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O Pós-Queda

(A Descendência ou Geração de Adão)


1. Caim e Abel (Gn 4:1-5)
Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.
Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o
SENHOR de Abel e de sua oferta. (Gn 4:3-4).

Os irmãos Caim e Abel já nasceram fora do paraíso, com a natureza pecaminosa, e


protagonizaram uma das histórias mais triste de todo relato bíblico. Caim matou seu próprio
irmão! O intrigante é que tudo começou quando cada um, a sua maneira, apresentou uma oferta
ao Senhor, que, por sua vez, aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua
oferta (Gn 4:3-4 – NVI). Mas por que Deus aceitou uma oferta e rejeitou a outra?

O capítulo 4 de Gênesis conta a história de Caim e Abel, os primeiros bebês nascidos no


mundo, filhos de Adão e Eva. Nesse capítulo, nós também encontramos o primeiro relato
bíblico de um ato de adoração na história da humanidade. Pois bem, ao estudarmos um pouco
mais sobre esse relato, veremos que, sem uma atitude interior correta, as mais “bonitas” ofertas
externas tornam-se inaceitáveis para Deus.
Deus ordenou a Adão e Eva: ...enchei a terra (Gn 1:28) e eles obedeceram gerando filhos e
filhas (Gn 5:4). O primogênito do casal foi Caim (Gn 4:1). Apesar de Deus ter multiplicado
grandemente o sofrimento na gravidez e no parto (Gn 3:16), Eva deve ter se alegrado com
nascimento de seu primeiro filho. Ela exclamou: Com a ajuda de Deus, o Senhor, tive um filho
homem. E ela pôs nele o nome de Caim (Gn 4:1 – NTLH). O significado que mais se aproxima
ao nome de Caim é “adquirido do Senhor”. Pena que ele foi uma grande decepção para seus
pais.

Os dias, os meses e, quem sabe, até anos se passaram e Eva deu à luz novamente: Tornou a
dar a luz, e teve Abel (Gn 4:2). O nome desse segundo filho deriva-se de um vocábulo hebraico
que quer dizer “sopro” ou “vapor”. Alguns comentaristas chegam a sugerir que o nome pode
também significar “fraqueza” ou “vaidade”. Os dois significados podem ser verdadeiros. Não
sabemos se esse era o objetivo de Adão e Eva, mas os nomes desses dois irmãos lembram
algumas verdades importantes. Caim, “adquirido do Senhor”, nos lembra que a vida vem de
Deus, enquanto que Abel, “vapor”, “sopro”, “fraqueza” ou “vaidade”, nos lembra que a vida é
breve.
Apesar de serem irmãos, eles eram bem diferentes um do outro. Ao passar os dias, ficava
cada vez mais evidente que cada um tinha suas próprias habilidades e interesses distintos.
Caim se tornou lavrador da terra. Preparar a terra, semear e fazer colheitas eram as coisas
que mais gostava de fazer. Abel, o caçula, tornou-se pastor de ovelhas. Seu prazer era
cuidar do rebanho (Gn 4:1-2). Os dois escolheram boas profissões! Sem dúvida alguma,
Adão deve ter ensinado para os seus filhos a importância do trabalho. Deve ter dito para
eles que eram privilegiados por poderem trabalhar, como ele próprio fazia (Gn 2:15).

Ambos conheciam a Deus. Certamente, seus pais haviam lhes ensinado sobre o Criador e
sobre o valor de buscá-Lo. Por isso, eles tinham necessidade de se aproximar de Deus e
adorá-Lo. Então, passado o tempo, certo dia, ambos, Caim e Abel, trouxeram uma oferta
ao Senhor (Gn 4:3-4). O texto não diz e nem deixa transparecer que essa oferta foi
ordenada. Eles fizeram isso voluntariamente. Ralph L. Smith diz que esse gesto,
provavelmente, era uma resposta de gratidão deles a Deus, pela dádiva da fertilidade da
terra e dos animais.
...trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe dos
primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura (Gn 4:3-4). O Senhor se agradou de Abel
e de sua oferta, mas reprovou Caim e sua oferta. Não sabemos como eles ficaram sabendo
disso. Talvez Deus tenha demonstrado sua aprovação enviando fogo do céu, ou, quem sabe,
isso se tornou evidente, quando o rebanho de Abel se multiplicou, enquanto a colheita
seguinte de Caim foi um fracasso. Seja como for, Deus fez a sua escolha conhecida.

