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PARA CERIMONIÁRIOS
1ª Edição
Arquidiocese de Brasília
Paróquia Maria de Nazaré
QN 316 CONJUNTO 03 LOTE 01 - Samambaia Sul, DF
(61) 3357-2706
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2. EXÓRDIO .......................................................................................................................... 2
3. O QUE É LITURGIA ....................................................................................................... 3
4. OBJETOS LITÚRGICOS E SEUS USOS ..................................................................... 5
5. O ANO E OS TEMPOS LITÚRGICOS ...................................................................... 17
5.1 OS DIAS LITÚRGICOS...................................................................................................... 18
5.2 CICLO ANUAL ..................................................................................................................... 18
5.3 OS ANOS LITÚRGICOS (LEITURAS)............................................................................ 21
6. CORES LITÚRGICAS ................................................................................................... 22
7. PARAMENTOS LITÚRGICOS ................................................................................... 24
8. A SANTA MISSA........................................................................................................... 32
8.1 DISPOSIÇÃO E ADORNOS PARA A CELEBRAÇÃO ................................................ 32
8.2 OFÍCIOS E MINISTÉRIO NA IGREJA E SANTA MISSA .......................................... 36
8.3 O QUE PREPARAR PARA A CELEBRAÇÃO ................................................................ 48
8.4 ESTRUTURA GERAL DA MISSA.................................................................................... 49
8.5 PARTICULARIDADES DAS FORMAS DA SANTA MISSA .................................... 61
9. POSTURA, GESTOS E ATITUDES CORPORAIS.................................................. 68
10. ADAPTAÇÕES QUE COMPETEM AOS BISPOS E ÀS SUAS
CONFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 74
11. SÍMBOLOS E SIGNIFICADOS ................................................................................ 75
12. SÃO TARCÍSIO – PATRONO DOS ACÓLITOS.................................................. 79
13. ORAÇÕES ..................................................................................................................... 79
14. ORIENTAÇÃO AOS SERVOS DO ALTAR ........................................................... 80
15. DIRETRIZES ................................................................................................................. 82
16. GUIA - MISSAL ........................................................................................................... 85
16.1 PÁGINAS DO MISSAL ................................................................................................... 85
16.2 – ORGANIZAÇÃO DO MISSAL PARA CELEBRAÇÃO .......................................... 86
16.2 – MANUSEIO DAS PÁGINAS NA MISSA.................................................................. 87
17. GUIA - CELEBRAÇÕES DO SENHOR NO DECURSO DO ANO ................... 89
17.1 TEMPO DO ADVENTO E DO NATAL DO SENHOR .............................................. 89
17.2 FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR .............................................................. 90
17.3 TEMPO DA QUARESMA ................................................................................................ 91
17.4 QUARTA-FEIRA DE CINZAS ........................................................................................ 91
17.5 DOMINGO DE RAMOS, NA PAIXÃO DO SENHOR .............................................. 92
17.6 SAGRADO TRÍDUO PASCAL ....................................................................................... 93
17.7 MISSA DA CEIA DO SENHOR...................................................................................... 94
17.8 CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR ................................................................. 95
17.9 VIGÍLIA PASCAL .............................................................................................................. 98
17.10 TEMPO COMUM ........................................................................................................... 102
17.11 SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO ............... 103
17.12 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS ........................................ 105
19. GUIA - EXPOSIÇÃO E BENÇÃO COM O SANTÍSSIMO SACRAMENTO 106
20. GUIA - CELEBRAÇÕES DOS SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO CRISTÃ 108
21. GUIA - CELEBRAÇÕES DOS SACRAMENTOS DO MATRIMÔNIO ......... 114
22. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 116
23. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 117
1
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste Manual é dar aos acólitos desta comunidade, principalmente aos
Mestres de Cerimônias, uma fonte de pesquisa, aprendizado e aprimoramento para o melhor
desenvolvimento de suas atividades ministeriais.
Deve-se salientar que esta apostila é uma compilação de informações litúrgicas que foi
desenvolvido utilizando-se o Cerimonial dos Bispos (CB), a Instrução Geral do Missal Romano
(IGMR), o Sacrosanctum Concilium (SC), Redemptionis Sacramentum (RS) e demais fontes
fiéis de pesquisa doutrinária. Também foi utilizado o devido costume da nossa Igreja
Particular, sem desconexão com a Sagrada Tradição.
Por isso, é da máxima importância que a celebração da Missa ou Ceia do Senhor de tal
modo se ordene que ministros sagrados e fiéis, participando nela cada qual segundo a sua
condição, dela colham os mais abundantes frutos. Foi para isso que Cristo instituiu o sacrifício
eucarístico do seu Corpo e Sangue e o confiou à Igreja, sua amada esposa, como memorial da
sua paixão e ressurreição.5
Tal finalidade só pode ser atingida se, atentas a natureza e as circunstâncias peculiares
de cada assembleia litúrgica, se ordenar toda a celebração de forma a conduzir os fiéis àquela
participação consciente, ativa e plena, de corpo e espírito, ardente de fé, esperança e caridade,
que a Igreja deseja e a própria natureza da celebração reclama, e que, por força do Batismo,
1 IGMR § 1.
2 IGMR § 2.
3 IGMR § 15.
4 IGMR § 16.
5 IGMR § 17.
Embora nem sempre se consiga uma presença e uma participação ativa dos fiéis que
manifestem com toda a clareza a natureza eclesial da celebração, a celebração eucarística tem
sempre assegurada a sua eficácia e dignidade, por ser ação de Cristo e da Igreja, em que o
sacerdote realiza a sua principal função e atua sempre para a salvação do povo.7
Dada tamanha necessidade de se cumprir os deveres que nos cabe como seguidores de
Cristo, construiu-se este material litúrgico para ser verdadeira base de pesquisa. Não se exime,
logicamente, a busca e leitura nas fontes sagradas como o IGMR (Instrução Geral do Missal
Romano) e o CB (Cerimonial dos Bispos), assim como demais documentos sagrados
propagados pela Santa Igreja.
3. O QUE É LITURGIA
“Liturgia” quer dizer ação do povo, serviço do povo. A liturgia tem uma alma: Toda
expressão do culto, sem a fé, é um corpo sem alma. Seria uma religiosidade fingida, que Deus
não aceitaria. Com palavras severas Ele condenou essa falsa piedade dos fariseus: “Este povo
me louva com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Mt 15,8).
Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em sua Igreja, e especialmente
nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, pois
aquele que agora se oferece pelo ministério sacerdotal é o “mesmo que, outrora, se ofereceu na
cruz”, como sobretudo nas espécies Eucarísticas. Ele está presente pela sua virtude nos
sacramentos, de tal modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo quem batiza. Está
presente na sua palavra, pois é ele quem fala quando na Igreja se leem as Sagradas Escrituras.
Está presente, por fim, quando a Igreja ora e salmodia, ele que prometeu: “onde se
acharem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,20).
6 IGMR § 18.
7 IGMR § 19.
Por isso, toda celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é
a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra ação da Igreja iguala,
sob o mesmo título e grau.
Na liturgia da terra nós participamos, saboreando-a já, da liturgia celeste, que se celebra
na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos encaminhamos como peregrinos, onde o Cristo
está sentado à direita de Deus, qual ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com
toda a milícia do exército celeste entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a
memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; esperamos pelo salvador, nosso
Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareceremos com ele na glória.
Contudo, a Liturgia é o cume para o qual se dirige a ação da Igreja e, ao mesmo tempo,
a fonte donde emana toda a sua força. Na verdade, o trabalho apostólico ordena-se a conseguir
que todos os que se tornaram filhos de Deus pela fé e pelo batismo, se reúnam em assembleia,
louvem a Deus na Igreja, participem no sacrifício e comam a Ceia do Senhor. A liturgia, por
sua vez, impele os fiéis, saciados pelos “mistérios pascais”, a viverem “em união perfeita”, e
pede que “sejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé”. A renovação, na Eucaristia, da
aliança do Senhor com os homens, solicita e estimula os fiéis para a imperiosa caridade de
Cristo. Da liturgia, portanto, e particularmente da Eucaristia, como de uma fonte, corre sobre
nós a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo
e a glorificação de Deus, a que se ordenam como a seu fim todas as outras obras da Igreja.
É desejo ardente da mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e
ativa participação na celebração litúrgica que a própria natureza da liturgia exige e à qual o
povo cristão, “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido” (1Pd 2,9; cf. 2,4-5),
tem direito e obrigação, por força do batismo.
A esta plena e ativa participação de todo o povo cumpre dar especial atenção na reforma
e incremento da sagrada liturgia: com efeito, ela é a primeira e necessária fonte, da qual os fiéis
podem haurir o espírito genuinamente cristão. Esta é a razão que deve levar os pastores de
almas, em toda a sua atividade pastoral, a procurarem-na com o máximo empenho, através da
devida formação. Dia após dia, a liturgia vai nos transformando interiormente em templos
santos do Senhor e morada espiritual de Deus, até a plenitude de Cristo, de tal forma que nos
dá a força necessária para pregar Cristo e mostrar ao mundo o que é a Igreja, como a reunião
de todos os filhos de Deus ainda dispersos até que se tornem um só rebanho, sob um único
pastor.
Não há dúvida de que a reforma litúrgica do Concílio tem tido grandes vantagens para
uma participação mais consciente, ativa e frutuosa dos fiéis no santo Sacrifício do altar».
Certamente, «não faltam sombras». Assim, não se pode calar ante aos abusos, inclusive
gravíssimos, contra a natureza da Liturgia e dos sacramentos, também contra a tradição e
autoridade da Igreja, abusos que em nossos tempos, não raramente, prejudicam as Celebrações
litúrgicas em diversos âmbitos eclesiais. Em alguns lugares, os abusos litúrgicos se têm
convertido em um costume, no qual não se pode admitir e se deve terminar.
Os abusos, sem dúvida, «contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica sobre
este admirável Sacramento». De esta forma, também se impede que possam «os fiéis reviver
de algum modo a experiência dos discípulos de Emaús: Então se lhes abriram os olhos e o
reconheceram». Convém que todos os fiéis tenham e revivam aqueles sentimentos que
Paróquia Maria de Nazaré- Samambaia Sul, DF
5
receberam pela paixão salvadora do Filho Unigênito, que manifesta a majestade de Deus, já
que estão ante à força, à divindade e ao esplendor da bondade de Deus, especialmente presente
no sacramento da Eucaristia.
