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CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA

“MISSALE ROMANUM”
O que é?
 É o documento pontifício pelo qual, o Papa
Paulo VI, promulga o Missal Romano
restaurado segundo o decreto do Concílio
Ecumênico Vaticano II, em 03 de abril de
1969.
Inicia com uma referência ao Missal
precedente, de Pio V, promulgado
em 1570:
 - “conta-se entre os muitos e admiráveis frutos
que aquele Santo Sínodo difundiu por toda a
Igreja de Cristo”.
 - foi durante quatro séculos como que uma
norma, para os sacerdotes de rito latino, sobre a
celebração do sacrifício eucarístico.
 - fonte de piedade: muitos santos se
alimentaram copiosamente dele, com as leituras
das Sagradas Escrituras e orações.
MAS…
... com o fortalecimento do desejo de se promover, entre
os cristãos, a sagrada liturgia. O que foi considerado
por Pio XII:

 - um sinal favorável da Divina Providência para com os


homens do nosso tempo,
 - passagem salutar do Espírito Santo pela sua Igreja

Desta forma, Paulo VI considera que ficou evidente que


as fórmulas do Missal Romano deviam ser
restauradas e enriquecidas.
Assim, o CONCÍLIO VATICANO II
lançou os fundamentos da reforma
geral do Missal Romano:
 - os textos e os ritos sejam ordenados de modo a
exprimirem mais claramente as realidades sagradas que
significam (SC 21)
 - o Ordinário da Missa seja revisto para manifestar melhor
o sentido de cada uma de suas partes e a conexão entre
elas, e para facilitar a participação piedosa e ativa dos fieis
(SC 50)
 - que se prepare para os fieis uma mesa mais abundante
da Palavra de Deus, abrindo-lhes largamente os tesouros
bíblicos (SC 51)
 - que se elabore o novo rito da concelebração a ser
inserido no Pontifical e no Missal Romano (SC 57)
O QUE MUDA???

 a) A Oração Eucarística

 b) O Ordinário da Missa

 c) A distribuição das Leituras


O que favorecia a realização
destes objetivos da reforma?
 As descobertas e publicações, dos últimos
quatro séculos, das mais antigas fontes
litúrgicas e os profundos estudos das
fórmulas litúrgicas da Igreja Oriental.
 Tais riquezas espirituais não poderiam ficar
na obscuridade das bibliotecas, mas
levadas à luz, para ilustrarem e nutrirem as
mentes dos cristãos.
A principal novidade da
reforma está na
ORAÇÃO EUCARÍSTICA!!!
 No rito romano, a primeira parte desta
oração denominada Prefácio, conheceu
diversos formulários através dos séculos.
Contudo, a segunda parte, denominada
Cânon conservou sempre aquela fórmula
fixada entre os séculos IV e V.
ORAÇÃO EUCARÍSTICA

 Decidimos acrescentar ao Cânon Romano


três novos formulários de Orações
Eucarísticas, além de enriquecê-los com um
grande número de Prefácios, tirados da
antiga tradição na Igreja Romana ou
recentemente compostos.
 No entanto, por motivo de ORDEM PASTORAL, e
para FACILITAR A CONCELEBRAÇÃO, ficou
estabelecido que as palavras do Senhor sejam as
mesmas em todos os formulários:
Accipite et manducate ex hoc omnes: Hoc est enim
Corpus meum, quod pro vobis tradetur.

Accipite et bibite ex eo omnes: Hic est enim calix


Sanguinis mei novi et aeterni testamenti, qui pro vobis
et pro multis effundetur in remissionem peccatorum.

Hoc facite in meam commemorationem.


Quanto ao
ORDINÁRIO DA MISSA:

“as cerimônias foram simplificadas,


conservando-se cuidadosamente a
substância” (SC50), deixando-se de lado
“tudo o que foi duplicado no decurso dos
tempos ou acrescentado sem verdadeira
utilidade” (SC 50).
Quanto ao
ORDINÁRIO DA MISSA:
“Foram restaurados,...

segundo a primitiva norma dos Santos


Padres, alguns ritos que tinham caído em
desuso”, tais como a homilia, a oração
universal ou dos fiéis e o Rito Penitencial ou
de reconciliação com Deus e com os irmãos
no início da Missa, devidamente valorizado”.
Quanto as LEITURAS:
 SC insistiu com a necessidade de se ler ao povo
“dentro de um período determinado de anos as
partes mais importantes da Sagrada Escritura”
(SC 51). Assim, o conjunto das leituras dominicais
foi distribuído num período de três anos.

 Nos domingos e dias de festa, as leituras das


Epístola e do Evangelho são precedidas de uma
outra do AT ou, no Tempo Pascal, dos Atos dos
Apóstolos.
HOUVE TAMBÉM...
 pequenas mudanças com outras partes
sendo revistas ou consideravelmente
modificadas: o Temporal, o Santoral, o
Comum dos Santos, as Missas Rituais e
Votivas.
 Merecem particular atenção as mudanças
nas orações não só aumentadas em
número, para que novos textos
correspondessem às necessidades de hoje,
como restauradas, quando antigas,
segundo os textos primitivos. Assim foi
acrescentada uma oração própria para cada
dia ferial dos principais tempos litúrgicos.
 No Gradual Romano foram restaurados
tanto o Salmo Responsorial, como as
antífonas para a entrada e para a
comunhão nas missas sem canto.
CONCLUINDO...
 Tal mudança tem força de lei, respeitando
as legítimas variações e adaptações, para
se garantir o fator da unidade litúrgica e
sinal de pureza do culto da Igreja, como
também se expressou Pio V na
promulgação do Missal precedente.
 “... esperamos que seja recebido pelos fieis
como um meio de testemunhar e afirmar a
unidade de todos, pois, entre tamanha
diversidade de línguas, uma só e mesma
oração, mais fragrante que o incenso,
subirá ao Pai celeste por nosso Sumo
Sacerdote Jesus Cristo, no Espírito Santo”.

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