ABRIL DE 2024

ORAÇÃO: UMA
FONTE DE ALIMENTO
ESPIRITUAL

UMA MENSAGEM DIRECIONAR NOSSOS

DO ÉLDER SOARES FILHOS A CRISTO
Deixar que a fome espiritual nos Vale todo o esforço,
coloque de joelhos, p. 4 pp. 12, 20
 B E M - ­V I N D O A E S T A E D I Ç Ã O

Lar — Um santuário de aprendizado

Seja qual for sua situação familiar, o Senhor pode ajudá-­lo a tornar seu
lar um santuário de aprendizado e crescimento espiritual. Quer tenha
filhos ou não, você pode ser uma influência positiva para as pessoas
em sua casa, em um chamado ou para seus parentes.
Em “Ajudar nossa família a andar na luz e na verdade”, o élder
Hugo E. Martinez explica como usar o lar como um centro de apren-
dizado faz toda a diferença. Ele escreve: “Mesmo quando parece que
nossos filhos não estão prestando atenção, você nunca sabe quando
eles estão realmente ouvindo e aprendendo. É por isso que falar
do evangelho de maneira consistente é tão essencial” (página 13).
Merrilee Browne Boyack compartilha conosco três maneiras
de ensinar sobre a família como uma parte fundamental do plano
de Deus em seu artigo “Um firme alicerce: Ensinar às crianças
a proclamação da família” (página 16).
Em meu artigo, “O destino divino de nossos filhos”, escrevo que,
ao conhecerem a Jesus Cristo, nossos filhos reconhecerão sua própria
natureza divina e o amor que Deus tem por eles (página 20).
Convido você a ler esta edição em busca de ideias e inspiração
para fazer parceria com o Senhor no lar e em muitas outras áreas —
uma parceria que abençoará você e seus entes queridos.

W. Justin Dyer, PhD

Universidade Brigham Young

Abril de 2024 1
 ChurchofJesusChrist.org/liahona?lang=por | facebook.com/liahona | Aplicativo Biblioteca do Evangelho
Revista oficial de A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias
Abril de 2024
Vol. 77 Nº 4
Liahona 19283
C A PA
Fotografia:
Leslie Nilsson
A Primeira Presidência: Russell M.
Nelson, Dallin H. Oaks, Henry B. Eyring
O Quórum dos Doze Apóstolos:
Jeffrey R. Holland, Dieter F. Uchtdorf,
David A. Bednar, Quentin L. Cook,
D. Todd Christofferson, Neil L.
Andersen, Ronald A. Rasband, Gary E.
Stevenson, Dale G. Renlund, Gerrit W.
Gong e Ulisses Soares
Editor: Randall K. Bennett
Editor assistente: Ricardo P. Giménez
2 Liahona
SUMÁRIO
4 Alimente sua alma com
orações frequentes
Élder Ulisses Soares
A oração pode fornecer alimento espiritual,
a qualquer hora e em qualquer lugar.
10 A Igreja está aqui
Porto Príncipe, Haiti
12 Ajudar nossa família
a andar na luz e na verdade
Élder Hugo E. Martinez
Como você pode ajudar sua família a
buscar a fonte de toda a verdade?
16 Um firme alicerce: Ensinar às
crianças a proclamação da família
Merrilee Browne Boyack
Ideias para ajudar as crianças a criar
confiança ao expressarem suas crenças
sobre a doutrina da família.
Consultores: Jan E. Newman, Michael T.
Ringwood, Kristin M. Yee
Diretor administrativo: Jason J. Mitchell
Diretor das revistas da Igreja: Adam C. Olson
Gerente da equipe editorial: Lee Gibbons
Gerente comercial: Garff Cannon
Coordenadores: Dillon Boss, Clark Miles
Gerente editorial: Martin Baron
Gerentes editoriais assistentes: Brittany
Beattie, Ryan Carr, C. Matthew Flitton, Mindy Selu
Assistente de publicação: Nancy Sutton
“Nosso Pai Celestial
está sempre pronto
para nos ouvir e deseja
que oremos a Ele com
frequência.”
— Élder Ulisses Soares,
página 4
D E S TAQ U E
20 O destino divino de nossos filhos
W. Justin Dyer
Quatro princípios para orientar seus filhos
a alcançar seu potencial.
25 Retratos de fé
Gratidão por trazê-­los
de volta para casa
Gisèle Vanizette
26 Vozes da Igreja
Membros do mundo inteiro contam
histórias inspiradoras de fé.
36 Para os pais
O estado abençoado e feliz
38 Envelhecer com fé
Por que servimos?
Christy Monson
Editores associados: Garrett H. Garff, Chakell Wardleigh Herbert, Diretor de impressão: Steven T. Lewis
Michael R. Morris, Alison R. Wood Diretor de distribuição: Nelson Gonzalez
Estagiárias editoriais: Alyssa Nicole Bradford, Kate Noel Giles, Diretor geral: Alex Dantas
Emma Hebertson Produção gráfica: Leni Jardim
Diretor de arte: Michael Dunford Editora-chefe: Patricia Corrêa
Designers: Ira Glen Adair, Fay P. Andrus, Julie Burdett, José Chavez, Responsável pela tradução: Larissa
David Green, Bryan W. Gygi, Colleen Hinckley Grahl
Estagiária de diagramação: Rachel Richardson Distribuição: Marco Aurelyo Garcia
Gerente de produção: Ammon Harris Endereço para correspondência:
Produção: Evany Pace, Marrissa M. Smith, Christopher Walker, Liahona, Fl. 23, 50 E. North Temple St.,
Derek Washburn Salt Lake City, UT 84150-­0023, EUA.
 J O V E N S A D U LTO S MAIS NOVOS ARTIGOS
DA L I A H O N A CO N E C TA R
30 Deixar a tradição para trás
Todos os meses, você pode encontrar Encontre outras
e confiar no Senhor
mais artigos da Liahona no site liahona edições da revista em
Samukelisiwe e Phindile Mkhize ChurchofJesusChrist
.ChurchofJesusChrist.org ou no aplicativo
Como podemos seguir o Pai Celestial .org/liahona?lang=por.
Biblioteca do Evangelho. Os tópicos
e respeitar nossa família e cultura? Utilize o link daquela
rotativos incluem histórias de membros
e ideias para o Vem, e Segue-­Me, adultos página para enviar
34 Três coisas que Cristo nos perguntas, comentários
ensina sobre relacionamentos solteiros, paternidade/maternidade,
ou experiências.
Jessica Anne Lawrence lidar com os desafios da vida com
O exemplo de Cristo pode nos fé e muito mais. Você pode entrar
ajudar a criar relacionamentos em contato conosco
belos e duradouros. P U B L I C AÇ ÃO S E M A N A L pelo e-­mail liahona@
PA R A J O V E N S A D U LTO S ChurchofJesusChrist.org
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­ E Encontre mais artigos para jovens seguinte endereço:
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40 Jacó 5; Jarom 1; Mosias 3 jovens adultos, que se encontra na 50 E. North Temple Street
Artigos que ajudam em seu estudo Biblioteca do Evangelho, na seção Salt Lake City, Utah
do Livro de Mórmon. Revistas ou em Adultos > Jovens adultos. 84150-­0023, EUA
44 Receber revelação até que
NOTIFICAÇÕES DO
nossa fé se torne inabalável
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Mark A. Mathews DO EVANGELHO
O que podemos fazer para ouvir Configure seu aplicativo
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Abril de 2024 3
4 Liahona
 ALIMENTE Élder Ulisses
Soares

SUA ALMA
Do Quórum dos
Doze Apóstolos

COM ORAÇÕES
FREQUENTES

“Ajoelhei-­me
T
odos nós já sentimos fome. A dor da fome
é a maneira de o corpo nos dizer que precisa

ante o meu de nutrição. E, quando estamos com fome,

sabemos o que precisamos fazer: comer.

Criador Nosso espírito também tem maneiras de nos

informar quando precisamos de alimento espiritual. No
entanto, parece que é mais fácil para nós simplesmente Precisamos
e clamei-­lhe, em
ignorar a fome espiritual do que a fome física. do alimento
fervorosa oração” Assim como há muitas variedades de alimentos
espiritual que
que podemos comer quando estamos com fome,
(Enos 1:4). também há várias coisas que podemos fazer para obtemos ao nos
saciar nossa fome espiritual. Por exemplo, podemos comunicarmos
“[banquetear-­nos] com as palavras de Cristo” (2 Néfi com nosso Pai
FOTOGRAFIA DO ATOR REPRESENTANDO ENOS: MATT REIER

32:3) nas escrituras e com as palavras dos profetas.

Podemos frequentar a igreja regularmente e participar
Celestial, uma
do sacramento (ver Doutrina e Convênios 59:9). bênção sempre
Podemos servir a Deus e a Seus filhos (ver Mosias 2:17). disponível
Mas há outra fonte de alimento espiritual disponível
para nós a qualquer hora, em todos os momentos da
para nós, em
vida, sejam quais forem as circunstâncias. Podemos qualquer lugar.
sempre nos comunicar com o Pai Celestial por
meio da oração.

Abril de 2024 5
 “Minha alma ficou faminta”
Enquanto o profeta Enos caçava animais na floresta, ele pensou
“nas palavras que frequentemente ouvira de [seu] pai sobre a vida
eterna e a alegria dos santos”. Essas palavras “[penetraram-­lhe]
profundamente o coração” (Enos 1:3).
Por causa desse estado mental espiritual em que Enos se
encontrava, ele sentiu uma grande necessidade: “Minha alma
ficou faminta”, disse ele (Enos 1:4; grifo do autor).
O que Enos fez quando sentiu essa fome espiritual, essa
necessidade de alimento espiritual? “Ajoelhei-­me ante o meu
Criador”, disse ele, “e clamei-­lhe, em fervorosa oração e súplica,
por minha própria alma” (Enos 1:4).
Quando perguntei ao Tão grande era a fome espiritual de Enos que ele orou “o dia
inteiro (…) e depois de ter anoitecido, [continuou] a elevar a [sua]
Senhor se o evangelho voz até que ela chegou aos céus” (Enos 1:4). Por fim, Deus respondeu
à sua oração e perdoou seus pecados. Enos sentiu sua culpa ser
era verdadeiro, apagada. Mas seu alimento espiritual não parou por aí.

um sentimento Ele aprendeu sobre o poder da fé em Jesus Cristo e implorou com

toda a sua alma em favor de seu povo — até mesmo de seus inimi-
cálido tocou gos. Enos fez convênios com o Senhor e sabia que Suas promessas
seriam cumpridas. Depois de sua fervorosa oração, Enos andou
meu coração — entre o povo, profetizando e testificando das coisas que tinha visto
e ouvido. (Ver Enos 1:5–19.)
aquela voz mansa Nem todas as orações serão respondidas de maneira tão espetacular,
mas nossas experiências com a oração ainda podem ser significativas
e delicada. e mudar nossa vida. Podemos aprender algumas lições importantes
com a experiência de Enos com a oração. Por exemplo:
• Esforçar-­nos para viver plenamente o evangelho pode nos
ajudar a perceber nossa fome espiritual.
• A fome espiritual pode e deve nos colocar de joelhos para
buscar o auxílio do Pai Celestial.
• Orar a Deus pode ajudar a satisfazer nossa fome espiritual
e muito mais.
• Podemos orar quando e onde quisermos.
• A oração pode nos ajudar a nos arrepender.
• A oração pode fortalecer nossa fé em Jesus Cristo.
• Podemos receber um testemunho pessoal de que nosso
Pai Celestial nos ouve e está ciente de nós.
• O testemunho e a força que recebemos por meio da oração
podem nos ajudar a servir a outras pessoas e fortalecê-las.

6 Liahona
Minha experiência com o poder da oração
Como Enos, aprendi algumas dessas
mesmas lições com minhas próprias
experiências. Meus pais se tornaram
membros de A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias quando eu era
criança, e fui batizado aos 8 anos de idade.
Sempre tive um sentimento bom e cálido
em meu coração sobre o Pai Celestial e Jesus
Cristo, Seu evangelho restaurado e Sua
Igreja. Mas foi apenas quando eu tinha quase
16 anos que comecei a orar sobre a verdade
dessas coisas.
Meu bispo inspirado pediu-­me que
ensinasse em uma classe de jovens da Escola
Dominical. Eu deveria ensinar uma lição
sobre como podemos obter um testemunho
do evangelho por meio da oração. Essa
designação do meu bispo fez com que eu
pensasse mais profundamente a respeito do
meu próprio testemunho. Ao estudar o Livro
de Mórmon, sempre senti que a Igreja era
verdadeira. Sempre acreditei no Salvador
Jesus Cristo, mas nunca tinha levado a sério
a promessa de Morôni que se encontra em
Morôni 10:4–5. Eu nunca tinha orado sobre
a veracidade do evangelho.
Lembro-­me de sentir em meu coração
que, se eu fosse ensinar a esses jovens como
obter um testemunho por meio da oração,
eu mesmo deveria orar por um testemunho.
Minha alma ficou faminta — talvez de uma
maneira diferente da de Enos, mas eu sentia
uma necessidade espiritual.
Enquanto preparava a lição, ajoelhei-­me
e ofereci o desejo de meu coração ao Pai Uma oração cuja resposta o élder Soares recebeu quando jovem permitiu
que ele testificasse — como missionário (acima), pai, marido e apóstolo — que
Celestial de confirmar a verdade que sentia o Pai Celestial responde às orações oferecidas com fé.
dentro de mim. Eu não esperava nenhuma
grande manifestação. Mas, quando perguntei
ao Senhor se o evangelho era verdadeiro,
um sentimento cálido tocou meu coração —
aquela voz mansa e delicada confirmando-­me

Abril de 2024 7
 que ele era verdadeiro e que eu deveria
continuar o que estava fazendo.
O sentimento era tão forte que eu
nunca poderia desconsiderar essa resposta
e dizer que não sabia. Passei o dia inteiro
me sentindo tão feliz! Minha mente estava
no céu, contemplando o belo sentimento
em meu coração.
No domingo seguinte, na frente dos
meus três ou quatro colegas de classe, todos
mais jovens do que eu, testifiquei que o Pai
Celestial responderia às suas orações se eles
tivessem fé.
A partir daquele momento, esse testemu-
nho ficou gravado em mim. Ele me ajudou a
tomar decisões, especialmente em momen-
tos em que enfrentei desafios. Aquela oração
naquele dia, junto com outros testemunhos
que recebi ao longo dos anos, permitiu-­me
testificar às pessoas, com convicção, de que
elas podem obter respostas do Pai Celestial
se orarem com fé. Isso tem provado ser
verdade, pois testifiquei como missionário,
como líder da Igreja, como pai e marido e,
até os dias de hoje, como apóstolo.

