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Teorias da Aprendizagem
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Teorias da Aprendizagem
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OS ASSOCIACIONISTAS E OS GESTALTISTAS
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Teorias da Aprendizagem
Nos seus últimos anos Thorndike, chegou à conclusão que a recompensa fortalece
muito mais a aprendizagem, enquanto que a punição a enfraquece.
A partir da sua lei do efeito, Thorndike foi o 1.º psicólogo a realçar a importância da
motivação na aprendizagem.
Quando um indivíduo é recompensado por aprender, então é mais provável que a
aprendizagem ocorra.
Thorndike também elaborou um outro conceito bastante importante, o da
transferência. A sua lei dos elementos idênticos especificava que quem aprende,
consegue confrontar melhor novos problemas se estes tiverem elementos
semelhantes aos que já tenham sido anteriormente resolvidos com sucesso.
Ivan Pavlov
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ANTES DO CONDICIONAMENTO
E 1 (estímulo não condicionado) ® R 1 (resposta não condicionada)
(CARNE) (SALIVAÇÃO)
E 2 (estímulo neutro - som, por exemplo) ® Nenhuma resposta
relevante
DURANTE O CONDICIONAMENTO
E 2 (som) + E 1 (carne) R 1 (resposta não condicionada)
APÓS O CONDICIONAMENTO
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Edwin Guthrie
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Wolfgang Kohler
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Condicionamento Operante
Para melhor compreendermos o condicionamento operante podemos analisar uma
situação experimental utilizada por Skinner (Caixa de Skinner).
Esta experiência consiste numa caixa em plástico transparente com um rato lá
dentro, e na qual existe num dos lados uma alavanca saliente e, ao lado desta, está
um tubo que vai dar a um recipiente de comida. O experimentador decide qual o
operante a condicionar, o qual, neste caso, é o comportamento de premir a alavanca.
A seguir, o experimentador tem de esperar que o rato explore a jaula. Como não há
muita coisa a fazer na caixa, o rato acaba por premir ao acaso a alavanca, e um pouco
de comida (estímulo reforçador) sai imediatamente pelo tubo e cai no recipiente. O
rato lança-se sobre a comida e o condicionamento começa.
A sequência de acontecimentos para o condicionamento operante é, então, a
seguinte:
1- A emissão de um operante livre (o rato por acaso premir a alavanca)
2- A apresentação do estímulo reforçador (o rato recebe um pouco de
comida)
3- O aumento da probabilidade da ocorrência de resposta (depois do rato
premir a 1ª vez a alavanca, após algumas respostas reforçadas, ele
começa a premi-la com uma maior frequência).
Assim podemos enunciar a lei do condicionamento operante: “Se a ocorrência de um
operante é seguida de um estímulo reforçador, aumentará a frequência da resposta
desse operante particular”. É de salientar que o operante não tem inicialmente nada
a ver com o estímulo. No condicionamento operante, a resposta produz o estímulo
reforçador.
Extinção
Na caixa de Skinner, isto significa que premir a alavanca já não permite obter a
comida. Após um n.º suficiente de sessões não reforçadas de premir a alavanca, o
animal “desiste”, e a frequência da resposta volta ao seu nível pré-condicionado, ou
operante, o que não significa que o animal deixe de premir por completo a alavanca.
É importante realçar que a extinção requer que o animal emita a resposta e esta não
seja reforçada. Se o animal fosse, de algum modo impedido de dar a resposta, a
extinção não ocorreria. Por exemplo, se um animal condicionado fosse retirado da
caixa de Skinner e voltasse à sua gaiola habitual, onde não existia uma alavanca para
premir, o animal conservava o condicionamento. Ou seja, se o animal voltasse à caixa
de Skinner, mesmo um ano depois, voltaria a premir a alavanca (Recuperação
Espontânea).
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Discriminação
Embora no seu estado inicial o operante não esteja associado a um estímulo, com o
treino pode ficá-lo. Assim se apresentarmos um novo estímulo ao animal, que foi
condicionado a premir, como por exemplo, uma luz que apagamos e acendemos numa
sequência temporal aleatória. Se reforçarmos o animal apenas por premir a alavanca
quando a luz está acesa, a resposta é extinta nos períodos em que não há luz. O
animal apenas emite a resposta quando a luz está acesa, ou seja, o operante fica
associado ao estímulo “luz acesa”.
Generalização de Estímulos
Uma vez completo o treino de discriminação, o estímulo pode tornar-se generalizado.
A generalização de estímulos significa que outros estímulos semelhantes ao utilizado
no treino podem passar a ter o poder de produzir resposta. Se o animal foi treinado
a responder a uma luz forte, através da generalização, poderá também responder a
uma luz fraca, mesmo que essa luz fraca nunca tenha sido utilizada durante o treino.
