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MANUAL DE FORMAÇÃO E ESTUDOS

PARA CERIMONIÁRIOS

PARÓQUIA MARIA DE NAZARÉ


SAMAMBAIA SUL – DF
MANUAL DE FORMAÇÃO
E ESTUDOS PARA
CERIMONIÁRIOS

1ª Edição

Arquidiocese de Brasília
Paróquia Maria de Nazaré
QN 316 CONJUNTO 03 LOTE 01 - Samambaia Sul, DF

(61) 3357-2706
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2. EXÓRDIO .......................................................................................................................... 2
3. O QUE É LITURGIA ....................................................................................................... 3
4. OBJETOS LITÚRGICOS E SEUS USOS ..................................................................... 5
5. O ANO E OS TEMPOS LITÚRGICOS ...................................................................... 17
5.1 OS DIAS LITÚRGICOS...................................................................................................... 18
5.2 CICLO ANUAL ..................................................................................................................... 18
5.3 OS ANOS LITÚRGICOS (LEITURAS)............................................................................ 21
6. CORES LITÚRGICAS ................................................................................................... 22
7. PARAMENTOS LITÚRGICOS ................................................................................... 24
8. A SANTA MISSA........................................................................................................... 32
8.1 DISPOSIÇÃO E ADORNOS PARA A CELEBRAÇÃO ................................................ 32
8.2 OFÍCIOS E MINISTÉRIO NA IGREJA E SANTA MISSA .......................................... 36
8.3 O QUE PREPARAR PARA A CELEBRAÇÃO ................................................................ 48
8.4 ESTRUTURA GERAL DA MISSA.................................................................................... 49
8.5 PARTICULARIDADES DAS FORMAS DA SANTA MISSA .................................... 61
9. POSTURA, GESTOS E ATITUDES CORPORAIS.................................................. 68
10. ADAPTAÇÕES QUE COMPETEM AOS BISPOS E ÀS SUAS
CONFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 74
11. SÍMBOLOS E SIGNIFICADOS ................................................................................ 75
12. SÃO TARCÍSIO – PATRONO DOS ACÓLITOS.................................................. 79
13. ORAÇÕES ..................................................................................................................... 79
14. ORIENTAÇÃO AOS SERVOS DO ALTAR ........................................................... 80
15. DIRETRIZES ................................................................................................................. 82
16. GUIA - MISSAL ........................................................................................................... 85
16.1 PÁGINAS DO MISSAL ................................................................................................... 85
16.2 – ORGANIZAÇÃO DO MISSAL PARA CELEBRAÇÃO .......................................... 86
16.2 – MANUSEIO DAS PÁGINAS NA MISSA.................................................................. 87
17. GUIA - CELEBRAÇÕES DO SENHOR NO DECURSO DO ANO ................... 89
17.1 TEMPO DO ADVENTO E DO NATAL DO SENHOR .............................................. 89
17.2 FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR .............................................................. 90
17.3 TEMPO DA QUARESMA ................................................................................................ 91
17.4 QUARTA-FEIRA DE CINZAS ........................................................................................ 91
17.5 DOMINGO DE RAMOS, NA PAIXÃO DO SENHOR .............................................. 92
17.6 SAGRADO TRÍDUO PASCAL ....................................................................................... 93
17.7 MISSA DA CEIA DO SENHOR...................................................................................... 94
17.8 CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR ................................................................. 95
17.9 VIGÍLIA PASCAL .............................................................................................................. 98
17.10 TEMPO COMUM ........................................................................................................... 102
17.11 SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO ............... 103
17.12 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS ........................................ 105
19. GUIA - EXPOSIÇÃO E BENÇÃO COM O SANTÍSSIMO SACRAMENTO 106
20. GUIA - CELEBRAÇÕES DOS SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO CRISTÃ 108
21. GUIA - CELEBRAÇÕES DOS SACRAMENTOS DO MATRIMÔNIO ......... 114
22. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 116
23. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 117
1

1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste Manual é dar aos acólitos desta comunidade, principalmente aos
Mestres de Cerimônias, uma fonte de pesquisa, aprendizado e aprimoramento para o melhor
desenvolvimento de suas atividades ministeriais.

Deve-se salientar que esta apostila é uma compilação de informações litúrgicas que foi
desenvolvido utilizando-se o Cerimonial dos Bispos (CB), a Instrução Geral do Missal Romano
(IGMR), o Sacrosanctum Concilium (SC), Redemptionis Sacramentum (RS) e demais fontes
fiéis de pesquisa doutrinária. Também foi utilizado o devido costume da nossa Igreja
Particular, sem desconexão com a Sagrada Tradição.

Há a necessidade de se ressaltar que se foi preparado tal Manual sob os cuidados e


orientações advindas da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
Desta forma fica explícita a vontade de se manter fidelidade às normas estipuladas na Tradição
e nos livros sacros.

Assim, também a nossa comunidade tem suas peculiaridades, portanto, a presente


apostila deverá ser periodicamente atualizada e corrigida de forma a tornar a Missa mais bonita
e mais participativa, incluindo futuras admonições e reformulações estipuladas pela Santa Sé
ou pela Conferência Episcopal Brasileira.

Padre Wilkie Bandeira Claret


Supervisão
wilkiedf@gmail.com

Cerimoniário Pedro Henrique Marques da Silva


Autoria, compilação e edição
phmarquessilva@gmail.com

Brasília, DF, janeiro de 2022

Paróquia Maria de Nazaré- Samambaia Sul, DF


2
2. EXÓRDIO
Quando Cristo Senhor estava para celebrar com os discípulos a ceia pascal, na qual
instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, mandou preparar uma grande sala mobiliada (Lc
22, 12). A Igreja sempre entendeu que esta ordem lhe dizia respeito e, por isso, foi
estabelecendo normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se refere às
disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos. As normas que hoje possuímos,
promulgadas por vontade expressa do II Concílio do Vaticano, e o novo Missal que, de futuro,
vai ser usado no rito romano para a celebração da Missa, constituem mais uma prova desta
solicitude da Igreja, da sua fé e do seu amor inalterado para com o sublime mistério eucarístico,
e da sua tradição contínua e coerente, não obstante a introdução de algumas inovações. 1

A natureza sacrificial da Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento, de


acordo com toda a tradição da Igreja, foi mais uma vez formulada pelo II Concílio do Vaticano,
quando, a respeito da Missa, proferiu estas significativas palavras: “O nosso Salvador, na
última Ceia, instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue, com o fim de perpetuar
através dos séculos, até à sua vinda, o sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à Igreja, sua
amada Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição”. 2

Deste modo, as normas litúrgicas do Concílio de Trento foram em grande parte


completadas e aperfeiçoadas pelas do II Concílio do Vaticano, que pôde levar a termo os
esforços no sentido de aproximar mais os fiéis da sagrada Liturgia, esforços estes
desenvolvidos ao longo dos últimos quatro séculos, sobretudo nos tempos mais recentes,
graças especialmente ao zelo litúrgico de S. Pio X e seus Sucessores. Assim a Igreja, mantendo-
se fiel à sua missão de mestra da verdade, conservando o que é “antigo”, isto é, o depósito da
tradição, cumpre também o dever de considerar e adoptar o que é “novo” (cf. Mt 13, 52). 3

A celebração da Missa, como ação de Cristo e do povo de Deus hierarquicamente


ordenado, é o centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja, quer universal quer local, como
para cada um dos fiéis. Nela culmina toda a ação pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo,
bem como todo o culto pelo qual os homens, por meio de Cristo, Filho de Deus, no Espírito
Santo, prestam adoração ao Pai. Nela se comemoram também, ao longo do ano, os mistérios da
Redenção, de tal forma que eles se tornam, de algum modo, presentes. Todas as outras ações
sagradas e todas as obras da vida cristã com ela estão relacionadas, dela derivam e a ela se
ordenam.4

Por isso, é da máxima importância que a celebração da Missa ou Ceia do Senhor de tal
modo se ordene que ministros sagrados e fiéis, participando nela cada qual segundo a sua
condição, dela colham os mais abundantes frutos. Foi para isso que Cristo instituiu o sacrifício
eucarístico do seu Corpo e Sangue e o confiou à Igreja, sua amada esposa, como memorial da
sua paixão e ressurreição.5

Tal finalidade só pode ser atingida se, atentas a natureza e as circunstâncias peculiares
de cada assembleia litúrgica, se ordenar toda a celebração de forma a conduzir os fiéis àquela
participação consciente, ativa e plena, de corpo e espírito, ardente de fé, esperança e caridade,
que a Igreja deseja e a própria natureza da celebração reclama, e que, por força do Batismo,

1 IGMR § 1.
2 IGMR § 2.
3 IGMR § 15.
4 IGMR § 16.
5 IGMR § 17.

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constitui direito e dever do povo cristão.6

Embora nem sempre se consiga uma presença e uma participação ativa dos fiéis que
manifestem com toda a clareza a natureza eclesial da celebração, a celebração eucarística tem
sempre assegurada a sua eficácia e dignidade, por ser ação de Cristo e da Igreja, em que o
sacerdote realiza a sua principal função e atua sempre para a salvação do povo.7

Dada tamanha necessidade de se cumprir os deveres que nos cabe como seguidores de
Cristo, construiu-se este material litúrgico para ser verdadeira base de pesquisa. Não se exime,
logicamente, a busca e leitura nas fontes sagradas como o IGMR (Instrução Geral do Missal
Romano) e o CB (Cerimonial dos Bispos), assim como demais documentos sagrados
propagados pela Santa Igreja.

3. O QUE É LITURGIA
“Liturgia” quer dizer ação do povo, serviço do povo. A liturgia tem uma alma: Toda
expressão do culto, sem a fé, é um corpo sem alma. Seria uma religiosidade fingida, que Deus
não aceitaria. Com palavras severas Ele condenou essa falsa piedade dos fariseus: “Este povo
me louva com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Mt 15,8).

Liturgia é, pois, o culto público da Igreja, que assume oficialmente as palavras e os


gestos de Jesus, bem como a fé e os sentimentos do povo de Deus, tornando presente e atuante
a Obra da Salvação. A Liturgia inclui dois elementos: o divino e o humano. Ela nos leva ao
encontro pessoal com Deus, tendo como Mediador o próprio Cristo, que, nascido de Maria,
reúne em Si a Divindade e a Humanidade.

“A Liturgia, como exercício do sacerdócio de Jesus Cristo, tem duas dimensões


fundamentais: a glorificação de Deus e a santificação da humanidade. Trata-se de duas
dimensões e não de dois tempos ou duas atividades estanques. A comunidade que celebra tem o
compromisso de evangelizar o mundo.” Eis o que diz alguns parágrafos da Constituição
“Sacrossantum Concilium” sobre a sagrada liturgia.

Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em sua Igreja, e especialmente
nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, pois
aquele que agora se oferece pelo ministério sacerdotal é o “mesmo que, outrora, se ofereceu na
cruz”, como sobretudo nas espécies Eucarísticas. Ele está presente pela sua virtude nos
sacramentos, de tal modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo quem batiza. Está
presente na sua palavra, pois é ele quem fala quando na Igreja se leem as Sagradas Escrituras.

Está presente, por fim, quando a Igreja ora e salmodia, ele que prometeu: “onde se
acharem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,20).

Realmente, nesta grandiosa obra, pela qual Deus é perfeitamente glorificado e os


homens são santificados, Cristo sempre associa a si a Igreja, sua amadíssima esposa, que
invoca seu Senhor, e por ele presta culto ao eterno Pai. Com razão, portanto, a liturgia é
considerada como exercício da função sacerdotal de Cristo. Ela simboliza através de sinais

6 IGMR § 18.
7 IGMR § 19.

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sensíveis e realiza em modo próprio a cada um a santificação dos homens; nela o corpo místico
de Jesus Cristo, cabeça e membros, presta a Deus o culto público integral.

Por isso, toda celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é
a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra ação da Igreja iguala,
sob o mesmo título e grau.

Na liturgia da terra nós participamos, saboreando-a já, da liturgia celeste, que se celebra
na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos encaminhamos como peregrinos, onde o Cristo
está sentado à direita de Deus, qual ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com
toda a milícia do exército celeste entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a
memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; esperamos pelo salvador, nosso
Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareceremos com ele na glória.

Contudo, a Liturgia é o cume para o qual se dirige a ação da Igreja e, ao mesmo tempo,
a fonte donde emana toda a sua força. Na verdade, o trabalho apostólico ordena-se a conseguir
que todos os que se tornaram filhos de Deus pela fé e pelo batismo, se reúnam em assembleia,
louvem a Deus na Igreja, participem no sacrifício e comam a Ceia do Senhor. A liturgia, por
sua vez, impele os fiéis, saciados pelos “mistérios pascais”, a viverem “em união perfeita”, e
pede que “sejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé”. A renovação, na Eucaristia, da
aliança do Senhor com os homens, solicita e estimula os fiéis para a imperiosa caridade de
Cristo. Da liturgia, portanto, e particularmente da Eucaristia, como de uma fonte, corre sobre
nós a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo
e a glorificação de Deus, a que se ordenam como a seu fim todas as outras obras da Igreja.

É desejo ardente da mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e
ativa participação na celebração litúrgica que a própria natureza da liturgia exige e à qual o
povo cristão, “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido” (1Pd 2,9; cf. 2,4-5),
tem direito e obrigação, por força do batismo.

A esta plena e ativa participação de todo o povo cumpre dar especial atenção na reforma
e incremento da sagrada liturgia: com efeito, ela é a primeira e necessária fonte, da qual os fiéis
podem haurir o espírito genuinamente cristão. Esta é a razão que deve levar os pastores de
almas, em toda a sua atividade pastoral, a procurarem-na com o máximo empenho, através da
devida formação. Dia após dia, a liturgia vai nos transformando interiormente em templos
santos do Senhor e morada espiritual de Deus, até a plenitude de Cristo, de tal forma que nos
dá a força necessária para pregar Cristo e mostrar ao mundo o que é a Igreja, como a reunião
de todos os filhos de Deus ainda dispersos até que se tornem um só rebanho, sob um único
pastor.

Não há dúvida de que a reforma litúrgica do Concílio tem tido grandes vantagens para
uma participação mais consciente, ativa e frutuosa dos fiéis no santo Sacrifício do altar».
Certamente, «não faltam sombras». Assim, não se pode calar ante aos abusos, inclusive
gravíssimos, contra a natureza da Liturgia e dos sacramentos, também contra a tradição e
autoridade da Igreja, abusos que em nossos tempos, não raramente, prejudicam as Celebrações
litúrgicas em diversos âmbitos eclesiais. Em alguns lugares, os abusos litúrgicos se têm
convertido em um costume, no qual não se pode admitir e se deve terminar.

Os abusos, sem dúvida, «contribuem para obscurecer a reta fé e a doutrina católica sobre
este admirável Sacramento». De esta forma, também se impede que possam «os fiéis reviver
de algum modo a experiência dos discípulos de Emaús: Então se lhes abriram os olhos e o
reconheceram». Convém que todos os fiéis tenham e revivam aqueles sentimentos que
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receberam pela paixão salvadora do Filho Unigênito, que manifesta a majestade de Deus, já
que estão ante à força, à divindade e ao esplendor da bondade de Deus, especialmente presente
no sacramento da Eucaristia.

Portanto, deve-se conhecer de tão plena forma esse sagrado mistério a fim de sermos,
com a ajuda do Espírito Santo, verdadeiros paráclitos da sagrada Liturgia. Comecemos a
formação para podermos participar mais frutuosamente da Liturgia, não só como fiéis leigos,
mas também como servidores dela. 8

4. OBJETOS LITÚRGICOS E SEUS USOS


Os objetos destinados ao culto divino devem ser dignos e belos como sinais e símbolos
das realidades celestes.9

TURÍBULO

Vaso de metal preso a correntes utilizado para colocar carvões


fumegantes em que se deita incenso para uso nas Celebrações.
Muito cuidado ao manusear, objeto EXTREMAMENTE
QUENTE! A tampa se chama opérculo e a parte superior,
cápsula. Onde se vai os carvões é a base, temos as correntes e as
argolas também.

A forma correta de se passar o turíbulo é: Colocar a mão


esquerda na parte superior das correntes e ele na direita.10

NAVETA E COLHERINHA

Recipiente de metal com formato de barca em que se guarda o


incenso a ser usado. A colher fica sempre dentro da naveta e é
utilizada para captura da matéria a se deitar no turíbulo.

INCENSO

Material de suave odor que se é colocado na naveta e


futuramente é despejado em pequenas quantidades no turíbulo.
Se houver outra substância que se ajunte, haja cuidado para que
a de incenso seja muito superior.11

8 SC § 2 – 10, RS § 4 e 6.
9 IGMR § 288.
10 CB § 90 nota 74.
11 CB § 85.

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CRUZ PROCESSIONAL

Cruz que contém a imagem de Cristo Crucificado e que possui


uma longa haste. Utilizada para indicar o início da Procissão.
Pode ser usada como Cruz do Altar (Vide: Cruz do Altar).

CRUZ DO ALTAR

Caso a Cruz Processional não seja posta no presbitério, deve-se


ter preparado com antecedência uma Cruz para o altar. É
obrigatório uma das duas, somente, na Celebração. Deve ser
retirada se houver Adoração. Deve-se estar presente sempre em
toda missa, uma Cruz com o Cristo Crucificado, no altar ou perto
dele e que a assembleia possa ver bem. Convém, que mesmo
fora das ações litúrgicas, permaneça junto do altar uma tal cruz,
para recordar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor.12

TOCHAS E CASTIÇAIS

São utilizadas em procissões para levar as velas que serão ou não


utilizadas no altar. Haja o devido cuidado para não entornar as
velas, pois a cera é quente e de difícil remoção e haja cuidado no
manuseio, pois como as de querosene, são EXTREMAMENTE
PERIGOSAS. Em qualquer celebração, dispõem-se, no altar ou
em volta dele, como for mais conveniente, pelo menos dois
castiçais com velas acessas, ou quatro, ou seis, sobretudo no caso
da Missa Dominical ou festiva de preceito, e até sete, se for o
Bispo diocesano a celebrar. Importante que formem um todo
harmônico e a não impedir os fiéis de verem facilmente o que
no altar se realiza ou o que nele se coloca. 13

CALDEIRINHA

Vaso de metal utilizado para se conservar água benta ou que será


abençoada e posteriormente aspergida em objetos, lugares ou
pessoas.

12 IGMR § 117 e 308.


13 IGMR § 117 e 307.

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ASPERSÓRIO

Objeto em metal com a ponta arredondada, oca e com furos


utilizado para aspergir a água contida na caldeirinha. A foto de
baixo é de um aspersório portátil que já contém água em seu
interior para aspersão de pessoas, objetos ou lugares.

JARRA E BACIA (Lavabo)

O jarro é em metal e armazena água para ser utilizada na


Purificação das mãos do Sacerdote na Liturgia Eucarística. A
bacia serve para aparar a água após derramada nas mãos do
celebrante. O conjunto se chama “lavabo”.

Vide: ALFAIAS

Manustérgio São panos usados na liturgia e que não devem ser tratados de
qualquer maneira, pois possuem utilização específica. no que
Véus se refere a todas as alfaias sagradas, a Igreja admite as formas de
expressão artística próprias de cada região e aceita as adaptações
Corporal que melhor se harmonizem com a mentalidade e as tradições dos
diversos povos, contanto que correspondam adequadamente ao
Sanguíneo uso a que as mesmas alfaias sagradas se destinam. 14

MANUSTÉRGIO

Do latim manutergium, “Pano de limpar as mãos”. É uma


pequena toalha utilizada pelo sacerdote para enxugar as mãos
após a utilização do Lavabo na Liturgia Eucarística. É uma alfaia.

HÓSTIA MAGNA

Hóstia utilizada pelo padre durante a consagração. Ela deve


estar na patena antes do início da missa no Conjunto do Cálice.

14 IGMR § 325.

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HÓSTIAS

Ou partículas, são pequenas rodelas finas que são utilizadas


para consagração da Eucaristia na Santa Missa e distribuição aos
fiéis. O pão para celebrar a Eucaristia deve ser só de trigo,
confeccionado recentemente e, segundo a antiga tradição da
Igreja latina, pão ázimo. Tenha-se grande cuidado em que o pão
destinado à Eucaristia se conserve em perfeito estado, isto é, que
o pão não se estrague ou endureça tanto que se torne difícil
parti-lo.15

VASOS SAGRADOS

Deve-se ter um respeito particular pelos vasos sagrados, pois


Vide: serve para oferecer, consagrar e comungar o pão ou o vinho na
Celebração. Deve ser fabricado em metal nobre. Se forem
Âmbula
fabricados em metal oxidável, ou menos nobre que o ouro,
Patena normalmente devem ser dourados por dentro. A juízo das
Conferências Episcopais, e com a confirmação da Sé Apostólica,
Cálice os vasos sagrados também podem ser fabricados com outros
materiais sólidos e que sejam, segundo o modo de sentir de cada
Teca região, mais nobres, por exemplo, o marfim ou certas madeiras
muito duras, contanto que sejam adequadas para o uso sagrado.
Luneta e Custódia Neste caso, dê-se preferência aos materiais que não se quebrem
nem deteriorem facilmente. Quanto aos cálices e outros vasos,
Semelhantes aos citados
destinados a receber o Sangue do Senhor, a copa deve ser de
material que não absorva os líquidos. O pé do cálice pode ser de
outra matéria sólida e digna.16

ÂMBULA

Vaso Sagrado em metal utilizado para armazenar hóstias que


serão consagradas durante a Missa para distribuição aos fiéis ou
conservação.

SANTA RESERVA

As Reservas Eucarísticas são o Corpo de Cristo ou Eucaristias


(não mais hóstias) que não foram consumidas na Missa e que
são levadas à um local devido para adoração até o próximo Rito.

15 IGMR § 320 e 323, RS § 48 e 49.


16 IGMR § 327 – 330, RS § 117.

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VÉU DA ÂMBULA

Véu utilizado para indicar que determinada âmbula contém o


Corpo de Cristo. Tudo que é sagrado a Igreja tem o costume de
cobrir-se com um véu.

TECA

Recipiente destinado para se guardar Eucaristias destinadas a


enfermos ou que serão usadas em adoração ao Santíssimo
Sacramento. Em sumo, é para o “transporte das reservas
eucarísticas”.

SACRÁRIO

Recipiente artisticamente ornado destinado para acolher as


Santas Reservas e prover adoração a quem quer que deseje fazê-
la. 17

CONOPEU

“Cortina” ou, mais apropriadamente, véu utilizado para se


cobrir o Sacrário. Remete-se ao “Véu do Templo” que velava a
Arca da Aliança na Igreja Primitiva.

LÂMPADAS DO SANTÍSSIMO

São velas, lâmpadas ou pavios de querosene que se destina, a


não permitir a escuridão no local em que se está o Sacrário, seja
de dia ou de noite.

17 RS § 134 - 139.

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GALHETAS E PRATINHO

Galhetas são os recipientes de cristal, vidro ou metal (com ou


sem asa) em que se coloca o vinho de missa e a água para serem
utilizados nas celebrações. O pratinho é o objeto em que as
galhetas se encontram. Máximo cuidado ao manusear. O vinho
para celebrar a Eucaristia deve ser de uvas, fruto da videira (cf.
Lc 22, 18), natural e puro, quer dizer, sem qualquer mistura de
substâncias estranhas. Tenha-se grande cuidado em que o vinho
destinado à Eucaristia se conserve em perfeito estado, isto é, que
o vinho não se azede. 18

CONJUNTO CÁLICE

É o “kit” em que encontramos o Corporal, Pala, Hóstia Mor


(hóstia maior, utilizada pelo padre), Patena, Sanguíneo e Cálice.
Também pode ter o véu do Cálice para completar.

CORPORAL

É a alfaia que se coloca em primeiro sobre o altar para


preparação da Liturgia Eucarística. Sua principal função é
“aparar” qualquer macro partículas do Corpo e do Sangue de
Cristo.

PALA

Espécie de “tampa” rígida para o cálice que impede qualquer


tipo de impureza ou insetos de entrar em contato direto com o
Sangue de Cristo.

PATENA

Espécie de prato que recebe a hóstia magna para consagração e


o partir desta. Serve principalmente para “aparar” as partículas
da hóstia assim como as sustentar. Pode-se usar
convenientemente uma patena maior, na qual se põe o pão não
só para o sacerdote e o diácono, mas também para os outros
ministros e fiéis. 19

18 IGMR § 322 e 323, RS § 50.


19 IGMR § 331.

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SANGUÍNEO

Alfaia destinada para a purificação (secagem) dos vasos


sagrados (âmbula, patena, teca, cálice) juntamente com água.
Também se utiliza para secar o Sangue de Cristo que possa vir a
escorrer pelo cálice ou nos lábios do Sacerdote.

CÁLICE

Utilizado na consagração do vinho em Sangue de Cristo durante


as Celebrações Eucarísticas. Diferente das Santas Reservas, o
Sangue deve ser consumido em totalidade no Rito. Se houver
necessidade de mais de um cálice na missa, que cada um
contenha suas alfaias.

VÉU DO CÁLICE

Utilizado para cobrir todo o Conjunto Cálice. É louvável e


mostra o quão sagrado é todos os componentes do kit e quão
respeitoso deve ser o tratamento com estes. Pode ser da cor do
dia ou de cor branca. 20

SINETA, SINO OU CARRILHÃO

São objetos tocados durante a Consagração e Transubstanciação


do Corpo e Sangue de Cristo, assim como nas Adorações ao
Santíssimo Sacramento.

MATRACA

Substitui a Sineta, Sino ou Carrilhão durante o Tríduo Sacro,


haja vista que, durante o Tempo Quaresmal e a Semana Santa
não se toca tais sinos.

20 IGMR § 118.

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OSTENSÓRIO

Objeto utilizado para se colocar uma única Eucaristia para


adoração, exposição e veneração solene dentro de um rito
específico de nome: “Adoração ao Santíssimo Sacramento”.
Também se é utilizado para procissões com o Santíssimo
Sacramento.

Do latim: ostendere, no sentido de mostrar ou expor.

LUNETA E CUSTÓDIA

Luneta é o objeto que apara a Eucaristia para que esta fique em


pé para ser colocada dentro do Ostensório. O espaço vazio no
ostensório destinado à luneta com a Eucaristia, nomeia-se
Custódia.

PÁLIO

Espécie de Tenda em que se utiliza em procissões com o


Santíssimo Sacramento. Somente o Padre com o Ostensório
deve permanecer dentro desta.

Vide: LIVROS LITÚRGICOS


Os livros litúrgicos hão de ser tratados com cuidado e respeito,
Missal Romano pois é deles que se proclama a Palavra de Deus, de onde se
profere a oração da Igreja, onde consta os sagrados ritos ou
Lecionário qualquer outro assunto pertinente a Santa Igreja e ao mistério
da vivência em Cristo.21
Evangeliário

Livros Sacramenta

Diretório, etc

MISSAL ROMANO

“Livro da Missa”, contém todas as orações, prefácios, ritos e


rubricas destinadas a todo tipo de Celebração autorizada pela
Santa Igreja.

21 CB § 115.

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APOIO DO MISSAL

Objeto que serve para sustentar o Missal nas missas para melhor
visualização das palavras pelo Sacerdote. Pode-se utilizar
também uma almofada digna para substituir.

LECIONÁRIO

Livro que contém todas as Sagradas Leituras das Celebrações.


São 3 tipos: o Santoral (dos santos), o Semanal (das leituras da
semana e em que a primeira leitura e o salmo responsorial são
classificados em ano par e ímpar, porém o evangelho é sempre o
mesmo) e o Dominical (das leituras do domingo, festas e
solenidades).

EVANGELIÁRIO

Ou “Livro dos Evangelhos”, contém somente os Evangelhos das


Celebrações e é mais comumente utilizado nas grandes
solenidades. Pode-se adentrar na procissão e colocado sobre o
altar. Contudo, após a leitura do evangelho, é colocado na
credência ou outro local conveniente. 22

DIRETÓRIO LITÚRGICO

O Diretório litúrgico é um livro, por onde podemos nos guiar


para saber, o que é celebrado na liturgia, a cada dia do ano. Ex.:

344 Diretório Litúrgico


5 Br. 6ª-feira da 2ª semana da Páscoa.
1ª Sexta-feira do mês.
Ofício do dia de semana do Tpasc.
Missa pr de semana par: Pf pascal.
Leituras: At 5, 34-42
Sl 26 (27), 1. 4. 13-14 (R/. cf. 4ab)
Jo 6, 1-15

Observe: O número (5) indica a data, a sigla (Br.) indica a cor litúrgica
que deve ser utilizada neste dia, a citação (6ª-feira) indica o dia da
semana, a frase (2ª semana da Páscoa) indica o Tempo litúrgico que se
está celebrando, o diretório mostra também o ofício da semana do
Tempo litúrgico celebrado, o prefácio (Pf pascal) que deve ser
utilizado e as Leituras do dia.

22 IGMR § 117, 175 e CB 141.

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LIVROS SACRAMENTAIS (RITUAL ROMANO)

São Livros com ritos específicos como: Batismo de Crianças,


Iniciação Cristã de Adultos, Unção dos Enfermos, Matrimônio,
Confirmação, Exéquias, Ritual de Bençãos, Sacramentário,
Liturgia Eucarística etc.

CÁTEDRA

Cadeira Principal destina ao Papa, Bispo ou Padre Presidente da


Celebração nas Igrejas. A cadeira do sacerdote celebrante deve
significar a sua função de presidente da assembleia e guia da
oração. Por isso, o lugar mais indicado é ao fundo do presbitério,
de frente para o povo, a não ser que a arquitetura da igreja ou
outras circunstâncias o não permitam: por exemplo, se devido a
uma distância excessiva se tornar difícil a comunicação entre o
sacerdote e a assembleia reunida, ou se o sacrário estiver situado
ao centro, atrás do altar. Deve, porém, evitar-se todo o aspecto de
trono.

Coloque-se o assento do diácono junto da cadeira do celebrante.


Para os outros ministros disponham-se os assentos de modo a
distinguirem-se claramente dos do clero, e donde possam
desempenhar facilmente as funções que lhes estão atribuídas. 23

TOALHAS DO ALTAR, AMBÃO E CREDÊNCIA

São as alfaias destinadas a cobrir solenemente o Altar, o Ambão


e a Credência que deve ao menos ter uma toalha branca sobre
eles.24

CREDÊNCIA

Pequena mesa em que se deixa preparado todos os objetos


litúrgicos, livros e demais objetos que hão de ser usados na
Celebração.

23 IGMR § 310; CB § 47.


24 IGMR § 117.

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AMBÃO

É o altar da palavra, é dele que se ouvem as Sagradas Leituras.


O ambão não pode ser usado pelo comentarista como sua mesa.
A dignidade da palavra de Deus requer que haja na igreja um
lugar adequado para a sua proclamação e para o qual, durante a
liturgia da palavra, convirja espontaneamente a atenção dos
fiéis.

Não pode ser uma simples estante móvel. Tanto quanto a


arquitetura da igreja o permita, o ambão dispõe-se de modo que
os ministros ordenados e os leitores possam facilmente ser
vistos e ouvidos pelos fiéis. Do ambão são proferidas
unicamente as leituras, o salmo responsorial e o precônio pascal.
Podem também fazer-se do ambão a homilia e proporem-se as
intenções da oração universal ou oração dos fiéis. A dignidade
do ambão exige que só o ministro da palavra suba até ele. 25

ALTAR

É o altar da Eucaristia, onde se prepara e atualiza o Sacrifício


Redentor e Incruento de Cristo e que deve ser coberto pelo
menos com uma toalha de cor branca. É nele que se torna
presente sob os sinais sacramentais o sacrifício da cruz, é
também a mesa do Senhor, na qual o povo de Deus é chamado a
participar quando é convocado para a Missa; o altar é também o
centro da ação de graças celebrada na Eucaristia. A celebração da
Eucaristia em lugar sagrado faz-se sobre o altar; fora do lugar
sagrado, também pode ser celebrada sobre uma mesa adequada,
coberta sempre com uma toalha e o corporal, e com a cruz e os
candelabros. Não deve ser ornado com flores da Quarta-feira de
Cinzas até a Vigília Pascal.

É conveniente que em cada igreja haja um altar fixo, que


significa mais clara e permanentemente Cristo Jesus, Pedra viva
(1 Ped 2, 4; cf. Ef 2, 20); nos outros lugares destinados às
celebrações sagradas, o altar pode ser móvel. Onde for possível,
o altar principal deve ser construído afastado da parede, de
modo a permitir andar em volta dele e celebrar a Missa de frente
para o povo.

Pela sua localização, há de ser o centro de convergência, para o


qual espontaneamente se dirijam as atenções de toda a
assembleia dos fiéis. O altar deve ser de pedra natural ou,
segundo o critério da Conferência Episcopal, é permitida a
utilização de outros materiais, contanto que sejam dignos,
sólidos e artisticamente trabalhados. O suporte ou base em que
assenta a mesa pode ser de material diferente, contanto que seja

25 IGMR § 309; CB § 51.

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16
digno e sólido. Sobre a mesa do altar, apenas se podem colocar
as coisas necessárias para a celebração da Missa, além disso,
devem dispor-se discretamente os instrumentos porventura
necessários para amplificar a voz do sacerdote.26

CÍRIO PASCAL

Vela que representa a Luz de Cristo. É uma grande vela


enfeitada com o Alfa e o Ômega, a cruz com os grãos
representam as chagas e possui a data do ano (há uma vela nova
pra cada ano). É usado na Benção do Fogo e no Anúncio da
Páscoa na Vigília Pascal e permanece acesso durante todo o
Tempo Pascal, após este, deve-se utilizar ao celebrar Batismos e
Crismas.

