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Salmos 99.1-9.

Tema: Razões para adorar ao Senhor

INTRODUÇÃO

Em Trindade, uma cidade do interior de Goiás, todos os anos é realizada a


festa do “divino pai eterno”, essa festa reúne milhares de fiéis que visam adorar e
prestar cultos aos seus ídolos, muitos vão porquê de alguma forma receberam algum
tipo de benção, que seja cura de alguma enfermidade ou algum bem material. No
entanto, essa é uma prática que não condiz com o que as escrituras nos ensinam, pois,
devemos prestar culto e adorar ao único e Santo Deus, e é justamente sobre isso que o
nosso texto está nos instruindo.

CONTEXTO
O Salmos faz parte dos livros poéticos e sapienciais do A.T., sua composição
de 150 poesias escritas por diversos autores em diferentes locais, situações, se
estendendo ao longo de diferentes épocas, sem dúvida, é um dos livros mais lidos e
cantados de toda a escritura, pois, foram através deles que o povo expressava sua
adoração a Elohim, ao longo da história foram cantados por vários reis, sacerdotes e
diversos povos de nações e raças diferentes, porque através deles, os seres humanos,
são confortados ao expressarem seus sofrimentos, são consolados em tempo de dor e
adversidades, em sua composição podemos notar também um Deus misericordioso e
justo, que tem intolerância a perversidade do seu povo, que pune o pecado com justiça.
Os salmos ainda nos mostram um Deus de Aliança, que tem um relacionamento íntimo
com o homem, mostrando suas leis e transformando corações através das orações. O
Salmos transformou vidas ao longo da história e ainda continuam moldando a adoração
nos dias atuais. (ARNOLD; BEYER, 2001).
Em relação a nossa passagem, o texto de Salmos 99 encontra-se dentro do IV
livro, compreende-se que o mesmo está inserido em um bloco maior que é o Saltério.
Essa passagem faz parte da coletânea dos Salmos reais que começa no 93, porém ele
tem semelhança com o (Sl 95.1-5) em relação a entronização e também com o (Sl 98.4-
6) que se assemelha com o (Sl 99.1-4). Esses Salmos demonstram a confiança do
Salmista em Deus, pela derrota que Ele causou aos seus inimigos, mostrando que Deus
é poderoso e inabalável, justo juiz que julga o povo por suas iniquidades e pecados.
(ROBERTSON, 2019, p.171-172).

Proposição: Diante das oposições e adversidades no período do exilio, vemos a


bondade de Deus em continuar abençoando e mantendo a sua misericórdia para com o
povo de Israel, e assim o povo era chamado a louvar e adorar a Deus, diante disso,
quero compartilhar o seguinte tema: Razões para adorar ao Senhor! Esse texto nos
revela 3 razões que temos para adorar ao Senhor. Portanto, Por que devemos adorar
ao Senhor?

1°) Porque Ele reina! (v.1-3).


Ilustração: Durante muitos séculos, a forma de governo era a monarquia em
diversos países, ao longo de sua história teve cunho absolutista, ou seja, o rei tinha o
poder de tomar qualquer medida sem que sofresse oposição de seus súditos, pois
estavam resguardados pela riqueza, o poder de seus exércitos, e a adoração religiosa da
população. Assim foi com os faraós do Egito ou com os imperadores romanos na
antiguidade.1
Embora este regime não é mais uma realidade em quase todos os países, ainda
temos alguns países que tem essa forma de governo, e em outros que são ditadores e
outros democráticos, como é o caso do nosso país, que são eleições e a cada 4 anos tem
uma eleição para mudar de governo, e diferente desse tipo de regime, vimos aqui um rei
que é poderoso e reina desde a eternidade.

(V.1) Deus está governando: Esses primeiros versículos da nossa passagem,


nos leva a adorar um Deus que reina, a palavra chave aqui é ‫( ֭ ָמלְָך‬Reinar), que significa
sentar ou habitar, Groningen, aborda essa questão apontando que esse termo “Rei”
dirige para “Deus Javé”. Esses Salmos são reconhecidos como os “Salmos de Louvor a
realeza de Javé”. (GRONINGEN, 2008, p.162).

