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PROMOÇÃO

DA IGUALDADE
RACIAL E DE
GÊNERO
Igualdade Racial na Constituição Estadual

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO
Igualdade Racial na Constituição Estadual
Diogo Surdi

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Igualdade Racial na Constituição Estadual......................................................................................................4
1. Direitos Fundamentais..............................................................................................................................................4
1.1. Conceito, Origem, Classificação e Características. ................................................................................4
2. Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação
Racial.....................................................................................................................................................................................12
3. Igualdade Racial na Constituição do Estado da Bahia........................................................................13
Resumo.................................................................................................................................................................................21
Questões de Concurso................................................................................................................................................23
Gabarito............................................................................................................................................................................... 28
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................29

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Igualdade Racial na Constituição Estadual
Diogo Surdi

Apresentação
Olá, pessoal. Tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos as disposições da Constituição do Estado da Bahia relacio-
nadas com a Igualdade Racial.
Considerando que poucas são as questões anteriores sobre o assunto abordado, faremos
uso, de forma complementar, de questões inéditas.
Grande abraço a todos e boa aula!
Diogo

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IGUALDADE RACIAL NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL


1. Direitos Fundamentais
1.1. Conceito, Origem, Classificação e Características
Para melhor contextualizarmos a matéria, faz-se necessário, em um primeiro momento,
que tenhamos contato com a origem, com a classificação e com as características dos direitos
fundamentais. Para isso, teremos contato com a teoria geral destes direitos, assunto intima-
mente ligado ao Direito Constitucional.
Todos prontos? Vamos lá...
A origem dos direitos fundamentais está intimamente relacionada com a necessidade de
imposição de limites à atuação do Estado. Por intermédio dos direitos fundamentais, desta
forma, os indivíduos passaram a contar com uma proteção, gerando um aumento em sua liber-
dade e uma limitação na atuação do Poder Público.
No texto constitucional, encontramos, por diversas vezes, os termos “direitos” e “garan-
tias”. Mas você já se perguntou o que é um direito? E uma garantia fundamental?
Ainda que o texto da Constituição Federal não tenha feito distinção expressa entre os dois
institutos, é possível afirmar que ambos os conceitos possuem funções distintas.
Os direitos fundamentais podem ser conceituados como os bens e as vantagens conferi-
dos pela Constituição Federal. As garantias fundamentais, por outro lado, são os mecanismos
constitucionalmente previstos com a finalidade de proteger os direitos fundamentais.

EXEMPLO
Como exemplo de direito fundamental, temos a liberdade de locomoção, prevista em nosso
ordenamento por meio do artigo 5º, XV, da Constituição Federal:
“É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.”
Para proteger tal direito e assegurar que este possa ser exercido, a própria Constitui-
ção Federal estabelece, por exemplo, a garantia do habeas corpus, conforme previsão do
artigo 5º, LXVIII:
“Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer vio-
lência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.”

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De acordo com o momento histórico em que surgiram e foram reconhecidos pelo orde-
namento jurídico, os direitos fundamentais podem ser classificados em cinco gerações ou
dimensões.
a) Primeira Geração: Até meados da Idade Média, o Estado era conduzido mediante as
ordens da monarquia. As opiniões do rei, nesta época, eram absolutas, não podendo ser objeto
de contestação por parte da população.
Com o passar do tempo, os indivíduos começaram a se revoltar com os desmandos e
abusos cometidos, dando ensejo ao surgimento do Liberalismo e dos primeiros direitos
fundamentais.
Os direitos fundamentais de primeira geração são formados pela necessidade de uma “não
atuação” do Estado, aumentando assim a liberdade da população.
Por este motivo, tais direitos são comumente conhecidos como “direitos negativos” ou
“direitos de defesa”, uma vez que são resultados da necessidade de proteção à população
ante os desmandos do Estado.
Importante mencionar que os direitos fundamentais de primeira geração surgiram em me-
ados do século XVIII, possuindo como principal objetivo a conquista de liberdade e sendo ma-
terializado pelos direitos políticos e civis.

EXEMPLO
Ambos os direitos (políticos e civis) são decorrência de um aumento da liberdade conferida à
população.
Na medida em que os indivíduos passam a poder votar e exercer seus direitos políticos, esta-
mos diante de um considerável aumento da liberdade.
Tal situação também ocorre na medida em que a população passa a ter direito de usufruir de
sua propriedade e de se locomover sem a necessidade de obter autorização do Poder Público
(direitos civis).
São exemplos, ainda, de direitos de primeira geração o direito à vida, o direito de associação e
o direito de reunião.

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b) Segunda Geração: Com os direitos de primeira geração, a população conquistou um


grande passo, passando a fazer jus, conforme mencionado, a uma maior liberdade de atuação.
Com o passar dos anos, contudo, a simples existência de uma não interferência estatal
se revelou insuficiente para que a integridade da população fosse mantida. Neste cenário, era
bastante comum que os trabalhadores fossem submetidos a jornadas de trabalho de mais de
15 horas diárias por 7 dias da semana.
Surgem, então, os direitos fundamentais de segunda geração, caracterizados por presta-
ções positivas do Estado para os indivíduos. Neste contexto, a sociedade exige que o Poder
Público não se restrinja ao fato de não interferir nas relações humanas, mas sim que ofereça
a todos os indivíduos sob a sua guarda uma série de direitos que permitam a manutenção da
dignidade da pessoa humana.
Na segunda geração, o paradigma utilizado é a igualdade, sendo exemplos os direitos so-
ciais, os direitos econômicos e os direitos culturais.
Por assegurar uma prestação à população, tais direitos também são conhecidos como “li-
berdades positivas” ou “direitos do bem-estar”, tendo tido início no final do século XIX e início
do século XX.

EXEMPLO
Na medida em que direitos sociais como as férias e o descanso semanal remunerado são
garantidos à população, temos um Estado que não apenas está deixando de agir, mas sim que
está ofertando à população melhores condições de vida.
Nesta situação, o que está pautando a atuação estatal é a igualdade, de forma que todas as
pessoas que estejam sob a mesma condição devem fazer jus aos mesmos benefícios e pres-
tações do Poder Público.

c) Terceira Geração: Os direitos de terceira geração surgiram da preocupação da comuni-


dade internacional com os ditos direitos transindividuais, ou seja, direitos que ultrapassam o
próprio indivíduo.
Desta forma, os direitos de terceira geração não se destinam apenas a um indivíduo ou
grupo de pessoas pertencentes a um determinado Estado. Sua incidência é ampla, difusa, re-
caindo sob toda a espécie humana.
Como exemplo, cita-se o direito ao meio-ambiente, ao progresso e à defesa do consumidor.
Em todas estas situações, o fundamento utilizado é a fraternidade.

EXEMPLO
Da análise das três primeiras gerações de direitos fundamentais, consegue-se notar uma seme-
lhança com o lema da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Assim, na medida em que os direitos de primeira geração conferem aos indivíduos uma maior liber-
dade, os de segunda geração, por assegurarem uma série de prestações positivas, estão pautados
na igualdade. Os de terceira geração, por sua vez, fundamentam-se na fraternidade, uma vez que
não estão direcionados para um grupo específico de pessoas, mas sim para toda a espécie humana.

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Em brilhante passagem, o STF, no julgamento do MS 22.164, descreveu as características


das três principais gerações de direitos fundamentais:

JURISPRUDÊNCIA
O direito a integridade do meio ambiente — típico direito de terceira geração — constitui
prerrogativa jurídica de titularidade coletiva, refletindo, dentro do processo de afirmação
dos direitos humanos, a expressão significativa de um poder atribuído, não ao indivíduo
identificado em sua singularidade, mas, num sentido verdadeiramente mais abrangente,
a própria coletividade social. Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e
políticos) – que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais – realçam
o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e
culturais) – que se identifica com as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam
o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam poderes de titu-
laridade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o
princípio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desen-
volvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, enquanto
valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade.

d) Quarta Geração: Os direitos fundamentais de quarta geração são aqueles intimamente


relacionados com a globalização. De acordo com esta corrente, fazem parte de tal geração o
direito à democracia direta, o direito à informação e todos os direitos relacionados com a bio-
tecnologia.
Nesta dimensão, os direitos fundamentais seriam os responsáveis por evitar que as mani-
pulações genéticas ocorressem sem nenhum tipo de controle.
Marcelo Novelino apresenta uma importante definição acerca dos direitos fundamentais
de quarta dimensão:

Tais direitos foram introduzidos no âmbito jurídico pela globalização política, compreendem o di-
reito à democracia, informação e pluralismo. Os direitos fundamentais de quarta dimensão com-
pendiam o futuro da cidadania e correspondem à derradeira fase da institucionalização do Estado
social sendo imprescindíveis para a realização e legitimidade da globalização política.

e) Quinta Geração: Parte da doutrina identifica, ainda, uma quinta dimensão ou geração
de direitos fundamentais. De acordo com esta corrente, fortemente defendida por constitucio-
nalistas como Paulo Bonavides, a quinta geração seria representada como o direito de toda a
espécie humana à paz.
De acordo com o mencionado autor, a concepção de paz deve ser a mais ampla possível,
abrangendo todas as nações e servindo de base para a preservação da dignidade da pes-
soa humana.