PIA BATISMAL

Local destinado ao batismo das crianças ou adultos. Pode já


conter a água para o batismo, ou esta pode ser derramada via
algum Jarro. Mais comumente se tem um local especialmente
reservado na Santa Igreja para o rito, chamado Batistério.27

COROA DO ADVENTO

Utilizada durante o Tempo do Advento para marcar os


domingos até o Natal. Geralmente todas as velas são roxas,
porém, pode-se usar as cores mostradas para uma melhor
introdução ao sentimento. (Vide: Cores Litúrgicas)

SANTOS ÓLEOS

São os óleos benzidos pelo Bispo Arquidiocesano que são


utilizados em alguns ritos específicos como Unção dos
enfermos, Crisma e Batizados etc. Os Óleos são: Catecúmenos,
Crisma e Enfermos.

26 IGMR § 117, 296 – 301, 304 e 306; CB § 48.


27 CB § 52.

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MENORÁ

Do hebraico “menorah”: castiçal, candelabro é muito utilizado


para representar os 7 dons do Espírito Santo: sabedoria,
entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento, temor do
Senhor e prazer no Senhor. (Is. 11.2-3). Sua primeira aparição na
Bíblia está em Ex. 25, 31-40 com a descrição de como deveria ser
criado. Hoje, símbolo de judaísmo e de Israel.

5. O ANO E OS TEMPOS LITÚRGICOS


No decorrer do ano, a Santa Igreja comemora em dias determinados a obra salvífica de
Cristo. Cada semana, no dia chamado Domingo (dia do Senhor), ela recorda a ressurreição do
Senhor, que celebra também, uma vez por ano, com a bem-aventurada Paixão na solenidade
máxima da Páscoa.

Durante o ciclo anual desenvolve-se todo o mistério de Cristo e comemoram-se os


aniversários dos Santos. O Ano Litúrgico tem seu início quase no fim de novembro: o Advento,
concluindo-se no Natal e manifestando-se na Epifania e no Batismo do Senhor. Segue-se um
período de vivência dos mistérios celebrados no ciclo do Natal (Tempo comum) e entramos no
período de quarenta dias – a Quaresma – vividos em penitência em oração como preparação
como maior evento da história da salvação.

“Como Cristo realizou a obra da Redenção humana e da perfeita glorificação de Deus,


principalmente pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e
ressuscitando renovou a vida, o sagrado Tríduo Pascal (Ceia, Paixão e Morte, Vigília Pascal)
resplandece como ápice de todo o ano litúrgico” (Sacrosanctum Concilium nº5), culminando na
maior de todas as solenidades: a Páscoa da Ressurreição.

Os Cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o de Pentecostes são celebrados


com alegria e exultação como se fosse um só dia de festa com seis oitavas, ou melhor, como um
único longo Domingo.

Além do Ciclo do Natal e do Ciclo da Páscoa, sobram trinta e três ou trinta e quatro
semanas no ciclo anual em que não se celebra nenhum aspecto peculiar do mistério de Cristo;
antes se comemora, na sua plenitude, esse mesmo mistério de Cristo, de modo especial aos
Domingos. Este mesmo período designa-se Tempo Comum ou Ordinário. Assim cada dia do
ano está enquadrado no plano divino, é um instante da eternidade que deixa um sinal (o dia
no Tempo, o que permite dizer-se que cada Domingo (dies Domini = Dia do Senhor) é uma
Páscoa Semanal.

Na periferia do ciclo litúrgico, “as festas dos santos proclamam as maravilhas de Cristo
nos seus servos e oferecem aos fiéis oportunos exemplos a serem ilimitados” (SC nº11),
sobressaindo as festas da Virgem Mãe de Deus, e a seguir, as dos Apóstolos e Evangelistas,
dos Mártires, Pastores, Doutores, Virgens, Santos e Santas.

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Veja mais abaixo mais informações sobre ano litúrgico (os dias, o Domingo, as
solenidades, festas e memórias) e algo mais detalhado sobre o Ciclo anual com os Tempos
fortes do ano litúrgico:

5.1 OS DIAS LITÚRGICOS


Todos os dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do Povo de Deus,
principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pelo Ofício Divino. O dia litúrgico se estende de
meia-noite a meia-noite. A celebração do Domingo e das solenidades, porém, começa com as
vésperas (liturgia das horas, as vésperas começam ao pôr do sol) do dia precedente.

A. O DOMINGO

No primeiro dia de cada semana, que é chamado dia do Senhor ou Domingo, a Igreja,
por tradição apostólica que tem origem no próprio dia da Ressurreição de Cristo, celebra o
mistério pascal. Por isso, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa. Por causa de
sua especial importância, o domingo só cede sua celebração às solenidades e festas do Senhor.

B. AS SOLENIDADES, FESTAS E MEMÓRIAS

No ciclo anual, a Igreja, celebrando o mistério de Cristo, venera também com particular
amor a Santa Virgem Maria, Mãe de Deus, e propõe à piedade dos fiéis as memórias dos santos
Mártires e outros Santos. As celebrações, que se distinguem segundo sua importância, são
denominadas: solenidade, festa e memória. As solenidades são constituídas pelos dias mais
importantes, cuja celebração começa no dia precedente com as Primeiras Vésperas. Algumas
solenidades são também enriquecidas com uma Missa própria para a Vigília, que deve ser
usada na Véspera quando houver Missa vespertina. A celebração das duas maiores
solenidades, Páscoa e Natal, prolonga-se por oito dias seguidos. Ambas as Oitavas são regidas
por leis próprias.

5.2 CICLO ANUAL


Através do ciclo anual a Igreja comemora todo o mistério de Cristo, da encarnação ao
dia de Pentecostes e à vinda do Senhor.

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ESQUEMÁTICA RESUMIDA DOS TEMPOS LITÚRGICOS

A. ADVENTO

O Tempo do Advento possui dupla característica. sendo um Tempo de


preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira
vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um Tempo em que, por
meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda
vinda do Cristo no fim dos Tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do Advento se apresenta
como um Tempo de piedosa e alegre expectativa. Inicia-se após o último Domingo do Tempo
comum (Solenidade de Cristo Rei) e termina no dia 24 de dezembro (vésperas do Natal do
Senhor). São chamados 1º,2º,3º e 4º Domingos do Advento. Os dias de semana dos dias 17 a
24 de dezembro inclusive visam de modo direto a preparação do Natal do Senhor.

B. NATAL

A Igreja nada considera mais venerável, após a celebração anual do


mistério da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor e suas primeiras
manifestações, o que se realiza no Tempo do Natal. O Tempo do Natal vai das
Primeiras Vésperas do Natal do Senhor ao Domingo depois da Epifania ou ao
Domingo depois do dia 6 de janeiro inclusive. O Natal do Senhor tem a sua oitava. O Domingo
que ocorre entre os dias 2 e 6 de janeiro é o 2º Domingo depois do Natal. A Epifania do Senhor
é celebrada no dia 6 de janeiro, a não ser que seja transferida para o Domingo entre os dias 2 e
8 de janeiro, nos lugares onde não for considerada dia santo de guarda No Domingo depois do
dia 6 de janeiro celebra-se a festa do Batismo do Senhor.

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C. QUARESMA

O Tempo da Quaresma visa preparar a celebração da Páscoa; a liturgia


quaresmal, com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os
catecúmenos, pelos diversos graus de iniciação cristã, como os fiéis, pela
comemoração do batismo e penitência.

O Tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do


Senhor exclusive. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se diz o Aleluia. Na Quarta-
feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia de jejum, faz-se a imposição das
cinzas. Os Domingos deste Tempo são 1º,2º,3º,4º e 5º Domingos da Quaresma. O 6º Domingo,
com qual se inicia a Semana Santa, é chamado “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”.

A Semana Santa visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em
Jerusalém. Pela manhã da Quinta-feira da Semana Santa, o Bispo, presidindo a Missa
concelebrada com seu presbitério, benze os santos óleos e consagra o crisma.

D. O TRÍDUO PASCAL

O sagrado Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor resplandece


como ápice de todo o ano litúrgico. O Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do
Senhor começa com a Missa vespertina na Ceia do Senhor, possui o seu centro na
Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.

Na Sexta-feira da Paixão do Senhor, observe-se por toda a parte o sagrado


jejum pascal. E, onde for oportuno, também no Sábado Santo até a Vigília pascal. A Vigília
pascal, na noite santa em que o Senhor ressuscitou, seja considerada a “mãe de todas as
vigílias”, na qual a Igreja espera, velando, a Ressurreição de Cristo, e a celebra nos
sacramentos. Portanto, toda a celebração desta sagrada vigília deve realizar-se à noite, de tal
modo que comece depois do anoitecer ou termine antes da aurora do Domingo.

E. TEMPO PASCAL

Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de


Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo”. É principalmente nesses dias
que se canta o Aleluia. O Domingo de Pentecostes encerra este Tempo sagrado
de cinquenta dias. Os oito primeiros dias do Tempo pascal formam a oitava da
Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor. No quadragésimo dia depois da Páscoa
celebra-se a Ascensão do Senhor.

F. COMUM

Além dos Tempos que têm característica própria, restam no ciclo anual trinta
e três ou trinta e quatro semanas nas quais não se celebra nenhum aspecto especial
do mistério do Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua
plenitude, principalmente aos Domingos. O Tempo Comum começa na Segunda-
feira que segue ao Domingo depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da
quaresma inclusive; recomeça na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e termina
antes das primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento.

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21
5.3 OS ANOS LITÚRGICOS (LEITURAS)
Dentro do universo litúrgico das leituras, temos também um ciclo que dura três anos,
isto quer dizer que a cada três anos voltam às mesmas leituras. Cada ano deste ciclo é
representado por evangelhos que são o foco destes.

1) O ano A percorre o Evangelho de São Mateus.


2) O ano B percorre o Evangelho de São Marcos e o capítulo 6 de São João.
3) O ano C percorre o Evangelho de São Lucas.

Nas grandes festas e nos Tempos litúrgicos “fortes” (advento, natal, quaresma, Tempo
pascal), o Evangelho é quase sempre tirado de São João que é reservado para tais ocasiões. A
primeira leitura é tirada do Antigo testamento e acompanha o sentido do Evangelho daquele
dia. (No Tempo pascal, a primeira leitura é dos Atos dos Apóstolos).

O Salmo responsorial acompanha o sentido da primeira leitura. A segunda leitura é


independente. Não tem ligação nem com o Evangelho, nem com a primeira leitura. (A não ser
nas festas e nos Tempos litúrgicos fortes). É uma leitura semi-contínua das cartas do Novo
Testamento ou do Apocalipse.

Fonte: Pe. Anderson Marçal

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22
5.4 TABELA DOS DIAS LITÚRGICOS.

Qualquer sacramento ou rito que, porventura, seja celebrado dentro da Celebração da


Santa Missa em alguma das datas abaixo relacionadas, devem ser adotadas a Missa, as leituras
e a cor litúrgica pertinente ao dia. Caso contrário, adote-se as peculiaridades do rito próprio.

1. Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor.

2. Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes.

Domingo do Advento, da Quaresma e da Páscoa.

Quarta-feira de Cinzas.

Férias da Semana Santa, de Segunda a Quinta-feira inclusive.

Dias dentro da oitava da Páscoa.

3. Solenidades do Senhor, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos inscritos no


calendário geral.

Comemoração de todos os fiéis falecidos.

4. Solenidades próprias, a saber:

Solenidade do Padroeiro principal do lugar ou da cidade;

Solenidade da Consagração e do aniversário de Consagração da igreja própria;

Solenidade do Titular da igreja própria;

Solenidade do Titular, do Fundador, ou do Padroeiro principal da Ordem ou


Congregação. 28

6. CORES LITÚRGICAS
A diversidade de cores das vestes sagradas tem por finalidade exprimir externamente
de modo mais eficaz, por um lado, o carácter peculiar dos mistérios da fé que se celebram e,
por outro, o sentido progressivo da vida cristã ao longo do ano litúrgico. Ressalta-se o que foi
abordado no item 5.4 “Tabela dos dias Litúrgicos” deste manual. Quanto à cor das vestes
sagradas, mantenha-se o uso tradicional, isto é 29:

28 CB apêndice II; SC § 102 – 111.


29 IGMR § 345 e 346; CB § 227-233, RS § 121.

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BRANCA
Indica alegria, gozo, festa, glória a Deus, felicidade,
vitória, paz, alma pura. Usado em:

- Celebração dos Sacramentos


- Ceia do Senhor
- Vigília Pascal
- Tempo Pascal
- Tempo Natalino
- Missas Marianas
- Dos Santos Anjos
- Dos Santos (não Mártires)
- Festa de Todos os Santos
- São João Batista
- São João Evangelista
- Cadeira de São Pedro
- Conversão de São Paulo
- Demais solenidades e dias de Festa

As Conferências Episcopais podem, no que respeita às cores litúrgicas, determinar e


propor à Sé Apostólica as adaptações que entenderem mais conformes com as necessidades e
a mentalidade dos povos. No Brasil, há o costume do uso da cor prata e dourado como variações
da branca, assim como a azul utilizada em missas marianas. Segue-se exemplos:

VERMELHA

Indica sangue, fogo, sacrifício, Espírito Santo, amor divino, martírio.


Usado em:
- Domingo de Ramos
- Paixão do Senhor
- Domingo de Pentecoste
- Na festa de Apóstolos e Evangelistas
- Celebrações dos Santos Mártires
- Missas do Crisma

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24
VERDE

Indica esperança. Usado em:

- Tempo Comum

ROXA

Indica penitência, recolhimento, conversão, luto. Usado em:


- Tempo Quaresmal
- Tempo do Advento
- Celebração de finados
- Ritual das Exéquias
- Sacramento da Penitência

ROXA – VARIAÇÕES PREVISTAS

PRETA ROSA
Pode usar-se, onde for Pode usar-se, onde for
costume, nas missas de costume, nos domingos:
defuntos.
- Gaudete (3º do Advento);

- Laetare (4º da Quaresma).

Nota:30

7. PARAMENTOS LITÚRGICOS
Na Igreja, Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham as mesmas funções.
Esta diversidade de funções na celebração da Eucaristia é significada externamente pela
diversidade das vestes sagradas, as quais, por isso, são sinal distintivo da função própria de
cada ministro. Convém, entretanto, que tais vestes contribuam também para o decoro da ação
sagrada. As vestes usadas pelos sacerdotes e diáconos assim como pelos ministros leigos sejam
oportunamente benzidas.

A beleza e nobreza da veste sagrada devem buscar-se e pôr-se em relevo mais pela forma
e pelo material de que é feita do que pela abundância dos acrescentos ornamentais. Os

30 IGMR § 347.

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25
ornamentos podem apresentar figuras, imagens ou símbolos, que indiquem o uso sagrado das
vestes, excluindo tudo o que possa destoar deste uso.31

CORES DAS ORDENS E DOS TÍTULOS

Padre – frisos e botões em preto

Bispo – detalhes em violáceo (roxo)

Cardeal – detalhes em vermelho

Papa – todo em branco

ALVA OU TÚNICA

É a veste sagrada comum a todos os ministros


ordenados e instituídos, assim como para os outros
ministros leigos (acólitos, leitores e outros), seja
qual for o seu grau. Todos que vão revestidos com a
alva usam também o cíngulo, salvo se ela já se ajuste
ao corpo, e o amito, salvo se não forem exigidos em
virtude da forma da própria alva. 32

CÍNGULO

Deve-se usar na altura dos rins sobre a Alva.


Dispensa-se caso a própria alva já se ajuste ao
corpo.33

COLARINHO ROMANO E AMITO

O colarinho romano ou clerigma é usado em roupas


“civis” e identifica o sacerdote fora do seu serviço.

O Amito é a veste utilizada por baixo da Alva para


esconder as vestes que não são relativas à
celebração. Seu uso é dispensado caso a própria alva
já faça essa função.34

31 IGMR § 335 e 344.


32 IGMR § 119, 336 e 339; CB § 65 – 67, RS § 122 e 123.
33 IGMR § 119.
34 CB § 65.

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26

ESTOLA

Veste própria do sacerdote e do diácono. É posta em


volta do pescoço, deixando cair diante do peito. O
diácono põe a estola a tiracolo, deixando-a cair do
ombro esquerdo, sobre o peito, e prendendo-a do
lado direito do corpo.35

Demonstra o seu poder sacerdotal.

CASULA

Veste própria do sacerdote e dos bispos somente. É


usada na Missa e outras ações sagradas diretamente
ligadas com ela, salvo indicação em contrário.
Veste-se sobre a alva e a estola. Caso haja grande
número de concelebrantes, podem estes
permanecerem sem a casula, exceto o presidente.36

DALMÁTICA

Veste própria do diácono e pode, por necessidade


ou por motivo de menor solenidade, omitir-se.
Veste-se sobre a alva e a estola. 37

CAPA PLUVIAL OU ASPERGE

O pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo


sacerdote nas procissões e outras funções sagradas
fora da missa e segundo as rubricas próprias de cada
rito. 38

35 IGMR § 119 e 340; CB § 65 – 67, RS § 123.


36 IGMR § 119 e 337; CB § 56 e 66, RS § 123 e 124.
37 IGMR § 119 e 338; CB § 65 e 67, RS § 125.
38 IGMR § 341; CB § 66.

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27

VÉU UMERAL

Veste própria de quem leva o ostensório, ou seja, do


celebrante, de outro sacerdote ou de um diácono. É
utilizada sobre a Capa Asperge

GREMIAL

Espécie de avental de linho utilizada para proteger


as vestes em determinadas celebrações como Lava
Pés e Vigília Pascal no Batismo.

SOLIDÉU

Seu nome vem do latim “soli deo” pra indicar o


único momento em que se retira na missa (início do
prefácio). É utilizado por qualquer presbítero.
Normalmente utilizado com o hábito talar.

BATINA

Possui 33 botões (idade de Cristo), 5 abotoaduras


(chagas) e na união das pregas laterais e traseira há
um triângulo (trindade). O preto representa a morte
ao mundo. Utilizada por Mestre de Cerimônias,
Seminaristas e membros do Clero. Uso principal na
veste talar

FAIXA

Mesma função do cíngulo, porém utilizada na


batina e não na alva.

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28

MOZETA

É a parte da veste talar que cai sobre os ombros e


tem uma pequena abertura pela frente.

HÁBITO TALAR

veste do dia a dia)

- Batina
- Faixa
- Mozeta
- Solidéu (na cor da
ordem)
- Frisos e botões na cor
PADRE BISPO CARDEAL PAPA da ordem Nota:39

HÁBITO TALAR BRANCO

Em certas regiões muito quentes, são autorizadas o


uso de vestes talares brancas para amenizar o calor,
contudo, os frisos e os botões devem continuar
sendo nas cores da ordem correspondente.

SOBREPELIZ

Veste utilizada sobre a batina nas vestes corais e


traz mais solenidade ao que se celebra.40

A roupa do cerimoniário é composto de: Paciência


(espécie de amito), Batina, Faixa e Sobrepeliz.

39 CB § 1204, 1205.
40 CB § 65.

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29

BARRETE

Substituiu o antigo Galero no hábito coral. Cada


ordem tem o seu próprio galero, sendo o monsenhor
tendo um galero preto com o “pompom” violáceo.

HÁBITO CORAL
(veste do dia a dia)

- Barrete
- Veste talar (sem mozeta)
- Sobrepeliz
- mozeta (na cor da ordem)
PADRE - Cruz peitoral (nas ordens previstas) BISPO

Nota:41

CARDEAL PAPA (MOZETA DE VERÃO / INVERNO) PARA EMÉRITO

INSÍGNIAS EPISCOPAIS

ANEL EPISCOPAL
CRUZ PEITORAL
Simboliza a
Sinal claro dos
autoridade. fidelidade e a
cristãos, o Bispo
aliança espiritual que une o
utiliza sempre acima
Bispo e a Igreja. Usa-se na
das vestes, vale
mão direita, cuja mão utiliza
lembrar que o Bispo
para abençoar. Pode adotar
é representante dos
inúmeros formatos e detalhes.
apóstolos. Nota: 42

41 CB § 1199, 1205.
42 CB § 57 – 62, 1199; SC § 130.

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30
BÁCULO MITRA E ÍNFULAS

Símbolo do Citada em Lev 8, 13,


ofício do Bom Pastor e suas duas pontas que se
deriva do cajado usado unem no cume, mostra a
por pastores e viajantes sabedoria acerca dos dois
usado para se sustentar Testamentos. As ínfulas
ou defesa do rebanho. É (fitas) representam a
usado somente dentro plenitude do poder
de sua diocese a não ser sacerdotal. É sumariamente
com o consentimento branca, lembrando a
do bispo local. castidade.

PÁLIO E CRAVOS

Vestimenta de lã branca utilizada sobre os ombros do


Arcebispo. Representa a ovelha que o pastor leva nos
ombros, assim como fez Cristo com a ovelha perdida. É o
símbolo da missão pastoral do bispo e demonstra a
comunhão com a Santa Sé. Os cravos são colocados nas
cruzes do pálio relembrando suas santas Chagas.

INSÍGNIAS E VESTES PAPAIS

FÉRULA

O Papa não utiliza báculo, demonstrando


assim, que não possui um pode restrito, mas
amplo. Ele utiliza uma cruz na ponta do bastão.
Pode ou não conter a imagem de Cristo. Há um
modelo que possui 3 hastes representando a
Igreja militante, padecente e triunfante, assim
como o múnus episcopal (sacerdotal, profético
e régio).

TIARA PAPAL

Era usada no primeiro dia do pontificado de cada novo papa (na


coroação) e em ocasiões especialmente solenes. Sua função original era
de afirmar que o poder papal era superior ao de qualquer outro
soberano da Terra. As três coroas indicam a antiga fórmula do tríplice
poder papal: "pai dos príncipes e reis, reitor do mundo e Vigário de
Cristo". O Papa João Paulo II não à utilizou, nem seu antecessor Paulo
VI. João Paulo II disse: “Este não é o momento de voltar a uma cerimônia
e um objeto considerado, erradamente, como um símbolo do poder
temporal dos papas.”

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FANON

Veste papal para missas pontificais. Tem formato arredondado e


é posta nos ombros simbolizando o escudo da fé. Suas duas cores
simbolizam unidade entre a Igreja Católica Ocidental e a Igreja
Católica Oriental. O fanon são duas vestes. Uma fica impercebível
e a outra é o círculo que vemos. Significa a prevalência da Nova
Lei de Cristo sobre a Antiga Aliança. Detalhe para a diferença do
Pálio Papal com cruzes vermelhas que diferenciam do Pálio
Episcopal (cruzes pretas).

ANEL DO PESCADOR

Anel exclusivamente papal e que demonstra visivelmente a


sucessão direta São de Pedro, chefe dos apóstolos. Possui
impresso em baixo relevo Pedro pescando com redes em um
barco, símbolo derivado da tradição em que os apóstolos eram
“Pescadores de homens” (Marcos 1, 17).

OUTRAS VESTES DE LEIGOS

OPA

Vestes próprias dos Ministros Extraordinários da Sagrada


Comunhão Eucarística. Pode-se usar diferentes vestes para os
ministros leigos desde que legitimamente aprovadas pela
Conferência Episcopal em cada região, assim como os demais
ministros (acólitos, leitores e outros).43

VIMPA

Veste utilizada pelos acólitos ou


ministros para manuseio de
objetos litúrgicos solenemente
como as Insígnias Episcopais e
livros. Detalhe: ao se portar o
báculo, a curvatura fica sempre
voltada para o ministro.

43 IGMR § 119 e 339; CB § 65.

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8. A SANTA MISSA
Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é
convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote
que faz as vezes de Cristo, para celebrar o memorial do
Senhor ou sacrifício eucarístico. A esta assembleia local
da santa Igreja se aplica eminentemente a promessa de
Cristo: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt
18, 20). Com efeito, na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz, Cristo está
realmente presente: na própria assembleia congregada em seu nome, na pessoa do ministro,
na sua palavra e, ainda, de uma forma substancial e permanente, sob as espécies eucarística.44

A celebração da Missa é, por sua natureza, “comunitária”. Por isso têm grande
importância os diálogos entre o celebrante e os fiéis reunidos, bem como as aclamações. Tais
elementos não são apenas sinais externos de celebração coletiva, mas favorecem e realizam a
estreita comunhão entre o sacerdote e o povo. Apresenta, sumariamente, 4 significados

1) Renovação do sacrifício da Cruz, de modo que não há distinção entre este momento
e aquele da cruz;
2) É o ápice, o centro e a fonte da vida cristã e nos une plenamente ao Senhor;
3) É o seguimento da ordem de Cristo – “Fazei isto em memória de mim” – e que a Igreja
seguirá até o fim dos séculos.
4) Mistério de fé. Para nós cristãos, cabe-nos ter a fé do grande doutor angélico Tomás
de Aquino – “Creio em tudo o que disse o Filho de Deus” -.45

8.1 DISPOSIÇÃO E ADORNOS PARA A CELEBRAÇÃO


Para a celebração da Eucaristia, o povo de Deus reúne-se normalmente na igreja ou,
quando esta falta ou é insuficiente, num lugar decente e que seja digno de tão grande mistério.
Por isso, as igrejas e os outros lugares devem ser aptos para a conveniente realização da ação
sagrada e para se conseguir a participação ativa dos fiéis. Além disso, os edifícios sagrados e
os objetos destinados ao culto divino devem ser dignos e belos como sinais e símbolos das
realidades celestes.

ARTES SACRAS

A Igreja recorre sempre à nobre ajuda das artes, e admite as


formas de expressão artística próprias de cada povo ou região.
Mais ainda, não só se empenha em conservar as obras de arte e
os tesouros que nos legaram os séculos passados e, na medida
do possível, as adapta às novas necessidades, mas também se
esforça por estimular a criação de novas formas, de acordo com
a maneira de ser de cada época. Por conseguinte, tanto na
formação dos artistas como na escolha das obras de arte a
admitir na igreja, deve procurar-se o valor artístico autêntico,
que alimente a fé e a piedade e que, por outro lado, corresponda
à verdade do seu significado e aos fins a que se destina. 46

44 IGMR § 27.
45 IGMR § 16, 18 e 34, RS § 36 - 39.
46 IGMR § 288, 289, 292, 293 e 305; CB § 38; SC § 122 – 129.

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ORNAMENTAÇÃO

Na ornamentação da igreja deve tender-se mais para a


simplicidade do que para a ostentação. Na escolha dos
elementos decorativos, procure-se a verdade das coisas e o que
contribua para a formação dos fiéis e para a dignidade de todo o
lugar sagrado.

Haja moderação na ornamentação do altar para que nela se veja


o sinal do amor e reverência para com Deus. No tempo do
Advento ornamente-se o altar com flores com a moderação que
convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena
alegria do Natal do Senhor. No tempo da Quaresma não é
permitido adornar o altar com flores. Excetuam-se, porém, o
domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas.
A ornamentação com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de
as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se junto dele.47

IMAGENS SAGRADAS

Pela liturgia da terra a Igreja participa, saboreando-a já, na


liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a
qual como peregrina se dirige, onde Cristo está sentado à direita
de Deus e onde espera ter parte e comunhão com os Santos, cuja
memória venera.

Por isso, de acordo com a antiquíssima tradição da Igreja,


expõem-se à veneração dos fiéis, nos edifícios sagrados,
imagens do Senhor, da bem-aventurada Virgem Maria e dos
Santos, as quais devem estar dispostas de tal modo no lugar
sagrado, que os fiéis sejam levados aos mistérios da fé que aí se
celebram. Tenha-se, por isso, o cuidado de não aumentar
exageradamente o seu número e que a sua disposição se faça na
ordem devida, de tal modo que não distraiam os fiéis da
celebração. Normalmente, não haja na mesma igreja mais do
que uma imagem do mesmo Santo. Em geral, no ornamento e
disposição da igreja, no que se refere às imagens, procure
atender-se à piedade de toda a comunidade e à beleza e
dignidade das imagens.48

NAVE DA IGREJA

O povo de Deus, que se reúne para a Missa, tem uma estrutura


orgânica e hierárquica, que se exprime nos diversos ministérios
e diversas ações que se realizam em cada uma das partes da
celebração. Portanto, o edifício sagrado, na sua disposição geral,
deve reproduzir de algum modo a imagem da assembleia

47 IGMR § 288, 289, 292, 293 e 295; CB § 38; SC § 122 – 129.


48 IGMR § 288, 289, 292, 293, 295 e 318; CB § 38; SC § 122 – 129.

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congregada, proporcionar a conveniente coordenação de todos
os seus elementos e facilitar o perfeito desempenho da função
de cada um.

O lugar destinado aos fiéis e aos músicos (nave da Igreja) deve


ser de modo a tornar mais fácil a sua participação ativa.

Normalmente deve haver para eles bancos ou cadeiras. Reprova-


se, porém, o costume de reservar lugares especiais para pessoas
privadas. Estes bancos ou cadeiras, principalmente nas igrejas
construídas de novo, estejam dispostos de tal modo, que os fiéis
possam facilmente adotar as atitudes do corpo requeridas para
as diferentes partes da celebração e aproximar-se sem
dificuldade da sagrada Comunhão.

Atenda-se a que os fiéis não somente possam ver quer o


sacerdote quer o diácono e os leitores, mas também consigam
ouvi-los comodamente, recorrendo aos meios da técnica
moderna.

Tanto quanto a estrutura da igreja o permita, os músicos devem


destinar-se um lugar que manifeste claramente a sua natureza,
como parte da assembleia dos fiéis, e a função peculiar que lhe
está reservada; que facilite o desempenho dessa sua função, e
que permita comodamente a todos os seus componentes uma
participação plena na Missa, isto é, a participação sacramental.49

PRESBITÉRIO

O lugar onde o sacerdote celebrante, do diácono e dos outros


ministros exercem suas funções. Aí se preparam os assentos dos
concelebrantes; quando, porém, o seu número for grande,
disponham-se os assentos noutra parte da igreja, mas perto do
altar. Embora tudo isto deva exprimir a estrutura hierárquica e a
diversidade dos ministérios, deve também formar uma unidade
íntima e orgânica que manifeste de modo mais claro a unidade
de todo o povo santo. Por outro lado, a natureza e a beleza do
lugar sagrado, bem como de todas as alfaias do culto, devem ser
de tal modo que fomentem a piedade e exprimam a santidade
dos mistérios que se celebram. Nele se sobressai o altar, onde se
torna presente sob os sinais sacramentais o sacrifício da cruz e
onde se proclama a palavra de Deus. Deve distinguir-se
oportunamente da nave da igreja, ou por uma certa elevação, ou
pela sua estrutura e ornamento especial. Deve ser
suficientemente espaçoso para que a celebração da Eucaristia se
desenrole comodamente e possa ser vista. O altar é também o
centro da ação de graças celebrada na Eucaristia.50

49 IGMR § 288, 294, 311 e 312.


50 IGMR § 294 e 295; CB § 50.

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CAPELA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

Conforme a arquitetura de cada igreja e de acordo com os


legítimos costumes locais, guarde-se o Santíssimo Sacramento
no sacrário, num lugar de honra da igreja, insigne, visível,
devidamente ornamentado e adequado à oração.

Habitualmente, o tabernáculo deve ser único, inamovível, feito


de material sólido e inviolável, não transparente, e fechado de
tal modo que evite, o mais possível, todo o perigo de profanação.

Está mais de harmonia com a natureza do sinal de que no altar


em que se celebra a Missa não esteja o sacrário onde se guarda a
Santíssima Eucaristia.

A juízo do Bispo diocesano o sacrário pode colocar-se:

1) ou no presbitério, fora do altar da celebração, com a forma


e a localização mais convenientes, sem excluir algum altar
antigo que já não se utilize para celebrar;

2) ou também em alguma capela adequada à adoração e


oração privada dos fiéis, que esteja organicamente unida à
igreja e visível aos fiéis cristãos.

Segundo o costume tradicional, junto do sacrário deve estar


continuamente acesa uma lâmpada especial, alimentada com
azeite ou cera, com que se indique e honre a presença de Cristo.51

SACRISTIA

Local onde são guardados todas os objetos litúrgicos, alfaias,


vestes, livros e tudo mais que se necessite para a Sagrada
Celebração, assim como, o local onde se revestem os ministros e
sacerdotes para a missa. É o local em que o sacristão tem sua
responsabilidade. Procure observar o silêncio e a modéstia na
sacristia.52

BATISTÉRIO

Local especialmente dedicado ao Sacramento do Batismo por


imersão ou pela forma comumente vista. Normalmente vê-se,
nas Igrejas atuais apenas a Pia Batismal

51 IGMR § 314 – 317.


52 CB § 37 e 53.

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8.2 OFÍCIOS E MINISTÉRIO NA IGREJA E SANTA MISSA
A celebração eucarística é ação de Cristo e da Igreja,
que é «sacramento de unidade», ou seja, povo santo reunido
e ordenado sob a orientação do bispo. Por isso pertence a
todo o Corpo da Igreja, manifesta-o e afeta-o; no entanto,
envolve cada membro de modo diverso, segundo a
diversidade das ordens, das funções e da efetiva
participação. Deste modo, o povo cristão, «geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo
resgatado» manifesta o seu ordenamento coerente e hierárquico. Por conseguinte, todos,
ministros ordenados ou fiéis cristãos leigos, ao desempenharem a sua função ou ofício, façam
tudo e só o que lhes compete.53

A. OFÍCIOS DA ORDEM SACRA

PAPA

Assim como o Cardeal e o Bispo, é ordenado no grau máximo do


sacramento da Ordem. Todos são bispos, palavra que deriva do
grego epíscopos, que significa supervisor. Para chamá-los usa-se o
título de Dom, abreviatura do latim dominus, senhor.