Portanto, deve-se conhecer de tão plena forma esse sagrado mistério a fim de sermos,
com a ajuda do Espírito Santo, verdadeiros paráclitos da sagrada Liturgia. Comecemos a
formação para podermos participar mais frutuosamente da Liturgia, não só como fiéis leigos,
mas também como servidores dela. 8
TURÍBULO
NAVETA E COLHERINHA
INCENSO
8 SC § 2 – 10, RS § 4 e 6.
9 IGMR § 288.
10 CB § 90 nota 74.
11 CB § 85.
CRUZ PROCESSIONAL
CRUZ DO ALTAR
TOCHAS E CASTIÇAIS
CALDEIRINHA
ASPERSÓRIO
Vide: ALFAIAS
Manustérgio São panos usados na liturgia e que não devem ser tratados de
qualquer maneira, pois possuem utilização específica. no que
Véus se refere a todas as alfaias sagradas, a Igreja admite as formas de
expressão artística próprias de cada região e aceita as adaptações
Corporal que melhor se harmonizem com a mentalidade e as tradições dos
diversos povos, contanto que correspondam adequadamente ao
Sanguíneo uso a que as mesmas alfaias sagradas se destinam. 14
MANUSTÉRGIO
HÓSTIA MAGNA
14 IGMR § 325.
HÓSTIAS
VASOS SAGRADOS
ÂMBULA
SANTA RESERVA
VÉU DA ÂMBULA
TECA
SACRÁRIO
CONOPEU
LÂMPADAS DO SANTÍSSIMO
17 RS § 134 - 139.
GALHETAS E PRATINHO
CONJUNTO CÁLICE
CORPORAL
PALA
PATENA
SANGUÍNEO
CÁLICE
VÉU DO CÁLICE
MATRACA
20 IGMR § 118.
OSTENSÓRIO
LUNETA E CUSTÓDIA
PÁLIO
Livros Sacramenta
Diretório, etc
MISSAL ROMANO
21 CB § 115.
APOIO DO MISSAL
Objeto que serve para sustentar o Missal nas missas para melhor
visualização das palavras pelo Sacerdote. Pode-se utilizar
também uma almofada digna para substituir.
LECIONÁRIO
EVANGELIÁRIO
DIRETÓRIO LITÚRGICO
Observe: O número (5) indica a data, a sigla (Br.) indica a cor litúrgica
que deve ser utilizada neste dia, a citação (6ª-feira) indica o dia da
semana, a frase (2ª semana da Páscoa) indica o Tempo litúrgico que se
está celebrando, o diretório mostra também o ofício da semana do
Tempo litúrgico celebrado, o prefácio (Pf pascal) que deve ser
utilizado e as Leituras do dia.
CÁTEDRA
CREDÊNCIA
AMBÃO
ALTAR
CÍRIO PASCAL
PIA BATISMAL
COROA DO ADVENTO
SANTOS ÓLEOS
MENORÁ
Além do Ciclo do Natal e do Ciclo da Páscoa, sobram trinta e três ou trinta e quatro
semanas no ciclo anual em que não se celebra nenhum aspecto peculiar do mistério de Cristo;
antes se comemora, na sua plenitude, esse mesmo mistério de Cristo, de modo especial aos
Domingos. Este mesmo período designa-se Tempo Comum ou Ordinário. Assim cada dia do
ano está enquadrado no plano divino, é um instante da eternidade que deixa um sinal (o dia
no Tempo, o que permite dizer-se que cada Domingo (dies Domini = Dia do Senhor) é uma
Páscoa Semanal.
Na periferia do ciclo litúrgico, “as festas dos santos proclamam as maravilhas de Cristo
nos seus servos e oferecem aos fiéis oportunos exemplos a serem ilimitados” (SC nº11),
sobressaindo as festas da Virgem Mãe de Deus, e a seguir, as dos Apóstolos e Evangelistas,
dos Mártires, Pastores, Doutores, Virgens, Santos e Santas.
Veja mais abaixo mais informações sobre ano litúrgico (os dias, o Domingo, as
solenidades, festas e memórias) e algo mais detalhado sobre o Ciclo anual com os Tempos
fortes do ano litúrgico:
A. O DOMINGO
No primeiro dia de cada semana, que é chamado dia do Senhor ou Domingo, a Igreja,
por tradição apostólica que tem origem no próprio dia da Ressurreição de Cristo, celebra o
mistério pascal. Por isso, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa. Por causa de
sua especial importância, o domingo só cede sua celebração às solenidades e festas do Senhor.
No ciclo anual, a Igreja, celebrando o mistério de Cristo, venera também com particular
amor a Santa Virgem Maria, Mãe de Deus, e propõe à piedade dos fiéis as memórias dos santos
Mártires e outros Santos. As celebrações, que se distinguem segundo sua importância, são
denominadas: solenidade, festa e memória. As solenidades são constituídas pelos dias mais
importantes, cuja celebração começa no dia precedente com as Primeiras Vésperas. Algumas
solenidades são também enriquecidas com uma Missa própria para a Vigília, que deve ser
usada na Véspera quando houver Missa vespertina. A celebração das duas maiores
solenidades, Páscoa e Natal, prolonga-se por oito dias seguidos. Ambas as Oitavas são regidas
por leis próprias.
A. ADVENTO
B. NATAL
C. QUARESMA
A Semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em
Jerusalém. Pela manhã da Quinta-feira da Semana Santa, o Bispo, presidindo a Missa
concelebrada com seu presbitério, benze os santos óleos e consagra o crisma.
D. O TRÍDUO PASCAL
E. TEMPO PASCAL
F. COMUM
Além dos Tempos que têm característica própria, restam no ciclo anual trinta
e três ou trinta e quatro semanas nas quais não se celebra nenhum aspecto especial
do mistério do Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua
plenitude, principalmente aos Domingos. O Tempo Comum começa na Segunda-
feira que segue ao Domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da
quaresma inclusive; recomeça na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e termina
antes das primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento.
Nas grandes festas e nos Tempos litúrgicos “fortes” (advento, natal, quaresma, Tempo
pascal), o Evangelho é quase sempre tirado de São João que é reservado para tais ocasiões. A
primeira leitura é tirada do Antigo testamento e acompanha o sentido do Evangelho daquele
dia. (No Tempo pascal, a primeira leitura é dos Atos dos Apóstolos).
Quarta-feira de Cinzas.
6. CORES LITÚRGICAS
A diversidade de cores das vestes sagradas tem por finalidade exprimir externamente
de modo mais eficaz, por um lado, o carácter peculiar dos mistérios da fé que se celebram e,
por outro, o sentido progressivo da vida cristã ao longo do ano litúrgico. Ressalta-se o que foi
abordado no item 5.4 “Tabela dos dias Litúrgicos” deste manual. Quanto à cor das vestes
sagradas, mantenha-se o uso tradicional, isto é 29:
VERMELHA
- Tempo Comum
ROXA
PRETA ROSA
Pode usar-se, onde for Pode usar-se, onde for
costume, nas missas de costume, nos domingos:
defuntos.
- Gaudete (3º do Advento);
Nota:30
7. PARAMENTOS LITÚRGICOS
Na Igreja, Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham as mesmas funções.
Esta diversidade de funções na celebração da Eucaristia é significada externamente pela
diversidade das vestes sagradas, as quais, por isso, são sinal distintivo da função própria de
cada ministro. Convém, entretanto, que tais vestes contribuam também para o decoro da ação
sagrada. As vestes usadas pelos sacerdotes e diáconos assim como pelos ministros leigos sejam
oportunamente benzidas.
A beleza e nobreza da veste sagrada devem buscar-se e pôr-se em relevo mais pela forma
e pelo material de que é feita do que pela abundância dos acrescentos ornamentais. Os
30 IGMR § 347.
ALVA OU TÚNICA
CÍNGULO
ESTOLA
CASULA
DALMÁTICA
VÉU UMERAL
GREMIAL
SOLIDÉU
BATINA
FAIXA
MOZETA
HÁBITO TALAR
- Batina
- Faixa
- Mozeta
- Solidéu (na cor da
ordem)
- Frisos e botões na cor
PADRE BISPO CARDEAL PAPA da ordem Nota:39
SOBREPELIZ
39 CB § 1204, 1205.
40 CB § 65.
BARRETE
HÁBITO CORAL
(veste do dia a dia)
- Barrete
- Veste talar (sem mozeta)
- Sobrepeliz
- mozeta (na cor da ordem)
PADRE - Cruz peitoral (nas ordens previstas) BISPO
Nota:41
INSÍGNIAS EPISCOPAIS
ANEL EPISCOPAL
CRUZ PEITORAL
Simboliza a
Sinal claro dos
autoridade. fidelidade e a
cristãos, o Bispo
aliança espiritual que une o
utiliza sempre acima
Bispo e a Igreja. Usa-se na
das vestes, vale
mão direita, cuja mão utiliza
lembrar que o Bispo
para abençoar. Pode adotar
é representante dos
inúmeros formatos e detalhes.
apóstolos. Nota: 42
41 CB § 1199, 1205.
42 CB § 57 – 62, 1199; SC § 130.
PÁLIO E CRAVOS
FÉRULA
TIARA PAPAL
FANON
ANEL DO PESCADOR
OPA
VIMPA
A celebração da Missa é, por sua natureza, “comunitária”. Por isso têm grande
importância os diálogos entre o celebrante e os fiéis reunidos, bem como as aclamações. Tais
elementos não são apenas sinais externos de celebração coletiva, mas favorecem e realizam a
estreita comunhão entre o sacerdote e o povo. Apresenta, sumariamente, 4 significados
1) Renovação do sacrifício da Cruz, de modo que não há distinção entre este momento
e aquele da cruz;
2) É o ápice, o centro e a fonte da vida cristã e nos une plenamente ao Senhor;
3) É o seguimento da ordem de Cristo – “Fazei isto em memória de mim” – e que a Igreja
seguirá até o fim dos séculos.
4) Mistério de fé. Para nós cristãos, cabe-nos ter a fé do grande doutor angélico Tomás
de Aquino – “Creio em tudo o que disse o Filho de Deus” -.45
ARTES SACRAS
44 IGMR § 27.
45 IGMR § 16, 18 e 34, RS § 36 - 39.
46 IGMR § 288, 289, 292, 293 e 305; CB § 38; SC § 122 – 129.
ORNAMENTAÇÃO
IMAGENS SAGRADAS
NAVE DA IGREJA
PRESBITÉRIO
SACRISTIA
BATISTÉRIO
PAPA
CARDEAL
BISPO
PRESBÍTERO / PADRE
DIÁCONO
56 IGMR § 92; CB § 3 e 5; SC § 41, RS § 19 – 25; Prof. Felipe Aquino, 2012; Wiki Canção Nova, 2010.
57 IGMR § 93 e 108; CB § 20 – 22; SC § 42, RS § 29 – 33; Prof. Felipe Aquino, 2012.
58 IGMR § 94; CB § 23 e 24, RS § 34 e 35.
Portanto, formem todos um só corpo, quer ouvindo a palavra de Deus, quer participando
nas orações e no canto, quer sobretudo na comum oblação do sacrifício e na comum
participação da mesa do Senhor. Esta unidade manifesta-se em beleza nos gestos e atitudes
corporais que os fiéis observam todos juntamente.
Os fiéis não recusem servir com alegria o povo de Deus, sempre que forem solicitados
para desempenhar qualquer especial ministério ou função na celebração.