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Podemos resumir todas as características acerca das gerações ou dimensões dos direitos
fundamentais por meio do gráfico abaixo:

Geração ou
Fundamento Características
Dimensão

Surgiram no final do século XVIII.


Exigia uma não atuação do Estado.
São representados pelos direitos civis e
1ª Geração Liberdade
políticos.
São conhecidos como “liberdades
negativas”.

Surgiram no final do século XIX.


Exigia uma atuação positiva do Estado.
São representados pelos direitos
2ª Geração Igualdade
sociais, econômicos e culturais.
São conhecidos como “liberdades
positivas”.

Surgiram no século XX.


Direitos atribuídos a toda a
humanidade.
3ª Geração Fraternidade
São representados pelo direito ao meio
ambiente, ao progresso e à defesa do
consumidor.

Surgiram em meados do século XX.


Fundamentados na ideia de uma
sociedade sem fronteiras.
4ª Geração Biotecnologia
Representados pelos direitos à
democracia, à informação e a todas as
questões biotecnológicas.

Surgiram em meados do século XX.


Decorre da necessidade de toda
5ª Geração Paz a espécie humana, independente
das diferenças sociais e ideológicas,
possuir paz.

DICA
Os direitos fundamentais assegurados à população negra pela
Constituição Estadual são classificados, predominantemente,
como direitos de segunda geração.

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Ainda que a doutrina tenha algumas divergências de posicionamento, dez são as principais
características dos direitos fundamentais, conforme passa-se a analisar:
• a) Universalidade: Como regra, os direitos fundamentais devem ser assegurados a to-
dos os seres humanos, independente de crença, raça, credo ou convicção política.

Isso não implica em afirmar, contudo, que todos os direitos fundamentais devem, obrigato-
riamente, ser assegurados de igual forma a todos, uma vez que a diversidade da humanidade
e da realidade vivida por cada pessoa não é uniforme no tempo.
Ainda assim, certos direitos fundamentais (aos quais a doutrina identifica um núcleo exis-
tencial), pela sua importância, devem ser assegurados, indistintamente, a todos.

EXEMPLO
Se tomarmos como exemplo o direito à vida, nota-se que se trata de um direito fundamental que
deve ser assegurado a toda a humanidade. Todas as pessoas são titulares deste direito, que, devido
à sua importância, é reconhecido como parte de um núcleo essencial de direitos fundamentais.
Se, em sentido, oposto, tomarmos como exemplo o direito social a férias remuneradas, vere-
mos que este, ainda que se seja um direito fundamental, não é assegurado, indistintamente, a
toda a população, mas sim apenas aos trabalhadores.

• b) Historicidade: Os direitos fundamentais não surgem com base em um acontecimento


histórico isolado no tempo. Em sentido oposto, a existência de direitos fundamentais
está intimamente relacionada com as conquistas da humanidade ao longo dos anos.

Prova disso são as diferentes gerações de direitos fundamentais. No início, como o ho-
mem estava sendo oprimido pela atuação do Estado, a grande conquista foi exigir que o Esta-
do deixasse de atuar, gerando uma maior liberdade aos indivíduos.
Posteriormente, tendo a população uma maior liberdade, a exigência era de que o Estado
não apenas deixasse de atuar, mas sim que prestasse a toda a sua população uma série de
direitos mínimos necessários à sua existência.

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Conclui-se, desta forma, que os direitos fundamentais são ampliados com o passar dos
anos, uma vez que as necessidades dos indivíduos sob a guarda do Poder Público, em igual
sentido, tende a aumentar com o decorrer do tempo.
• c) Inalienabilidade: Os direitos fundamentais não podem ser transferidos ou negociados
com terceiros, sendo de titularidade exclusiva da pessoa que os possui. Como consequ-
ência, é correto afirmar que os direitos fundamentais não possuem conteúdo econômi-
co ou patrimonial.

Em outras palavras, ninguém pode sair por aí vendendo um direito fundamental.


• d) Indivisibilidade: Os direitos fundamentais são indivisíveis, motivo pelo qual apenas
atingem à finalidade para a qual se propõem se exercidos em conjunto.

Como decorrência, não poderá o particular usufruir apenas dos direitos que entenda neces-
sários para a sua pessoa. Deverá ele, para preservar sua dignidade, fazer uso do conjunto de
direitos previstos em nosso ordenamento jurídico, respeitado, como não poderia deixar de ser,
as particularidades de cada pessoa.

• e) Imprescritibilidade: A prescrição está relacionada com a impossibilidade da utiliza-


ção das medidas cabíveis, após o decurso de um determinado período, para fazer jus a
um direito.

Com os direitos fundamentais, contudo, isso não ocorre. Assim, caso uma pessoa não
utilize um direito fundamental da qual é titular por um longo período, ainda assim poderá fazer
uso, a qualquer momento, do direito em questão.
Isso implica em afirmar que os direitos fundamentais são personalíssimos, impossíveis de
serem alcançados pelo instituto da prescrição.

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• f) Irrenunciabilidade: Como regra, o titular de um direito fundamental não pode de ele


dispor, renunciando assim ao ser exercício.

Contudo, em determinadas situações, e desde que por um prazo certo de tempo, poderá
a pessoa renunciar ao exercício de certos direitos fundamentais. Após o mencionado lapso
temporal, o direito objeto da renúncia voltará à sua plenitude.
Ressalta-se, entretanto, que a renúncia jamais poderá ser feita por um período indetermi-
nado, tampouco abranger todos os direitos fundamentais previstos no ordenamento jurídico.
• g) Relatividade: De início, temos que memorizar que “Não existem direitos fundamentais
de caráter absoluto”. Como consequência, todos os direitos fundamentais se revestem
de caráter relativo, encontrando limites na própria existência de outros direitos funda-
mentais previstos na Constituição Federal.

Desta forma, os direitos fundamentais não podem ser utilizados como uma forma de aco-
bertar o cometimento de atividades ilícitas, tampouco a responsabilidade das pessoas que,
fazendo uso deste direito, cometam infrações tipificadas como crime em nosso ordenamen-
to jurídico.
Em caso de conflito entre dois ou mais direitos fundamentais, deverá a autoridade com-
petente, analisando o caso concreto, fazer uso da concordância prática ou da harmonização.
Nesta situação, um direito prevalecerá sobre o outro, de forma que a decisão apenas será
aplicável às partes do conflito. Caso, posteriormente, ambos os direitos novamente sejam ob-
jeto de conflito, a autoridade deverá realizar o mesmo procedimento de análise do caso concre-
to, podendo perfeitamente decidir pela prevalência do outro direito. Tudo dependerá, conforme
mencionado, da análise do caso concreto.

EXEMPLO
Caso uma pessoa, invocando o direito fundamental da liberdade de pensamento, expresse
comentários racistas acerca de outrem, estaremos diante de um conflito entre direitos funda-
mentais.
De um lado, a liberdade do pensamento. Do outro, a vedação ao racismo.
Nesta situação, a autoridade competente deverá analisar o caso concreto e decidir, com base
na ponderação e na harmonização, qual o direito que deverá prevalecer.
Como a decisão apenas produzirá efeitos para as partes envolvidas, nada impede que a autori-
dade competente, em momento posterior, e estando diante de uma situação onde os mesmos
direitos estejam em conflito, decida de forma contrária.