Com o Papa à frente, os bispos do mundo inteiro formam o Colégio


Apostólico, que sucede ao grupo dos apóstolos, os quais tinham a
Pedro como seu líder. Assim, a Igreja é guiada pela história afora
pelos mesmos pastores escolhidos por Jesus Cristo.

Papa é o título dado ao Bispo e Patriarca de Roma, supremo líder


espiritual da Igreja Católica Apostólica Romana e chefe do Estado
do Vaticano.

A eleição de um Papa é feita através de votação (secreta desde 1274)


dos cardeais com menos de 80 anos e reunidos num conclave. Em
teoria, qualquer homem batizado pode ser eleito para Papa, embora
se escolha sempre um dos Cardeais. O cargo é vitalício.
O primeiro chefe da Igreja Católica, o primeiro Papa, foi São Pedro,
a quem, Jesus Cristo disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra
construirei a minha Igreja” (Mateus 26,18-19).
O evangelho reflete a vontade de Jesus Cristo de que os
seus discípulos permanecessem unidos sob a direção de Pedro, a
quem Cristo deu o nome num momento solene, levando os seus
apóstolos a uma cidade edificada junto a uma falésia, Cesareia de
Filipo: "Tu és Pedro e sobre esta pedra, edificarei a minha Igreja. A
ti darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será
ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos
céus" (Mateus, 16, 13-20).54

53 IGMR § 91; CB § 19, RS § 40 – 43.


54 Prof. Felipe Aquino, 2012; Wiki Canção Nova, 2010.

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CARDEAL

São geralmente bispos de importantes dioceses do mundo. Mas


também padres ou diáconos podem ser cardeais. São escolhidos
pessoalmente pelo Papa, como representantes da Igreja em todo o
mundo, para formarem o Colégio dos Cardeais. São responsáveis
pela assessoria direta ao Papa na solução das questões organizativas
e econômicas da Santa Sé, na coordenação dos diversos Dicastérios
(uma espécie de ministério do Vaticano) que compõem o serviço da
Santa Sé em favor da comunhão em toda a Igreja e da justiça para
com os pobres do mundo todo. São também os responsáveis pela
eleição do novo Papa enquanto não completarem 80 anos. A reunião
dos Cardeais se chama Consistório e acontece quando o Papa a
convoca.55

BISPO

Toda a legítima celebração da Eucaristia é dirigida pelo Bispo, quer


pessoalmente, quer pelos presbíteros, seus colaboradores. Sempre
que o Bispo está presente na Missa com o povo reunido, convém
sumamente que seja ele próprio a celebrar a Eucaristia, associando
a si os presbíteros, como concelebrantes, na ação sagrada. Isto faz-
se, não para aumentar a solenidade externa, mas para significar de
forma mais clara o mistério da Igreja, que é sacramento de unidade.

Investido da plenitude do sacramento da Ordem, rege a Igreja


Particular como vigário e legado do Cristo em comunhão e sob a
autoridade do Sumo Pontífice sendo, portanto, sucessor dos
apóstolos.

Arcebispo é o bispo de uma Arquidiocese, o titular da sede


metropolitana, que é a diocese mais antiga de uma Província
Eclesiástica, que é formada pelo conjunto de diversas dioceses. Ele
é responsável pelo zelo da fé e da disciplina eclesiástica e pela
presidência das reuniões dos bispos da Província. Mas não intervém
diretamente na organização e na ação pastoral das demais dioceses
(sufragâneas) da arquidiocese. O arcebispo usa, nos limites de sua
Província, durante as funções litúrgicas, como sinal de unidade de
sua Província com a Igreja em todo o mundo, o pálio, que lhe é
entregue pelo Papa, no dia da festa de S. Pedro e S. Paulo, 29 de
junho: uma faixa branca decorada de cruzes pretas que cobre os
ombros, confeccionada com a lã de um cordeiro.

O governo hierárquico da Igreja Católica baseia-se posteriormente


na autoridade dos sucessores dos Apóstolos, chamados Bispos,
reunidos em concílio sob a autoridade do primaz de todos os Bispos,
o Bispo de Roma, porque tanto São Pedro como São Paulo morreram
em Roma, e daí a igreja da cidade ser reconhecida como cabeça das

55 Prof. Felipe Aquino, 2012.

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demais. Para o caso de São Paulo, além do testemunho das suas
cartas desde a prisão em Roma, existem testemunhos arqueológicos
e escritos do seu martírio em Roma. 56

PRESBÍTERO / PADRE

O presbítero, que na Igreja, em virtude do poder sagrado da Ordem,


está em condições de oferecer o sacrifício na pessoa de Cristo,
preside também ele ao povo fiel reunido, dirige a sua oração,
anuncia-lhe a boa nova da salvação, associa a si o povo na oblação
do sacrifício a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, distribui aos
irmãos o pão da vida eterna e com eles participa do mesmo pão. Por
isso, ao celebrar a Eucaristia, deve servir a Deus e ao povo com
dignidade e humildade e, tanto no modo de se comportar como no
de proferir as palavras divinas, procurará sugerir aos fiéis a presença
viva de Cristo.

Um só e o mesmo sacerdote deve exercer a função presidencial


sempre e em todas as suas partes, com exceção das que são próprias
do Bispo na Missa em que este estiver presente.

Pelo sacramento da Ordem, não há nenhuma diferença entre padre,


cônego ou monsenhor. Todos são ordenados, no segundo grau desse
sacramento. Todos são presbíteros do Povo de Deus. 57

DIÁCONO

Ele ocupa o primeiro lugar entre aqueles que servem na celebração


eucarística. Com efeito, a sagrada Ordem do diaconato foi tida
sempre em especial consideração na Igreja desde os primeiros
tempos dos Apóstolos. São funções próprias do diácono, na Missa:
proclamar o Evangelho e, eventualmente, pregar a palavra de Deus,
enunciar as intenções na oração universal, assistir ao sacerdote,
preparar o altar e servir na celebração do sacrifício, distribuir a
Eucaristia aos fiéis, particularmente sob a espécie do vinho e
eventualmente indicar ao povo os gestos e atitudes corporais.58

B. FUNÇÕES DO POVO DE DEUS

Na celebração da Missa, os fiéis constituem a nação santa, o povo resgatado, o sacerdócio


real, para dar graças a Deus e oferecer a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas
também juntamente com ele, e para aprenderem a oferecer-se a si mesmos. Procurem
manifestar tudo isso com um profundo sentido religioso e com a caridade para com os irmãos
que participam na mesma celebração.

56 IGMR § 92; CB § 3 e 5; SC § 41, RS § 19 – 25; Prof. Felipe Aquino, 2012; Wiki Canção Nova, 2010.
57 IGMR § 93 e 108; CB § 20 – 22; SC § 42, RS § 29 – 33; Prof. Felipe Aquino, 2012.
58 IGMR § 94; CB § 23 e 24, RS § 34 e 35.

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Evitem, portanto, tudo quanto signifique singularidade ou divisão, tendo presente que
são todos filhos do mesmo Pai que está nos Céus e, consequentemente, irmãos todos uns dos
outros.

Portanto, formem todos um só corpo, quer ouvindo a palavra de Deus, quer participando
nas orações e no canto, quer sobretudo na comum oblação do sacrifício e na comum
participação da mesa do Senhor. Esta unidade manifesta-se em beleza nos gestos e atitudes
corporais que os fiéis observam todos juntamente.

Os fiéis não recusem servir com alegria o povo de Deus, sempre que forem solicitados
para desempenhar qualquer especial ministério ou função na celebração.
Procurem os pastores de almas fomentar com zelo e paciência a formação litúrgica e a
participação ativa dos fiéis, tanto interna como externa, segundo a sua idade, condição, género
de vida e grau de cultura religiosa; assim cumprirão uma das principais funções do
dispensador fiel dos mistérios de Deus.59

ACÓLITO E DO LEITOR INSTITUÍDOS

O acólito é instituído (geralmente com a autorização do bispo


diocesano) para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o
diácono. Compete-lhe, como função principal, preparar o altar e os
vasos sagrados e, se for necessário, distribuir aos fiéis a Eucaristia,
de que é ministro extraordinário.

O acólito devidamente instituído, se for preciso, pode ajudar o


sacerdote a distribuir a Comunhão ao povo, como ministro
extraordinário. Se, na ausência do diácono, se dá a Comunhão sob
as duas espécies, ele próprio ministra o cálice aos comungantes ou
sustenta o cálice quando a Comunhão é feita por intinção.

Do mesmo modo o acólito devidamente instituído, terminada a


distribuição da Comunhão, ajuda o sacerdote ou o diácono na
purificação e arranjo dos vasos sagrados. Na ausência do diácono, o
acólito leva os vasos sagrados para a credência e aí os purifica, limpa
e arranja, do modo habitual.

O leitor é instituído para fazer as leituras da Sagrada Escritura, com


exceção do Evangelho. Pode também propor as intenções da oração
universal e ainda, na falta de salmista, recitar o salmo entre as
leituras.60

Conferir “LEITOR NÃO INSTITUÍDO” para mais detalhes sobre o


ministério.

ACÓLITO NÃO INSTITUÍDO

Na falta de acólito instituído, podem ser destinados para o serviço


do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono ministros leigos que
levam a cruz, os círios, o turíbulo, o pão, o vinho e a água; também

59 IGMR § 95 – 97; SC § 19 e 48.


60 IGMR § 98, 99, 191 e 192; CB § 28, RS § 44.

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podem ser designados ministros leigos para distribuir a sagrada
Comunhão como ministros extraordinários. São os Coroinhas,
Guardiãs do Santíssimo Sacramento, Ministros Extraordinários da
Sagrada Comunhão Eucarística (MESCE).

Deve-se evitar o perigo de obscurecer a complementaridade entre a


ação dos clérigos e dos leigos, para que as tarefas dos leigos não
sofram uma espécie de «clericalização», enquanto os ministros
sagrados assumem indevidamente o que é próprio da vida e das
ações dos fiéis leigos.

O fiel leigo que é chamado para prestar uma ajuda nas Celebrações
litúrgicas e deve estar devidamente preparado e ser recomendado
por seu vida cristã, fé, costumes e sua fidelidade para o Magistério
da Igreja. Convém que haja recebido a formação litúrgica
correspondente a sua idade, condição, gênero de vida e cultura
religiosa. Não se eleja a nenhum cuja designação possa suscitar o
escândalo dos fiéis.

É muito louvável que se conserve o benemérito costume de que


crianças ou jovens, denominados normalmente assistentes, estejam
presentes e realizem um serviço junto ao altar, mas recebam uma
catequese conveniente, adaptada à sua capacidade, sobre esta tarefa.
Não se pode esquecer que do conjunto destes ministros, ao longo
dos séculos, tem surgido um número considerável de ministros
consagrados.

No ministério do altar, o acólito tem funções próprias, que ele


mesmo deve exercer mesmo que estejam presentes ministros de
ordem superior. São de vários gêneros as funções que o acólito pode
exercer, podendo algumas delas ocorrer simultaneamente. Convém,
por isso, que sejam oportunamente distribuídas por vários. Se,
contudo, só estiver presente um acólito, este desempenhará a função
mais importante, e as outras distribuam-se por vários ministros.

Na procissão de entrada, o acólito pode levar a cruz, ladeado por


outros dois ministros com os círios acesos. Chegando ao altar, depõe
a cruz junto dele, para se tornar a cruz do altar, ou então coloca-a
num lugar digno. Em seguida, ocupa o seu lugar no presbitério.

Durante toda a celebração, sempre que seja necessário, o acólito


aproxima-se do sacerdote ou do diácono, para lhes apresentar o livro
e ajudá-los no que for preciso. Convém, portanto, que, na medida
do possível, ocupe um lugar donde lhe seja fácil desempenhar o seu
ministério, quer junto da cadeira presidencial quer junto do altar.

Na ausência do diácono, o acólito, depois da oração universal e


enquanto o sacerdote permanece na sua cadeira, coloca sobre o altar
o corporal, o sanguinho, o cálice e o Missal. Seguidamente, se for
preciso, ajuda o sacerdote a receber os dons do povo e, conforme as
circunstâncias, leva para o altar o pão e o vinho e entrega-os ao

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sacerdote. Se se usa incenso, apresenta ao sacerdote o turíbulo e
acompanha-o na incensação das oblatas, da cruz e do altar. Depois
incensa o sacerdote e o povo.

Terminada a celebração da Missa, o acólito e os outros ministros,


juntamente com o diácono e o sacerdote, voltam processionalmente
à sacristia, do mesmo modo e pela mesma ordem com que vieram.

Para mais dignamente exercer as funções, deve o acólito participar


da sagrada Eucaristia cada dia com mais fervor e piedade, alimentar-
se dela e adquirir a respeito dela um conhecimento cada vez mais
elevado. Empenhe-se em penetrar o sentido íntimo e espiritual das
ações que realiza, de modo que todos os dias se ofereça inteiramente
a Deus e se entregue com sincero amor ao Corpo místico de Cristo,
quer dizer, ao povo de Deus, cuidando principalmente dos fracos e
dos enfermos.61

MESTRE DE CERIMÔNIAS (CERIMONIÁRIO)

É conveniente, que haja um ministro competente ou mestre de


cerimônias, responsável pelo bom ordenamento das ações sagradas,
ao qual pertence velar para que estas sejam executadas pelos
ministros sagrados e fiéis leigos com dignidade, ordem e piedade.
Assim, a celebração mormente pelo brilho e decoro, simplicidade e
ordem, dirigindo-a em íntima colaboração com o sacerdote e demais
pessoas que têm por ofício ordenar as diferentes partes da mesma
celebração.

Deve ser perfeito conhecedor da sagrada liturgia, sua história e


natureza, suas leis e preceitos, mas deve ao mesmo tempo ser
versado em matéria pastoral, para saber como devem ser
organizadas as celebrações, quer no sentido de fomentar a
participação frutuosa do povo, quer no de promover o decoro das
missas.

Quando for mister, ensinará ou orientará aqueles que exercem


algum ministério nas ações litúrgicas, seja os que levam o livro, a
cruz, as velas, o turíbulo, ou cantores, assistentes, ministros,
celebrantes, sacerdotes ou outros que exercem outras funções
semelhantes. Entretanto, nas celebrações a que preside o Bispo,
convém escolher acólitos devidamente instruídos para exercerem o
seu ministério.

Procure que se observe as leis das celebrações sagradas, de acordo


com seu verdadeiro espírito, bem como as legítimas tradições da
Igreja particular que forem de utilidade pastoral.

Dentro da celebração, deve agir com discrição, não falar sem


necessidade, não ocupar o lugar dos diáconos ou assistentes, pondo-

61 IGMR § 100, 187 – 190 e 193; CB § 27 e 29, RS § 45 – 47 e 147.

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se ao lado do celebrante, resumidamente: execute tudo com piedade,
paciência e diligência. Nunca seja imparcial dizendo: “não sei”, ao
contrário, deve ter iniciativa para sanar as questões da melhor forma
possível. Nunca impor nada a ninguém, o melhor é propor, mesmo
que saiba que está coberto de razão.

O Cerimoniário se apresenta revestido de alva ou veste talar e


sobrepeliz.62

LEITOR NÃO INSTITUÍDO

Na falta de leitor instituído, podem ser designados outros leigos


para proclamar as leituras da sagrada Escritura, desde que sejam
realmente aptos para o desempenho desta função e se tenham
cuidadosamente preparado, de tal modo que, pela escuta das
leituras divinas, os fiéis desenvolvam no seu coração um afeto vivo
e suave pela sagrada Escritura. Nos textos que devam ser proferidos
em voz alta e clara, a voz há de corresponder ao gênero de cada texto,
conforme se trata de leitura, de oração, de canto etc.

Na celebração eucarística o leitor tem uma função que lhe é própria


e que ele deve exercer por si mesmo, ainda que estejam presentes
ministros ordenados. Assim com

Na procissão de entrada, na ausência do diácono, o leitor, vestido


com a veste aprovada, pode levar o Evangeliário um pouco elevado.
Neste caso, vai à frente do sacerdote; se não, vai junto com os outros
ministros. Chegando ao altar, faz com os outros uma inclinação
profunda. Se leva o Evangeliário, sobe ao altar e sobre ele depõe o
Evangeliário. Depois ocupa o seu lugar no presbitério, junto com os
outros ministros.

Lê no ambão as leituras que precedem o Evangelho. Na ausência do


salmista, pode proferir o salmo responsorial, depois da primeira
leitura. Na ausência do diácono, o leitor pode proferir as intenções
da oração universal, no ambão, depois da introdução feita pelo
sacerdote.63

SALMISTA

Compete ao salmista proferir o salmo ou o cântico bíblico que vem


entre as leituras. Para desempenhar bem a sua função, é necessário
que o salmista seja competente na arte de salmodiar e dotado de
pronúncia correta e dicção perfeita.64

62 IGMR § 106; CB § 28, 34 – 36 e 136.


63 IGMR § 101, 194 – 197; CB § 30 – 32 e 116.
64 IGMR § 102; CB § 33.

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CORO / EQUIPE DE MÚSICA

Entre os fiéis exerce um próprio ofício litúrgico a equipe de música


ou grupo coral, a quem compete executar devidamente, segundo os
diversos gêneros de cânticos, as partes musicais que lhe estão
reservadas e animar a participação ativa dos fiéis no canto.

É conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado de


dirigir e sustentar o canto do povo. Na falta do coro ou equipe de
música, compete-lhe dirigir os diversos cânticos, fazendo o povo
participar na parte que lhe corresponde. O órgão e os outros
instrumentos musicais legitimamente aprovados sejam colocados
num lugar apropriado, de modo a poderem apoiar o canto, quer da
equipe quer do povo, e a serem bem ouvidos por todos, quando
intervêm sozinhos. No tempo do Advento usem-se o órgão e outros
instrumentos musicais com a moderação que convém à índole deste
tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor.
No tempo da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos outros
instrumentos musicais para sustentar o canto. Excetuam-se, porém,
o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas.65

SACRISTÃO

Junto com o Mestre de Cerimônias, mas dependente dele, prepara


com diligência os livros litúrgicos, os paramentos e tudo o que é
preciso para a celebração da Missa.66

Não se manipule vestes, objetos litúrgicos e livros sem autorização


ou consentimento do Sacristão. A este leigo é reservado
confiabilidade, pelo padre, a tudo que se encontra na Sacristia,
portanto o Sacristão deve saber de tudo que se é retirado ou colocado
na Sacristia.

COMENTADOR / COMENTARISTA

Incumbido de fazer aos fiéis, se for oportuno, breves explicações e


admonições, a fim de os introduzir na celebração e os dispor a
compreendê-la melhor. As admonições do comentador devem ser
cuidadosamente preparadas e muito sóbrias. No desempenho da
sua função, o comentador deve colocar-se em lugar adequado, à
frente dos fiéis, mas não no ambão. Nos textos que devam ser
proferidos em voz alta e clara, a voz há de corresponder ao gênero
de cada texto, conforme se trata de leitura, de oração, de canto etc.67

65 IGMR § 103, 104 e 313; CB § 39 – 41; SC § 112 – 121.


66 IGMR § 105; CB § 37.
67 IGMR § 105; CB § 51 e 116.

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RECOLHEDOR DAS OFERTAS

Os encarregados de fazer na igreja a recolha das ofertas.68

Pode ser estático ou andar em meios aos fiéis. É interessante que


sejam colocadas pessoas da comunidade, assim como nas leituras
das “Oração dos Fiéis” para desempenhar esta fácil e singela, porém
necessária, função litúrgica.

Sejam orientados a respeito do serviço o quanto antes a fim de sanar


dúvidas. Deve-se consultar o Padre local sobre seus desejos sobre a
função, pois pode ser exercida por alguma pastoral, como a próxima
função abaixo.

RECEPCIONADORES

Aqueles que, em certas regiões, são encarregados de receber os fiéis


à porta da igreja, de os conduzir aos seus lugares e de ordenar as
suas procissões.69

C. OBSERVAÇÕES SOBRE O SERVIÇO À DEUS

As funções litúrgicas, que não são próprias do sacerdote ou do diácono, e das quais se
tratou acima, também podem ser confiadas a leigos idôneos, escolhidos pelo pároco ou reitor
da igreja, mediante uma bênção litúrgica ou por nomeação temporária. Isso acontece mesmo
que ainda estejam presentes ministros de ordem superior.70

Se estão presentes várias pessoas que podem exercer o mesmo ministério, nada obsta a
que distribuam e desempenhem entre si as diversas partes desse ministério ou ofício. Por
exemplo: pode um diácono encarregar-se das partes cantadas e outro diácono servir ao altar;
quando há mais que uma leitura, é preferível confiá-las a diversos leitores; e assim noutros
casos. Mas não é conveniente que vários ministros dividam entre si um único elemento da
celebração: p. ex. a mesma leitura lida por dois, um após o outro, a não ser que se trate da Paixão
do Senhor.71

Quando na Missa com o povo há um só ministro, este desempenha as diversas funções.72

Sob a orientação do reitor da igreja, deve fazer-se a preparação prática de cada celebração
litúrgica, segundo os livros litúrgicos, com a diligente cooperação de todos os que nela são

68 IGMR § 105.
69 IGMR § 105.
70 IGMR § 107; CB § 27.
71 IGMR § 109.
72 IGMR § 1110.

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chamados a intervir, tanto no que se refere aos ritos como no aspecto pastoral e musical; devem
ser ouvidos também os fiéis naquilo que lhes diz diretamente respeito. Mas o sacerdote que
preside à celebração conserva sempre o direito de dispor de tudo aquilo que for da sua
competência.

D. FUNÇÕES DE ACÓLITOS E CERIMONIÁRIOS NA SANTA MISSA

PROCISSÃO

Deve haver um Cerimoniário responsável pela organização das


procissões as quais vai sempre a frente. Sejam elas: de entrada, do
Evangelho, da Preparação das Oferendas, da Consagração, de saída
ou qualquer outra procissão que haverá dentro do rito.

É responsável por dizer a cada membro: seu lugar, direção da


procissão e o que é necessário que seja feito. Deve orientar com o
máximo de detalhes possível com a finalidade de evitar erros.

TURIFERÁRIO

Cerimoniário ou acólito responsável por preparar o turíbulo e os


carvões e deixando-os em brasa. Deve apresentar o turíbulo ao
celebrante: antes da procissão de entrada, o qual vai a frente; após o
beijo ao altar; na aclamação ao Evangelho (se o padre estiver
sentado, apresenta o turíbulo de joelhos); na preparação das
oferendas (onde, após a incensação das oblatas, o turiferário incensa
o padre, os concelebrantes, se houver e depois o povo) e por último,
na Epiclese quando todos estão de joelhos, ele próprio incensa as
oblatas a cada elevação.

Se o turiferário for acólito e houver a presença de um Cerimoniário


ou Diácono auxiliando o Sacerdote, o turíbulo é passado para eles e
não diretamente ao celebrante. Caso o Padre oriente o contrário,
passe-se diretamente ao Padre.

Haja o devido cuidado para não bater o turíbulo no chão ou em


outros locais, como também não deixe queimar qualquer tipo de
material. Quem estiver na função, zele pelo local em que se acende
os carvões, limpe e deixe tudo organizado ao fim da função.

NAVETEIRO

Cerimoniário ou acólito responsável pela naveta, acompanha


sempre o Turiferário à sua esquerda. Na naveta contém o incenso do
qual o padre deita-o sobre o carvão no turíbulo. O Naveteiro deve
auxiliar o Turiferário sempre que possível e o acompanhar.

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CRUCIFERÁRIO

Cerimoniário ou acólito que leva a Cruz Processional em procissão


um pouco a frente dos Ceroferários, porém atrás do Turiferário e
Naveteiro. A Cruz deve ser colocado na sua base no altar, exceto se
já existir a Cruz do Altar, então a Cruz Processional é levada para
um local apropriado. Na procissão de saída também se deverá usar.

CEROFERÁRIO

Cerimoniário ou acólito responsável pelas tochas, velas ou círios na


procissão de entrada, do Evangelho (aguardar o celebrante se
levantar e dirigir-se junto com ele até o ambão), da Epiclese e de
saída. Também pode ser a “vela” que busca as Eucaristias no
sacrário na oração do “Pai Nosso”. Extremo cuidado para não
entornar as velas e mais cuidado ainda caso as tochas sejam de
querosene.

LIBRÍFERO

Cerimoniário ou acólito responsável por apresentar o Missal ao


celebrante (ou ao Diácono ou ao Cerimoniário [caso haja] para que
abram ao celebrante). É importante que esteja atento e saber os
momentos certos de levar o livro: Após a incensação do altar (ritos
iniciais), Ato Penitencial, Glória, Oração de coleta, Preparação das
Oferendas, “Oremos” no fim da missa. Sempre ao se retirar da
presença do celebrante com o livro, deverá fazer uma vênia. Se
houver outros ritos dentro da celebração, o Librífero fica, também,
responsável por apresentar o livro desses ritos.

CREDENCIÁRIO

Acólito responsável por zelar e/ou levar os objetos litúrgicos da


credência até o altar na preparação das oferendas nesta ordem:
Conjunto do cálice (véu, corporal, pala, hóstia magna, patena,
sanguinho e cálice), âmbulas (se houverem) sem tampa para
consagração, galhetas sem tampas com o vinho e a água (vinho na
mão direita, água na mão esquerda), lavabo (jarra com água, bacia e
manustérgio) para purificação das mãos do sacerdote. Após a
comunhão apresenta o purificatório com outro manustérgio para
purificação dos dedos.

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Havendo outros ritos dentro da celebração, o credenciário pode ficar


responsável por levar e apresentar outros objetos. Extremo cuidado
e zelo com todos os itens. Pode haver um Cerimoniário responsável
por coordenar os acólitos nesta função

PALAVRA

Deve haver um Cerimoniário responsável pelos leitores, salmista e


comentarista ou qualquer outro leigo que irá ter alguma fala durante
a celebração (ex.: na história da Paixão no Domingo de Ramos, pode
haver ministros leigos responsáveis por algumas partes de leitura)
para guiá-los na ida ao altar e saída, assim como sanar dúvidas,
assim fortalecendo o bom serviço dos leitores. Também fica
responsável pelo Lecionário e Evangeliário, caso haja. Sua posição é
próxima ao Principal, no caso de haver diácono, deve ficar um pouco
mais atrás.

PRINCIPAL OU “DO CELEBRANTE”

Deve haver um Cerimoniário responsável pelo celebrante, seja


Bispo ou Padre, para assessorá-lo durante toda a celebração, assim
como também é o responsável pelo missal e por todas as outras
funções e tudo que se utilizará na missa, por isso, seja o mais
experiente a ser escalado em missas “mais complexas” ou na
presença de um Bispo. Como o Cerimonial dos Bispos pede: que
“seja perfeito conhecedor da Sagrada Liturgia”. As demais funções
dentro da celebração sejam solicitas para com esta função
“Principal”, afinal ele é o elo entre o Padre e as demais funções, tudo
que o Padre venha a precisar, principalmente, durante a celebração,
ele pedirá, comumente ao Principal. Toda via, todos trabalhem
juntos como membros do mesmo corpo, a Igreja, em que Cristo é a
cabeça.

MITRÍFERO E BACULÍFERO

Deve haver um Cerimoniário ou acólito, nas missas com Bispo, que


fiquem responsável por suportar as insígnias Episcopais quando o
Bispo não estiver fazendo o uso destas. A mitra se segura ou em pé
ou deitada, mas sempre fechada; o solidéu pode ser colocado em
cima da mitra após a Oração sobre as Oferendas. O Báculo deve ser
segurado sempre em pé e com a curvatura voltada para si, somente
o Bispo segura com a curvatura voltada para o povo. Tenha-se o
máximo de respeito e cuidado com as Insígnias Episcopais. Os dois
ministros são revestidos com a Vimpa para que não haja o contato
direto com os objetos. Por fim, ninguém deve ver a sua função como
algo gestual, ou um mero ritualismo, mas viver profundamente a
espiritualidade litúrgica em âmbito pessoal com vistas a conduzir
os outros pelo seu testemunho a Cristo.73

73 IGMR § 111.

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8.3 O QUE PREPARAR PARA A CELEBRAÇÃO


1) Junto à cadeira do sacerdote: o microfone, folhetos ou anotações que se utilizará
na missa.

2) No altar: Pode-se já conter as velas (sempre em pares em caso de não se usar as


velas que vêm em procissão) e a Cruz do Altar (caso não se use a Cruz
Processional. Usando-a, deve haver seu pedestal sobre o Presbitério em local que
se possa incensar). As velas do altar podem seguir um dos esquemas abaixo:

Assembleia

Altar

Lembrando que se houver a presença do Bispo Arquidiocesano, deve-se


acrescentar mais uma vela.

3) No ambão: o lecionário. Próximo a ele, o Círio Pascal se houver batismo ou esteja-


se no Tempo Pascal.

4) Na credência: o missal, o cálice com véu, o corporal, o sanguinho, a pala, a patena,


as âmbulas com hóstias, a hóstia magna, as galhetas com o vinho e a água, a não
ser que todas essas coisas sejam trazidas pelos fiéis na altura da apresentação dos
dons, o lavabo (bacia e jarra com água), bacia com água e aspersório se houver
aspersão;

5) Caso haja mais sacerdotes: separar o livro do Rito Eucarístico;

6) Na sacristia: preparem-se as vestes sagradas do sacerdote, do diácono e dos outros


ministros, segundo as diferentes formas de celebração;

7) Caso haja o uso do turíbulo: a naveta, o próprio turíbulo com carvões acessos;

8) Quando a entrada se faz com procissão, prepara-se também: o Evangeliário; a cruz


a levar na procissão e os candelabros ou tochas com velas acesas.

9) Quando se faz a procissão das oferendas, preparar, no fundo da igreja, uma mesa
e toalha e sobre elas a âmbula com partículas, galhetas com a água e o vinho,
assim como demais itens a serem ofertados.74

74 IGMR § 118 e 119; CB § 125.

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8.4 ESTRUTURA GERAL DA MISSA


A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da
palavra e a liturgia eucarística. Estas duas partes, porém, estão entre si
tão estreitamente ligadas que constituem um único ato de culto. De
fato, na Missa é posta a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo
de Cristo, mesa em que os fiéis recebem instrução e alimento. Há
ainda determinados ritos, a abrir e a concluir a celebração.75

Entre as partes da Missa que pertencem ao sacerdote, está em


primeiro lugar a Oração eucarística, ponto culminante de toda a celebração. Vêm a seguir as
orações: a oração coleta, a oração sobre as oferendas e a oração depois da comunhão. O
sacerdote, que preside à assembleia fazendo as vezes de Cristo, dirige estas orações a Deus em
nome de todo o povo santo e de todos os presentes. Por isso se chamam “orações
presidenciais”.76

Como presidente, o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja e da comunidade


reunida, mas, por vezes, também o faz em nome pessoal, para despertar maior atenção e
piedade no exercício do seu ministério. Estas orações, propostas para antes da leitura do
Evangelho, na preparação dos dons, e antes e depois da comunhão do sacerdote, são ditas em
silêncio (“secreto”).77

A. RITOS INICIAIS

Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato penitencial, Kyrie
(Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração coleta – têm o carácter de exórdio, introdução
e preparação. É sua finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para
ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia. Em algumas
celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os ritos iniciais
omitem-se ou realizam-se de modo específico como a missa da Vigília Pascal, Domingo de
Ramos, Paixão do Senhor etc. 78

ENTRADA

Reunido o povo, o Turiferário (T), caso use-se, apresenta o turíbulo com as brasas ao
Celebrante (Ce) e o mesmo faz o Naveteiro (N) com a naveta. O celebrante deita incenso no
turíbulo 3 (três) vezes e abençoa sem dizer nada. O Turiferário e o Naveteiro tomam suas
posições na procissão que já deve estar preparada pelo responsável pela Procissão (P) que pode
ser um cerimoniário. O sacerdote e os ministros, revestidos com as vestes sagradas,
encaminham-se para o altar dois a dois por esta ordem:

1) Cerimoniário responsável pela Procissão (P);

2) Turiferário (T) com o turíbulo fumegante juntamente com o Naveteiro (N);

75 IGMR § 28.
76 IGMR § 30.
77 IGMR § 33.
78 IGMR § 46.

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3) Ceroferários (Cf) com os círios, velas ou tochas acesas (no máximo 6 [seis], se houver
a presença do Arcebispo e se usar as 7 [sete] tochas, a última fileira de ceroferários
terá 3) e entre eles um acólito ou outro ministro com a cruz, sendo este o Cruciferário
(Cr);

4) Leitores (L) e Salmista (S);

5) Acólitos e outros ministros como Coroinhas (Co), Guardiãs do Santíssimo


Sacramento (G) e os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística
(M);

6) Seminaristas (Se);

7) Diácono ou leitor (D+E), que pode levar o Evangeliário um pouco elevado, não,
porém, o Lecionário;

8) Diáconos (D);

9) Padres (Pe);

10) Bispos (B);

11) Sacerdote presidente da celebração ou, caso haja, o Bispo presidente da celebração
(Ce);

12) Diáconos(D) ou Cerimoniários Principal (Pr) encarregados de auxiliar o celebrante


no altar.