Procurem os pastores de almas fomentar com zelo e paciência a formação litúrgica e a
participação ativa dos fiéis, tanto interna como externa, segundo a sua idade, condição, género
de vida e grau de cultura religiosa; assim cumprirão uma das principais funções do
dispensador fiel dos mistérios de Deus.59
O fiel leigo que é chamado para prestar uma ajuda nas Celebrações
litúrgicas e deve estar devidamente preparado e ser recomendado
por seu vida cristã, fé, costumes e sua fidelidade para o Magistério
da Igreja. Convém que haja recebido a formação litúrgica
correspondente a sua idade, condição, gênero de vida e cultura
religiosa. Não se eleja a nenhum cuja designação possa suscitar o
escândalo dos fiéis.
SALMISTA
SACRISTÃO
COMENTADOR / COMENTARISTA
RECEPCIONADORES
As funções litúrgicas, que não são próprias do sacerdote ou do diácono, e das quais se
tratou acima, também podem ser confiadas a leigos idôneos, escolhidos pelo pároco ou reitor
da igreja, mediante uma bênção litúrgica ou por nomeação temporária. Isso acontece mesmo
que ainda estejam presentes ministros de ordem superior.70
Se estão presentes várias pessoas que podem exercer o mesmo ministério, nada obsta a
que distribuam e desempenhem entre si as diversas partes desse ministério ou ofício. Por
exemplo: pode um diácono encarregar-se das partes cantadas e outro diácono servir ao altar;
quando há mais que uma leitura, é preferível confiá-las a diversos leitores; e assim noutros
casos. Mas não é conveniente que vários ministros dividam entre si um único elemento da
celebração: p. ex. a mesma leitura lida por dois, um após o outro, a não ser que se trate da Paixão
do Senhor.71
Sob a orientação do reitor da igreja, deve fazer-se a preparação prática de cada celebração
litúrgica, segundo os livros litúrgicos, com a diligente cooperação de todos os que nela são
68 IGMR § 105.
69 IGMR § 105.
70 IGMR § 107; CB § 27.
71 IGMR § 109.
72 IGMR § 1110.
PROCISSÃO
TURIFERÁRIO
NAVETEIRO
CRUCIFERÁRIO
CEROFERÁRIO
LIBRÍFERO
CREDENCIÁRIO
PALAVRA
MITRÍFERO E BACULÍFERO
73 IGMR § 111.
Assembleia
Altar
7) Caso haja o uso do turíbulo: a naveta, o próprio turíbulo com carvões acessos;
9) Quando se faz a procissão das oferendas, preparar, no fundo da igreja, uma mesa
e toalha e sobre elas a âmbula com partículas, galhetas com a água e o vinho,
assim como demais itens a serem ofertados.74
A. RITOS INICIAIS
Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato penitencial, Kyrie
(Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração coleta – têm o carácter de exórdio, introdução
e preparação. É sua finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para
ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia. Em algumas
celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os ritos iniciais
omitem-se ou realizam-se de modo específico como a missa da Vigília Pascal, Domingo de
Ramos, Paixão do Senhor etc. 78
ENTRADA
Reunido o povo, o Turiferário (T), caso use-se, apresenta o turíbulo com as brasas ao
Celebrante (Ce) e o mesmo faz o Naveteiro (N) com a naveta. O celebrante deita incenso no
turíbulo 3 (três) vezes e abençoa sem dizer nada. O Turiferário e o Naveteiro tomam suas
posições na procissão que já deve estar preparada pelo responsável pela Procissão (P) que pode
ser um cerimoniário. O sacerdote e os ministros, revestidos com as vestes sagradas,
encaminham-se para o altar dois a dois por esta ordem:
75 IGMR § 28.
76 IGMR § 30.
77 IGMR § 33.
78 IGMR § 46.
6) Seminaristas (Se);
7) Diácono ou leitor (D+E), que pode levar o Evangeliário um pouco elevado, não,
porém, o Lecionário;
8) Diáconos (D);
9) Padres (Pe);
11) Sacerdote presidente da celebração ou, caso haja, o Bispo presidente da celebração
(Ce);
13) Acólitos com a vimpa (V) encarregados de velar a Mitra e o Báculo (Mitrífero e
Baculífero), caso o Celebrante (Ce) seja um bispo.
T Cf L Co G M S
Se D Pe B Pr V
Cr S D+E Ce
P N Cf L Co G M Se
S D Pe B D V
Altar
A cruz adornada com a imagem de Cristo crucificado e levada na procissão pode colocar-
se junto do altar, caso já se haja uma Cruz do Altar, a Cruz Processional deve ser levada a outro
local digno; os candelabros, porém, colocam-se sobre o altar ou junto dele, caso já se haja velas
sobre o altar, coloque-se velas da procissão em outro local digno; o Evangeliário depõe-se sobre
o altar.
Feito isto, o sacerdote vai para a cadeira. Terminado o cântico de entrada, celebrante e
fiéis, todos de pé, benzem-se com o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo. O povo responde: Amem. Em seguida, pela saudação, faz sentir à
comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo manifesta-
se o mistério da Igreja reunida.
ATO PENITENCIAL
Em seguida, o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma breve pausa de
silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão geral e termina com a
absolvição do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da eficácia do sacramento da
penitência. Ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato
penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do batismo.80
KÝRIE, ELEISON
Depois do ato penitencial, diz sempre o “Senhor, tende piedade de nós” (Kyrie, Eleison),
a não ser que já tenha sido incluído no ato penitencial. Dado tratar-se de um canto em que os
fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é normalmente executado por todos.81
ORAÇÃO COLETA
LEITURAS
Assim se segue: terminada a oração coleta, todos se sentam. O sacerdote pode, com
brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na liturgia da palavra. O leitor vai à frente do altar
com um Cerimoniário, fazem a reverência e sobem ao presbitério, o leitor vai ao ambão e, a
partir do lecionário aí colocado antes da Missa, proclama a primeira leitura, que todos escutam.
No fim, o leitor profere a aclamação: Palavra do Senhor (Verbum Domini); e todos respondem:
Graças a Deus (Deo Gratias). Na celebração da Missa com o povo, as leituras proclamam-se
sempre do ambão e não é lícito substituir as leituras e o salmo responsorial, que contêm a
palavra de Deus, por outros textos não bíblicos.
Pode então observar-se, se for oportuno, um breve espaço de silêncio, para que todos
meditem brevemente no que ouviram.
Tendo chegado ao ambão, o sacerdote abre o livro e, de mão juntas, diz: O Senhor esteja
convosco (Dominus vobiscum); o povo responde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo),
e a seguir Evangelho de Nosso Senhor..., fazendo o sinal da cruz sobre o livro e sobre si mesmo
na fronte, na boca e no peito, e todos fazem o mesmo. O povo aclama, dizendo: Glória a Vós,
Senhor (Gloria tibi, Domine). Depois, se se usa o incenso, o sacerdote incensa o livro e o Círio
Pascal, caso este esteja presente. A seguir proclama o Evangelho, e no fim diz a aclamação:
Palavra da salvação (Verbum Domini). Todos respondem: Glória a Vós, Senhor (Laus tibi,
Christe). O sacerdote beija o livro, dizendo em secreto uma oração. Os ministros leigos
(turiferário, naveteiro e ceroferários) se retiram.
HOMILIA
Nos domingos e festas de preceito, deve haver homilia em todas as Missas celebradas
com participação do povo, e não pode omitir-se senão por causa grave. Depois da homilia,
observe-se oportunamente um breve espaço de silêncio.86
ORAÇÃO UNIVERSAL
Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde, de algum modo à palavra de
Deus recebida na fé e, exercendo a função do seu sacerdócio batismal, apresenta preces a Deus
pela salvação de todos. Convém que em todas as Missas com participação do povo se faça esta
oração, na qual se pede pela santa Igreja, pelos governantes, pelos que se encontram em
necessidade, por todos os homens em geral e pela salvação do mundo inteiro.88
C. LITURGIA EUCARÍSTICA
Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a ação de graças, partiu o pão e deu-
o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei, bebei: isto é o meu Corpo; este é o
cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim». Foi a partir destas palavras e gestos de
Cristo que a Igreja ordenou toda a celebração da liturgia eucarística. Efetivamente:
1) Na preparação dos dons, levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, os mesmos
elementos que Cristo tomou em suas mãos.
2) Na Oração eucarística, dão-se graças a Deus por toda a obra da salvação, e as oblatas
convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo.
PREPARAÇÃO DO DONS
Convém que a participação dos fiéis se manifeste pela oferta quer do pão e do vinho
destinados à celebração da Eucaristia, quer de outros dons destinados às necessidades da Igreja
e dos pobres.
As ofertas dos fiéis são recebidas pelo sacerdote com a ajuda do acólito ou de outro
ministro. O pão e o vinho, galhetas e âmbulas com hóstias destinados à Eucaristia são levados
ao celebrante, que os depõe sobre o altar; os outros dons são colocados noutro lugar
conveniente. Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons,
destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos
dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.
Caso não haja a apresentação dos dons, após entregar o missal o acólito leva da credência
ao altar as âmbulas com hóstias e as galhetas com vinho e água e apresenta ao sacerdote.
O sacerdote, junto do altar, recebe a patena com o pão; e, sustentando-a, com ambas as
mãos, um pouco elevada sobre o altar e ora em secreto. Em seguida, depõe a patena com o pão
sobre o corporal.
O sacerdote vai depois ao lado do altar, onde o ministro lhe apresenta as galhetas, e deita
o vinho no cálice e um pouco de água, novamente ora em secreto. Volta ao meio do altar, toma
o cálice com ambas as mãos e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar, então reza em
secreto. Depõe, em seguida, o cálice sobre o corporal e, se parecer oportuno, cobre-o com a pala.
O sacerdote inclina-se profundamente e reza em secreto.
Depois da incensação, o sacerdote vai ao lado do altar e lava as mãos no lavabo que é o
jarro e a bacia juntamente com o manustérgio que um ou mais acólitos trazem, dizendo em
silêncio: Lavai-me, Senhor, enquanto o ministro lhe serve a água. com este rito se exprime o
desejo de uma purificação interior.
89 IGMR § 72.
Assim, termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração eucarística.90
ORAÇÃO EUCARÍSTICA
6) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que nesse momento e
nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada. A
Igreja deseja que os fiéis não somente ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a
oferecer-se também a si mesmos e, por Cristo mediador, se esforcem por realizar de
dia para dia a unidade perfeita com Deus e entre si, até que finalmente Deus seja tudo
em todos.
7) Intercessões: por elas se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda
a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de
todos os seus membros, vivos e defuntos, chamados todos a tomar parte na redenção
e salvação adquirida pelo Corpo e Sangue de Cristo.
RITO DA COMUNHÃO
RITO DA PAZ
O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas permanece sempre dentro do presbitério,
a fim de não perturbar a celebração. Procede do mesmo modo se, por motivos razoáveis, quiser
dar a paz a alguns poucos fiéis. E todos, segundo as determinações da Conferência Episcopal,
se saúdam uns aos outros em sinal de mútua paz, comunhão e caridade. Enquanto se dá a paz,
pode dizer-se: A paz do Senhor esteja sempre contigo (Pax Domini sit semper tecum), ao que
se responde: Amem.94
FRAÇÃO DO PÃO
Depois, voltado para o altar, o sacerdote reza em silêncio e comunga com reverência o
Corpo de Cristo. A seguir, toma o cálice e comunga com reverência o Sangue de Cristo.
Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o
cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. Os fiéis comungam de
joelhos ou de pé, segundo a determinação da Conferência Episcopal. Quando comungam de
pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam a devida reverência,
estabelecida pelas mesmas normas.
A sagrada Comunhão adquire a sua forma mais plena, enquanto sinal, quando é feita
sob as duas espécies. Nesta forma manifesta-se mais perfeitamente o sinal do banquete
eucarístico, e exprime-se mais claramente a vontade de ratificar a nova e eterna aliança selada
pelo Sangue do Senhor, bem como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete
escatológico no reino do Pai. Antes de mais devem advertir os fiéis de que a fé católica ensina
que, mesmo sob uma única espécie, é Cristo todo e inteiro e o verdadeiro Sacramento que se
recebe; consequentemente, quem receber uma só das duas espécies nem por isso fica privado
de qualquer graça necessária à salvação
Quando a Comunhão se faz sob as duas espécies, habitualmente quem ministra ao cálice
é o diácono, ou, na sua ausência, o presbítero; ou também o acólito devidamente instituído ou
outro ministro extraordinário da sagrada Comunhão; ou o fiel a quem, em caso de necessidade,
se chama para este ofício em cada caso.
Aos fiéis que eventualmente queiram comungar só sob a espécie do pão, dê-se a sagrada
Comunhão desta forma.
Estes ministros não devem aproximar-se do altar antes de o sacerdote ter tomado a
Comunhão; e recebem sempre da mão do sacerdote celebrante o vaso com as espécies da
Santíssima Eucaristia a distribuir aos fiéis.
Depois o sacerdote pode voltar para a cadeira. Entretanto, podem guardar-se uns
momentos de silêncio sagrado, ou cantar ou recitar um salmo ou outro cântico de louvor ou um
hino que deve terminar a tempo.
D. RITO DE CONCLUSÃO
Logo a seguir à bênção, o sacerdote, de mãos juntas, diz: Ide em paz e o Senhor vos
acompanhe; e todos respondem: Graças a Deus.
Se a Missa é seguida de outra ação litúrgica, omitem-se os ritos de conclusão, quer dizer,
a saudação, a bênção e a despedida. 97
Entre as Missas celebradas por certas comunidades, ocupa lugar de relevo a Missa
conventual que faz parte do Oficio quotidiano, a chamada Missa “da Comunidade”. Ainda
que tais Missas não tenham forma especial de celebração, é, todavia, da máxima conveniência
que se celebrem com canto e, sobretudo, com a plena participação de todos os membros da
comunidade. Cada um deve exercer nestas Missas a função que lhe é própria, segundo a Ordem
ou ministério em que está investido. O que não se citar abaixo sobre a celebração eucarística,
entenda-se o que já foi dito no item 8.4 “Estrutura Geral da Missa” deste manual, haja somente
o novo entendimento para a presença do Bispo.
RITOS INICIAIS
Na procissão, caminha fazendo o sinal da cruz. O Bispo, ao chegar junto do altar, entrega
o báculo ao ministro, depõe a mitra, e faz inclinação profunda ao altar, ao mesmo tempo que
os diáconos e os outros ministros que o acompanham. Depois, sobe ao altar e beija-o,
juntamente com os diáconos. Em seguida, incensa o altar e a cruz, acompanhado por dois
diáconos, se houver.
LITURGIA DA PALAVRA
No caso de o Bispo estar celebrando com diáconos ou sacerdotes, não será ele mesmo
quem lerá o Santo Evangelho.
O diácono vai até o Bispo, se inclina profundamente pedindo sua benção. Caso seja um
sacerdote que faça a leitura, ele faz a mesma coisa, vai ao Bispo e pede a benção. O rito da
leitura segue-se normalmente e, após o sinal da cruz sobre o evangelho e sobre cada um, o
Bispo recebe o báculo. Finda a leitura, o diácono ou padre, pode levar o livro ao Bispo para que
ele o beije que pode ser seguida pela benção dada com o livro pelo Bispo. Pode também, o
diácono ou padre, ele mesmo beijar o livro que será então recolhido para credência ou outro
local conveniente.
LITURGIA DA EUCARÍSTICA
Se o Bispo celebrar com diáconos e padres, ele se senta, recebe a mitra e estes preparam
o altar. Terminado a preparação deste, o Bispo se levanta, depõe a mitra e recebe a patena com
o pão, segue-se o rito comumente. O Bispo poderá retirar o anel para lavar as mãos.
RITOS DE CONCLUSÃO
B. COM DIÁCONO
98 IGMR § 59, 60, 74, 112 – 114, 175; CB § 12, 17, 18, 79, 119 – 170.
O que não se citar abaixo sobre a celebração eucarística, entenda-se o que já foi dito no
item 8.4 “Estrutura Geral da Missa” deste manual, haja somente o novo entendimento para a
presença do diácono.
RITOS INICIAIS
LITURGIA DA PALAVRA
Quando o diácono ministra ao Bispo, leva-lhe o livro para que ele o beije ou beija-o ele
próprio.
Por fim, o Evangeliário pode ser levado para a credência ou para outro lugar adequado
e digno. Se não estiver presente outro leitor idóneo, o diácono profere as outras leituras. As
intenções da oração dos fiéis, após a introdução do sacerdote, é o diácono quem as profere,
habitualmente do ambão.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Quando o sacerdote tiver concluído a oração da paz e dito “A paz do Senhor esteja
sempre convosco”, com a resposta do povo “O amor de Cristo nos uniu”, o diácono, se for
oportuno, de mãos juntas e voltado para o povo, faz o convite para a paz, dizendo: “Saudai-vos
na paz de Cristo”. Ele próprio recebe do sacerdote a paz e pode dá-la aos ministros que
estiverem mais perto de si.
RITOS DE CONCLUSÃO
Se se usa a fórmula de bênção solene ou a oração sobre o povo, o diácono diz: “Inclinai-
vos para receber a bênção”. Depois da bênção dada pelo sacerdote, o diácono despede o povo,
dizendo, de mãos juntas, voltado para o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Se na Missa concelebrada não estiver presente o diácono, as funções que lhe são
próprias serão realizadas por um ou outro dos concelebrantes. Se não estiverem presentes
outros ministros, as partes que lhes pertencem podem ser entregues a outros fiéis idôneos; se
assim não for, serão desempenhadas por alguns concelebrantes.
RITOS INICIAIS
LITURGIA DA PALAVRA
LITURGIA EUCARÍSTICA
Depois o celebrante principal, voltado para o altar comunga com reverência o Corpo de
Cristo. Fazem o mesmo os concelebrantes, que comungam por si mesmos. Depois deles, o
diácono recebe do celebrante principal o Corpo do Senhor.
RITOS DE CONCLUSÃO
Tudo o mais, até ao fim da Missa, é feito pelo celebrante principal na forma habitual,
permanecendo os outros concelebrantes nos seus lugares. Antes de se retirarem, fazem todos
uma inclinação profunda ao altar. 100
D. MISSAS RITUAIS
Nestas Missas incluem-se as Missas rituais, para várias necessidades, para diversas
circunstâncias e votivas.
Na Missa exequial deve fazer-se normalmente uma breve homilia, excluindo, porém,
qualquer género de elogio fúnebre. Exortem-se os fiéis, particularmente os parentes do
defunto, a participarem também pela Comunhão no sacrifício eucarístico oferecido pelo
defunto.102
As celebrações sagradas da Palavra de Deus são da máxima utilidade para a vida, quer
dos indivíduos quer das comunidades, no sentido de fomentar o espírito e a vida espiritual,
despertar neles um amor mais intenso à Palavra de Deus, realizar celebração mais frutuosa,
quer da Eucaristia quer dos outros sacramentos.
Pode-se haver distribuição das sagradas eucaristias através do rito da Exposição Breve
sem a benção com o Santíssimo Sacramento vista no item 18 “Guia - Exposição e Benção com
o Santíssimo Sacramento” deste manual.103
Além disso, de acordo com a antiquíssima tradição da Igreja romana, não é lícito unir o
Sacramento da Penitência com a santa Missa e fazer assim uma única ação litúrgica. Isto não
impede que alguns sacerdotes, independentemente dos que celebram ou concelebram a Missa,
escutem às confissões dos fiéis que assim não desejem, mesmo estando no mesmo lugar, de
participar da Missa, para atender as necessidades dos fiéis. Para isso, faça-se de maneira
adequada.
Geralmente, estes ritos sacramentais, ordenações etc., ocorrem após a Homilia, porém
antes do “Creio”.
A religião assume o homem todo, como ele é: corpo e alma. A Graça não destrói a
natureza humana, mas a completa e aperfeiçoa. Por isso rezamos com o corpo também, dizendo
palavras e fazendo gestos. A Missa é o louvor visível do Povo de Deus.
Portanto, formem todos um só corpo, quer ouvindo a palavra de Deus, quer participando
nas orações e no canto, quer sobretudo na comum oblação do sacrifício e na comum
participação da mesa do Senhor. Esta unidade manifesta-se em beleza nos gestos e atitudes
corporais que os fiéis observam todos juntamente.
A. SINAL DA CRUZ
B. REVERÊNCIA AO EVANGELHO
C. POSIÇÃO DE MÃOS
E. FICAR EM PÉ
É uma posição de quem ouve com atenção e respeito, tendo muita consideração
pela pessoa que fala. Indica prontidão e disposição para obedecer. Foi, desde o início
da Igreja, a posição do “orante”. A Bíblia diz: “Quando vos puserdes em pé para orar,
se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também o vosso Pai que
está nos céus vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11, 25). Falando dos bem-
aventurados, João vê uma multidão, de vestes brancas, “de pé, diante do Cordeiro”,
que é Jesus (Ap. 7,9).
No serviço do altar deve-se ficar concentrado e não ficar olhando para o povo, muito
menos encarar alguém. Evite conversar, rir, bocejar, tossir e espirrar. Se for inevitável, coloque
uma das mãos na frente da boca. Deve-se permanecer de pé e atento a tudo. Pode sentar-se, se
for oportuno, durante a homilia e enquanto se observa o silêncio sagrado após a comunhão.
F. SENTADO
É uma posição cômoda que favorece a catequese, boa para ouvir as Leituras,
a homilia e meditar. É a atitude de quem fica à vontade e ouve com satisfação, sem
pressa de sair. Quando se sentar, observe as pernas paralelas e as mãos postas sobre
aquelas, não se deve cruzar as pernas.
H. INCLINAÇÃO (VÊNIA)
Inclinar-se (ou fazer uma vênia) diante de alguém é sinal de grande respeito, é também
uma espécie de cumprimento. É sinal também de veneração, reverência e honra que se presta
às próprias pessoas, objetos e símbolos (ao que significam e representam). Pode ser de dois
tipos:
1) INCLINAÇÃO DE CABEÇA
O movimento é somente de cabeça, como se quisesse ver os pés. Faz-se ao:
- Nomear as Três Pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo) conjuntamente;
- Nome de Jesus;
- Nome de Maria;
- Nome do Santo em cuja honra é celebrada a Missa;
- Santíssimo Sacramento, quando se está levando objetos litúrgicos e passa-se
por Ele;
- Para receber uma benção.
