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I

FISCAL
FASE
'UDICIÁL
I2 OPOSIÇÃO JUDICIAL - FALIA DE FUNDAIVIENIAÇÃO DO DESPA- l. Como é consabido, a reversão é o instituto jurídico através do qual se
CHO DE BEVEBSÃ0, INSUFICIÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS, chama à execução pessoâ distinta do devedor originário, ou seia, alguém
INEXISIÊNCIA DE CULPA que não figwa ab initio no título executivo, o denominado responsável
subsidiário.
2. No entanto, esta legitimação processual obedece à verificação de deter-
Ex.mo Senhor minados requisitos essenciais.
DoutorJuiz de Direito 3. Assim, pâra que alguém seja investido na qualidade de responsável sub-
do Tribunal Administrarivo e Fiscal de sidiário, entre outros, deverão ter-se por verificadas:
a) A fundada insuficiência de ativos penhoráveis do devedor originário,
para â satisfação do crédito tributário;
Bem como,
Execução Fiscal b) A culpa do responsável subsidiário, pelo facto do património do
Executado: devedor originário se ter tornado insuficiente pâra a sua satisfação,
Serviço de Finanças de _
ou pelo não pagamento.
Proc. nq: 4. Sendo certo que, do nosso ponto de vista e como passaremos a demons-
trar, não se encontram provados tais pressupostos.

(Nome/Denominação) A - Da Falta de Fundamentação ilo Despacho de Rwersão


NIF/NIPC: _.___, com domicílio/sede em 5. A reversão na origem da presente oposição, do ponto de vista formal, tem
número _ _, €fr por base um Despacho do órgáo da execução fiscal (cf. Doc. em anexo).
tendo sido citado(a) na sequência da exe,cução fiscal identificada
em epí-
6. Mas, para que aquele ato administrativo pudesse considerar-se devida-
grafe, vem ao abrigo do disposto no artigo 203a e 2O4,e mente fundamentado, o mesmo deveria fazer referência integral a todas
do C.P.p.T. (Código
de Procedimento e de processo Tributário) ,, deduzir as provâs obtidas, quer através de documentos quer de diligências dos
Serviços da Administração Fiscal.
oPosrÇÃo 7. Só uma indicação cabal do probatório reunido, permitiria verificar a
sustentabilidade da decisão de reversão pela Adminisrração, através do
À supracitada execução, o que faz nos termos e com os fundamentos órgão da execução fiscal.
seguintesl: 8. Como entendemos que tal não âconteceu, ou seia, que aquele Despacho
se encontra deficientemente fundamentado estamos perante uma ilega-
1
De forma articulada devem ser indicados os factos que lidade, que desde já aqui deixamos invocada.
correspondam a qualquer dos funda-
mentos previstos nas várias alíneas do artigo 204q do c.p.p.T.,
ou tratando-se de reversão conüa
9. Alicerçamos esta conücção no facto de, no Despacho a que nos vimos
responsável subsidiário a falta de verificação dos pressupostos
da responsabilidade dos reverti- referindo não termos encontrado referência fatual relativamente ao
dos nos termos dos artigos 22e a24e d,aL.G.T.
exercício da gerência de facto da pessoa coletiva/devedora originária.