O “quando” e “o quê” da oração

É claro que não devemos orar apenas
quando sentimos uma necessidade espiritual
especialmente intensa. Então, quando deve-
mos orar? E pelo que devemos orar? A res-
posta curta é: em qualquer momento e por

ILUSTRAÇÃO DE JOSEPH SMITH: WALTER RANE, REPRODUÇÃO PROIBIDA

qualquer coisa.
Deus é nosso Pai Celestial. Saber
disso muda a forma como oramos. O
profeta Joseph Smith ensinou: “Com um
conhecimento de Deus, começamos a saber
como nos dirigirmos a Ele e como perguntar
de modo a obter resposta. (…) Quando
estivermos prontos para achegar-­nos a Ele,
Ele estará pronto para achegar-­Se a nós”.1

8 Liahona
 Nosso Pai Celestial está sempre pronto para nos ouvir e deseja
que oremos a Ele com frequência. Devemos nos aconselhar com
o Senhor em tudo que fizermos (ver Alma 37:37) e orar de manhã,
ao meio-­dia e à noite. Devemos orar em casa, no trabalho, na escola
— em qualquer lugar em que estejamos e em qualquer situação
(ver Alma 34:17–26).
Devemos orar em nossa família (ver 3 Néfi 18:21). Devemos orar
“em voz alta e em [nosso] coração, em público e em particular”
(Doutrina e Convênios 81:3). E, “quando não [clamamos] ao Senhor,
[deixemos] que se encha [nosso] coração, voltado continuamente
para ele em oração pelo [nosso] bem-­estar, assim como pelo
bem-­estar de todos os que [nos] rodeiam” (Alma 34:27). Devemos
sempre orar ao Pai em nome de Jesus Cristo (ver 3 Néfi 18:19–20).

Achegar-­se ao nosso Pai Celestial

Nossas
Nosso Pai Celestial quer nos abençoar. E Ele o fará — se pedirmos.
O profeta Joseph Smith ensinou: “Lembrem-­se de que, sem pedir,
orações
nada podemos receber; portanto, peçam com fé e receberão as regulares
e frequentes
bênçãos que Deus considerar adequadas para conceder-­lhes”.2
Nossas orações frequentes são uma parte essencial de uma
dieta equilibrada de alimento espiritual para nossa alma faminta.
A comunicação com o Pai Celestial por meio da oração está
são uma parte essencial
acessível e é sempre bem-­vinda em todo lugar.
de uma dieta equilibrada
Uma de minhas escrituras favoritas ensina como devemos nos
aproximar do Pai Celestial quando nos ajoelhamos para orar: de alimento espiritual
“Sê humilde; e o Senhor teu Deus te conduzirá pela mão, e te dará
resposta às tuas orações” (Doutrina e Convênios 112:10). Se formos para nossa alma faminta.
humildes e obedientes, o Pai Celestial estará ao nosso lado. Ele nos
guiará pela mão. Ele vai nos inspirar sobre onde ir e o que fazer. Ele
responderá às nossas orações de acordo com Sua vontade, maneira,
Seu tempo e conhecimento absoluto do que é bom para nós.
Devemos nos lembrar disso e valorizar as oportunidades de
nos aproximarmos do trono de Deus e receber Suas bênçãos. ◼
NOTAS
LUZ DO MUNDO, DE WALTER RANE, REPRODUÇÃO PROIBIDA

1. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2011, p. 44.

2. Ensinamentos: Joseph Smith, p. 137.

Abril de 2024 9
 A I G R E J A E S TÁ AQ U I

Porto Príncipe,
Haiti
Alexandre Mourra, o primeiro membro de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias do Haiti, foi ensinado por
missionários e batizado na Flórida, EUA, em 1977. Ele voltou
ao Haiti e compartilhou o evangelho em sua terra natal.
Em julho de 1978, 22 pessoas se filiaram à Igreja, e um ramo
foi criado, tendo o irmão Mourra como presidente. Hoje,
a Igreja no Haiti tem:

24.900 membros
(aproximadamente)

5 estacas, 48 congregações,
1 missão

1 templo em Porto Príncipe

Bênçãos do Dia do Senhor

O irmão Richard Merisma, que mora em Porto Príncipe,
disse: “As escrituras nos ensinam que o Dia do Senhor é um
dia abençoado e santo que Deus criou para renovarmos
nosso relacionamento com Ele. Também é a oportunidade
perfeita para os membros da família passarem um tempo
juntos, aprofundarem seu amor e respeito uns pelos outros
e edificarem sua união”.
FOTOGRAFIA À DIREITA: CORTESIA DA FAMÍLIA MERISMA

Para saber mais, escaneie o código

 Élder Hugo E.
Martinez
Dos setenta

AJUDAR NOSSA
FAMÍLIA A ANDAR
NA LUZ E NA
VERDADE
Estamos ajudando nossa família a se achegar ao Pai
Celestial e ao Salvador e a caminhar continuamente
em direção a Eles?

D
epois de três meses ouvindo os missionários, minha esposa,
Nuria, e eu recebemos um testemunho do evangelho
restaurado de Jesus Cristo. Fomos batizados em 1982.
Não tínhamos filhos na época, mas aprendemos a importância
de ter filhos e ensinar-­lhes o evangelho.
O Senhor disse a Adão para ensinar a seus filhos que “todos
os homens, em todos os lugares, devem arrepender-­se, ou de
maneira alguma herdarão o reino de Deus”.
Disse também: “Portanto, dou-­te o mandamento de ensinares
estas coisas liberalmente a teus filhos, dizendo:
(…) Tereis de nascer de novo no reino do céu, da água
e do Espírito, sendo limpos por sangue, sim, o sangue de
meu Unigênito; para que sejais santificados de todo pecado
e desfruteis as palavras da vida eterna neste mundo e a vida
eterna no mundo vindouro. (…)
E agora, eis que te digo: Este é o plano
de salvação para todos os homens”
(Moisés 6:57–59, 62).
Nuria e eu criamos cinco filhos e fomos
abençoados com 14 netos. Descobrimos
que este ensinamento dos profetas, viden-
tes e reveladores modernos é verdadeiro:
“A felicidade na vida familiar é mais prová-
vel de ser alcançada quando fundamentada
nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo”.1
Criar um lar e uma família
centrados em Cristo
De muitas maneiras, Nuria e eu fomos
pioneiros na Igreja na região onde

12 L i a h o n a
 morávamos em Porto Rico. Tudo era novo para nós.
Descobrimos cedo que a noite no lar seria importante
para criar nossas três filhas e dois filhos.
Às vezes, nós nos perguntávamos se isso fazia muita
diferença. Lembro-­me de que um de nossos filhos
colocava a cabeça no sofá, com os pés para cima. Nós
olhávamos para ele e nos perguntávamos: “Ele está
aprendendo alguma coisa?”
Mesmo quando parece que nossos filhos não estão
prestando atenção, você nunca sabe quando eles estão
realmente ouvindo e aprendendo. É por isso que falar
do evangelho de forma consistente é tão essencial.
ILUSTRAÇÃO: CASEY NELSON
Há alguns anos, nossa família foi a uma feira com
um parque de diversões. Aproveitamos o passeio até
o anoitecer. A caminho do carro para voltarmos para
casa, coloquei a mão no bolso e percebi que as chaves do
carro, da casa e do meu escritório haviam desaparecido!
O parque de diversões estava cheio de pessoas, mas
encontramos um local tranquilo (o mais silencioso possível
durante uma feira movimentada) e juntos oramos para
que as chaves fossem encontradas. Em seguida, caminha-
mos pela feira e procuramos as chaves que haviam sumido.
Conforme seguimos em frente, vimos um policial.
Pensamos que talvez alguém tivesse encontrado
nossas chaves e as tivesse entregado a ele. Nós nos
aproximamos do policial e perguntamos: “Perdemos
nossas chaves. Por acaso você está com elas?”
Ele perguntou se éramos membros de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Um pouco
confuso com essa pergunta, respondi: “Sim”.
Abril de 2024 13
 O policial então me pediu para descrever as chaves.
Eu fiz isso e ele me disse que estava com elas.
“Por que você perguntou se éramos membros da
Igreja?”, perguntei enquanto ele me entregava as chaves.
“Porque você tem um frasco de óleo no seu chaveiro”,
disse ele. “Meu pai tem um igual a esse. Ele é membro
da sua Igreja.”
Experiências como essa abençoaram nossa família
de maneira a confiar no Pai Celestial e a saber que
o Salvador está conosco e que nos ajudará.
Criar um lar e uma família centrados em Cristo,
segundo o presidente Russell M. Nelson, exige que “os
pais levem a sério seu compromisso de serem […] retos
e diligentes”.2 Nossos filhos podem saber quão significa-
tivo o evangelho de Jesus Cristo é para nós ao nos esfor-
çarmos ao máximo para vivê-­lo “em todos os momentos
e em todas as coisas e em todos os lugares” (Mosias 18:9).
Vale a pena todo esforço
Quando nossa filha mais velha começou a frequentar
o seminário, Nuria a levava bem cedo de manhã, e eu
ficava cuidando das outras crianças. Eu as ajudava a se
arrumarem, tomávamos o desjejum e depois eu as levava
para a escola.
Depois de um tempo, pensei: “O seminário não está
dando certo! A família está dividida. Não estamos todos
juntos na primeira refeição da manhã”.
Pensei assim até que, certa noite, vi minha filha
estudando as escrituras por conta própria. Fiquei muito
feliz e grato por ter me tornado alguém que acreditava
no seminário! Algum tempo depois, Nuria foi chamada
para ensinar no seminário matutino. Quando ela entrou
na faculdade de direito, assumi esse chamado e ensinei
por seis anos. Às vezes, era um sacrifício, mas tive
a bênção de ensinar todos os nossos filhos no seminário.
A vida pode se tornar caótica às vezes, mas ajudar
nossa família a andar na luz e na verdade vale o esforço
— o maior esforço que pudermos fazer. Em tudo o que
fizermos, devemos mostrar à nossa família que o evan-
gelho é mais do que apenas palavras. É o que vivemos
todos os dias. Você nunca sabe como seus esforços aben-
çoarão sua família nos anos que estão por vir.
14 L i a h o n a
Não precisamos ser perfeitos
Nuria e eu demos o nosso melhor para ensinar nossa
família, como Leí ensinou a seus filhos, a “despertar”
e “[cingir] a armadura da retidão” (2 Néfi 1:23), mas
certamente nem sempre fomos perfeitos em nossos
esforços. Cometemos erros ao longo do caminho.
Gosto destas palavras do élder James R. Rasband,
dos setenta: “Como qualquer pai pode testificar, a dor
associada a nossos erros não é simplesmente o medo
de nossa própria punição, mas o medo de que tenhamos
limitado a alegria de nossos filhos ou, de algum modo,
impedido que eles vejam e compreendam a verdade.
A promessa gloriosa do sacrifício expiatório do Salvador
é que, no que diz respeito a nossos erros como pais,
Ele não culpa nossos filhos e promete cura para eles. E,
mesmo quando eles pecarem contra a luz — assim como
todos nós —, Seu braço de misericórdia estará estendido,
e Ele os redimirá se apenas olharem para Ele e viverem”.3
Direcioná-­los a Cristo
Os jovens e os jovens adultos, solteiros ou casados,
enfrentarão muitos questionamentos. Eles podem olhar
para a história ou a doutrina da Igreja e ter perguntas
ou dúvidas. A Igreja tem muitos recursos confiáveis
para ajudá-­los a encontrar respostas, inclusive o Vem,
e Segue-­Me, as revistas da Igreja, o livro Santos e o Força
dos Jovens: Um Guia para Fazer Escolhas. E, por fim, eles
têm as escrituras e as palavras dos profetas e apóstolos
modernos para aumentar sua fé em Jesus Cristo.
Se você pensar no evangelho como uma árvore,
as folhas e os galhos podem representar a história ou
as normas da Igreja. Embora importantes, elas não
dão vida à árvore. As raízes, no entanto, prendem
a árvore no solo, mantêm-­na reta e estável e absorvem
água, minerais e nutrientes para fortalecer e nutrir
toda a árvore. O Pai Celestial e Jesus Cristo são a raiz
da árvore do evangelho. Sem Eles, nada permanece
ou prospera.
Como pais, avós ou parentes, devemos sempre ajudar
o próximo a buscar a fonte de toda a verdade. Estamos
ensinando nossa família a se achegar ao Pai Celestial e ao
Salvador e a caminhar continuamente em direção a Eles?
Não há maior alegria
O apóstolo João declarou: “Não tenho maior alegria do
que esta: de ouvir que os meus filhos andam na verdade”
(3 João 1:4). Apesar de nossos melhores esforços, no
entanto, alguns membros da família podem optar por
deixar o evangelho por algum tempo. Já passamos
por isso em nossa própria família. Encontramos consolo
nesta mensagem do élder David A. Bednar, do Quórum
dos Doze Apóstolos:
“Os pais que honram os convênios do evangelho,
obedecem aos mandamentos do Senhor e servem
fielmente podem influenciar a salvação de seus filhos
e filhas que se desviam do caminho. (…)
[Eles] podem reivindicar a promessa de divina
orientação e poder por meio da inspiração do Espírito
Santo e dos privilégios do sacerdócio, em seu empenho
de ajudar seus familiares a receber as bênçãos da
salvação e exaltação”.4
Nuria e eu encontramos grande alegria em nossos
filhos e netos. Esperamos que eles se lembrem das
“palavras que frequentemente [ouviram] de [seus pais
e avós] sobre a vida eterna e a alegria dos santos”
(Enos 1:3).
Ajudar nossa família a andar na luz e na verdade nem
sempre é fácil, mas testifico que não há alegria maior
do que vê-­la andar na luz e na verdade do evangelho
de Jesus Cristo. ◼

NOTAS
1. “A Família: Proclamação ao Mundo”, Biblioteca do Evangelho.
2. Russell M. Nelson, “Ao seguirmos adiante juntos”, Liahona, abril
de 2018, p. 5.
3. James R. Rasband, “Assegurar um julgamento justo”, Liahona, maio
de 2020, pp. 13–14.
4. David A. Bednar, “Pais fiéis e filhos rebeldes: Manter a esperança
e desfazer mal-­entendidos”, A Liahona, março de 2014, pp. 16, 19.