Não fazem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos a usar na celebração
que se vai realizar (e.g.: a cruz, os castiçais, o livro dos Evangelhos etc.), porém somente uma
breve fitada (olhada). Excetua-se caso a pessoa passe em frente ao Santíssimo Sacramento, o
qual se faz uma inclinação de cabeça. Em procissão, caso se passe pela frente do Santíssimo,
Quando a Cátedra do Bispo fica situado atrás do altar, os ministros saúdam o altar ou o
Bispo, consoante se aproximem ou do altar ou do Bispo; mas evitem, quanto possível, passar
entre o Bispo e o altar, por respeito para com um e para com outro.
I. GENUFLEXÃO
J. PROCISSÃO
K. SILÊNCIO
O silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. “O
Senhor fala no silêncio do coração”. A natureza deste silêncio depende do momento em que
ele é observado no decurso da celebração. Assim, no ato penitencial e a seguir ao convite à
oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às leituras ou à homilia, é para
uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois da Comunhão, favorece a oração interior de
louvor e ação de graças. Meditar é também uma forma de participar. Uma Missa que não tivesse
nenhum momento de silêncio seria como “chuva forte e rápida que não penetra na terra”.
Em uma conversa litúrgica ou de ensinamento, utilize-se uma linguagem que possa ser
entendida pelos fiéis e adaptada à proclamação pública, tendo-se, porém, em conta que são
diversos os modos de falar utilizados nos livros bíblicos. Utilize-se uma linguagem adaptada
aos fiéis da região, mas dotada de nobre qualidade literária, na certeza de que sempre haverá
necessidade de alguma catequese acerca do sentido bíblico e cristão de certas palavras e
expressões.117
L. INCENSAÇÃO
Para a incensação pode-se apresentar dois acólitos, um com o turíbulo e o outro com a
naveta; ou um acólito só com ambas as coisas, como visto acima.
Como incensar: aquele que incensa segura, com a mão esquerda, a parte superior das
correntes que sustentam o turíbulo e, com a direita, segura as mesmas correntes todas juntas
perto do turíbulo, de modo a poder comodamente lançá-lo e puxá-lo para si. Tenha o cuidado
de o lançar com gravidade e decoro, sem mover o corpo ou a cabeça, enquanto movimenta o
turíbulo para frente ou para trás; a mão esquerda que segura a parte superior das correntes,
mantém-na firme e segura diante do peito; a mão e o braço direito movem-nos calma e
1) O Santíssimo Sacramento;
2) As relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor expostas à veneração pública;
3) As oblatas para o sacrifício da Missa;
4) A cruz do altar;
5) O Evangeliário;
6) O círio pascal;
7) O sacerdote; e
8) O povo.
O sacerdote, ao pôr o incenso no turíbulo, benze-o com um sinal da cruz, sem dizer nada.
Antes e depois da incensação, faz-se uma inclinação profunda para a pessoa ou coisa
incensada, exceto ao altar e às oblatas para o sacrifício da Missa.
Se a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incensação do altar; aliás,
é incensada quando o sacerdote passa diante dela.
O sacerdote incensa as oblatas com três ductos do turíbulo, antes de incensar a cruz e o
altar, ou fazendo, com o turíbulo, o sinal da cruz sobre as oblatas.
118 IGMR § 276 e 277; CB § 74 nota 67, 84 – 88, 90 e nota 72, 91 e nota 75, 92 – 96.
Observe-se também o princípio segundo o qual cada Igreja particular deve estar de
acordo com a Igreja universal, não só na doutrina da fé e nos sinais sacramentais, mas também
nos usos universalmente recebidos de uma ininterrupta tradição apostólica, a qual deve
observar-se, não só para evitar os erros, mas também para transmitir a integridade da fé, porque
a “norma da oração” (lex orandi) da Igreja corresponde à sua “norma da fé” (lex credendi).
Esse Rito, no decurso dos séculos, não só conservou usos litúrgicos oriundos da cidade
de Roma, mas também integrou em si, de modo profundo, orgânico e harmônico, outros
elementos derivados dos costumes e do engenho de diversos povos e de várias Igrejas
particulares, tanto do Ocidente como do Oriente, adquirindo, assim, um certo carácter supra
regional. No nosso tempo, a identidade e a expressão unitária deste Rito encontram-se nas
edições típicas dos livros litúrgicos promulgadas por autoridade dos Sumos Pontífices e nos
livros litúrgicos que lhes correspondem, aprovados pelas Conferências Episcopais para os seus
territórios e confirmados pela Sé Apostólica.119
ALFA E ÔMEGA
TRIÂNGULO
INRI
XP (chi rho)
Quadro: TÉOTOCO
“IC XC” ou “IΣ XΣ” é uma abreviação amplamente usada das letras
iniciais e finais das palavras gregas para Jesus - ΙΗΣΟΥΣ
(IHCOYC) Cristo - ΧΡΙΣΤΟΣ (XPICTOC). Pode apresentar
também a inscrição NI KA, em esloveno significa vencer,
vencedor. Nas imagens bizantinas, dentro de cada um dos três
braços visíveis da cruz no halo (auréola) de Cristo está uma letra
grega, "Ο", "Ω" e "Ν", que formam a palavra "ὁ ὢν" ("ho ōn"), que
significa literalmente "O Que Existe", uma indicação da divindade
de Jesus e um dos nomes de Deus. Ex 3, 14 “Ἐγώ εἰμι ὁ ὢν” (Ego
eimi HO On) ou “Eu sou aquele que é”
ÁGUA
FOGO
O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente
na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações,
como as brasas nos turíbulos. O fogo pode multiplicar-se
indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo
sobretudo da ação do Espírito Santo. Também representado pela
fogueira santa na Vigília Pascal.
LUZ
PÃO E VINHO
INCENSO
Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que sobe a Deus,
ora como louvor, ora como súplica.
“Que minha oração suba até vós como a fumaça do incenso, que
minhas mãos estendidas para vós sejam como a oferenda da tarde.”
(Sl 140, 2)
ÓLEO
CINZAS
13. ORAÇÕES
ORAÇÃO ANTES DA MISSA:
Senhor Jesus Cristo, sempre vivo e presente conosco, tornai-me digno de Vos servir no
altar da Eucaristia onde se renovar o sacrifício da Cruz e Vos ofereceis por todos os homens.
Vós que quereis ser para cada um o amigo e o sustentáculo no caminho da vida,
concedei-me uma fé humilde e forte, alegre e generosa, pronta para Vos testemunhar e servir.
E porque me chamaste ao Vosso serviço, permiti que Vos procure e Vos encontre, e pelo
Sacramento do Vosso Corpo e Sangue, permaneça unido a Vós para sempre. Amém.
Oração do Acólito
Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão pelos que não creem,
não adoram, não esperam e não Vos amam.
O acólito “ajuda o sacerdote nas Missas”, mas se não estiver bastante preparado, poderá
atrapalhá-lo. Basicamente, um acólito deve estar atento para os seguintes fatores:
2) O acólito deverá certificar-se, de que todo o material necessário para a celebração está
providenciado, de acordo com os costumes da comunidade e principalmente as
necessidades da celebração.
4) Cada acólito deve estar preparado e bastante consciente das funções que lhe forem
atribuídas para a celebração. Quando forem dois ou mais acólitos, é fundamental que
se faça anteriormente um bom treinamento, para que não ocorram desencontros
durante a celebração.
5) É necessário que cada acólito esteja preparado (Confissão) para receber o Cristo na
Eucaristia.
6) Fiquem bastante atento quanto aos objetos que o rodeiam: vasos, estantes, pedestais,
velas, arranjos, cabos de microfone e outros, para evitar acidentes que, certamente,
poderão até tirar a atenção de toda a assembleia.
9) Manuseie cuidadosamente também os folhetos, os livros e suas fitas para que “sem
querer” não rasgue suas folhas.
10) Quando tiver qualquer dúvida com relação às suas funções, principalmente por
ocasião de celebrações especiais, procure conversar, antes, com o Cerimoniário, o
coordenador ou o sacerdote para que, durante a celebração, você não tenha qualquer
dúvida sobre o que fazer e como fazer.
11) Faça sempre apenas a sua função, pois é extremamente importante que você a
desempenhe bem.
12) O carrilhão (sineta, sino) é usado para “chamar a atenção” da assembleia para os
momentos mais importantes da celebração. Por isso, saiba usá-lo corretamente.
Durante os intervalos, segure-o firmemente, evitando que ele faça barulho
desnecessário durante a consagração.
13) No caso do uso de túnica, tome muito cuidado quanto ao comprimento dela, pois,
quando muito comprida, poderá “enroscar” em seu calcanhar quando estiver
ajoelhado e, ao levantar-se, poderá provocar-lhe uma queda. O uso de vestimentas
especiais (túnicas) pelos acólitos durante as celebrações também contribui para
externar os sentimentos de alegria e pureza na alma.
15) Nunca acene para as pessoas da assembleia. Concentre-se e fique sempre atento.
Mantenha uma postura discreta: quando sentado, não cruzar as pernas; quando de
pé, não cruzar os braços, a postura do acólito ao estar de pé deve ser sempre de mãos
postas.
16) Também nunca mascar chicletes ou bala no exercício das suas funções nem fora dele
enquanto estiver dentro da igreja.
17) Nunca fique muito próximo do seu colega e, principalmente, do celebrante que
durante toda a celebração está sempre fazendo movimentos (manuseando livros,
gesticulando com os braços etc.) quando muito próximo, o acólito pode atrapalhar.
18) Sempre que houver a procissão solene do ofertório (quando pão e vinho, eventuais
objetos simbólicos e o “ofertório vivo”, com as contribuições dos fiéis são trazidos
em procissão para o Altar) fique preparado para receber das mãos do celebrante tudo
aquilo que é trazido para colocar no seu devido lugar.
O trabalho do acólito numa comunidade não poderá ser limitado ao “ajudar as Missas”.
É muito importante que se integre com toda a comunidade; que desenvolva realmente um
trabalho pastoral, contribuindo para o surgimento de novas lideranças incentivando a
integração de novos elementos com o grupo. Com o empenho de todos, pode contribuir para
promover a união, o amor e fraternidade. A ajuda mútua caracteriza os verdadeiros irmãos na
fé.
O acólito pode até ser despertado para a vocação sacerdotal ou religiosa que Deus
distribui generosamente na sua Igreja! Muitas vocações têm surgido do grupo de acólitos. É
um fato!
15. DIRETRIZES
Para que se tenha uma boa e organizada equipe de acólitos deve-se
haver regras, pelas quais todo os integrantes da equipe se façam fiéis em
cumpri-las.