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FISCÂI, FASE -IUDICIAL

10. Porque, determinando o arr. 24all da LGT (Lei Geral Tributária) que: bens penhoráveis do de»edor principal e dos responsdveis solidrírios, sem preiuízo do
" Os administradores, diretores e gerentes e outr6s pessoas que exerçam, ainda que benefício da excussão".
somente defacto,funções de administraçao 0u gestao em pesslas coletivas e entes 19. A devedora originária possuía e ainda possui bens suscetíveis de
fscalmente equiparados são subsidiariamente responsá»eis em relação d estas..." penhorâ, desde mercadorias a equipamentos, passando por créditos
11. É inevitável que, por parre da Administração Fiscal, se demonstre o sobre terceiros.
desempenho de efetivas funções de gerência da pessoa coletiva em causa. 20. O conjunto desses ativos, âtento o respetivo valor contabilístico e de
12. Tal como deveria, aquele Despacho, sem margem para dúvidas, deixar mercado, superâ o valor da díúda.
claro, a verificação da culpa do ao revertido na frustração dos créditos 21. O que coloca em crise a tese da Administração quânto a uma suPosta
tributários, na origem da execução fiscal. insuficiência patrimonial da devedora originária.
13. Face ao disposto na alínea a) do normativo citado: "Pelas díyidas tributárias 22. Pelo que, não pode ter-se por verificado um dos requisitos essenciais da
cujofacto constituti»l se tenha verifcado no período de exercício do seu cargo ou decisão de reversão, conforme decorre do já citado art. 23ef2 da LGT,
cujo prazo legal de pagamentl 0u entrega tenha terminado depois deste, quando, donde,
em qualquer dos casos, tiver sido por culpa sua que 0 património da pessoa coletíua 23. A presente oposição deve proceder, absolvendo-se o oponente, por
ou entefscalmente equiparadT se tornou insuficiente para a sua satisfaçãoi' aplicação conjugada do disposto no ârt. 204'Q11-b) do CPPT com o ârt.
14. Todavia, o que constatamos é que, o Despacho de reversão omite qual- nalVZ da LGT.
quer fundamento relevante que corporize substantivamente os pressu- Mas, caso assim não se entenda, sem conceder, sempre se dirá que,
postos, vertidos no artigo 24e daLGT.
15. Porque, considerando aqueles pressupostos, o Despacho de reversão C - Da Inexistência de Culpa
deveria ter umâ fundamentação cabal e insuscetível de dúvida, relativa- 24. No exercício das funções de gerência da devedora originária, o orâ opo-
mente à verificação dos mesmos. nente sempre atuou responsavelmente conl o intuito de cumprir todas
16. O que, do nosso ponto de vista não se verifica, permitindo-nos afirmar asobrigações â que se encontrava obrigado por dever de zelo, nomeada-
que aquele Despacho carece de sustenrabilidade, o que constitui vício de mente em relação às obrigações fiscais, quer declarativas quer de paga-
anulabilidade. mento dos tributos.
Concluindo, 25. Importa no entanto ter presente que, a volatilidade da economia atual
17. Assim, perânte uma ilegalidade que concluz ao vício de anulabilidade tem por reflexo constantes rearustamentos da atividade económica,
por falta de fundamentação da decisão contida naquele Despacho, esta independentemente da ârea ou segmento de mercado em que se âtue.
deverá ser reconhecida, determinando-se a respetivâ anulação. 26. Essa factualidade é tão irrefutável quanto é certo que a crise económica
persiste em se manter presente no dia das empresas condicionando as
B - Da Insuficiência de Atittos Penhortíveis da Devedora Originríria suas opções e retardando a sua recuperação económica.
18. Como ponto de pertida para a análise que pretendemos efetuar sobre 27. Porqte convém náo esquecer, por força da crise económica, cujo efeito
esta questão, permitimo-nos transcrever o texto do art. 23e12 daLGT mais evidente tem sido o das declarações diárias de insolvências das
" A reyersãl clntra o responsrí»el subsidiário depende dafundada insufciência dos empresas e consequente crescimento do desemprego.

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FISCAL
FASE IUDICIAL

28. Arrastando para níveis outrora inimâgináveis o poder de compra


ea con- Valor: € _'
fiança dos consumidores.
Meios de prova:
29. Por conjugação de todos estes fatores, a empresa devedora
originária Documental:
viu-se perante graves dificuldades financeiras e inesperadas
indispo- Doc. 1- Despacho de Reversão.
nibilidade de tesouraria, ficando em causa o pagamento aternpado
dos Testemunhal:
impostos.
1. (nome, estado civil, domicílio)
30. Mas, de modo nenhum, a responsabilidade por uma tal situação
pode ser 2. (nome, estado civil, domicílio)
imputada ao ora oponente, uma vez que, as dificurdades da empresa
não 3. (nome, estado civil, domicílio)
decorrem de atos de rná gestão, mas sim de fatores externos.
31. O que nos permite dizer que a atuação do ora oponente,
enquanto ]unta: (Ex.: Documentos2; duplicado legal; procuração; comprovativo do
gerente da devedora originária, não é merecedora de qualquer censura,
pagâmento daÍaxa de justiça)
quer no plano ético quer jurídico.
32' o que afasra em definitivo, a possibilidade de consider ar o oraoponente
responsável subsidiário pela dívida exequenda, através da reversão
con- o(A) Advogado(a),
tra si decidida e prefigura a sua ilegitimidade no processo executivo.
ilt