Esse verbo tem uma forte ligação com o nome direto de Deus, pois, tem o
mesmo sentido de habitação, que é o seu santuário onde Ele habita, observa-se que; com
a junção do verbo ‫( ֭ ָמלְָך‬Reinar) e do tetragrama YHWH, chegamos à conclusão, que
Deus está reinando, é uma ação completa, que Deus já está governando do seu trono,

1
https://www.infoescola.com/formas-de-governo/monarquia/ Acesso: 24/11/21
que é o lugar de onde Ele assenta em sua habitação. Segundo Harman, a ideia de reino
concorda com a conclusão a que chegamos.

“A relação entre Deus e a humanidade é que o Deus


Criador é um soberano que exercita seu governo sobre
seu mundo e sobre as criaturas humanas em particular. O
reino de Deus diz respeito ao povo de Deus, no lugar de
Deus e sob o governo de Deus. Vivendo sob o governo
pactual de Deus, os homens eram direcionados em sua
resposta a Deus mediante os vários mandamentos que ele
lhes dera. ” (HARMAN, 2011, p.40)
Essas afirmações, dão a segurança que o povo de Israel tinha que Deus já
estava assentado no trono, e esse era um dos motivos pelo qual o povo de Israel cantava
louvores e adorava a Javé. (GRONINGEN, 2008, p.162)
Contudo, meus irmãos, nós também podemos ter essa mesma segurança que o
povo de Israel tinham em saber que Deus estava do seu sublime trono reinando e
governando o universo, pois, o nosso Deus, continua a reinar e governa todas as coisas,
derramando suas bênçãos sobre nós.
(v.2) Deus é poderoso: o versículo 2, traz a dimensão desse poder de YHWH
como rei sobre tudo o que existe, pois, seu poder é capaz de provocar abalos sísmicos, a
expressão é de grandessíssimos tremores. No entanto, não se limita apenas aos povos,
Ele abala todas as nações, até a terra treme, uma implicação que nos leva de volta ao
Sinai, onde a montanha transparecia e tremia diante da presença de Deus. A

características ‫ָּגדֹול‬
֑ (grande) é Javé nos dá uma dimensão do seu domínio Santo que
abala a terra e se estende não apenas a um lugar ou pessoas, mas, a todas as nações.
Gãdôl qualifica o santo de Israel (Is 12.6), tu (SI 86.10), e 'Adonai, Senhor (SI
147.5) ”. Essa expressão demonstra a intensidade do nome de Deus, o quanto o seu
poder é imenso e não pode ser comparado com nenhum outro. (VANGEMEREN, 2011,
p.800).
A presença do termo Yahveh ou do tetragrama YHWH no texto, nos mostra
que Deus é quem busca um relacionamento com o seu povo, por isso mostra quem Ele
é. Desse modo, o pacto é de natureza de um só lado, pois não é feito entre partes iguais
ou entre o povo de Israel e Deus, mas toda a ação é sempre de Deus. Yhwh é o Senhor
sobre todas as coisas, até mesmo sobre a vida do homem, por isso, a sua soberania foi a
fonte do pacto.
Grudem em sua teologia sistemática explica que o pacto é inalterado e não
pode ser substituído uma vez estabelecido, é importante compreender o pacto aqui
devido a atitude de Deus em proteger seu povo. Como Ele diz: "Eu serei o seu Deus e
eles serão o meu povo" (Jr 31:33, 2 Coríntios 6:16;)2
Portanto, Deus buscou e ia até o povo de Israel para se relacionar com eles, e
isso era parte do seu pacto, e nós precisamos compreender, que essa atitude de Deus se
estende até nós, Ele é poderoso e continua nos protegendo, pois, fazemos parte da
família da Aliança.
(v.3) Deus é Santo: O versículo 3 é o resultado porque o povo de Israel foi
chamado a louvar, o povo de Israel louva “o grande e temível nome”, que é Santo. Esse