Estas diretrizes visam ajudar a todos a buscar uma vida mais piedosa e
voltada para o Cristo, exercitando a vida de oração e exemplo. Estas ajudam
também a manter a ordem e a disciplina dos integrantes da Pastoral com o objetivo de manter
a união e a perfeita sintonia entre todos os demais membros.
2) Ser entrevistado pelo coordenador e comunicado ao Padre, para que esteja realmente
ciente dos compromissos que irá assumir.
3) O Acólito deve ter o compromisso de cumprir com seus deveres e estar sempre
presente nos encontros, avisando sempre que não for possível.
6) A Equipe de Acólitos deve viver em plena união entre seus membros e buscar a
mesma com a Igreja, respeitando as autoridades legitimamente constituídas
(Coordenador, Pároco etc.).
7) O Acólito deve estar sempre em dia com seus deveres da vida Espiritual e em Estado
de Graça, para sempre que for solicitado estar pronto ao serviço do Altar.
8) O Acólito deve buscar ser exemplo, viver com o auxílio da oração virtudes
sobrenaturais, tais como a mansidão, paciência e humildade que o próprio Cristo nos
ensina, e conviver bem com os demais membros da comunidade, sobretudo com os
outros Acólitos.
9) A Equipe deverá ter no mês uma reunião que será dedicada à oração, e outra para
formação.
10) O tema das reuniões deverá trabalhar na constante formação do acólito (cursos,
leituras, vida Sacramental) para que os ensinamentos e aprendizado não sejam mero
passatempo, mas uma formação doutrinal que o leve a se reconhecer Filho de Deus
e assumir os compromissos que advém desta graça.
10) Poderá fazer uso de um Assessor para o serviço que o representará em sua falta.
Prefácios do Tempo Comum – I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX ------------- 428 - 436
Orações Eucarísticas que são em número de Quatorze, sendo que as cinco primeiras vão
da pág. 467 a 499. As outras Orações Eucarísticas vão da pág. 842 a 875 e depois da pag. 1024 a
1040.
Verificamos (caso haja folheto) a Oração Eucarística sugerida que também é de escolha
preferencialmente do Padre. Esta oração não precisa de marcação, pois ela já conta com
etiquetas coladas ao missal sendo a etiqueta verde o início da Oração Eucarística e a etiqueta
vermelha sendo as páginas da Oração Eucarística anterior.
Verificamos o Rito da Comunhão, sempre na pág. 500, que é a ultima etiqueta vermelha
da primeira coluna de Orações Eucarísticas.
E, por fim, colocamos a fita Marrom na pág. das Bençãos Solenes 519 – 530.
Após o Glória (ou após o ato penitencial, de acordo com o tempo) o Padre deve ler a
Oração da Coleta na fita Verde.
Finda a Oração, inicia-se a Liturgia da Palavra que se encerra após as Orações dos Fiéis.
Neste momento, inicia-se o Ofertório. O missal deve ser aberto na fita Vermelha, lá o
padre lerá diversas orações da Liturgia Eucarística.
Finda essas orações, volta-se para a fita Verde, para se dar continuidade na Oração sobre
Após o fim da oração, abra-se a fita Rosa para o prefácio. Se o prefácio estiver junto da
fita verde, mantenha-se lá.
Aqui o Padre fará a Oração Universal e o Rito da Paz. Após o abraço da paz, vire-se a
folha e o Padre continuará para a Fração do Pão que se encerra em “Eis o Cordeiro...” e ele
comunga e então os demais. Após a Comunhão do Sacerdote, vire-se a folha mais uma vez,
agora você está na pág. 502, aqui o Padre fará algumas orações para purificação dos vasos,
mantenha aqui até que se encerre a retirada do cálice do altar.
Retorne a fita Verde, para que o Padre leia a Oração Depois da Comunhão.
Enquanto seguem-se os avisos, vá para a fita Marrom para a benção e fim da celebração.
A antiga solenidade da Epifania do Senhor deve-se contar entre as maiores festas do ano
litúrgico, pois celebra, no Menino nascido de Maria, a manifestação daquele que é o Filho de
Deus, o Messias dos Judeus e a Luz das Nações. Neste dia também se anunciará ao povo as
festas móveis do ano corrente.120
Enquanto se acendem as velas, canta-se a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto
apropriado.
Chegando ao local da bênção das velas e terminado o canto, o sacerdote diz, voltado para
o povo: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Depois, saúda o povo: A paz esteja
convosco, e profere a monição introdutória.
Se não se puder fazer a procissão, os fiéis reúnem-se na igreja, com as velas nas mãos. O
celebrante revestido das vestes sagradas de cor branca, com os ministros e com uma delegação
de fiéis, dirige-se para um lugar conveniente, diante da porta da igreja ou dentro desta, de onde
pelo menos a maior parte dos fiéis possa participar convenientemente do rito.
Quando o sacerdote chegar ao lugar escolhido para a bênção das velas, acendem-se estas,
enquanto se canta a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto adequado. Segue-se como
na Primeira Forma.121
Aos fiéis recomende-se participação mais intensa e frutuosa na liturgia quaresmal e nas
celebrações penitenciais. Exortem-se principalmente a que, de acordo com a lei e tradições da
Igreja, se aproximem-se neste tempo do sacramento da Penitência, para, purificados poderem
participar das alegrias do domingo da Ressurreição. Muito convém que, no tempo da
Quaresma, o sacramento da Penitência seja celebrado de forma mais solene.
Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores, e o toque dos instrumentos
musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o domingo Laetare (IV da
Quaresma), bem como as solenidades e festas. No domingo Laetare, pode-se usar o cor-de-
rosa.122
Depois do Evangelho e feita a homilia, o sacerdote, de pé, convida o povo a orar; e, após
breve oração em silêncio, benze as cinzas, que um acólito sustenta diante dele, recitando, de
mãos estendidas, a oração do Missal. Depois asperge as cinzas com água benta, sem dizer nada.
À hora devida, faz-se a concentração numa igreja menor ou noutro local apropriado fora
da Igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis tenham nas mãos os ramos.
Terminado o canto, começa: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Saúda o
povo dizendo: “A paz esteja convosco”, e profere monição introdutória.
Após a monição, junta as mãos e recita a oração da bênção dos ramos e asperge-os com
água benta, sem dizer nada. Depois da bênção dos ramos e antes da proclamação do Evangelho,
pode distribuir os ramos aos ministros e a alguns fiéis.
Onde a procissão não se puder efetuar fora da igreja, a bênção dos ramos pode-se
realizar sob a forma de entrada solene.
Os fiéis reúnem-se diante da porta da igreja ou mesmo dentro da igreja, com os ramos
nas mãos. O celebrante e os ministros, com uma delegação de fiéis, dirigem-se para um local
da igreja, de onde pelo menos a maior parte dos fiéis possa acompanhar o rito. Enquanto o
sacerdote se dirige para o referido local, canta-se a antífona Hosana, ou outro canto apropriado.
Depois, faz-se tudo como se disse na Primeira Forma.
C. HISTÓRIA DA PAIXÃO
Começando o canto antes do Evangelho, todos se levantam. Não se usa incenso nem
velas durante a história da Paixão. Lê-se a história da Paixão. Omite-se a saudação ao povo e o
sinal da cruz sobre o livro.
Depois de anunciada a morte do Senhor, todos se ajoelham, e faz-se uma breve pausa.
No fim, diz: “Palavra da salvação”, mas não se beija o livro.
Além do que é requerido para a celebração da Missa comum, deverá preparar o seguinte:
A. DESCRIÇÃO DO RITO
Depois do lava-pés, o sacerdote volta para a cátedra, lava as mãos e retoma a casula.
Como nesta Missa não se recita o símbolo, segue-se imediatamente a oração universal e o
restante do ritmo como de costume.
Enquanto isso, é cantado o hino “Canta, Igreja” (omitindo as duas últimas estrofes) ou
outro canto eucarístico, conforme os costumes locais. Ao chegar ao lugar da reposição, o
sacerdote depõe a âmbula sobre o altar ou dentro do sacrário, cuja porta deixa aberta. E
enquanto se canta: “tão sublime sacramento”, ou outro canto apropriado, incensa, de joelhos,
o Santíssimo Sacramento. Depois, introduz o Santíssimo no sacrário ou fecha a porta.
Pelas três horas da tarde, salvo se razão pastoral leve a escolher hora mais tardia, celebra-
se a paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada
Comunhão.
O altar deve estar completamente desnudado, sem cruz, sem castiçais, sem toalhas.
1) Na sacristia:
- Para o sacerdote, paramentos de cor vermelha, como para a Missa;
- Para os restantes ministros, alvas e outras vestes devidamente aprovadas;
2) Em lugar apropriado:
- A cruz (coberta com o véu, no caso de se adotar a primeira forma);
- Dois castiçais;
3) No presbitério:
- Missal;
- Lecionários;
- Toalhas;
- Corporais;
A. RITOS INTRODUTÓRIOS
Depois, o sacerdote dirige-se para a cátedra, onde, voltado para o povo e de mãos
estendidas, reza a oração: “Ó Deus, pela paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Depois, senta-
se.
B. LITURGIA DA PALAVRA
Após a homilia, o celebrante, de pé, junto da cátedra ou, se for mais conveniente, junto
do altar, recita de mãos estendidas a oração universal, como vem no Missal, escolhendo, se for
necessário, as orações mais apropriadas. Durante todo o tempo destas orações, os fiéis podem
permanecer de joelhos ou de pé.
Segue-se a isto a apresentação e adoração da Santa Cruz, adotando uma das formas
propostas pelo Missal:
1) Primeira forma de apresentar a Santa Cruz: Enquanto um diácono leva a Cruz velada
até ao altar, acompanhada de dois acólitos com velas acesas, o sacerdote dirige-se para
o altar com os seus assistentes. Aí, de pé, recebe a Cruz e vai descobrindo-a
sucessivamente por três vezes, apresentando-a aos fiéis para que a adorem, entoando,
cada vez, a fórmula invitatória: “Eis o lenho da cruz”. Todos respondem: “Vinde,
adoremos”. Terminado o canto, todos se ajoelham e adoram em silêncio durante uns
breves momentos, enquanto o sacerdote se mantém de pé, sustentando a Cruz
levantada. Em seguida, acompanhado por dois acólitos com velas acesas, o diácono
leva a Cruz para a entrada do presbitério, ou para outro lugar adequado, e aí a coloca
ou a entrega aos ministros para que a sustentem, depois de colocarem as velas à
direita e à esquerda da Cruz.
Para a adoração da Cruz, vai primeiro o celebrante, sem casula e, se lhe parecer bem, sem
sapatos. Ajoelha diante da Cruz, beija-a, e retira-se para a cátedra, retoma o calçado e a casula,
e senta-se. Após o sacerdote, vão os diáconos, depois o clero e os fiéis. Vão passando em forma
de procissão, saúdam a Cruz com a simples genuflexão ou com outro sinal adequado, de acordo
com os costumes de cada região, por ex., beijando a Cruz.
