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Centro Espírita Léon Denis

13o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE


JOANNA DE ÂNGELIS

Tema Central:
Jesus e a Família no Pensamento de Joanna de Ângelis

Joanna de Ângelis

Dia 11 de novembro de 2012


Coordenação Geral:
Ione Façanha
Vera Lúcia de Oliveira Bezerra

Organização de Conteúdo: Toda Equipe

Data da
CENTROS PARTICIPANTES LOCAL
Realização
Centro Espírita Léon Denis Bento Ribeiro 11/novembro

Centro Espírita Antonio de Aquino Magalhães Bastos 25/novembro

Centro Espírita Irmão Clarêncio Vila da Penha 25/novembro

Centro Espírita Bezerra de Menezes Duque de Caxias 25/novembro

Núcleo Espírita Antonio de Aquino Bangu 2/dezembro


MEDITEMOS:

Quando as mulheres e os homens contemporâneos utilizarem-se dos


bens da vida, com o desejo honesto de serem fiéis à alma, uma religiosidade
espiritual assomará do inconsciente profundo, trabalhando a sua realidade
emocional e impulsionando-os ao desenvolvimento da saúde e do bem-estar em
forma de contribuição interior para o equilíbrio e exterior para o grupo no
qual se encontra. (grifo nosso)
Tem-se, portanto, o grupo familiar que se impõe como necessidade
para o desdobramento dos valores morais... (grifo nosso)
Joanna de Ângelis, Em Busca da Verdade.cap. 7, “A Possível Saúde Integral”.)
SUMÁRIO

Biografia de Joanna de Ângelis 5

Intercâmbio Social 9

Tema Central: A Parábola dos Talentos 11

Centro de Interesse I: As Reencarnações de Joanna e a Parábola dos Talentos 14

Centro de Interesse II: A Parábola do Filho Pródigo 15

Centro de Interesse III: Jesus, Modelo e Guia 21

Referências Bibliográficas 26
BIOGRAFIA: AS REENCARNAÇÕES DE JOANNA DE ÂNGELIS

JOANA DE CUSA — Século I

Segundo Humberto de Campos, entre a multidão que acompanhava a Jesus nas


pregações do lago, achava-se uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais
altamente colocadas na sociedade de Cafarnaum: Joana de Cusa. Mulher de verdadeira
fé; contudo, não conseguiu fugir às amarguras domésticas, porque seu companheiro de
lutas não aceitava as claridades do Evangelho. (grifo nosso)
Certa ocasião procurou o Messias e confessou-lhe seus temores, suas lutas e
desgostos. Dentre os conselhos recebidos ressaltam-se:
“Teu esposo não te compreende a alma sensível? Compreender-te-á um dia. É
leviano e indiferente? Ama-o, mesmo assim. Não te acharias ligada a ele se não
houvesse para isso razão justa. Servindo-o com amorosa dedicação estarás
cumprindo a vontade de Deus. (...) Os sãos não precisam de médico”. (grifo nosso)

Refletindo sobre as orientações, Joana respondeu:


“Mestre, vossa palavra me alivia o espírito atormentado; entretanto, sinto
dificuldade extrema para um entendimento recíproco no ambiente do meu lar”...
(grifo nosso)

Com serenidade Jesus ensina:


“Quem sentirá mais dificuldade em estender as mãos fraternas, será o que
atingiu as margens seguras do conhecimento com o Pai..., ou aquele que ainda se
debate entre as ondas da ignorância ou da desolação, da inconstância ou da
indolência do espírito?... A sabedoria celeste não extermina as paixões: TRANS-
FORMA-AS... Sê fiel a Deus, amando o teu companheiro do mundo, como se fora teu
filho. Não percas tempo em discutir o que não seja razoável. Vai! Esforça-te também
no silêncio e, quando convocada ao esclarecimento, fala o verbo doce ou enérgico
da salvação, segundo as circunstâncias! (grifo nosso)
Aliviada e agradecida Joana ouve as últimas palavras do Mestre: “Vai, filha!... Sê
fiel!” (grifo nosso)

Após alguns anos e vários testemunhos de fé e perseverança, as perseguições ao


Cristianismo se tornam intensas e Joana sofre no “circo” contra os Cristãos. É amarrada
ao poste do martírio, ao lado de seu filho. Na frente da multidão aglomerada são dadas
ordens de flagelamento:
“Abjura!... — exclama um executor de olhar cruel e sombrio”.

A antiga discípula do Senhor contempla o céu, sem uma palavra de negação ou de


queixa e seu filho passa a ser açoitado na sua frente e este exclama, entre lágrimas:
(grifo nosso)
“Repudia a Jesus, minha mãe!... Não vês que nos perdemos?! Abjura!… por mim,
que sou teu filho!”

Chorando muito e angustiada ouvindo as rogativas do filho recordou que Maria


também fora mãe e viu o seu Jesus crucificado... Recordou ainda parecendo ouvir o
Mestre, a lhe dizer: “Vai filha! Sê fiel”! (grifo nosso)

Reunindo força sobre-humana(...) fixando no jovem o olhar, com dor e ternura,


exclamou firmemente:
“Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos
sofrer na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do
mundo, é preciso ser fiel a Deus”! (grifo nosso)
5
Neste momento, já lhe incendiavam, acendendo a fogueira em derredor e gritando
impropérios. Joana de Cusa contemplou com serenidade a massa de povo que lhe não
entendia o sacrifício.
“O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer? — perguntou um dos
verdugos”. (grifo nosso)
A velha discípula, concentrando a sua capacidade de resistência, teve ainda forças
para murmurar:
“Não apenas a morrer, mas também a vos amar!”(...) (grifo nosso)
Nesse instante, sentiu que a mão consoladora do Mestre lhe tocava suavemente os
ombros, e lhe escutou a voz carinhosa e inesquecível:
“Tem bom ânimo!... Joana. Eu aqui estou”! (grifo nosso)

UMA DISCÍPULA DE FRANCISCO DE ASSIS

Séculos depois, Francisco, o “Pobrezinho de Deus”, o “Sol de Assis”, reorganiza o


“Exército de Amor do Rei Galileu”, ela também se candidata a viver com ele a
simplicidade do Evangelho de Jesus, que a tudo ama e compreende, entoando a canção
da fraternidade universal.

JUANA INÊS DE LA CRUZ – SÉCULO XVII – 1651 a 1695 – MÉXICO

Ela renasceu no ano de 1651, no México, na pequena San Miguel Nepantla com o
nome de Juana de Asbaje y Ramírez de Santillana, filha de pai basco e mãe indígena. Era
criança muito precoce, aos três anos de idade pede à professora de sua irmã que a
alfabetize e assim aprende as primeiras letras. Aos cinco anos começou a fazer versos,
aos seis anos já dominava o idioma pátrio além de possuir habilidades de costura e
demais atributos inerentes à mulher da época. Aos 13 aprende latim em 20 aulas e
português sozinha, além de dominar o idioma indígena.

O Marquês de Mancera, querendo criar uma corte brilhante espelhada na tradição


europeia, convidou a menina-prodígio de 13 anos para dama de companhia de sua mulher.
Na corte encantou a todos com sua beleza, inteligência e graciosidade, tornando-se
conhecida e admirada pelas suas poesias, seus ensaios e peças bem-humoradas.

Um dia o vice-rei resolveu testar seus conhecimentos e mandou vir da Universi-


dade do México 40 especialistas com a missão de sabatiná-la sobre diversos assuntos do
conhecimento humano daquela época. Depois de responder a todas as perguntas durante
horas, foi aplaudida pelo vice-rei e toda a corte.

O seu brilhantismo na Corte não ofuscou a sua busca de conhecimento. Tinha uma
enorme necessidade de busca interior e de ligar-se a Deus. Para esse objetivo era
preciso o estudo em local retirado. Ansiosa para compreender Deus por meio da sua
criação, resolveu ingressar no Convento das Carmelitas Descalças.