13) Acólitos com a vimpa (V) encarregados de velar a Mitra e o Báculo (Mitrífero e
Baculífero), caso o Celebrante (Ce) seja um bispo.

T Cf L Co G M S
Se D Pe B Pr V

Cr S D+E Ce

P N Cf L Co G M Se
S D Pe B D V

Altar

Enquanto a procissão se dirige para o altar, canta-se o cântico de entrada. Ao chegarem


ao altar, o celebrante e todos os demais fazem uma inclinação profunda. Exceto quem porta
objetos litúrgicos, os quais apenas param brevemente na frente do altar e sobem ao presbitério.

A cruz adornada com a imagem de Cristo crucificado e levada na procissão pode colocar-
se junto do altar, caso já se haja uma Cruz do Altar, a Cruz Processional deve ser levada a outro
local digno; os candelabros, porém, colocam-se sobre o altar ou junto dele, caso já se haja velas
sobre o altar, coloque-se velas da procissão em outro local digno; o Evangeliário depõe-se sobre
o altar.

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Os diáconos, padres, bispos e o celebrante aproximam-se do altar e venera-o com um
beijo. Logo a seguir, o presidente da celebração lhe é apresentado a naveta com o incenso e o
turíbulo aberto, deita o incenso e incensa a cruz e o altar, andando em volta dele. Caso haja
alguma imagem, relíquia ou o Círio Pascal, também os incensa. Após terminar o incensação, o
celebrante devolve o objeto ao Turiferário que se retira do altar com o Naveteiro.

Feito isto, o sacerdote vai para a cadeira. Terminado o cântico de entrada, celebrante e
fiéis, todos de pé, benzem-se com o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo. O povo responde: Amem. Em seguida, pela saudação, faz sentir à
comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo manifesta-
se o mistério da Igreja reunida.

Em seguida, o sacerdote, voltado para o povo e abrindo os braços, saúda-o, utilizando


uma das fórmulas propostas. Pela saudação, faz sentir à comunidade reunida a presença do
Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo manifesta-se o mistério da Igreja reunida.
Pode também o próprio sacerdote ou outro ministro fazer aos fiéis uma introdução, com
brevíssimas palavras, na Missa desse dia. 79

ATO PENITENCIAL

Em seguida, o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma breve pausa de
silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão geral e termina com a
absolvição do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da eficácia do sacramento da
penitência. Ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato
penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do batismo.80

KÝRIE, ELEISON

Depois do ato penitencial, diz sempre o “Senhor, tende piedade de nós” (Kyrie, Eleison),
a não ser que já tenha sido incluído no ato penitencial. Dado tratar-se de um canto em que os
fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é normalmente executado por todos.81

GLÓRIA IN EXCELSIS DEO

O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito


Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino
por outro. Canta-se ou recita-se nos domingos (não em missas semanais) fora do Advento e da
Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes.82

ORAÇÃO COLETA

Em seguida, o sacerdote convida o povo à oração; e todos, juntamente com ele, se


recolhem uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que se encontram na
presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções. Então o sacerdote diz
a oração que se chama «coleta», pela qual se exprime o carácter da celebração.83

79 IGMR § 49, 50, 120 – 124; CB § 80 e 90 nota 73.


80 IGMR § 51 e 125.
81 IGMR § 52 e 125.
82 IGMR § 53 e 126.
83 IGMR § 54 e 127.

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B. LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS

A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da


Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e
conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis.
Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o
mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua
palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis. O povo faz sua esta
palavra divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com a profissão
de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração universal pelas necessidades
de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro.

Segundo a tradição, a função de proferir as leituras não é presidencial, mas sim


ministerial. Por isso as leituras são proclamadas por um leitor, mas o Evangelho é anunciado
pelo diácono ou por outro sacerdote. Se, porém, não estiver presente o diácono nem outro
sacerdote, leia o Evangelho o próprio sacerdote celebrante; e se também faltar outro leitor
idôneo o sacerdote celebrante proclame igualmente as outras leituras. Não se substituam as
leituras sem consultar os livros litúrgicos, assim como é proibido omitir as leituras prescritas.

Assim se segue: terminada a oração coleta, todos se sentam. O sacerdote pode, com
brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na liturgia da palavra. O leitor vai à frente do altar
com um Cerimoniário, fazem a reverência e sobem ao presbitério, o leitor vai ao ambão e, a
partir do lecionário aí colocado antes da Missa, proclama a primeira leitura, que todos escutam.
No fim, o leitor profere a aclamação: Palavra do Senhor (Verbum Domini); e todos respondem:
Graças a Deus (Deo Gratias). Na celebração da Missa com o povo, as leituras proclamam-se
sempre do ambão e não é lícito substituir as leituras e o salmo responsorial, que contêm a
palavra de Deus, por outros textos não bíblicos.

Pode então observar-se, se for oportuno, um breve espaço de silêncio, para que todos
meditem brevemente no que ouviram.

Depois, o salmista ou o próprio leitor recita o versículo do salmo, ao qual o povo


responde habitualmente com o refrão. O Salmo é parte integrante da liturgia da palavra e tem,
por si mesmo, grande importância litúrgica e pastoral, pois favorece a meditação da Palavra de
Deus. Convém que o salmo responsorial seja cantado, pelo menos no que se refere à resposta
do povo. O salmista ou cantor do salmo, do ambão ou de outro local conveniente, recita os
versículos do salmo; toda a assembleia escuta sentada, ou, de preferência, nele participa do
modo costumado com o refrão, a não ser que o salmo seja recitado todo seguido, sem refrão.
Se o salmo não puder ser cantado, recita-se do modo mais indicado para favorecer a meditação
da palavra de Deus.

Se há segunda leitura antes do Evangelho, o leitor proclama-a do ambão. Todos escutam


em silêncio e no fim respondem com a aclamação, como acima se disse sobre a primeira leitura.
A seguir, se for oportuno, pode observar-se um breve espaço de silêncio.84

84 IGMR § 55, 57 – 59, 61; SC § 51, 91 e 92, RS § 59 – 62.

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53
EVANGELHO

A leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da


palavra, por isso, todos se levantam e canta-se o Aleluia ou outro cântico,
conforme o tempo litúrgico. Deste modo a aclamação constitui um rito ou um
ato com valor por si próprio, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o
Senhor, que lhe vai falar no Evangelho, e professa a sua fé por meio do canto. É
cantada por todos de pé, iniciada por um cantor, e pode-se repetir, se for
conveniente. O Aleluia canta-se em todos os tempos fora da Quaresma.

Enquanto isso, os ceroferários precedidos do turiferário e o naveteiro apresentam o


turíbulo e naveta respectivamente ao sacerdote que impõe e benze o incenso, quando se usa
(se o sacerdote se encontra sentado, os ministros apresentam o turíbulo e o incenso ajoelhados,
se o sacerdote está de pé, apresentam também de pé). Em seguida, o turiferário, naveteiro e
ceroferários se dirigem ao ambão precedendo o sacerdote. Este, profundamente inclinado
diante do altar, de mãos juntas, diz uma oração em secreto, toma então o Evangeliário, se está
sobre o altar, e dirige-se para o ambão, levando o Evangeliário um pouco elevado, precedido
pelos ministros leigos. Os presentes voltam-se para o ambão, manifestando uma especial
reverência ao Evangelho de Cristo.

Tendo chegado ao ambão, o sacerdote abre o livro e, de mão juntas, diz: O Senhor esteja
convosco (Dominus vobiscum); o povo responde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo),
e a seguir Evangelho de Nosso Senhor..., fazendo o sinal da cruz sobre o livro e sobre si mesmo
na fronte, na boca e no peito, e todos fazem o mesmo. O povo aclama, dizendo: Glória a Vós,
Senhor (Gloria tibi, Domine). Depois, se se usa o incenso, o sacerdote incensa o livro e o Círio
Pascal, caso este esteja presente. A seguir proclama o Evangelho, e no fim diz a aclamação:
Palavra da salvação (Verbum Domini). Todos respondem: Glória a Vós, Senhor (Laus tibi,
Christe). O sacerdote beija o livro, dizendo em secreto uma oração. Os ministros leigos
(turiferário, naveteiro e ceroferários) se retiram.

Se não há leitor, é o próprio sacerdote que de pé proclama, no ambão, todas as leituras


e o salmo.85

HOMILIA

O sacerdote, em pé, da cadeira ou do próprio ambão, ou, se for oportuno,


noutro lugar conveniente, faz a homilia. Terminada a homilia, pode observar-se,
se for oportuno, um espaço de silêncio.

A homilia é parte da liturgia e muito recomendada: é um elemento


necessário para alimentar a vida cristã. Deve ser a explanação de algum aspecto das
leituras da Sagrada Escritura tendo sempre em conta o mistério que se celebra, bem
como as necessidades peculiares dos ouvintes. Habitualmente deve ser feita pelo sacerdote
celebrante ou por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado, ou algumas vezes, se for
oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo.

Nos domingos e festas de preceito, deve haver homilia em todas as Missas celebradas
com participação do povo, e não pode omitir-se senão por causa grave. Depois da homilia,
observe-se oportunamente um breve espaço de silêncio.86

85 IGMR § 60, 62, 131 – 135; CB § 90; SC § 51, RS § 63.


86 IGMR § 65, 66 e 136; SC § 52, RS § 64 - 68.

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PROFISSÃO DE FÉ

O Símbolo, ou profissão de fé, tem como finalidade permitir que todo o


povo reunido, responda à palavra de Deus anunciada nas leituras da sagrada
Escritura e exposta na homilia, e que, proclamando a regra da fé, segundo a fórmula
aprovada para o uso litúrgico, recorde e professe os grandes mistérios da fé, antes
de começarem a ser celebrados na Eucaristia.

Pode-se cantar ou recitar, começado pelo sacerdote e continuado pelo povo,


estando todos de pé. Às palavras “e se encarnou” todos se inclinam profundamente, porém nas
solenidades da Anunciação e do Natal do Senhor, genuflectem. Nunca se utilize um “Credo”
que não se encontre em livros litúrgicos devidamente aprovados.87

ORAÇÃO UNIVERSAL

Terminado o Símbolo, o sacerdote, de pé junto da cadeira, de mãos juntas,


convida os fiéis à oração universal com uma breve admonição. Então um diácono
ou um cantor, ou um leitor ou outro, no ambão ou noutro lugar conveniente,
voltado para o povo, propõe as intenções, a que o povo responde suplicante com a
sua parte ou com uma invocação comum proferida depois de cada intenção, ou
orando em silêncio, mas sempre de pé. Por fim o sacerdote, de braços abertos, conclui as preces
com uma oração.

Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde, de algum modo à palavra de
Deus recebida na fé e, exercendo a função do seu sacerdócio batismal, apresenta preces a Deus
pela salvação de todos. Convém que em todas as Missas com participação do povo se faça esta
oração, na qual se pede pela santa Igreja, pelos governantes, pelos que se encontram em
necessidade, por todos os homens em geral e pela salvação do mundo inteiro.88

C. LITURGIA EUCARÍSTICA

Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal, por meio do


qual, todas as vezes que o sacerdote, representando a Cristo Senhor, faz o mesmo
que o Senhor fez e mandou aos discípulos que fizessem em sua memória, se torna
continuamente presente o sacrifício da cruz.

Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a ação de graças, partiu o pão e deu-
o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei, bebei: isto é o meu Corpo; este é o
cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim». Foi a partir destas palavras e gestos de
Cristo que a Igreja ordenou toda a celebração da liturgia eucarística. Efetivamente:

1) Na preparação dos dons, levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, os mesmos
elementos que Cristo tomou em suas mãos.

2) Na Oração eucarística, dão-se graças a Deus por toda a obra da salvação, e as oblatas
convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo.

87 IGMR § 67 e 137, RS § 69.


88 IGMR § 69, 71 e 138; SC § 53.

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3) Pela fração do pão e pela Comunhão, os fiéis, embora muitos, recebem, de um só pão,
o Corpo e Sangue do Senhor, do mesmo modo que os Apóstolos o receberam das mãos do
próprio Cristo.89

PREPARAÇÃO DO DONS

Terminada a oração universal, todos se sentam, e começa o cântico do


ofertório (O rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de canto), se há
procissão dos dons. Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é
o centro de toda a liturgia eucarística. O acólito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o
corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o missal.

Convém que a participação dos fiéis se manifeste pela oferta quer do pão e do vinho
destinados à celebração da Eucaristia, quer de outros dons destinados às necessidades da Igreja
e dos pobres.

As ofertas dos fiéis são recebidas pelo sacerdote com a ajuda do acólito ou de outro
ministro. O pão e o vinho, galhetas e âmbulas com hóstias destinados à Eucaristia são levados
ao celebrante, que os depõe sobre o altar; os outros dons são colocados noutro lugar
conveniente. Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons,
destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos
dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.

Caso não haja a apresentação dos dons, após entregar o missal o acólito leva da credência
ao altar as âmbulas com hóstias e as galhetas com vinho e água e apresenta ao sacerdote.

O sacerdote, junto do altar, recebe a patena com o pão; e, sustentando-a, com ambas as
mãos, um pouco elevada sobre o altar e ora em secreto. Em seguida, depõe a patena com o pão
sobre o corporal.

O sacerdote vai depois ao lado do altar, onde o ministro lhe apresenta as galhetas, e deita
o vinho no cálice e um pouco de água, novamente ora em secreto. Volta ao meio do altar, toma
o cálice com ambas as mãos e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar, então reza em
secreto. Depõe, em seguida, o cálice sobre o corporal e, se parecer oportuno, cobre-o com a pala.
O sacerdote inclina-se profundamente e reza em secreto.

A seguir, se se usa o incenso, o sacerdote deita-o no turíbulo e incensa as oblatas, a cruz


e o altar. Um ministro, de pé ao lado do altar, incensa o sacerdote, e depois o povo. Deste modo
se pretende significar que a oblação e oração da Igreja se elevam, como fumo de incenso, à
presença de Deus. O sacerdote, por causa do sagrado ministério, e o povo, em razão da
dignidade batismal. Se houver mais de um concelebrante, estes recebem a incensação ou
conjuntamente com o presidente ou após, porém que seja antes de incensar o povo.

Depois da incensação, o sacerdote vai ao lado do altar e lava as mãos no lavabo que é o
jarro e a bacia juntamente com o manustérgio que um ou mais acólitos trazem, dizendo em
silêncio: Lavai-me, Senhor, enquanto o ministro lhe serve a água. com este rito se exprime o
desejo de uma purificação interior.

O sacerdote aguarda o término da incensação ao povo, caso ainda não se tenha


terminado, depois vai ao meio do altar e, voltado para o povo, abrindo e juntando as mãos,

89 IGMR § 72.

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convida-o à oração, dizendo: Orai, irmãos... O povo levanta-se e responde: Receba o Senhor...
Depois o sacerdote, recita, de braços abertos, a oração sobre as oblatas. No fim o povo aclama:
Amem.

Assim, termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração eucarística.90

ORAÇÃO EUCARÍSTICA

Inicia-se então o momento central e culminante de


toda a celebração, a Oração eucarística, que é uma oração
de ação de graças e de consagração. Segundo as rubricas,
escolhe uma das que se encontram no Missal Romano, ou
que a Santa Sé tenha aprovado. Por sua natureza, a Oração eucarística exige que seja só o
sacerdote, em virtude da ordenação, a dizê-la. O povo, porém, associe-se ao sacerdote, na fé e
em silêncio, e com as intervenções previstas na Oração eucarística, isto é: as respostas ao
diálogo do Prefácio, o Sanctus (Santo), a aclamação depois da consagração e a aclamação Amém
depois da doxologia final, e ainda com outras aclamações aprovadas pela Conferência
Episcopal e confirmadas pela Santa Sé.

O sacerdote convida o povo a elevar os corações para o Senhor, na oração e na ação de


graças, e associa-o a si na oração que ele, em nome de toda a comunidade, dirige a Deus Pai
por Jesus Cristo no Espírito Santo. O sentido desta oração é que toda a assembleia dos fiéis se
una a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. O sacerdote,
abrindo os braços, canta ou diz: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum), e o povo
responde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo). Em seguida continua elevando as mãos:
Corações ao alto (Sursum corda). O povo responde: O nosso coração está em Deus (Habemus
ad Dominum). Então o sacerdote, de braços abertos, acrescenta: Dêmos graças ao Senhor nosso
Deus (Gratias agamus Domino Deo nostro). E o povo responde: É nosso dever, é nossa salvação
(Dignum et iustum est). Depois o sacerdote, de mãos estendidas, continua o Prefácio, no fim
do qual junta as mãos e, juntamente com todos os presentes, canta ou recita em voz alta: Santo...
(Sanctus).

O sacerdote prossegue a Oração Eucarística segundo as rubricas apresentadas em cada


uma das Orações. Um pouco antes da consagração, se parecer oportuno, o ministro pode
chamar a atenção dos fiéis com um toque de campainha, que pode tocar-se também a cada
elevação, segundo os costumes locais.

Se se usa incenso, o ministro incensa a hóstia e o cálice, ao serem mostrados ao povo


depois da consagração. A seguir à consagração, depois de o sacerdote dizer: Mistério da fé, o
povo aclama, utilizando uma das fórmulas prescritas.

No fim da Oração Eucarística, o sacerdote toma a patena com a hóstia e o cálice e,


elevando-os ambos, diz sozinho a doxologia: Por Cristo. No fim o povo aclama: Amém. A
seguir o sacerdote depõe a patena e o cálice sobre o corporal.

Como elementos principais da Oração eucarística podem enumerar-se os seguintes:

1) Ação de graças (expressa de modo particular no Prefácio): em nome de todo o povo


santo, o sacerdote glorifica a Deus Pai e dá-Lhe graças por toda a obra da salvação ou
por algum dos seus aspectos particulares, conforme o dia, a festa ou o tempo litúrgico.

90 IGMR § 73 – 77 e 139 – 146; CB § 96 e 98, RS § 70.

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2) Aclamação: toda a assembleia, em união com os coros celestes, canta o Sanctus


(Santo). Esta aclamação, que faz parte da Oração Eucarística, é proferida por todo o
povo juntamente com o sacerdote.

3) Epiclese: consta de invocações especiais, pelas quais a Igreja implora o poder do


Espírito Santo, para que os dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é,
se convertam no Corpo e Sangue de Cristo; e para que a hóstia imaculada, que vai ser
recebida na Comunhão, opere a salvação daqueles que dela vão participar.

4) Narração da instituição e consagração: mediante as palavras e gestos de Cristo,


realiza-se o sacrifício que o próprio Cristo instituiu na última Ceia, quando ofereceu
o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho e os deu a comer e a beber
aos Apóstolos, ao mesmo tempo que lhes confiou o mandato de perpetuar este
mistério.

5) Anamnese: em obediência a este mandato, recebido de Cristo Senhor através dos


Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo
particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos Céus.

6) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que nesse momento e
nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada. A
Igreja deseja que os fiéis não somente ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a
oferecer-se também a si mesmos e, por Cristo mediador, se esforcem por realizar de
dia para dia a unidade perfeita com Deus e entre si, até que finalmente Deus seja tudo
em todos.

7) Intercessões: por elas se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda
a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de
todos os seus membros, vivos e defuntos, chamados todos a tomar parte na redenção
e salvação adquirida pelo Corpo e Sangue de Cristo.

8) Doxologia final: exprime a glorificação de Deus e é ratificada e concluída pela


aclamação Amém do povo.91

RITO DA COMUNHÃO

A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por isso, que


os fiéis, devidamente preparados, nela recebam, segundo o mandato do
Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É esta a finalidade
da fração e dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma mais
imediata, para a Comunhão. 92

91 IGMR § 78, 79 e 147 – 151, RS § 51 – 56.


92 IGMR § 80; SC § 55.

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ORAÇÃO DOMINICAL (PAI NOSSO)

Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os cristãos


evoca principalmente o pão eucarístico; igualmente se pede a purificação dos
pecados, de modo que efetivamente “as coisas santas sejam dadas aos santos”.

Terminada a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos juntas, diz a admonição que


antecede a oração dominical; e a seguir recita, de braços abertos, esta oração juntamente com o
povo.

Terminada a oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz sozinho o embolismo


Livrai-nos de todo o mal, Senhor... No fim o povo aclama com a doxologia: Vosso é o reino...O
embolismo é o desenvolvimento da última petição da oração dominical; nele se pede para toda
a comunidade dos fiéis a libertação do poder do mal. 93

RITO DA PAZ

Segue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si


própria e para toda a família humana, e os féis exprimem uns aos outros a
comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no Sacramento.

O sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta a oração “Senhor Jesus


Cristo, que dissestes...”; uma vez terminada, o sacerdote, abrindo e juntando as
mãos, anuncia a paz, voltado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco
(Pax Domini sit semper vobiscum); e o povo responde: O amor de Cristo nos uniu (Et cum
spiritu tuo). Logo a seguir, se parecer oportuno, acrescenta: Saudai-vos na paz de Cristo.

O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas permanece sempre dentro do presbitério,
a fim de não perturbar a celebração. Procede do mesmo modo se, por motivos razoáveis, quiser
dar a paz a alguns poucos fiéis. E todos, segundo as determinações da Conferência Episcopal,
se saúdam uns aos outros em sinal de mútua paz, comunhão e caridade. Enquanto se dá a paz,
pode dizer-se: A paz do Senhor esteja sempre contigo (Pax Domini sit semper tecum), ao que
se responde: Amem.94

FRAÇÃO DO PÃO

A seguir, O sacerdote parte o pão eucarístico. O gesto da fração, praticado


por Cristo na última Ceia, e que serviu para designar, nos tempos apostólicos,
toda a ação eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos, se tornam um só
Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressuscitado
pela salvação do mundo (1 Cor 10, 17).

Enquanto o sacerdote parte o pão sobre a patena e deita uma parte da


hóstia no cálice, a banda canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus,
a que todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo que pode repetir-se
o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as
palavras: Dai-nos a paz.95

93 IGMR § 81, 152 e 153.


94 IGMR § 82 e 154; CB § 99 – 103, RS § 71 e 72
95 IGMR § 83 e 155, RS § 73.

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COMUNHÃO

O sacerdote prepara-se para receber frutuosamente o Corpo e Sangue


de Cristo rezando uma oração em silêncio. Os fiéis fazem o mesmo, orando
em silêncio.

Depois o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou


sobre o cálice e convida-os para o banquete de Cristo; e, juntamente com os fiéis, faz um ato
de humildade, utilizando as palavras evangélicas prescritas. Voltado para o povo, diz: Felizes
os convidados...; e, juntamente com o povo, acrescenta uma só vez: Senhor, eu não sou digno...

Depois, voltado para o altar, o sacerdote reza em silêncio e comunga com reverência o
Corpo de Cristo. A seguir, toma o cálice e comunga com reverência o Sangue de Cristo.

Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, começa-se o canto da Comunhão que deve


exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, manifestar a alegria
do coração e realçar melhor o carácter «comunitário» da procissão daqueles que vão receber a
Eucaristia. O cântico prolonga-se enquanto se ministra aos fiéis o Sacramento.

O sacerdote pega depois na patena ou na âmbula e aproxima-se dos comungantes, que


habitualmente se aproximam em procissão.

Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o
cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. Os fiéis comungam de
joelhos ou de pé, segundo a determinação da Conferência Episcopal. Quando comungam de
pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam a devida reverência,
estabelecida pelas mesmas normas.

Se a Comunhão for distribuída unicamente sob a espécie do pão, o sacerdote levanta um


pouco a hóstia e, mostrando-a a cada um dos comungantes, diz: O Corpo de Cristo ou Corpus
Christi. O comungante responde: Amém, e recebe o Sacramento na boca, ou, onde for
permitido, na mão conforme preferir. O comungante recebe a hóstia e comunga-a
imediatamente e na íntegra.

A sagrada Comunhão adquire a sua forma mais plena, enquanto sinal, quando é feita
sob as duas espécies. Nesta forma manifesta-se mais perfeitamente o sinal do banquete
eucarístico, e exprime-se mais claramente a vontade de ratificar a nova e eterna aliança selada
pelo Sangue do Senhor, bem como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete
escatológico no reino do Pai. Antes de mais devem advertir os fiéis de que a fé católica ensina
que, mesmo sob uma única espécie, é Cristo todo e inteiro e o verdadeiro Sacramento que se
recebe; consequentemente, quem receber uma só das duas espécies nem por isso fica privado
de qualquer graça necessária à salvação

Quando a Comunhão se faz sob as duas espécies, habitualmente quem ministra ao cálice
é o diácono, ou, na sua ausência, o presbítero; ou também o acólito devidamente instituído ou
outro ministro extraordinário da sagrada Comunhão; ou o fiel a quem, em caso de necessidade,
se chama para este ofício em cada caso.

Aos fiéis que eventualmente queiram comungar só sob a espécie do pão, dê-se a sagrada
Comunhão desta forma.

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Na distribuição da Comunhão, o sacerdote pode ser ajudado por outros presbíteros
eventualmente presentes. Se estes não estiverem disponíveis e o número dos comungantes for
demasiado grande, o sacerdote pode chamar em seu auxílio os ministros extraordinários, isto
é, o acólito devidamente instituído ou também outros fiéis, que tenham sido devidamente
nomeados para isso (MESCE). Em caso de necessidade, o sacerdote pode designar, só para essa
ocasião, alguns fiéis idôneos.

Estes ministros não devem aproximar-se do altar antes de o sacerdote ter tomado a
Comunhão; e recebem sempre da mão do sacerdote celebrante o vaso com as espécies da
Santíssima Eucaristia a distribuir aos fiéis.

Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote, no altar, consome imediatamente


todo o vinho consagrado que porventura tiver sobrado; quanto às hóstias consagradas que
sobrarem, ou as consome no altar ou leva-as ao lugar destinado a guardar a Eucaristia.

O sacerdote, regressado ao altar, recolhe os fragmentos que porventura houver. Depois


vai ao lado do altar ou à credência e purifica a patena ou a âmbula sobre o cálice; a seguir,
purifica o cálice, enquanto reza em silêncio e limpa o cálice com o sanguinho. Se os vasos são
purificados no altar, o ministro leva-os para a credência. Os vasos a purificar, sobretudo se
forem vários, também se podem deixar no altar ou na credência, sobre o corporal, devidamente
cobertos, sendo purificados imediatamente depois da Missa, após a despedida do povo.

Depois o sacerdote pode voltar para a cadeira. Entretanto, podem guardar-se uns
momentos de silêncio sagrado, ou cantar ou recitar um salmo ou outro cântico de louvor ou um
hino que deve terminar a tempo.

Procure-se que também os cantores possam comungar comodamente.

Para completar a oração do povo de Deus e concluir todo o rito da Comunhão, o


sacerdote diz a oração depois da Comunhão, na qual implora os frutos do mistério celebrado.96

D. RITO DE CONCLUSÃO

Terminada a oração depois da Comunhão, se houver avisos a fazer ou


notícias breves, façam-se em forma breve.

A seguir, o sacerdote saúda o povo, abrindo os braços e dizendo: O Senhor


esteja convosco (Dominus vobiscum), a que o povo responde: Ele está no meio de
nós (Et cum spiritu tuo). O sacerdote, junta de novo as mãos, e, logo a seguir, com a
mão esquerda no peito e elevando a mão direita, acrescenta: Abençoe-vos Deus
todo-poderoso... e, fazendo o sinal da cruz sobre o povo, continua: ...Pai e Filho e
Espírito Santo e todos respondem: Amem.

Em certos dias e em ocasiões especiais, esta fórmula de bênção é precedida, segundo as


rubricas, de outra mais solene ou da oração sobre o povo.

Logo a seguir à bênção, o sacerdote, de mãos juntas, diz: Ide em paz e o Senhor vos
acompanhe; e todos respondem: Graças a Deus.

96 IGMR § 84, 86, 88, 89, 156 – 165 e 281 – 287.

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O sacerdote, habitualmente, beija então o altar em sinal de veneração, faz-lhe, com os
ministros leigos, uma inclinação profunda, e retira-se com eles.

Se a Missa é seguida de outra ação litúrgica, omitem-se os ritos de conclusão, quer dizer,
a saudação, a bênção e a despedida. 97

8.5 PARTICULARIDADES DAS FORMAS DA SANTA


MISSA
A. COM BISPO

Na Igreja local dê-se o primeiro lugar, em razão do seu significado, à


Missa presidida pelo Bispo rodeado do seu presbitério, diáconos e ministros
leigos, com participação plena e ativa de todo o povo santo de Deus. É nesta
Missa que se realiza a principal manifestação da Igreja.

Tenha-se igualmente em grande apreço a Missa celebrada com uma


comunidade, sobretudo com a comunidade paroquial; esta, com efeito, principalmente na
celebração comunitária do domingo, representa a Igreja universal num determinado tempo e
lugar.

Entre as Missas celebradas por certas comunidades, ocupa lugar de relevo a Missa
conventual que faz parte do Oficio quotidiano, a chamada Missa “da Comunidade”. Ainda
que tais Missas não tenham forma especial de celebração, é, todavia, da máxima conveniência
que se celebrem com canto e, sobretudo, com a plena participação de todos os membros da
comunidade. Cada um deve exercer nestas Missas a função que lhe é própria, segundo a Ordem
ou ministério em que está investido. O que não se citar abaixo sobre a celebração eucarística,
entenda-se o que já foi dito no item 8.4 “Estrutura Geral da Missa” deste manual, haja somente
o novo entendimento para a presença do Bispo.

CHEGADA E PREPARAÇÃO DO BISPO

Quando o Bispo se dirige a Igreja é recebido na porta, pode-se apresentar o aspersório


para que ele faça a aspersão. Após isto, ele pode dirigir-se à Capela do Santíssimo para uma
breve oração ou ir direto para a Sacristia.

Tendo chegado na Sacristia, os ministros (ou diáconos, se houver) auxiliam a


paramentação do bispo: amito, alva, cíngulo, estola, cruz peitoral, casula, pálio (se for
Arcebispo), mitra e, após o bispo deitar incenso no turíbulo (se houver), recebe o báculo. Ele
pode escolher não fazer uso do báculo e da mitra.

RITOS INICIAIS

Na procissão, caminha fazendo o sinal da cruz. O Bispo, ao chegar junto do altar, entrega
o báculo ao ministro, depõe a mitra, e faz inclinação profunda ao altar, ao mesmo tempo que
os diáconos e os outros ministros que o acompanham. Depois, sobe ao altar e beija-o,
juntamente com os diáconos. Em seguida, incensa o altar e a cruz, acompanhado por dois
diáconos, se houver.

97 IGMR § 90, 166 -170.

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Após a oração de coleta, o Bispo se senta e recebe a mitra. Uma dica para não se esquecer
a regra: Bispo sentado, é bispo mitrado.

LITURGIA DA PALAVRA

No caso de o Bispo estar celebrando com diáconos ou sacerdotes, não será ele mesmo
quem lerá o Santo Evangelho.

O diácono vai até o Bispo, se inclina profundamente pedindo sua benção. Caso seja um
sacerdote que faça a leitura, ele faz a mesma coisa, vai ao Bispo e pede a benção. O rito da
leitura segue-se normalmente e, após o sinal da cruz sobre o evangelho e sobre cada um, o
Bispo recebe o báculo. Finda a leitura, o diácono ou padre, pode levar o livro ao Bispo para que
ele o beije que pode ser seguida pela benção dada com o livro pelo Bispo. Pode também, o
diácono ou padre, ele mesmo beijar o livro que será então recolhido para credência ou outro
local conveniente.

Todos se sentam e o Bispo, de preferência de mitra e báculo, sentado na Cátedra ou


noutro lugar mais adequado de onde possa ser visto e ouvido mais comodamente por todos,
profere a homilia.

Para proferir o Símbolo, o Bispo se levanta, depõe a mitra e o báculo.

LITURGIA DA EUCARÍSTICA

Se o Bispo celebrar com diáconos e padres, ele se senta, recebe a mitra e estes preparam
o altar. Terminado a preparação deste, o Bispo se levanta, depõe a mitra e recebe a patena com
o pão, segue-se o rito comumente. O Bispo poderá retirar o anel para lavar as mãos.

Após a Oração sobre as oferendas, é retirado o solidéu pelo diácono, sacerdote ou


ministro e posto junto a mitra.

Após a comunhão, o Bispo recebe de volta o solidéu.

RITOS DE CONCLUSÃO

Antes da admonição “O Senhor esteja convosco” o Bispo recebe a mitra e antes do


“Abençoe-vos o Deus todo-poderoso” recebe o báculo. O Bispo abençoa fazendo por três vezes
o sinal da cruz sobre o povo. Na procissão, caminha fazendo o sinal da cruz.98

B. COM DIÁCONO

Quando está presente na celebração eucarística, o diácono exerce o seu


ministério revestido com as vestes sagradas. Nas celebrações com o Bispo, haja
normalmente três diácono, um para ler o Evangelho e dois para assistir ao Bispo.
Com efeito, ele próprio:

1) Assiste ao sacerdote e está sempre a seu lado;


2) Ao altar, ministra ao cálice e ao livro;
3) Proclama o Evangelho e pode, por mandato do sacerdote celebrante, fazer a homilia;

98 IGMR § 59, 60, 74, 112 – 114, 175; CB § 12, 17, 18, 79, 119 – 170.

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4) Orienta o povo fiel com oportunas admonições e enuncia as intenções da oração
universal;
5) Ajuda o sacerdote celebrante a distribuir a Comunhão, e purifica e arruma os vasos
sagrados;
6) Ele próprio, segundo as necessidades, realiza os ofícios dos outros ministros, se
nenhum deles estiver presente.