Abril de 2024 15
 UM FIRME ALICERCE:

16 L i a h o n a
ENSINAR ÀS CRIANÇAS
A PROCLAMAÇÃO
DA FAMÍLIA
Em um mundo que ensina tantas filosofias diferentes e até inverdades a respeito da família,
devemos ensinar nossos filhos sobre a doutrina da família no plano eterno do Pai Celestial.
H
Merrilee Browne Boyack
á mais de 25 anos, o presidente Gordon B.
Hinckley (1910–2008) leu “A Família: Proclamação
ao Mundo”, na qual a Primeira Presidência e o
Quórum dos Doze Apóstolos declararam corajosamente
verdades claras sobre a família ser fundamental ao plano
de Deus para Seus filhos e Suas filhas.1
Na época, parecia que a maioria do mundo con-
cordava com o que ele dizia. Hoje em dia, muitos dos
princípios que eram tão claros na época estão sendo
questionados. O presidente Dallin H. Oaks, primeiro
conselheiro na Primeira Presidência, explicou: “Como
podemos ver em nossa proclamação da família, os mem-
bros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias são abençoados com uma doutrina singular e com
diferentes maneiras de ver o mundo”.2
Compreender e crer no plano de salvação do Pai
Celestial e no papel central que a família desempe-
nha nesse plano nos proporciona um alicerce sólido.
A música da Primária adverte: “O tolo fez a casa sobre
areia, mas a chuva ali desceu”3 (…) e a casa na areia caiu!
Muitas das filosofias do mundo sobre a família são cons-
truídas sobre a areia ou com base em inverdades, por isso
é importante ficar atento.
Uma coisa fundamental que podemos fazer para
ajudar nossos filhos a superar os desafios dos últimos
dias é ajudá-­los a ter um firme alicerce nas verdades
claramente declaradas na proclamação. Ter uma sólida
compreensão desses princípios e um testemunho de
sua verdade ajudará nossos filhos a manter suas crenças
fundamentais. Em um discurso intitulado “Defensoras
da proclamação da família”, a irmã Bonnie L. Oscarson,
ex-­presidente geral das Moças, pediu corajosamente:
“[Todos] podem ser [defensores] do plano do Senhor
descrito na proclamação da família. Se é o plano
do Senhor, também deve ser nosso plano!”4
Aqui estão algumas ideias que podem ajudar você
a ensinar a seus filhos a importância da família no plano
eterno do Pai Celestial.
Memorização
Uma ótima maneira de ter essas verdades fixadas
na mente de nossos filhos é memorizá-­las. Senti-­me
inspirada pelas crianças da Primária em minha ala
na Califórnia, que memorizaram a proclamação
juntas. Todos os meses, as crianças se levantavam
e recitavam seções da proclamação até que tivessem
memorizado tudo.
Podemos incentivar nossos filhos e netos a memorizar
a proclamação. Pode até haver uma recompensa! Se você
ainda não começou a memorizar, é mais divertido fazer
isso em conjunto!
Ao criarmos nossos filhos no sul da Califórnia durante
toda a turbulência política que desafiava o casamento
tradicional, eles aprenderam bem as palavras: “O
casamento entre homem e mulher foi ordenado por
Deus”. E eles repetiram essas palavras muitas vezes
quando questionados sobre suas crenças.
Abril de 2024 17
 Ter essas palavras firmemente enraizadas na mente
de nossos filhos os ajudará a enfrentar situações em que
eles mesmos podem ter dúvidas ou ser questionados
sobre suas crenças. A frase com a verdade virá à mente
mais facilmente (ver João 14:26).
Debates
Em casa, nossos filhos podem aprender a verdade
e aprender a explicar seus valores e princípios. Ter
esses debates solidificará seu testemunho da família
e permitirá que o Espírito testifique das verdades
que estão ouvindo.
À medida que falamos sobre isso, é fundamental
declararmos as verdades da proclamação com clareza e
determinação. Por exemplo, ensinamos que a castidade
antes do casamento e a fidelidade depois são padrões
obrigatórios: “Deus ordenou que os poderes sagrados de
procriação sejam empregados somente entre homem e
mulher, legalmente casados”. Ensinamos que a pureza
sexual os protegerá.
É muito útil que as crianças façam perguntas e deem
suas opiniões à medida que debatemos. Pergunte a
elas: “O que vocês acham que o profeta e os apóstolos
quiseram dizer quando declararam: ‘Afirmamos a
santidade da vida e sua importância no plano eterno de
Deus’? Por que vocês acham que isso é importante?”
Nossa família estava muito engajada em esforços
comunitários e políticos em apoio à família, então
conversamos sobre essas coisas com frequência e tivemos
muitas conversas significativas em que opiniões foram
compartilhadas e debatidas. Como resultado, cada um
de nossos filhos cresceu confiante em suas próprias
crenças e em sua capacidade de expressá-­las.
Por exemplo, meu filho mais novo teve uma aula
de biologia com um professor que foi abertamente hostil
às nossas crenças. O professor o desafiou: “Sua mãe sabe
que você está na minha turma?”
“Sim, senhor”, ele respondeu.
Cerca de um mês depois, perguntei ao meu filho:
“Como vão suas aulas de biologia?”
18 L i a h o n a
“Mãe, o professor me provoca todos os dias”,
ele respondeu.
Fiquei transtornada. “Podemos tirá-­lo dessa turma
imediatamente!”, eu disse.
“De jeito nenhum, mãe”, respondeu ele. “Todos os
dias ele questiona minhas crenças e todos os dias repito
o que acredito”, explicou ele. “E quase todos os dias
alguém vem falar comigo depois da aula e me agradece.
Eles dizem que, assim como eu, também acreditam,
mas têm medo de dizer alguma coisa.”
Fiquei muito orgulhosa dele por ser forte diante
de perguntas e questionamentos tão diretos.
No final do semestre, o professor o abordou. “Tenho
que lhe dar crédito”, disse ele. “Você se saiu muito bem
defendendo o que acredita.”
Todos esses debates em família o prepararam bem.
Dramatização
No mundo de hoje, a doutrina da família está sendo
desafiada e questionada todos os dias. A dramatização
pode ajudar nossos filhos a fortalecerem sua fé e seu
entendimento sobre o assunto.
Você poderia fazer uma noite no lar na qual drama-
tiza conversas relacionadas a perguntas específicas.
Por exemplo, seu filho pode estar no papel de um amigo
perguntando: “Sua Igreja aprova o casamento entre pes-
soas do mesmo sexo?” Sua filha pode explicar: “Nossos
líderes disseram que ‘a família foi ordenada por Deus.
O casamento entre o homem e a mulher é essencial para
Seu plano eterno’. É nisso que eu acredito, mas entendo
que os outros podem acreditar em algo diferente”.
Você poderia perguntar: “Você acha que os pais são
importantes?” Por estarem familiarizados com a procla-
mação da família, seus filhos talvez pensem: “Segundo o
modelo divino, o pai deve presidir a família com amor e
retidão, tendo a responsabilidade de atender às necessida-
des de seus familiares e protegê-­los”. Um dos filhos pode-
ria responder dizendo: “Os pais são muito importantes
para cuidar da família e nos manter em segurança. Meu
pai é um ótimo pai — sou muito grato por ele!”
 Essas dramatizações podem ser difíceis no início,
mas, à medida que seus filhos continuarem a praticar,
as respostas virão com mais facilidade. As crianças que
praticarem uma resposta terão mais clareza e confiança
em suas respostas e não se sentirão abaladas e inseguras
sobre como falar a respeito do que acreditam. RECURSOS ÚTEIS
A Igreja fornece muitos recursos que podem ser
Desenvolver um firme testemunho úteis para ensinar seus filhos. No site da Igreja
ou no aplicativo Biblioteca do Evangelho, o artigo
Ao ajudarmos nossos filhos a estudar e incorporar os “Família”, em Tópicos do Evangelho, fornece links
para muitos desses recursos.
princípios contidos na proclamação, eles desenvolverão
Você pode estudar estes discursos
um testemunho firme da importância da família,
da conferência geral com sua família:
do casamento, dos pais e da vida.
• Presidente Russell M. Nelson, “Reverência
Na Conferência Geral de Outubro de 2017, o presidente
para a vida”, abril de 1985.
Oaks testificou:
• Presidente Dallin H. Oaks, “O amor divino
“A proclamação da família é uma declaração de
no plano do Pai”, abril de 2022.
verdade eterna, a vontade do Senhor para Seus filhos
• Élder Neil L. Andersen, “O olhar da fé”,
que buscam a vida eterna. Ela tem sido o alicerce dos
abril de 2019.
ensinamentos e das práticas da Igreja nos últimos 22 anos,
e assim continuará sendo no futuro. Considerem-­na
Pode também pesquisar tópicos específicos
como tal, ensinem a respeito dela, vivam de acordo com
da conferência geral ou das escrituras,
ela e vocês serão abençoados ao prosseguirem rumo
como casamento, família, paternidade/
à vida eterna.
maternidade, etc.
Há 40 anos, o presidente Ezra Taft Benson ensinou
que ‘cada geração tem seus testes e sua chance de se
manter firme e provar a si mesma’. Creio que nossa
atitude em relação à proclamação da família e o modo NOTAS
como a utilizamos são alguns desses testes para esta 1. Ver “A Família: Proclamação ao Mundo”, na Biblioteca
do Evangelho.
geração. Oro para que todos os santos dos últimos dias 2. Dallin H. Oaks, “O plano e a proclamação”, Liahona,
permaneçam firmes durante esses testes”.5 novembro de 2017, p. 28.
3. “O sábio e o tolo”, Músicas para Crianças, p. 132.
Como diz a música da Primária: “O sábio fez a casa
4. Bonnie L. Oscarson, “Defensoras da proclamação
sobre a rocha. (…) [E] a casa resistiu”.6 Podemos ajudar da família”, A Liahona, maio de 2015, p. 15.
nossos filhos a terem uma compreensão clara da família 5. Dallin H. Oaks, “O plano e a proclamação”, pp. 30–31.
6. Músicas para Crianças, p. 132.
e das verdades do plano de salvação. Isso será uma
grande bênção para eles e fortalecerá sua fé ao viverem
nestes últimos dias desafiadores. ◼
A autora mora em Utah, EUA.

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or fe oit nREA la rir E u pould en e tow D atio to , chilсмер blig
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éé d rs pon amil her ть мож ed ливіс
 O DESTINO DIVINO DE NOSSOS FILHOS
Universidade Brigham Young

Quatro maneiras de os pais ajudarem

seus filhos a aprender sobre Jesus Cristo
W. Justin Dyer, PhD

e a reconhecer sua natureza divina.

20 L i a h o n a
M
uitas vezes as crianças ouvem a pergunta: “O que
você quer ser quando crescer?” Na vida pré-­terrena,
se nos tivessem feito uma pergunta semelhante, nossa
resposta poderia ter sido simplesmente: “Quero ser como
nossos pais celestiais”.
Criar os filhos muitas vezes envolve hora de dormir
e hora de tomar banho, birras, ensinar, corrigir e consolar.
Mas talvez possamos dar um passo atrás e ver a paternidade
e maternidade sob uma perspectiva mais ampla, lembrando-­
nos da natureza divina de nossos filhos — que eles também
são filhos de Deus — e que eles têm um destino divino, até
mesmo de se tornar como Deus algum dia (ver Doutrina
e Convênios 132:20).
O presidente Dallin H. Oaks, primeiro conselheiro na
Primeira Presidência, ensinou: “Nossa teologia começa
com os pais celestiais, e nossa mais alta aspiração é alcançar
a plenitude da exaltação eterna”.1 E cada um de nós tem
esse potencial divino. “A Família: Proclamação ao Mundo”
afirma: “Todos os seres humanos — homem e mulher —
foram criados à imagem de Deus. Cada indivíduo é um filho
(ou filha) gerado em espírito por pais celestiais que o amam e,
como tal, possui natureza e destino divinos”.2
Os pais podem ajudar os filhos a viver a vida e ter sucesso
em seu caminho para se tornarem semelhantes a Deus. Mas,
para se tornarem mais semelhantes a Ele, nossos filhos devem
primeiro aprender sobre como Deus é. Uma das razões de
Jesus Cristo vir à Terra foi para nos ajudar a entender nosso
Pai Celestial. Como o Salvador disse: “Eu e o Pai somos um”
( João 10:30), e “quem vê a mim vê o Pai” ( João 14:9). Para
nos tornarmos semelhantes a Deus, devemos nos voltar
para o Salvador, aprendendo com Ele.
Aqui estão quatro coisas que podemos fazer para ajudar
nossos filhos a aprender Quem é Jesus Cristo e, portanto,
conhecer o Pai Celestial:
1. Ensiná-­los a confiar nos apóstolos e profetas
do Salvador.