No entanto, desacostumada com a rigidez ascética, adoeceu e desistiu. Mas,


seguindo orientação do seu confessor, foi para a Ordem de São Jerônimo da Conceição,
onde tomou o nome de “Sóror Juana Inés de la Cruz”.
Na sua confortável cela, cercada por inúmeros livros, globos terrestres, instru-
mentos musicais e científicos, Juana estudava, escrevia seus poemas, ensaios, dramas,
peças religiosas, cantos de Natal e música sacra. A linda monja era conhecida e admirada
por todos, sendo os seus escritos popularizados não só entre os religiosos, como também
entre os estudantes e mestres das Universidades de sua época.

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Era conhecida como a “Monja da Biblioteca” e se imortalizou também por defender
o direito da mulher de ser inteligente, capaz de lecionar e pregar livremente.

Em conversa com a madre superiora esta mostra-lhe que fora das paredes do
convento o povo sofre fome, medo, preconceito racial, e dores morais de todo o tipo; esse
conselho é impactante colocando-a em profundas meditações. Resolve vender todo o seu
acervo de livros (aproximadamente 4.000 livros) e com o dinheiro partiu em ajuda ao povo
necessitado. Trabalhava com afinco fora dos portões do convento usando todo o
conhecimento de Homeopatia, Medicina, desdobrando-se em auxílio ao próximo. Do lado
de fora do convento exercitava em vivência o que adquiriu com o autoconhecimento.

Nesta época chega ao México uma epidemia. A peste começa dizimar o povo, e
Soror Juana usa todos os seus recursos para debelar o mal que matava muitas pessoas.
Nesta luta a população do convento contrai a peste, e Juana retorna para auxiliar as
freiras. Soror Juana Inez faz de tudo para ajudar suas irmãs, mas seu organismo fica
debilitado, contrai a peste e não resiste. Morre aos 44 anos, em 17 de Abril de 1695.

JOANA ANGÉLICA DE JESUS – 1761 a 1822

Joana Angélica nasceu na Bahia em 1761, filha de pais bem postos na sociedade.
Aos 20 anos de idade abre mão de toda abastança e vida social, optando em dedicar a
sua vida a Deus. Assim, ingressa no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa.
Ali foi escrivã, mestra de noviças, conselheira, vigária e, finalmente, abadessa.

Em 19 de fevereiro de 1822 na cidade de São Salvador inicia o combate sob o


comando do Brigadeiro Inácio Luiz Madeira de Melo, da armada portuguesa. Nesse afã
um grupo de soldados passava pelo Largo da Lapa quando vozes foram ouvidas vindo da
igreja do convento. Um sargento, embriagado, inspira e incentiva a ideia de tomarem para
seus fins as jovens freiras. Os soldados arrombam a porta de acesso ao pátio do
convento. Neste momento, deparam-se com a figura veneranda da Abadessa Joana
Angélica de Jesus, sexagenária delicada. Os soldados portugueses ficaram estáticos por
alguns instantes, tempo suficiente para o Capelão trancar a porta de acesso ao altar e o
andar superior onde estavam as jovens freiras.

Joana pede: “Oh! Deus do Céu! Não permiti, que eu veja estes miseráveis violarem
a clausura sagrada de vossas esposas e vossas servas. Salvai-nos, Senhor, e castigue
os profanadores!... Para trás, bárbaros. Respeitai a Casa de Deus. Antes de conseguires
os vossos pérfidos desígnios passareis por sobre o meu cadáver... Esta passagem está
guardada pelo meu peito e não passarás senão sobre o cadáver de uma mulher”.

Colocando-se em frente da porta de acesso ao adrio da igreja, viabilizando a fuga


das jovens freiras, o soldado finca-lhe no tórax a baioneta elevando o delgado corpo da
Abadessa acima de sua cabeça. Cai das mãos da religiosa o pesado crucifixo de prata,
na cabeça de seu algoz, partindo-lhe o osso occipital o que tira-lhe a vida de forma instan-
tânea e faz tombar os dois corpos.
Assim se encerra o período de reencarnações do espírito Joanna de Ângelis, na
Terra.

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JOANNA DE ÂNGELIS NA ESPIRITUALIDADE

É um Espírito que se caracteriza pela sabedoria e pelo amor!

Quando, na metade do século passado, “as potências do Céu” se abalaram, e um


movimento de renovação se alastrou pela América e pela Europa, fazendo soar aos
“quatro cantos” a canção da esperança com a revelação da vida imortal, Joanna de
Ângelis integrou a equipe do Espírito de Verdade, para o trabalho de implantação do
Cristianismo redivivo, do Consolador prometido por Jesus.

No livro Após a Tempestade, em sua última mensagem, referindo-se aos compo-


nentes de sua equipe de trabalho diz:
“Quando se preparavam os dias da Codificação espírita, quando se convocavam
trabalhadores dispostos à luta, quando se anunciavam as horas preditas, quando se
arregimentavam seareiros para Terra, escutamos o convite celeste e nos apressamos a
oferecer nossas parcas forças, quanto nós mesmos, a fim de servir, na ínfima condição de
sulcadores do solo onde deveriam cair as sementes de luz do Evangelho do Reino”.

Quando vários espíritos ligados a ela, antigos cristãos equivocados se preparavam


para reencarnar, reuniu a todos e planejou construir na Terra, sob o céu da Bahia no
Brasil, uma cópia, embora imperfeita, da comunidade onde estagiava no plano espiritual,
com o objetivo de redimir os antigos cristãos e criar uma experiência educativa que de-
monstrasse a viabilidade de se viver numa comunidade realmente cristã, nos dias atuais.
Engenheiros capacitados foram convidados para traçarem os contornos gerais dos
trabalhos e instruírem os pioneiros da futura obra.

Quando estava tudo esboçado, Joanna procurou entrar em contato com Francisco
de Assis, solicitando que examinasse os seus planos e auxiliasse na concretização dos
mesmos, no plano material. O “Pobrezinho de Deus” concordou com a mentora e se
prontificou a colaborar com a obra, desde que “nessa comunidade jamais fosse olvidado o
amor aos infelizes do mundo, ou negada a caridade aos “filhos do Calvário”, nem se
estabelecesse a presunção que é vérmina a destruir as melhores edificações do
sentimento moral.

Quase um século foi passado, quando os obreiros do Senhor iniciaram na Terra,


em 1947, a materialização dos planos de Joanna. Secundada por técnicos espirituais
dedicados espalhavam ozônio especial pela psicosfera conturbada da região escolhida
onde seria construída a “Mansão do Caminho”. A Instituição cresce comprometida a
assistir os sofredores da Terra, os tombados nas provações, os que se encontram a um
passo da loucura e do suicídio.

Graças às atividades desenvolvidas, tanto no plano material, quanto no plano


espiritual, com a terapia de emergência a recém-desencarnados e atendimentos
especiais, a “Mansão do Caminho” adquiriu uma vibração de espiritualidade que suplanta
as humanas vibrações dos que ali residem e colaboram.

Joanna de Ângelis, através da mediunidade de Divaldo Franco, vem contribuindo


para o engrandecimento do ser humano, de forma relevante, como emissária do Senhor,
na obra de recristianização da humanidade. A sua mensagem tem esclarecido e conso-
lado milhares de criaturas em várias partes do mundo.