A Cruz exposta à adoração deve ser uma só. Se os fiéis, por serem muitos, não puderem
aproximar-se um a um, o sacerdote, depois de uma parte do clero e dos fiéis ter adorado, toma
a Cruz, e, no estrado do altar, com breves palavras convida o povo à adoração da Santa Cruz;
em seguida, sustenta-a levantada durante algum tempo, e os fiéis adoram-na em silêncio.
Terminada a adoração, a Cruz é levada pelo diácono para o seu lugar no altar, enquanto
o sacerdote volta para a cátedra. Os castiçais acesos colocam-se junto do altar ou perto da Cruz.
Estende-se a toalha sobre o altar, e colocam-se o corporal e o Missal.
Em seguida o diácono, com o véu umeral, leva o Santíssimo Sacramento, pelo caminho
mais curto, do lugar de reposição para o altar. Acompanham o Santíssimo Sacramento dois
acólitos com castiçais acesos, que colocam junto do altar ou sobre ele.
E. RITO DE CONCLUSÃO
Além das coisas necessárias para a celebração da Missa comum, deve preparar-se:
O sacerdote, de pé, voltado para o povo, diz: “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo”; e saúda o povo. Depois, ele dirige-se brevemente ao povo e explica a importância desta
celebração, servindo-se das palavras do Missal: “Meus irmãos. Nesta noite santa”, ou de outras
semelhantes.
Depois de benzido o fogo novo, o acólito leva o círio pascal ao sacerdote e, este, de pé,
grava com um estilete uma cruz no próprio círio pascal. Depois, grava por cima da cruz a letra
grega Alfa e por baixo da mesma a letra Ômega; e, entre os braços da Cruz, os quatro algarismos
designativos do ano corrente; enquanto isso, diz:” Cristo ontem e hoje”. Depois de ter gravado
a cruz e os outros símbolos o celebrante pode, também, espetar no círio cinco grãos de incenso
em forma de cruz, dizendo: “Pelas suas santas Chagas”. Com o fogo novo acende o círio pascal,
dizendo: “A luz do Cristo que ressuscita”.
B. PROCISSÃO
Organiza-se a procissão, que entra na igreja. À frente do sacerdote com o círio pascal,
vai o acólito com o turíbulo fumegando. Segue-se os ministros assistentes, o povo, todos com
velas apagadas na mão.
À porta da igreja, o sacerdote pára, e, erguendo o círio, canta: “Eis a luz de Cristo!” e
todos respondem: “Graças a Deus!” O sacerdote acende as velas na chama do círio pascal.
Ao chegar diante do altar, o sacerdote pára, e, voltando para o povo, canta pela terceira
vez: “Eis a luz de Cristo!” e todos respondem: “Graças a Deus!” Em seguida, coloca o círio
pascal no candelabro preparado no meio do presbitério, ou junto do ambão. E acendem-se as
luzes todas da igreja.
C. PRECÔNIO PASCAL
D. LITURGIA DA PALAVRA
Nesta Vigília, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo
(Epístola e Evangelho). Se as circunstâncias pastorais o pedirem, pode diminuir-se o número
de leituras do Antigo Testamento; tendo em conta, porém, que a leitura da Palavra de Deus é
parte fundamental desta Vigília Pascal. Dizem-se pelo menos três leituras do Antigo
Testamento, e, em casos mais urgentes, pelo menos duas. Mas nunca se omita a leitura do cap.
14 do Êxodo.
Após a última leitura do Antigo Testamento, com o seu responsório e respectiva oração,
acendem-se as velas ao altar e é entoado solenemente o hino: Glória a Deus nas alturas, que
todos continuam, enquanto se tocam os sinos, segundo os costumes locais.
Terminado o hino, o sacerdote diz, como de costume, a Oração: “Ó Deus, que iluminais
esta noite santa.”
Após este anúncio, ou, sem ele, imediatamente após a Epístola, todos se levantam. O
sacerdote, de pé, entoa solenemente o Aleluia. Canta-se por três vezes, subindo gradualmente
de tom: e o povo repete-o cada vez no mesmo tom.
E. LITURGIA BATISMAL
Primeiro, faz-se a chamada dos catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos, ou,
se forem crianças, levados pelos pais e padrinhos.
Terminada a ladainha, benze a água, dizendo a oração: “Ó Deus, pelos sinais visíveis”,
e, ao proferir as palavras:” Nós vos pedimos, ó Pai”, pode, se for conveniente, introduzir na
água o círio pascal, uma ou três vezes, como vem indicado no missal.
No caso de a unção dos adultos com o óleo dos catecúmenos não ter sido já feita antes,
no decurso dos ritos imediatamente preparatórios, faz-se neste momento, segundo o Rito de
Iniciação Cristã dos Adultos.
Após o Batismo, as crianças recebem a unção do crisma. A todos, tanto adultos como
crianças, são entregue uma veste branca, ao mesmo tempo que o sacerdote diz: “N. e N., vós
nascestes de novo”. Depois, ele recebe o círio pascal da mão do acólito e diz: “Aproximai-vos,
Terminada a ablução batismal e os ritos complementares, se tudo isto não tiver sido feito
diante do altar, efetua-se o regresso ao presbitério, em procissão como antes, indo os neófitos
e os padrinhos ou os pais com as velas acesas. Durante a procissão, entoa-se um canto batismal.
Concluído o rito do Batismo e da Confirmação, ou, se não tiver havido nem um nem
outro, após a bênção da água, o sacerdote, estando de pé voltado para o povo, recebe a
renovação das promessas da fé batismal dos fiéis, que se conservem de pé, com as velas acesas
na mão.
Terminada a renovação das promessas do Batismo, o sacerdote asperge o povo com água
benta. Terminada a aspersão, o celebrante regressa à cátedra, e dali, omitido o Símbolo, de pé,
preside à oração universal, da qual os neófitos participam pela primeira vez.
G. LITURGIA EUCARÍSTICA
Depois começa a liturgia eucarística, que se celebra segundo o rito da Missa comum.
O tempo comum começa no dia da semana que segue a festa do Batismo do Senhor e
prolonga-se até a terça-feira antes da Quaresma, inclusive; e recomeça na segunda-feira depois
do domingo do Pentecostes e termina antes da tarde do I domingo do Advento.
Para o bem pastoral dos fiéis, nos domingos do tempo comum, é permitido realizar
aquelas celebrações que ocorrem durante a semana e são particularmente caras à piedade dos
mesmos fiéis.129
Como celebração peculiar desta solenidade, foi introduzida pela piedade da Igreja a
procissão. Nela, o povo cristão, acompanhando a Eucaristia através das ruas em rito solene,
com canto e orações, dá público testemunho de fé e piedade para com este Sacramento.
Convém, por isso, que, se as circunstâncias o permitirem onde ela se possa tornar
verdadeira manifestação comum de fé e adoração, esta procissão seja mantida e fomentada.
Onde, porém, nesta solenidade, não se puder fazer a procissão, convém organizar outra
celebração pública para toda a cidade ou para as zonas principais da mesma, seja na igreja
catedral seja noutro local mais apropriado.
É conveniente fazer esta procissão logo após a Missa na qual se consagra a hóstia que
há de ser levada em procissão. Nada obsta, porém, a que se faça depois de uma adoração
pública e prolongada que se siga à Missa.
1) No presbitério:
- Na patena, uma hóstia a ser consagrada para a procissão;
- Ostensório;
- Véu umeral;
2) Em lugar conveniente:
- Pluviais de cor branca ou festiva;
- Tochas e velas;
- Pálio.
Terminada a comunhão dos fiéis, o diácono depõe sobre o altar o ostensório, no qual
introduz respeitosamente a hóstia consagrada. Depois, sacerdote genuflete e volta para a
cátedra, onde recita a oração depois da comunhão.
Depois, recebe o véu umeral, sobe ao altar, genuflete e toma a custódia, segurando-a com
as mãos cobertas com o véu.
Organiza-se então a procissão: à frente, vai o acólito com a cruz, ladeado dos acólitos que
levam os castiçais com as velas acesas; seguem-se o clero, o turiferário com turíbulo
fumegando, o sacerdote com o Santíssimo Sacramento, um pouco atrás os ministros
assistentes. Vão todos com velas na mão, e aos lados do Santíssimo Sacramento levam-se
tochas.
Usar-se-á o palio, sob o qual vai o celebrante com o Santíssimo Sacramento, conforme os
costumes locais.
No que respeita à ordem dos fiéis, sigam-se os costumes locais. O mesmo se diga quanto
à ornamentação das praças e das ruas. Durante o percurso, se for costume e o bem pastoral o
aconselhar, pode-se marcar uma ou outra “estação”, dando-se inclusive a bênção eucarística.
Convém que a procissão se dirija de uma igreja para outra. Contudo, se as circunstâncias
locais o aconselharem, pode regressar à mesma igreja de onde partiu.
Finda a procissão, dá-se a bênção com o Santíssimo Sacramento, na igreja onde terminou
ou noutro local mais conveniente.
Depois de o sacerdote ter subido ao altar, coloca-se o ostensório e sobre ele. Depois
genuflete e, tirado o véu, ajoelha-se diante do altar.
Logo a seguir o sacerdote impõe e benze o incenso, recebe o turíbulo, faz inclinação com
os seus assistentes, e incensa o Santíssimo Sacramento com três ductos. Inclina-se novamente
diante do Santíssimo Sacramento e entrega o turíbulo. Enquanto isso, entoa-se a estrofe: “Tão
sublime”, ou outro canto eucarístico.
Depois, o sacerdote levanta-se e diz: “Oremos”. Após uma breve pausa de silêncio, e
enquanto o ministro, se for necessário, segura o livro diante do sacerdote, este prossegue:
“Senhor Jesus Cristo, neste admirável Sacramento”, ou outra oração do Ritual Romano.
Recitada a oração, o sacerdote recebe o véu umeral, sobe ao altar, faz a genuflexão e, segura
o ostensório, mantendo-o elevado com as mãos cobertas pelo véu, volta-se para o povo e com
ele faz o sinal da cruz sem dizer nada.
Neste dia, não se ornamenta o altar com flores; e o toque do órgão e de outros
instrumentos só é permitido para sustentar o canto.
Na Comemoração de todos os fiéis defuntos, onde for costume, neste dia, reunirem-se
os fiéis na igreja ou no próprio cemitério, é conveniente que o sacerdote celebre a Missa com
o povo e tome parte, com a sua Igreja, nos costumeiros sufrágios pelos defuntos.
A. EXPOSIÇÃO PROLONGADA
EXPOSIÇÃO
Se a exposição for mais solene e prolongada, a hóstia destinada à adoração deve ser
consagrada na Missa que imediatamente a precede, e coloca-se no ostensório, sobre o altar,
após a comunhão. A Missa termina com a oração depois da comunhão omitindo-se os ritos de
conclusão. Antes de se retirar, o padre incensa o Santíssimo, faz-se genuflexão e fica de joelhos
diante do altar.
Caso a hóstia não esteja no altar, coloca-se o véu umeral, vai buscar o Santíssimo no
lugar da reserva e, acompanhado pelos acólitos com velas acesas, coloca-o no ostensório sobre
a mesa do altar, coberta com uma toalha e, se for oportuna, também com o corporal. Depois,
genuflete e volta para a frente do altar.
