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CURSO LIVRE E GRATUITO PARA DESENVOLVIMENTO

AVANÇADO EM TEOLOGIA
Teólogo Responsável: JUANRIBE PAGLIARIN. Graduado em Teologia e reconhecido como Doctor of
Christian Ministry pela Cela International University, Miami, Flórida, USA. O que credencia um Teólogo é a
criação de uma produção científica e teológica inédita. E isto o Pr. Juanribe Pagliarin fez ao reunir pela primeira
vez na História os relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João em um só, sem acrescentar nada à Palavra original, e
dispondo os fatos na provável ordem cronológica em que ocorreram. Tal produção deu origem aos livros: JESUS
- A VIDA COMPLETA e O EVANGELHO REUNIDO.

NÍVEL EXPERT - MÓDULO I


Copyright © 2020 by JUANRIBE PAGLIARIN
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/98. É proibida a publicação, divulgação, transmissão, distribuição,
contrafação (reprodução não autorizada) etc., total ou parcial sem a expressa anuência do autor e coautores.

Dispensações I (Parte 4)
AULA 13 – Dispensação da Consciência
“E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a
imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6:5).
A Dispensação da Consciência compreende o período que vai desde a queda do homem
ao Dilúvio. Nesse período, o homem, agora fora do Jardim do Éden, vai viver orientado por um
conhecimento limitado do certo e errado. Essa é a segunda Dispensação. Reforçando:
Uma Dispensação inclui os seguintes elementos: promessas de Deus;
mandamentos de Deus para testar a obediência humana; princípios para guiar a
vida da humanidade; o fracasso do gênero humano em cumprir as ordenanças
de Deus; o juízo de Deus; uma revelação progressiva de Deus para a
humanidade (HINDSON; LAHAYE, 2009, p. 46).
No caso da Dispensação da Consciência, o teste é viver honrando a Deus, com
conhecimento do bem e do mal adquirido pelo homem na sua queda. Por isto, esta
Dispensação é chamada da Consciência. Segundo o dicionário, “consciência” significa:
“Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade; faculdade de
estabelecer julgamentos morais dos atos realizados; senso de responsabilidade; conhecimento;
noção” (FERREIRA, 2001, p. 177).
Desde Adão e sua descendência até Noé, vemos que o homem falhou, porque fez
somente o que era mau (Gn 6:5). Eis alguns exemplos: Caim mata Abel – o primeiro
assassinato (Gn 4:8); Lameque (descendente de Caim) é também um assassino, além disso, é
bígamo (Gn 4:23-24); o homem é essencialmente carnal (Gn 6:3); existe corrupção e violência
na Terra (Gn 6:11-13).
[...]. No princípio, quando Caim foi descoberto como assassino de seu irmão,
sentiu muito medo de uma vingança futura e disse a Deus: “Qualquer que me
achar me matará” (Gn 4:14b). Deus, então, lhe disse: “Qualquer que matar a
Caim sete vezes será castigado” (Gn 4:15). Deus disse isso não para incentivar a
vingança e, sim, para ameaçar quem pensasse em se vingar. Cinco gerações
depois, um descendente de Caim, chamado Lameque, matou dois homens por