adjetivo ‫קָ ֥דֹוׁש‬ (Santo/ sagrado). A santidade do nome de Deus o torna


verdadeiramente grande para o seu povo e terrível para os seus adversários, a sua
santidade não é algo por acaso, a palavra Santo, faz uma distinção entre o que é “puro e
o que é poluído”, essa expressão é Santo, se repete três vezes dentro da passagem
analisada, nos mostrando que há uma distância no âmbito “moral” e entre o “eterno e
mortal. ” (KIDNER, 1987, p.374).
Portanto, esse termo de qualquer forma está ligado de forma especial a Deus,
pois, somente Ele pode ser considerado Santo, embora as vezes parece ser colocado de
forma moral, “considerada em si mesma, mas sempre é a ideia de bondade ética vista
em relação com Deus. ” (BERKHOF, 1990, p.543)
Entretanto, Deus é Santo e Ele requer de nós Santidade, pois, faz parte de seu
caráter, e ser santo é fazer distinção do que é puro do imundo, por isso, precisamos
desviar do mal, das tentações e dos pecados, pois tudo isso, nos leva para distante de um
relacionamento com Deus.

Por que devemos adorar ao Senhor? 1°. Porque Ele reina! 2°) Porque Ele é reto e
Justo E a segunda razão para adorar a Deus é:

2°) Porque Ele é reto e Justo! (4-5)

2
Teologia sistemática de GRUDEM, Wayne. Paginação irregular. Uso de PDF.
Ilustração: 3“Em 1976, o americano Charles Ray Finch foi acusado do
assassinato do dono de um posto de gasolina no Estado da Carolina do Norte. Finch
sempre negou o crime e garantiu que era inocente, mas depois de um processo marcado
por manipulação de testemunhas e evidências e diversas irregularidades, ele foi
considerado culpado e condenado à morte - sentença posteriormente comutada para
prisão perpétua. ”
“Agora, aos 81 anos de idade, 43 deles passados na prisão por um crime que
não cometeu, Finch conseguiu finalmente provar sua inocência e ser libertado. ”
Acusações assim, acontecem por todo o mundo, devido a justiça dos homens
serem falhas, no entanto, vimos aqui que Deus é justo em seus julgamentos.
Nos versículos 4-5, somos chamados a louvar ao Senhor, e o motivo está bem
no v.4 por causa da sua justiça ‫ּו֝ צְדָ ָ֗קה‬. Observar-se que, o Deus de Israel é todo-poderoso
e também justo, ao contrário dos outros reis e senhores e deuses das nações vizinhas.
(TENNEY, 2008, p.807)
Deus é a justiça e nenhuma lei está acima dEle, porém, “há uma lei em Deus”,
e a “sua essência é a santidade”, e a justiça faz parte de sua santidade, Tenney,
argumenta da seguinte forma sobre essa natureza de Deus:
O que está sendo claramente dito é que Deus é, em sua essência, por sua
própria natureza, a santidade propriamente dita; e a justiça é a maneira ou modo pela
qual sua essência é expressa para com seu mundo criado ou para com qualquer coisa
além dele mesmo. (TENNEY, 2008, p.808)
O Antigo Testamento, revela que Israel ansiava pela justiça e retidão de Deus
para os indivíduos e para o seu povo. Eles foram consolados com o fato de que o
governo de Deus estabeleceria a justiça em toda a terra. Javé já tinha começado seu
reino de justiça e retidão em Israel, quando libertou o povo da escravidão do Egito, e
deu-lhes o decálogo, e dizia por meios de profetas e sacerdotes, e deu-lhes reis para
governá-los com justiça. Como diz o v.4, “em Jacó você age com justiça e
retidão”. Portanto, vimos aqui um Deus que julga com seu caráter e aplica sua lei com
justo juízo. (GRONINGEN, 2008, p.173-174).
Portanto, a justiça de Deus, nos dá segurança e nos direciona para vivermos
uma vida de justiça e conforme as leis de Deus, observando o seu caráter e retidão.
Quanto ao v.5, há um chamado para adorar a Deus, e o lugar para essa adoração, era o
‫ה ֲ֥ד ֹם‬, esse termo “estrado dos seus pés”, “significa a cobertura da arca da Aliança”, que
3
https://www.bbc.com/portuguese/geral-48824288 Acesso: 25/11/2021
era o lugar expiatório, e a razão aqui para a adoração é o mesmo do versículo 3, porque
YHWH é Santo.
Diante do que foi dito aqui, muitos de nós as vezes podemos achar que fomos
injustiçados por algum motivo, mas, esse texto nos dá esperança de que Deus, amando a
justiça e sendo reto em seus juízos, não deixará que nossas causas fiquem impunes,
pois, Ele fará justiça por nós!