• h) Complementariedade: Os direitos fundamentais não devem ser interpretados de for-


ma isolada, mas sim de forma conjunta, complementar, possibilitando assim que a fina-
lidade para a qual foram instituídos seja alcançada em sua plenitude.

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EXEMPLO
Uma das principais finalidades dos direitos fundamentais é assegurar a todos a dignidade da
pessoa humana.
Contudo, você acha que este objetivo será alcançado em sua plenitude de que maneira: com
apenas alguns dos direitos ou com todos os direitos fundamentais existentes?
Logicamente que a utilização e interpretação de todos os direitos fundamentais é que propor-
cionará o atingimento da finalidade.

• i) Concorrência: O particular pode exercer diversos direitos fundamentais ao mesmo


tempo, de forma concorrente, não havendo necessidade do esgotamento da utilização
de um direito para que outro possa ser exercido.
• j) Efetividade: Cabe ao Estado, materializado pelas inúmeras políticas públicas, assegu-
rar condições para que os direitos fundamentais possam ser concretizados e efetivados
pela população.

2. Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de


Discriminação Racial
Como decorrência dos direitos e garantias fundamentais expressos na Constituição Fe-
deral, o Brasil aderiu à Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de
Discriminação Racial. Em nosso ordenamento, a norma foi introduzida por meio do Decreto
65.810/1969.
Ainda que não seja o objetivo principal do nosso estudo, é importante que tenhamos conta-
to com algumas previsões deste decreto. Sendo assim, para fins de prova, devemos conhecer
as seguintes regras da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de
Discriminação Racial:
• a) A expressão “discriminação racial” significará qualquer distinção, exclusão restrição
ou preferência baseadas em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que
tem por objetivo ou efeito anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício num
mesmo plano (em igualdade de condição) de direitos humanos e liberdades fundamen-
tais no domínio político econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio de
vida pública.
• b) Não serão consideradas discriminação racial as medidas especiais tomadas com o
único objetivo de assegurar progresso adequado de certos grupos raciais ou étnicos ou
de indivíduos que necessitem da proteção que possa ser necessária para proporcionar
a tais grupos ou indivíduos igual gozo ou exercício de direitos humanos e liberdades
fundamentais, contando que, tais medidas não conduzam, em consequência, à manu-
tenção de direitos separados para diferentes grupos raciais e não prossigam após terem
sidos alcançados os seus objetivos.

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• c) Os Estados Partes especialmente condenam a segregação racial e o apartheid e


comprometem-se a proibir e a eliminar nos territórios sob sua jurisdição todas as prá-
ticas dessa natureza.
• d) Os Estados Partes assegurarão a qualquer pessoa que estiver sob sua jurisdição,
proteção e recursos efetivos perante os tribunais nacionais e outros órgãos do Esta-
do competentes, contra quaisquer atos de discriminação racial que, contrariamente à
presente Convenção, violarem seus direitos individuais e suas liberdades fundamentais,
assim como o direito de pedir a esses tribunais uma satisfação ou repartição justa e
adequada por qualquer dano de que foi vitima em decorrência de tal discriminação.

3. Igualdade Racial na Constituição do Estado da Bahia


O texto da Constituição do Estado da Bahia reserva um capítulo específico para tratar das
diversas formas de atuação do Poder Público na proteção da população negra.
Em linhas gerais, tais previsões possuem como objetivos a serem alcançados:
• a) assegurar à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades;
• b) a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos;
• c) o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.

Deve ser observado que os objetivos apresentados possuem uma relação direta com a
necessidade de promoção dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa negra em
condições de igualdade com as demais pessoas.
Sendo assim, ainda que o princípio mencionado seja o da igualdade, o mais correto seria
a menção ao princípio da isonomia, que, em linhas gerais, é um dos sentidos ou acepções da
igualdade e da impessoalidade.
Por meio da isonomia, deve o legislador tratar de forma igual os iguais e de forma desigual
os desiguais, na medida das suas desigualdades.

EXEMPLO
Quando o legislador edita uma norma conferindo à população negra e parda o acesso às vagas
nas universidades e cargos públicos (cotas), estamos diante da isonomia.
Assim, ainda que os demais indivíduos não façam jus a este direito, não há que se falar em vio-
lação ao princípio da igualdade, uma vez que a isonomia confere a possibilidade de tratamento
desigual às pessoas que estejam em condições diferentes.

Salienta-se, contudo, que as medidas discriminatórias de tratamento devem ser exercidas


de acordo com o princípio da razoabilidade, evitando-se que excessos cometidos pelo legisla-
dor agridam a dignidade da pessoa humana dos particulares envolvidos.
Em outros termos, é plenamente possível que o legislador trate determinadas classes de
pessoas de forma diferenciada, sem que isso configure desrespeito ao texto da Constituição.
O que deve ser observado, no entanto, é o princípio da razoabilidade.

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Outra classificação importante refere-se à isonomia material e formal.


De acordo com este entendimento, a isonomia formal está relacionada com a possibilida-
de que todas as pessoas possuem, independentemente de suas condições financeiras, étnicas
e sociais, de buscar os direitos previstos em lei. Trata-se a isonomia formal, como consequên-
cia, de uma garantia conferida a todos os indivíduos: a de buscar alcançar os direitos que lhe
são assegurados.
A isonomia material, por sua vez, vai além da isonomia formal, possibilitando que seja con-
ferido tratamento desigual às pessoas que estejam em condições desiguais.
Possibilita a isonomia material a adoção de políticas discriminatórias com a finalidade de
igualar as condições de grupos que estejam em desvantagem. Por este motivo, a isonomia
material também é conhecida como igualdade real, uma vez que atua não apenas no campo
teórico, mas sim na prática, modificando a realidade social das pessoas atingidas.

EXEMPLO
Quando uma lei determina que “Todas as pessoas terão direito aos serviços de energia elétri-
ca e de água encanada”, estamos diante da isonomia formal, de forma que todos aqueles que
desejarem fazer uso destes serviços devem adotar os procedimentos previstos em lei, sendo
que a energia elétrica e a água encanada nada mais são do que direitos a eles conferidos.
Quando o Poder Público assegura à população de baixa renda os serviços de energia elétrica e
de água encanada de forma gratuita, estamos diante da isonomia material, sendo que a ideia
do legislador, com a medida, é, mediante a adoção de políticas discriminatórias, reduzir as
desigualdades das pessoas de baixa renda.

DICA
Devemos memorizar, para uma questão mais avançada de
prova, que as disposições da Constituição Estadual relaciona-
das com os direitos da população negra são manifestações da
isonomia material.

Vejamos agora cada um dos artigos do texto da Constituição Estadual:

Art. 286. A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade
afro-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena
de reclusão, nos termos da Constituição Federal.

A história da comunidade afro-brasileira está intimamente relacionada com a população


quilombola.
E isso ocorre na medida em que, durante o período em que a escravidão predominou em
nosso território, os escravos praticamente não contavam com direitos e liberdades. Em senti-
do diverso, os escravos eram obrigados a obedecer e acatar todas as ordens emanadas dos
respectivos senhorios.

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Quando os escravos, descontentes com as práticas cruéis adotadas, se rebelavam e fu-


giam, iam eles para os quilombos. Assim, um primeiro conceito que deve ser memorizado é o
de quilombo, que significa, em linhas gerais, o local de refúgio dos afrodescendentes e demais
africanos escravizados.
É incorreto afirmar, no entanto, que os quilombos contavam apenas com escravos. Em sen-
tido contrário, era bastante comum que tal forma de refúgio abrangesse também os indígenas.
Nos quilombos, que eram considerados um local de resistência ante o sistema feudal que
vigorava na época, os escravos eram livres para exercer suas atividades de acordo com suas
culturas e costumes, sendo que boa parte destas tradições era de origem africana.

DICA
Quilombo: local de resistência onde os escravos se refugia-
vam como o objetivo de fugir do regime feudal e escravagista
vigente, adotando práticas oriundas da cultura africana.

 Obs.: O maior e mais famoso quilombo existente no Brasil foi o Quilombo de Palmares, que
era localizado entre Alagoas e Pernambuco. Este quilombo, que teve entre suas lide-
ranças Zumbi dos Palmares, chegou a receber cerca de 20 mil pessoas.

