CASO NO I-

No dia em que Bruna completava 17 anos de idade, Alfredo, de 15

anos, ofereceu-lhe uma valiosa joia de família com o conhecimento de
seu pai, Carlos, que não se opôs.
Mais dois anos volvidos, Alfredo morre, ütima de um trágico aciden-
te. Carlos, herdeiro universal, pretende agora anular a doação feita, mas
Bruna invoca que Carlos náo lograrâ os seus intentos, pois além de ter
tido conhecimento do negócio jâhaia expirado oprazo de um âno pâra
arguição da anulabilidade. Acrescenta, outrossim, que Alfredo morrera
ainda menor, situação que, por outro lado, impedia Carlos de herdar
aquele direito de anular o negócio. Carlos alega, no entanto, que os argu-
mentos de Bruna são irrelevantes e que Alfredo, antes de morrer,lhe ti-
nha manifestado arrependimento pela doação feita, pelo que pretendia
honrar a vontade do filho.

Quem temrazáo?

' Crso prático resolvido infr a, p. 9l-94.

t)/\S0 Na 2

Com a autofizaçáo de Lopes e Maria, seus pais, Albano, de 16 anos de

idade, vendeu a Hugo a sua motocicleta pelo preço de €500.
Dois meses depois, Albirno, novamente com autorizaçáo de Lopes
c Maria, casâ com Lurclcs c, {r sugestão desta, pretende agora anular a
vcnda da motociclcta,
 lr,()lilA (il,RÂL DO I)ÍRI,,l'lo CIVIL
Ilrclc fazê-lo?
0/\S0 Na 3
Arucric«r de 17 anos de idade comprou a Bernardo uma bela motori-
zrrtlr pclo preço de € 8.000. Logo após a realização do negócio, Bernarclo
rrl)r('ssor-l-se a telefonar a Iacinto, pai de Américo, dando-lhe conta do
srrct'rlitlo. facinto informou Bernardo que estava ao corrente do negócio
('(lue clc próprio encorajara o filho a celebrá-Io.
Volvitlos (r meses, porém, Américo completou lB anos de idade e, no
tli:r st'srrintc, clirigiu-se ao escritório do advogado X decidido a saber se
1,,,. lt'r'irr lrrrullrr r compra c1a motorizada.
( r,lr rt rrrlo (rr) no lugar do advogado X, qual seria a sua resposta?
r:/\:iil N 4
\ l,',.r r rr I r (', u nlrl scutânâ antes de completar 18 anos de idade, vendeu
r ll, l,l, r rrrrr vrrlioso rclógio que lhe havia sido oferecido pelo seu avô,
{ rl,, rrrrro (.orrro Alcxandre não tinha o relógio na suâ posse - encon-
rrr\ r ,( lu,;l.ull('ntc nt casa de Cupertino, em Sabrosa -, ficou con-
\, rrr r()rr.r,l,, t1111', r'clrigio seria entregue a Hélder no prâzo de 5 dias.
Lr, r,ll.ilrlr)lt ut)l l)C(lUenCl Sinal.
t )rrr,,, I)()r(:r)r,, rlcstit-to qlre, no dia seguinte, Alerandre morresse
r u n n r r .r1,,i, ,, ,rr'itlctrtc cluando se dirigia c1e motorizada a casa do seu avô.
lr,rr, l, 1,,ri tlt' 1\lcrrnclre, ao saber do negócio recusou-se â entregar o
r( 1,,1 ,,r{, l)rrrrurtc rlgun-r tempo, Hélder foi insistindo que tinha direito
r ( ntr( r,.r. rrrrrs l)rnicl sempre se recusou a fazê-la, disponibilizando-se
nr( .,nr(, .r rlt't,olvct- o sinirl.
),is rurrs volviclos, Hélder interpõe uma ação em tribunal pedindo
l
tlo rckigio. Dtrniel, um pouco alarmaclo, consulta o ad»ogado X
.r ('r)lr ('l,.ir
l)('rt,unlrnclo-lhc sL- tem o direito de evitar a entrega do relógio.
( .olocrrtlo (rr) no lugar clo advogado X, qual seria a sua resposta?
t.'
cnsos pRÁrrcos
CASO NO 5
António (14 anos) compra a Gilberto (19 enos) um sofisticado televi-
sor pelo preço de €2.500. António e Gilbe rto eram grandes amigos, pelo
que o preço não foi pago de imediato, ficando acordado que, "um dia
mais tarde", quando António trabalhasse, a divida seria saldada.
Cinco anos depois, Gilberto exige o pâgamento da dívida, mas Antó-
nio opõe-se alegando a invalidade do contrato.
Qr"- temrazáo?
CASO NA 6
Simão, de 16 anos de idade, é proprietário do imóvel X. Sem conheci-
mento de Fausto, seu pai, Simão celebra um contrato em que promete
vender o imóvel X a Vasco. O pagamento do preço e a escritura da venda
teriam lugar dois meses após Simão atingir a maioridade.
Ainda com 16 anos, Simão casa com Maria. Fausto, que autorizara o
casamento, nesse dia tem conhecimento do contrato.
Simão, no dia do seu 19q aniversário, moÍre num trágico acidente.
Vasco, entretanto, 2 meses antes, intentaÍa uma ação de indemnizaçáo
por incumprimento contratual contra Simão.
Fausto, herdeiro de Simão, pretende defender-se na açáo invocando a
invalidade do contrato.
Podefazê-to?.
CASO NS 7
Carlos doou a Luísa, no dia do seu 15q aniversário, uma casa situada na
costa alentejana.
Cinco meses após completar 16 anos, Luísa casa sem autorização dos
pais e sem procllrar obter o respetivo suprimento judicial.
Já casada, mls einclir mcnor, Luísa, por escritura pública, vende aquele
inrrivcl rr Césrrr.
Quidjuris?
l.i