O que não se citar abaixo sobre a celebração eucarística, entenda-se o que já foi dito no
item 8.4 “Estrutura Geral da Missa” deste manual, haja somente o novo entendimento para a
presença do diácono.

RITOS INICIAIS

O diácono, levando o Evangeliário um pouco elevado, vai à frente do sacerdote a


caminho do altar; caso contrário, vai ao lado dele. Ao chegar ao altar, se levar o Evangeliário,
omitida a reverência, aproxima-se do altar. A seguir, depõe o Evangeliário sobre o altar, e
juntamente com o sacerdote, venera o altar com um beijo. Se não levar o Evangeliário, faz uma
inclinação profunda ao altar juntamente com o sacerdote, do modo habitual, e venera o altar
com um beijo juntamente com ele. Por fim, se se usa o incenso, assiste o sacerdote na imposição
do incenso e SEMPRE o turiferário entregará o turíbulo nas mãos do diácono e recebera na
mão dele, o diácono auxilia na incensação da cruz e do altar.

Incensado o altar, vai para a cadeira juntamente com o sacerdote, ficando aí de pé ao


lado dele, servindo-o no que for preciso.

LITURGIA DA PALAVRA

Enquanto se canta o Aleluia ou o outro cântico, assiste ao sacerdote na preparação do


turíbulo (se houver), se se usar incenso; em seguida, inclinando-se profundamente diante do
sacerdote, pede-lhe a bênção, o sacerdote abençoa-o. O diácono benze-se com o sinal da cruz.
Em seguida, depois de fazer a inclinação ao altar, toma o Evangeliário, que louvavelmente está
sobre ele, levando-o um pouco elevado, dirige-se para o ambão, precedido do turiferário com
o turíbulo fumegante e dos ministros com círios acesos.

Quando o diácono ministra ao Bispo, leva-lhe o livro para que ele o beije ou beija-o ele
próprio.

Por fim, o Evangeliário pode ser levado para a credência ou para outro lugar adequado
e digno. Se não estiver presente outro leitor idóneo, o diácono profere as outras leituras. As
intenções da oração dos fiéis, após a introdução do sacerdote, é o diácono quem as profere,
habitualmente do ambão.

LITURGIA EUCARÍSTICA

Terminada a oração universal, a qual o diácono pode proferir, enquanto o sacerdote


permanece sentado na cadeira, o diácono prepara o altar, auxiliado pelo acólito. A ele compete
cuidar dos vasos sagrados. Assiste também o sacerdote na recepção dos dons do povo. Entrega
depois ao sacerdote a patena com o pão que vai ser consagrado; deita no cálice o vinho e um
pouco de água, e entrega o cálice ao sacerdote. Esta preparação do cálice, pode ser feita na
credência. Se se usa incenso, ministra ao sacerdote na incensação das oblatas, da cruz e do altar
e, em seguida, ele próprio ou o acólito incensa o sacerdote e o povo.

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Durante a Oração eucarística, o diácono permanece ao lado do sacerdote, um pouco
atrás, servindo-o, quando for preciso, ao cálice e ao Missal.

Desde a epiclese até à ostensão do cálice, o diácono permanece habitualmente de


joelhos. Se estiverem presentes vários diáconos, um deles pode impor incenso no turíbulo para
a consagração e incensar a hóstia e o cálice durante a ostensão.

Durante a doxologia final da Oração eucarística, o diácono, ao lado do sacerdote, eleva


o cálice, enquanto o sacerdote eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha respondido
com a aclamação: Amem.

Quando o sacerdote tiver concluído a oração da paz e dito “A paz do Senhor esteja
sempre convosco”, com a resposta do povo “O amor de Cristo nos uniu”, o diácono, se for
oportuno, de mãos juntas e voltado para o povo, faz o convite para a paz, dizendo: “Saudai-vos
na paz de Cristo”. Ele próprio recebe do sacerdote a paz e pode dá-la aos ministros que
estiverem mais perto de si.

Depois da Comunhão do sacerdote, o diácono recebe do próprio sacerdote a Comunhão


sob as duas espécies e ajuda em seguida o sacerdote na distribuição da Comunhão ao povo. No
caso de a Comunhão se fazer sob as duas espécies, ele próprio ministra o cálice aos
comungantes e, acabada a distribuição, consome imediatamente e com reverência, no altar,
todo o Sangue de Cristo que sobrou, ajudado, se necessário, por outros diáconos e presbíteros.

Terminada a Comunhão, o diácono regressa com o sacerdote ao altar, recolhe os


fragmentos que porventura houver, leva o cálice e os outros vasos sagrados para a credência,
onde os purifica e arranja na forma habitual, enquanto o sacerdote regressa à cadeira. Os vasos
a purificar podem também deixar-se na credência, sobre o corporal, devidamente cobertos,
sendo purificados imediatamente depois da Missa, após a despedida do povo.

RITOS DE CONCLUSÃO

Terminada a oração depois da Comunhão, o diácono faz ao povo eventuais breves


avisos, a não ser que o sacerdote prefira fazê-los por si próprio.

Se se usa a fórmula de bênção solene ou a oração sobre o povo, o diácono diz: “Inclinai-
vos para receber a bênção”. Depois da bênção dada pelo sacerdote, o diácono despede o povo,
dizendo, de mãos juntas, voltado para o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

Então, juntamente com o sacerdote, beija o altar em sinal de veneração e, feita a


inclinação profunda, retira-se pela mesma ordem da entrada.99

C. MISSA CONCELEBRADA (MAIS DE UM SACERDOTE)

A concelebração é o rito pela qual se manifesta oportunamente a


unidade do sacerdócio e do sacrifício, bem como a de todo o povo de Deus.

A Missa concelebrada, seja qual for a forma de que se revista, segue as


normas a observar comumente o que foi visto item 8.4 “Estrutura Geral da Missa” deste manual
com as particularidades ou alterações que a seguir se expõem:

99 IGMR § 171 – 186; CB § 25, 26 e 90.

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Uma vez começada a Missa, ninguém, em caso algum, se junte ou seja admitido a
concelebrar.

No presbitério devem preparar-se:

1) assentos e livros para os sacerdotes concelebrantes:


2) na credência: um cálice de tamanho suficiente, ou vários cálices.

Se na Missa concelebrada não estiver presente o diácono, as funções que lhe são
próprias serão realizadas por um ou outro dos concelebrantes. Se não estiverem presentes
outros ministros, as partes que lhes pertencem podem ser entregues a outros fiéis idôneos; se
assim não for, serão desempenhadas por alguns concelebrantes.

Os concelebrantes revestem-se, na sacristia ou noutro lugar apropriado, com as vestes


sagradas que costumam usar quando celebram a Missa individualmente. Contudo, por justa
causa, por exemplo, grande número de concelebrantes e falta de paramentos para todos, podem
os concelebrantes, com exceção sempre do celebrante principal, revestir apenas a estola por
cima da alva, sem a casula.

RITOS INICIAIS

Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão na forma do costume,


através da igreja, em direção ao altar. Os sacerdotes concelebrantes vão à frente do celebrante
principal. Chegando ao altar, os concelebrantes e o celebrante principal fazem uma inclinação
profunda, beijam o altar em sinal de veneração e vão ocupar os lugares que lhes estão
destinados.

LITURGIA DA PALAVRA

Durante a liturgia da palavra, os concelebrantes estão nos seus lugares, sentados ou de


pé, conforme estiver o celebrante principal. Quando o Bispo preside, o presbítero que, na
ausência do diácono, proclamar o Evangelho, pede-lhe e recebe a bênção. Isso não se faz na
concelebração a que preside um presbítero. Normalmente, faz a homilia o celebrante principal,
ou então um dos concelebrantes.

LITURGIA EUCARÍSTICA

A preparação dos dons é feita pelo celebrante principal, enquanto os outros


concelebrantes permanecem nos seus lugares. Depois de o celebrante principal ter dito a
oração sobre as oblatas, os concelebrantes aproximam-se do altar e dispõem-se ao seu redor,
de tal forma, porém, que não dificultem o desenrolar dos ritos, a ação sagrada seja facilmente
vista pelos fiéis e não dificultem ao diácono ou ministro leigo o acesso ao altar para o
desempenho do seu ministério.

Modo de proferir a Oração eucarística:

O Prefácio é cantado ou dito só pelo celebrante principal. O Santo (Sanctus) é cantado


ou recitado por todos os concelebrantes, juntamente com o povo. Terminado o Santo (Sanctus),
os sacerdotes concelebrantes continuam a Oração eucarística na forma que adiante se indica.
Os gestos, salvo indicação em contrário, são feitos só pelo celebrante principal.

As partes proferidas simultaneamente por todos os concelebrantes, e principalmente as


palavras da consagração, que todos estão obrigados a dizer, devem ser recitadas pelos
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concelebrantes em voz baixa, de modo a que se ouça claramente a voz do celebrante principal.
Deste modo, o povo pode perceber mais facilmente o texto. Cada Oração Eucarística tem sua
própria forma de ser proferida quando se há concelebrantes (vide no Missal Romano).

Terminada a oração antes da Comunhão, o celebrante principal genuflecte e afasta-se


um pouco. Os concelebrantes, um após outro, vão ao meio do altar, genuflectem e tomam com
reverência o Corpo de Cristo com a mão direita, pondo por baixo dela a esquerda, e voltam
para os seus lugares. Podem também ficar todos nos seus lugares e tomar o Corpo de Cristo da
patena que o celebrante principal (ou um ou mais concelebrantes) lhes apresenta; podem
também passar a patena uns aos outros.

Depois o celebrante principal, voltado para o altar comunga com reverência o Corpo de
Cristo. Fazem o mesmo os concelebrantes, que comungam por si mesmos. Depois deles, o
diácono recebe do celebrante principal o Corpo do Senhor.

A Comunhão dos concelebrantes também pode ordenar-se de modo que se aproximem


do altar um por um e aí comunguem o Corpo do Senhor e logo a seguir o Sangue.

RITOS DE CONCLUSÃO

Tudo o mais, até ao fim da Missa, é feito pelo celebrante principal na forma habitual,
permanecendo os outros concelebrantes nos seus lugares. Antes de se retirarem, fazem todos
uma inclinação profunda ao altar. 100

D. MISSAS RITUAIS

Porque a liturgia dos Sacramentos e dos Sacramentais oferece aos fiéis


devidamente dispostos a possibilidade de santificar quase todos os acontecimentos da
vida por meio da graça que brota do mistério pascal, e porque a Eucaristia é o
Sacramento dos Sacramentos, o Missal apresenta formulários de Missas e de orações
que podem ser utilizados nas diversas circunstâncias da vida cristã, pelas necessidades
do mundo inteiro ou pelas necessidades da Igreja universal e local.

Nestas Missas incluem-se as Missas rituais, para várias necessidades, para diversas
circunstâncias e votivas.

As Missas rituais, estão ligadas à celebração de certos Sacramentos ou Sacramentais.

As Missas para várias necessidades, usam-se em determinados casos, quer


ocasionalmente, quer em tempos fixos, para particularidades graves ou de utilidade pastoral.

As Missas votivas dos mistérios do Senhor ou em honra da bem-aventurada Virgem


Maria ou dos Anjos ou de algum Santo ou de Todos os Santos, podem celebrar-se, para
satisfazer à piedade dos fiéis.

Recomenda-se de modo particular a memória de Santa Maria no sábado, porque, na


Liturgia da Igreja, em primeiro lugar e acima de todos os Santos, veneramos a Mãe do

100 IGMR § 199 – 251; SC § 57.

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Redentor. Recomenda-se também que nenhuma dessas missas sejam celebradas, e assim
substituindo, outras missas que correspondem ao Ano Litúrgico como obrigatórias.101

E. MISSA AOS DEFUNTOS

A Igreja oferece pelos defuntos o sacrifício eucarístico da Páscoa de


Cristo, a fim de que, pela mútua comunhão entre todos os membros do Corpo
de Cristo, se alcance para uns o auxílio espiritual e para outros consolação e
esperança.

Entre as Missas de defuntos está em primeiro lugar a Missa exequial, que


pode celebrar-se todos os dias, exceto nas solenidades de preceito, na Quinta-Feira da Semana
Santa, no Tríduo Pascal e nos domingos do Advento, Quaresma e Tempo Pascal, observando,
além disso, o que deve ser observado segundo as normas do direito.

A Missa de defuntos «depois de recebida a notícia da morte» de uma pessoa, ou no dia


da sepultura definitiva ou no primeiro aniversário, pode celebrar-se também nos dias dentro
da Oitava do Natal, nos dias em que ocorre uma memória obrigatória ou uma feira, que não
seja Quarta-Feira de Cinzas nem Semana Santa. As outras Missas de defuntos, isto é, as Missas
«quotidianas», podem celebrar-se nos dias feirais do Tempo Comum em que ocorre uma
memória facultativa, contanto que sejam efetivamente aplicadas pelos defuntos.

Na Missa exequial deve fazer-se normalmente uma breve homilia, excluindo, porém,
qualquer género de elogio fúnebre. Exortem-se os fiéis, particularmente os parentes do
defunto, a participarem também pela Comunhão no sacrifício eucarístico oferecido pelo
defunto.102

F. CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

“A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como o próprio Corpo


do Senhor, não deixando nunca, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar da
mesa quer da Palavra de Deus quer do Corpo de Cristo e distribuir aos fiéis o
Pão da vida”. Mais: toda e qualquer celebração litúrgica se baseia e apoia na
Palavra de Deus. Empenha-se, portanto, em que todos os fiéis, mediante prévia
e adequada preparação espiritual, adquiram o gosto de escutar e meditar o mistério de Cristo,
como nos é proposto pelo Antigo e Novo Testamento.

As celebrações sagradas da Palavra de Deus são da máxima utilidade para a vida, quer
dos indivíduos quer das comunidades, no sentido de fomentar o espírito e a vida espiritual,
despertar neles um amor mais intenso à Palavra de Deus, realizar celebração mais frutuosa,
quer da Eucaristia quer dos outros sacramentos.

Nas celebrações da Palavra de Deus, seguir-se-ão os moldes da Liturgia da Palavra na


Missa.

101 IGMR § 368 - 378


102 IGMR § 379 - 385

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Após os ritos iniciais (canto, saudação, oração), fazem-se uma ou mais leituras da
Sagrada Escritura, entremeadas de cantos, salmos ou momentos de silêncio, as quais, por meio
duma homilia, são explicadas e aplicadas à assembleia dos fiéis. Após a homilia, é conveniente
guardar silêncio, para meditar a Palavra de Deus. Em seguida, a assembleia dos fiéis fará
oração num só coração e numa só voz, ou de outra forma adequada a fomentar a participação.
No fim, recitar-se-á sempre a oração dominical. que preside à assembleia conclui com a oração
e a bênção ao povo. Por fim, um dos diáconos (caso haja) ou um dos ministros despede o povo,
dizendo: Vamos em paz, e todos respondem: Graças a Deus.

Pode-se haver distribuição das sagradas eucaristias através do rito da Exposição Breve
sem a benção com o Santíssimo Sacramento vista no item 18 “Guia - Exposição e Benção com
o Santíssimo Sacramento” deste manual.103

G. SACRAMENTOS DURANTE A MISSA

Pelo sentido teológico inerente à celebração da Eucaristia ou de um


rito particular, os livros litúrgicos permitem ou prescrevem, algumas vezes,
a celebração da santa Missa unida com outro rito, especialmente dos
Sacramentos. Nos outros casos, sem dúvida, a Igreja não admite esta união,
especialmente quando que se tornaria um caráter superficial e sem
importância.

Além disso, de acordo com a antiquíssima tradição da Igreja romana, não é lícito unir o
Sacramento da Penitência com a santa Missa e fazer assim uma única ação litúrgica. Isto não
impede que alguns sacerdotes, independentemente dos que celebram ou concelebram a Missa,
escutem às confissões dos fiéis que assim não desejem, mesmo estando no mesmo lugar, de
participar da Missa, para atender as necessidades dos fiéis. Para isso, faça-se de maneira
adequada.

Geralmente, estes ritos sacramentais, ordenações etc., ocorrem após a Homilia, porém
antes do “Creio”.

Por último, o abuso de introduzir ritos tomados de outras religiões na celebração da


santa Missa, contrários ao que se prescreve nos livros litúrgicos, devem ser julgar com grande
severidade. 104

9. POSTURA, GESTOS E ATITUDES CORPORAIS


Os gestos e atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do
povo, visam conseguir que toda a celebração brilhe pela beleza e nobre simplicidade, que se
compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a
participação de todos. Para isso deve atender-se ao que está definido pelas leis litúrgicas e pela
tradição do Rito Romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual do povo de Deus,
mais do que à inclinação e arbítrio de cada um.

103 CB § 221, 222, 224 e 226.


104 RS § 75, 76 e 79.

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A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é
sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada Liturgia: exprime
e favorece os sentimentos e a atitude interior dos presentes.105

A religião assume o homem todo, como ele é: corpo e alma. A Graça não destrói a
natureza humana, mas a completa e aperfeiçoa. Por isso rezamos com o corpo também, dizendo
palavras e fazendo gestos. A Missa é o louvor visível do Povo de Deus.

Portanto, formem todos um só corpo, quer ouvindo a palavra de Deus, quer participando
nas orações e no canto, quer sobretudo na comum oblação do sacrifício e na comum
participação da mesa do Senhor. Esta unidade manifesta-se em beleza nos gestos e atitudes
corporais que os fiéis observam todos juntamente.

Para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes do corpo na celebração, os fiéis


devem obedecer às indicações que, no decurso desta, lhes forem dadas pelo diácono, por um
ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido nos livros litúrgicos.106

A. SINAL DA CRUZ

Ao benzer-se, volta para si a palma da mão direita e,


com todos os dedos juntos e estendidos, faz o sinal da cruz,
da fronte ao peito e do ombro esquerdo ao direito.

Faz-se este gesto ao benzer-se com água benta (por si


só ou por aspersão), na benção do Evangelho (feita pelo bispo), na benção coletiva do
Santíssimo Sacramento. 107

B. REVERÊNCIA AO EVANGELHO

À leitura do Evangelho, estando todos de pé, os presentes voltam-se para o ambão,


manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo. Tendo chegado à Mesa da
Palavra, o diácono ou sacerdote abre o livro e após a oração “O Senhor esteja convosco...” faz
o sinal da cruz (visto anteriormente) com o polegar, sobre o livro e sobre si mesmo na fronte,
na boca e no peito, e todos fazem o mesmo.108

C. POSIÇÃO DE MÃOS

As mãos juntas ou postas, significam recolhimento interior, busca de Deus,


fé, súplica, confiança e entra da vida. É atitude de profunda piedade. Esta é a posição
que devemos estar durante as celebrações.

Todos, celebrante, sacerdotes, bispos e ministros, durante a celebração,


quando estão de pé ou se deslocam, devêm pôr as mãos juntas exceto que se leve
alguma coisa nas mãos. Quando se fala “mãos juntas” entende-se: ter junto diante
do peito, as palmas abertas uma contra a outra, e o polegar da mão direita, cruzando sobre o da
mão esquerda.

105 IGMR § 42.


106 IGMR § 43 e 96.
107 IGMR § 43 e 96; CB § 81 nota 108.
108 IGMR § 133 e 134; CB § 74.

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Quando se tem algo em uma das mãos somente, a outra deverá ir ao peito.109

D. TRANSLADO DE OBJETOS LITÚRGICOS

Todo objeto litúrgico que se vá transportar, tenha-se o máximo de zelo e cuidado,


atenção e zelo.
Segundo o costume de Roma, os acólitos “pegam nos castiçais com a mão direita, assim:
o que vai do lado direito põe a mão esquerda no pé do castiçal e a direita segura-o no meio; o
que vai ao lado esquerdo, faz o inverso, mão direita no pé do castiçal e esquerda no meio.110

E. FICAR EM PÉ

É uma posição de quem ouve com atenção e respeito, tendo muita consideração
pela pessoa que fala. Indica prontidão e disposição para obedecer. Foi, desde o início
da Igreja, a posição do “orante”. A Bíblia diz: “Quando vos puserdes em pé para orar,
se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que também o vosso Pai que
está nos céus vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11, 25). Falando dos bem-
aventurados, João vê uma multidão, de vestes brancas, “de pé, diante do Cordeiro”,
que é Jesus (Ap. 7,9).

Na Missa ficamos de pé desde o início do cântico de entrada até a oração da


coleta, inclusive; durante a Aclamação ao Evangelho e durante a sua proclamação, na Profissão
de Fé (Credo) e Oração Universal, durante o invitatório: “Orai irmãos e irmãs” até o fim da
missa, exceto nos momentos específicos da Liturgia Eucarística. 111

No serviço do altar deve-se ficar concentrado e não ficar olhando para o povo, muito
menos encarar alguém. Evite conversar, rir, bocejar, tossir e espirrar. Se for inevitável, coloque
uma das mãos na frente da boca. Deve-se permanecer de pé e atento a tudo. Pode sentar-se, se
for oportuno, durante a homilia e enquanto se observa o silêncio sagrado após a comunhão.

Ao se mover, seja calmo e sereno, JAMAIS DEVE CORRER. Se necessário, dê passadas


longas, mas sem exageros.

F. SENTADO

É uma posição cômoda que favorece a catequese, boa para ouvir as Leituras,
a homilia e meditar. É a atitude de quem fica à vontade e ouve com satisfação, sem
pressa de sair. Quando se sentar, observe as pernas paralelas e as mãos postas sobre
aquelas, não se deve cruzar as pernas.

Não se deve sentar das cadeiras ladeadas a Cátedra, os ministros do altar


disponham-se em assentos de modo a distinguirem-se claramente dos do clero, e
donde possam desempenhar facilmente as funções que lhes estão atribuídas.112

109 CB § 107 e sua nota 80 e 108.


110 CB § 74 nota 66.
111 IGMR § 43.
112 IGMR § 43 e CB § 109.

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G. JOELHOS

Essa posição deve ser feita diante do Santíssimo Sacramento e durante a


consagração do pão e do vinho. Ajoelhar-se perante alguém era sinal de homenagem
a um soberano. Hoje significa adoração a Deus. São Paulo diz: “Ao nome de Jesus
se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra” (Fl 2, 10). Rezar de joelhos
é mais comum nas orações individuais. “Pedro, tendo mandado sair todos, pôs-se
de joelhos a orar” (At 9,40).

Estão de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza


do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles,
porém, que não estão de joelhos durante a consagração, fazem uma inclinação profunda
enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração.113

H. INCLINAÇÃO (VÊNIA)

Inclinar-se (ou fazer uma vênia) diante de alguém é sinal de grande respeito, é também
uma espécie de cumprimento. É sinal também de veneração, reverência e honra que se presta
às próprias pessoas, objetos e símbolos (ao que significam e representam). Pode ser de dois
tipos:
1) INCLINAÇÃO DE CABEÇA
O movimento é somente de cabeça, como se quisesse ver os pés. Faz-se ao:
- Nomear as Três Pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo) conjuntamente;
- Nome de Jesus;
- Nome de Maria;
- Nome do Santo em cuja honra é celebrada a Missa;
- Santíssimo Sacramento, quando se está levando objetos litúrgicos e passa-se
por Ele;
- Para receber uma benção.

2) INCLINAÇÃO DE CORPO (ou profunda)

O movimento é de tronco, inclinando-se de tal forma que poderia tocar os


joelhos se assim o quisesse. Faz-se:
- Ao altar, ao subir, ausentar ou passar diante dele;
- Quando a Cruz Processional passar diante de você;
- Após cada elevação das oblatas;
- Para a pessoa ou coisa incensada e que deve ser correspondida, não, porém,
ao altar nem às oferendas recebidas para o sacrifício da Missa;
- Quando o Padre faz genuflexão durante a consagração e não há condições
de se ajoelhar;
- Ao Bispo.

Não fazem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos a usar na celebração
que se vai realizar (e.g.: a cruz, os castiçais, o livro dos Evangelhos etc.), porém somente uma
breve fitada (olhada). Excetua-se caso a pessoa passe em frente ao Santíssimo Sacramento, o
qual se faz uma inclinação de cabeça. Em procissão, caso se passe pela frente do Santíssimo,

113 IGMR § 43.

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não se deve parar para fazer a devida reverência, a não ser que este se encontre no local devido
no Presbitério.

Quando a Cátedra do Bispo fica situado atrás do altar, os ministros saúdam o altar ou o
Bispo, consoante se aproximem ou do altar ou do Bispo; mas evitem, quanto possível, passar
entre o Bispo e o altar, por respeito para com um e para com outro.

Se acaso no presbitério estiverem presentes vários Bispos, a reverência só é feita àquele


que preside.114

I. GENUFLEXÃO

Se faz flectindo só o joelho direito até o solo. É um gesto de adoração


reservado a Jesus na Eucaristia. Fazemos quando entramos na Capela do
Santíssimo e dela saímos, ou numa igreja se ali existe o sacrário com as
Hóstias Consagradas no presbitério. Também fazemos genuflexão diante
do crucifixo na Sexta-feira Santa, em sinal de adoração. (Não é adoração à
cruz, mas ao mistério que nele se encerra). A genuflexão, que se faz
dobrando o joelho direito até ao solo.

Se o sacrário com o Santíssimo Sacramento estiver no presbitério, o sacerdote, o diácono


e os outros ministros genuflectem, quando chegam ao altar, ou quando se afastam dele, não,
porém, durante a própria celebração da Missa. Aliás, todos os que passam diante do Santíssimo
Sacramento genuflectem, a não ser quando se vai em procissão. Os ministros que levam a cruz
processional ou os círios, em vez de genuflectirem fazem uma inclinação de cabeça. 115

J. PROCISSÃO

Na Missa podemos fazer diversas procissões, se forem convenientes: na Entrada do


Presidente, no Evangelho, no Ofertório, na Comunhão. A História da Salvação começou com
uma “procissão”. Abraão e sua família a caminho da terra Prometida. As nossas procissões
simbolizam a peregrinação do Povo de Deus para a casa do Pai. Somos uma Igreja “peregrina”.
Há outras procissões em missas específicas que se verá mais a frente, basicamente adotam
sempre a mesma ordem, com leves mudanças como se verá no item 16 “Guia - Celebrações do
Senhor no Decurso do Ano”. 116

K. SILÊNCIO

O silêncio tem seu valor na oração. Ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. “O
Senhor fala no silêncio do coração”. A natureza deste silêncio depende do momento em que
ele é observado no decurso da celebração. Assim, no ato penitencial e a seguir ao convite à
oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às leituras ou à homilia, é para
uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois da Comunhão, favorece a oração interior de
louvor e ação de graças. Meditar é também uma forma de participar. Uma Missa que não tivesse
nenhum momento de silêncio seria como “chuva forte e rápida que não penetra na terra”.

Antes da própria celebração é louvável observar o silêncio na igreja, na sacristia e nos


lugares que lhes ficam mais próximos, para que todos se preparem para celebrar devota e
dignamente os ritos sagrados. Deve, por isso, evitar-se completamente qualquer forma de

114 IGMR § 275; CB § 68, 70, 72, 76 – 78.


115 IGMR § 274; CB § 69 – 71.
116 CB § 1093 – 1101.

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pressa que impeça o recolhimento. Ao se comunicar seja claro, sucinto e direto. Pense antes de
falar!

Em uma conversa litúrgica ou de ensinamento, utilize-se uma linguagem que possa ser
entendida pelos fiéis e adaptada à proclamação pública, tendo-se, porém, em conta que são
diversos os modos de falar utilizados nos livros bíblicos. Utilize-se uma linguagem adaptada
aos fiéis da região, mas dotada de nobre qualidade literária, na certeza de que sempre haverá
necessidade de alguma catequese acerca do sentido bíblico e cristão de certas palavras e
expressões.117

L. INCENSAÇÃO

O queimar incenso ou a incensação exprime reverência e oração, como


vem significado na Sagrada Escritura (cf. Salmo 140, 2; Ap. 8,3). A matéria
deve ser de suave odor e caso use-se outra substância junta, que o incenso seja
em quantidade superior.

Segundo o uso de Roma, quando o turiferário vai na procissão, “de


mãos erguidas à mesma altura, segura o turíbulo com a direita, deste modo:
põe o dedo polegar na argola maior e o médio na argola menor da corrente,
levantando a tampa do turíbulo, e assim o sustenta e agita; na mão esquerda
(caso não haja o ministro para isso), segurando-a pelo pé, leva a naveta com incenso e a colher.

Para a incensação pode-se apresentar dois acólitos, um com o turíbulo e o outro com a
naveta; ou um acólito só com ambas as coisas, como visto acima.

Pode usar-se o incenso em qualquer forma de celebração da Missa:

1) Durante a procissão de entrada;


2) No princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;
3) Na procissão e proclamação do Evangelho;
4) Depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas, a cruz, o
altar, o sacerdote e o povo; e
5) À ostensão da hóstia e do cálice, depois da consagração.

Assim como também:

1) Na dedicação de uma Igreja;


2) Na confecção do sagrado crisma ao se transportar os óleos;
3) Na exposição do Santíssimo Sacramento no ostensório;
4) Nas exéquias de defuntos;
5) Demais procissões como: Domingo de Ramos, Vigília Pascal ou em qualquer
procissão que se faça de forma solene.

Como incensar: aquele que incensa segura, com a mão esquerda, a parte superior das
correntes que sustentam o turíbulo e, com a direita, segura as mesmas correntes todas juntas
perto do turíbulo, de modo a poder comodamente lançá-lo e puxá-lo para si. Tenha o cuidado
de o lançar com gravidade e decoro, sem mover o corpo ou a cabeça, enquanto movimenta o
turíbulo para frente ou para trás; a mão esquerda que segura a parte superior das correntes,
mantém-na firme e segura diante do peito; a mão e o braço direito movem-nos calma e

117 IGMR § 45, 56, 391 e 392.

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lentamente com o turíbulo. Cada movimento para frente e para trás se chama icto; dois
movimentos de ictos seguidos e sem pausa entre eles, recebe o nome de ductos.

Incensam-se com três ductos do turíbulo:

1) O Santíssimo Sacramento;
2) As relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor expostas à veneração pública;
3) As oblatas para o sacrifício da Missa;
4) A cruz do altar;
5) O Evangeliário;
6) O círio pascal;
7) O sacerdote; e
8) O povo.

Com dois ductos incensam-se:

1) As relíquias e imagens dos Santos expostas à veneração pública, e só no início da


celebração, quando se incensa o altar.

A incensação do altar faz-se com simples ictus.

O sacerdote, ao pôr o incenso no turíbulo, benze-o com um sinal da cruz, sem dizer nada.

Antes e depois da incensação, faz-se uma inclinação profunda para a pessoa ou coisa
incensada, exceto ao altar e às oblatas para o sacrifício da Missa.

Se a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incensação do altar; aliás,
é incensada quando o sacerdote passa diante dela.

O sacerdote incensa as oblatas com três ductos do turíbulo, antes de incensar a cruz e o
altar, ou fazendo, com o turíbulo, o sinal da cruz sobre as oblatas.

O Santíssimo Sacramento é incensado de joelhos.118

10. ADAPTAÇÕES QUE COMPETEM AOS


BISPOS E ÀS SUAS CONFERÊNCIAS
Pertence às Conferências Episcopais definir as adaptações que se indicam no IGMR e
que, depois de confirmadas pela Sé Apostólica, hão de ser introduzidas no próprio Missal, tais
como:

1) Os gestos e as atitudes corporais dos fiéis;


2) As vestes dos ministros leigos
3) O gesto de veneração do altar e do Evangeliário;
4) Os textos dos cânticos de entrada, do ofertório e da Comunhão;
5) As leituras da Sagrada Escritura a utilizar em situações particulares;
6) A forma de dar a paz;
7) O modo de receber a sagrada Comunhão;

118 IGMR § 276 e 277; CB § 74 nota 67, 84 – 88, 90 e nota 72, 91 e nota 75, 92 – 96.

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8) O material do altar e das alfaias sagradas, principalmente dos vasos sagrados, e o
material, a forma e a cor das vestes litúrgicas.

Observe-se também o princípio segundo o qual cada Igreja particular deve estar de
acordo com a Igreja universal, não só na doutrina da fé e nos sinais sacramentais, mas também
nos usos universalmente recebidos de uma ininterrupta tradição apostólica, a qual deve
observar-se, não só para evitar os erros, mas também para transmitir a integridade da fé, porque
a “norma da oração” (lex orandi) da Igreja corresponde à sua “norma da fé” (lex credendi).

O Rito Romano constitui uma parte notável e excelente do tesouro litúrgico e do


patrimônio da Igreja católica, cujas riquezas concorrem para o bem de toda a Igreja, pelo que
perdê-las seria prejudicá-la gravemente.