Com a abolição da escravatura, ocorrida em 1888, os escravos, pelo menos em tese, se tor-
naram livres. Contudo, a herança existente ao longo dos anos demonstrou, cada vez mais, que
a igualdade entre brancos e negros estava longe de existir. Prova disso é que os quilombos,
mesmo abrangendo uma quantidade significativa de pessoas, eram praticamente ignorados
pelo Poder Público.
A primeira Lei das Terras, editada em 1850, chegava a afirmar que a posse de uma pro-
priedade apenas poderia ser realizada por meio de compra e venda ou, alternativamente, de
doação do Poder Público. Claramente se percebia que as comunidades quilombolas, com base
neste normativo, não contavam com nenhum tipo de segurança jurídica para o exercício de
suas atividades e costumes.
Ao longo dos anos, inúmeras foram as batalhas e conflitos travados entre os quilombolas
e as pessoas que queriam desapropriar as terras onde se encontravam os quilombos.
Apenas com a promulgação da Constituição Federal de 1988 é que passamos a contar, efe-
tivamente, com uma previsão especificamente destinada a garantir os direitos de propriedade
dos quilombolas.
No artigo 68 do ADCT da Constituição Federal, consta a seguinte previsão:

ADCT, Art. 68. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas
terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.

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Igualdade Racial na Constituição Estadual
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Sendo assim, os remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando
suas terras têm reconhecida, a partir da Constituição Federal, a propriedade definitiva. Para
isso, deverá o Estado emitir os títulos respectivos de propriedade.
Nos dias atuais, e em plena sintonia com a Constituição Estadual, temos a previsão de que
a sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade afro-
-brasileira.
Neste contexto, nada mais natural do que a existência de mecanismos aptos a coibir a prá-
tica de racismo, que, em nosso ordenamento jurídico, é considerado crime, conforme previsão
da Constituição Federal.
Para não confundirmos os efeitos decorrentes do crime de racismo com os dos demais
crimes constitucionalmente previstos, vejamos a previsão do artigo 5º do texto da Constitui-
ção Federal.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasi-
leiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-
de, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

Certas condutas, dada a sua gravidade à dignidade da pessoa humana, são consideradas,
de acordo com a Constituição Federal, inafiançáveis, imprescritíveis ou insuscetíveis de graça
ou anistia.
• Inafiançável é o crime que não admite o pagamento de fiança (valor em dinheiro) para
que o réu seja solto.
• Imprescritível é o crime que não deixa de existir com o decurso do tempo. Nestas situa-
ções, ainda que um longo tempo tenha decorrido entre o momento da prática do crime,
ainda assim a autoridade poderá aplicar as penalidades previstas em lei.
• A anistia ocorre quando o Estado renuncia ao seu direito de punir determinados fatos.
Na anistia, a renúncia é direcionada aos fatos, e não às pessoas que cometeram os
crimes.
• A graça, por sua vez, também trata-se de uma renúncia do Estado em punir determina-
das condutas. Contudo, difere da anistia por estar relacionada diretamente com cada
pessoa que cometeu o crime, e não aos fatos.

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Igualdade Racial na Constituição Estadual
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Todos os crimes mencionados nos incisos em análise são considerados inafiançáveis,


motivo pelo qual em nenhum deles será admitido o pagamento de valores em dinheiro como
forma de liberação do réu.
O racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e
o Estado Democrático são considerados, ainda, crimes imprescritíveis, que não deixam existir
com o decurso de um longo período de tempo.
A tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos são considerados, além de inafiançáveis, insuscetíveis de graça ou anistia.

DICA
Uma excelente forma de memorizar esta última situação é por
meio do mnemônico 3T1H: Os três T relacionam-se com a Tor-
tura, com o Terrorismo e com o Tráfico. O H relaciona-se com
os crimes Hediondos.

Para fins de prova, devemos memorizar que a prática do racismo constitui crime inafiançá-
vel e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

Art. 287. Com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o Estado não poderá:
I – admitir participação, ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em qualquer pro-
cesso licitatório da Administração Pública direta ou indireta;
II – manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais.

Não é exagero afirmar que a dignidade da pessoa humana trata-se de princípio funda-
mental extremamente utilizado tanto pelo legislador constituinte quanto pelo Supremo Tribu-
nal Federal.
Neste último caso, o fundamento pauta as decisões do órgão no controle das normas
editadas. Para o legislador, serve de parâmetro para uma série de dispositivos da Constituição
Federal, dentre os quais merece destaque os direitos e as garantias fundamentais.

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Além disso, podemos citar importantes decisões tomadas pelo STF e que decorrem da
dignidade da pessoa humana:
• a) O direito à igualdade sem discriminações abranger a identidade ou a expressão de gênero;
• b) As inúmeras políticas de inclusão, como as cotas para diversas classes de pessoas;
• c) A possibilidade de realização de pesquisas com células-tronco embrionárias;
• d) A impossibilidade, por violar a dignidade da pessoa humana, de submissão compul-
sória do pai ao exame de DNA;
• e) A legitimidade da união homoafetiva como entidade familiar.

Como decorrência da dignidade da pessoa humana, um dos objetivos da República Fede-


rativa do Brasil é o de promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.

Como decorrência desta previsão, a Constituição Estadual determina que, com países que
mantiverem política oficial de discriminação racial, o Estado da Bahia não poderá:
• a) admitir participação, ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em
qualquer processo licitatório da Administração Pública direta ou indireta;
• b) manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais.

Art. 288. A rede estadual de ensino e os cursos de formação e aperfeiçoamento do servidor público
civil e militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a participação do negro na forma-
ção histórica da sociedade brasileira.

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A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada


com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Consequentemente, estabelece a Constituição Estadual que “A rede estadual de ensino e
os cursos de formação e aperfeiçoamento do servidor público civil e militar incluirão em seus
programas disciplina que valorize a participação do negro na formação histórica da sociedade
brasileira”.
Desta forma, é possível observar que as regras relacionadas com a educação englobam
tanto a rede estadual de ensino quanto os cursos de formação e aperfeiçoamento dos servido-
res públicos civis e militares.
Ainda em relação à educação, um ponto que merece ser destacado é que o Estatuto da
Igualdade Racial determina que todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio,
independentemente de serem privados ou públicos, devem incluir em sua grade curricular es-
tudo da história geral da África e da história da população negra no Brasil.
No que se refere à história da população negra no Brasil, os conteúdos devem ser ministra-
dos em todo o currículo escolar, resgatando, com isso, a contribuição decisiva para o desen-
volvimento social, econômico, político e cultural do País.

Art. 289. Sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegura-
da a inclusão de uma da raça negra.

Como forma de fomentar a cultura da diversidade racial, sempre que ocorrer a veiculação
de publicidade estadual com mais de 2 pessoas (3 ou mais pessoas), deverá ser assegurada,
obrigatoriamente, a inclusão de uma pessoa da raça negra.

DICA
Quando for veiculada publicidade do Governo do Estado da
Bahia com mais de 2 pessoas, obrigatoriamente será assegu-
rada a presença de uma pessoa de raça negra.

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Art. 290. O dia 20 de novembro será considerado, no calendário oficial, como Dia da Consciência
Negra.

Aqui, estamos diante de uma previsão que possui grandes chances de ser exigida em pro-
vas de concurso público. Logo, como forma de valorizar a importância da cultura negra para a
formação da sociedade, o artigo 290 estabelece que “O dia 20 de novembro será considerado,
no calendário oficial, como Dia da Consciência Negra”.

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RESUMO
Podemos resumir todas as características acerca das gerações ou dimensões dos direitos
fundamentais por meio do gráfico abaixo:

Geração ou
Fundamento Características
Dimensão

Surgiram no final do século XVIII.


Exigia uma não atuação do Estado.
1ª Geração Liberdade São representados pelos direitos civis e
políticos.
São conhecidos como “liberdades negativas”.

Surgiram no final do século XIX.


Exigia uma atuação positiva do Estado.
2ª Geração Igualdade São representados pelos direitos sociais,
econômicos e culturais.
São conhecidos como “liberdades positivas”.

Surgiram no século XX.


Direitos atribuídos a toda a humanidade.
3ª Geração Fraternidade São representados pelo direito ao meio
ambiente, ao progresso e à defesa do
consumidor.

Surgiram em meados do século XX.


Fundamentados na ideia de uma sociedade
sem fronteiras.
4ª Geração Biotecnologia
Representados pelos direitos à democracia,
à informação e a todas as questões
biotecnológicas.