Ao se sentir rejeitado, Caim despejou toda a sua ira sobre seu irmão, e o matou (Gn
4:5,8). Por que o Senhor aceitou uma oferta e rejeitou a outra? O problema estava na oferta
ou no ofertante? Muitos dizem que o problema estava na oferta, visto que uma envolvia
morte e derramamento de sangue e a outra, não. Ou ainda, que Abel deu “as primícias”, o
melhor da colheita; enquanto Caim deu uma animal qualquer do rebanho. Todavia, “não é
correto afirmar isso”. Caim foi rejeitado por que a intenção do seu coração era má. Isso
ficou evidenciado na sua atitude posterior.
O problema não foi o que eles ofertaram, mas a atitude com que o fizeram. Tanto a oferta
de animais como a de frutos da terra, que, até então, não haviam sido normatizadas, eram
aceitas por Deus. Observe que, na sentença de aprovação e reprovação de Deus em Gn 4:4-
5, os nomes dos ofertantes aparecem antes das referências as suas ofertas. Deus está “mais
interessado” na pessoa do ofertante do que no tipo da oferta. Os sacrifícios para Deus são
o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus (Sl
51:17).

Caim não foi rejeitado por causa da oferta que escolheu, mas por causa de si mesmo,
diferentemente de Abel, que “veio a Deus com atitude certa de um coração disposto a
adorar e pela única maneira em que os homens pecadores podem se aproximar do Deus
santo, pela fé”. O NT mostra que a sua fé era diferente da de Caim: Pela fé, Abel ofereceu
a Deus mais excelente sacrifício do que Caim (Hb 11:4); e também mostra que as suas
obras eram diferentes das dele: Caim (...) era do maligno (...) suas obras eram más, e as
do seu irmão justas (I Jo 3:11).
Culto e oferta só agradam a Deus quando o ofertante tem fé e obras, o que não era
o caso de Caim. A essa altura, é bom entendermos que a oferta também é
importante para Deus, mas não é o principal. Jesus disse: ...se trouxeres a tua
oferta ao altar, e aí te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa
diante do altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão (Mt 5:23-
24). Note que a ênfase de Cristo está no ofertante. Abel foi aprovado como
ofertante! E nós?

- Uma oferta que agrada ao Senhor é marcada pela voluntariedade (Gn4:1-5; Jo


4:23; 1 Cr 29:17).
- Uma oferta que agrada ao Senhor é marcada pela qualidade (Gn 4:3-4).
- Uma oferta que agrada ao Senhor é marcada pela sinceridade (1 Sm 16:7; Sl
51:6).
2. Os decentes de Caim e o nascimento de Sete (4:17-26)
4:15 Sinal. Apesar de não ser descrito aqui, tratava-se de algum tipo de sinal identificável de
que ele se encontrava sob proteção divina, sinal que foi misericordiosamente dado a Caim por
Deus. O sinal que o salvava era, ao mesmo tempo, o sinal vitalício de sua vergonha.
4:16 Node. Uma localidade desconhecida. Este nome significa “errante”. A pessoa alienada de
Deus é alguém sem um lugar permanente, sem lar.
4:17 Caim teve relações com sua mulher. A esposa de Caim era, obviamente, uma das filhas
posteriores de Adão (5:4). No tempo de Moisés, esse tipo de casamento entre parentes próximos
já era proibido (Levítico 18:7-17), por causa da decomposição genética. Enoque. Seu nome
significa “iniciação” e era símbolo da nova cidade em que Caim tentaria mitigar sua maldição.
4:19 Duas mulheres. Nenhuma razão é dada da parte de Lameque para o primeiro caso
registrado de bigamia. Ele liderou os cainitas em uma rebelião aberta contra Deus (cf. 2:24), ao
violar a lei do casamento.
4:20 Jabal. Inventou as tendas e inaugurou a vida nômade dos pastores, tão comum no Oriente
Médio e em outros lugares.
4:21 Jubal. Inventou os instrumentos de corda e de sopro.
4:22 Tubalcaim. Inventou a metalurgia.
4:23-24 Lameque matou alguém em autodefesa. Ele disse às suas esposas que elas nada
tinham a temer por causa do assassinato, pois, se alguém tentasse se vingar, ele se vingaria
e o mataria. Ele acreditava que, se Deus havia prometido vingar sete vezes um eventual
assassino de Caim, ele se vingaria 77 vezes de qualquer um que atacasse Lameque.
3. Esperança nos descendentes de Sete (4:25-26).
4:25 Sete. Sem Caim como irmão mais velho e herdeiro da bênção da família e com Abel
morto, Deus, graciosamente, deu a Adão e Eva um filho santo por meio do qual a semente
da redenção (3:15) seria transmitida até Jesus Cristo (Lucas 3:38).
4:26 ...Enos. Começou-se a invocar o nome do SENHOR . Quando os homens
reconheceram sua pecaminosidade inerente e a ausência de meios humanos para apaziguar
a justa ira de Deus, causadas por suas múltiplas iniquidades, voltaram-se para Deus
pedindo misericórdia e graça, na esperança de um relacionamento pessoal restaurado.
Notas:
Lameque. Lameque representa tanto o endurecimento progressivo no pecado –
poligamia (cf. 2.24; Mt 19.5,6) e a vingança grosseiramente injusta – quanto a
extensão do mandato cultural desde a agricultura animal (Gn 4.20) às artes (4.21) e às
ciências (4.22).
Duas mulheres. A escalada do pecado agora se estende à relação conjugal. Poligamia é
uma rejeição do plano conjugal de Deus (2.24).
21,22. Jubal … Tubal-Caim … Naamá. O nome Jubal é relacionado com ser
produtivo; Naamá, aprazível. Esta linhagem familiar é uma trágica imagem da
distorção e destruição que o pecado causa. As artes e as ciências, extensões apropriadas
do mandato cultural divino, são aqui expressas numa cultura depravada como meio de
auto-afirmação e violência, que culmina com o cântico de Lameque que expressa
tirania.
21. harpa e flauta. Embora inventadas por ímpios, são usadas pelos santos no louvor
do Senhor (1Sm 16.23).
4. “O Remanescente Piedoso” (“pactual” - Gn 5:1-32)
4:17,18. Caim … Enoque … Irade … Meujael … Metusael … Lame que. Os
nomes são semelhantes àqueles de Gn 5, não para representar variações da mesma
fonte, mas para formar paralelo e contraste com as duas progênies de Adão. O
sétimo, de Adão a Caim e a Sete, respectivamente, o ímpio Lameque (4.19–24) e o
santo Enoque (5.24), se põem em agudo contraste entre si. O primeiro sofre a
morte; o último não morre.