Por que devemos adorar ao Senhor? 1°. Porque Ele reina! 2°) Porque Ele é reto e
Justo! E a terceira razão para adorar a Deus é:

3°) Porque Ele é Santo! (v.6-9)


Esses versículos dão o clímax dentro da nossa narrativa, pois, revela um Deus
que se comunicou com o seu povo, na medida que o profetas e sacerdotes os
invocavam, Ele os ouviam e falavam com eles. (v.6)
Nessa semana o mundo foi tomado por medo e apreensão, e vimos em diversos
meios de comunicações que a Rússia invadiu a Ucrânia, porém, um fato me chamou a
atenção, vários grupos de Cristãos foram para as praças e meios da cidade, para orar e
clamar a Deus, com a Esperança de serem ouvidos e Deus atender as suas súplicas para
que a paz reine naquele país. Portanto vemos aqui que:
Moisés e Arão, possuíam funções sacerdotais, e Samuel orava com muito
poder “favor do povo de Israel”, o fato era, os sacerdotes falam por meio das colunas de
nuvem, e Samuel pode experimentar quando entrou no seu santuário. (HARMAN, 2011,
p.350).
(6-7) Ele falava com os sacerdotes: Nos versículos 6 e 7, a expressão “e Ele
os ouvia” (v.6), e “Falava-lhes” tem um sentido de Deus se revelando, Esse modo de
Deus se revelar ao seu povo podemos chamar de Teofania, esse termo é recorrente em
toda a Escritura, porém no A.T., é onde ocorre a maioria das revelações. Essa
quantidade de eventos no A.T. pode ser explicada pela falta das Escrituras e também
pela presença isolada de poucos homens que amavam e serviam a Deus. A teofania em
sua forma presente no texto se dá com o uso do termo “a coluna de nuvem”,
confirmando a presença real de Deus, quanto à forma de teofania, não há nenhuma
evidência sobre qual seria a melhor forma, importando apenas o que Deus fala e faz.
Contudo, a teofania é para os ouvidos, e o aspecto visível é usado mais para prender a
atenção. Deste modo, a grande importância da teofania se faz presente na revelação de
Deus em si, especialmente na mensagem oral. (TENNEY, 2008, p. 837, 838).
Observando a gramática do texto: Outro fator de extrema importância para a
confirmação da presença teofânica de Deus é a presença dos verbos ‫( דבר‬falar) e ‫אמר‬
(falar, dizer). O primeiro, que é o verbo principal da oração é derivado do substantivo
dãbãr, que significa “palavra” ou “coisa”, e expressa o ato de falar audivelmente, ou
seja, mostra que Deus ouviu a voz dos seus sacerdotes quando os mesmos o invocavam,
e eles “guardavam os seus mandamentos e as suas leis. ”. (STRONG, 2002, p. 83, 242).
Contudo, no Novo Testamento não podemos atribuir a presença humana de
Cristo na terra como uma teofania, pois esta manifestação permanente de Deus é
chamada de Encarnação. Aqui também é importante que se diga que a grande maioria
das manifestações teofânicas de Deus ocorreram no Antigo Testamento, embora haja
casos de registrados no Novo Testamento, como a voz celestial e a “pomba” no batismo
de Jesus (Mt 3.16s.), a voz na Transfiguração (Mt 17.5) e na semana da paixão (Jo
12.28), a vinda visível do Espírito Santo (At 2.2s.), a visão de Estêvão (At 7.55s.) e a
conversão de Paulo (At 9.3ss) (TENNEY, 2008, p. 837, 838). Essas são presenças
teofânicas de Deus no Novo Testamento.
Quero destacar a importância de falarmos com Deus e termos uma vida de
oração e de clamor a Deus, o texto nos mostra como os sacerdotes e Samuel oravam e