Surgiram em meados do século XX.


Decorre da necessidade de toda a espécie
5ª Geração Paz
humana, independente das diferenças sociais
e ideológicas, possuir paz.
Os direitos fundamentais assegurados à população negra pela Constituição Estadual são
classificados, predominantemente, como direitos de segunda geração.
O texto da Constituição do Estado da Bahia reserva um capítulo específico para tratar das
diversas formas de atuação do Poder Público na proteção da população negra.
Em linhas gerais, tais previsões possuem como objetivos a serem alcançados:
• a) assegurar à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades;
• b) a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos;
• c) o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.

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Salienta-se, contudo, que as medidas discriminatórias de tratamento devem ser exercidas


de acordo com o princípio da razoabilidade, evitando-se que excessos cometidos pelo legisla-
dor agridam a dignidade da pessoa humana dos particulares envolvidos.
Em outros termos, é plenamente possível que o legislador trate determinadas classes de
pessoas de forma diferenciada, sem que isso configure desrespeito ao texto da Constituição.
O que deve ser observado, no entanto, é o princípio da razoabilidade.
Nos dias atuais, e em plena sintonia com a Constituição Estadual, temos a previsão de que
a sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade afro-
-brasileira.
Neste contexto, nada mais natural do que a existência de mecanismos aptos a coibir a prá-
tica de racismo, que, em nosso ordenamento jurídico, é considerado crime, conforme previsão
da Constituição Federal. Logo, a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescrití-
vel, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
• Inafiançável é o crime que não admite o pagamento de fiança (valor em dinheiro) para
que o réu seja solto.
• Imprescritível é o crime que não deixa de existir com o decurso do tempo. Nestas situa-
ções, ainda que um longo tempo tenha decorrido entre o momento da prática do crime,
ainda assim a autoridade poderá aplicar as penalidades previstas em lei.

Um dos objetivos da República Federativa do Brasil é o de promover o bem de todos, sem


preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Como consequência, a Constituição Estadual determina que, com países que mantiverem
política oficial de discriminação racial, o Estado da Bahia não poderá:
• a) admitir participação, ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em
qualquer processo licitatório da Administração Pública direta ou indireta;
• b) manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais.

A rede estadual de ensino e os cursos de formação e aperfeiçoamento do servidor público


civil e militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a participação do negro na
formação histórica da sociedade brasileira.
Como forma de fomentar a cultura da diversidade racial, sempre que ocorrer a veiculação
de publicidade estadual com mais de 2 pessoas (3 ou mais pessoas), deverá ser assegurada,
obrigatoriamente, a inclusão de uma pessoa da raça negra.
O dia 20 de novembro será considerado, no calendário oficial, como Dia da Consci-
ência Negra.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IBFC/1º TEM/PM-BA/MÉDICO/CARDIOLOGIA/2019) Leia abaixo o artigo 289 da Cons-
tituição do Estado da Bahia, inserido no capítulo XXIII – Do Negro:
“Art. 289. Sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de _____ pessoas, será as-
segurada a inclusão de uma da raça negra.”
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Duas
b) Três
c) Quatro
d) Cinco
e) Seis

002. (FCC/COORD PEDA/SEC-BA/PADRÃO P/2018) Conforme o Art. 286 da Constituição do


Estado da Bahia, a prática do racismo constitui
a) contravenção penal punida nos termos da lei, incluído o preconceito de raça, de cor, sexo ou
de estado civil.
b) crime, punido com prisão simples, de 3 meses a 1 ano, e multa de 1 a 3 vezes o maior valor
de referência (MVR).
c) falta grave quando cometida por funcionário ou servidor público, cabendo demissão sumá-
ria ou exoneração ex-officio.
d) crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da Constitui-
ção Federal.
e) violência que caracteriza infração dos direitos humanos e dos direitos e liberdades cons-
titucionais.

003. (CEFETBAHIA-PJ/MPE-BA/2018/ADAPTADA) Conforme o artigo 286 da Constituição do


Estado da Bahia, que inaugura o Título VI da Ordem Econômica e Social, Capítulo XXIII – Do Negro:
A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade afro-
-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena
de reclusão, nos termos da Constituição Federal.
Com base nesta previsão, analise as assertivas a seguir:
Conforme a Constituição do Estado da Bahia, o Estado não poderá admitir participação,
ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em qualquer processo licitatório da
Administração Pública direta ou indireta, de países que mantiverem política oficial de discri-
minação racial.

004. Conforme a Constituição do Estado da Bahia, o Estado não poderá manter intercâmbio
cultural ou desportivo, através de delegações oficiais, com países que mantiverem política ofi-
cial de discriminação racial.

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005. Conforme a Constituição do Estado da Bahia, a rede estadual de ensino incluirá em seus
programas disciplina que valorize a participação do negro na formação histórica da sociedade
brasileira.

006. Conforme a Constituição do Estado da Bahia, os cursos de formação e aperfeiçoamento


do servidor público civil e militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a partici-
pação do negro na formação histórica da sociedade brasileira.

007. Conforme a Constituição do Estado da Bahia, sempre que for veiculada publicidade esta-
dual com mais de duas pessoas, será assegurada a inclusão de uma da raça negra.

008. (VUNESP/ESCR/PC-BA/2018/ADAPTADA) Considerando a Constituição Federal (art.


1º, 3º, 4º e 5º), bem como a Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII), é correto afirmar
que é fundamento da República Federativa do Brasil a promoção do bem social de todos, sem
preconceitos de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

009. (VUNESP/ESCR/PC-BA/2018/ADAPTADA) Considerando a Constituição Federal (art.


1º, 3º, 4º e 5º), bem como a Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII), é correto afirmar que
o Estado da Bahia, de acordo com a Constituição Estadual, não permite intercâmbio, cultural
ou desportivo, através de delegações oficiais, com países que mantenham política oficial de
discriminação racial.

010. (VUNESP/ESCR/PC-BA/2018/ADAPTADA) Considerando a Constituição Federal (art.


1º, 3º, 4º e 5º), bem como a Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII), é correto afirmar que
o Estado da Bahia, por intermédio da Constituição Estadual, em publicidade pública estadual
ou privada, em que haja mais de uma pessoa, assegura a inclusão de uma da raça negra.

011. (VUNESP/ESCR/PC-BA/2018/ADAPTADA) Considerando a Constituição Federal (art.


1º, 3º, 4º e 5º), bem como a Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII), é correto afirmar que
a Constituição da República prevê como insuscetível de graça e anistia a prática de racismo.

012. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que, com países que mantiverem política oficial de discrimi-
nação racial, o Estado não poderá admitir participação, ainda que indireta, através de empresas
neles sediadas, em qualquer processo licitatório da Administração Pública direta ou indireta.

013. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que a rede estadual de ensino e os cursos de formação e
aperfeiçoamento do servidor público civil e militar incluirão, em seus programas, disciplina que
valorize a participação do negro na formação histórica da sociedade brasileira.

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014. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que, com países que mantiverem política oficial de discri-
minação racial, o Estado não poderá manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de
delegações oficiais.

015. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que, sempre que for veiculada publicidade estadual com
mais de duas pessoas, será assegurada a inclusão de uma da raça negra.

016. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que o dia 20 de outubro será considerado, no calendário
oficial, como Dia da Consciência Negra.

017. (CEBRASPE/CESPE/ESCR/PC-BA/2013) Acerca dos direitos e deveres individuais e co-


letivos previstos na Constituição Federal (CF) bem como do que dispõe a Constituição do Es-
tado da Bahia, julgue o próximo item.
De acordo com a Constituição do Estado da Bahia, sempre que houver a veiculação de pu-
blicidade estadual com mais de duas pessoas, deve ser assegurada a inclusão de uma da
raça negra.

018. (FCC/ANA. PROC./PGE-BA/CALCULISTA/2013/ADAPTADA) Nos termos da Constitui-


ção do Estado da Bahia, é correto afirmar que a sociedade baiana é cultural e historicamente
marcada pela presença da comunidade afro-brasileira vítima do racismo como forma de exclu-
são social.

019. (FCC/ANA. PROC./PGE-BA/CALCULISTA/2013/ADAPTADA) Nos termos da Constitui-


ção do Estado da Bahia, é correto afirmar que o Estado da Bahia não pode manter relações
internacionais com países que mantenham política oficial de discriminação racial.