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INTERCÂMBIO SOCIAL

O homem, inquestionavelmente, é um ser gregário,1 organizado pela emoção


para a vida em sociedade. (grifo nosso)
O seu insulamento,2 a pretexto de servir a Deus, constitui uma violência à lei
natural, caracterizando-se por uma fuga injustificável às responsabilidades do dia a
dia. (grifo nosso)
Graças à dinâmica da atualidade, diminuem as antigas incursões ao isolacionismo,
seja nas regiões desérticas para onde o homem fugia a buscar meditação, seja no
silêncio das clausuras e monastérios onde pensava perder-se em contemplação.
O Cristianismo possui o extraordinário objetivo de criar uma sociedade equilibrada,
na qual todos os seus membros sejam solidários entre si.
“Negar o mundo” do conceito evangélico, não significa abandoná-lo, antes criar
condições novas, a fim de modificar-lhe as estruturas negativas e egoísticas, engen-
drando recursos que o transformem em reduto de esperança, de paz, perfeito símile do
“reino dos céus”, a que se reportava Jesus.
A vivência cristã se caracteriza pelo clima de convivência social em regime
de fraternidade, no qual todos se ajudam e se socorrem, dirimindo3 dificuldades e
consertando problemas. (grifo nosso)
Viver o Cristo é também conviver com o próximo, aceitando-o conforme suas
imperfeições, sem constituir-lhe fiscal ou pretender corrigi-lo, antes acompanhando-o
com bondade, inspirando-o ao despertamento e à mudança de conduta de motu
proprio4.(grifo nosso)
A reforma pessoal de alguém inspira confiança, gera simpatia, modifica o meio e
renova os cômpares5 com quem cada um se afina.
Isolar-se, portanto, a pretexto de servir ao bem não passa de uma experiência
na qual o egoísmo predomina, longe da luta que forja heróis e constrói os santos da
abnegação e da caridade. (grifo nosso)
*
Criaturas bem-intencionadas sonham com comunidades espiritualizadas, perfeitas,
onde se possa viver em regime da mais pura santificação.
Assim tocadas programam colmeias, organizam comitês para tal fim, e os mais
ambiciosos laboram por cidades onde o mal não exista e todos se amem...
Em verdade, tal ambição, nobre por quanto impraticável senão totalmente
irrealizável, representa uma reminiscência ancestral das antigas comunidades religiosas
onde o atavismo criou necessidades de elevação num mundo especial, longe das
realidades objetivas entre os homens em evolução.
Jesus, porém, deu-nos o exemplo. (grifo nosso)
Desceu das Regiões Felizes ao vale das aflições, a fim de ajudar.
Não convocou os privilegiados, antes convidou os infelizes, os rebeldes e rejei-
tados, suportando suas mazelas e assim mesmo os amando.
No colégio íntimo esteve a braços com as sistemáticas dúvidas dos amigos, suas
ambições infantis, suas querelas6 frívolas, suas disputas.
Não se afastou deles, embora suas imperfeições, não se rebelou contra eles.
Ajudou-os, incansavelmente, até os momentos extremos, quando, sofrendo, no
Getsêmani, surpreendeu-os, mais de uma vez, a dormir...

1
Que faz parte de grei ou rebanho; que vive em bando.
2
Separado, ilhado, isolado.
3
Impedir de modo absoluto.
4
Por movimento espontâneo, por sua vontade, sem constrangimento, sem provocação nem convite.
5
Que forma ou pode formar par simétrico; igual; semelhante.
6
Lamento, gemido, queixa.

9
E retornou ao convívio deles, quando atemorizados, a sustentá-los e animá-los, a
fim de que não deperecessem7 na fé nem na dedicação em que se fizeram mais tarde
dignos do seu Mestre, em face dos testemunhos libertadores a que se entregaram...
*
Atesta a tua confiança no Senhor e a excelência da tua fé mediante a
convivência com os irmãos mais inditosos do que tu mesmo. (grifo nosso)
Sê-lhes a lâmpada acesa a clarificar-lhes a marcha.
Nada esperes dos outros. (grifo nosso)
Sê tu quem ajuda, desculpa, compreende. (grifo nosso)
Se eles te enganam ou te traem, se censuram-te ou exigem-te o que te não dão,
ama-os mais, sofre-os mais, porquanto são mais carecentes de socorro e amor do que
supões.
Se conseguires conviver pacificamente com os amigos difíceis e fazê-los compa-
nheiros, terás logrado êxito, porquanto Jesus em teu coração estará sempre refletido
no trato, no intercâmbio social com os que te buscam e com os quais ascendes na
direção de Deus. (grifo nosso)
Joanna de Ângelis. Leis Morais da Vida, cap. 31. “O Intercâmbio Social”.

7
Enfraquecer, definhar.

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TEMA CENTRAL

JESUS E A FAMÍLIA NO PENSAMENTO DE JOANNA DE ÂNGELIS

A PARÁBOLA DOS TALENTOS

OBJETIVOS:
• Compreender qual a relação da Parábola dos Talentos com a família;
• Identificar como a parábola pode nos auxiliar no intercâmbio social em
família.

O Senhor age como um homem que, tendo que fazer uma longa viagem fora de seu
país, chama os seus servidores e lhes entrega os seus bens. A um ele deu cinco
talentos, a outro, dois e a outro deu um, segundo a capacidade diferente de cada
um, e partiu imediatamente. Aquele servidor que havia recebido cinco talentos foi-se
embora, negociou com esse dinheiro, e ganhou mais cinco. O que recebeu dois,
ganhou, da mesma forma, outros dois. Mas aquele que só recebeu um talento, cavou
um buraco na terra e ali escondeu o dinheiro que recebera. (grifo nosso)
Algum tempo depois, o senhor daqueles servidores voltou e chamou-os para que lhe
prestassem contas. Aquele que havia recebido cinco talentos veio e apresentou-lhe
outros cinco dizendo: “Senhor, tu me deste cinco talentos, eis aqui, além desses,
outros cinco que eu ganhei”. E o senhor lhe respondeu: “Ó bom e fiel servidor,
porque foste fiel em poucas coisas, vou te confiar muitas outras, participa da
alegria do teu senhor”. Aquele que havia recebido os dois talentos também veio logo
se apresentar e disse: “Senhor, tu me deste dois talentos, eis aqui, além daqueles,
outros dois que eu ganhei”. O senhor respondeu: “Ó bom e fiel servidor, porque foste
fiel em poucas coisas, vou te confiar muitas outras; participa da alegria do teu senhor”.
Aquele que havia recebido só um talento veio a seguir, e falou: “Senhor, sei que és um
homem enérgico, que ceifas onde não semeaste, colhes de onde nada puseste, por
isso, com receio de ti, escondi o teu dinheiro na terra; aqui está ele, eu te devolvo o
que é teu”. O senhor, porém, lhe respondeu: “Servidor mau e preguiçoso, sabias que
eu ceifo onde não semeei e que colho de onde nada coloquei; devias, portanto, pôr o
meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, no meu regresso, eu retirasse
com juros o que me pertence. Então, tirem o talento que está com ele e entreguem-no
ao que tem dez talentos, porquanto dar-se-á a todos que já têm, e eles serão
cumulados de bens, mas para aquele que não tem, tirar-se-lhe-á até o que parece
ter. E que esse servidor inútil seja lançado nas trevas exteriores, é ali que haverá
lágrimas e ranger de dentes”. (grifo nosso)
(Allan Kardec. Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.XVI. Item 6.)

Para iniciarmos nossas reflexões, vamos entender os conceitos:

Parábolas: Palavra originada do grego. Lançar ao lado. Metáfora / Novo Dicionário


Aurélio... — a definição de parábola como sendo “uma narração onde o pensamento é
exposto sob forma figurada e o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras
realidades de ordem superior”.

Talento: 1. Peso e moeda da Antiguidade grega e romana. 2. Aptidão natural, ou


habilidade adquirida. 3. Inteligência excepcional”
(Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.)

“Peso ou moeda da Antiguidade grega e romana. Aptidão natural ou habilidade adquirida:


pessoa talentosa”
(L. Palhano. Jr. Dicionário de Filosofia Espírita.)

11
Refletindo sobre a parábola:

1) A qual Senhor se refere a parábola?

1. Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.
(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, cap. I.)

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?


“Num axioma que aplicais às vossas ciências: Não há efeito sem causa. Procurai a
causa de tudo o que não é obra do homem e vossa razão vos responderá”.
(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, cap. I.)

10. O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?


“Não; é um sentido que lhe falta”.