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motivo fútil e disse: “Matei um homem por me ferir, e um mancebo por me
pisar. Caim será vingado sete vezes, mas Lameque o será setenta vezes sete”
(Gn 4:23b-24). Isto mostra que, para o ímpio, não há limite para a vingança
(PAGLIARIN, 2014, p. 118).
Apesar de o nome ser o mesmo, o Lameque da linhagem de Sete era
completamente diferente do Lameque da linhagem de Caim (Gn 4:18-24). O
Lameque de Sete teve um filho chamado Noé, que andava com Deus (Gn 6:9),
e foi usado por Deus para salvar a raça humana e dar continuidade à promessa
messiânica. O Lameque de Caim assassinou um rapaz que o havia ferido e,
então, vangloriou-se de seu ato perverso relatando-o às suas esposas.
Esperança (Gn 5:28-32). A grande preocupação de Lameque era que a
humanidade encontrasse consolo e descanso em meio a um mundo perverso,
onde era necessário labutar e suar só para sobreviver. A vida era difícil, e a
única esperança aos crentes sinceros era a vinda do Redentor prometido.
Lameque chamou seu filho de Noé, nome que se parece com a palavra hebraica
“consolo”. Lameque orava para que, de alguma forma seu filho trouxesse ao
mundo o descanso e o consolo tão necessários. Séculos depois, pessoas
exaustas ouviram a voz de Jesus dizer: “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11:28) (WIERSBE, 2007, p.
50).
A consequência das iniquidades dos homens foi o decreto do Dilúvio. “E viu o SENHOR
que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos
pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então arrependeu-se o SENHOR de
haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração. E disse o SENHOR: Destruirei o
homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à
ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito” (Gn 6:5-7). Esse “homem” citado no
texto acima, diz respeito a toda humanidade. Todos eles haviam se corrompido e todo o
desígnio dos seus corações era só maldade.
Qual era o plano de Satanás para derrotar o povo de Deus no tempo de Noé?
Levar a linhagem piedosa de Sete (“os filhos de Deus”) a misturar-se com a
linhagem perversa de Caim (“as filhas dos homens”) e, assim, abandonar a
devoção ao Senhor. Trata-se da mesma tentação enfrentada pelos cristãos nos
dias de hoje: ter amizade com o mundo (Tg 4:4), amar o mundo (I Jo 2:15-17)
e conformar-se com o mundo (Rm 12:2), em vez de separar-se dele (II Co 6:14-
7:1). É claro que isso poderia levar o povo de Deus a ser “condenado com o
mundo” (I Co 11:32) (WIERSBE, 2007, p. 51).
Apenas Noé achou graça (favor imerecido) diante do Senhor. Era ele um homem justo,
íntegro e andava com Deus (Gn 6:8-9). “Essa é a primeira vez que a palavra ‘justo’ aparece na
Bíblia, mas a justiça de Noé também é mencionada em outras passagens (Ez 14:14, 20; Hb
11:7; II Pe 2:5)” (WIERSBE, 2007, p. 54).
E com Noé o Senhor faz a sua aliança. Mas antes ordenou que o mesmo construísse uma
arca (Gn 6:14-21; Hb 11:7). Mais uma vez, Noé mostra a sua comunhão com Deus quando faz
tudo o que o Senhor lhe ordenou (Gn 6:22). Ele obedeceu a Deus na construção da arca (Gn
6:14-22); e só entrou na arca quando Deus ordenou (Gn 7:1).

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Noé era um homem obediente (Gn 6:22; 7:5, 16). Uma das principais
mensagens das Escrituras é que não devemos apenas ouvir a Palavra de Deus,
mas também lhe obedecer (Tg 1:22-25). Pelo fato de Noé ter sido obediente ao
Senhor, sua “casa” não foi destruída quando veio a tempestade (Mt 7:24-27).
Não foi fácil para Noé e sua família obedecer ao Senhor, pois o resto do povo
era desobediente e rebelde à vontade de Deus. De acordo com Enoque, eram
pessoas ímpias, cometendo impiamente as obras de impiedade e proferindo
palavras insolentes contra o Senhor Deus (Jd 14-15) (WIERSBE, 2007, p. 55).
SENHOR, SENHOR, ABRE-NOS A PORTA. Quando Noé entrou na Arca,
o próprio Deus fechou a porta (Gn 7:16). Os que ficaram do lado de fora
também gritaram desta maneira. Mas era tarde demais. Não se esqueça de que
Jesus, também falando de Sua volta, citou Noé, dizendo que a mesma situação
se repetirá (Mt 24:37-39) (PAGLIARIN, 2014, p. 380).
Segundo Wiersbe (2007), o dilúvio foi o julgamento de Deus para um mundo perverso.
Deus abriu as comportas do céu e fez cair chuvas torrenciais de modo que as montanhas mais
altas foram cobertas pelas águas. “Deus havia esperado durante mais de um século para que os
pecadores se arrependessem, e agora era tarde demais. ‘Buscai o SENHOR enquanto se pode
achar, invocai-o enquanto está perto’ (Is 55:6)” (WIERSBE, 2007, p. 57).
Assim, toda humanidade fora destruída só se salvando Noé, sua esposa, seus três filhos e
três noras e todos os pares de animais, aves e répteis colocados na arca (I Pe 3:20). Jesus
confirma o acontecimento do dilúvio em Mt 24:37-39:
POIS, COMO FOI DITO NOS DIAS DE NOÉ. Jesus confirmou o relato
bíblico do Dilúvio, em Gênesis 6:13. Os babilônios e os assírios também
possuem relatos a respeito do Dilúvio gravados em tabuinhas de argila do século
7 a.C., com muitas e incríveis semelhanças ao relato das Escrituras: É a
chamada “Epopeia de Gilgamés”.
COMIAM, BEBIAM, CASAVAM E DAVAM-SE EM CASAMENTO.
Nenhuma atividade espiritual. E muitos planos para o futuro.
ATÉ O DIA EM QUE NOÉ ENTROU NA ARCA... NO DIA EM QUE LÓ
SAIU DE SODOMA. Jesus deixou claro que, enquanto Noé e Ló
permaneceram entre o povo, o Mal não veio. Assim também será nos Últimos
Dias: enquanto os salvos estiverem no mundo, nada acontecerá à humanidade.
Por isso os salvos são o sal da Terra. Mas, esta situação só permanecerá até o
dia em que eles forem arrebatados (PAGLIARIN, 2014, p. 373).
Com o Dilúvio termina a Dispensação da Consciência e tem início a Dispensação do
Governo Humano, que estaremos estudando na próxima aula.
BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA, Português. Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. Edição
Almeida Revista e Corrigida. Editor Geral: Donald C. Stamps. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
FERREIRA, Aurélio B. H. Miniaurélio Século XXI Escolar: O minidicionário da língua
portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
HINDSON, Ed; LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Tradução:
James Monteiro dos Reis e Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