Nestes termos e melhores de Direito que v. Exa. Doutamente suprirá, de»e:


a) O Despacho de Reversão ser anulado por falta de fundamentaç
ão, (cf.
arrs. 163a, ll2rll-a) e 153f1 e 2 do CpA), procedendo a oposição
por
força do disposto no art.204ef l-i) do CppT;

Ou caso assim ndo se entenda,


b) concluir o Tribunal pela verificação da suficiência de ativos penhorá-
veis da devedora originária, procedendo a oposição por força
do dis_
posro no art.204ell-b) do CppT;

Ou caso assim não se entenda,


c) concluir o Tribunal pela inexistência de culpa do oponenre pelo não
cumprimenro da obrigação fiscal de pagamento dos impostos em falta
por se mosrrar ilidida
a presunção ínsita no art.24e/l_b) da LG! pro_
cedendo a oposição por força do disposto no art.204efl_b)
do CppT.

sempre e em qualquer caso, ser o oponente absolvido e decretada I O valor há de corresponder ao dos bens penhorados ou arrestados
ou o da execução, em qual-
a extinção
da execução com todas as consequências legais. quer caso será aquele em que se revê r utilidade económica do pedido.
2
Indicar o número de documentos.

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I
FASF, JUDIClAI-

r5 0p0srÇÃ0 JUDIcIAL - cADUCIDADE, PRESCRIÇÃ0

Ex.-o Senhor
Doutor ]uiz de Direito
do Tribunal Administrativo e Fiscal de

Execuçáo Fiscal
Executado:
Serviço de Finanças de
Proc. nq:

(Nomef Denominação)
NIF/NIPC: *, com domicílio/sede €il
número * _, €D -.---, ,

tendo sido citado(a) em 2010, na sequência da execução fiscal iden-


jdneiro de

tificeda em epígrefe, vem ao abrigo do disposto no ârtigo 203q e 204,a do


C.P.P.'t'. (Código de Procedin-rento e de Processo'Iributário), deduzir

oPosrÇÃo

À supracitada execução, o que faz nos tcrmos e com os fundamentos


seguintesl:
1. A ora oponente foi constituíde e registou-se Pârâ o exercício da atividade
de comércio a retalho de "meterial informático" em 01 de'ianeiro de 1999.

t De lbrma articulada devem ser indicrdos os factos que correspondem a qualquer dos fLu]da-
mentos previstos nas várias llíneas do ertigo 204! do C.P.P.T., ou tratândo-sc de revelsão contrâ
responsár'cl subsidiário a falta de verificeção dos pÍcssLrpostos da rcsponsabilidrde dos reverti-
dos nos termos dos artigos 22q a 24q da L.G.T.

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FISCAL FÁSF. JUDICTAl-

2. Em consequência da ida de um dos sócios para o estrangeiro e devido a partir do termo do ano em que se 1)erificlu o
facto tributáril e, nls imPostos de obri'
problemas surgidos com o fornecedor relativamente à assistência técnica gação única, a partir da data em que o
facto tributdrio lclrreu, exceto n0 imposto
pós-venda, a empresa deixou de praticar atos de comércio em 31 de dezem- sobre o »alor acrescentado e nls implstls sobre o rendimento quando a tributação
bro de 2000. wja efetuada plr retençãl nafonte a título definitito, casl em que aquele prazo se