11. O homem poderá, um dia, compreender o mistério da Divindade?


“Quando seu espírito não for mais obscurecido pela matéria e, por sua perfeição, tiver
se aproximado dele, então, ele o verá e o compreenderá”.
(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, cap. I.)

244. Os espíritos veem Deus?


“Apenas os espíritos superiores o veem e o compreendem; os espíritos inferiores o
sentem e o adivinham”.
(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, cap.VI.)

Deus se encontra em toda parte, onde quer que se apresente a Sua obra... Quando
alguém perguntou ao eminente cientista Jung se ele acreditava em Deus, ele teria
respondido com simplicidade: “— Eu não acredito, eu sei... Saber é para sempre,
enquanto crer é transitório”.
(Joanna de Ângelis, Entrega-te a Deus, cap. I. “As Bençãos de Deus”.)

Por que este senhor entrega os talentos segundo a capacidade diferente de cada
um?
Tendo-se em consideração os diferentes níveis de evolução, nasce-se com os
preciosos recursos que constituem a sua fortuna emocional, e que devem ser
utilizados de maneira correta, dando lucros em forma de engrandecimento
interior”. (grifo nosso)
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap 7. “A Possível Saúde Integral”.)

(...) Todos os valores que sejam sepultados no solo da indiferença e da falsa


justificativa, se transformam em sofrimento interior, porque a culpa que se apresenta
no momento da prestação de contas, leva-o às lágrimas e às lamentações(...)

(...) Os talentos, pois, de que dispõe cada um, tanto podem ser renovados
como retirados, de acordo com a aplicação que se lhes dê. São empréstimos
divinos que o Senhor coloca à disposição de todos, sem exceção, com gene-
rosidade e confiança, mas sob a condição de serem prestadas contas da sua
utilização”.
(Joanna de Ângelis, Em Busca da Verdade, cap 7. “A Possível Saúde Integral”.)

12
E será que Joanna nos orienta sobre quais seriam os talentos que recebemos de
Deus?

“Todas as criaturas são aquinhoadas com talentos morais, intelectuais, do sen-


timento, das aptidões, que devem ser aplicados em favor do próprio enrique-
cimento, desenvolvendo habilidades próprias e pertinentes à capacidade de utilização
de cada qual.”
(Joanna de Ângelis, Em Busca da Verdade, cap 7. “A Possível Saúde Integral”.)

Observem quais os que ela cita no livro Em Busca da Verdade:

A Saúde; a Palavra; o Discernimento; a Razão; o Sofrimento; a Oportunidade


de evoluir e de descobrir o infinito.

E o que será que o conhecimento destes talentos nos ajudará a refletir sobre a
família?

Tem-se, portanto, o grupo familiar que se impõe como necessidade para o


desdobramento dos valores morais, resultando nas ações pretéritas das existências
passadas, que proporcionam as facilidades ou os problemas que devem ser
enfrentados sem pieguismo nem ressentimento para o amadurecimento interno
que conduz à individuação. (grifo nosso)
(Joanna de Ângelis, Em Busca da Verdade, cap 7. “A Possível Saúde Integral”.)

Vamos relembrar para concluir?


Quando as mulheres e os homens contemporâneos utilizarem-se dos bens da
vida com o desejo honesto de ser fiéis à alma, uma religiosidade espiritual
assomará do inconsciente profundo trabalhando a sua realidade emocional e
impulsionando-os ao desenvolvimento da saúde e do bem-estar em forma de
contribuição interior para o equilíbrio e exterior para o grupo no qual se
encontra. (grifo nosso)
(Joanna de Ângelis, Em Busca da Verdade, cap 7. “A Possível Saúde Integral”.)

13
CENTRO DE INTERESSE I

AS REENCARNAÇÕES DE JOANNA

OBJETIVO:

1. Levar ao encontrista reflexões acerca do desenvolvimento das virtudes ao longo


das vidas sucessivas de Joanna de Ângelis, tendo como ponto de análise a
Parábola dos Talentos.

De acordo com a definição de Joanna de Ângelis, sobre a Parábola dos


Talentos, no livro Em Busca da Verdade:

“Todas as criaturas são aquinhoadas com talentos morais, intelectuais, do


sentimento, das aptidões, que devem ser aplicados em favor do próprio enrique-
cimento, desenvolvendo habilidades próprias e pertinentes à capacidade de utilização
de cada qual. Tendo-se em consideração os diferentes níveis de evolução, nasce-se com
os preciosos recursos que constituem a sua fortuna emocional, e que devem ser
utilizados de maneira correta, dando lucros em forma de engrandecimento interior”.
(Joanna de Ângelis, Em Busca da Verdade, cap 7. “A Possível Saúde Integral”.)

JOANA DE CUSA

O desenvolvimento da fé por obediência e aceitação ao que se passa em torno de


si. Propondo-se a amar e aceitar seu esposo como era sem abrir mão de seus valores de
ser imortal.
Desenvolvimento do sentimento de esperança e total confiança nas orientações do
Mestre Jesus, proporcionando-lhe a força necessária para vencer-se a si mesma e
suportar as dificuldades e diferenças dentro do lar.

JUANNA INÊS DE LA CRUZ

O desenvolvimento da perseverança. Desde tenra idade vê-se diante de vários


desafios no que toca a sua personalidade. Um determinismo a envolvia, pois travou lutas
internas e externas para trilhar e construir um caminho de muitas conquistas individuais
(como ser imortal) e coletivas (para a Humanidade). Utilizou seus tesouros multiplicando-
os e distribuindo-os com seus exemplos de coragem moral e amor. Sua meta era
entender Deus através da Humanidade.

JOANNA ANGÉLICA DE JESUS

Num país católico, voltado a princípios rígidos e sob o domínio político de outra
nação. Esse espírito voltado à sua missão de acolher, orientar e amar àquelas jovens
órfãs de pais vivos, cuja sociedade não lhes aceitava as fragilidades humanas.
Temos um exemplo de coragem e amor ao ser humano, pois Joanna dedicou-se já,
muito jovem à missão de administrar um convento, renunciando a uma vida abastada. Um
ato de coragem traz-nos a reflexão de que é possível, sim, dispor de nossos talentos já
construídos, porém muitas vezes escondidos, aguardando o momento de nossas
decisões. Coragem e amor, exemplo dessa encarnação.

14
CENTRO DE INTERESSE II

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO

OBJETIVOS:
1. Refletir sobre a Compaixão e Misericórdia de Deus em relação a todos que
transgridam suas Leis.
2. Destacar a importância do Arrependimento restaurador da Esperança.

“Um homem tinha dois filhos. Disse o mais moço a seu pai: ‘— Meu pai, dá-me a parte
dos bens que me toca’. E ele repartiu os seus haveres entre ambos. Poucos dias depois
o filho mais moço ajuntando tudo o que era seu, partiu para um país longínquo e lá
dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome e ele
começou a passar necessidades. Então foi encontrar-se a um dos cidadãos daquele país
e este o mandou para seus campos guardar porcos; ali desejava ele fartar-se das
alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
Caindo, porém, em si, disse: ‘Quantos jornaleiros de meu pai têm pão com fartura e
eu aqui, morrendo de fome! Levantar-me-ei, irei a meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra
o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado de teu filho; trata-me como um
dos teus jornaleiros’. E levantando-se foi a seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai viu-
o e teve compaixão dele, e, correndo, o abraçou e o beijou. Disse-lhe o filho:
‘— Pai, pequei contra o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.
O pai, porém, disse aos seus servos: ‘Trazei depressa a melhor roupa e vesti-lha, e
ponde-lhe o anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também um novilho cevado, matai-
o, comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho era morto e reviveu, estava perdido
e se achou’. E começaram a regozijar-se.
Ora, o seu filho mais velho estava no campo, e, quando voltou e foi chegando a casa,
ouviu a música e a dança, e chamando os criados perguntou-lhes o que era aquilo. Um
deles respondeu: ‘— Chegou teu irmão e teu pai mandou matar o novilho cevado porque
o recuperou com saúde’. Então ele se indignou, e não queria entrar; e, sabendo disso,
seu pai procurava conciliá-lo.
Mas ele respondeu: ‘— Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem
tua, e nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos; mas,
quando veio este seu filho que gastou teus bens com meretrizes, tu mandaste matar o
novilho mais gordo’.
Respondeu-lhe o pai: ‘— Filho: tu sempre estás comigo, e tudo que é meu é teu;
entretanto, cumpria regozijarmo-nos e alegrarmo-nos, porque este teu irmão era morto e
reviveu, estava perdido e se achou’.”
(Joanna de Ângelis. Em busca da Verdade. cap.2. “Fragmentações Morais”. Lucas, XV, 11 a 32.)