2. Ensiná-­los a agir com fé.

3. Ensiná-­los sobre a importância da revelação.

4. Exemplificar as qualidades do Salvador.

Abril de 2024 21
1. Confiar nos apóstolos e profetas
Uma das maneiras mais importantes que fará nossos
filhos conhecerem a Jesus Cristo é ouvir as testemunhas
especiais eleitas por Ele. Assim como nos tempos do
Novo Testamento, os apóstolos modernos nos ajudam a
entender Seu caráter e Sua obra. O presidente Russell M.
Nelson ensinou: “Os apóstolos ordenados de Jesus Cristo
sempre prestam testemunho Dele. Eles apontam o cami-
nho à medida que seguimos no angustiante labirinto de
nossa experiência mortal”.3 O élder Neil L. Andersen, do
Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou: “Um profeta não
se coloca entre vocês e o Salvador. Em vez disso, ele se
coloca a seu lado e aponta o caminho para o Salvador”.4
Também é importante ensinar seus filhos a ter humil-
dade e paciência ao ouvir nossos líderes inspirados. O
élder Andersen disse: “Não fiquem surpresos se, às vezes,
alguns de seus pontos de vista pessoais inicialmente não
estiverem em harmonia com os ensinamentos do profeta
do Senhor. Esses são momentos de aprendizado e de
humildade, quando nos colocamos de joelhos para orar.
Seguimos em frente com fé, confiando em Deus, sabendo
que, com o passar do tempo, receberemos mais clareza
espiritual de nosso Pai Celestial”.5 O Senhor ensinou
um princípio importante ao falar a respeito do profeta
Joseph Smith: “Pois suas palavras recebereis como de
minha própria boca, com toda paciência e fé” (Doutrina e
Convênios 21:5). Ensinar nossos filhos a ter paciência e a
adquirir entendimento das coisas vai torná-­los espiritual-
mente autossuficientes por toda a vida.
2. Agir com fé
Saber algo é mais do que apenas memorizar fatos.
Uma pessoa pode ler livros sobre como tocar piano, mas,
se ela nunca tocar uma nota, seu conhecimento não a
ajudará a se tornar pianista. O mesmo acontece em rela-
ção a conhecer a Jesus Cristo. Conhecê-­Lo é mais do que
apenas saber dos fatos. Para conhecê-­Lo, devemos fazer
o que Ele faz.
O Salvador enfatizou que fazer é uma parte essencial
do conhecimento: “Se alguém quiser fazer a vontade
Dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de
Deus, ou se eu falo de mim mesmo” ( João 7:17). O élder
David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, disse:
“Começamos a vir a conhecer o Salvador quando desper-
tamos nossas faculdades espirituais e colocamos à prova
os Seus ensinamentos”.6 O rei Benjamim perguntou:
22 L i a h o n a
“Pois como conhece um homem o mestre a quem não
serviu?” (Mosias 5:13.)
Nossos filhos podem aprender sobre Cristo por meio
do estudo das escrituras, do seminário e da conferência
geral. No entanto, essas coisas serão insuficientes se eles
não fizerem o que Cristo fez: pregar o evangelho, cuidar
dos necessitados e “fazer o bem” (ver Atos 10:38).
O programa da Igreja intitulado Crianças e Jovens
pode ajudar nossos filhos a agir com fé. Podemos ajudá-­
los a pensar em metas que os ajudarão a fazer as coisas
que Cristo fez e a saber Quem Ele é.7
3. Buscar revelação
Também podemos conhecer Cristo em um nível mais
pessoal quando, como o presidente Nelson pediu, nós
O ouvimos por meio do Espírito: “Também podemos
ouvir o Senhor mais claramente quando refinamos nossa
habilidade de reconhecer os sussurros do Espírito Santo.
Saber como o Espírito fala a vocês nunca foi tão impor-
tante como agora. Na Trindade, o Espírito Santo é o
mensageiro. Ele trará à sua mente impressões que o Pai e
o Filho desejam que vocês recebam”.8
Nossos filhos podem conhecer o Salvador quando
ouvem o que Ele quer que saibam e façam individual-
mente. O programa Crianças e Jovens incentiva: “Você
pode orar para saber quais são [seus talentos] e quais
pode aperfeiçoar agora mesmo”.9 À medida que as crian-
ças procurarem entender o que o Salvador quer para
elas, terão mais oportunidades de sentir Seu amor.
Podemos ensiná-­las a não desanimar caso as respos-
tas não venham imediatamente. Elas podem continuar
exercendo fé, sabendo que sentirão o amor de Deus ao se
esforçarem para ouvi-­Lo. O presidente Nelson delineou
os seguintes passos que nos ajudarão, como nas palavras
do profeta Joseph Smith, a “crescer no princípio da reve-
lação”: estudar as escrituras com empenho, aproximar-­se
do Senhor pela oração, ouvir respostas e registrar nossos
sentimentos e (embora não tenhamos que ser perfeitos)
fazer esforços diários para sermos cada vez mais dignos.10
4. Ser um exemplo
Por fim, como pais, uma das maneiras mais
impactantes de ensinar nossos filhos sobre Cristo
é imitar Suas qualidades em nossa própria vida. O élder
Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos,
disse: “Será muita audácia de nossa parte esperar que
nossos filhos tenham por nós uma pequena
parte do sentimento que o Filho Divino tinha
por Seu Pai? Será que ganharíamos mais desse
amor se tentássemos ser mais semelhantes
ao que Deus foi para Seu Filho? Em todo
caso, sabemos com segurança que as crianças
começam a formar o conceito de Deus com
base nas características observadas em seus
pais terrenos”.11
Quando agimos como Cristo, ajudamos a
TODOS OS SERES
revelar a nossos filhos o Salvador e Seu Pai.
Algumas das qualidades de Cristo são descritas HUMANOS — HOMEM
em Morôni 7:44–45, como caridade, esperança,
bondade, mansidão, não se irritar facilmente, E MULHER — FORAM
sofrer com paciência e suportar todas as coisas.
O pai de uma mulher que conheço muitas CRIADOS À IMAGEM DE
vezes ficava zangado e se irritava facilmente.
Essa mulher disse: “Por muitos anos, vi o Pai DEUS. CADA INDIVÍDUO
Celestial da mesma maneira que via o meu —
alguém que, na maioria das vezes, mantinha É UM FILHO (OU FILHA)
distância e ficava facilmente desapontado”. Isso
afetou sua capacidade de entender verdadeira-
mente o Pai Celestial. No entanto, ela contou
GERADO EM ESPÍRITO
que o Pai Celestial a ajudou a aprender que
“Ele está lentamente me afastando do medo que
POR PAIS CELESTIAIS
sinto Dele e entrando no poder salvador de Seu
amor”. Ela começou a ver o verdadeiro Pai. QUE O AMAM E, COMO
O primeiro propósito da Primária é ajudar
as crianças a sentir o amor do Pai Celestial.12 TAL, POSSUI NATUREZA
Esse também pode ser um dos primeiros
propósitos dos pais. À medida que as crianças E DESTINO DIVINOS.
sentirem o amor do Pai Celestial, elas terão uma
compreensão melhor Dele e desejarão se tornar
A FAMÍLIA:
mais semelhantes a Ele.
PROCL AMAÇÃO AO MUNDO
O que nossos filhos querem ser quando
crescerem? Como pais, podemos cultivar neles
o desejo de ser como nossos pais celestiais. Jesus
Cristo é nosso exemplo perfeito e, à medida
que ajudamos nossos filhos a se achegarem
a Ele, é mais provável que eles desenvolvam
esse desejo. Podemos ajudá-­los a conhecer
a Deus e a Jesus Cristo, desenvolvendo confiança
nos apóstolos e profetas, auxiliando-­os a agir
à maneira do Salvador, ajudando-­os a ouvi-­Lo
por meio do Espírito e imitando o Senhor
em nossas próprias ações.

Abril de 2024 23
 IDEIAS PARA OS PAIS

Precisa de ajuda para aplicar esses

quatro princípios? Aqui estão algumas
ideias a considerar:

• Confiar nos apóstolos e profetas:

Faça uma lista de alguns convites
que o profeta e os apóstolos
fizeram na conferência geral
e examine-­os com seus filhos.
Nosso exemplo e o relacionamento de convênio deles
com o Senhor criarão estabilidade, um senso de inclusão • Agir com fé:
e o conhecimento do amor de Deus de que nossos filhos Se seus filhos tiverem idade
precisam, abençoando-­os nos anos que estão por vir. ◼ suficiente, ajude-­os em suas
designações de ministração.
NOTAS
Se forem mais jovens, ajude-­os
1. Dallin H. Oaks, “Não terás outros deuses”, A Liahona, novembro a servir às pessoas em casa e ajudá-
de 2013, p. 73. las, como o Salvador faria.
2. “A Família: Proclamação ao Mundo”, Biblioteca do Evangelho.
3. Russell M. Nelson, “Ouvir o Senhor”, Liahona, maio de 2020, p. 90.
4. Neil L. Andersen, “O profeta de Deus”, Liahona, maio de 2018, p. 27.
• Buscar revelação:
5. Neil L. Andersen, “O profeta de Deus”, p. 26. Pergunte a seus filhos se eles tive-
6. David A. Bednar, “Se vós Me conhecêsseis a Mim”, A Liahona, ram alguma impressão espiritual
novembro de 2016, p. 103.
7. O programa Crianças e Jovens ajuda as crianças a crescerem como
ultimamente e fale de momentos em
o Salvador e a compartilharem seus dons e talentos com o próximo. que você foi inspirado pelo Espírito.
À medida que as crianças se concentrarem no aprendizado do
evangelho, no serviço e no próprio crescimento, elas começarão • Ser um exemplo:
a agir como o Pai Celestial e Seu Filho e a melhorar a si mesmas,
ajudar a melhorar outras pessoas e até mesmo o mundo. Considere como você está se saindo
Ver childrenandyouth​.ChurchofJesusChrist​.org. como discípulo de Jesus Cristo e de
8. Russell M. Nelson, “Ouvir o Senhor”, p. 90.
que modo pode melhorar. Escreva
9. Desenvolvimento Pessoal: Guia para Crianças, 2019, p. 6.
10. Ver Russell M. Nelson, “Crescer no princípio da revelação”, Liahona, seus pensamentos e faça um
janeiro de 2021, p. 8. plano em seu diário.
11. Jeffrey R. Holland, “As mãos dos pais”, A Liahona, julho de 1999, p. 17.
12. Ver Manual Geral: Servir em A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Encontre mais recursos para os pais
Dias, item 12.1.1, Biblioteca do Evangelho.
no site parents​.ChurchofJesusChrist​.org.

24 L i a h o n a
 RETR ATOS DE FÉ

Acima: A autora com seu neto, Jordan Stanford, e sua filha, Marie-­Laure Stanford.

Gratidão por trazê-­los de volta para casa Para saber mais,

escaneie o código
FOTOGRAFIA: CORTESIA DA AUTORA

Conforme Gisèle Vanizette, de Alberta, Canadá, contou a Alison R. Wood, das Revistas da Igreja

O retorno seguro de meu pai após a Segunda Guerra Mundial me ajudou a valorizar
o milagre do trabalho de história da família depois que me filiei à Igreja.
VOZES DA IGREJA
Fui consolada
Caroline May, Utah, EUA
Aprendi que a oração pode ser um de nossos maiores recursos.
M eu marido e eu estávamos orando por outro bebê
antes de descobrirmos que eu já estava grávida.
A palavra “entusiasmados” mal descreve como nos
sentimos. Para completar nossa alegria, ouvimos a
notícia de que o bebê de uma amiga nasceria um dia
antes do meu, e que o bebê da minha cunhada nasceria
quatro dias depois. Quase imediatamente, começamos
a planejar as datas para levar as crianças ao parquinho.
Com nove semanas de gravidez, no entanto, comecei
a ter contrações. Aterrorizados, meu marido e eu
corremos para o hospital para fazer um ultrassom.
Durante a consulta, olhei ansiosamente para o monitor
26 L i a h o n a
e perguntei ao médico se meu bebê estava bem. Ele
não respondeu enquanto afastava o monitor de mim.
Não queria esperar pelo pior, mas, quando o médico
saiu da sala, o medo tomou conta de mim. Comecei
a orar de uma maneira que nunca pensei que seria capaz,
pedindo algo, qualquer coisa, que pudesse me dar paz.
Instantaneamente, fui envolvida em um abraço
caloroso e ouvi a “voz mansa e delicada” (1 Reis
19:12) me assegurar que tudo ficaria bem. Senti-­me
confortada e calma enquanto esperava que o médico
me desse respostas.
Quando o médico chegou, ele disse com tato
e delicadeza ao meu marido e a mim que nosso bebê
havia falecido. Instantaneamente, senti mais uma vez
o abraço caloroso do Espírito. Fiquei arrasada, mas
não pude duvidar do sentimento que me confortou.
Durante o luto das semanas seguintes, recorri ao
Pai Celestial em orações frequentes. A tranquilidade
do Espírito Santo nunca me abandonou, e eu sabia
que o Senhor estava cuidando de mim. Adquiri uma
compreensão mais profunda da Expiação de Jesus Cristo
ao sentir o bálsamo curador do Salvador. Nos dias em
que sentia que não conseguiria seguir adiante, parecia
que mãos angelicais me amparavam.
Meu marido e eu oramos pedindo consolo contínuo.
Nós dois ainda estávamos tristes, mas nenhum de nós
duvidava que, por meio de Sua Expiação, o Salvador
aliviaria nossa dor e perda.
Essa foi uma experiência incrivelmente difícil.
Às vezes, foi quase insuportável, mas sou eternamente
grata pelo relacionamento que desenvolvi com meu
ILUSTRAÇÃO: STEPHANIE HOCK
Pai Celestial e meu Salvador por meio dessa experiência.
A oração pode ser um de nossos maiores recursos.
Sei que o Pai Celestial realmente cuida de Seus
filhos e que Ele e Seu Filho não vão nos desamparar
(ver João 14:18). ◼
 O que mais eu poderia
fazer por minhas filhas?
Georgina Montemayor Wong, Nuevo León, México

Eu queria fortalecer minhas filhas espiritualmente,

então recorri ao Pai Celestial em oração.