Reforço Condicionado
Um estímulo que não é inicialmente reforçador pode tornar-se reforçador através
da apresentação repetida de outro estímulo reforçador. Por exemplo, se o
comportamento de premir a alavanca produz luz e comida, a luz, por estar associada
à comida, ficará com o poder de reforçar. Assim a sequência de acontecimentos para
estabelecer o reforço condicionado é:
1- Resposta
2- Estímulo neutro (luz ou buzina)
3- Reforço primário (comida)
Nota que é importante seguir esta ordem de acontecimentos, pois se o estímulo
neutro for apresentado antes da resposta, o resultado será uma discriminação e não
um reforço condicionado.
Programas de Reforço
Skinner identificou 5 sistemas de reforço principais:
1- Reforço contínuo: sistema que proporciona o reforço cada vez que o operante
é emitido. Este sistema, embora muito útil na aquisição de novos
comportamentos, não resulta muito bem. Por exemplo, alguns pais podem ser
culpados por usarem demasiados reforços na educação dos filhos e, por isso,
estes podem ficar com falta de auto-estima, baixa tolerância à frustração,
impaciência e pouca força pessoal.
2- Razão fixa: sistema em que o reforço ocorre só depois de um n.º fixo de
operantes terem sido emitidos. Por exemplo, os trabalhadores fabris ou
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rurais são pagos à tarefa, ou seja, a base do pagamento por tarefa consiste
num n.º determinado de itens produzidos (fruto apanhados).
3- Intervalo Fixo: sistema em que tem de decorrer um determinado período de
tempo, independentemente do que o organismo possa fazer, antes que o
reforço seja apresentado. Por exemplo, os trabalhadores pagos à hora, à
semana ou ao mês.
4- Razão Variável: sistema em que a razão está a ser constantemente variada
para que o organismo nunca saiba qual das suas respostas será reforçada. Por
exemplo, um vendedor de enciclopédias, que vai de porta em porta e é pago à
comissão. Ele sabe que deve emitir um n.º de respostas, mas nunca sabe qual
é a resposta compensadora.
5- Intervalo Variável: sistema em que os períodos de tempo variam em vez do n.º
de respostas. Por exemplo, um pescador que olha o isco a boiar à tona de
água. Contudo, com intervalos variáveis de tempo, o isco desaparece por baixo
da superfície, por vezes por causa da maré ou da corrente., mas outras vezes
porque um peixe mordeu um anzol. O pescador mantém-se encorajado e
sempre na esperança de pescar alguma coisa.
Estes 4 últimos programas de reforço são do tipo intermitente: requerem que o
organismo aprenda a esperar por dias melhores. As respostas condicionadas
tornam-se, assim, altamente resistentes à extinção.
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JEROME BRUNER
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Representação icónica
Esta representação pode ser utilizada com crianças um pouco mais velhas. Aprendem
a pensar a nível icónico quando os objectos são concebidos na ausência da acção.
Representação simbólica
A representação simbólica pode ser utilizada no estádio em que as crianças
conseguem traduzir a experiência em termos de linguagem, permitindo que estas
comecem a fazer derivações lógicas e a pensar de forma mais compacta.
De acordo com o 4º Principio de Bruner, a aprendizagem requer reforço. Para
atingir a mestria de um problema, temos de receber informação retroactiva
(feedback) sobre o que estamos a fazer.
A altura em que o reforço é dado é crucial para o sucesso da aprendizagem, assim
como o reforço deve ser dado de uma forma compreensível para o adulto.
Aprendizagem por descoberta
Para Bruner, podemos aprender por recepção, assimilando saberes que nos são dados
ou descobrindo esses saberes. Este psicólogo vai defender a qualidade da
aprendizagem por descoberta. Nesta o indivíduo implicado descobrirá através de um
pensamento analítico e intuitivo, através de actividade de exploração e de pesquisa.
O sujeito tem um papel activo no acto de aprender.
A aprendizagem por descoberta contribui para uma melhoria das capacidades
intelectuais, pois privilegia o processo de observar, analisar e pensar pois para
Bruner “O saber é um processo não é um produto”.
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Conceito de Aprendizagem
Aprendizagem Aprendizagem
Associacionista Cognitiva
(Comportamentalistas- (Cognitivistas-
-associacionistas) gestaltistas)
Thorndike Wertheimer
Pavlov Kohler
Guthrie
Tolman
(Tentou fazer o elo de Ligação entre os
comportamentalistas e os gestaltistas)
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Comportamentalismo Cognitivismo
Skinner Bruner
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Max Wertheimer
Filho de um professor, Max Wertheimer nasceu em Praga, em 1880. Estudou Direito
durante uns tempos, depois virou-se para a filosofia e, finalmente, começou a
estudar Psicologia. Wertheimer concluiu o seu doutoramento em 1904 e nos 6 anos
que se seguiram continuou a trabalhar em Psicologia em Viena, Praga e Berlim.
Na Universidade de Frankfurt, Wertheimer começou uma série de experiências
controladas. No início de 1912, Wertheimer explicou a Kohler e Kofka os resultados
e significado dos seus estudos. Nascia a Psicologia do Gestalt.
Em 1912, publicou o seu famoso artigo “Estudos experimentais da percepção e do
movimento”.
