacionados à saúde da população LGBT, com recortes étnico-racial e territorial, no
material didático usado nos processos de educação permanente para trabalhadores de saúde;
VII - implantar práticas educativas na rede de serviço do SUS para melhorar a visibilidade e o respeito a
lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais; e
VIII
- apoiar a participação social de movimentos sociais organizados
da população LGBT nos Conselhos Municipais de Saúde, nas
Conferências de Saúde e em todos os processos participativos..”
Acesso a Saúde da População LGBTQIA+

Política Nacional de Saúde Integral de

LGBTQIA+

Exemplo de sucesso a nível municipal:


Ambulatório Trans (06/2022)
Seja uma/um Aliada(o/e)
LGBTQIAP+!

Agradeço a Atenção de
todas, todos e todes!

COMDIPLGBT+

@cdsg.oab.mga

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