020. (FCC/ANA. PROC./PGE-BA/CALCULISTA/2013/ADAPTADA) Nos termos da Constitui-


ção do Estado da Bahia, é correto afirmar que a rede estadual de ensino e os cursos de forma-
ção e aperfeiçoamento do servidor público incluirão em seus programas disciplina que valorize
a participação do negro na formação histórica da sociedade brasileira.

021. (CEBRASPE/CESPE/AGFEP/DEPEN/2021) Agente penitenciário iniciou procedimento


visando apurar suposta prática de ato racista, ocorrido dentro do estabelecimento prisional,
cometido por um fornecedor contra um detento.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A prática do racismo constitui crime afiançável, sujeito a pena de detenção.
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022. (CEBRASPE/CESPE/TSB/ANM/2021) No que diz respeito aos direitos e às garantias


fundamentais, bem como aos direitos do servidor público, assegurados na Constituição Fede-
ral de 1988, julgue o item a seguir.
As práticas de tortura e de racismo são consideradas crimes inafiançáveis, porém, entre es-
ses dois, apenas o crime de tortura deve ser considerado, pela lei, insuscetível de graça ou
de anistia.

023. (FCC/AJ TRT24/TRT 24/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2017) Marinete ficou extremamente chateada ao chegar na sua empregadora, a empresa
H, para mais um dia normal de trabalho e encontrar seu computador com uma nova tela de
descanso. Esta tela possuía diversos macacos segurando placas com dizeres racistas. Incon-
formada com o fato, resolveu descobrir tudo a respeito do racismo do qual foi vítima. Assim,
começando pela Constituição Federal, Marinete descobriu que a prática do racismo:
a) constitui crime inafiançável e imprescritível, previsto no capítulo inerente a os direitos e de-
veres individuais e coletivos.
b) constitui crime inafiançável com prazo prescricional de dez anos, previsto no capítulo ine-
rente aos direitos e deveres individuais e coletivos.
c) constitui crime inafiançável com prazo prescricional de vinte anos, previsto no capítulo ine-
rente aos direitos e deveres individuais e coletivos.
d) não está prevista na Carga Magna.
e) constitui crime imprescritível, mas afiançável mediante condições prevista no capítulo ine-
rente aos direitos e deveres individuais e coletivos.

024. (FCC/AJ TRT11/TRT 11/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017) Durval foi


alvo de racismo em seu trabalho. Ao consultar a Constituição Federal, descobriu que a prática
de racismo constitui crime
a) inafiançável, apenas, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei.
b) inafiançável, apenas, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
c) imprescritível, apenas, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
d) inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei.
e) inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

025. (FCC/AJ TRT20/TRT 20/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2016) Fausto, empregado da empresa X, exerce a função de operador de máquinas. Na
semana passada, seu chefe hierárquico, chamou todos os empegados no pátio da fábrica e
ofereceu bananas aos macacos que não estavam atingindo as metas, apontando como exem-
plo Fausto. Fausto, sentiu-se humilhado e chegando em sua residência, consultou a Constitui-
ção Federal sobre a prática de racismo e verificou que a Carta Magna
a) prevê dentre os direitos sociais que a prática de racismo constitui crime inafiançável, mas
prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

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Igualdade Racial na Constituição Estadual
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b) prevê dentre os direitos e deveres individuais e coletivos que a prática de racismo constitui
crime inafiançável, mas prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
c) prevê dentre os direitos e deveres individuais e coletivos que a prática de racismo constitui
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
d) prevê dentre os direitos e deveres individuais e coletivos que a prática de racismo constitui
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei.
e) não prevê em nenhum capítulo específico, o racismo, mencionando apenas dentre os direi-
tos fundamentais a garantia da dignidade da pessoa humana.

026. (CEBRASPE/CESPE/AGFEP/DEPEN/2021) Agente penitenciário iniciou procedimento


visando apurar suposta prática de ato racista, ocorrido dentro do estabelecimento prisional,
cometido por um fornecedor contra um detento.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A prática do racismo constitui crime afiançável, sujeito a pena de detenção.

027. (QUADRIX/ASS. ADM./CREFONO 4/2021) Os direitos são bens e vantagens prescritos


na norma constitucional, enquanto as garantias são os instrumentos por meio dos quais se
assegura o exercício dos aludidos direitos (preventivamente) ou que prontamente os reparam,
caso violados. Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado. 23.a ed. São Paulo: Saraiva,
2019, p. 1.159 (com adaptações).
Acerca dos direitos e das garantias fundamentais, julgue o item.
A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena perpétua e a
pagamento de danos morais de forma cumulada.

028. (CEBRASPE/CESPE/AG PJ/PC-SE/2021) A respeito dos direitos e deveres individuais e


coletivos previstos na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir.
São inafiançáveis e imprescritíveis os crimes de racismo e terrorismo, bem como a ação de
grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado democrático.

029. (QUADRIX/ASS. ADM./CREFONO 5/2020) O artigo 5º da Constituição Federal de 1988


dispõe que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liber-
dade, à igualdade, à segurança e à propriedade. De acordo com o que prevê o texto constitu-
cional pátrio sobre direitos e garantias fundamentais, julgue o item.
A prática do racismo constitui crime inafiançável e prescritível, sujeito à pena de detenção, nos
termos da lei.

030. (QUADRIX/AG. FISC./CRMV-RN/2019) Quanto aos direitos e deveres individuais e cole-


tivos, julgue o item.
A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível.

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GABARITO
1. a
2. d
3. C
4. C
5. C
6. C
7. C
8. E
9. C
10. C
11. E
12. C
13. C
14. C
15. C
16. E
17. C
18. E
19. E
20. C
21. E
22. C
23. a
24. e
25. c
26. E
27. E
28. E
29. E
30. C

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GABARITO COMENTADO
001. (IBFC/1º TEM/PM-BA/MÉDICO/CARDIOLOGIA/2019) Leia abaixo o artigo 289 da Cons-
tituição do Estado da Bahia, inserido no capítulo XXIII – Do Negro:
“Art. 289. Sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de _____ pessoas, será as-
segurada a inclusão de uma da raça negra.”
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
a) Duas
b) Três
c) Quatro
d) Cinco
e) Seis

Estabelece o artigo 189 da Constituição do Estado da Bahia que “Sempre que for veiculada pu-
blicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegurada a inclusão de uma da raça negra”.
Letra a.

002. (FCC/COORD PEDA/SEC-BA/PADRÃO P/2018) Conforme o Art. 286 da Constituição do


Estado da Bahia, a prática do racismo constitui
a) contravenção penal punida nos termos da lei, incluído o preconceito de raça, de cor, sexo ou
de estado civil.
b) crime, punido com prisão simples, de 3 meses a 1 ano, e multa de 1 a 3 vezes o maior valor
de referência (MVR).
c) falta grave quando cometida por funcionário ou servidor público, cabendo demissão sumá-
ria ou exoneração ex-officio.
d) crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da Constitui-
ção Federal.
e) violência que caracteriza infração dos direitos humanos e dos direitos e liberdades cons-
titucionais.

Estabelece o texto constitucional que a prática do racismo constitui crime inafiançável e im-
prescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da Constituição Federal.

Art. 286. A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade
afro-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena
de reclusão, nos termos da Constituição Federal.
Letra d.

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Igualdade Racial na Constituição Estadual
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003. (CEFETBAHIA-PJ/MPE-BA/2018/ADAPTADA) Conforme o artigo 286 da Constituição


do Estado da Bahia, que inaugura o Título VI da Ordem Econômica e Social, Capítulo XXIII – Do
Negro: “A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade
afro-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a
pena de reclusão, nos termos da Constituição Federal”. Com base nesta previsão, analise a
assertiva a seguir:
Conforme a Constituição do Estado da Bahia, o Estado não poderá admitir participação, ainda
que indireta, através de empresas neles sediadas, em qualquer processo licitatório da Admi-
nistração Pública direta ou indireta, de países que mantiverem política oficial de discrimina-
ção racial.

Temos aqui uma das vedações estabelecidas no artigo 287 da Constituição Estadual.

Art. 287. Com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o Estado não poderá:
I – admitir participação, ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em qualquer pro-
cesso licitatório da Administração Pública direta ou indireta;
Certo.