L eciono na escola onde minhas filhas estudam. Todos

os dias temos que sair juntas às 6 horas da manhã.
Ao chegar lá, cada uma vai para a sua sala de aula.
Depois de termos adicionado esse breve devocional
à nossa rotina matinal turbulenta, perguntei às meninas:
“O que vocês acham disso?” Suas respostas tocaram
Depois da escola, corremos para casa, comemos e meu coração.
saímos de novo com pressa para outras atividades, como “Fiz uma prova hoje e estava muito nervosa”, disse
as das Moças e aulas de música. Meu marido é o presi- uma delas. “Mas me lembrei desta manhã, de que
dente do quórum de élderes, então ele também é muito podemos pedir ajuda a Deus. Fiz uma oração em meu
ocupado. coração, pedindo a Ele que me ajudasse a ter calma,
Comecei a sentir que nossa família estava atarefada e Ele me ajudou.”
demais. Não tínhamos tempo para conversas mais pes- A outra disse: “Mamá (mamãe), conheço uma menina
soais e íntimas ou para falar sobre o evangelho, exceto com quem ninguém fala. Lembrei do nosso devocional,
aos domingos. de que Deus ama a todos, então decidi falar com ela
Quero que minhas filhas desenvolvam um forte tes- e ser sua amiga”.
temunho do Salvador, Jesus Cristo, e de Seu evangelho Sou muito grata ao Pai Celestial por me ajudar
— começando agora, enquanto são jovens. Como pais, a cumprir melhor meu papel de mãe. Sei que Ele
meu marido e eu sabemos que essa responsabilidade responde às orações e nos deu o evangelho para
pertence a nós (ver Doutrina e Convênios 68:25). Decidi nos trazer felicidade. ◼
orar a respeito disso.
“Além de realizar a noite no
lar e levar nossas filhas à igreja”,
perguntei ao Pai Celestial, “o que
mais podemos fazer?”
A resposta que recebi foi ler as escri-
turas pela manhã e usar música. Então,
no caminho para a escola todas as
manhãs em nossa van, comecei a tocar
hinos e outras músicas apropriadas. Por
alguns minutos depois de chegarmos
à escola, começamos a ler as escrituras
juntas, debater sobre o evangelho e orar
antes de ir para as aulas. Até minha filha
de 5 anos queria participar!
FOTOGRAFIA: CORTESIA DA AUTORA

É uma coisa linda ver minhas filhas

lerem e testificarem de Jesus Cristo e ver
as mais velhas, de 9 e 12 anos, ajudarem
voluntariamente a mais nova, de 5 anos,
a ler as escrituras.

Abril de 2024 27
Quem morreu?
Jared R. Moon, Utah, EUA
Eu já tinha tomado o sacramento centenas de vezes. Por que
não havia percebido aquele belo simbolismo?
C omo missionários de ala, minha esposa e eu fizemos
amizade com um jovem casal. Nós adorávamos os
dois, inclusive seus filhos. No final, eles acabaram acei-
tando nosso convite para ir à igreja.
Porém, quando chegamos para buscá-­los em um
domingo de manhã, eles se desculparam porque
não estavam prontos. Mas o filho de 6 anos, Keaton,
implorou a seus pais para ir à igreja. Então, com
a permissão deles, ele se vestiu e foi conosco à igreja.
Como chegamos atrasados, ficamos no fundo da
capela. De repente, senti um puxão e me virei; Keaton
estava segurando meu paletó. Com uma expressão
ansiosa e os olhos fixos na frente da capela, ele
perguntou: “Quem morreu?”
“O quê?”, respondi, acompanhando seu olhar.
“Ninguém morreu.”
Ao ponderar sobre a pergunta de Keaton, olhei para
a mesa do sacramento. Para um menino com pouca
28 L i a h o n a
experiência na Igreja, seria fácil imaginar que um corpo
poderia estar deitado sob a toalha que cobria o pão
e a água do sacramento. Então algo me ocorreu: alguém
havia morrido! Os emblemas sagrados que representam
o corpo de Jesus Cristo estavam bem na nossa frente.
Com tanta experiência na Igreja, por que eu não havia
percebido esse belo simbolismo?
Agradeci a Keaton por sua pergunta e expliquei que
a toalha do sacramento cobria o pão e a água, e o que eles
significam para nós. Sua simples pergunta me lembrou que
o Salvador realmente morreu para que pudéssemos viver.
Desde aquele dia, a pergunta de Keaton continua
a ressoar em minha alma. Ela me ajudou a me aproximar
da mesa do sacramento com mais foco no Salvador.
Os emblemas do sacramento se tornaram mais vívidos,
e seu significado permanece comigo por mais tempo
durante a semana. Serei eternamente grato pela
pergunta inocente de Keaton.
Jeffrey R. Holland, do Quórum
dos Doze Apóstolos, disse: “Ao nos
unirmos todas as semanas mundo
afora para o que espero ser um cres-
cente reconhecimento sagrado da
majestosa dádiva expiatória de Cristo
a toda a humanidade, que levemos ao
altar sacramental ‘mais [retidão] na
vida [e] mais [tristeza ao pecarmos]’.
E, portanto, ao refletirmos, orarmos
e renovarmos nossos convênios, que
absorvamos desse sagrado momento
‘mais calma em pesares (…) [e] mais
[prontidão para] amar’ [‘Mais von-
tade dá-me’, Hinos, nº 75]”.1 ◼
ILUSTRAÇÃO: DAVID GREEN
NOTA
1. Jeffrey R. Holland, “Eis aqui o Cordeiro de
Deus”, Liahona, maio de 2019, p. 46.
 “Somos os missionários”
Hadassa Mushipula, Kinshasa, República Democrática do Congo

Pedi a Deus que me ajudasse a encontrar Sua Igreja missionária.

M eus pais amavam compartilhar a palavra do Senhor. Eles distribuíam

regularmente caixas contendo cópias do Novo Testamento nos bairros,
penitenciárias, hospitais e escolas.
Como parte de seus esforços, meus pais cantavam, liam as escrituras,
testificavam de Jesus Cristo e terminavam com uma oração. Ao ser incluída
nessa experiência quando criança, desenvolvi o desejo de servir a Deus.
Quando meu pai sofreu um ataque cardíaco, no entanto, o que
chamávamos de “evangelização” terminou. Eu não podia distribuir cópias
do Novo Testamento por conta própria, então pedi permissão ao meu
pai para encontrar uma igreja missionária.
Aos 15 anos, comecei a fazer perguntas a respeito de doutrina, batismo,
dízimo e organização da Igreja. Meu pai disse que, nos dias de hoje,
nenhuma Igreja praticava as coisas como foram ensinadas pelo Salvador.
Mas ele disse que, se eu encontrasse tal igreja, deveria me filiar a ela.
Anos depois, tive um desentendimento com um colega de trabalho.
Quando ele passou por nossa casa para se desculpar, deixou um livro
chamado Nosso Legado: Resumo da História de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias. Nesse livro, li sobre o martírio do profeta Joseph Smith.
Essa história me tocou profundamente.
Também encontrei uma foto de dois rapazes vestindo camisa branca
e gravata, com uma plaqueta. Eles compartilhavam o evangelho de Jesus
Cristo no mundo todo. Fiquei me perguntando se havia tais missionários
em minha cidade.
Naquela noite, orei e pedi a Deus que me ajudasse a encontrar Sua Igreja
missionária. No dia seguinte, procurei pelos missionários. Parei e perguntei
a todas as pessoas que vi que estavam usando uma camisa branca se elas
eram os missionários, mas não obtive sucesso.
Do lado de fora de minha casa, alguns dias depois, vi três pessoas vestindo
camisa branca e gravata, com uma plaqueta! Entrei em casa, peguei o livro
e corri atrás deles.
Quando os alcancei, um deles perguntou: “Podemos ajudá-­la?”
“Este livro é da sua Igreja?”, perguntei.
“Sim, é o nosso livro”, ele respondeu com entusiasmo. “Somos
os missionários.”
Depois de várias semanas aprendendo sobre o evangelho restaurado, fui
batizada e me tornei membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. Um ano depois, meu pai foi batizado.
ILUSTRAÇÃO: BRIAN CALL

Como eu ainda queria servir ao Senhor — um desejo que permanecia

comigo desde que era jovem —, comecei a me preparar para servir uma
missão de tempo integral. Que alegria senti no dia em que recebi meu
próprio chamado para ser uma missionária de tempo integral! ◼
JOV E N S A DULTOS
Deixar a
tradição
para trás e confiar no
Senhor
A
Samukelisiwe idade adulta
e Phindile Mkhize
jovem é um
marco de mais
Conselhos independência
proféticos na vida. Minha
irmã e eu estamos vivendo
sobre a prática nosso discipulado na África do
Sul e constantemente temos
do lobolo experiências que solidificam
nos deixaram nossa fé e nos entusiasmam
em relação ao futuro. Mas,
intrigadas às vezes, essa época da vida
pode ser confusa ao tomarmos
a respeito decisões sobre educação,
do futuro. emprego e, especialmente,
com quem vamos nos casar.
Ou ainda, no nosso
caso, descobrir como será
o casamento para nós.
Um desafio
inesperado
Na África do Sul, há uma
prática antiga chamada lobolo
— comumente conhecida
como “preço da noiva” —
que ainda é seguida em
algumas nações africanas
na atualidade. “O [lobolo]
é um símbolo de apreço da
família do noivo à família da
30 L i a h o n a
noiva. Nos velhos tempos, a
família do noivo dava à família
da noiva qualquer coisa que
fosse de valor para eles.”1
Tradicionalmente, o gado
(visto como sagrado em muitas
culturas africanas) era fre-
quentemente dado à família
da noiva para representar
uma conexão espiritual que se
formava entre as duas famílias.
Hoje em dia, o lobolo é mais
frequentemente pago por meio
de grandes somas de dinheiro.
O preço agora é influenciado
pela educação, pelo emprego
e status social da noiva.2
Pagar o lobolo se destina
a demonstrar o quanto a noiva
é valorizada tanto por sua famí-
lia quanto pelo homem com
quem ela pretende se casar.
Simboliza uma união entre
famílias. Então, ao longo da
vida, sempre nos esforçamos
para ser mulheres respeitosas,
bem-­sucedidas e inteligentes.
Queríamos deixar nossa família
orgulhosa e retribuir de alguma
forma nossa boa criação.
Mas, em 2014, quando
estávamos no início da
juventude, o presidente
Dieter F. Uchtdorf, que na
época servia como segundo
conselheiro na Primeira
Presidência, veio falar aos
membros na África. Em suas
palavras, sentimos o amor
puro que Deus tem por todos
nós. No entanto, durante seu
discurso, ele ensinou que a
tradição do lobolo não estava
mais alinhada com o evange-
lho. Ele desencorajou a prática,
dizendo: “As consequências do
[preço da noiva] são múltiplas
e levam a um comportamento
impróprio para um membro
da Igreja de Jesus Cristo. (…) O
caminho do Senhor é o ver-
dadeiro caminho para unir as
famílias para sempre”.3
Toda a nossa cultura parti-
cipa desse costume, e sempre
esperamos cumpri-­lo tam-
bém, então ficamos intrigadas
com sua mensagem.
Nossa primeira reação foi
bem-­humorada: “Não traba-
lhamos tanto para não conse-
guir nenhuma vaca!”
Mas, na verdade,
estávamos confusas. Se o
 FOTOGRAFIA: CORTESIA DAS AUTORAS