3. No entanto, oficialmente só veio a cessar a actividade até 31 de março de conta a partir do início do ano chtil seguinte àquele em que se terifcou, respetivd-
2001.Isto poÍque, num primeiro momento, se tinhâ pressuposto a sua mente, a exigibilidade do imposto ou ofacto tributário!'
reativação logo que aquele problema fosse ultrapassado. 14. Assim, estando em causa o IRC relativo ao exercício de 2001, signifrca que
4. A empresa sempre cumpriu âs suas obrigações fiscais, quer declarativas, o mesmo se encontra prescrito desde 31 de dezembro de 2009.
quer de pagamento dos impostos.
5. Relativamente ao último exercício em que formalmente esteve em ativi- Nestes termls, nos melhores de Direito e sempre com o mui douto suprimento de Vossa
dade (2001), a Administração Fiscal veio a proceder à determinação da Excelência, deue:
matéria tributável por métodos indiretos, apurando o valor de IRC que se a) Deve presente oposição, em face do preceituado no ârt. 204e l7-e) dct
â
encontrâ em execução. CPPT, ser autuada, recebida e, a final, ser considerada procedente, por
6. A primeira questão que se coloca é que não ocorreram atos de comércio caducidade
entre 1de janeiro e 31 de março do ano de 2001, pelo que não existiam os Ou caso assim não se entenda,
pressupostos que legitimassem a Administração Fiscal a determinar por b) Concluir o Tribunal pela verificação da prescrição da dívide em execu-
métodos indiretos, o imposto sobÍe o rendimento do ano de 2001. por força do disposto no art.204afl-d) do CPPT;
ção
7. Contudo â ora oponente nunca foi devidamente notificada dessa
liquidação. Sen-rpre e em qualquer ceso, ser a oponente absolvida e decretada â cxtinçào
8. E, determinando o aft. 45efl da LGI que '(O direito de liquidar os tributos da execução com todas as consequências legais.
caducd se a liquidação não for validamente notifcada ao contribuinte no prazo de
quãtrl anos, quando a lei nãofixar outro". Valor: €
9. Facilmente se conclui pela caducidade da dívida em execução. Meios de prove:
10. E, reafirma-se, a ora oponente nunca foi notificada da liquidação do Documental:
imposto em dívida dentro daquele prazo de quâtÍo anos. Doc. 1 - Despacho de Reversão.
11. Pelo que, deve a execução fiscal em apreço ser anulada por efeito de cadu- Testemunhal:
cidade nos termos referidos. 1. (nome, estado civil, domicílio)
12. Mas, mesmo que assim não se entenda, o que só pode perspetivar-se por 2. (nome, estado civil, domicílio)
mera cautela de patrocínio, o imposto liquidado por métodos indirectos, 3. (nome, estado civil, domicílio)
que se encontra em execução e está na base da presente oposição já se
encontra prescrito.
13. Dispõe o art. 48efl da LGT que: '7s dí»idas tributtírias prescrevem, salvo 1
O velor l.rá de correspondcr lo dos bens penhorados ou arrestados ott o da erecução, em qual-
disposto em lei especial, n0 prazl de oito anos contadls, nos impostos periódicos, a qucr caso será aquele em que se rcr.ô t utilidade econtímlca do pedido.

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FISCAL
FASE IUDICIAI,

2r RECLAtVIAÇÃ0 D0 ARr 2 76 O DO CPPT- INDEFERIIVIENTO DE PEDIDO 3. E, confrontando a data da citação agora recebida em ) com
--j-,
DE VERIFICAÇÃO DA PR ES cRtÇÃ0 DA DiVtDA o âno a que respeita a dívida, facilmente se conclui pelo efetivo decurso
do prazo de prescrição.
4. O decurso desse prazo afeta a exigibilidade da dívida.
Ex.'"o Senhor 5. Ou seja a prescrição, se verificada, torna ilegal a exigência de pagamento
Doutor luiz de Direito da dívida.
do Tribunal Administrativo e Fiscal de 6. E nesse sentido, a ora reclamante apresentou em 1---J-, reque-
rimento dirigido ao órgão da execução fiscal, para que fosse reconhecida
a prescrição da dívida e, por consequência, extinta a execução fiscal (cf,
Execução Fiscal Doc. _ em anexo).
Executado: 7. Para o efeito, nesse requerimento apresentou um conjunto de argu-
Serviço de Finanças de mentos que aqui se dão por reproduzidos, os quais não só justificavam
-___..-.--
Proc. nq: o pedido, como do ponto de vista da ora reclamante, eram suscetíveis de
conduzir a uma decisão favorável à ora rcclamante.
8. Contudo, o Chefe do Serviço de Finanças, enquanto órgão da execução
(Nonte/Denominação) fiscal, entendeu indeferir o pedido, conforme decisão transmitida através
NIF/NIPC: _ _ _ _ _ _ _ _ J com domicílio/sede em do ofício rQ datado de ) 1-(cf. Doc. em anexo).
nn__.(C. PostaD _ _!
vem ao abrigo do disposto no artigo 276e e seguintes do c.p.p.T. (código -,
B - Da Falta de Funilamentação do Despacho -
de Procedimento e de Processo Tributário), no âmbito da execução fiscal 9. Um dos elementos essenciais do Despacho é a respetiva fundamentação,
movida pela Fazenda Nacional contra o executado identificado em epígrafe, no caso subjudice a decisão foi contrária à pretensão da ora reclamante.
deduzir reclamação, com subida imediata, do Despacho do chefe do serviço 10. A notificação recebida é lacónica, referindo apenas que, "...foi indeferido o