004. (CEFETBAHIA-PJ/MPE-BA/2018/ADAPTADA) Conforme o artigo 286 da Constituição


do Estado da Bahia, que inaugura o Título VI da Ordem Econômica e Social, Capítulo XXIII – Do
Negro: “A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade
afro-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a
pena de reclusão, nos termos da Constituição Federal”. Com base nesta previsão, analise a
assertiva a seguir:
Conforme a Constituição do Estado da Bahia, o Estado não poderá manter intercâmbio cultural
ou desportivo, através de delegações oficiais, com países que mantiverem política oficial de
discriminação racial.

A questão está correta, retratando uma vedação constitucionalmente prevista.

Art. 287. Com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o Estado não poderá:
II – manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais.
Certo.

005. (CEFETBAHIA-PJ/MPE-BA/2018/ADAPTADA) Conforme o artigo 286 da Constituição


do Estado da Bahia, que inaugura o Título VI da Ordem Econômica e Social, Capítulo XXIII – Do
Negro: “A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade
afro-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a
pena de reclusão, nos termos da Constituição Federal”. Com base nesta previsão, analise a
assertiva a seguir:

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Conforme a Constituição do Estado da Bahia, a rede estadual de ensino incluirá em seus pro-
gramas disciplina que valorize a participação do negro na formação histórica da sociedade
brasileira.

Estabelece o artigo 288 que “A rede estadual de ensino e os cursos de formação e aperfeiçoa-
mento do servidor público civil e militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a
participação do negro na formação histórica da sociedade brasileira”.
Certo.

006. (CEFETBAHIA-PJ/MPE-BA/2018/ADAPTADA) Conforme o artigo 286 da Constituição


do Estado da Bahia, que inaugura o Título VI da Ordem Econômica e Social, Capítulo XXIII – Do
Negro: “A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade
afro-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a
pena de reclusão, nos termos da Constituição Federal”. Com base nesta previsão, analise a
assertiva a seguir:
Conforme a Constituição do Estado da Bahia, os cursos de formação e aperfeiçoamento do
servidor público civil e militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a participa-
ção do negro na formação histórica da sociedade brasileira.

Uma das previsões do artigo 288 é de que os cursos de formação e aperfeiçoamento do servi-
dor público civil e militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a participação do
negro na formação histórica da sociedade brasileira.
Certo.

007. (CEFETBAHIA-PJ/MPE-BA/2018/ADAPTADA) Conforme o artigo 286 da Constituição


do Estado da Bahia, que inaugura o Título VI da Ordem Econômica e Social, Capítulo XXIII – Do
Negro: “A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade
afro-brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a
pena de reclusão, nos termos da Constituição Federal”. Com base nesta previsão, analise a
assertiva a seguir:
Conforme a Constituição do Estado da Bahia, sempre que for veiculada publicidade estadual
com mais de duas pessoas, será assegurada a inclusão de uma da raça negra.

A questão está em perfeita sintonia com as disposições do artigo 289 da Constituição Estadu-
al, de seguinte teor:

Art. 289. Sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegura-
da a inclusão de uma da raça negra.
Certo.

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008. (VUNESP/ESCR/PC-BA/2018/ADAPTADA) Considerando a Constituição Federal (art.


1º, 3º, 4º e 5º), bem como a Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII), é correto afirmar
que é fundamento da República Federativa do Brasil a promoção do bem social de todos, sem
preconceitos de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

No caso, estamos diante de um objetivo, e não de um fundamento da República Federativa


do Brasil.

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Errado.

009. (VUNESP/ESCR/PC-BA/2018/ADAPTADA) Considerando a Constituição Federal (art.


1º, 3º, 4º e 5º), bem como a Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII), é correto afirmar que
o Estado da Bahia, de acordo com a Constituição Estadual, não permite intercâmbio, cultural
ou desportivo, através de delegações oficiais, com países que mantenham política oficial de
discriminação racial.

A questão está correta, em conformidade com as disposições do artigo 287 da Constitui-


ção Estadual.

Art. 287. Com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o Estado não poderá:
II – manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais.
Certo.

010. (VUNESP/ESCR/PC-BA/2018/ADAPTADA) Considerando a Constituição Federal (art.


1º, 3º, 4º e 5º), bem como a Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII), é correto afirmar que
o Estado da Bahia, por intermédio da Constituição Estadual, em publicidade pública estadual
ou privada, em que haja mais de uma pessoa, assegura a inclusão de uma da raça negra.

A regra a ser observada refere-se à publicidade oficial. Além disso, o que é determinado é que,
sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegurada a
inclusão de uma da raça negra.

Art. 289. Sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegura-
da a inclusão de uma da raça negra.
Errado.

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011. (VUNESP/ESCR/PC-BA/2018/ADAPTADA) Considerando a Constituição Federal (art.


1º, 3º, 4º e 5º), bem como a Constituição do Estado da Bahia (Cap. XXIII), é correto afirmar que
a Constituição da República prevê como insuscetível de graça e anistia a prática de racismo.

O que a Constituição Federal estabelece é que a prática do racismo constitui crime inafiançável
e imprescritível.

Art. 5º, XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
Errado.

012. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que, com países que mantiverem política oficial de discrimi-
nação racial, o Estado não poderá admitir participação, ainda que indireta, através de empresas
neles sediadas, em qualquer processo licitatório da Administração Pública direta ou indireta.

Aqui, estamos diante de uma das vedações estabelecidas pelo artigo 287 da Constitui-
ção Estadual.

Art. 287. Com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o Estado não poderá:
I – admitir participação, ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em qualquer pro-
cesso licitatório da Administração Pública direta ou indireta;
Certo.

013. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que a rede estadual de ensino e os cursos de formação e
aperfeiçoamento do servidor público civil e militar incluirão, em seus programas, disciplina que
valorize a participação do negro na formação histórica da sociedade brasileira.

Estabelece o artigo 288 que:

A rede estadual de ensino e os cursos de formação e aperfeiçoamento do servidor público civil e


militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a participação do negro na formação
histórica da sociedade brasileira.
Certo.

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014. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historicamente


marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do Estado da
Bahia, é correto afirmar que, com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o
Estado não poderá manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais.

A questão está correta, em conformidade com as disposições do artigo 287 da Constitui-


ção Estadual.

Art. 287. Com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o Estado não poderá:
I – admitir participação, ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em qualquer pro-
cesso licitatório da Administração Pública direta ou indireta;
II – manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais.
Certo.

015. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que, sempre que for veiculada publicidade estadual com
mais de duas pessoas, será assegurada a inclusão de uma da raça negra.

Determina o artigo 289 que “Sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de duas
pessoas, será assegurada a inclusão de uma da raça negra”.
Certo.

016. (CONSULTEC/OF/PM-BA/2014/ADAPTADA) A sociedade baiana é cultural e historica-


mente marcada pela presença da comunidade afro-brasileira. Nos termos da Constituição do
Estado da Bahia, é correto afirmar que o dia 20 de outubro será considerado, no calendário
oficial, como Dia da Consciência Negra.

É o dia 20 de novembro (e não de outubro) que é considerado o Dia da Consciência Negra.

Art. 290. O dia 20 de novembro será considerado, no calendário oficial, como Dia da Consciência
Negra.
Errado.

017. (CEBRASPE/CESPE/ESCR/PC-BA/2013) Acerca dos direitos e deveres individuais e co-


letivos previstos na Constituição Federal (CF) bem como do que dispõe a Constituição do Es-
tado da Bahia, julgue o próximo item.
De acordo com a Constituição do Estado da Bahia, sempre que houver a veiculação de publicida-
de estadual com mais de duas pessoas, deve ser assegurada a inclusão de uma da raça negra.

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A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 289 da Constituição Estadual.

Art. 289. Sempre que for veiculada publicidade estadual com mais de duas pessoas, será assegura-
da a inclusão de uma da raça negra.
Certo.

018. (FCC/ANA. PROC./PGE-BA/CALCULISTA/2013/ADAPTADA) Nos termos da Constitui-


ção do Estado da Bahia, é correto afirmar que a sociedade baiana é cultural e historicamente
marcada pela presença da comunidade afro-brasileira vítima do racismo como forma de exclu-
são social.