Abril de 2024
31
Pai Celestial não queria que
praticássemos mais essa
tradição, quando a maioria
das pessoas em nossa cultura
recusa o casamento sem
o lobolo, como poderíamos
seguir o Pai Celestial e Jesus
Cristo e respeitar nossa
cultura e família? O evangelho
já parecia estranho aos
membros de nossa família
que não faziam parte da
Igreja, mas agora se tornaria
ainda mais difícil para
eles entenderem.
Quando vimos alguns
membros deixando a Igreja
porque não podiam entender
esse ensinamento de um
profeta vivo, percebemos que
precisávamos levar nossas
perguntas ao Pai Celestial.
32 L i a h o n a
Em busca
de respostas
Quando passamos a fazer
parte de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos
Dias éramos adolescentes
e prometemos sempre ajudar
uma à outra a ficar perto
do Senhor, em qualquer
circunstância. Decidimos que,
aonde quer que a vida nos
levasse, sempre manteríamos
nossa fé porque vimos
como viver o evangelho leva
à alegria verdadeira.
Então, quando estávamos
nos esforçando para enten-
der a mensagem do élder
Uchtdorf, nós nos lembramos
dessa promessa. Fomos
lembradas da importância de
priorizar um relacionamento
com o Pai Celestial e Jesus
Como
Cristo e confiar em Suas bên- poderíamos
seguir o Pai
çãos prometidas. Nós duas
nos concentramos em apro-
fundar nossa fé Neles para
reconstruir essa confiança.
Celestial e
Quando eu (Phindi) estava
orando ao Pai Celestial
Jesus Cristo
pedindo orientação sobre e respeitar
namoro e casamento, veio-­me
nossa
FOTOGRAFIA DO TEMPLO DE DURBAN ÁFRICA DO SUL: MATT REIER
um pensamento à mente.
Um apóstolo do Senhor
havia sido inspirado a vir ao
cultura
meu país e falar sobre uma e família?
tradição específica de nossa
cultura porque o Pai Celestial
nos conhece individualmente.
Ele sabe o que pode estar nos
limitando e quer o melhor
para nós no que se refere ao
caminho do convênio.
 Ponderei sinceramente
sobre essa verdade e
percebi que o Pai Celestial
realmente não quer que
nosso casamento e família
eternos sejam limitados
pelas tradições do mundo.
Pensar nisso me ajudou a ver
como o lobolo costuma ser
corrompido, especialmente
quando o preço alto impede
que algumas pessoas se
casem. Comecei a perceber
que podia confiar no Pai
Celestial e em Jesus Cristo
mais do que em meu próprio
conhecimento mesmo que
isso fosse difícil.
Eu (Samu) me voltei para
as escrituras para encontrar
respostas para minhas
ansiedades relacionadas
ao futuro. Sempre acreditei
que este evangelho tem
espaço para perguntas
e nos encoraja a adquirir
conhecimento e buscar
revelação pessoal. Então,
estudei o Livro de Mórmon
mais do que nunca. Com
o tempo, senti as verdades
daquele livro confirmando
que eu podia confiar nas
palavras dos profetas
modernos. Senti meu coração
mudar e meu relacionamento
com o Pai Celestial e Jesus
Cristo se aprofundar.
Ao continuar me
preocupando com o futuro
em relação a namoro
e casamento, lembrei-­me
da verdade que Néfi ensinou
de que “o Senhor nunca
dá ordens aos filhos dos
homens sem antes preparar
um caminho pelo qual
suas ordens possam ser
cumpridas” (1 Néfi 3:7). E, com
isso, sei que posso confiar
no Salvador e ter esperança
em Suas promessas.
Como ensinou o
presidente Russell M.
Nelson, a vida consiste em
aprender a “permitir que
Deus prevaleça”4 e a “vencer
o mundo”.5 Saber disso
nos ajudou a aprofundar
gradualmente nossa
confiança no Pai Celestial.
Mesmo que não saibamos
como vai ser o casamento
para nós, sabemos que, ao
guardarmos nossos convênios
e nos concentrarmos em
nosso relacionamento com
o Pai Celestial e Jesus Cristo,
seremos abençoadas com
milagres ao abandonarmos
essa tradição.
O relaciona-
mento mais
importante
Relacionamentos
e namoro podem ser difíceis
e incertos para qualquer
pessoa, em qualquer lugar
do mundo, que busque
o casamento no templo.
Quando ansiamos por um
companheiro eterno, o futuro
às vezes pode parecer assus-
tador. Pode acreditar — nós
mesmas enfrentamos muitas
incógnitas sobre como vai ser
nossa vida, visto que a maior
parte de nossa cultura não
vai considerar um casamento
para nós sem pagar lobolo.
Mas, apesar das
probabilidades contra
nós (e quaisquer outras
probabilidades, barreiras
culturais ou problemas que
você possa estar enfrentando
em relação a namoro e
casamento), realmente
acreditamos que o Pai
Celestial continuará a nos
ajudar a seguir em frente
e cumprir nossos desejos
justos ao depositarmos nossa
confiança Nele. Quando nos
concentramos em nosso
relacionamento com Ele e
com Jesus Cristo, tudo o
mais sobre o futuro se torna
menos assustador e mais
cheio de esperança.
Às vezes, sentimos que
estamos ficando para trás e
nos perguntamos se não seria
mais fácil simplesmente ceder
às expectativas, aos costumes
e padrões do mundo. Mas,
quando ponderamos sobre
as bênçãos e a alegria
que o Senhor nos reserva
como discípulas de Cristo,
percebemos que não estamos
perdendo nada. Estamos nas
mãos de um Pai Celestial
amoroso que nos guiará a
bênçãos inimagináveis.
Enquanto isso,
continuamos a fazer o
melhor possível para
progredir espiritual e
fisicamente. Construímos
belos relacionamentos com
amigos, familiares e uma com
a outra. Os relacionamentos
que temos com nossos entes
queridos — e especialmente
com o Pai Celestial e Jesus
Cristo — sempre nos ajudarão
a sentir união e amor, e nos
darão força para continuar
no caminho do convênio.
Alguns desejos justos
podem parecer impossíveis
enquanto passamos pelos
altos e baixos do início da vida
adulta. Mas, ao continuarmos
a guardar nossos convênios
e buscar o Senhor,
manteremos a esperança
no casamento no templo.
Até lá, como o presidente
Nelson nos ensinou, sempre
podemos buscar e esperar
milagres.6 Nós realmente
sentimos a alegria, as
bênçãos e o milagre de viver
o evangelho de Jesus Cristo.
Esperamos que você saiba
que bênçãos e milagres
também estão reservados
para você. ◼
As autoras moram em Gauteng,
África do Sul.
NOTAS
1. Olwethu Leshabane, “Let’s
Talk about Lobola”, Art of
Superwoman, 22 de outubro
de 2021, artofsuperwoman.
com/2021/10/22/lets-­talk-­
about-­lobola.
2. Ver Leshabane, “Let’s Talk
about Lobola”, artofsuperwo-
man.com/2021/10/22/lets-­talk-­
about-­lobola.
3. Dieter F. Uchtdorf, em uma
transmissão para todas
as estacas na África, 23
de novembro de 2014.
4. Russell M. Nelson, “Permita
que Deus prevaleça”, Liahona,
novembro de 2020, p. 92.
5. Russell M. Nelson, “Vencer
o mundo e encontrar
descanso”, Liahona, novembro
de 2022, p. 95.
6. Ver Russell M. Nelson,
“O poder do ímpeto
espiritual”, Liahona, maio
de 2022, p. 99.
Abril de 2024 33
JOV E N S A DULTOS

Três coisas
que Cristo nos
ensina sobre
relacionamentos
Jessica Anne Lawrence
Revistas da Igreja

V
ocê já pensou em como Jesus Cristo desenvolveu
relacionamentos com outras pessoas? Pense
a respeito disso. Ele estava sempre ciente das
pessoas ao Seu redor (ver Lucas 8:43–48; 19:2–10;
João 1:47–50). Ele tinha empatia pelas pessoas
(ver João 11:31–36). Cristo ajudava o próximo e tentava aliviar
seus fardos (ver Lucas 8:26–36; João 5:5–9).
Até no Livro de Mórmon, Jesus Cristo apareceu em pessoa
aos nefitas e os convidou a vir a Ele “um por um” (3 Néfi 11:15).
Estender a mão ao próximo, ministrar e ter empatia
pelos outros é uma parte integral de quem Cristo é. Por
causa Dele, temos um exemplo a seguir ao tentar construir
relacionamentos com as pessoas à nossa volta. Aqui estão três
coisas que podemos aprender sobre relacionamentos eternos
com base no exemplo de Jesus Cristo:

34 L i a h o n a
 1. Os relacionamentos
nos abençoam agora
e na vida após a morte
Ninguém quer se sentir sozinho.
Uma das coisas mais importantes que
podemos fazer na Terra é desenvolver
relacionamentos que nos sustenham
em diferentes momentos da vida
e nos ajudem a perseverar até o fim.
Na época em que serviu como
segundo conselheiro na Primeira
Presidência, o presidente Dieter F.
Uchtdorf ensinou que, “ao estendermos
as mãos e o coração para outras pessoas
MINERVA TEICHERT; NEM EU TAMBÉM TE CONDENO, DE EVA TIMOTHY; CRISTO E A MULHER SAMARITANA, DE CARL HEINRICH BLOCH; ELE UNGIU OS OLHOS DO CEGO, DE WALTER RANE
com amor semelhante ao de Cristo, algo
NO SENTIDO HORÁRIO, COMEÇANDO PELO ALTO: MARIA OUVIU A PALAVRA DO SENHOR, DE WALTER RANE; EM MEMÓRIA DE MIM, DE WALTER RANE; CRISTO VISITA OS NEFITAS, DE
maravilhoso acontece conosco. Nosso
próprio espírito fica curado, torna-­se
mais forte e mais refinado. Ficamos mais
alegres, mais calmos e mais receptivos
aos sussurros do Espírito Santo”.1
Nossos relacionamentos não apenas
vão nos abençoar na Terra, mas também
vão desempenhar um papel essencial
para nos ajudar a alcançar a exaltação.
Enquanto servia como setenta de
área, o élder Kevin J. Worthen disse: “Um
dos propósitos desta existência mortal
(…) é desenvolver as habilidades e os
atributos necessários para se estabelecer
relacionamentos duradouros e alegres”.2
Cristo nos quer no céu com Ele. Ele
disse: “Se eu for e vos preparar lugar,
virei outra vez, e vos levarei para mim
mesmo, para que onde eu estiver estejais
vós também” (João 14:3). Podemos
seguir o exemplo Dele ao nutrirmos
relacionamentos que possam ser
levados para o céu. Aprendemos nos
Textos sobre os Tópicos do Evangelho
que “os membros da Igreja imaginam
a exaltação não por meio de imagens do
que eles vão obter e sim por meio dos
relacionamentos que eles têm agora
e como esses relacionamentos podem
ser purificados e elevados”.3
Em vez de sentir que estamos
passando pela vida sozinhos,
descobriremos que nossos
relacionamentos podem se tornar
fortalezas de segurança e consolo.
À medida que seguirmos o exemplo
de Jesus Cristo, nutrindo nossos
relacionamentos, teremos mais felicidade
e alegria nesta vida e na vida vindoura.
2. Os relacionamentos
valem o esforço
Se você acha que é trabalhoso
construir relacionamentos, saiba
que você não é o único.
O élder Worthen disse: “Os
relacionamentos eternos positivos têm
um preço. Para amar verdadeiramente
o próximo, temos que nos tornar
vulneráveis de novas maneiras. O próprio
amor e preocupação que temos pelas
pessoas significa que seremos afetados
por suas ações e circunstâncias de
maneiras que, às vezes, podem doer até
na alma. (…) Mas o resultado vale a pena”.4
Grandes coisas nunca são fáceis de
se obter, e isso inclui o relacionamento
que o Salvador criou conosco por
meio de Seu sacrifício expiatório. Ele
percebeu que a dor pela qual iria passar
valeria a pena. Seu grande amor por
nós O motivou a seguir adiante mesmo
quando perguntou se havia outra
maneira (ver Mateus 26:39).
3. Cristo vai nos ajudar
Talvez vocês estejam pensando: “Sei
que os relacionamentos são importantes!
Mas não sou muito bom em fazer amigos”.
Cristo entende isso. Ele sabe como
pode ser difícil se socializar e conhece
os medos que às vezes enfrentamos
ao tentarmos interagir com os outros,
especialmente em um mundo que se
tornou tão digitalizado.
Ele prometeu: “Minha graça basta
a todos os que se humilham perante
mim; porque caso se humilhem perante
mim e tenham fé em mim, então farei
com que as coisas fracas se tornem
fortes para eles” (Éter 12:27).
À medida que
construirmos
e aprofundarmos
relacionamentos
com outras pessoas,
encontraremos mais
satisfação e alegria.
Cristo nos guiará se tivermos
o coração aberto. E, ao seguirmos Seu
exemplo, recebemos a promessa de
que, no final, seremos como Ele (ver
Morôni 7:48) — e isso inclui ter mais
caridade e desenvolver relacionamentos
significativos da maneira que Ele fez.
Ao buscá-­Lo, descobriremos que
estamos cercados de oportunidades
para belos relacionamentos e conexões
com outras pessoas. ◼
NOTAS
1. Dieter F. Uchtdorf, “Vós sois Minhas mãos”,
A Liahona, maio de 2010, p. 75.
2. Kevin J Worthen, “It Is Not Good That…
Man Should Be Alone”, devocional da
Universidade Brigham Young, 5 de janeiro
de 2016, p. 2, speeches.byu.edu.
3. Textos sobre os Tópicos do Evangelho,
“Tornar-­se como Deus”, Biblioteca do
Evangelho.
4. Kevin J Worthen, “It Is Not Good”, pp. 5–6.
Abril de 2024 35
PAR A OS PAIS
O estado
abençoado e feliz
Prezados pais,
O rei Benjamim ensinou sobre
a alegria que sentimos ao viver
o evangelho. Ele aconselhou seu
povo a “[considerar] o estado
abençoado e feliz daqueles que
guardam os mandamentos de Deus”
(Mosias 2:41).
Examinem os artigos a seguir
com sua família e reflitam sobre
como viver esses princípios trouxe
felicidade e bênçãos para a vida
de vocês.
36 L i a h o n a
DEBATES SOBRE O EVANGELHO
Nutrir a alma com a oração
Assim como a fome nos diz que precisamos de alimento físico, o espírito
tem uma maneira de nos informar que precisamos de alimento espiritual.
Compartilhe algumas citações do artigo do élder Ulisses Soares a respeito
da oração (página 4) e peça aos membros de sua família que falem sobre
quando sentiram que a oração alimentou sua alma.
Vale o esforço
É provável que você se pergunte se seus esforços para ensinar seus filhos
estão fazendo alguma diferença. Em seu artigo na página 12, o élder Hugo E.
Martinez conta sua própria experiência ao ensinar o evangelho a seus filhos.
Ao ler, pondere sobre os pequenos passos que você pode dar para criar um
lar mais centralizado em Cristo, o que sempre vale a pena o esforço.
Criar uma base firme
“A Família: Proclamação ao Mundo” declara importantes verdades
e modelos do evangelho. Leia o artigo na página 16 para aprender três
maneiras de usar a proclamação da família para ajudar seus filhos a criar
uma base espiritual sólida e se preparar para defender suas crenças.
VEM, E SEGUE-­ME —
DIVERSÃO EM FAMÍLIA
Examinar as escrituras
diligentemente
Palavras de Mórmon 1:11
Ao longo da história, os profetas
fizeram um grande esforço para preser-
var um registro de seus ensinamentos
para que pudéssemos ter conheci-
mento do evangelho. Depois de ter
recebido as placas de ouro, Mórmon
escreveu: “E eu, Mórmon, rogo a Deus
que sejam preservadas de agora em
diante. E sei que serão preservadas,
porque grandes coisas estão escritas
nelas” (Palavras de Mórmon 1:11).
Podemos demonstrar gratidão
por esses registros e fortalecer
nossa fé no Senhor examinando
as escrituras diligentemente. Em
família, vocês poderiam fazer um
jogo das escrituras:
• Escreva vários termos do evan-
gelho, como Salvador, fé, arrepen-
dimento, batismo e Espírito Santo,
em diferentes pedaços de papel.
• Peça a um membro da família
que escolha um pedaço de
papel e leia a palavra.
• Os membros da família
devem imediatamente abrir
as escrituras e tentar encontrar
a palavra no Livro de Mórmon.
O primeiro que encontrar um
versículo com essa palavra pode
ler essa escritura para a família.
DA REVISTA FORÇA
DOS JOVENS
Relacionamentos tóxicos?
Aprenda sobre atitudes
e comportamentos que podem
ser antídotos para coisas que levam
a relacionamentos tóxicos.
Torne-­se o tipo de amigo que
você está procurando
Descubra o que verdadeiros amigos
fazem para que você possa ser esse
tipo de amigo para os outros.
Conhecer a grande realidade
Descubra o que o profeta Jacó
ensinou sobre as “coisas como
realmente são” e como você pode
conhecer as verdades mais importantes.
DA REVISTA MEU AMIGO
Histórias do Livro de Mórmon
Use os auxílios de estudo na
seção Vem, e Segue-­Me deste mês
para ensinar a seus filhos a alegoria
das oliveiras e a história de Enos.
O poder da oração
Encontre histórias, atividades
e uma mensagem do profeta para
ajudar seus filhos a aprender sobre
a oração.
“Podemos resolver”
Ensine seus filhos a serem
pacificadores, lendo uma história
sobre dois irmãos que aprenderam
a resolver seus desentendimentos
em vez de brigar.
Crescer como Jesus
Na seção Para crianças maiores,
saiba como Isabela e David fazem
metas para desenvolver seus
talentos e fazer a diferença.
Abril de 2024 37
ENVELHECER COM FÉ
Por que
servimos?
Christy Monson
A lguma vez você já parou para se
perguntar por que você serve?
É fácil se envolver nas ocupações
da vida e do serviço na Igreja, mas
será que existe um significado
mais profundo em nossas ações
cotidianas? O serviço nos ensina
sobre nós mesmos. Se ouvirmos
o Espírito, podemos aumentar
nossa capacidade de amar e de nos
tornarmos mais caridosos. O Espírito
nos instrui à medida que servimos
e ficamos mais em sintonia com nós
mesmos e com as outras pessoas.
Os membros a seguir
compartilharam o que aprenderam
por meio do serviço.
O Espírito guia nosso
serviço ao próximo
Tínhamos preenchido todos
os formulários para uma missão
de tempo integral pouco antes de
o mundo se fechar por causa da
Covid-­19. Não queríamos chegar ao
campo missionário e ser enviados de
volta para casa, então nos reunimos
com nosso presidente de estaca e
com o presidente da Missão Arcadia
Califórnia, onde morávamos, para
ver se poderíamos servir localmente.
Fomos imediatamente chamados
para ser coordenadores de moradia.
38 L i a h o n a
Membros contam como prestar
serviço nos ajuda a crescer, a
ouvir o Espírito e a nos tornarmos
um instrumento nas mãos
do Senhor para abençoar
a vida do próximo.
Poucas semanas depois de come-
çarmos, aviões cheios de missioná-
rios retornaram do mundo todo,
seja para serem liberados de suas
respectivas missões ou realocados
para missões nos Estados Unidos.
O número de missionários de tempo
integral na Missão Arcadia cresceu
de 180 para 250. Tivemos dificuldade
de encontrar moradia para todos,
mas o Espírito nos guiou.
As experiências da vida pare-
cem ser direcionadas pelo Senhor
para nos prepararmos para opor-
tunidades de serviço. Por causa da
Sociedade de Socorro, conheci irmãs
nas estacas das redondezas que
poderiam ajudar com os almoços
nas conferências de zona. Quando
uma menina sem-­teto apareceu nos
degraus do escritório da missão,
eu conhecia os recursos locais que
poderiam ajudá-­la. Meu marido,
Mike, também tinha conexões na
área para encontrar soluções para