4:25,26. Adão se deita novamente com sua esposa. A linhagem de Caim, por meio
do tirânico Lameque, é apresentada para ilustrar as consequências do pecado da
vingança. Agora a história lembra o nascimento de Sete a revelar a esperança no
progresso da semente santa (“a semente messiânica”). A despeito das vicissitudes
da história, Deus está mantendo sua promessa de prover uma semente para destruir
a serpente (3:15).
Sete (Deus concedeu). Seu nome, derivado do verbo hebraico traduzido por
“concedeu” significa “pôr, colocar”. Expressa a fé de Eva de que Deus continuará
a família pactual a despeito da morte.
4:26 Enoque. Seu nome significa “fraqueza”, e em sua fraqueza ele se volta para
Deus com sua petição e louvores (Sl 149:6). Sarna observa: “É a consciência da
fragilidade humana, simbolizada pelo nome Enoque, que intensifica a consciência
do homem da total dependência de Deus, uma situação que intuitivamente evoca a
oração” (contrário da tentação no Éden de ser independente de Deus).
Enos. Daí se começou a invocar o nome do Senhor (4:26). Esta é uma imagem de
oração, de comunhão com Deus. A descendência santa, fazendo sua petição e
adorando o nome do Senhor, não os caimitas (“filhos dos homens” – 6:2).
Nota
Gn 4-5 Mostram o alcance progressivo e rápido do pecado e a incapacidade da semente santa da
mulher de por si mesma revertê-lo. O pecado, como a serpente, é forte demais para eles.
Evidentemente, fazem-se necessários tanto o juízo divino quanto o livramento.
5:1-32 Adão [...] Noé . A genealogia vincula Adão à família de Noé, que não só sobreviveu ao
Dilúvio, como também se tornou a primeira família no mundo pós-Dilúvio de Deus. Duas expressões
recorrentes levam a história da redenção adiante: “gerou outros filhos e filhas” e “e morreu.” Essas
palavras, que são repetidas para cada descendente sucessivo de Adão, são eco de duas realidades
contrastantes: Deus dissera: “certamente você morrerá” (2:17), mas ele também lhes havia ordenado:
“Sejam férteis e multipliquem-se” (1:28).