Após estar de joelhos na frente do altar, com o ostensório sobre este, levanta-se; o
turiferário aproxima-se dele, e o Padre coloca incenso no turíbulo e benze-o, depois o sacerdote
ajoelha-se, recebe o turíbulo, faz inclinação juntamente com os seus assistentes, e incensa o
Santíssimo Sacramento. Faz nova inclinação ao Santíssimo, e devolve o turíbulo ao ministro.
Durante a exposição, as orações, canto e leituras devem-se escolher de modo que os fiéis,
entregues à oração, concentrem o seu espírito no Cristo Senhor. A fim de alimentar uma oração
mais íntima, escolham-se leituras da Sagrada Escritura com homilia ou exortações breves, que
levem a uma melhor estima pelo mistério eucarístico. Convém igualmente que os fiéis
respondam à Palavra de Deus com cantos. É conveniente que, em certos momentos, se guarde
o silêncio sagrado.
BÊNÇÃO
Perto do final da adoração, o sacerdote dirige-se para a frente altar, genuflete ao mesmo
tempo que os demais e fica de joelhos diante do altar.
Enquanto isso, entoa-se a estrofe: “Tão sublime sacramento”, ou outro canto eucarístico.
Depois de impor e benzer o incenso, de joelhos, incensa o Santíssimo, como acima se disse.
Depois levanta-se e diz: “Oremos”. E todos oram uns momentos em silêncio. A seguir,
de mãos estendidas, diz: “Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento”, ou outra das
orações indicadas no Ritual Romano.
Terminada a oração, o sacerdote recebe o véu umeral, sobe ao altar, genuflete e pega o
ostensório e, levantando-o com ambas as mãos envoltas no véu, volta-se para o povo e traça
sobre ele, o sinal da cruz, sem dizer nada.
Dada a bênção leva-se o Santíssimo com reverência para a respectiva capela, onde o
repõe no sacrário; genuflete e fecha o sacrário.
B. EXPOSIÇÃO BREVE
No caso de usar incenso, observe-se o que foi dito no “item A”, assim como o restante
do rito.132
Compete ao sacerdote, qualquer que tenha sido a sua participação, remota ou próxima,
na deliberação prévia, expor, na homilia ou no decurso do rito, o sentido religioso e eclesial da
eleição. A ele pertence expor, diante de todos os presentes, o sentir da Igreja, ouvir, se for
oportuno, o seu parecer, pedir aos catecúmenos que manifestem a sua vontade pessoal, e fazer,
em nome de Cristo e da Igreja, a admissão dos eleitos.
Convém que se celebre o rito da eleição na igreja catedral ou noutra igreja, conforme as
necessidades pastorais, na Missa do I Domingo da Quaresma. No caso de este rito se celebrar
fora do I Domingo da Quaresma, iniciar-se-á pela liturgia da Palavra. Neste caso, se as leituras
do dia não condisserem com o rito, escolher-se-ão outras de entre as que vêm indicadas para o
I Domingo da Quaresma, ou outras adequadas.
Enquanto se inscreve o nome dos candidatos, executa-se um canto apropriado, por ex.,
o Salmo 15. Terminada a inscrição dos nomes, o sacerdote proclama a sua eleição para
Por fim, o sacerdote profere a monição introdutória, preces pelos eleitos, enuncia as
intenções; e de mãos estendidas sobre os eleitos, conclui as preces com a oração.
Se houver razões graves para os eleitos não se retirarem e tenham, por isso, de ficar com
os fiéis, haja o cuidado de que, embora assistam à Eucaristia, não participem nela com se já
fossem batizados.
É para desejar que as “entregas” se façam na presença da comunidade dos fiéis, após a
liturgia da Palavra de Missa feiral, com leituras condizentes com cada uma dessas mesmas
“entregas” e que vêm no Lecionário.
A Missa celebra-se com paramentos roxos, na forma de costume, até ao versículo antes
do Evangelho inclusive.
Feito isso, de pé, o sacerdote convida os fiéis a orar e, após breve oração em silêncio,
recita a prece sobre os eleitos, de mãos estendidas sobre eles.
A Missa continua como de costume. Na Oração eucarística, faz-se memória dos eleitos e
dos padrinhos.
A celebração da Iniciação revestirá sempre caráter pascal, mesmo quando se realiza fora
da Vigília pascal.
Na administração dos sacramentos, seguir-se-á o que ficou indicado no item 5.4 “Tabela
dos Dias Litúrgicos”. Os outros ritos complementares são executados pelo presbítero.
Convém que os neófitos recebam a sagrada comunhão sob as duas espécies. Podem
igualmente recebê-la os pais, os padrinhos, os catequistas e os parentes.
TEMPO DE MISTAGOGIA
A fim de estabelecer contato pastoral com os novos membros da sua Igreja, sobretudo
quando não lhe tenha sido possível presidir ele próprio aos sacramentos da Iniciação cristã,
procure o sacerdote reunir os neófitos ao menos uma vez, de preferência num dos domingos
da Páscoa ou no aniversário do Batismo, e ele próprio presida à celebração da Eucaristia, na
qual os neófitos podem receber a comunhão sob as duas espécies.
B. BATISMO DE CRIANÇAS
A entrada na igreja faz-se como de costume, porém à porta da igreja, é onde faz-se os
ritos da recepção das crianças, como vem descrito no Ritual do batismo das crianças.
Omite-se ato penitencial, segue-se de costume até a homilia. Omite-se o Símbolo, uma
vez que virá depois a profissão de fé, por parte dos pais e padrinhos, profissão esta a que o
sacerdote dá o seu assentimento, juntamente com toda a comunidade presente.
Feito isto, faz-se a procissão até ao batistério, se este ficar situado fora da igreja ou longe
da vista dos fiéis.
No caso, porém, de o recipiente com a água batismal estar colocado à vista da assembleia,
o sacerdote, os pais e os padrinhos com as crianças dirigem-se para junto dele, enquanto os
demais ficam nos seus lugares.
Entretanto, podendo fazer-se com dignidade, executa-se um canto adequado, por ex., o
Salmo 22. Na procissão para o batistério, os batizados com os pais e os padrinhos, vão atrás do
sacerdote.
Chegados junto da fonte batismal, ou ao lugar onde se vão realizar os ritos do Batismo,
o presidente faz uma introdução a esta parte da celebração, recordando aos presentes, em
breves palavras, o admirável desígnio de Deus, que se dignou santificar, por meio da água, a
alma e o corpo do homem.
Terminado o interrogatório, batiza as crianças. A seguir faz a unção com o crisma, impõe
a veste branca, entrega a vela acesa e executa o rito do Éfeta.
Para a bênção no fim da Missa, as mães, com os filhos nos braços, e os pais vão colocar-
se diante do sacerdote. Este, voltado para eles, de pé, dá a benção.
A entrada na igreja faz-se na forma habitual, assim como o rito de recepção das crianças
à porta. Tudo o mais se faz como acima ficou descrito. Exceto pela Liturgia Eucarística.
C. CONFIRMAÇÃO
Por uma causa grave, como acontece por vezes, devido ao grande número de confirmado,
o Bispo pode associar a si presbíteros que administrem este sacramento.
Entrada na igreja, ritos iniciais e liturgia da Palavra até ao Evangelho, como de costume.
Em seguida, o sacerdote diz a monição: “Roguemos, caros irmãos”, depois da qual todos
oram em silêncio por uns momentos. Aproxima-se o ministro com o vaso ou vasos de santo
crisma.
Paróquia Maria de Nazaré- Samambaia Sul, DF
113
Depois, os candidatos aproximam-se do presbítero, aquele que apresentou o
confirmando põe a mão direita sobre o ombro dele e diz ao sacerdote o nome do mesmo, ou
então pode o confirmando dizer espontaneamente o seu nome.
Omite-se o Símbolo, visto já se ter feito a profissão de fé. E a Missa prossegue como de
costume.
O presbítero vai revestidos de sobrepeliz por cima do hábito talar, ou de alva e estola e,
eventualmente, pluvial de cor branca. Os outros ministros, vestes brancas, ou outras
legitimamente aprovadas.
Reunidos os confirmandos, seus pais e padrinhos, bem como toda a comunidade dos
fiéis, e enquanto se executa um canto adequado, o sacerdote e ministros dirigem-se para o
presbitério. Reverencia-se o altar, saúda o povo, e logo em seguida recita a oração: “Ó Deus de
poder e misericórdia”.
Ressalta-se que a Missa, leituras e cor a se usar na celebração deve seguir a orientação
feita no item 5.4 “Tabela dos Dias Litúrgicos”.133
Os esposos, seus pais, testemunhas e parentes podem receber a comunhão sob as duas
espécies.
No fim da Missa, em lugar da bênção costumada, usa-se uma das fórmulas que vêm no
Ritual para esta Missa.
O presbítero veste a sobrepeliz sobre o hábito talar ou alva e estola com o pluvial;
A entrada dos noivos e do celebrante na igreja faz-se como se disse acima acrescentando-
se a oração de coleta.
No caso de se distribuir a comunhão dentro do rito, o sacerdote vai buscar a âmbula com
o Corpo do Senhor; depõe-na sobre o altar e genuflete. Em seguida, o sacerdote introduz à
oração dominical e todos a recitam.
Feito isto, genuflete, toma uma partícula, e com ele um pouco elevada sobre a âmbula,
voltado para os que vão comungar, diz: Felizes os convidados.
Ressalta-se que a Missa, leituras e cor a se usar na celebração deve seguir a orientação
feita no item 5.4 “Tabela dos Dias Litúrgicos”.134
“Queridos Acólitos, na realidade vós já sois apóstolos de Jesus! Quando participais na Liturgia
desempenhando o vosso serviço no altar, ofereceis a todos um testemunho. A vossa atitude
recolhida, a vossa devoção que parte do coração e se exprime nos gestos, no canto, nas respostas:
se o fizerdes do modo justo e sem distrações, de um modo qualquer, então o vosso é um
testemunho que toca os homens. O vínculo de amizade com Jesus tem a sua fonte e o seu ápice
na Eucaristia. Vós estais muito próximos de Jesus Eucaristia, e este é o maior sinal da sua
amizade por cada um de nós. Não vos esqueçais disto; e por isso vos digo: não vos habitueis a
este dom, para que não se torne uma espécie de hábito, sabendo como funciona e fazendo-o
automaticamente, mas descobri todos os dias novamente que se realiza uma coisa grandiosa,
que o Deus vivente está no meio de nós, e que podeis estar próximos dele e contribuir para que o
seu mistério seja celebrado e alcance as pessoas. Se não cederdes ao hábito e desempenhardes o
vosso serviço a partir do vosso íntimo, então sereis verdadeiramente seus apóstolos e dareis
frutos de bondade e de serviço em todos os âmbitos da vossa vida: na família, na escola, no tempo
livre.”
(Num. 6,22-26).
Amém!
Sagrada Congregação para o Culto Divino. Missal Romano, 1ª Ed. Roma: Paulus, 2002.