problemas aparentemente insolú-
veis, desde encontrar piscinas para
batismos ao ar livre até consertar
ILUSTRAÇÃO: MARIKO KOWALSKI; FOTOGRAFIAS: CORTESIA DOS AUTORES
máquinas de lavar louça.
Mike e eu servimos porque pro-
metemos dedicar nosso tempo e
nossos talentos para A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias. Foi uma bênção amar nossos
250 missionários, e somos gratos
por essa oportunidade. Prestar
serviço nos aproximou de Cristo
(ver Morôni 7:44–48).
Debra e Mike O’Neil, Califórnia, EUA
A história da família
e o serviço no templo
nos dão alegria
Antes da dedicação do Templo do
Rio de Janeiro Brasil em 2022, nossa
Sociedade de Socorro queria ajudar
as famílias a ter nomes prontos para
a abertura. Por meio de reuniões
presenciais e aulas on-­line, ajudamos
todas as pessoas a encontrar seus
antepassados.
Minha grande alegria foi ver cada
família se preparando para o templo.
Minha alma estava cheia de amor
pelo Salvador e de gratidão por
poder ajudar outras pessoas a conec-
tar a família por meio das ordenan-
ças do templo.
Izabel de Queiroz Martins Silva,
Rio de Janeiro, Brasil
O serviço ao próximo
abençoa os necessitados
Recentemente, servimos como
missionários de relações internacio-
nais, trabalhando com diplomatas
estrangeiros nas Nações Unidas.
Nós nos sentimos humildemente
abençoados por conhecer tantas
pessoas amorosas e atenciosas
do mundo inteiro que buscam
servir seus compatriotas.
Tivemos o privilégio de distribuir
os recursos arrecadados com as
máquinas de doação da campanha
Seja a Luz do Mundo para destina-
tários no mundo inteiro, por meio
da UNICEF (Fundo das Nações
Unidas para a Infância) e da CARE
(Cooperativa para Assistência e
Alívio em Todos os Lugares).
Sentimos o Espírito ao dizer aos
líderes que nossa neta estava ser-
vindo missão na Guatemala e ajudou
a entregar frangos aos necessitados,
comprados por meio das máquinas
de doação. Que bênção é saber que
as famílias têm ovos para comer ou
vender como desejarem.
Brent e Julie Hill, Nova York, EUA
O élder Dieter F. Uchtdorf, do
Quórum dos Doze Apóstolos, disse
que o Senhor “nos convida a ser Suas
mãos e a andar fazendo o bem”.1
É um privilégio para nós servir em
nome do Salvador. Ao ponderarmos
sobre o significado de nosso serviço,
a luz do Salvador nos conduzirá a
uma compreensão maior de Seu
amor. ◼
A autora mora em Utah, EUA.
NOTA
1. Dieter F. Uchtdorf, “Deus está entre nós”,
Liahona, maio de 2021, p. 10.
Abril de 2024 39
 Vem, e Segue- ­Me

A coligação de Israel:
Jacó 5
Como uma vinha de oliveiras

O
presidente
Russell M. Nelson
ensinou que a coli-
gação de Israel “é a coisa
mais importante que está
acontecendo na Terra hoje
em dia”1 — e podemos
fazer parte dela! Mas o
que é exatamente a coliga-
ção e a quem ela se aplica?
Depois de entendermos
esse importante trabalho,
podemos decidir melhor
como cada um de nós quer
ajudar a coligar Israel.
A alegoria das oliveiras
em Jacó 5 pode nos
ajudar a entender isso. O QUE É: A coligação de Israel é QUEM: Todas as pessoas!
Jacó compartilhou essa um esforço mundial para ajudar todos os A coligação de Israel se aplica a todos
alegoria, em parte, para filhos do Pai Celestial a “ouvir a mensagem os filhos de Deus, tanto os vivos quanto
responder à pergunta do evangelho restaurado de Jesus Cristo os que estão no mundo espiritual.
de como o antigo povo (…) [e decidir] por si mesmos se desejam “Israel se refere a uma pessoa que está
da aliança do Senhor, saber mais”.2 Ela também cumpre as disposta a permitir que Deus prevaleça
“depois de [haver] rejeitado profecias que afirmam que o povo do em sua vida.”3
o fundamento seguro convênio de Deus (os descendentes de JACÓ 5: O senhor da vinha repre-
[ou seja, o Salvador], Abraão ou aqueles que são adotados senta Jesus Cristo ( Jeová). As oliveiras
[construiria] sobre ele” no convênio por meio batismo) será boas e seus ramos representam o povo
( Jacó 4:17). coligado nos últimos dias, além de fazer do convênio do Senhor, e as oliveiras
parte da preparação para a Segunda Vinda bravas e seus ramos representam as
do Senhor (ver Moisés 7:61–65). pessoas que ainda não fizeram con-
JACÓ 5: A obra do mestre e de seus vênios com o Senhor. Os servos que
servos na vinha representa a interação ajuntam os ramos representam aqueles
do Senhor com Seus filhos quando Israel que estão pregando o evangelho e
está dispersa e coligada (ver, por exemplo, ajudando as pessoas a fazer e cumprir
versículos 76–77). convênios (ver versículos 3, 70, 72–73).

40 L i a h o n a
 QUANDO: A coligação de Israel vem aconte-
cendo desde o princípio e continua em nossos dias
como parte da Restauração contínua do evangelho
de Jesus Cristo na Terra.
JACÓ 5: O último esforço na vinha representa
os últimos dias e nossa preparação para a Segunda
Vinda do Salvador (ver versículos 62 e 77).

ONDE: A coligação de Israel está acontecendo

no mundo inteiro. “Cada nação é o local de
coligação de seu próprio povo.”5
JACÓ 5: A vinha do mestre representa o mundo
(ver versículos 8 e 14).

COMO: De acordo com o que o presidente Nelson POR QUÊ: Ao coligar Israel, estamos
convidando os filhos de Deus a fazer convênios que
ensinou, sempre que ajudamos alguém a fazer convênios
lhes permitam viver com sua família no céu. Fazer
com Deus, estamos ajudando na coligação de Israel.4
esses convênios na Terra também nos traz força,
Servir uma missão de tempo integral, fazer o trabalho
alegria e ajuda divina nos desafios da vida.6
de história da família e realizar as ordenanças do templo
JACÓ 5: A alegria que os servos sentem por seu
são excelentes maneiras de coligar Israel. As maneiras
trabalho diligente é a mesma alegria que sentimos
menos óbvias incluem cumprir seu chamado na Igreja,
quando procuramos levar outras pessoas a Cristo
ser amigo de pessoas que não são de nossa fé, defender a
(ver versículos 71 e 75).
liberdade religiosa, fazer amizade com alguém novo na
Igreja, prestar seu testemunho, servir aos necessitados
NOTAS
e ser um portador digno de uma recomendação para
1. Russell M. Nelson, “Juventude da promessa”, Devocional
o templo. Mundial para os Jovens, 3 de junho de 2018, Biblioteca do
JACÓ 5: Podar, cavar e enxertar representam as Evangelho.
2. Russell M. Nelson, “Juventude da promessa”, Biblioteca do
diferentes maneiras de podermos ajudar outras Evangelho.
pessoas a fazer e guardar convênios sagrados 3. Russell M. Nelson, “Permita que Deus prevaleça”, Liahona,
(ver versículos 11, 12, 58, 68). novembro de 2020, p. 92.
A ALEGORIA DA OLIVEIRA, DE BRAD TEARE

4. Ver Russell M. Nelson, “Juventude da promessa”, Biblioteca

do Evangelho.
5. Bruce R. McConkie, Conference Report, Conferência da Área
México Cidade do México, 1972, p. 45.
6. Ver Russel M. Nelson, “O convênio eterno”, Liahona, outubro
de 2022, p. 4.

Abril de 2024 41
 Vem, e Segue- ­Me

Como se o Salvador
Jarom 1;
Mosias 3 já tivesse vindo

A Primeira Vinda do Senhor

Jarom explicou que os

nefitas foram ensinados sobre
o propósito da lei de Moisés:
ajudá-­los a “esperar pelo
Messias e a crer na sua vinda,
como se ele já tivesse vindo”
( Jarom 1:11; grifo do autor).
Cerca de 275 anos depois,
o rei Benjamim deu a mesma
mensagem — “acreditar na
vinda de Cristo (…) como se ele
já tivesse vindo a eles” (Mosias
3:13; grifo do autor).
Acreditar no Senhor com
certeza, da maneira que
fariam se Ele já tivesse vindo
a eles, aumentaria sua fé em
buscar ao Senhor para redimir
seus pecados (ver 2 Néfi
25:24–27). Os profetas nefitas
ensinaram que, embora
o Salvador ainda não tivesse
nascido na mortalidade, Sua
Expiação poderia ter efeito
em sua vida.

“E o Senhor Deus enviou seus santos profetas a todos os filhos dos homens
para declararem estas coisas a toda tribo, nação e língua, para que, assim,
todo aquele que acreditar na vinda de Cristo receba a remissão de seus
pecados e regozije-­se com grande alegria, como se ele já tivesse
vindo a eles.” — Mosias 3:13

42 L i a h o n a
 Preparar-­se para
a Segunda Vinda
do Senhor

Assim como nos tem-

pos do Livro de Mórmon,
os profetas ainda nos
convidam a “esperar
pelo Messias” ( Jarom
1:11) e nos prepararmos
para Sua vinda:
“Precisamos preparar-­
nos tanto física como
espiritualmente para os
eventos profetizados
para a Segunda Vinda”.1
“Uma de suas impor-
tantes responsabilidades
é a de ajudar a preparar
o mundo para a Segunda
Vinda do Salvador.”2
“O que podemos fazer
para nos prepararmos hoje
para esse dia? Podemos
nos preparar como povo;
podemos coligar o povo
do convênio do Senhor;
DISCURSO DO REI BENJAMIM, DE JEREMY WINBORG, REPRODUÇÃO PROIBIDA; A SEGUNDA VINDA, DE HARRY ANDERSON

e podemos ajudar a fazer

com que sejam cumpridas
as promessas de salvação
‘feitas aos pais’, nossos
antepassados. Tudo isso
precisa acontecer em
medida substancial antes
que o Senhor retorne.”3

NOTAS
1. Dallin H. Oaks, “A preparação
para a Segunda Vinda”, A
Liahona, maio de 2004, p. 9. DEBATE
2. Neil L. Andersen, “Preparar o
mundo para a Segunda Vinda”,
Como isso poderia fortalecer sua fé e prepará-­lo para o retorno de Jesus Cristo se você
A Liahona, maio de 2011, p. 49. acreditasse em Jesus Cristo com o mesmo fervor como se Ele já estivesse aqui?
3. D. Todd Christofferson,
“Preparar-­se para o retorno
do Senhor”, Liahona, maio
de 2019, p. 82.