Significado dos termos para reflexões (contidos no livro Em Busca da Verdade).

1 - Na cultura israelita todos os filhos ao atingir determinada idade podiam reivindicar a


herança correspondente, diferentemente da nossa cultura onde a herança só se
transmite com a morte.
2 - Porcos, nesta mesma cultura, era onde se abrigavam os espíritos impuros,
considerada carne imunda, suja, e por isso mesmo não comestível. Trabalhar com
porcos era a pior ofensa que se podia fazer ao povo judeu.

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3 - Alfarrobas, espécie de semente dura que os porcos roem.
4 - O beijo trata-se de um símbolo de aceitação, perdão, reintegração à comunidade.
5 - A roupa representa altivez, vestes rasgadas para o judeu era sinal de aniqui-
lamento, de pobreza.
6 - O anel designa a efetiva aliança com DEUS, demonstrando vinculação e amor.
Símbolo de bem-estar, auxiliando na cura dos tormentos que se demoram no
mundo interior.
7 - As sandálias representam dignidade, liberdade, pois somente os escravos
andavam descalços. Os pés são as colunas de sustentação do edifício fisiológico.
Revelam prestígio social, os descalçados simbolizam a penúria e o desprezo. Os
que não têm apoio para a marcha ante os espículos8 e pedrouços do caminho.
8 - Novilho cevado, tradição absorvida da civilização grega que festejavam comun-
gando com os deuses em banquetes fartos, chegando algumas vezes, ao
desregramento pelo excesso que se permitiam.
9 - Festa: alegria, triunfo, celebração.

Ego: Designa o primitivismo através dos instintos que impulsionam aos desejos
desequilibrantes, infelicitadores. Exemplo: ciúme, ódio, inveja, ressentimento, mágoa.
Self: É o desenvolvimento em direção à luz, a uma vida harmoniosa, através de
sentimentos nobres, renovadores, que elevam o ser a um estado numinoso, à
plenitude.
Sombra: Pode ser definida como a “estrada” evolutiva em que se busca identificar e
diluir os maus pendores, os instintos agressivos que predominam no comportamento
humano, visando alcançar o self.

Por que estudar a parábola do Filho Pródigo?

A parábola do Filho Pródigo é um manancial de informações psicológicas profundas,


guardando um tesouro de símbolos e significados que merecem cuidadosa análise, a fim
de retirar-se de seu conteúdo as lições de paz e de saúde necessárias para uma
existência rica e abençoada.
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap. 3. “Encontro e Autoencontro”.)

Desdobramento:
Na parábola de Jesus, o ego do jovem filho é perverso e ingrato.
Ao solicitar a herança que diz pertencer-lhe, inconscientemente deseja a morte do
pai, que seria o fenômeno legal para conseguir a posse dos bens sem qualquer pro-
blema. Mascara o conflito sob a justificativa inapropriada de querer desfrutar a
juventude, em considerando que mesmo na idade provecta, o genitor não morria...
Logo depois, viajando para um país longínquo procura arrancar as raízes existen-
ciais, as marcas, destruir a origem desagradável, permanecendo na ignorância de si
mesmo, fugindo para o Eden onde parecia feliz...
Deixando-se exaurir pelas ambições e prazeres, o leviano é surpreendido, posterior-
mente, pela solidão — a miséria econômica, a fuga dos comparsas que o exploraram,
portanto, os excessos que agora o deixam desgastado — logo associado à culpa que o
exproba, impondo-lhe reflexão, portanto, o retorno à segurança do lar que abandonou...
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap.2. “Predomínio da Sombra”.)

8
Ponta, pua, aguilhão, ferrão.

16
É da natureza do Homem ser feliz?

614 “A lei natural é a Lei de Deus. É a única verdadeira para felicidade do


homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando
dela se afasta”.
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Parte III cap. I.)

No texto abaixo a Veneranda Joanna de Ângelis ressalta o exemplo do Mestre


Jesus, reafirmando que somente vivenciando as Leis Divinas encontraremos a tão
almejada felicidade.
Leis Morais da Vida

São de todos os tempos as leis morais da vida, estabelecidas pelo Supremo


Pai. (grifo nosso)
Invioláveis, constituem o roteiro de felicidade pelo rumo evolutivo, impondo-se,
paulatinamente, à inteligência humana achando-se estabelecidas nas bases da
harmonia perfeita em que se equilibra a Criação. (grifo nosso)
Reveladas através dos tempos, a pouco e pouco, não se submetem às injunções
transitórias das paixões humanas, que sempre desejaram padronizá-las ao próprio talan-
te, submetendo-as às suas torpes determinações.
Inspiradas à Humanidade pelas forças vivas da Natureza desde os dias do homem
primitivo, passaram a constituir a ética religiosa superior de todos os povos e de todas as
nações.
Leis naturais de amor, justiça e equidade, são o fiel da conquista do espírito que,
na preservação dos seus códigos sublimes e na vivência da sua legislação, haure
o próprio engrandecimento e plenitude. (grifo nosso)
O desacato, a desobediência aos seus códigos engendram o sofrimento e o desalinho
do infrator, que de forma alguma consegue fugir ao reajuste produzido pela rebeldia ou
insânia de que se faz portador.
Profetas, legisladores e sábios têm sido os maleáveis instrumentos de que se utilizou
o Pai Amantíssimo através dos tempos, a fim de que o homem, no ergástulo carnal,
pudesse encontrar a rota segura para atingir o reino venturoso que o espera.
Dentre todos, porém, foi Jesus o protótipo da misericórdia divina, “o tipo mais
perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo”, o
próprio Rei Solar. (grifo nosso)
Vivendo em toda a pujança o estatuto das “leis morais”, deu cumprimento às de ordem
humana, submetendo-se, pacificamente, instaurando o período fundamentado na de
amor, que resume todas as demais e as comanda com inexcedível mestria.
Modelo a ser seguido, ensinou pelo exemplo e pelo sacrifício, selando em
testemunho supremo a excelência do seu messianato amoroso, através da doação
da vida, incitando-nos a incorporar ao dia-a-dia da existência a irrecusável lição do
seu auto-ofertório santificante. (grifo nosso)
(Joanna de Angelis. Leis Morais da Vida, cap.1, “Leis Morais da Vida”.)

O que levou o filho pródigo a retornar ao Pai?


O arrependimento é o bálsamo para a culpa, reconhecendo que pecou contra o céu e
contra ti (o pai), informa, seguro de ser bem recebido, mesmo que não fosse digno de ter
o nome de seu filho.
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap.2 “Predomínio da Sombra”.)

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171. Em que está fundamentado o dogma da reencarnação?
“Na justiça de Deus e na revelação, pois vos repetimos incessantemente: Um bom pai
deixa sempre aos seus filhos uma porta aberta para o arrependimento. A razão não te diz
que seria injustiça privar, para sempre, da felicidade eterna todos aqueles de quem não
dependeu o melhorar-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os homens
egoístas encontram-se a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Parte II, cap.IV.)