O que o artigo 286 da Constituição Estadual estabelece é que:

A sociedade baiana é cultural e historicamente marcada pela presença da comunidade afro-brasi-


leira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclu-
são, nos termos da Constituição Federal.
Errado.

019. (FCC/ANA. PROC./PGE-BA/CALCULISTA/2013/ADAPTADA) Nos termos da Constitui-


ção do Estado da Bahia, é correto afirmar que o Estado da Bahia não pode manter relações
internacionais com países que mantenham política oficial de discriminação racial.

Com países que mantenham política de discriminação racial, o Estado da Bahia poderá manter
relações internacionais. O que não será possível, contudo, são as medidas estabelecidas no
artigo 287.

Art. 287. Com países que mantiverem política oficial de discriminação racial, o Estado não poderá:
I – admitir participação, ainda que indireta, através de empresas neles sediadas, em qualquer pro-
cesso licitatório da Administração Pública direta ou indireta;
II – manter intercâmbio cultural ou desportivo, através de delegações oficiais.
Errado.

020. (FCC/ANA. PROC./PGE-BA/CALCULISTA/2013/ADAPTADA) Nos termos da Constitui-


ção do Estado da Bahia, é correto afirmar que a rede estadual de ensino e os cursos de forma-
ção e aperfeiçoamento do servidor público incluirão em seus programas disciplina que valorize
a participação do negro na formação histórica da sociedade brasileira.

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Estabelece o artigo 288 que:

A rede estadual de ensino e os cursos de formação e aperfeiçoamento do servidor público civil e


militar incluirão em seus programas disciplina que valorize a participação do negro na formação
histórica da sociedade brasileira.
Certo.

021. (CEBRASPE/CESPE/AGFEP/DEPEN/2021) Agente penitenciário iniciou procedimento


visando apurar suposta prática de ato racista, ocorrido dentro do estabelecimento prisional,
cometido por um fornecedor contra um detento.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A prática do racismo constitui crime afiançável, sujeito a pena de detenção.

Diferente do que afirmado pela questão, o inciso XLII do artigo 5º estabelece que “a prática
do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos ter-
mos da lei”.
Errado.

022. (CEBRASPE/CESPE/TSB/ANM/2021) No que diz respeito aos direitos e às garantias


fundamentais, bem como aos direitos do servidor público, assegurados na Constituição Fede-
ral de 1988, julgue o item a seguir.
As práticas de tortura e de racismo são consideradas crimes inafiançáveis, porém, entre es-
ses dois, apenas o crime de tortura deve ser considerado, pela lei, insuscetível de graça ou
de anistia.

Tanto a tortura quanto o racismo são crimes inafiançáveis. Ao passo que o racismo é também
considerado imprescritível, a tortura é crime insuscetível de graça ou anistia, confirmando o
acerto da questão.

Art. 5º, XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Certo.

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023. (FCC/AJ TRT24/TRT 24/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2017) Marinete ficou extremamente chateada ao chegar na sua empregadora, a em-
presa H, para mais um dia normal de trabalho e encontrar seu computador com uma nova
tela de descanso. Esta tela possuía diversos macacos segurando placas com dizeres
racistas. Inconformada com o fato, resolveu descobrir tudo a respeito do racismo do qual
foi vítima. Assim, começando pela Constituição Federal, Marinete descobriu que a prática
do racismo:
a) constitui crime inafiançável e imprescritível, previsto no capítulo inerente a os direitos e de-
veres individuais e coletivos.
b) constitui crime inafiançável com prazo prescricional de dez anos, previsto no capítulo ine-
rente aos direitos e deveres individuais e coletivos.
c) constitui crime inafiançável com prazo prescricional de vinte anos, previsto no capítulo ine-
rente aos direitos e deveres individuais e coletivos.
d) não está prevista na Carga Magna.
e) constitui crime imprescritível, mas afiançável mediante condições prevista no capítulo ine-
rente aos direitos e deveres individuais e coletivos.

De acordo com o artigo 5º, XLII, da Constituição Federal, “a prática do racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”.
Letra a.

024. (FCC/AJ TRT11/TRT 11/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017) Durval foi


alvo de racismo em seu trabalho. Ao consultar a Constituição Federal, descobriu que a prática
de racismo constitui crime
a) inafiançável, apenas, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei.
b) inafiançável, apenas, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
c) imprescritível, apenas, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
d) inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei.
e) inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

De acordo com o artigo 5º, XLII, da Constituição Federal, “a prática do racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”.
Letra e.

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025. (FCC/AJ TRT20/TRT 20/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2016) Fausto, empregado da empresa X, exerce a função de operador de máquinas. Na
semana passada, seu chefe hierárquico, chamou todos os empegados no pátio da fábrica e
ofereceu bananas aos macacos que não estavam atingindo as metas, apontando como exem-
plo Fausto. Fausto, sentiu-se humilhado e chegando em sua residência, consultou a Constitui-
ção Federal sobre a prática de racismo e verificou que a Carta Magna
a) prevê dentre os direitos sociais que a prática de racismo constitui crime inafiançável, mas
prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
b) prevê dentre os direitos e deveres individuais e coletivos que a prática de racismo constitui
crime inafiançável, mas prescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
c) prevê dentre os direitos e deveres individuais e coletivos que a prática de racismo constitui
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
d) prevê dentre os direitos e deveres individuais e coletivos que a prática de racismo constitui
crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei.
e) não prevê em nenhum capítulo específico, o racismo, mencionando apenas dentre os direi-
tos fundamentais a garantia da dignidade da pessoa humana.

A prática mencionada pelo enunciado é um clássico exemplo de racismo. De acordo com o


texto da Constituição Federal, por sua vez, o racismo é considerado um crime inafiançável e
imprescritível, sujeito os responsáveis à pena de reclusão.

Art. 5º, XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
Letra c.

026. (CEBRASPE/CESPE/AGFEP/DEPEN/2021) Agente penitenciário iniciou procedimento


visando apurar suposta prática de ato racista, ocorrido dentro do estabelecimento prisional,
cometido por um fornecedor contra um detento.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A prática do racismo constitui crime afiançável, sujeito a pena de detenção.

Estabelece o inciso XLII da Constituição Federal que “a prática do racismo constitui crime ina-
fiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei”.
Errado.

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PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO
Igualdade Racial na Constituição Estadual
Diogo Surdi

027. (QUADRIX/ASS. ADM./CREFONO 4/2021) Os direitos são bens e vantagens prescritos


na norma constitucional, enquanto as garantias são os instrumentos por meio dos quais se
assegura o exercício dos aludidos direitos (preventivamente) ou que prontamente os reparam,
caso violados. Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado. 23.a ed. São Paulo: Saraiva,
2019, p. 1.159 (com adaptações).
Acerca dos direitos e das garantias fundamentais, julgue o item.
A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena perpétua e a
pagamento de danos morais de forma cumulada.

Em nosso ordenamento jurídico, são vedadas as penas de natureza perpétua. Logo, o racismo
está sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
Errado.

028. (CEBRASPE/CESPE/AG PJ/PC-SE/2021) A respeito dos direitos e deveres individuais e


coletivos previstos na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir.
São inafiançáveis e imprescritíveis os crimes de racismo e terrorismo, bem como a ação de
grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado democrático.

São considerados crimes inafiançáveis e imprescritíveis a prática do racismo e a ação de gru-


pos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

Art. 5º, XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura,
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Errado.

029. (QUADRIX/ASS. ADM./CREFONO 5/2020) O artigo 5º da Constituição Federal de 1988


dispõe que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo‐se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liber-
dade, à igualdade, à segurança e à propriedade. De acordo com o que prevê o texto constitu-
cional pátrio sobre direitos e garantias fundamentais, julgue o item.
A prática do racismo constitui crime inafiançável e prescritível, sujeito à pena de detenção, nos
termos da lei.

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Igualdade Racial na Constituição Estadual
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A pena devida em razão da prática de racismo é a reclusão, e não a detenção.

Art. 5º, XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
Errado.

030. (QUADRIX/AG. FISC./CRMV-RN/2019) Quanto aos direitos e deveres individuais e cole-


tivos, julgue o item.
A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível.

A questão está correta, nos termos do artigo 5º, XLII, da Constituição Federal, de seguin-
te redação:

Art. 5º, XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de
reclusão, nos termos da lei;
Certo.

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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