Abril de 2024 43
Vem, e Segue- ­Me
Enos
Receber revelação até
que nossa fé se torne
INABALÁVEL
O
relato de Enos, no Livro de
Mark A. Mathews
Mórmon, é um ótimo recurso para
Seminários e Institutos
aprender a “ouvir melhor o Senhor
e com mais frequência”, como o presidente
“Eu o incentivo Russell M. Nelson nos aconselhou.2
a dar os passos Esse belo e curto relato encontrado nas
necessários para escrituras nos mostra como nos qualificar
ouvir melhor para receber revelação, como geralmente
o Senhor e com a recebemos e por que devemos buscá-­la.
Com Enos também podemos aprender
mais frequência
como nossa fé no Senhor pode se tornar
a fim de receber inabalável (ver Enos 1:11) e saber que
a iluminação descansaremos com nosso Redentor
que Ele lhe deseja (ver versículo 27).
conceder.”1
— Presidente Buscar revelação
Russell M. Nelson “A luta que travei perante Deus” (versí-
culo 2). Enos descreve seus esforços para
receber revelação como uma “luta”. Isso
denota um grande empenho e confirma
o que o presidente Nelson ensinou, que
“receber revelação exige esforço”.3 Não
podemos esperar recebê-­la com um esforço
superficial ou mínimo (ver Doutrina
e Convênios 9:7–8).
“Saí para caçar animais nas florestas”
(versículo 3). A revelação de Enos veio
quando ele estava sozinho na floresta,
mostrando-­nos que “um momento de
silêncio é um momento sagrado — um
momento que propiciará a revelação pessoal
e instilará paz”.4 O presidente M. Russell
44 L i a h o n a
Ballard, então presidente em exercício do
Quórum dos Doze Apóstolos, disse: “As
pessoas do passado vivenciavam a solidão
de algumas maneiras que nem conseguimos
imaginar em nosso mundo atarefado e
superpopuloso. Mesmo quando estamos
sozinhos hoje em dia, podemos sintonizar
nossos dispositivos móveis, laptops e
televisores para manter-­nos entretidos e
ocupados. Como apóstolo, faço-­lhes uma
pergunta: Vocês separam algum tempo para
ficar em silêncio?”5
“As palavras que frequentemente
ouvira de meu pai sobre a vida eterna (…)
penetraram-­me profundamente o coração”
(versículo 3). Nesse momento de silêncio,
Enos começou a ponderar, o que significa
“meditar e refletir profundamente, geral-
mente sobre as escrituras ou outras coisas
divinas”.6 A experiência de Enos confirma o
que o presidente Henry B. Eyring, segundo
conselheiro na Primeira Presidência, ensi-
nou: “Quando ponderamos, propiciamos a
revelação do Espírito”.7
“E minha alma ficou faminta” (versículo 4).
Como alguém que sente fome de alimento,
Enos tinha um desejo intenso ou profundo
anseio de conhecer e experimentar as
ILUSTRAÇÕES: DAN BURR
coisas de Deus. Esse desejo motivou
e qualificou Enos a buscar e receber
revelação pessoal. O presidente Nelson
prometeu: “Ao buscarmos o poder do
“E minha
alma ficou
faminta.”

Abril de 2024 45
Senhor para nossa vida com a mesma intensidade de alguém que luta
para conseguir respirar quando está se afogando, teremos o poder
de Jesus Cristo. Quando o Salvador perceber que verdadeiramente
desejamos nos achegar a Ele — quando Ele sentir que o maior desejo
de nosso coração é invocar Seu poder em nossa vida —, seremos
guiados pelo Espírito Santo para saber exatamente o que devemos
fazer”.8
“Clamei-­lhe, em poderosa oração (…) o dia inteiro (…) e depois de ter
anoitecido, continuei a elevar a minha voz até que ela chegou aos céus”
(versículo 4). A experiência de Enos mostra que a oração intensa
e persistente cria condições de recebermos revelação. No entanto,
isso não precisa acontecer com uma única oração longa. O élder
David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou: “O fervor
pode parecer impressionante no curto prazo, mas a estabilidade ao
longo do tempo é muito mais eficaz, muito menos perigosa e produz
resultados muito melhores. (…) Uma tentativa de orar uma vez por
várias horas provavelmente não produzirá os mesmos resultados
espirituais do que a oração significativa matutina e noturna oferecidas
de modo consistente ao longo de várias semanas”.9
Como aconteceu com Enos, haverá momentos em nossa vida em
que a revelação que buscamos não virá imediatamente. Quando isso
acontecer, devemos seguir seu exemplo e continuar a orar com fé e a
esperar fielmente no Senhor.
“A voz do Senhor
me veio outra vez
à minha mente.”
Reconhecer a revelação
“A voz do Senhor me veio (…) à mente” (versículo 10). Enos sabia que
sua oração havia chegado aos céus (ver versículo 4) porque recebeu
uma resposta do Senhor. Ele registrou: “E ouvi uma voz, dizendo:
Enos, perdoados são os teus pecados” (versículo 5). Embora Enos
tenha descrito ter ouvido uma voz, ele mais tarde esclareceu que não
era uma voz audível aos seus ouvidos, mas uma voz espiritual em sua
mente. Ele escreveu: “A voz do Senhor me veio outra vez à minha
mente” (versículo 10).
O presidente Boyd K. Packer (1924–2015), que serviu como
presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que “essas
46 L i a h o n a
comunicações espirituais delicadas e
refinadas não são vistas com nossos olhos
nem ouvidas com nossos ouvidos. E, apesar
de serem descritas como uma voz, é uma
voz mais sentida do que ouvida”.10
A experiência de Enos mostra que
a forma mais comum de revelação não
é quando o Senhor fala audivelmente aos
nossos ouvidos ou aparece visualmente
aos nossos olhos, mas quando Ele fala sutil-
mente por meio de Seu Espírito à mente e
ao coração (ver Doutrina e Convênios 8:2–3).
Bênçãos da revelação
“Enos, perdoados são os teus pecados”
(versículo 5). Por revelação pessoal, Enos
recebeu a certeza de que seus pecados
foram perdoados. Essa é uma das maiores
bênçãos que podemos receber por meio de
revelação. Na verdade, sempre que recebe-
mos revelação por meio do Espírito Santo,
é uma evidência de que nosso coração
está mudando e estamos nos achegando a
Deus. O presidente Eyring explicou: “Se já
sentiram a influência do Espírito Santo (…),
entendam isso como uma prova de que a
Expiação está agindo em sua vida”.11
“Minha fé (…) começou a tornar-­se inabalá-
vel” (versículo 11). Tendo recebido a bênção
que buscava, os desejos de Enos se volta-
ram para o bem-­estar espiritual e a salvação
eterna de outras pessoas. Ele orou por sua
família entre os nefitas e, depois, pelos
lamanitas. Ao orar, ele sentiu algo sagrado.
Ele explicou: “Depois que eu, Enos, ouvi
estas palavras, minha fé no Senhor come-
çou a tornar-­se inabalável” (versículo 11).
Uma das bênçãos de receber revelação
pessoal do Senhor é que essas experiências
espirituais fortalecem nossa fé Nele. Cada
vez que O ouvimos, nossa fé em Jesus
Cristo cresce. Com o tempo, as revelações
frequentes podem tornar inabalável nossa fé
no Senhor.
O presidente Joseph F. Smith (1838–1918)
contou sua própria experiência: “Quando eu
comecei a trabalhar no ministério como rapaz,
frequentemente pedia ao Senhor que me mos-
trasse algo maravilhoso para que eu pudesse
receber um testemunho. O Senhor não me
revelou maravilhas, mas mostrou-­me a ver-
dade, linha por linha, preceito sobre preceito,
um pouco aqui, um pouco ali, até que me fez
conhecer a verdade do alto da cabeça até a
sola dos pés, e até que a dúvida e o medo tives-
sem sido completamente eliminados de minha
vida. Ele não me enviou um anjo do céu para
isso, tampouco falou com a voz de trombeta
de um arcanjo. Por meio dos sussurros da voz
calma e tranquila do Espírito do Deus vivo,
Ele concedeu-­me o testemunho que possuo.
E por esse princípio e poder Ele concederá a
todos os filhos dos homens o conhecimento da
verdade que permanecerá com eles”.12
“Sua fé era igual à tua” (versículo 18).
Quando Enos foi perdoado de seus pecados,
o Senhor explicou que foi “por causa da tua
fé em Cristo, a quem nunca ouviste nem
viste antes” (versículo 8). Depois de receber
muitas outras revelações, Enos finalmente
desenvolveu a mesma fé que seus pais
tinham: “sua fé era igual à tua” (versículo 18).
Enos tinha fé em Cristo semelhante à de Leí,
Jacó e Néfi, todos os quais, em visão, viram o
Senhor. Embora seu testemunho tenha vindo
simplesmente por revelação pessoal por
meio do Espírito Santo, era tão certo quanto
se ele tivesse visto o Senhor com os próprios
olhos. As experiências de Enos ilustram um
princípio que o élder D. Todd Christofferson,
do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou a
respeito do testemunho do apóstolo Tomé
sobre o Salvador: “Qualquer pessoa [pode]
ter a mesma convicção ou testemunho que

Abril de 2024 47
“Então
NOTAS
Tomé [recebeu] sem precisar tocá-­Lo ou vê-­Lo [ver 1. Russell M. Nelson, “Crescer
João 20:29]”.13 no princípio da revelação”,

verei
Liahona, janeiro de 2021, p. 9.
No final de seu livro, Enos registra que ele logo 2. Russell M. Nelson, “Crescer
morreria e “então [veria] a Sua face” (versículo 27). Seu no princípio da revelação”, p. 9.

a sua
testemunho de encerramento nos faz lembrar do teste- 3. Russell M. Nelson, “Cristo
ressuscitou; a fé que temos
munho final do élder Bruce R. McConkie (1915–1985), Nele moverá montanhas”,

face.”
do Quórum dos Doze Apóstolos. Na Conferência Geral Liahona, maio de 2021, p. 103.
4. Russell M. Nelson, “O que
de Abril de 1985, poucos dias antes de falecer, ele falou
estamos aprendendo e que
sobre o Salvador: jamais esqueceremos”, Liahona,
“Sou uma de Suas testemunhas, e em um dia senti- maio de 2021, p. 80.
5. M. Russell Ballard, Facebook,
rei as marcas dos cravos em Suas mãos e em Seus pés 8 de novembro de 2020, face-
e molharei Seus pés com minhas lágrimas. book.com/mrussell.ballard.
Mas, nesse momento não saberei melhor do que já sei 6. Guia para Estudo das
Escrituras, “Ponderar”,
agora, que Ele é o Filho Onipotente de Deus, que Ele Biblioteca do Evangelho.
é nosso Salvador e Redentor”.14 7. Henry B. Eyring, “Servir
com o Espírito”, A Liahona,
“Logo irei para o lugar de meu descanso, que é com meu
novembro de 2010, p. 60.
Redentor, pois sei que nele descansarei” (versículo 27). Enos 8. Russell M. Nelson, “Invocando
sabia por revelação pessoal que seria salvo por Jesus o poder de Jesus Cristo em
nossa vida”, A Liahona, maio
Cristo no reino celestial. Alguns supõem que isso seja de 2017, p. 42.
algo que nunca poderemos saber nesta vida. Outros 9. David A. Bednar, “Steadfast
pensam que esse conhecimento requer algo extraor- and Immovable, Always
Abounding in Good Works”,
dinário, como uma visita do Salvador. No entanto, o New Era, janeiro de 2008, p. 5.
Senhor ensinou que o Espírito Santo pode dar às pes- 10. Boyd K. Packer, “A lâmpada
do Senhor”, A Liahona, outubro
soas a promessa de vida eterna por meio da constante
de 1983, p. 30.
fidelidade ao cumprimento de seus convênios.15 Essa 11. Henry B. Eyring, “Gifts of the
certeza espiritual depende de nossa fidelidade: “O Spirit for Hard Times”, Ensign,
junho de 2007, p. 23.
Espírito Santo retira o selo de aprovação quando convê- 12. Ensinamentos dos Presidentes
nios são quebrados”.16 da Igreja: Joseph F. Smith,
Ao “prosseguirmos” no caminho do convênio, 1998, p. 201.
Escaneie o código para 13. D. Todd Christofferson,
assistir ao testemunho
esforçando-­nos para “perseverar até o fim”, o Senhor “Tornar-­se uma testemunha
final de élder Bruce R. nos dará certezas espirituais ao longo da vida até que de Cristo”, A Liahona, março
de 2008, p. 59.
McConkie na Conferência
saibamos com confiança que “[teremos] vida eterna”
Geral de Abril de 1985. 14. Bruce R. McConkie, “O poder
Para ler uma versão (2 Néfi 31:20). “As escrituras chamam esse processo purificador do Getsêmani”,
reimpressa do último de fazer firme vossa vocação e eleição.”17 A Liahona, maio de 1985, p. 11.
discurso de élder 15. Ver Guia para Estudo das
Como Enos, ao lutarmos perante Deus, se nossa alma
McConkie, ver A Liahona, Escrituras, “Santo Espírito
abril de 2011, p. 16. tiver fome e nosso coração ponderar, se orarmos com da Promessa”, Biblioteca
fervor por nós mesmos e pelos outros, receberemos do Evangelho; Doutrina
e Convênios 88:2–4.
revelação após revelação em nossos momentos de silên- 16. Joseph Fielding Smith,
cio, até que nossa fé em Jesus Cristo se torne inabalável Doutrinas de Salvação, comp.
e saibamos que um dia descansaremos com Ele. ◼ por Bruce R. McConkie, 1954,
vol. 1, p. 45.
17. Guia para Estudo das Escrituras,
“Chamado e eleição”, Biblioteca
do Evangelho.

48 L i a h o n a
ARTE DO LIVRO DE MÓRMON

Saria no Deserto “E [Saria] falou, dizendo: Agora sei com certeza que
o Senhor ordenou a meu marido que fugisse para
o deserto; sim, e tenho também certeza de que
o Senhor protegeu meus filhos e livrou-­os das
mãos de Labão; e deu-­lhes o poder de executarem
o que o Senhor lhes havia ordenado.”
1 Néfi 5:8

SARIA NO DESERTO, DE ROSE DATOC DALL

VEM, E SEGUE-­ME
O que Enos pode nos
ensinar sobre a luta
e o trabalho para
receber revelação?

44

PROCLAMAÇÃO DA FAMÍLIA
TRÊS MANEIRAS DE
ENSINÁ-­L A ÀS CRIANÇAS

16
JOVENS ADULTOS
PRIORIZAR NOSSOS
RELACIONAMENTOS
MAIS IMPORTANTES

30, 34
JACÓ 5
O QUE É A
COLIGAÇÃO
DE ISRAEL?

40