No livro O Céu e o Inferno, cap. 6, Allan Kardec desenvolve estudo completo sobre a
Doutrina das Penas Eternas, de onde ressaltamos:

“A crença na eternidade das penas perde terreno dia a dia, de tal forma que, mesmo
sem ser profeta, cada um pode prever próximo o seu fim (...)”
(Allan Kardec. O Céu e o Inferno, cap. VI., item 1.)

“A doutrina das penas eternas, como a do inferno material, teve a sua razão de
ser, enquanto essa crença podia se tornar um freio para os homens pouco
avançados intelectual e moralmente”. (grifo nosso)
(Allan Kardec. O Céu e o Inferno, cap. VII., item 2.)

“À medida que o espírito foi se desenvolvendo, o véu material pouco a pouco se


dissipou, e os homens ficaram mais aptos a compreender as coisas espirituais;
mas isso só aconteceu gradualmente. Quando Jesus veio, ele pôde anunciar um
Deus clemente, falar de seu reino que não é deste mundo, e dizer aos homens:
“Amai-vos uns aos outros, fazei o bem aos que vos odeiam”; enquanto que os
antigos diziam: “Olho por olho, dente por dente”. (grifo nosso)
(Allan Kardec. O Céu e o Inferno, cap. VI. item 4.)

“(..) o Cristo não pôde revelar aos seus contemporâneos todos os mistérios do futuro;
ele mesmo disse: Eu ainda teria muitas coisas para vos dizer, mas vós não as
compreenderíeis, eis por que vos falo em parábolas. Principalmente no que diz respeito à
moral, isto é, aos deveres de homem a homem, ele foi muito explícito, porque tocando na
corda sensível da vida material, ele sabia ser compreendido; sobre os outros pontos, ele
se limitou a semear, sob forma alegórica, os germes do que deveria ser desenvolvido
mais tarde.
(Allan Kardec. O Céu e o Inferno, cap. VI. item 5.)

Em outras palavras, o Filho Pródigo da parábola simboliza a parcela de criaturas


humanas que é cumulada de bens para o desempenho satisfatório de determinada tarefa e
que, por invigilância, prevaricação ou desídia, vem a fracassar, retornando ao mundo
espiritual sem ter praticado os atos meritórios, mas como “um morto que reviveu”, dotado
de experiência suficiente para poder prosseguir a sua tarefa ascensional rumo ao Criador,
em futuras vidas na terra ou em “outras moradas da casa do Pai”. Tudo isso confirmando o
dizer evangélico de que “há mais alegrias nos Céus por um pecador que se regenera,
de que por noventa e nove justos que perseveram no caminho do bem”. (grifo nosso)
(Paulo Alves Godoy. As Maravilhosas Parábolas de Jesus.)
A volta para casa
A volta para casa é uma viagem rica de alegria, de formosas expectativas, de
lembranças queridas, das raízes, de segurança do conhecido ante o bravio mundo do
desconhecido.
O Pai misericordioso é apoio e amparo, mesmo na parábola, em momento algum ele
recalcitra, seja no instante quando o filho deseja aventurar-se na loucura, iludindo-se com
a possibilidade do autoencontro adiante, ou no da volta, sem nenhuma reprimenda.

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(...) Não se pode ser livre in totum, em razão dos limites impostos pelas leis e mesmo
pelo organismo que, de alguma forma, é um ergástulo necessário para a evolução.
Esse Pai, no entanto, deseja a felicidade do filho, ele pode estar configurado no
superconsciente, em expectativa agradável de que tudo será resolvido, e para que isso
ocorra, compreende as desilusões e as experiências malogradas que aquele viveu, não
lhe aumentando a carga de culpa nem de remorso, antes liberando-o, para que se possa
estabelecer definitivamente na confiança e na renovação.
O filho, não sendo censurado, não sente vergonha, não experimenta constrangimento.
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap.3. “A Volta para Casa”.)

(...) vemos que o Filho Pródigo, recebeu os bens, saiu de casa, esbanjou-os dissolu-
tamente numa vida desregrada. E o que não foi Pródigo, o Filho Obediente, por seu
turno, enterrou seus bens, como aquele que enterrou o talento da Parábola.
O que diz o Evangelho que o filho Obediente fez dos bens que possuía?
Ele vivia às custas do Pai, participava de todos os bens que havia em casa e, com a
chegada do irmão, ao ver a festa com que aquele foi recebido, entristeceu-se: cheio de
egoísmo, de avareza, revoltou-se contra o Pai!
(Cairbar Schutel. Parábolas e Ensinos de Jesus.)

E o filho que ficou?


Mas aquele pai misericordioso também não reclama da conduta do outro filho
ciumento, em difícil trânsito da adolescência para a vetustez da maturidade, porque a dor
que experimenta já é uma forma de punição em referência à sua conduta. Esforça-se por
diluir-lhe a mágoa, justificando que tudo que tem é dele, que ele tem estado ao seu lado,
portanto, desfrutando de segurança e de alegria.
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap.3. “A Volta para Casa”.)

É comum a solidariedade na dor, mas não no júbilo, em face da inveja e da amargura.


O irmão mais velho submetia-se ao pai, mas não o amava, quanto fingia, porque logo
o censurou, ressumando sentimentos de recusa inconscientes pelo fato de jamais haver-
lhe oferecido um cabrito, pelo menos, para que se banqueteasse com os amigos, en-
quanto ao insano ofereceu o melhor novilho...
O ciúme é terrível chaga do ego que expele purulência emocional...
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap.2. “Despertar do Self”.)

É necessário entrar-se na casa dos sentimentos e renová-los com a alegria, com a


satisfação pela felicidade dos demais. É comum chorar-se com quem chora, poucas
vezes, porém, sorrir-se com os júbilos dos outros, porque a inveja, filha dileta do
egoísmo, não se permite compreender a vitória, a real alegria do outro...
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap.3. “Amar para ser Feliz”.)

Infelizmente, é assim, esta atrasada Humanidade!


Ela se compõe de Filhos Pródigos e de Filhos Obedientes, mas estes parecem ser
ainda piores do que aqueles! E tanto é verdade o que nos passa pelas mentes, que, ao
concluir a parábola, o Mestre exalta os pródigos que voltam e censura os obedientes que
ficam, não só com os bens que receberam, como, também, com as paixões más de que
não se querem despojar!
Mas a Humanidade progride e este mundo passará a hierarquia mais elevada com a
vinda de espíritos melhores, que nos orientarão para o Bem e o Belo, para a realização
total dos nossos destinos!
(Cairbar Schutel. Parábolas e Ensinos de Jesus.)

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Considerações finais

Merece consideração o detalhe da oferta de um anel que o pai faz ao transviado, esse
elo de vinculação profunda a fim de restabelecer a ligação que fora interrompida pelo ego
inquieto, doentio. O anel será sempre um símbolo de bem-estar, auxiliando na cura dos
tormentos que se demoram no seu mundo interior. (grifo nosso)
As sandálias, que também lhe manda pôr aos pés, são de relevante significado,
porque revelam prestígio social. Os descalçados são a representação da penúria e do
desprezo, psicologicamente aqueles que não têm apoio para a marcha, que se acreditam
destituídos de recursos emocionais para os enfrentamentos... Esses impedimentos são
as atrações perturbadoras, os prazeres insanos, os gozos intoxicantes... (grifo nosso)
(...) As vestes oferecidas ao filho pródigo denotam renovação e rejuvenescimento,
recomeço e beleza. A sombra cede, imediatamente, lugar ao entendimento, favorecendo
o sentimento de igualdade em relação as demais pessoas, sem a presença de qualquer
conflito perturbador... (grifo nosso)
Os andrajosos físicos também, quase sempre se encontram descuidados psicologica-
mente, atirados ao fosso do descaso, da indiferença (...) O pai misericordioso sabia que
seu filho necessitava de roupas novas, de identificação pessoal com as demais pes-
soas... Tornava-se necessário que estivesse com a veste própria para a festa que logo
mais se faria em sua homenagem, de maneira que se não sentisse inferiorizado...
A festa é sempre a maneira de celebrar-se o retorno dos triunfantes, mas naquele
caso todos celebrariam o valor do pai, a segurança do lar, a vitória do bom senso e da
realidade distante da ilusão... (grifo nosso)
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap.3. “A Volta para Casa”.)