de Finanças de pedido por não encontrarem reunidos requisitos previstos no art. 48e da LGT'
proferido em J _-_l_, que indeferiu se os

o pedido de verificação da prescrição da dívida exequenda, (cf. Doc. _ em anexo).


o que faz nos tcrmos e com os fundamentos seguintes 11. Na perspetivâ da reclamante, um Despacho nestes termos enferma de
manifesta falta de fundamentação de facto e de direito, ao impedir que o
A - Do Decurso do Prazo de prescrição interessado se aperceba do itinerário cognoscitivo subjacente à aprecia-
I' contra a reclamanre foi instaurado o processo de execução fiscal acima ção do pedido.
identificado, por dívida de no valor de € 12. Isto porque, nos termos do art. 36a I ldo CPPT que, " Os atos em matéria tri-
relativa ao ano de _. buttíria que afetem os direitos e interesses legítimos dos contribuintes só produzem
2. contudo, por motivos que a ora reclamante desconhece, nunca foi devi- efeitos em relação a estes quando lhes sejam validamente notifcados".

damente citada para proceder ao pagamento daquela dívida. - 13. Para o na 2 daquela norma determina que: "Ás notifcações conterão sempre
a decisã0, os seusfundamentos e meios de defesa e prazo para reagir clntra o atl

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FISCÁL il FASE JUDICIÂL

notifcado, bem como a indicação da entidade que o praticou e se o


fez no uso de
22. RECLAIVIAÇÃ0 D0 ARI. 2760 D0 CPPI - PENH0RA DE VENCll\ilENI0
delegação ou subdelegação de competências"-
14. Assim, confrontando o teor do Despacho com os requisitos legais impos-
tos pela norma citada, é notória a sua desconformidade e consequente-
Ex.*o Senhor
mente estâmos perante um ato ferido de nulidade, que desde se invoca.
iá Doutor ]uiz de Direito
15. Nos termos do art. 276e do CPPI as decisões proferidas pelo órgão de
do Tribunal Administrativo e Fiscal de
execução fiscal e outras autoridades da administração tributária, que no
processo afetem os direitos e interesses legítimos do executado ou de
terceiro, são suscetíveis de reclamação para o Tribunal Administrativo e
Execução Fiscal
Fiscal competente.
Executado:
16. A prescrição enquanto elemenro exrinrivo da relação jurídica, pelo
Servico de Financas de
decurso do prazo de cobrança, constitui uma ilegalidade que afeta a
Proc. nq:
dívida exequenda.

Nestes termos, nos melhores de Direito e sempre com o mui douto


(Nomef Denominação)
suprimento de Vossa Excelência, deve a presente reclamação, ser julgada
NIF/NIPC: _, com domicílio/sede em
procedente, por provada, e, consequentemente, anulado o Despacho do
chefe do Serviço de Finanças, com todas as consequências legais.
na__, (C. Postat) _ _, !

vem na qualidade de revertido e ao abrigo do disposto no artigo 276e e


seguintes do C.P.P.T. (Código de Procedimento e de Processo Tributário),
lunta: (Ex.: Documentosr; duplicado legal; procuração; comprovativo do no âmbito da execução fiscal movida pela Fazenda Nacional contrâ o exe-
pedido de apoio judiciário)
cutado identificado em epígrafe, deduzir reclamação com subida imediata, do
Despacho do Chefe do Serviço de Finanças de proferido

-*l 1-,
em que ordenou a penhora de 1/3 do seu vencimento, o que
O(A) Advogado(a),
faz nos termos e com os fundamentos seguintes

1. Contra a executada identificada em epígrafe foi instaurado o processo de


execução fiscal acima identificado, por dívida de no
valor de € relativa ao ano de
2. A referida de executada, devedora originária, há muito que cessou a sua

atividade, não possuindo âtualmente quaisquer bens.