Em 1916, integrou-se no corpo docente da Universidade de Berlim, onde trabalhou
com Kurt Lewin. Em 1913, emigrou para os E.U.A. e foi ensinar na New School of
Social Research em Nova Iorque. Aí permaneceu até à sua morte em 1943.
John Watson
John Watson nasceu na Carolina do Sul. Foi um aluno médio, durante o seu percurso
escolar, até chegar à Universidade de Chicago. Frequentou o curso de Filosofia mas,
desiludido com a orientação, muda para psicologia.
Para suportar as suas despesas pessoais, aceita como trabalho a limpeza dos
gabinetes da universidade, bem como a vigilância dos ratos brancos dos laboratórios
de neurologia.
Doutorou-se em neuropsicologia, defendendo uma tese sobre a relação entre o
comportamento dos ratos brancos e o sistema nervoso central.
Como professor de psicologia animal desenvolve investigações, fundamentalmente
sobre o comportamento de ratos e macacos. São as suas experiências com animais,
controladas de forma rigorosa e objectiva, que lhe vão inspirar o modelo de
psicologia. Os mesmos procedimentos poderão ser aplicados pelos psicólogos se
estes se debruçarem sobre o estudo do comportamento humano. Daí que Watson
assuma claramente a abolição da barreira entre a psicologia humana e animal.
Com 29 anos vai leccionar na Universidade de Baltimore, onde desenvolve, durante
13 anos, o fundamental da sua pesquisa, instalando um Laboratório de Psicologia
Animal.
Em 1913, publica o artigo “A psicologia tal como o Behaviorista a vê”, onde apresenta
os fundamentos da sua teoria.
Com a 1ª Guerra Mundial interrompe a sua actividade profissional para ingressar no
exército, participando numa campanha militar em França.
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Brutus Skinner
Brutus F. Skinner nasceu na Pensilvânia, tendo-se licenciado em Literatura em 1922.
Depois de concluir que não tinha talento para ser escritor, decide estudar
psicologia, tendo ingressado na Universidade de Harvard em 1928 e tendo-se
doutorado em 1931. Mantém-se nesta universidade durante mais cinco anos onde,
influenciado pelas concepções de Watson, desenvolve várias investigações. Depois de
ter leccionado na Universidade do Minnesota e Indiana, aceitou o lugar de professor
em Harvard onde vai construir a famosa “Caixa de Skinner” e desenvolver as suas
experiências com ratos e pombos.
Orienta os seus estudos na linha de Pavlov, Thorndike e Watson, considerando que
os seres humanos podiam ser condicionados, treinados, tal como os animais.
Interessa-se pela psicologia educacional, tendo desenvolvido, na década de 50, a
“máquina de ensinar” ou ensino programado. Para Skinner, este tipo de ensino seria
um precioso auxiliar para os professores; paralelamente e com base no seu conceito
de aprendizagem, desenvolve técnicas de modificação do comportamento na sala de
aula.
De entre as suas obras, poderemos destacar: O comportamento dos Organismos,
Ciência e Comportamento Humano, Programas de Reforço e a Tecnologia do Ensino.
Skinner é considerado o representante mais significativo do
behaviorismo/comportamentalismo.
Wolfgang Kohler
Wolfgang Kohler nasceu em 1887, em Reval, na Rússia. Filho de pais Alemães,
efectuou os seus estudos nas Universidades de Thubingen, Bona e Berlim. Faz o
doutoramento nesta última cidade e é nomeado professor no Instituto de Psicologia
da Universidade de Frankfurt. Conhece Max Wertheimer e Kurt Kofka, futuros
promotores do Gestaltismo.
É nomeado director da Academia das Ciências da Prússia, vindo a dirigir a Estação
de Pesquisas com Antropóides nas ilhas Canárias, em 1913. É aí que realiza
numerosas experiências com macacos que reflecte no seu 1º livro A Inteligência dos
Macacos Superiores.
Em 1920, regressa à Alemanha e funda com Wertheimer e Kofka uma revista de
psicologia. 2 anos depois, é nomeado director do Instituto de Psicologia em Berlim.
Em 1929, publica o livro Psicologia da Forma.
Seis anos mais tarde, Kohler, como tantos outros cientistas e artistas, vê-se
obrigado a abandonar a Alemanha em virtude de ter expressado, publicamente, a sua
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posição contra o nazismo. Emigra para os E.U.A., adoptando, 9 anos mais tarde, a
naturalidade americana.
Aí encontra a corrente behaviorista fortemente implantada. As concepções dos
gestaltistas são encaradas com desconfiança porque não se enquadravam no esquema
E – R.
Enquanto Wertheimer se dedica à investigação numa universidade, Kohler e Kofka
polemizam com os psicólogos americanos, demonstrando a oportunidade da sua
teoria. A pertinência das suas concepções é progressivamente reconhecida porque
os gestaltistas associam a uma fundamentada teoria uma prática experimental.
Em 1959, Kohler é nomeado presidente da Associação americana de Psicologia. No
ano de 1966, dá uma série de conferências em Princeton, que virão a ser publicadas
sob o título O Papel da Psicologia de Forma.
Kohler morre com 80 anos em New Hampshire.
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