Esse Rito, no decurso dos séculos, não só conservou usos litúrgicos oriundos da cidade
de Roma, mas também integrou em si, de modo profundo, orgânico e harmônico, outros
elementos derivados dos costumes e do engenho de diversos povos e de várias Igrejas
particulares, tanto do Ocidente como do Oriente, adquirindo, assim, um certo carácter supra
regional. No nosso tempo, a identidade e a expressão unitária deste Rito encontram-se nas
edições típicas dos livros litúrgicos promulgadas por autoridade dos Sumos Pontífices e nos
livros litúrgicos que lhes correspondem, aprovados pelas Conferências Episcopais para os seus
territórios e confirmados pela Sé Apostólica.119

11. SÍMBOLOS E SIGNIFICADOS


IHS (ou JHS)

Iniciais das palavras latinas IESUS HOMINUM SALVATOR, que


significam: Jesus Salvador dos homens.

ALFA E ÔMEGA

Primeira e última letra do alfabeto grego. No Cristianismo aplicam-se a


Cristo, princípio e fim de todas as coisas.

TRIÂNGULO

Com seus três ângulos iguais (equilátero), o triângulo simboliza a


Santíssima Trindade.

119 IGMR § 390 – 397.

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INRI

São as iniciais das palavras do latim IESUS NAZARENUS REX


IUDAERUM, que querem dizer: Jesus Nazareno Rei dos Judeus,
mandadas colocar por Pilatos na crucifixão de Jesus (Cf. Jo 19,19).

XP (chi rho)

Estas letras, do alfabeto grego, correspondem em português as letras C


e R. Unidas, formam as iniciais da palavra ΧΡΙΣΤΟΣ - CRISTÓS
(Cristo).
SÍMBOLO DO PEIXE - ΙΧΘΥΣ (I – CH – TH – Y – S) de tradução: PEIXE.

Ιησούς - IESOUS - JESUS


Χριστός - CHRISTOS - CRISTO
Θεού - THEOU - FILHO
Υιός - UIOS - DE DEUS
Σωτήρ - SOTER - SALVADOR
PELICANO EUCARÍSTICO

Apresenta relação direta com a refeição por excelência, a Eucaristia, uma


vez que Cristo deu seu próprio sangue para alimentar o povo. O
pelicano é o símbolo do sacrifício e da doação. Assim, São Jerônimo,
num comentário do Salmo 102, disse: “Sou como um pelicano do
deserto, que fustiga o peito e alimenta com o próprio sangue os seus
filhos”
CORDEIRO DE DEUS (do latim AGNUS DEI)

A imagem do cordeiro é ligada a Cristo, principalmente pela frase de


João Batista quando avistou Jesus “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo" em Jo 1, 29. Diversos momentos da Bíblia podemos
citar a imagem do cordeiro imolado, de sacrifício e que vai ao abate sem
resistência, assim como Cristo se fez. A imagem ao lado possui a aureola
de Cristo, com a cruz no interior, um estandarte em formato de cruz e está
sobre a Bíblia que dela saem 7 fitas representando os dons do Espírito.

Quadro: TÉOTOCO

Do grego THÉOTOKOS (Θεοτόκος), Mãe de Deus.

As inscrições “MP OY” são a primeira e a última letras da


palavra Μήτηρ Θεού ou ΜΗΤΗΡ ΘΕΟΥ (pronúncia: mitir theou) cuja
tradução também é Mãe de Deus.

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Quadro: CRISTO PANTOCRATOR (onipotente)

“IC XC” ou “IΣ XΣ” é uma abreviação amplamente usada das letras
iniciais e finais das palavras gregas para Jesus - ΙΗΣΟΥΣ
(IHCOYC) Cristo - ΧΡΙΣΤΟΣ (XPICTOC). Pode apresentar
também a inscrição NI KA, em esloveno significa vencer,
vencedor. Nas imagens bizantinas, dentro de cada um dos três
braços visíveis da cruz no halo (auréola) de Cristo está uma letra
grega, "Ο", "Ω" e "Ν", que formam a palavra "ὁ ὢν" ("ho ōn"), que
significa literalmente "O Que Existe", uma indicação da divindade
de Jesus e um dos nomes de Deus. Ex 3, 14 “Ἐγώ εἰμι ὁ ὢν” (Ego
eimi HO On) ou “Eu sou aquele que é”

ÁGUA

A água simboliza a vida (remete-nos sobretudo ao nosso batismo,


onde renascemos para uma vida nova). Pode simbolizar também a
morte (enquanto por ela morremos para o pecado).

FOGO

O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está presente
na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas incensações,
como as brasas nos turíbulos. O fogo pode multiplicar-se
indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica. É símbolo
sobretudo da ação do Espírito Santo. Também representado pela
fogueira santa na Vigília Pascal.

LUZ

A luz brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural é


necessária à vida, como a luz do sol. Ela mostra o caminho ao
peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz. Como o
fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama
pode estender-se a um número infinito de chamas e destruir, assim,
a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais expressivo do
Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz e, pois, a expressão mais
viva da ressurreição.

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PÃO E VINHO

Símbolos do alimento humano. Trigo moído e uva espremida, sinais


do sacrifício da natureza, em favor dos homens. Elementos tomados
por Cristo para significarem o seu próprio sacrifício redentor.

INCENSO

Sua fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, que sobe a Deus,
ora como louvor, ora como súplica.

“Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe.


Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus
tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.”
(Mt 2,11)

“Que minha oração suba até vós como a fumaça do incenso, que
minhas mãos estendidas para vós sejam como a oferenda da tarde.”
(Sl 140, 2)

ÓLEO

Temos na liturgia os óleos dos Catecúmenos, do Crisma e dos


Enfermos, usados liturgicamente nos sacramentos do Batismo, da
Crisma e da Unção dos Enfermos. Nos três sacramentos, trata-se do
gesto litúrgico da unção. Aqui vemos que o objeto - no caso, o óleo -
além de ele próprio ser um símbolo, faz nascer uma ação, isto é, o
gesto simbólico de ungir. Tal também acontece com a água: ela
supõe e cria o banho lustral, de purificação, como nos ritos do
Batismo e do "lavabo", e do "asperges", este em sentido duplo: na
missa, como rito penitencial, e na Vigília do Sábado Santo, como
memória pascal de nosso Batismo. A esses gestos litúrgicos e tantos
outros, podemos chamar de "símbolos rituais". A unção com o óleo
atravessa toda a história do Antigo Testamento, na consagração de
reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a
unção misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus. A palavra
Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelência.

CINZAS

As cinzas, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas,


são para nós sinal de penitência, de humildade e de reconhecimento
de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas estão
intimamente ligadas ao Mistério Pascal. Não nos esqueçamos de que
elas são fruto das palmas do Domingo de Ramos do ano anterior,
geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das
cinzas.

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12. SÃO TARCÍSIO – PATRONO DOS ACÓLITOS


Muito pouco se sabe da vida de São Tarcísio. Mas os fatos
dos quais temos conhecimento nos mostram o grande amor que ele
tinha pela Eucaristia. Tarcísio era coroinha, isto é, acólito na Igreja
de Roma, no século III. Ele acompanhava o Papa Sisto II na Missa
(esse Papa morreria, por ser cristão, em torno do ano 258). Nessa
época, celebrava-se a Eucaristia embaixo da terra, nas catacumbas,
devido à perseguição do imperador romano, Valeriano. Quando os
cristãos eram lançados às prisões, e quase sempre mortos depois,
costumava-se levar-lhes a comunhão às escondidas, para que não
desanimassem nem perdessem a fé. Quem fazia isso eram os
diáconos.

Um dia, às vésperas do martírio de um grande grupo de


cristãos, o Papa Sisto II não sabia a quem mandar para levar a
comunhão na prisão, pois seus diáconos também estavam presos. Foi então que o acólito
Tarcísio, com apenas 12 anos, se ofereceu. Todos diziam que poderia ser morto, mas ele
argumentou que ninguém desconfiaria de uma criança. Afirmou ainda que preferiria morrer a
entregar a Eucaristia aos pagãos romanos. Diante disso, foi aceito. Passando por uma estrada
chamada Via Ápia, alguns rapazes perceberam o modo cauteloso como Tarcísio segurava algo
sob a roupa. Tentaram saber o que era. Como se recusasse a mostrar-lhes, apedrejaram-no até
a morte. Quando foram procurar o que Tarcísio levava, as hóstias haviam sumido
misteriosamente. Um soldado cristão viu Tarcísio caído e o levou às catacumbas, onde foi
sepultado. Desde o início, Tarcísio foi venerado como exemplo de santidade.

13. ORAÇÕES
ORAÇÃO ANTES DA MISSA:

Ó glorioso Deus Altíssimo, iluminai as trevas do meu coração, concedei-me uma


esperança firme e um amor perfeito. Dai-me, Senhor, o reto sentir e conhecer, a fim de que
possa cumprir o sagrado encargo que na verdade acabais de dar-me. Amém

Oração “Diante do Crucifixo” – São Francisco de Assis


ORAÇÃO DEPOIS DA MISSA:

Eterno Deus Onipotente, Justo e Misericordioso. Concedei a nós, míseros pecadores,


praticar por vossa causa o que reconhecemos ser a vossa vontade e querer sempre o que vos
agrade, a fim de que, interiormente purificados, iluminados e abrasados pelo fogo do Espírito
Santo, possamos seguir as pegadas de Vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, e, por vossa
graça unicamente, chegar até Vós, ó Altíssimo, que em trindade perfeita e Unidade simples,
viveis e reinais na glória como Deus Onipotente por toda a eternidade. Amém.

Celebrante: bendigamos ao Senhor!


Todos presentes: Demos graças a Deus!

O dom do discernimento dos Espíritos – São Francisco de Assis


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ORAÇÃO DO CERIMONIÁRIO:

Senhor Jesus Cristo, sempre vivo e presente conosco, tornai-me digno de Vos servir no
altar da Eucaristia onde se renovar o sacrifício da Cruz e Vos ofereceis por todos os homens.

Vós que quereis ser para cada um o amigo e o sustentáculo no caminho da vida,
concedei-me uma fé humilde e forte, alegre e generosa, pronta para Vos testemunhar e servir.

E porque me chamaste ao Vosso serviço, permiti que Vos procure e Vos encontre, e pelo
Sacramento do Vosso Corpo e Sangue, permaneça unido a Vós para sempre. Amém.

Oração do Acólito

ORAÇÃO DAS GUARDIÃS DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO:

Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão pelos que não creem,
não adoram, não esperam e não Vos amam.

Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-


Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os
sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é
ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de
Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

Oração feita pelo Anjo de Portugal na aparição e milagre em Fátima.

14. ORIENTAÇÃO AOS SERVOS DO ALTAR


O acólito exerce um trabalho muito importante numa comunidade,
principalmente durante as celebrações. Por se colocar em local de destaque, está
sempre sujeito à atenção de toda a assembleia. Por isso, procure fazer tudo
cuidadosamente, lembrando que você poderá servir de “espelho” para toda a
assembleia e principalmente, para as crianças, adolescentes e adultos que
poderão até imitá-lo. Quando você participa com bastante entusiasmo, com certeza estará
motivando a comunidade a fazê-lo também.

O acólito “ajuda o sacerdote nas Missas”, mas se não estiver bastante preparado, poderá
atrapalhá-lo. Basicamente, um acólito deve estar atento para os seguintes fatores:

1) É de fundamental importância tanto a boa preparação para o serviço do Altar e o


conhecimento dos principais objetos a serem utilizados durante a celebração, como
principalmente uma boa preparação espiritual, antes da celebração. A oração ajuda
muito a nos prepararmos para o Serviço do Senhor, por isso a oração específica do seu
ministério deve ser feita em grupo.

2) O acólito deverá certificar-se, de que todo o material necessário para a celebração está
providenciado, de acordo com os costumes da comunidade e principalmente as
necessidades da celebração.

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3) O acólito ao adentrar a sacristia não se deve haver mais brincadeiras ou conversas.


Desde a entrada até o final, as funções e as disposições de cada acólito devem ser de
forma ordenada.

4) Cada acólito deve estar preparado e bastante consciente das funções que lhe forem
atribuídas para a celebração. Quando forem dois ou mais acólitos, é fundamental que
se faça anteriormente um bom treinamento, para que não ocorram desencontros
durante a celebração.

5) É necessário que cada acólito esteja preparado (Confissão) para receber o Cristo na
Eucaristia.

6) Fiquem bastante atento quanto aos objetos que o rodeiam: vasos, estantes, pedestais,
velas, arranjos, cabos de microfone e outros, para evitar acidentes que, certamente,
poderão até tirar a atenção de toda a assembleia.

7) Durante as celebrações procure fazer todos os movimentos (sentar-se, levantar-se,


locomover-se, genufletir) de maneira bastante natural: não muito lento, nem
apressadamente.

8) Ao manusear os objetos litúrgicos, faça-o com bastante atenção: os objetos de vidro,


como, geralmente, são as galhetas, podem quebrar em qualquer acidente ou queda;
os objetos de metal, como o cálice e a âmbula por exemplo, podem provocar barulho
numa eventual queda ou num movimento brusco em seu manuseio e tirar a
concentração de todos.

9) Manuseie cuidadosamente também os folhetos, os livros e suas fitas para que “sem
querer” não rasgue suas folhas.

10) Quando tiver qualquer dúvida com relação às suas funções, principalmente por
ocasião de celebrações especiais, procure conversar, antes, com o Cerimoniário, o
coordenador ou o sacerdote para que, durante a celebração, você não tenha qualquer
dúvida sobre o que fazer e como fazer.

11) Faça sempre apenas a sua função, pois é extremamente importante que você a
desempenhe bem.

12) O carrilhão (sineta, sino) é usado para “chamar a atenção” da assembleia para os
momentos mais importantes da celebração. Por isso, saiba usá-lo corretamente.
Durante os intervalos, segure-o firmemente, evitando que ele faça barulho
desnecessário durante a consagração.

13) No caso do uso de túnica, tome muito cuidado quanto ao comprimento dela, pois,
quando muito comprida, poderá “enroscar” em seu calcanhar quando estiver
ajoelhado e, ao levantar-se, poderá provocar-lhe uma queda. O uso de vestimentas
especiais (túnicas) pelos acólitos durante as celebrações também contribui para
externar os sentimentos de alegria e pureza na alma.

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14) Durante a celebração, evite qualquer tipo de conversa com o seu colega. Fale apenas
o necessário e nunca se dirija ao sacerdote ou a outra pessoa sem necessidade.

15) Nunca acene para as pessoas da assembleia. Concentre-se e fique sempre atento.
Mantenha uma postura discreta: quando sentado, não cruzar as pernas; quando de
pé, não cruzar os braços, a postura do acólito ao estar de pé deve ser sempre de mãos
postas.

16) Também nunca mascar chicletes ou bala no exercício das suas funções nem fora dele
enquanto estiver dentro da igreja.

17) Nunca fique muito próximo do seu colega e, principalmente, do celebrante que
durante toda a celebração está sempre fazendo movimentos (manuseando livros,
gesticulando com os braços etc.) quando muito próximo, o acólito pode atrapalhar.

18) Sempre que houver a procissão solene do ofertório (quando pão e vinho, eventuais
objetos simbólicos e o “ofertório vivo”, com as contribuições dos fiéis são trazidos
em procissão para o Altar) fique preparado para receber das mãos do celebrante tudo
aquilo que é trazido para colocar no seu devido lugar.

O trabalho do acólito numa comunidade não poderá ser limitado ao “ajudar as Missas”.
É muito importante que se integre com toda a comunidade; que desenvolva realmente um
trabalho pastoral, contribuindo para o surgimento de novas lideranças incentivando a
integração de novos elementos com o grupo. Com o empenho de todos, pode contribuir para
promover a união, o amor e fraternidade. A ajuda mútua caracteriza os verdadeiros irmãos na
fé.

No presbitério, o acólito não é simplesmente um "enfeite", mas uma presença marcante,


pelo seu serviço, fé e amor. O bom acólito é aquele que, sempre que necessário, se coloca a
serviço da Igreja e das coisas de Deus: nas procissões, nas solenidades e em todas as
celebrações litúrgicas, sempre quando se faça necessária à sua presença.

O acólito pode até ser despertado para a vocação sacerdotal ou religiosa que Deus
distribui generosamente na sua Igreja! Muitas vocações têm surgido do grupo de acólitos. É
um fato!

15. DIRETRIZES
Para que se tenha uma boa e organizada equipe de acólitos deve-se
haver regras, pelas quais todo os integrantes da equipe se façam fiéis em
cumpri-las.

Estas diretrizes visam ajudar a todos a buscar uma vida mais piedosa e
voltada para o Cristo, exercitando a vida de oração e exemplo. Estas ajudam
também a manter a ordem e a disciplina dos integrantes da Pastoral com o objetivo de manter
a união e a perfeita sintonia entre todos os demais membros.

A. DIRETRIZES PARA OS SERVOS DO ALTAR CONDIÇÕES BÁSICAS PARA


INICIANTES

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1) Ter recebido os quatro Sacramentos: Batismo, Confissão, Primeira Eucaristia e


Crisma (ou estar cursando o Crisma quando tiver idade), abstém-se o último no caso
de Coroinhas.

2) Ser entrevistado pelo coordenador e comunicado ao Padre, para que esteja realmente
ciente dos compromissos que irá assumir.

3) Participar das reuniões e formações e assim receber as orientações deste manual


durante este período.

B. RESPONSABILIDADE DOS SERVOS DO ALTAR ENGAJADO

1) Comportamento exemplar, no lar, na Igreja, na escola, no trabalho, na rua, na vida de


um modo geral (social).

2) Vestir-se decentemente em todo momento, na vida de um modo geral, pois somos


moradas do Espírito Santo, somos Sacrário vivo.

3) O Acólito deve ter o compromisso de cumprir com seus deveres e estar sempre
presente nos encontros, avisando sempre que não for possível.

4) Pontualidade nas reuniões e nos encontros, chegar 15 (quinze) minutos antes do


início do encontro (reunião) ou participar da Santa Missa caso anteceda o início da
reunião.

5) É obrigatório a participação de toda Equipe nas Missas, festas e Solenidades


Litúrgicas.

6) A Equipe de Acólitos deve viver em plena união entre seus membros e buscar a
mesma com a Igreja, respeitando as autoridades legitimamente constituídas
(Coordenador, Pároco etc.).
7) O Acólito deve estar sempre em dia com seus deveres da vida Espiritual e em Estado
de Graça, para sempre que for solicitado estar pronto ao serviço do Altar.

8) O Acólito deve buscar ser exemplo, viver com o auxílio da oração virtudes
sobrenaturais, tais como a mansidão, paciência e humildade que o próprio Cristo nos
ensina, e conviver bem com os demais membros da comunidade, sobretudo com os
outros Acólitos.

9) A Equipe deverá ter no mês uma reunião que será dedicada à oração, e outra para
formação.

10) O tema das reuniões deverá trabalhar na constante formação do acólito (cursos,
leituras, vida Sacramental) para que os ensinamentos e aprendizado não sejam mero
passatempo, mas uma formação doutrinal que o leve a se reconhecer Filho de Deus
e assumir os compromissos que advém desta graça.

11) Todo integrante da equipe tomará o compromisso de seguir todas as regras e


decisões em geral do grupo.

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C. RESPONSABILIADES DO COORDENADOR:

1) Presidir as reuniões, tendo sempre em mãos a pauta da reunião com os assuntos a


serem tratados;

2) Coordenar todo e qualquer movimento na paróquia, no vicariato ou na arquidiocese


que esteja ligado a Equipe dos Acólitos;

3) Representar o grupo, perante a comunidade, conselho paroquial ou quaisquer outros


órgãos;

4) Tem poder de decisões junto ao Padre, de exclusão, liberação e outros...

5) Deve ser na medida de sua responsabilidade, exemplo para os demais integrantes da


Equipe.

6) Fazer o controle de presença dos membros do grupo em reuniões, missas, horas


santas, eventos... (assinalando as faltas justificadas);

7) Preparar avisos, cartas para maior informação dos membros;

8) O arquivo de documentos e fichário de cadastro de cada um dos membros da Equipe


dos Acólitos;

9) Redigir a escala mensal.

10) Poderá fazer uso de um Assessor para o serviço que o representará em sua falta.

11) Poderá nomear pessoas para funções específicas dentro da Pastoral.

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16. GUIA - MISSAL
16.1 PÁGINAS DO MISSAL
Tempo do Advento ------------------------------------------------------------------------------------ 103 - 131

Tempo do Natal ----------------------------------------------------------------------------------------- 137 - 164

Tempo da Quaresma ---------------------------------------------------------------------------------- 167 - 241

Sagrado Tríduo Pascal -------------------------------------------------------------------------------- 245 - 328

Tempo da Páscoa --------------------------------------------------------------------------------------- 329 - 391

Tempo Comum ----------------------------------------------------------------------------------------- 395 - 430

Solenidade do Senhor no tempo comum, (Santíssima Trindade, Santíssimo Corpo e Sangue


de Cristo e Sagrado coração de Jesus) ------------------------------------------------------------ 431 - 436

Ritos Iniciais -------------------------------------------------------------------------------------------- 389 - 398

Liturgia da Palavra ------------------------------------------------------------------------------------ 399 - 402

Liturgia Eucarística ------------------------------------------------------------------------------------ 402 - 404

Prefácios ------------------------------------------------------------------------------------------------- 406 - 466

Prefácios do Advento – do I. IA, II e IIA -------------------------------------------- 406 - 409

Prefácios do Natal do Senhor – I, II, III --------------------------------------------- 410 - 412

Prefácio da Epifania do Senhor -------------------------------------------------------------- 413

Prefácios da Quaresma – I, II, III, IV e V -------------------------------------------- 414 - 418

Prefácios da Paixão do Senhor – I e II ----------------------------------------------- 419 e 420

Prefácios da Páscoa – I, II, III, IV e V ------------------------------------------------ 421 - 425

Prefácios da Ascensão do Senhor – I e II ------------------------------------------- 426 e 427

Prefácios do Tempo Comum – I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX ------------- 428 - 436

Prefácio do Batismo do Senhor -------------------------------------------------------------- 437

Prefácio da Crisma ------------------------------------------------------------------------------ 438

Prefácios da Santíssima Eucaristia – I, II e III ------------------------------------- 439 - 441

Prefácio da Penitência -------------------------------------------------------------------------- 442

Prefácio da Unção dos Enfermos ------------------------------------------------------------ 443

Prefácio do Sacramento da Ordem ---------------------------------------------------------- 444

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Prefácios da Virgem Maria – I e II ---------------------------------------------------- 445 e 446

Prefácio dos Anjos ------------------------------------------------------------------------------- 447

Prefácio de São José Esposo de Maria ------------------------------------------------------ 448

Prefácios dos Apóstolos – I e II -------------------------------------------------------- 449 e 450

Prefácios dos Santos – I e II ------------------------------------------------------------ 451 e 452

Prefácio dos Mártires --------------------------------------------------------------------------- 453

Prefácio dos Santos Pastores ------------------------------------------------------------------ 454

Prefácio das Santas Virgens e Religiosos ------------------------------------------------- 455

Prefácios Comuns – I, II, III, IV, V e VI --------------------------------------------- 456 - 461

Prefácios dos Fiéis Defuntos – I, II, III, IV e V ------------------------------------ 462 - 466

Em algumas solenidades próprias o prefácio não se encontra junto com os demais


prefácios, mas junto com a celebração do Santo ou da própria Celebração.

Orações Eucarísticas que são em número de Quatorze, sendo que as cinco primeiras vão
da pág. 467 a 499. As outras Orações Eucarísticas vão da pág. 842 a 875 e depois da pag. 1024 a
1040.

Rito da Comunhão ------------------------------------------------------------------------------------- 500 - 504

Ritos Finais ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 505

Rito da Missa sem Povo ------------------------------------------------------------------------------ 506 - 512

Apêndice ------------------------------------------------------------------------------------------------- 513 - 515

Bênçãos Solenes ---------------------------------------------------------------------------------------- 519 - 530

Orações sobre o povo ---------------------------------------------------------------------------------- 531 - 534

Próprio dos Santos ou Santoral --------------------------------------------------------------------- 535 - 726

Rito para Bênção e aspersão da água ----------------------------------------------------------- 1001 - 1004

Exemplos de formulários para a oração dos fiéis ------------------------------------------- 1005 - 1016

16.2 – ORGANIZAÇÃO DO MISSAL PARA CELEBRAÇÃO


Geralmente o Missal possui 5 fitas, essas fitas auxiliam na separação das diversas partes
da Celebração, principalmente em Missas mais complexas como as celebrações da Semana
Santa. Para esta exemplificação de organização ds páginas, vamos adotar 5 cores para fitas para
melhor entendimento: Azul, Verde, Vermelha, Rosa e Marrom.

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Ao se preparar o Missal para a celebração, primeiramente deve-se separar os Ritos
Iniciais que se encontram na pág. 389 – 398, coloquemos a fita Azul aqui.

Depois, buscamos a Oração de Coleta, Oração Sobre as Oferendas e a Oração Depois da


Comunhão de acordo com o tempo que se celebra. Pode-se ter um prefácio na mesma página
dessas orações dependendo da Celebração, esta busca começa a partir do Tempo do Advento
na pág. 103. Ao acharmos o tempo celebrado, colocamos a fita Verde.

Depois, buscamos a Liturgia Eucarística, sempre na pág. 402 e colocamos a fita


Vermelha.

Buscamos, então o prefácio correlacionado ao dia ou tempo que se celebra e colocamos


a fita Rosa. Ressalta-se que o prefácio pode estar junto da fita verde, neste caso não usaremos
a fita Rosa. Em casos que há a possibilidade de vários prefácios para o mesmo tempo ou dia, a
escolha é de preferência do Padre.

Verificamos (caso haja folheto) a Oração Eucarística sugerida que também é de escolha
preferencialmente do Padre. Esta oração não precisa de marcação, pois ela já conta com
etiquetas coladas ao missal sendo a etiqueta verde o início da Oração Eucarística e a etiqueta
vermelha sendo as páginas da Oração Eucarística anterior.

Verificamos o Rito da Comunhão, sempre na pág. 500, que é a ultima etiqueta vermelha
da primeira coluna de Orações Eucarísticas.

E, por fim, colocamos a fita Marrom na pág. das Bençãos Solenes 519 – 530.

16.2 – MANUSEIO DAS PÁGINAS NA MISSA


É comumente função do Cerimoniário “Principal” que está servindo diretamente ao
Padre, organizar o Missal e passar as páginas durante a Celebração, haja vista que em alguns
momentos o Celebrante precisa realizar gestos com as mãos ou as manter em determinada
posição para cumprir o rito. Tenha o cerimoniário a devida atenção nos momentos certos de se
passar as páginas e não erre a sequência para não descontinuar o Rito. Para o exemplo de
manuseio e fácil compreensão, entenda-se o esquema abaixo como uma missa típica, sem
nenhum rito da Semana Santa ou outros Ritos, o que poderia trazer mudanças em algumas
partes. A dica mais importante é: acompanhe a leitura juntamente com o Padre para que não
haja erros de tempo.

No início da Celebração, o Missal deve estar aberto na fita Azul, lá se encontram a


Acolhimento, Saudação do Padre, Ato penitencial e Glória.

Após o Glória (ou após o ato penitencial, de acordo com o tempo) o Padre deve ler a
Oração da Coleta na fita Verde.

Finda a Oração, inicia-se a Liturgia da Palavra que se encerra após as Orações dos Fiéis.

Neste momento, inicia-se o Ofertório. O missal deve ser aberto na fita Vermelha, lá o
padre lerá diversas orações da Liturgia Eucarística.

Finda essas orações, volta-se para a fita Verde, para se dar continuidade na Oração sobre

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as Oferendas.

Após o fim da oração, abra-se a fita Rosa para o prefácio. Se o prefácio estiver junto da
fita verde, mantenha-se lá.

Ao fim do Prefácio, encaminhe-se para a Oração Eucarística que o Padre escolheu,


lembrando que a Oração Eucarística II já possui prefácio e que caso o padre já tenha realizado
esta oração, não se deve colocar novamente o prefácio a ele.

Acompanhe a Oração Eucarística e vá passando as folhas de acordo com a leitura do


Padre, ao fim da oração em “Por Cristo, com Cristo...” é possível ler a inscrição como rubrica
“Segue-se o Rito da Comunhão pág. 500” e assim se fará. Vire a última etiqueta vermelha da
primeira coluna de Orações Eucarística e lá estará o Rito da Comunhão.

Aqui o Padre fará a Oração Universal e o Rito da Paz. Após o abraço da paz, vire-se a
folha e o Padre continuará para a Fração do Pão que se encerra em “Eis o Cordeiro...” e ele
comunga e então os demais. Após a Comunhão do Sacerdote, vire-se a folha mais uma vez,
agora você está na pág. 502, aqui o Padre fará algumas orações para purificação dos vasos,
mantenha aqui até que se encerre a retirada do cálice do altar.

Retorne a fita Verde, para que o Padre leia a Oração Depois da Comunhão.

Enquanto seguem-se os avisos, vá para a fita Marrom para a benção e fim da celebração.

Encerra-se o uso do Missal.

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17. GUIA - CELEBRAÇÕES DO SENHOR NO


DECURSO DO ANO
Os Guias que se seguem, tem o objetivo de facilitar uma rápida formação ou pesquisa
sobre o assunto. Não se exclui ou se substitui de forma alguma a pesquisa nas fontes fiéis da
Santa Igreja, tanto quanto para celebrações com a presença do Bispo.

17.1 TEMPO DO ADVENTO E DO NATAL DO SENHOR


Depois da celebração anual do
mistério pascal, nada a Igreja tem em maior
apreço do que a comemoração do
Nascimento do Senhor e das suas primeiras
manifestações: o que celebra no tempo do
Natal.

Esta comemoração é preparada pelo


tempo do Advento, o qual reveste dupla
característica: tempo de preparação para as solenidades do Natal, nas quais se recorda a
primeira vinda do Filho de Deus ao meio dos homens; e simultaneamente tempo em que, com
esta recordação, os espíritos se dirigem para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim
dos tempos. Nesta dupla perspectiva, o tempo do Advento apresenta-se como tempo de devota
e jubilosa espera.

No tempo do Advento, o órgão e os outros instrumentos musicais devem usar-se, e o


altar ornar-se de flores, com aquela moderação que convém ao caráter próprio deste tempo, de
modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. No domingo Gaudete (II do
Advento), pode-se usar o cor-de-rosa.

Se festeja com piedade e verdadeiro espírito cristão a solenidade do Natal do Senhor,


na qual se celebra o mistério da Encarnação, em que o Verbo de Deus se dignou assumir a
nossa humanidade, para nos tornar participantes da sua divindade.

Deve-se conservar e fomentar o costume de celebrar a Vigília, como início da solenidade


do Natal do Senhor, segundo os usos próprios de cada Igreja.

Segundo antiquíssima tradição da Igreja de Roma, no dia do Natal do Senhor, pode-se


celebrar três vezes a Missa: de noite, à aurora e de dia, respeitando-se o tempo verdadeiro.

A antiga solenidade da Epifania do Senhor deve-se contar entre as maiores festas do ano
litúrgico, pois celebra, no Menino nascido de Maria, a manifestação daquele que é o Filho de
Deus, o Messias dos Judeus e a Luz das Nações. Neste dia também se anunciará ao povo as
festas móveis do ano corrente.120

120 CB § 234 – 240.

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17.2 FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR

Neste dia, os fiéis acorrem ao encontro do Senhor, levando luzes e


aclamando com Simeão, “a luz que se vem revelar às nações”. Exortem-se,
portanto, os fiéis a proceder em toda a sua vida como filhos da luz, pois a
todos devem levar a luz de Cristo, feitos eles próprios, em suas obras,
lâmpadas ardentes.

A. PRIMEIRA FORMA: PROCISSÃO

À hora conveniente, promove-se a concentração numa igreja menor ou noutro lugar


adequado fora da igreja. Os fiéis têm nas mãos velas apagadas. 243. No lugar mais adequado,
o sacerdote reveste os paramentos de cor branca requeridos para a Missa. Em vez da casula
pode revestir o pluvial, que tirará, finda a procissão. O celebrante com os ministros e, dirigem-
se para o lugar da bênção das velas.

Enquanto se acendem as velas, canta-se a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto
apropriado.

Chegando ao local da bênção das velas e terminado o canto, o sacerdote diz, voltado para
o povo: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Depois, saúda o povo: A paz esteja
convosco, e profere a monição introdutória.

Após a monição, benze as velas, pronunciando a oração, de mãos estendidas, enquanto


o ministro sustenta o livro, e asperge as velas com água benta, sem dizer nada. Impõe e benze
o incenso para a procissão. Por fim, recebe a vela acesa, que leva na procissão.

Diz-se: Vamos em paz, ao encontro do Senhor, inicia-se a procissão em direção à igreja,


onde vai ser celebrada a Missa. Todos, quer os ministros, quer os fiéis, com velas nas mãos.

Ao entrar a procissão na igreja, executa-se o canto de entrada da Missa. Chegando ao


altar, faz-lhe a devida reverência e, se for oportuno, incensa-o. Depois, dirige-se para a cátedra
onde depõe o pluvial. se o tiver levado na procissão, reveste a casula e, cantando o hino Glória
a Deus nas alturas, diz a coleta, como de costume. E continua a Missa na forma habitual.

B. SEGUNDA FORMA: ENTRADA SOLENE

Se não se puder fazer a procissão, os fiéis reúnem-se na igreja, com as velas nas mãos. O
celebrante revestido das vestes sagradas de cor branca, com os ministros e com uma delegação
de fiéis, dirige-se para um lugar conveniente, diante da porta da igreja ou dentro desta, de onde
pelo menos a maior parte dos fiéis possa participar convenientemente do rito.