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PAGLIARIN, Juanribe. O Evangelho Reunido: Mateus, Marcos, Lucas e João reunidos em
um só Evangelho e com os fatos organizados em ordem cronológica / compilado e comentado
por Juanribe Pagliarin. 7ª ed. Luxo. São Paulo: Bless Press Editora, 2014.
WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Antigo Testamento, Volume I -
Pentateuco. Tradução: Susana E. Klassen. 1ª ed. Santo André: Geográfica Editora Ltda, 2007.

QUESTIONÁRIO
(Valor total: 0,8 ponto). Cada aula terá, ao seu final, 4 exercícios objetivos e 1 discursivo. Os alunos
preencherão a Folha-Resposta do Nível Expert que precisa ser entregue OBRIGATORIAMENTE na
semana seguinte à aula ministrada, ao Ministro de Ensino responsável.

1. Acerca da Dispensação da Consciência, assinale com um ( X ) a ÚNICA alternativa


INCORRETA. (Valor: 0,15 ponto).
a. ( ) O primeiro assassinato ocorreu no tempo da Dispensação da Consciência.
b. ( ) Durante esta dispensação, a corrupção se estendeu sobre a Terra de tal forma que o
juízo de Deus veio sobre a humanidade.
c. ( ) O teste da Dispensação da Consciência é viver honrando a Deus, com conhecimento do
bem e do mal adquirido pelo homem na sua queda.
d. ( ) A Dispensação da Consciência teve início com a queda do homem e terminou com a
sua expulsão do jardim do Éden.

2. Quando foi a primeira vez que a palavra “justo” apareceu na Bíblia? Assinale com um ( X ) a
ÚNICA alternativa CORRETA. (Valor: 0,15 ponto).
a. ( ) Na história de Caim e Abel.
b. ( ) Na história de Noé.
c. ( ) Na história de Abraão.
d. ( ) Na história de Jó.

3. Acerca do Dilúvio, assinale com um ( X ) a ÚNICA alternativa INCORRETA. (Valor: 0,15


ponto).
a. ( ) Pelo fato de Noé ter sido obediente ao Senhor, sua “casa” não foi destruída quando
veio a tempestade.
b. ( ) De toda humanidade somente oito pessoas foram salvas do Dilúvio.
c. ( ) No Dilúvio, Deus abriu as comportas do céu e fez cair chuvas torrenciais de modo que
as montanhas mais altas foram cobertas pelas águas.
d. ( ) Quando Noé fechou a porta da arca, as pessoas começaram a gritar para que ele
abrisse a porta e já era tarde demais.
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4. Leia as afirmativas abaixo com atenção e assinale com um ( X ) a ÚNICA alternativa
INCORRETA. (Valor: 0,15 ponto).
a. ( ) O cristão pode ter amizade com o mundo, conformar-se com ele e ter ao mesmo tempo
vida com Deus.
b. ( ) O plano de Satanás durante a Dispensação da Consciência era levar os filhos de Deus a
se misturarem com a linhagem perversa e assim abandonar a devoção ao Senhor.
c. ( ) Satanás ainda hoje busca nos separar da devoção ao Senhor.
d. ( ) A amizade com o mundo pode levar o cristão a ser condenado com ele.

5. Escreva em 7 (sete) linhas o que você entendeu sobre o conteúdo estudado nesta aula.
(Valor: 0,2 ponto).

Autoria: Juanribe Pagliarin


Revisão: Daniela Porto
4ª Edição: Fev / 2020

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