O beijo na face é incontestável sinal de perdão e de compaixão, de renascimento e de


vida. Não deu tempo ao filho ingrato de justificar-se, demonstrando-lhe que estava
novamente no seu lar. (grifo nosso)
(Joanna de Ângelis. Em Busca da Verdade, cap. 3. “Amar para ser Feliz”.)

Conclusão:
As Leis Divinas estabelecem que o progresso é irrefragável, e nada o detém.
Pode-se estacioná-lo no caminho por algum tempo. No entanto, momento chega em que
o amor de Deus enseja a expiação ao calceta, e ele, encarcerando-se no corpo,
impossibilitado de complicar o processo de evolução, reeduca-se, desperta para a
realidade.
Seja qual for a situação em que te encontres hoje na jornada física, agradece a Deus a
oportunidade ímpar, por oferecer-te os instrumentos de liberdade e de felicidade.
(...) Abençoa, desse modo, a tua atual existência, com as lições do Evangelho de
Jesus, vivendo-as no dia a dia, feliz e agradecido a Deus com as tuas atitudes reno-
vadas.
(Joanna de Ângelis. Atitudes Renovadas. cap. 3, “A Bênção da Reencarnação”.)

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CENTRO DE INTERESSE III

JESUS, MODELO E GUIA

O Amor tudo resolve. Experimenta-o desde agora.


(Joanna de Ângelis. Leis Morais da Vida, cap.55. “Ante o Amor”.)

Permite-te, sem titubeios a fé...


(Joanna de Ângelis. Leis Morais da Vida, cap.54 “Exigência da Fé”.)

OBJETIVO:
1. Sentir e entender a presença de Deus em nós.
2. Compreender a finalidade de cada vivência, como oportunidade de crescer para
Deus.
3. Refletir nas lições do Evangelho, compreendendo o imperioso convite da Fé.

JOANNA DE CUSA – SÉCULO I

Olá, que bom que você está aqui conosco!


Que tal relembrarmos algumas passagens da vida do Espírito de Joana de Cusa?

2. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?


“Num axioma que aplicais às vossas ciências: Não há efeito sem causa. Procurai a
causa de tudo o que não é a obra do homem e vossa razão vos responderá.”
(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, cap. I.)

I – Pai Nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome!

Cremos em vós, Senhor, porque tudo revela o vosso poder e a vossa bondade. A
harmonia do Universo nos dá o testemunho de uma sabedoria, de uma prudência e de
uma previdência que ultrapassam todas as faculdades humanas. O nome de um ser
soberanamente grande e sábio está inscrito em todas as obras da criação, desde o
raminho de uma erva, e o mais pequenino inseto, até os astros que se movem no
espaço. Por todas as partes vemos a prova de uma solicitude paternal.
Eis por que é cego aquele que vos não reconhece nas vossas obras, orgulhoso o que
não vos glorifica e ingrato o que não rende ação de graças.
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 3.)

Que seja ou não assim, quanto ao pensamento de Deus, quer dizer, que ele aja
diretamente ou por intermédio de um fluido, para facilitar o nosso raciocínio, vamos
representá-lo sob a forma concreta de um fluido inteligente enchendo o Universo infinito
e penetrando todas as partes da criação: a Natureza inteira está mergulhada no fluido
divino. Ora, em virtude do princípio de que as partes de um todo são da mesma natureza
e têm as mesmas propriedades que o todo, cada átomo desse fluido, se assim se pode
expressar, possuindo o pensamento, isto é, os atributos essenciais da Divindade, e
estando esse fluido em toda parte, tudo estará submetido à sua ação inteligente, à sua
previdência e à sua solicitude. Não haverá um ser, por mais ínfimo que seja, que não
esteja de alguma forma saturado desse fluido. Nós estamos assim, constantemente, em
presença da Divindade e não podemos subtrair uma só das nossas ações ao seu olhar.
O nosso pensamento está em contato incessante com o seu pensamento, e é com razão
que se diz que Deus lê no mais profundo recôndito do nosso coração; nós estamos nele,
como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender sua solicitude sobre todas as criaturas, Deus não precisa lançar seu
olhar do alto da imensidade, para que ele ouça nossas preces, elas não precisam

21
transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, uma vez que, estando Deus
continuamente ao nosso lado, nossos pensamentos se repercutem nele. Nossos
pensamentos são como os sons de um sino, que fazem vibrar todas as moléculas do ar
ambiente.
(Allan Kardec. A Gênese, cap. II, item 25.)

Multiplicaram-se, através dos tempos variados conceitos a respeito de Deus (...)

(...) Somente Jesus logrou fazê-lo com perfeição, utilizando-se de uma linguagem
simples, no entanto, portadora de alta carga racional e emocional, chamando-O de Pai.

(...) Deus é o Pai Criador, O Genitor Divino, a causa incausada de todos os seres
e de todas as coisas. (grifo nosso)

És Filho de Deus, cujo amor inunda o universo e se encontra presente nas fibras
mais íntimas do teu ser.(.. .) (grifo nosso)

(...) Empenha-te no sentido de conseguir êxitos nos teus empreendimentos


íntimos, mesmo que a peso de sacrifícios, recordando-te que em qualquer situação,
Deus está contigo. Deus é nosso Pai. (...) (grifo nosso)

(...) Alegra-te com esta certeza e sê feliz. (grifo nosso)


(Joanna de Ângelis, Filho de Deus — Intr. Filho de Deus.)

Conclusão: “Deus é Amor”, afirmava João.


(Joanna de Ângelis. Estudos Espíritas, cap. 1. Deus.)

E quem nós temos como o exemplo mais fiel a Lei de Deus?

625. Qual é o tipo mais perfeito que Deus tenha oferecido ao homem, para lhe servir
de guia e modelo?
“Vede Jesus.”

Nota de Kardec: Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que a Humanidade pode
aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a
mais pura expressão de sua lei, porque ele era animado pelo Espírito Divino e o Espírito mais
puro de todos os que apareceram na Terra. E alguns daqueles que pretenderam instruir o
homem na Lei de Deus, algumas vezes, o tem desviado, através de falsos princípios, foi por se
terem deixado dominar, eles próprios, por sentimentos muito terrestres e por terem confundido as
leis que regem as condições da vida da alma com as que regem a vida do corpo. Muitos têm
apresentado como leis divinas o que eram apenas leis humanas, criadas para servir às paixões e
dominar os homens.
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, Parte III, cap. I.)

Que tal se lermos novamente o trecho do texto Intercâmbio Social, no parágrafo 7,


para refletirmos?

Palavras do Plano Espiritual:


(...) Joanna ela traz justamente isso,... ela centraliza todos os seus sentimentos,
intenções e pensamentos para um foco único que é Jesus então dentro desse
aspecto é consolador, é vamos dizer assim, pacificador e ajuda a estruturar melhor
aquele que vivencia todos esses aspectos com o marido, com a mulher, com os filhos
para que se possam unir em certos pontos tentando seguir pelo menos o foco
principal... (grifo nosso)
(Hermann. Mensagem psicofônica recebida pelo médium Luiz Carlos Dallarosa, em 18/11/2011.)

22
“Aquele que recebeu a semente em boa terra, é o que escuta a palavra, que lhe presta
atenção e ela frutifica, e rende cem, sessenta ou trinta por um.” (Mateus, XIII: 18 a 23.)
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, Item 5.)

Relembrando a Parábola dos Talentos, como estamos trabalhando esses emprés-


timos divinos, em nós?

843. O homem tem o livre-arbítrio de seus atos?


“Visto que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio, o homem
seria uma máquina.”

844. O homem goza do seu livre-arbítrio desde o seu nascimento?


“Há liberdade de agir, desde que haja vontade de fazê-lo (...)”