Quando o sacerdote chegar ao lugar escolhido para a bênção das velas, acendem-se estas,
enquanto se canta a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto adequado. Segue-se como
na Primeira Forma.121

121 CB § 241 – 248.

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17.3 TEMPO DA QUARESMA
A observância anual da Quaresma é tempo favorável pelo qual
se sobe ao monte santo da Páscoa. Pela sua dupla característica, o tempo
quaresmal prepara os catecúmenos e os fiéis para a celebração do
mistério pascal.

Através da catequese, inculque-se no espírito dos fiéis,


juntamente com as consequências sociais do pecado, aquela natureza
genuína da penitência que leva a detestar o pecado como ofensa a Deus. Não se ponha de parte
o papel da Igreja na ação penitencial e insista-se na oração pelos pecadores. A penitência
quaresmal não há de ser meramente interna e individual, mas também externa e social,
orientada para as obras de misericórdia do favor dos irmãos.

Aos fiéis recomende-se participação mais intensa e frutuosa na liturgia quaresmal e nas
celebrações penitenciais. Exortem-se principalmente a que, de acordo com a lei e tradições da
Igreja, se aproximem-se neste tempo do sacramento da Penitência, para, purificados poderem
participar das alegrias do domingo da Ressurreição. Muito convém que, no tempo da
Quaresma, o sacramento da Penitência seja celebrado de forma mais solene.

Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores, e o toque dos instrumentos
musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o domingo Laetare (IV da
Quaresma), bem como as solenidades e festas. No domingo Laetare, pode-se usar o cor-de-
rosa.122

17.4 QUARTA-FEIRA DE CINZAS


Na Quarta-feira antes do 1º Domingo da Quaresma, os fiéis que recebem
as cinzas iniciam o tempo instituído para a sua purificação. Por este sinal de
penitência, que vem já da tradição bíblica e se tem mantido até aos nossos dias
nos costumes da Igreja, é significada a condição do homem pecador;
confessando exteriormente a sua culpa diante do Senhor, exprime assim a
vontade de conversão, confiado em que o Senhor seja benigno e compassivo,
para com ele, paciente e cheio de misericórdia. Por este mesmo sinal, enceta o
caminho da conversão, cuja meta será atingida na celebração do sacramento da Penitência, nos
dias anteriores à Páscoa.

Na Missa deste dia, o celebrante benze e impõe as cinzas.

O presidente entra na igreja, acompanhado dos diáconos e dos outros ministros, na


forma habitual. Omitido o ato penitencial e a glória, recita logo a coleta.

Depois do Evangelho e feita a homilia, o sacerdote, de pé, convida o povo a orar; e, após
breve oração em silêncio, benze as cinzas, que um acólito sustenta diante dele, recitando, de
mãos estendidas, a oração do Missal. Depois asperge as cinzas com água benta, sem dizer nada.

Terminada a bênção, aquele a quem tal compete, ou um diácono, impõe as cinzas no


celebrante dizendo: Convertei-vos e crede do Evangelho, ou: Lembra-te que és pó e ao pó hás

122 CB § 249 – 252.

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de voltar. Em seguida o próprio celebrante impõe as cinzas aos concelebrantes, aos ministros
e aos fiéis, ajudado, se for necessário, por alguns dos concelebrantes ou diáconos.

Terminada a imposição das cinzas, o sacerdote lava as mãos. Segue-se a Missa,


prossegue-se como de costume.123

17.5 DOMINGO DE RAMOS, NA PAIXÃO DO SENHOR


No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério
do seu Senhor crucificado, sepulto e ressuscitado, o qual, ao entrar em
Jerusalém, preanunciou a sua majestade. Os cristãos levam ramos em sinal do
régio triunfo, que, sucumbindo na cruz, Cristo alcançou. De acordo com a
palavra do Apóstolo: “Se com ele padecemos, com ele também seremos
glorificados”, deve-se, na celebração e catequese deste dia, salientar o duplo
aspecto do mistério pascal.

A. PRIMEIRA FORMA: PROCISSÃO

À hora devida, faz-se a concentração numa igreja menor ou noutro local apropriado fora
da Igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis tenham nas mãos os ramos.

No lugar mais conveniente, o celebrante reveste os paramentos de cor vermelha para a


Missa. Em vez da casula, pode vestir o pluvial, que tira acabada a procissão. Com os ministros
e, dirige-se para o local da bênção dos ramos, ao canto da antífona: Hosana ou outro canto
apropriado.

Terminado o canto, começa: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Saúda o
povo dizendo: “A paz esteja convosco”, e profere monição introdutória.

Após a monição, junta as mãos e recita a oração da bênção dos ramos e asperge-os com
água benta, sem dizer nada. Depois da bênção dos ramos e antes da proclamação do Evangelho,
pode distribuir os ramos aos ministros e a alguns fiéis.

Antes de se iniciar a procissão, o sacerdote pode proferir a monição: “Meus irmãos,


imitando o povo”, nos mesmos termos do Missal Romano, ou noutros termos equivalentes; e
inicia-se a procissão em direção à igreja onde vai ser celebrada a Missa. À frente, vai o
turiferário com o turíbulo fumegante, a seguir, o acólito com a cruz, ornada com ramos de
palmeiras, segundo o costume local, ladeado de outros dois acólitos com velas acesas. Segue-
se o clero, o diácono com o livro dos Evangelhos, outros diáconos, se os houver, com o livro da
história da Paixão; os concelebrantes, o sacerdote, os ministros que o auxiliam; por fim, os fiéis.
Ministros e fiéis vão todos com os seus ramos enquanto a procissão avança, a equipe de música
e o povo executam os cantos indicados no Missal, ou outros adequados.

No momento em que a procissão entra na igreja, canta-se o responsório: “Ouvindo o


povo que Jesus entrava”, ou outro canto alusivo ao ingresso do Senhor.

123 CB § 253 – 259.

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Chegado ao altar, o sacerdote venera e incensa o altar. Depois, dirige-se para a cátedra,
onde tira o pluvial, se dele se serviu na procissão, e reveste a casula. Omitidos os ritos iniciais
da Missa conclui a procissão recitando a Oração da coleta da Missa.

B. SEGUNDA FORMA: ENTRADA SOLENE

Onde a procissão não se puder efetuar fora da igreja, a bênção dos ramos pode-se
realizar sob a forma de entrada solene.

Os fiéis reúnem-se diante da porta da igreja ou mesmo dentro da igreja, com os ramos
nas mãos. O celebrante e os ministros, com uma delegação de fiéis, dirigem-se para um local
da igreja, de onde pelo menos a maior parte dos fiéis possa acompanhar o rito. Enquanto o
sacerdote se dirige para o referido local, canta-se a antífona Hosana, ou outro canto apropriado.
Depois, faz-se tudo como se disse na Primeira Forma.

C. HISTÓRIA DA PAIXÃO

Começando o canto antes do Evangelho, todos se levantam. Não se usa incenso nem
velas durante a história da Paixão. Lê-se a história da Paixão. Omite-se a saudação ao povo e o
sinal da cruz sobre o livro.

Depois de anunciada a morte do Senhor, todos se ajoelham, e faz-se uma breve pausa.
No fim, diz: “Palavra da salvação”, mas não se beija o livro.

Terminada a história da Paixão, o presidente profere breve homilia e prossegue a Missa


como de costume.124

17.6 SAGRADO TRÍDUO PASCAL


“Cristo operou a redenção do homem e a prefeita glorificação de Deus principalmente
por meio do seu mistério pascal, com o qual, morrendo, destruiu a nossa morte e, ressuscitando,
restaurou a vida. Por este motivo, o sagrado Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor
se nos apresenta como o ponto culminante de todo o ano litúrgico. Aquela preeminência que
tem na semana o ‘dia do Senhor’ ou domingo, tem-na no ano litúrgico a solenidade da Páscoa”.

Além disso, observe-se religiosamente o jejum pascal na Sexta-feira da Paixão do


Senhor, o qual se deve guardar em toda a parte, e, conforme as circunstâncias, estenda-se
também ao Sábado Santo, para que todos, com elevação e largueza de espírito, cheguem às
alegrias do domingo da Ressurreição. Atendendo, portanto, à excepcional dignidade destes
dias e à suma importância espiritual e pastoral destas solenidades na vida da Igreja.125

124 CB § 263 – 273.


125 CB § 295 – 296.

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17.7 MISSA DA CEIA DO SENHOR
Nesta Missa, que se celebra na tarde da Quinta-feira Santa, a Igreja dá
início ao sagrado Tríduo pascal e propõe-se comemorar aquela última ceia na
qual o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tendo amado até ao fim
os seus que estavam no mundo, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue
sob as espécies ao pão e do vinho, e os entregou aos Apóstolos para que os
tomassem, e lhes mandou, a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que os oferecessem
também.

Nesta Missa, faz-se, portanto, memória: da instituição da Eucaristia, memorial da Páscoa


do Senhor, na qual se perpetua no meio de nós, através dos sinais sacramentais, o sacrifício da
nova Lei; da instituição do sacerdócio, pelo qual se perpetua no mundo a missão e o sacrifício
de Cristo; e da caridade com que o Senhor nos amou até à morte.

Além do que é requerido para a celebração da Missa comum, deverá preparar o seguinte:

1) Em lugar conveniente do presbitério:


- Uma âmbula com partículas a consagrar para a Comunhão do dia seguinte;
- Véu umeral;
- Tochas e velas.

2) No lugar onde se faz o lava-pés:


- Assentos para os homens designados;
- Jarro com água e bacia;
- Toalhas para enxugar os pés;
- Gremial de linho para o sacerdote;
- As coisas necessárias para o sacerdote lavar as mãos.

3) Na capela onde se guardará o Santíssimo Sacramento:


- Sacrário ou cofre para a reposição;
- Luzes, flores e outros ornamentos adequados.

A. DESCRIÇÃO DO RITO

Preparação, entrada na igreja e liturgia da Palavra cumprem-se como de costume da


Missa estacional. Enquanto se canta o hino: Glória a Deus nas alturas, tocam-se os sinos, os
quais, depois deste toque, ficam silenciosos até à Vigília Pascal. Dentro deste mesmo período,
podem-se utilizar o órgão e outros instrumentos musicais, mas só para sustentar o canto.

Após a homilia, procede-se, onde razões pastorais o aconselharem, ao lava-pés. Os


homens que para isso tenham sido escolhidos são conduzidos pelos ministros para os assentos
preparados em lugar adequado. O sacerdote depõe a casula, cinge-se, se for conveniente, com
um gremial de linho adequado, aproxima-se de cada um dos homens, deita-lhes água nos pés
e enxuga-os, ajudado pelos ministros. Enquanto isso, cantam-se as antífonas indicadas no
Missal, ou outros cantos adequados.

Depois do lava-pés, o sacerdote volta para a cátedra, lava as mãos e retoma a casula.
Como nesta Missa não se recita o símbolo, segue-se imediatamente a oração universal e o
restante do ritmo como de costume.

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Terminada a Comunhão dos fiéis deixa-se em cima do altar as âmbulas com as partículas
para a Comunhão do dia seguinte, e reza-se a oração depois da Comunhão.

Dita esta, e omitidos os ritos de conclusão, o celebrante, de pé diante do altar, impõe


incenso no turíbulo e benze-o; e, de joelhos, incensa o Santíssimo Sacramento. Depois recebe
o véu de ombros, sobe ao altar, genuflete e, toma as âmbulas nas mãos, cobertas com as
extremidades do véu.

Organiza-se a procissão, na qual, através da igreja, é levado o Santíssimo Sacramento


até ao lugar de reposição, preparado numa capela. À frente, vai um acólito com a cruz,
acompanhado dos acólitos que levam os castiçais com as velas acesas; a seguir, o clero, os
diáconos, os concelebrantes, os ministros, dois turiferários com os turíbulos fumegando, o
sacerdote com o Santíssimo Sacramento, um pouco atrás os ministros que o auxiliam. Todos
levam velas; e, junto do Santíssimo Sacramento, levam-se tochas.

Enquanto isso, é cantado o hino “Canta, Igreja” (omitindo as duas últimas estrofes) ou
outro canto eucarístico, conforme os costumes locais. Ao chegar ao lugar da reposição, o
sacerdote depõe a âmbula sobre o altar ou dentro do sacrário, cuja porta deixa aberta. E
enquanto se canta: “tão sublime sacramento”, ou outro canto apropriado, incensa, de joelhos,
o Santíssimo Sacramento. Depois, introduz o Santíssimo no sacrário ou fecha a porta.

Após breves momentos de adoração em silêncio, todos se levantam, genufletem e


regressam à sacristia.

Em tempo oportuno, desnuda-se o altar e, sendo possível, retiram-se as cruzes da igreja.


É conveniente cobrir as cruzes que ficarem na igreja a não ser que já esteja.

Exortem-se os fiéis a que façam adoração diante do Santíssimo Sacramento, durante a


noite, conforme as circunstâncias e os lugares o permitirem. A partir da meia-noite, porém, esta
adoração deve ser feita sem solenidade.126

17.8 CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR


Neste dia, em que “Cristo nossa Páscoa foi imolada”, torna-se clara
realidade o que desde há muito havia sido prenunciado em figura e mistério:
a ovelha verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante um único
sacrifício realiza-se plenamente o que a variedade das antigas vítimas
significava.

Com efeito, “a obra da Redenção dos homens e da perfeita glorificação


de Deus, prefigurada pelas suas obras grandiosas no povo da Antiga Aliança, realizou-a Cristo
Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição de
entre os mortos e gloriosa Ascensão, ministério este pelo qual morrendo destruiu a nossa morte
e ressuscitando restaurou a nossa vida. Foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o
admirável sacramento de toda a Igreja.

126 CB § 297 – 311.

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Ao contemplar Cristo, Senhor e seu Esposo, a Igreja comemora o seu próprio nascimento
e a sua missão de estender a todos os povos os salutares efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que
hoje celebra em ação de graças por dom tão inefável.

Pelas três horas da tarde, salvo se razão pastoral leve a escolher hora mais tardia, celebra-
se a paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada
Comunhão.

O altar deve estar completamente desnudado, sem cruz, sem castiçais, sem toalhas.

Para a celebração da Paixão do Senhor, deve-se preparar:

1) Na sacristia:
- Para o sacerdote, paramentos de cor vermelha, como para a Missa;
- Para os restantes ministros, alvas e outras vestes devidamente aprovadas;

2) Em lugar apropriado:
- A cruz (coberta com o véu, no caso de se adotar a primeira forma);
- Dois castiçais;

3) No presbitério:
- Missal;
- Lecionários;
- Toalhas;
- Corporais;

4) No lugar em que ficou reposto o Santíssimo Sacramento:


- Véu umeral, vermelho ou branco
- Dois castiçais para os acólitos.

A. RITOS INTRODUTÓRIOS

O sacerdote, revestido de paramento vermelho, como para a Missa, dirigem-se em


silêncio para o altar. O sacerdote faz a devida reverência, prostra-se de rosto por terra, ou, se
preferir, ajoelha-se no genuflexório desguarnecido, e ora em silêncio durante algum tempo. O
mesmo fazem todos os demais.

Depois, o sacerdote dirige-se para a cátedra, onde, voltado para o povo e de mãos
estendidas, reza a oração: “Ó Deus, pela paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Depois, senta-
se.

B. LITURGIA DA PALAVRA

Em seguida, estando todos sentados, proclama-se a primeira leitura, do Livro do profeta


Isaías, com o respectivo salmo. Segue-se a segunda leitura, da Epístola aos Hebreus.

Começando o canto antes do Evangelho, todos se levantam para a leitura da história da


Paixão, não se usam incenso nem luzes. Lê-se a história da Paixão segundo São João. Omite-se
a saudação ao povo e o sinal da cruz sobre o livro.

Depois de anunciada a morte do Senhor, todos se ajoelham, e faz-se pequena pausa. No


fim, diz-se: Palavra da salvação, mas não se beija o livro.

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Terminada a história da Paixão, o sacerdote profere breve homilia.

Após a homilia, o celebrante, de pé, junto da cátedra ou, se for mais conveniente, junto
do altar, recita de mãos estendidas a oração universal, como vem no Missal, escolhendo, se for
necessário, as orações mais apropriadas. Durante todo o tempo destas orações, os fiéis podem
permanecer de joelhos ou de pé.

C. ADORAÇÃO DA SANTA CRUZ

Segue-se a isto a apresentação e adoração da Santa Cruz, adotando uma das formas
propostas pelo Missal:

1) Primeira forma de apresentar a Santa Cruz: Enquanto um diácono leva a Cruz velada
até ao altar, acompanhada de dois acólitos com velas acesas, o sacerdote dirige-se para
o altar com os seus assistentes. Aí, de pé, recebe a Cruz e vai descobrindo-a
sucessivamente por três vezes, apresentando-a aos fiéis para que a adorem, entoando,
cada vez, a fórmula invitatória: “Eis o lenho da cruz”. Todos respondem: “Vinde,
adoremos”. Terminado o canto, todos se ajoelham e adoram em silêncio durante uns
breves momentos, enquanto o sacerdote se mantém de pé, sustentando a Cruz
levantada. Em seguida, acompanhado por dois acólitos com velas acesas, o diácono
leva a Cruz para a entrada do presbitério, ou para outro lugar adequado, e aí a coloca
ou a entrega aos ministros para que a sustentem, depois de colocarem as velas à
direita e à esquerda da Cruz.

2) Segunda forma de apresentar a Santa Cruz: Enquanto o sacerdote permanece de pé,


junto da cátedra, o diácono, acompanhado dos acólitos, dirige-se para a porta da
igreja, e aí recebe a Cruz descoberta; os acólitos tomam-se os castiçais com as velas
acesas, e organiza-se a procissão pela igreja em direção ao presbitério. Junto à porta,
ao meio da igreja e à entrada do presbitério, o diácono eleva a Cruz e canta-se a
fórmula invitatória: “Eis o lenho da Cruz”, e todos respondem: “Vinde, adoremos”.
Depois de cada resposta, permanecendo o celebrante de pé, todos se ajoelham e
adoram em silêncio por uns breves momentos. Em seguida, o diácono coloca a Cruz
à entrada do presbitério, ou noutro lugar, como ficou dito acima.

Para a adoração da Cruz, vai primeiro o celebrante, sem casula e, se lhe parecer bem, sem
sapatos. Ajoelha diante da Cruz, beija-a, e retira-se para a cátedra, retoma o calçado e a casula,
e senta-se. Após o sacerdote, vão os diáconos, depois o clero e os fiéis. Vão passando em forma
de procissão, saúdam a Cruz com a simples genuflexão ou com outro sinal adequado, de acordo
com os costumes de cada região, por ex., beijando a Cruz.

Enquanto isso, canta-se a antífona: “Adoremos Senhor, vosso madeiro, os Lamentos do


Senhor”, ou outros cantos apropriados. À medida que adoraram a Cruz todos se sentam nos
seus lugares.

A Cruz exposta à adoração deve ser uma só. Se os fiéis, por serem muitos, não puderem
aproximar-se um a um, o sacerdote, depois de uma parte do clero e dos fiéis ter adorado, toma
a Cruz, e, no estrado do altar, com breves palavras convida o povo à adoração da Santa Cruz;
em seguida, sustenta-a levantada durante algum tempo, e os fiéis adoram-na em silêncio.

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D. SAGRADA COMUNHÃO

Terminada a adoração, a Cruz é levada pelo diácono para o seu lugar no altar, enquanto
o sacerdote volta para a cátedra. Os castiçais acesos colocam-se junto do altar ou perto da Cruz.
Estende-se a toalha sobre o altar, e colocam-se o corporal e o Missal.

Em seguida o diácono, com o véu umeral, leva o Santíssimo Sacramento, pelo caminho
mais curto, do lugar de reposição para o altar. Acompanham o Santíssimo Sacramento dois
acólitos com castiçais acesos, que colocam junto do altar ou sobre ele.

Enquanto isso, o sacerdote e todos os demais levantam-se e ficam de pé em silêncio.

Quando o diácono colocar o Santíssimo Sacramento sobre o altar e descobrir a âmbula,


o sacerdote aproxima-se, genuflete e sobe ao altar. Recita-se a oração dominical com o
respectivo embolismo e distribui-se a Comunhão, na forma indicada no Missal.

Terminada a distribuição da Comunhão, o diácono, com o véu umeral, leva a âmbula


para o lugar preparado fora da igreja, ou, se as circunstâncias assim o exigirem, coloca-a no
sacrário;

Em seguida, o celebrante, observando, se convier, algum tempo de silêncio sagrado,


recita a oração depois da Comunhão.

E. RITO DE CONCLUSÃO

Terminada a oração depois da Comunhão, segue-se a despedida: o sacerdote, de pé,


voltado para o povo, de mãos estendidas sobre ele, reza a oração: “Que a vossa bênção”.

O sacerdote genuflete à Cruz e todos se retiram em silêncio. Em tempo oportuno,


desnuda-se o altar.127

17.9 VIGÍLIA PASCAL


Segundo antiquíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em
honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa
em que Cristo ressuscitou, deve considerar-se “a mãe de todas as santas
Vigílias”. Pois, nela, a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do
Senhor, e celebra-a com os sacramentos da Iniciação cristã.

Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira


a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do
domingo.

Além das coisas necessárias para a celebração da Missa comum, deve preparar-se:

1) Para a bênção do fogo:


- Uma fogueira (num lugar fora da igreja, onde o povo se reúne);
- O círio pascal;
- Cinco grãos de incenso; um estilete;
- Utensílio adequado para acender a vela com fogo novo;

127 CB § 312 – 331.

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- Lâmpada para alumiar os textos que o Celebrante há de recitar;
- Velas para os que participam da Vigília;
- Utensílio para o turiferário tirar as brasas acesas do fogo novo e deitá-las no turíbulo.

2) Para o precônio pascal:


- Candelabro para o círio pascal, posto junto do ambão;
- Se o candelabro não se puder colocar junto do ambão, coloque-se uma estante junto
do círio, para o diácono, ou o cantor (em caso de necessidade) proclamar o precônio;

3) Para a liturgia batismal:


- Recipiente com água;
- Quando se administram os sacramentos da Iniciação cristã: óleo dos catecúmenos,
santo crisma, vela batismal, Ritual Romano.

Início: apagam-se as luzes da igreja.

A. BÊNÇÃO DO FOGO E PREPARAÇÃO DO CÍRIO

Na sacristia ou noutro lugar adequado, sacerdote e ministros revestem-se, logo desde o


início da Vigília, com os paramentos de cor branca para a Missa e dirigem-se ao local onde o
povo está reunidos para a bênção do fogo. À frente dos ministros vai um dos acólitos com o
círio pascal. Não se leva a cruz processional nem velas acesas. O turiferário leva o turíbulo sem
brasas.

O sacerdote, de pé, voltado para o povo, diz: “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo”; e saúda o povo. Depois, ele dirige-se brevemente ao povo e explica a importância desta
celebração, servindo-se das palavras do Missal: “Meus irmãos. Nesta noite santa”, ou de outras
semelhantes.

Em seguida, o sacerdote benze o fogo, dizendo, com as mãos estendidas, a oração: “Ó


Deus, que pelo Vosso Filho”. Terminada a oração acende do fogo novo o círio pascal sem dizer
nada. O turiferário põe no turíbulo carvões em brasa de fogo novo.

Depois de benzido o fogo novo, o acólito leva o círio pascal ao sacerdote e, este, de pé,
grava com um estilete uma cruz no próprio círio pascal. Depois, grava por cima da cruz a letra
grega Alfa e por baixo da mesma a letra Ômega; e, entre os braços da Cruz, os quatro algarismos
designativos do ano corrente; enquanto isso, diz:” Cristo ontem e hoje”. Depois de ter gravado
a cruz e os outros símbolos o celebrante pode, também, espetar no círio cinco grãos de incenso
em forma de cruz, dizendo: “Pelas suas santas Chagas”. Com o fogo novo acende o círio pascal,
dizendo: “A luz do Cristo que ressuscita”.

B. PROCISSÃO

Depois de acender o círio, o sacerdote deita incenso no turíbulo, benze-o, e recebe do


acólito o círio pascal.

Organiza-se a procissão, que entra na igreja. À frente do sacerdote com o círio pascal,
vai o acólito com o turíbulo fumegando. Segue-se os ministros assistentes, o povo, todos com
velas apagadas na mão.

À porta da igreja, o sacerdote pára, e, erguendo o círio, canta: “Eis a luz de Cristo!” e
todos respondem: “Graças a Deus!” O sacerdote acende as velas na chama do círio pascal.

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Depois, ele avança até ao meio da igreja, pára e, erguendo o círio, canta segunda vez: “Eis a luz
de Cristo!” e todos respondem: “Graças a Deus!” Todos acendem as suas velas, passando o
lume de uns aos outros.

Ao chegar diante do altar, o sacerdote pára, e, voltando para o povo, canta pela terceira
vez: “Eis a luz de Cristo!” e todos respondem: “Graças a Deus!” Em seguida, coloca o círio
pascal no candelabro preparado no meio do presbitério, ou junto do ambão. E acendem-se as
luzes todas da igreja.

C. PRECÔNIO PASCAL

Chegando ao presbitério, o sacerdote dirige-se para a cátedra e em seguida, impõe,


incenso no turíbulo e benze-o como para o Evangelho na Missa. Todos se conservam
igualmente de pé, com as velas acesas na mão.

O sacerdote, depois de incensar o livro e o círio, canta o Precônio pascal, no ambão ou


na estante.

D. LITURGIA DA PALAVRA

Terminado o Precônio pascal, todos apagam as velas e sentam-se. Antes de se iniciarem


as leituras, o sacerdote faz uma breve monição de introdução à liturgia da Palavra, a não ser
que prefira a monição que vem no Missal.

Nesta Vigília, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo
(Epístola e Evangelho). Se as circunstâncias pastorais o pedirem, pode diminuir-se o número
de leituras do Antigo Testamento; tendo em conta, porém, que a leitura da Palavra de Deus é
parte fundamental desta Vigília Pascal. Dizem-se pelo menos três leituras do Antigo
Testamento, e, em casos mais urgentes, pelo menos duas. Mas nunca se omita a leitura do cap.
14 do Êxodo.

Estando todos sentados em atitude de escuta, o leitor dirige-se ao ambão e proclama a


primeira leitura. Depois, o salmista ou o cantor recita o salmo, e o povo repete o refrão. Em
seguida, o sacerdote levanta-se e, estando todos de pé, diz: “Oremos”; todos oram em silêncio
por um breve espaço de tempo, e o sacerdote recita a Oração correspondente à leitura. O mesmo
se faz após cada uma das leituras do Antigo Testamento.

Após a última leitura do Antigo Testamento, com o seu responsório e respectiva oração,
acendem-se as velas ao altar e é entoado solenemente o hino: Glória a Deus nas alturas, que
todos continuam, enquanto se tocam os sinos, segundo os costumes locais.

Terminado o hino, o sacerdote diz, como de costume, a Oração: “Ó Deus, que iluminais
esta noite santa.”

Depois senta-se. Estando todos novamente sentados, o leitor proclama no ambão a


leitura do Apóstolo. Terminada a Epístola, conforme as conveniências e os costumes locais, um
dos diáconos ou um leitor dirige-se ao sacerdote e diz-lhe: “Reverendíssimo Pai, eu vos
anuncio uma grande alegria: o Aleluia.”

Após este anúncio, ou, sem ele, imediatamente após a Epístola, todos se levantam. O
sacerdote, de pé, entoa solenemente o Aleluia. Canta-se por três vezes, subindo gradualmente
de tom: e o povo repete-o cada vez no mesmo tom.

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Depois, o salmista ou o cantor recita o salmo, e o povo responde: Aleluia.

Em seguida o sacerdote senta-se, impõe o incenso e vai para a proclamação do Evangelho


como de costume; não se levam luzes acesas.

Após o Evangelho, faz-se a homilia. Depois, procede-se à liturgia batismal.

E. LITURGIA BATISMAL

A liturgia batismal pode efetuar-se junto da pia batismal ou mesmo no presbitério.


Onde, por antiga tradição, o batistério estiver localizado fora da igreja, é lá que se tem de ir
para a celebração da liturgia batismal.

Primeiro, faz-se a chamada dos catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos, ou,
se forem crianças, levados pelos pais e padrinhos.

Depois, se houver procissão até ao batistério ou até à pia batismal, organiza-se


imediatamente. À frente, vai um acólito com o círio pascal, logo atrás dele os catecúmenos com
os padrinhos, depois o celebrante. Durante a procissão, canta-se a ladainha.

Terminada a ladainha, o sacerdote e profere a monição: “Caros fiéis, apoiemos com as


nossas preces.”

Se a liturgia batismal se realizar no presbitério, o sacerdote faz a monição introdutória:


“Caros fiéis, apoiemos com as nossas preces”. Segue-se a ladainha, entoada por dois cantores
à qual respondem, de pé, por ser tempo pascal.

Terminada a ladainha, benze a água, dizendo a oração: “Ó Deus, pelos sinais visíveis”,
e, ao proferir as palavras:” Nós vos pedimos, ó Pai”, pode, se for conveniente, introduzir na
água o círio pascal, uma ou três vezes, como vem indicado no missal.

Terminada a bênção da água e dita a aclamação pelo povo, o celebrante interroga os


“eleitos” adultos, para que façam a renúncia segundo o rito de Iniciação Cristã dos Adultos, e
os pais ou os padrinhos das crianças, segundo o Rito para Batismo de Crianças.

No caso de a unção dos adultos com o óleo dos catecúmenos não ter sido já feita antes,
no decurso dos ritos imediatamente preparatórios, faz-se neste momento, segundo o Rito de
Iniciação Cristã dos Adultos.

Em seguida, o sacerdote, depois de informado em tempo pelo respectivo padrinho do


nome de cada um dos batizados adultos, interroga um por um acerca da fé, conforme o Rito de
Iniciação Cristã dos Adultos.

Tratando-se de crianças, pede a tríplice profissão de fé a todos os pais e padrinhos ao


mesmo tempo, conforme o Rito para Batismo de Crianças.

Concluído o interrogatório, batiza-se os “eleitos” como vem no Ritual de Iniciação Cristã


dos Adultos e no Rito para Batismo de Crianças.

Após o Batismo, as crianças recebem a unção do crisma. A todos, tanto adultos como
crianças, são entregue uma veste branca, ao mesmo tempo que o sacerdote diz: “N. e N., vós
nascestes de novo”. Depois, ele recebe o círio pascal da mão do acólito e diz: “Aproximai-vos,

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102
padrinhos”, e acendem-se as velas dos neófitos. No caso de crianças, omite-se a entrega da vela
e o rito do Éfeta, como vem indicado no Rito para Batismo de Crianças.

Terminada a ablução batismal e os ritos complementares, se tudo isto não tiver sido feito
diante do altar, efetua-se o regresso ao presbitério, em procissão como antes, indo os neófitos
e os padrinhos ou os pais com as velas acesas. Durante a procissão, entoa-se um canto batismal.

Se forem batizados adultos, o sacerdote administra-lhes o sacramento da Confirmação


no presbitério seguindo o que vem indicado no Rito de Iniciação Cristã dos Adultos.

F. RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO

Concluído o rito do Batismo e da Confirmação, ou, se não tiver havido nem um nem
outro, após a bênção da água, o sacerdote, estando de pé voltado para o povo, recebe a
renovação das promessas da fé batismal dos fiéis, que se conservem de pé, com as velas acesas
na mão.

Terminada a renovação das promessas do Batismo, o sacerdote asperge o povo com água
benta. Terminada a aspersão, o celebrante regressa à cátedra, e dali, omitido o Símbolo, de pé,
preside à oração universal, da qual os neófitos participam pela primeira vez.

G. LITURGIA EUCARÍSTICA

Depois começa a liturgia eucarística, que se celebra segundo o rito da Missa comum.

À fórmula habitual de despedida dos fiéis: “Vamos em paz”, acrescenta-se um duplo


Aleluia; e o mesmo fazem os fiéis na resposta.128

17.10 TEMPO COMUM


Além dos “tempos” que revestem um caráter próprio, sobram
trinta e três ou trinta e quatro semanas no círculo do ano em que não
se celebra nenhum aspecto peculiar do mistério de Cristo; antes se
comemora, na plenitude, esse mesmo mistério de Cristo, de modo
especial aos domingos. Este período, designa-se por “tempo
comum”.

O tempo comum começa no dia da semana que segue a festa do Batismo do Senhor e
prolonga-se até a terça-feira antes da Quaresma, inclusive; e recomeça na segunda-feira depois
do domingo do Pentecostes e termina antes da tarde do I domingo do Advento.

Para o bem pastoral dos fiéis, nos domingos do tempo comum, é permitido realizar
aquelas celebrações que ocorrem durante a semana e são particularmente caras à piedade dos
mesmos fiéis.129

128 CB § 332 – 376.


129 CB § 377 – 380.

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103
17.11 SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E
SANGUE DE CRISTO
É certo que a instituição da Eucaristia é recordada de modo especial na Missa
da Ceia do Senhor, quando o Cristo Senhor ceou com os discípulos e lhes entregou
o sacramento do Seu Corpo e Sangue, para ser celebrado na Igreja. Mas nesta
solenidade, propõe-se à piedade dos fiéis o culto de tão salutar Sacramento, para
que celebrem as maravilhas de Deus nele significadas e realizadas mediante o
mistério pascal, aprendam a participar do Sacrifício Eucarístico e a viver dele mais
intensamente, venerem a presença de Cristo Senhor neste Sacramento, e por estes dons rendam
a Deus as devidas ações de graças.