Esboço
- A linhagem piedosa (pactual) de Sete 5:1b–32
- A escalada do pecado antes do dilúvio 6:1–8
- A rebeldia dos filhos de Deus e a solução divina 6:1–4
- A universalidade do pecado e solução divina 6:5– 8
Gn 5:1 No dia em que Deus os criou... Esta referência ao prólogo do Gênesis
(cap.1-2) estabelece uma sólida relação entre a linhagem de Adão e os propósitos
divinos para a criação. A linhagem santa de Sete, em contraste àquela de Caim
(4.1–24), é ligada com a criação original.
Gn 5:2 Macho e fêmea. Os nomes de Adão e Eva contêm significado pessoal e
genérico. Sua criação também representa a criação divina de toda a humanidade.
Deus é explicitamente o Pai da semente messiânica (pactual e santa - Lc 3.38) e
implicitamente de toda a humanidade (Gn 10:1).
Gn 5:3 Semelhança … imagem. A desobediência da queda não destruiu a imagem
de Deus. O elo verbal com Gn 1:26–28 apresenta a procriação humana como a
continuação do ato criativo de Deus. A imagem de Deus continua seminalmente
em cada linhagem (cf. Ec 12.7).
Gn 5:3 ... E lhe chamou Sete. O padrão de “nascer” e “chamar” proporciona relação da
humanidade com a atividade divina. A relação entre Deus e os primeiros pais, e os
primeiros pais e seus filhos é estabelecida pela similaridade entre 5:1,2 e 1:26–28, a
designação da “descendência” (5.2) e a repetição de “semelhança … imagem” (5.3).
Também liga a passagem com o relato prévio (4:25,26).
Gn 5:4 Depois que gerou sete viveu Adão 800 anos. A longevidade dos antediluvianos
contrasta agudamente com a brevidade dos pós-diluvianos. Evidentemente, o mundo
pós-diluviano é mais hostil à vida do que o antediluviano.
Morreu. Termo que se repete na toledoth de Adão (genealogia) referindo-se à consequência
imediata do pecado. Por meio da transgressão de Adão, a morte veio sobre todos (Rm 5:12–
14). Em contrapartida, a bênção de Deus assegura estabilidade da ordem criada. A despeito
de juízo e morte, a graça de Deus preserva a linhagem messiânica (Gn 3:15) mesmo quando
o pecado se prolifere na terra (4:17–24), com vistas à salvação.
Gn 5:18-24 Enoque. A descrição de Enoque se desvia da genealogia-padrão, lançando luz
em sua retidão. Nesta linhagem, ele é o sétimo na lista, uma posição amiúde favorecida nas
genealogias bíblicas (Gn 5:1-32; Hb 11:5; Jd 14). Enoque é um símbolo da força pactual
dentro desta linhagem.
Andou com Deus (5:22,24). Esta rara expressão (5:22,24; 6:9; Ml 2:6) denota o desfruto da
comunhão sobrenatural e íntima com Deus, não meramente viver uma vida santa. A vida de
Enoque afirma que os que “andam com Deus” (5.22,24) neste mundo apóstata
experimentarão vida, não morte, como a palavra final (Dt 30:15,16; 2Rs 2:1,5,9,10; Sl
49:15; 73.24; Hb 11:5).
365 anos (5:23). Embora a longevidade às vezes seja um sinal do favor divino (Sl 91.16), a
extensão breve da vida relativamente abençoada de Enoque, especialmente comparada à de
seu filho Matusalém, mostra que viver na presença de Deus é o maior dos privilégios.
Já não era, porque Deus o levou para si (5:24). Isto descreve um súbito e misterioso
desaparecimento. De todos os santos registrados no Antigo Testamento, somente Enoque e
Elias são representados como não experimentando a morte física (2Rs 2:1-12; Hb 11:5).
Schmidt traduz corretamente “o tomou” em Gn 5:24 e 2 Reis 2:3,5 por “o arrebatou”.
Gn 5:29 Ele nos consolará (aliviará). Viria alívio por meio da vida santa de Noé, que é um
“herdeiro da justiça” e é de acordo com a fé (Hebreus 11:7). Enquanto o Lameque cainita
buscava reparar o erro por meio da vingança (4:24), o Lameque setita busca o livramento da
maldição (5:29). Noé cumpre a profecia sendo lavrador(9:20).
Gn 5:32 Aos 500 anos de idade gerou Sem, Cam e Jafé. É incerta a idade precisa de Noé
quando esses filhos nasceram. Dados posteriores da formação do tempo pressupõem que a
ordem dos filhos alistados não representa a ordem de nascimento (ver 10.21 e 11.10).
Nota
5:24 andou com Deus [...] não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado. A vida de
Enoque representa a única ruptura no incessante comentário “e ele morreu” nesse capítulo
(4:17,18; 1Cr 1:3; Lc 3:37; Hb 11:5; Jd 14). Apenas outro homem da geração antediluviana
teve essa intimidade em sua caminhada com Deus: Noé (6:9). Enoque teve a experiência de
ser levado em vida para o céu por Deus, como aconteceria, mais tarde, com Elias (2 Reis 2:1-
12).
5:25-27 Matusalém . Esse homem teve a vida mais longa em registro. Ele morreu no ano do
julgamento do Dilúvio (cf. 7:6).

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