845. As predisposições instintivas que o homem traz, ao nascer, não constituem um


obstáculo ao exercício do livre-arbítrio?
(...) não há porém, arrastamento irresistível, quando se tem a vontade de resistir.
Lembrai-vos de que querer é poder.
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, Parte III, cap.X, Livre-Arbítrio.)

Hábito salutar se deve impor o cristão para o feliz desiderato, na comunidade em que
realiza suas experiências evolutivas: policiar a palavra.

Infelizmente, a invigilância em relação ao verbo tem sido responsável por muitos


dissabores e conflitos que não se justificam. Aliás, coisa alguma constitui desculpa
honesta para contendas e perturbações.

(...) Dos hábitos mentais — suspeita, ciúme, inveja, animosidade, fixação —, como dos
condicionamentos superiores pelo exercício do pensamento — reflexão, prece, humildade,
autoexame — decorrem as atitudes, quando se é surpreendido pela agressividade ou
perseguido pela antipatia espontânea de alguém, em si mesmo inditoso.

Reagirá sempre, conforme cultives o pensamento.

Falarás e agirás conforme as aquisições que armazenares nos depósitos mentais,


através das ocorrências do cotidiano.
(Joanna de Ângelis. Leis Morais da Vida, cap. 50: “O Bem Sempre”.)

Em resumo, a pessoa que não concebe o mau pensamento já progrediu; aquela a quem
vem esse pensamento, mas que o repele, está próxima de alcançar progresso e, finalmente,
aquela que tem esse pensamento, e nele se satisfaz, ainda está sob toda a força do mal. Em
uma o trabalho está feito, na outra ele está por fazer. Deus, que é justo, leva em consideração
todas essas diferenças ao responsabilizar o homem por seus atos e pensamentos.
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.8, item 7.)

872. A questão do livre-arbítrio pode resumir-se assim: o homem (...) é sempre livre para
agir, ou não agir. Assim,o livre-arbítrio existe, no estado de espírito, na escolha da existência e
das provas e, no estado corporal, na faculdade de ceder ou de resistir aos arrastamento a que
voluntariamente nos submetemos. Cabe a educação combater essas más tendências; ela o
fará, eficazmente, quando estiver baseada no estudo aprofundado da natureza moral do
homem. Pelo conhecimento das leis que regem esta natureza moral, chegar-se-á a modificá-
la, como se modifica a inteligência, pela instrução e o temperamento, pela higiene.
(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos. Parte III, cap. X, “Resumo Teórico do Móvel das Ações do Homem”.)

23
779. O homem haure, em si mesmo, a força progressiva, ou o progresso é apenas o
produto de um ensinamento?
“O homem se desenvolve por si mesmo, naturalmente; nem todos, porém, progridem
ao mesmo tempo e da mesma maneira; é, então, que os mais adiantados auxiliam o
progresso dos outros, através do contato social.”
((Allan Kardec, O Livro dos Espíritos. Parte III, cap. VIII, “Marcha do Progresso”.)

(...) O dever é a lei da vida (...)

(...) O dever íntimo do homem depende do seu livre-arbítrio, o aguilhão da consciência.

(...) O homem que cumpre seu dever ama a Deus mais que as criaturas e ama as
criaturas mais do que a si mesmo; ele é ao mesmo tempo juiz e escravo na sua própria
causa (...)

(...) O homem deve amar o dever, porque ele dá a alma o vigor necessário ao seu
desenvolvimento.

O Dever cresce e irradia, sob uma forma mais elevada, em cada uma das etapas
superiores da Humanidade. A obrigação moral da criatura para com Deus jamais cessa,
ela deve refletir as virtudes do eterno que não aceita um esboço imperfeito, porque
deseja que a beleza de sua obra resplandeça diante dele. (Lázaro, Paris, 1863.)
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 7.)

Segurança íntima é o fruto de uma consciência tranquila, que decorre do dever


retamente cumprido, mediante um comportamento vazado nas lições que haure na
doutrina de libertação espiritual, que é o Espiritismo. (...)

(...) Recorda-te d’Ele, crucificado, desprezado, odiado por não se submeter aos
impositivos da mentira e das vacuidades humanas, todavia triunfante sempre pela sua
fidelidade ao Pai.
(Joanna de Ângelis. Leis Morais da Vida, cap.X, “Segurança Íntima”.)

Na Parábola do Filho Pródigo podemos ver o retorno do filho para a casa do pai.

“Quantos fracassam por sua própria culpa, sua negligência sua imprevidência sua
ambição,e por não terem querido se contentar com o que lhes haveis dado! Esses são os
autores da sua própria desgraça, e não têm direito de se lastimarem, pois são punidos no
que pecaram. Mais esses mesmos não são abandonados por vós, porque sois
infinitamente misericordioso e lhes estendeis a mão caridosa desde que, como filho
pródigo retornem sinceramente para vós.”
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.XXVIII, item 3.)

“Antes de nos lastimarmos de nossa sorte, perguntemos a nós mesmos, se ela não é
obra da nossa própria autoria a cada sofrimento que nos chega verifiquemos se não
dependia de nós evitá-lo, mas digamos também que Deus nos deu a inteligência para
nos tirar do atoleiro, e que fazer um bom uso dela depende unicamente de nós.”
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.XXVIII, item 3.)

(...) porquanto vós dissestes, pelos lábios de Jesus: “Bem-aventurados os que sofrem
pela justiça.” Abençoemos, portanto, a mão que nos magoa e humilha, porque os
sofrimentos do corpo fortificam nossa alma, e seremos elevados em nossa humildade.
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 3.)

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“Fazei aos homens tudo o que desejais que eles vos façam, pois esta é a lei e os
profetas.” (Mateus, VII:12.)
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, item 2.)

A fé divina inspiração de Deus, desperta todos os nobres instintos que conduzem o


homem ao bem: é a base da regeneração. (grifo nosso)
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 11.)

Conclusão

No Amor — Causa primeira de todas as coisas, porquanto a Criação é um ato de amor


— se iniciam e se findam todas as ambições, encontrando-se respostas para todas as
situações da problemática moral e humana.

Ante o Amor, a dificuldade torna-se desafio. (...)

(...) Quando, porém, alguém recebe o magnetismo do amor, sem o que perceba,
vitaliza-se, acalma-se, renova-se e ama. Nem sempre devolve àquele que lhe doa força
do amor, não obstante retribui a dádiva esparzindo-a e dirigindo-a a outrem. E isto é o
mais importante. (...)

(...) Desse modo, recorda Jesus, em qualquer circunstância ou posição em que te


encontres, e, a semelhança d’Ele, consulta e responde com amor, não fazendo ao teu
próximo o que não gostarias que te fizesse.

O Amor tudo resolve. Experimenta-o desde agora. (grifo nosso)


(Joanna de Ângelis.Leis Morais da Vida, cap. XI, “Ante o Amor”.)

(...) não te olvides nunca de Jesus, Ele que se fez guia e modelo para toda a Humani-
dade, a quem amas e a quem desejas servir.

Deixa-te impregnar por Suas lições de amor e te entrega docilmente a Ele, tentando
segui-lO pela trilha que te deixou, talvez incompreendido, mas isso não é significativo,
porque nem Ele foi respeitado ou estimado, antes arrojaram-nO desdenhosamente em
uma cruz de ultrajes que transformou em sublime ponte de vinculação com Deus.

Aproveita hoje para O seguir, sem passado nem futuro, com o coração e a mente
tomados pelo Seu amor.
(Joanna de Ângelis. Liberta-te do Mal, cap. 3. “Pelas Trilhas de Jesus”.)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Sites:
Mansão do Caminho www.mansaodocaminho.com.br
Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes – www.cervantesvirtual.com
www.novomilenio.inf.br/santos/h0184z38.htm (Transcrição da obra Os Andradas, publicada em
1922 por Alberto Sousa.)

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