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INVEJA

"O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão


dos ossos" (Pv 14.30).

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 1 João 2.9-1 5


9 - Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas.
10 - Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo.
11 - Mas aquele que aborrece a seu irmão está em trevas, e anda em trevas, e não
sabe para onde deva ir; porque as trevas lhe cegaram os olhos.
12 - Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoados os pecados.
1 3 - Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens,
escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes
o Pai.
14 - Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu
vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já
vencestes o maligno.
1 5 - Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor
do Pai não está nele.

INTRODUÇÃO
A lição deste domingo trata de dois graves pecados, que jamais deveriam
ser encontrados na vida do crente: a inveja e a maldade. A inveja leva à
maldade e esta afasta o homem do seu Criador. Todo aquele que pratica a
iniquidade será julgado e condenado por Deus. Infelizmente, muitos dos
que afirmam servir ao Senhor praticam a maldade e, depois,
hipocritamente, escondem-se atrás das máscaras da mansuetude e da
humildade. Mas o Todo-Poderoso não se deixa enganar pelas aparências.
No devido tempo, conforme a parábola do joio e do trigo, arrancá-los-á e
os lançará no lago de fogo.

I. A INVEJA NO PRINCÍPIO DO MUNDO


1. Inveja, um sentimento maléfico.
Inveja é o mesmo que cobiça; um sentimento de desgosto ocasionado
pela felicidade do outro. Invejar é cobiçar e desejar o que a outra pessoa
tem. Tal sentimento nasceu da frustrada tentativa de Satanás em
apoderar-se dos atributos divinos (Is 14.12-20).
Lúcifer invejou o Senhor; queria ser maior que o Todo-Poderoso. No
Jardim do Éden, a serpente despertou algo parecido em Eva, levando-a ao
desejo de ser como Deus (Gn 3.1-5). Esse sentimento ainda motivou o
primeiro homicídio da história (Gn 4.5).
Por isso, a manifestação da inveja entre os servos de Deus é condenável
por sua Palavra (Gl 5.26).

2. Maldade, uma ação maligna.


A pessoa que pratica a maldade é naturalmente perversa e está sempre
pronta a prejudicar e a ofender ao próximo. O Senhor abomina os iníquos
de coração e os que tem prazer em praticar o mal (Pv 11.20).
Os filhos do profeta Eli faziam o que era mau diante de Deus, e tiveram
por sentença a morte (1 Sm 2.34; 4.11).
Todo aquele que busca ferir ao seu semelhante, física ou moralmente, age
de forma dissimulada, hipócrita e ímpia (Pv 6.16-1 9). O tal não ficará
impune.

3. A inveja leva à maldade.


Quem se deixa contaminar pela inveja, vive angustiado e planejando o mal
de seu próximo. Aliás, a maldade é precedida pela inveja. As Sagradas
Escrituras dão exemplos reais desse duplo pecado. Em Gênesis,
encontramos a história de Caim que, consumido pela inveja, assassinou o
seu irmão, Abel. Tempos depois, os irmãos de José, movidos pela inveja,
vendem-no como escravo para o Egito. Nos Evangelhos, deparamo-nos
com os sacerdotes que, por inveja do Senhor Jesus, tramaram a sua prisão
e morte (Mt 27.1 8).

II. A INVEJA E SUA CONSEQÜÊNCIA


!
1 - Na vida de Caim.
O homicídio cometido por Caim nasceu da inveja que ele nutria por seu
irmão, Abel. Ele apresentou uma oferta ao Senhor que, por causa da má
disposição de seu coração, foi rejeitada por Deus. Ao passo que a de Abel
foi aceita, porque este amava a Deus (Gn 4.1-16). O problema não estava
na oferta em si, porque Deus era adorado, no Antigo Testamento,
tanto por sacrifícios vegetais quanto animais (Lv2.1-1 6).
O real problema está na qualidade espiritual e moral do ofertante. Vendo
que o semblante de Caim decaíra por causa da inveja e do ódio que ele
nutria contra o seu irmão, Deus advertiu-o quanto ao pecado que jazia à
porta. Mas Caim permitiu que a inveja se transformasse em ódio que,
mais adiante, leva-o a planejar e a executar o assassinato de seu irmão.
Em conseqüência de seu crime, Caim é banido da presença do Senhor (Gn
4.16). O crente deve aprender a controlar as suas emoções, pois os nossos
atos geram consequências que, às vezes, acompanham-nos durante toda
a vida.
2. Na vida dos irmãos de José.
José era o filho amado de Jacó. Por isso, recebeu de seu pai um presente
que o distinguia de todos os seus irmãos (Gn 37.3).
Além disso, teve certa vez dois sonhos que, interpretados, mostravam
toda a sua família curvando-se diante dele. Tais fatos suscitaram a inveja e
a maldade de seus irmãos, pois era-lhes inadmissível que o seu irmão
caçula viesse, um dia, a dominá-los (Gn 37.4-1 1).
Tomados pela inveja, venderam-no como escravo para o Egito. Mas,
passados treze anos, o Senhor exaltou a José. O escravo hebreu tornou-se
governador do Egito. E, nessa condição, pôde salvar a sua família, inclusive
os que intentaram-lhe o mal (Gn 41—48).
Mais tarde, eles vieram a se arrepender de seus pecados e a reconhecer
que Deus, de fato, estava operando uma grande salvação por intermédio
de José.
3- Na vida do crente-
O crente fiel não pode ser dominado pela inveja, pois tal sentimento é
pecado. A Bíblia ensina que devemos nos alegrar com os que se alegram
(Rm 12.15). Mas o invejoso não consegue alegrar-se com o sucesso e o
êxito dos outros, pois não tem escrúpulos e tudo fará para se apossar
daquilo que
não lhe pertence. Infelizmente, há muitos crentes que invejam cargos e
posições, esquecendo-se de que é o Senhor Deus quem chama e capacita
os seus servos para obras específicas. O invejoso, porém, não entende
isso. Por isso, vive amargurado de alma. Quem nutre tal sentimento
precisa mais do que depressa correr aos pés de Cristo e buscar o perdão e
a misericórdia.
Se assim não proceder, não herdará a vida eterna.

CONCLUSÃO
Quem serve a Deus verdadeiramente não deve sentir inveja do seu
próximo nem praticar o mal. O Senhor chamou-nos para ser luz em meio
às trevas. Assim, se você está sendo atvo de inveja e ou de maldades,
procure olhar
para o alto, para aquele que lhe dá a salvação e o livramento. Não se deixe
vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem (Rm 12.9,21).
Jamais esqueça que os olhos do Senhor estão atentos. Ele é justo e o seu
rosto está voltado para os retos (SI 1 1.4-7).

João Ricardo Pinto – Rick


Lições Bíblicas – Publicação Trimestral CPAD – 2012 3º Trimestre – Jovens e Adultos
13 de Novembro de 2016

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