Como celebração peculiar desta solenidade, foi introduzida pela piedade da Igreja a
procissão. Nela, o povo cristão, acompanhando a Eucaristia através das ruas em rito solene,
com canto e orações, dá público testemunho de fé e piedade para com este Sacramento.

Convém, por isso, que, se as circunstâncias o permitirem onde ela se possa tornar
verdadeira manifestação comum de fé e adoração, esta procissão seja mantida e fomentada.

Compete ao Bispo diocesano julgar quer da oportunidade, atentas as circunstâncias,


quer do lugar e da organização desta procissão, de modo que tudo se realize com dignidade e
sem detrimento do respeito devido ao Santíssimo Sacramento.

Onde, porém, nesta solenidade, não se puder fazer a procissão, convém organizar outra
celebração pública para toda a cidade ou para as zonas principais da mesma, seja na igreja
catedral seja noutro local mais apropriado.

É conveniente fazer esta procissão logo após a Missa na qual se consagra a hóstia que
há de ser levada em procissão. Nada obsta, porém, a que se faça depois de uma adoração
pública e prolongada que se siga à Missa.

Além do que é requerido para a celebração da Missa comum, deve preparar-se:

1) No presbitério:
- Na patena, uma hóstia a ser consagrada para a procissão;
- Ostensório;
- Véu umeral;

2) Em lugar conveniente:
- Pluviais de cor branca ou festiva;
- Tochas e velas;
- Pálio.

Terminada a comunhão dos fiéis, o diácono depõe sobre o altar o ostensório, no qual
introduz respeitosamente a hóstia consagrada. Depois, sacerdote genuflete e volta para a
cátedra, onde recita a oração depois da comunhão.

Recitada esta, e omitidos os ritos de conclusão, organiza-se a procissão. O celebrante,


revestido da casula, como na Missa, ou do pluvial de cor branca. No caso de a procissão não se
seguir imediatamente à Missa, veste o pluvial.

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104
O sacerdote, depois de impor incenso no turíbulo e o benzer, ajoelha diante do altar e
incensa o Santíssimo Sacramento.

Depois, recebe o véu umeral, sobe ao altar, genuflete e toma a custódia, segurando-a com
as mãos cobertas com o véu.

Organiza-se então a procissão: à frente, vai o acólito com a cruz, ladeado dos acólitos que
levam os castiçais com as velas acesas; seguem-se o clero, o turiferário com turíbulo
fumegando, o sacerdote com o Santíssimo Sacramento, um pouco atrás os ministros
assistentes. Vão todos com velas na mão, e aos lados do Santíssimo Sacramento levam-se
tochas.

Usar-se-á o palio, sob o qual vai o celebrante com o Santíssimo Sacramento, conforme os
costumes locais.

No que respeita à ordem dos fiéis, sigam-se os costumes locais. O mesmo se diga quanto
à ornamentação das praças e das ruas. Durante o percurso, se for costume e o bem pastoral o
aconselhar, pode-se marcar uma ou outra “estação”, dando-se inclusive a bênção eucarística.

Os cânticos e orações que se proferirem deverão orientar-se no sentido de que todos


manifestem a sua fé em Cristo e se ocupem unicamente do Senhor.

Convém que a procissão se dirija de uma igreja para outra. Contudo, se as circunstâncias
locais o aconselharem, pode regressar à mesma igreja de onde partiu.

Finda a procissão, dá-se a bênção com o Santíssimo Sacramento, na igreja onde terminou
ou noutro local mais conveniente.

Os ministros e o clero, ao entrarem no presbitério, irão diretamente para os seus lugares.

Depois de o sacerdote ter subido ao altar, coloca-se o ostensório e sobre ele. Depois
genuflete e, tirado o véu, ajoelha-se diante do altar.

Logo a seguir o sacerdote impõe e benze o incenso, recebe o turíbulo, faz inclinação com
os seus assistentes, e incensa o Santíssimo Sacramento com três ductos. Inclina-se novamente
diante do Santíssimo Sacramento e entrega o turíbulo. Enquanto isso, entoa-se a estrofe: “Tão
sublime”, ou outro canto eucarístico.

Depois, o sacerdote levanta-se e diz: “Oremos”. Após uma breve pausa de silêncio, e
enquanto o ministro, se for necessário, segura o livro diante do sacerdote, este prossegue:
“Senhor Jesus Cristo, neste admirável Sacramento”, ou outra oração do Ritual Romano.

Recitada a oração, o sacerdote recebe o véu umeral, sobe ao altar, faz a genuflexão e, segura
o ostensório, mantendo-o elevado com as mãos cobertas pelo véu, volta-se para o povo e com
ele faz o sinal da cruz sem dizer nada.

Feito isto, leva-se respeitosamente o Santíssimo Sacramento para a capela da reposição.


Enquanto isso, o povo profere algumas aclamações apropriadas. E faz-se a procissão de volta à
sacristia na forma habitual. 130

130 CB § 385 – 394.

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105
17.12 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS
A Igreja oferece o Sacrifício eucarístico pelos Defuntos e por eles intercede,
não só nas e exéquias e dia aniversário, mas também numa Comemoração anual de
todos os seus filhos que adormeceram em Cristo, aos quais procura ajudar diante
de Deus com poderosos sufrágios, para que sejam associados aos cidadãos do céu.
Deste modo, pela comunhão de todos os membros de Cristo, ao mesmo tempo que
implora auxílio espiritual para os defuntos, inspira aos vivos consolação e
esperança.

Neste dia, não se ornamenta o altar com flores; e o toque do órgão e de outros
instrumentos só é permitido para sustentar o canto.

Na Comemoração de todos os fiéis defuntos, onde for costume, neste dia, reunirem-se
os fiéis na igreja ou no próprio cemitério, é conveniente que o sacerdote celebre a Missa com
o povo e tome parte, com a sua Igreja, nos costumeiros sufrágios pelos defuntos.

No cemitério ou nas igrejas em que estão sepultados os corpos dos defuntos, ou à


entrada de jazigo, ou junto da sepultura dos Bispos, a Missa pode ser seguida da aspersão e
incensação dos sepulcros.131

131 CB § 395 – 403.

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106
19. GUIA - EXPOSIÇÃO E BENÇÃO COM O
SANTÍSSIMO SACRAMENTO
A exposição da Santíssima Eucaristia leva a reconhecer nela a admirável
presença de Cristo e convida à intima união com ele, união esta que atinge o seu
auge na comunhão sacramental. Por isso, deve atender-se a que transpareça nestas
exposições o culto do Santíssimo Sacramento na sua relação com a Missa.

Diante do Santíssimo exposto à adoração pública, genuflete-se só com um


joelho.

Para a exposição do Santíssimo Sacramento no ostensório, preparar-se-á:

1) Em cima ou ao lado do altar, conforme os casos:


- Ostensório e, eventualmente, o corporal;
- Quatro ou seis velas;
- Sendo oportuno, flores;
- Ritual Romano;
- Véu umeral;
- Cadeiras e genuflexórios, se forem precisos e em lugar adequado.
- Turíbulo com a naveta do incenso e colher;
- Paramentos de cor branca ou festiva;
- Para os presbíteros: alvas, estolas, pluviais;
- Para os restantes ministros: alvas ou outras vestes devidamente aprovadas.

A. EXPOSIÇÃO PROLONGADA

EXPOSIÇÃO

Se a exposição for mais solene e prolongada, a hóstia destinada à adoração deve ser
consagrada na Missa que imediatamente a precede, e coloca-se no ostensório, sobre o altar,
após a comunhão. A Missa termina com a oração depois da comunhão omitindo-se os ritos de
conclusão. Antes de se retirar, o padre incensa o Santíssimo, faz-se genuflexão e fica de joelhos
diante do altar.

Caso a hóstia não esteja no altar, coloca-se o véu umeral, vai buscar o Santíssimo no
lugar da reserva e, acompanhado pelos acólitos com velas acesas, coloca-o no ostensório sobre
a mesa do altar, coberta com uma toalha e, se for oportuna, também com o corporal. Depois,
genuflete e volta para a frente do altar.

Após estar de joelhos na frente do altar, com o ostensório sobre este, levanta-se; o
turiferário aproxima-se dele, e o Padre coloca incenso no turíbulo e benze-o, depois o sacerdote
ajoelha-se, recebe o turíbulo, faz inclinação juntamente com os seus assistentes, e incensa o
Santíssimo Sacramento. Faz nova inclinação ao Santíssimo, e devolve o turíbulo ao ministro.

Depois, se a adoração se prolongar-se por muito tempo, o sacerdote pode retirar-se.


Querendo ficar, pode ir para a cátedra ou para outro lugar adequado no presbitério.

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107
ADORAÇÃO

Durante a exposição, as orações, canto e leituras devem-se escolher de modo que os fiéis,
entregues à oração, concentrem o seu espírito no Cristo Senhor. A fim de alimentar uma oração
mais íntima, escolham-se leituras da Sagrada Escritura com homilia ou exortações breves, que
levem a uma melhor estima pelo mistério eucarístico. Convém igualmente que os fiéis
respondam à Palavra de Deus com cantos. É conveniente que, em certos momentos, se guarde
o silêncio sagrado.

BÊNÇÃO

Perto do final da adoração, o sacerdote dirige-se para a frente altar, genuflete ao mesmo
tempo que os demais e fica de joelhos diante do altar.

Enquanto isso, entoa-se a estrofe: “Tão sublime sacramento”, ou outro canto eucarístico.
Depois de impor e benzer o incenso, de joelhos, incensa o Santíssimo, como acima se disse.

Depois levanta-se e diz: “Oremos”. E todos oram uns momentos em silêncio. A seguir,
de mãos estendidas, diz: “Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento”, ou outra das
orações indicadas no Ritual Romano.

Terminada a oração, o sacerdote recebe o véu umeral, sobe ao altar, genuflete e pega o
ostensório e, levantando-o com ambas as mãos envoltas no véu, volta-se para o povo e traça
sobre ele, o sinal da cruz, sem dizer nada.

Dada a bênção leva-se o Santíssimo com reverência para a respectiva capela, onde o
repõe no sacrário; genuflete e fecha o sacrário.

Enquanto isso, o povo, se for oportuno, profere uma aclamação adequada.

O regresso à sacristia faz-se, como de costume.

B. EXPOSIÇÃO BREVE

No caso de exposição breve, com a âmbula, preparar-se-á:


- Duas velas pelo menos;
- Para o presbítero: alva e estola;
- Para os restantes ministros: alvas ou outras vestes devidamente aprovadas.

Ao chegar ao altar, o sacerdote faz-lhe a devida reverência e ajoelha-se diante do altar. E


expõe o Santíssimo Sacramento.

No caso de usar incenso, observe-se o que foi dito no “item A”, assim como o restante
do rito.132

132 CB § 1102 – 1115.

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108
20. GUIA - CELEBRAÇÕES DOS SACRAMENTOS
DE INICIAÇÃO CRISTÃ
Abaixo traz-se um pequeno resumo para que torne compreensível os
ritos, isso não exclui o uso dos Livros de cada Rito de fato. Ressalta-se que este
é um material formador, porém não ritualístico.

Compete ao Bispo, por si mesmo ou por delegado seu, organizar dirigir e


fomentar a instrução pastoral dos catecúmenos, bem como admitir os
candidatos à eleição e aos sacramentos.

A. INICIAÇÃO CRISTÃ DE ADULTOS

RITO DA ELEIÇÃO OU DA INSCRIÇÃO DO NOME

No início da Quaresma, celebra-se a “eleição” ou “inscrição do nome”. Ouvindo o


testemunho dos padrinhos e dos catequistas, ao mesmo tempo que os catecúmenos confirmam
a sua determinação, a Igreja emite o seu juízo do estado de preparação dos mesmos e se eles se
podem ou não aproximar dos sacramentos pascais.

Compete ao sacerdote, qualquer que tenha sido a sua participação, remota ou próxima,
na deliberação prévia, expor, na homilia ou no decurso do rito, o sentido religioso e eclesial da
eleição. A ele pertence expor, diante de todos os presentes, o sentir da Igreja, ouvir, se for
oportuno, o seu parecer, pedir aos catecúmenos que manifestem a sua vontade pessoal, e fazer,
em nome de Cristo e da Igreja, a admissão dos eleitos.

Convém que se celebre o rito da eleição na igreja catedral ou noutra igreja, conforme as
necessidades pastorais, na Missa do I Domingo da Quaresma. No caso de este rito se celebrar
fora do I Domingo da Quaresma, iniciar-se-á pela liturgia da Palavra. Neste caso, se as leituras
do dia não condisserem com o rito, escolher-se-ão outras de entre as que vêm indicadas para o
I Domingo da Quaresma, ou outras adequadas.

A Preparação da celebração, os ritos iniciais e a liturgia da Palavra até ao Evangelho


inclusive, fazem-se como de costume. A homilia, adaptada às circunstâncias, tenha em conta,
não só os catecúmenos, mas também a comunidade dos fiéis.

Terminada a homilia e omitido o símbolo, o sacerdote encarregado da iniciação dos


catecúmenos ou um catequista ou um delegado da comunidade, faz ao sacerdote à apresentação
dos candidatos, com as palavras indicadas no Ritual Romano ou com outras semelhantes.

Feita a apresentação, o sacerdote manda fazer a chamada dos candidatos. Chama-se,


então, cada um pelo seu nome; e um por um, acompanhado do respectivo padrinho, aproxima-
se e coloca-se diante do sacerdote.

Depois de os candidatos se terem aproximado todos, o sacerdote pede o testemunho dos


padrinhos e interroga os catecúmenos quanto à sua vontade de se aproximarem dos
sacramentos da Iniciação. Por fim, convida os catecúmenos a inscreverem o seu nome.

Enquanto se inscreve o nome dos candidatos, executa-se um canto apropriado, por ex.,
o Salmo 15. Terminada a inscrição dos nomes, o sacerdote proclama a sua eleição para

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receberem os sacramentos na Páscoa. Depois, convida os padrinhos a pôr a mão no ombro dos
candidatos que tomam ao seu cuidado ou a fazer outro gesto que tenha o mesmo significado.

Por fim, o sacerdote profere a monição introdutória, preces pelos eleitos, enuncia as
intenções; e de mãos estendidas sobre os eleitos, conclui as preces com a oração.

Terminada as preces, o sacerdote despede os eleitos e, com os fiéis, procede à celebração


da Eucaristia.

Se houver razões graves para os eleitos não se retirarem e tenham, por isso, de ficar com
os fiéis, haja o cuidado de que, embora assistam à Eucaristia, não participem nela com se já
fossem batizados.

Se o rito da “eleição”, ou “inscrição do nome”, for celebrado fora da Missa, após a


entrada na igreja, ou em outro lugar adequado onde se vai realizar o rito, faz-se a celebração
da Palavra de Deus, escolhendo as leituras de entre as do Lecionário da Missa ou outras
apropriadas. Tudo o mais cumpre-se como ficou dito acima. O rito termina com canto
apropriado e com a despedida de todos juntamente com os catecúmenos.

RITOS DAS “ENTREGAS”

Completada a instrução dos catecúmenos, ou decorrido tempo conveniente depois de


começada, porém sempre após o Rito da Eleição, celebram-se as “entregas”, pelas quais a Igreja
entrega aos catecúmenos, em grande gesto de amor, os “documentos”, que desde os tempos
antigos, são considerados como o compêndio da sua fé e da sua oração.

É para desejar que as “entregas” se façam na presença da comunidade dos fiéis, após a
liturgia da Palavra de Missa feiral, com leituras condizentes com cada uma dessas mesmas
“entregas” e que vêm no Lecionário.

A Missa celebra-se com paramentos roxos, na forma de costume, até ao versículo antes
do Evangelho inclusive.

Para a “entrega” da oração dominical, o sacerdote, antes da leitura do Evangelho,


convida os eleitos a aproximarem-se. Estando de pé diante dele, o sacerdote servindo-se da
leitura do Evangelho segundo São Mateus, proclama a oração dominical, proferindo, antes de
começar a leitura, a monição: “Ides ouvir”, ou outra semelhante.

Na “entrega” do Símbolo, lê-se o Evangelho na forma de costume.

Segue-se a homilia, na qual o sacerdote, baseado no texto sagrado, expõe o sentido e a


importância do Símbolo ou da Oração dominical, quer relativamente à catequese já recebida,
quer à prática da vida cristã.

Na “entrega” do Símbolo, terminada a homilia, o sacerdote convida os eleitos a


aproximarem-se; estando de pé diante dele, o sacerdote após a monição: “caríssimos eleitos”,
ou outra semelhante, recita o Símbolo com toda a comunidade, enquanto os eleitos escutam.

Feito isso, de pé, o sacerdote convida os fiéis a orar e, após breve oração em silêncio,
recita a prece sobre os eleitos, de mãos estendidas sobre eles.

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Terminada a oração, despede os eleitos e procede à celebração da Eucaristia com os fiéis.
No caso de os eleitos terem de ficar com os fiéis, haja o cuidado de que, embora assistam à
Eucaristia, não participem nela como se já fossem batizados.

A Missa continua como de costume. Na Oração eucarística, faz-se memória dos eleitos e
dos padrinhos.

CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO (Batismo + Comunhão)

Além do que é necessário para a celebração da Missa comum, preparar-se-á: recipiente


com água, óleo dos catecúmenos, santo crisma, vela batismal, círio pascal, Ritual Romano,
cálice de tamanho suficiente para a Comunhão sob as duas espécies, jarro com água, bacia e
toalha para lavar e limpar as mãos.

A celebração da Iniciação revestirá sempre caráter pascal, mesmo quando se realiza fora
da Vigília pascal.

Na administração dos sacramentos, seguir-se-á o que ficou indicado no item 5.4 “Tabela
dos Dias Litúrgicos”. Os outros ritos complementares são executados pelo presbítero.

Omitido o Símbolo, a Missa prossegue como de costume. Enquanto se executa o canto


das oferendas.

Convém que os neófitos recebam a sagrada comunhão sob as duas espécies. Podem
igualmente recebê-la os pais, os padrinhos, os catequistas e os parentes.

TEMPO DE MISTAGOGIA

A fim de estabelecer contato pastoral com os novos membros da sua Igreja, sobretudo
quando não lhe tenha sido possível presidir ele próprio aos sacramentos da Iniciação cristã,
procure o sacerdote reunir os neófitos ao menos uma vez, de preferência num dos domingos
da Páscoa ou no aniversário do Batismo, e ele próprio presida à celebração da Eucaristia, na
qual os neófitos podem receber a comunhão sob as duas espécies.

RITO SIMPLIFICADO DA INICIAÇÃO

Rito de casos excepcionais, em que se tenha de presidir à Iniciação cristã de adulto


segundo o Rito simplificado, quer dizer, celebrada de uma só vez do Batismo à Confirmação.

B. BATISMO DE CRIANÇAS

Para a celebração do Batismo, preparar-se-á:


- Um recipiente com água;
- Óleo dos catecúmenos;
- Óleo do Santo crisma;
- Vela batismal;
- Círio pascal;
- Ritual Romano;
- Jarra com água, bacia e toalha para lavar as mãos.

É o presbítero quem recebe as crianças e executa os ritos que precedem a liturgia da


Palavra; diz, depois, a oração de exorcismo e faz a unção pré-batismal, bem como, depois do
Batismo, a unção com o crisma, a imposição da veste, a entrega da vela acesa e o rito do Éfeta.

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CELEBRAÇÃO DO BATISMO DENTRO DA MISSA

O sacerdote reveste-se com paramentos brancos ou de cor festiva, requeridos para a


Missa. Se for administrada a comunhão sob as duas espécies, preparar-se-á um cálice de
tamanho suficiente.

A entrada na igreja faz-se como de costume, porém à porta da igreja, é onde faz-se os
ritos da recepção das crianças, como vem descrito no Ritual do batismo das crianças.

Omite-se ato penitencial, segue-se de costume até a homilia. Omite-se o Símbolo, uma
vez que virá depois a profissão de fé, por parte dos pais e padrinhos, profissão esta a que o
sacerdote dá o seu assentimento, juntamente com toda a comunidade presente.

Terminada a oração universal, recita-se a oração do exorcismo e faz a unção pré-batismal.

Feito isto, faz-se a procissão até ao batistério, se este ficar situado fora da igreja ou longe
da vista dos fiéis.

No caso, porém, de o recipiente com a água batismal estar colocado à vista da assembleia,
o sacerdote, os pais e os padrinhos com as crianças dirigem-se para junto dele, enquanto os
demais ficam nos seus lugares.

Se todos os presentes não couberem no batistério, o Batismo pode celebrar-se noutro


lugar mais apropriado da igreja, onde, no momento oportuno, se colocam os pais e os
padrinhos.

Entretanto, podendo fazer-se com dignidade, executa-se um canto adequado, por ex., o
Salmo 22. Na procissão para o batistério, os batizados com os pais e os padrinhos, vão atrás do
sacerdote.

Chegados junto da fonte batismal, ou ao lugar onde se vão realizar os ritos do Batismo,
o presidente faz uma introdução a esta parte da celebração, recordando aos presentes, em
breves palavras, o admirável desígnio de Deus, que se dignou santificar, por meio da água, a
alma e o corpo do homem.

Em seguida, voltado para a fonte batismal, profere a bênção da água, correspondente ao


tempo. Depois interroga os pais e os padrinhos sobre a renúncia a Satanás e a profissão de fé.

Terminado o interrogatório, batiza as crianças. A seguir faz a unção com o crisma, impõe
a veste branca, entrega a vela acesa e executa o rito do Éfeta.

Depois disto, se o Batismo não se tiver realizado no próprio presbitério, faz-se a


procissão em direção ao altar; batizados, pais e padrinhos seguem o sacerdote, com as velas dos
batizados acesas.

Em seguida, omitido o Símbolo, prossegue a Missa como de costume.

Pais, padrinhos e parentes podem receber a comunhão sob as duas espécies.

Para a bênção no fim da Missa, as mães, com os filhos nos braços, e os pais vão colocar-
se diante do sacerdote. Este, voltado para eles, de pé, dá a benção.

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CELEBRAÇÃO DO BATISMO FORA DA MISSA

O presbítero veste sobrepeliz sobre o hábito talar, ou alva e estola; e o pluvial.

A entrada na igreja faz-se na forma habitual, assim como o rito de recepção das crianças
à porta. Tudo o mais se faz como acima ficou descrito. Exceto pela Liturgia Eucarística.

C. CONFIRMAÇÃO

O ministro ordinário da Confirmação é o Bispo. Este sacramento, por


geralmente, é administrado por ele pessoalmente, para uma mais clara referência
à primeira efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes, visto que, depois de
terem sido repletos do Espírito Santo, os próprios Apóstolos o transmitiram aos
fiéis mediante a imposição das mãos. Deste modo, a recepção do Espírito Santo
pelo ministério do Bispo significa o vínculo mais estreito que liga os confirmados à Igreja, e
bem assim o mandamento recebido de dar testemunho de Cristo perante os homens.

Por uma causa grave, como acontece por vezes, devido ao grande número de confirmado,
o Bispo pode associar a si presbíteros que administrem este sacramento.

Para a administração da Confirmação, preparar-se-ão:


- As vestes sagradas necessárias para a celebração, segundo se trate do rito dentro da
Missa ou fora da Missa, conforme vem indicando adiante.
- Assentos para sacerdote e os demais ministros;
- Vaso ou vasos com o sagrado crisma;
- Pontifical Romano;
- As coisas necessárias para lavar as mãos, após a unção dos confirmados;
- No caso da Confirmação dentro da Missa com a comunhão sob as duas espécies, um
cálice de tamanho suficiente.

CONFIRMAÇÃO DENTRO DA MISSA

Entrada na igreja, ritos iniciais e liturgia da Palavra até ao Evangelho, como de costume.

Proclamado o Evangelho, os confirmados são apresentados, por um catequista, ou


conforme o costume de cada região, deste modo: os confirmandos, podendo ser, são chamados
um por um pelos seus nomes, e vão-se dirigindo para o presbitério; as crianças são levadas por
um dos padrinhos ou pelo pai ou pela mãe; e põem-se todos em frente sacerdote. No caso de
os confirmandos serem muito numerosos, não são individualmente chamados; mas dispõem-
se em lugar conveniente.

Então o celebrante profere breve homilia, na qual, comentando as leituras bíblicas,


procura levar os confirmandos, seus padrinhos e pais, e toda a assembleia dos fiéis à
compreensão mais profundo do mistério da Confirmação.

Terminada a homilia, o sacerdote interroga os confirmandos, que continuam todos de


pé, pedindo-lhes que renovem as promessas do batismo, e no fim proclama a fé da Igreja à
qual toda a assembleia dá o seu assentimento mediante aclamação ou canto apropriado.

Em seguida, o sacerdote diz a monição: “Roguemos, caros irmãos”, depois da qual todos
oram em silêncio por uns momentos. Aproxima-se o ministro com o vaso ou vasos de santo
crisma.
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Depois, os candidatos aproximam-se do presbítero, aquele que apresentou o
confirmando põe a mão direita sobre o ombro dele e diz ao sacerdote o nome do mesmo, ou
então pode o confirmando dizer espontaneamente o seu nome.

O sacerdote molha a extremidade do polegar da mão direita no crisma e faz com o


mesmo polegar o sinal da cruz na fronte do confirmando, proferindo a fórmula sacramental. E
depois de o confirmando responder Amém, acrescenta: A paz esteja contigo, ao que o
confirmado responde: e contigo também.

Durante a unção, pode-se entoar um canto apropriado.

Terminada a unção, o sacerdote lava as mãos. Em seguida, profere a monição


introdutória à oração universal e recita a oração conclusiva.

Omite-se o Símbolo, visto já se ter feito a profissão de fé. E a Missa prossegue como de
costume.

Para a bênção no fim da Missa, os recém-confirmados postam-se diante do sacerdote. E


este, de pé, diz: “O Senhor esteja convosco”.

CONFIRMAÇÃO FORA DA MISSA

O presbítero vai revestidos de sobrepeliz por cima do hábito talar, ou de alva e estola e,
eventualmente, pluvial de cor branca. Os outros ministros, vestes brancas, ou outras
legitimamente aprovadas.

Reunidos os confirmandos, seus pais e padrinhos, bem como toda a comunidade dos
fiéis, e enquanto se executa um canto adequado, o sacerdote e ministros dirigem-se para o
presbitério. Reverencia-se o altar, saúda o povo, e logo em seguida recita a oração: “Ó Deus de
poder e misericórdia”.

A celebração da Palavra, a apresentação dos candidatos, a homilia e demais ritos


realizam-se como ficou descrito acima.

Ressalta-se que a Missa, leituras e cor a se usar na celebração deve seguir a orientação
feita no item 5.4 “Tabela dos Dias Litúrgicos”.133

133 CB § 404 – 477; SC § 64 – 71.

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21. GUIA - CELEBRAÇÕES DOS SACRAMENTOS
DO MATRIMÔNIO
Para esta celebração preparar-se-á tudo o que é requerido para o matrimônio abençoado
por um sacerdote.

A. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO DENTRO DA MISSA

O sacerdote e os demais ministros revestem-se dos paramentos sagrados


requeridos para a Missa.

Além das coisas requeridas para a celebração da Missa, preparar-se-á:


- Ritual Romano;
- Caldeirinha com água benta e aspersório;
- Alianças para os esposos;
- Cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob as duas espécies.

À hora marcada, o sacerdote recebe os noivos, conforme os casos, à porta da igreja ou


junto do altar; saúda-os e os conduz aos lugares preparados para eles.

Enquanto isso, executa-se o canto de entrada.

Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra fazem-se como de costume. Terminada a homilia,


o sacerdote, diante dos noivos, interroga-os sobre as suas disposições no respeitante à
liberdade, fidelidade, aceitação e educação da prole, e recebe o seu consentimento, benze as
alianças, que poderá aspergir, e entrega-as aos noivos que as põem no dedo um do outro.

Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas e faz-se a oração universal como de costume.

No fim do Pai-nosso, e omitido o Livrai-nos, o sacerdote, de pé, voltado para os esposos,


diz, de mãos juntas, a monição “Irmãos caríssimos, roguemos a Deus”; e todos oram em
silêncio durante uns momentos. A seguir, de mãos estendidas, profere uma das fórmulas de
bênção sobre os esposos: “Ó Deus todo-poderoso”.

Os esposos, seus pais, testemunhas e parentes podem receber a comunhão sob as duas
espécies.

No fim da Missa, em lugar da bênção costumada, usa-se uma das fórmulas que vêm no
Ritual para esta Missa.

B. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO SEM MISSA

O presbítero veste a sobrepeliz sobre o hábito talar ou alva e estola com o pluvial;

A entrada dos noivos e do celebrante na igreja faz-se como se disse acima acrescentando-
se a oração de coleta.

Segue-se a Liturgia da Palavra, como na Missa.

As perguntas referentes à liberdade, bem como a aceitação do consentimento e entrega


das alianças fazem-se como ficou dito acima.

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Segue-se a oração universal. Terminadas as invocações e omitida a oração conclusiva, o
sacerdote de mãos estendidas, recita a bênção nupcial segundo uma das fórmulas que vêm no
Ritual para esta bênção dentro da Missa. E logo a seguir recita-se a oração dominical.

No caso de se distribuir a comunhão dentro do rito, o sacerdote vai buscar a âmbula com
o Corpo do Senhor; depõe-na sobre o altar e genuflete. Em seguida, o sacerdote introduz à
oração dominical e todos a recitam.

Feito isto, genuflete, toma uma partícula, e com ele um pouco elevada sobre a âmbula,
voltado para os que vão comungar, diz: Felizes os convidados.

A comunhão é distribuída como na Missa.

Distribuída a comunhão, pode-se, conforme os casos, guardar um momento de silêncio


sagrado, ou cantar um salmo ou um canto de louvor. Depois diz a oração: “Tendo participado
da vossa mesa”, como no Ritual, ou outra oração apropriada.

Os ritos finais são como de costume.

Ressalta-se que a Missa, leituras e cor a se usar na celebração deve seguir a orientação
feita no item 5.4 “Tabela dos Dias Litúrgicos”.134

134 CB § 598 – 620; SC § 77

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22. CONCLUSÃO
Em agosto de 2007, o Papa Bento XVI dirige aos acólitos uma mensagem, eis algumas de
suas palavras:

“Queridos Acólitos, na realidade vós já sois apóstolos de Jesus! Quando participais na Liturgia
desempenhando o vosso serviço no altar, ofereceis a todos um testemunho. A vossa atitude
recolhida, a vossa devoção que parte do coração e se exprime nos gestos, no canto, nas respostas:
se o fizerdes do modo justo e sem distrações, de um modo qualquer, então o vosso é um
testemunho que toca os homens. O vínculo de amizade com Jesus tem a sua fonte e o seu ápice
na Eucaristia. Vós estais muito próximos de Jesus Eucaristia, e este é o maior sinal da sua
amizade por cada um de nós. Não vos esqueçais disto; e por isso vos digo: não vos habitueis a
este dom, para que não se torne uma espécie de hábito, sabendo como funciona e fazendo-o
automaticamente, mas descobri todos os dias novamente que se realiza uma coisa grandiosa,
que o Deus vivente está no meio de nós, e que podeis estar próximos dele e contribuir para que o
seu mistério seja celebrado e alcance as pessoas. Se não cederdes ao hábito e desempenhardes o
vosso serviço a partir do vosso íntimo, então sereis verdadeiramente seus apóstolos e dareis
frutos de bondade e de serviço em todos os âmbitos da vossa vida: na família, na escola, no tempo
livre.”

Sejais exemplos para guiar o próximo à Cristo, o Verdadeiro Exemplo. Sejais


colaboradores do ensinamento, corrigindo de forma cristã, porém sempre buscando conhecer
mais a Santa Igreja e seus ritos. Estudando e conhecendo Cristo, se tornarás mais próximo dele,
um amigo.

O Senhor nos abençoe e nos guarde!

O Senhor nos mostre a sua face e conceda-nos sua graça!

O Senhor volva o seu rosto para nós e nos dê a paz”

(Num. 6,22-26).

† Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo

Amém!

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23. BIBLIOGRAFIA
II Concílio Ecumênico do Vaticano. Constituição Conciliar SACROSANCTUM
CONCILIUM sobre a Sagrada Liturgia. Vaticano, 1963.

Bíblia Sagrada. 88ª Ed., São Paulo: Ave Maria, 2011.

CNBB. Cerimonial dos Bispos. 1ª Ed. São Paulo: Paulus, 1988.

Sagrada Congregação para o Culto Divino. Missal Romano, 1ª Ed. Roma: Paulus, 2002.

Sagrada Congregação para o Culto Divino. Instrução Redemptionis Sacramentum, 1ª Ed.


Roma: 2004.

Aquino, Professor Felipe. Canção Nova, 2012. Disponível em:


https://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2012/05/06/o-que-e-cardeal-bispo-arcebispo-
conego-monsenhor/. Acesso em: 03 fevereiro de 2022.

Wiki Canção Nova. Canção Nova, 2010. Disponível em:


http://wiki.cancaonova.com/index.php/O_que_é_um_Papa. Acesso em: 03 fevereiro de
2022.

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