3. O ora reclamante
- viu-se agora confrontado com a penhora de venci-
mento, que aufere mensalmente, por, contra ele, se ter operado a rever-
I Indicar o número são de dívidas daquela sociedade.
de documentos.

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I FISCAL FASE ]UDICIAL

4. A reversão não é mais do que o instituto jurídico através do qual se chama 14. Além disso, sabia que durante o horário de distribuição do correio, o ora
à execução aquele(s) que, legalmente, podem revestir a qualidade de reclamante, não se encontravâ no seu domicílio (cf. art. 228ell do CPC).
responsável subsidiário pela(s) dívida(s) da pessoa coletiva devedora 15. Assim, salvo melhor opinião, com a infraçáo das supra mencionadas dis-
originária. posições legais, a não citação do recorrente impediu-o de se defender.
5. Mas, o que é um facto é que, por motivos que o ora reclamante des- 16. Nomeadamente, provando, em sede de impugnação judicial (art. l02q
conhece, nunca foi devidamente citado para proceder ao pagamento - c) do CPPT), que a devedora originária nos anos a que respeitam as
daquela dívida. dívidas, não exerceu a atividade;
6. E é inquestionável que, na reversão, os responsáveis subsidiários são 17. Circunstância que, por si só implica a inexistência de facto tributário
obrigatoriamente citados pessoalmente, tal como se encontra estabele- imprescindível para se constituir a relação jurídica tributária, tal como
cido no art.l9lel3 do CPPT; estabelece o út.36ef I da LGT.
7. Na verdade, a Administração Fiscal tentou proceder à citação pessoal do 18. Todavia, apenhora realizada antes da citação e do decurso do prazo, pre-
ora recorrente, nos termos do CPC, conforme dispõe o art.l92elldoCPPT; visto no art.2o3e/l do CPPI está ferida de ilegalidade, na medida em
8. Tal facto, admita-se, encontra-se provado nos autos de execução fiscal, que se realizou à revelia do que dispõe o art. 215e do referido Código;
onde figura que o Serviço de Finanças tentou citar o recorrente por meio 19. Tal ilegalidade que desde já se invoca, permitirá ao Tribunal decretar a
de cartas registadas com aviso de receção, dirigidas apenâs para â sua nulidade do ato, abrindo-se o respetivo prazo para que o reclamante se
residência e que ambas foram devolvidas para aquele Serviço de Finanças defenda e possa impugnar judicialmente as quântiâs exequendas.
com a indicaçáo de "não reclamadas"; 20. E, desde que declarada a anulabilidade do ato de penhora, por conse-
9. No entanto, importa salientar que, como decorre do respetivo qua- quência deve ocorrer o reembolso à recorrente, dos montantes já penho-
dro legal, nestas condições a citação não se considera efetuada (cf art. rados, acrescidos dos devidos juros indemnizatórios.
228ef2,3,4 do CPC);
Nestes termos, nos melhores de Direito e sempre com o mui douto supri-
10. Perante a devolução das cartas, impunha-se que a Administração Fiscal
tivesse tentado a citação por aquele meio, dirigida para o local de traba-
mento de Vossa Excelência, deve a presente reclamaçdo, ser iulgada proce-
dente, por ltrottada, e, consequentemente, anulado o Despacho do chefe do
lho, tal como estabelece o citado art.228efl do CPC.
Ser»iço de Finanças, clm todas as consequências legais.
ll. Isto porque, além de ser uma das vias ao dispor da Administraçáo Fiscal
para â concretizaçáo do ato, era do conhecimento da Administração Fis-
cal o local de trabalho do reclamante. lunta: (Ex.: Documentosl; duplicado legal; procuração; comprovativo do
pedido de apoio judiciário)
12. Portanto, nada justifica que, como aconteceu, tivesse sido executada a

penhora sem a prévia citação do ora reclamante.


O(A) Advogado(a),
13. Porque, a Administração Fiscal, através do Serviço de Finanças, conhecia
o local de trabalho, o horário de laboração da empresa onde trabalhava
o reclamante, logo tinha como obrigação legal proceder à sua citação
pessoal por carta registada com aviso de receção ou através de contacto
direto, no seu local de trabalho. t Indicar o número cle documentos.

a
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