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Este poema é um soneto constituído por duas quadras e dois tercetos em versos
decassilábicos. A rima é interpolada e emparelhada nas quadras e nos tercetos, segundo o
esquema rimático: abba / abba / ccd / eed.
O poema é considerado por muitos um dos mais pessimistas de Antero de Quental tendo
como tema a sua angustia existencial, segundo o António Sergio é então um poema dionisíaco,
visto que mostra o desanimo e o pessimismo do sujeito poético, a sua inquietação e a sua
entrega á Noite como refugio. Podemos até dizer que o sujeito poético mostra muitos
sentimentos ao escrever este poema podendo então ser inserido na corrente literária
Romântica.
Começando por analisar o titulo, que trata-se de uma expressão utilizada por Virgilio, na
epopeia Eneida e significa coisas humanizadas vertem lágrimas.
Este soneto inicia-se com uma reflexão do sujeito poético, este debate-se com um profundo
conflito existencial e, ciente da sua tristeza, procura a noite como confidente. Através da
apóstrofe, “Noite”, o sujeito lírico dirige-se diretamente à entidade, personificando-a, para
tentar encontrar respostas ás suas dúvidas. Já na segunda quadra, o sujeito poético,
recorrendo às interrogações retóricas, mostra que o questionamento da realidade e a procura
de conhecimento é a busca de todo o ser humano, e não só uma inquietação dele. E com o uso
da metáfora “Aonde são teus sóis” realça os aspetos positivos que a noite proporciona às
“almas inquietas”, pois consegue confortá-las e dar-lhes consolo