como Deus os respondiam, irmãos, a nossa igreja tem uma fama muito grande de ser
zelosa e fiel na exposição das escrituras, e isso é muito bom e de fato é, no entanto, é
uma denominação que tem deixado a desejar nas orações e na vida devocional, falamos
tanto em experimentarmos um grande avivamento, reclamos que a igreja está fria, mas,
como podemos melhorar, se nem mesmo nós, buscamos e invocamos a YWVH para
que possamos ter esse avivamento e as transformações que tanto almejamos. Portanto
meus amados, um famoso teólogo disse: ore até ter certeza que Deus está te ouvindo,
após ter essa certeza, continue orando até que você mude e convença a vc mesmo que a
única coisa que te resta é orar.
(8) Ele é misericordioso: No versículo 8, vemos o cuidado e a misericórdia de
Deus com o povo de Israel, mesmo que Ele tenha castigado o povo por suas faltas,
vemos um Deus perdoador e misericordioso. No entanto a expressão (Castigo) ‫ ְ֝ונ ֹ ֵ֗קם‬, esse
termo se refere a Deus, como um ser vingativo, alguns estudiosos, usam a expressam
punir, contudo, aqui se refere á um Deus que faz vingança. Embora, Deus age com
perdão com base em seu amor misericordioso por essas pessoas. No entanto, o amor
perdoador de Deus é simultâneo junto com julgamento divino. Embora seja um “Deus
que perdoa o povo”, essa divindade santa é ao mesmo tempo “um vingador de suas
ações pecaminosas” (v.8). (GRONINGEN, 2008, p.175)
Vale ressaltar que essas características acima não afetam a santidade de Deus.
Por outro lado, eles estão inseparavelmente juntos como o próprio coração do que torna
Javé fortemente diferente de todos os outros, “porque o Senhor nosso Deus é Santo” (v.
9).
(9) Ele é Santo: O último versículo da nossa passagem, é um chamado para
exaltarmos e também para inclinar-nos por causa da sua Santidade, o fato é, esse
versículo, ele é o resultado, de toda a argumentação anterior, pois, ele traz o real motivo,
para a adoração do povo de Israel, a sua Santidade, Kidner, conclui esse versículo, da
seguinte forma;
“Não é sem razão de ser que a frase que forma o lema, Ele é santo! (3, 5) agora
se expande, e recebe calor dizendo (conforme a ordem original das palavras: Porque
santo é o Senhor nosso Deus. A majestade não foi diminuída, mas agora a última
palavra é dada à intimidade. Ele é santo; além disto, apesar da nossa falta de
merecimento, Ele não Se envergonha de ser chamado nosso. Temos justas razões para
adorá-Lo. ” (KIDNER, 1987, p.375)
Esse termo Kadosh ‫ק ָ֥דֹוׁש‬, caracteriza um Deus puro e Santo. Partindo deste
ponto, Berkhof, argumenta, que a ideia de Santidade ela tem primeiramente a sua
aplicabilidade a Deus, e isso nos torna distante de Deus, pois somos pecadores imundos.
“Neste sentido, a santidade não é apenas um atributo em composição e em relação com
os demais em Deus. ” (BERKHOF, 1990, p.542).
“Ele o fez com terríveis juízos sobre os inimigos de Israel, Ex 15.11, 12.
Também o fez separando para Si um povo, que Ele retirou do mundo, Ex 19.4-6; Ez
20.39-44. Tomando e retirando este povo do mundo impuro e ímpio, Ele protestou
contra esse mundo e seu pecado. Ademais, Ele o fez repetidamente, poupando o Seu
povo infiel, porque não queria que o mundo não santo se regozijasse com aquilo que
poderia considerar fracasso em Sua obra. ” (BERKHOF, 1990, p.542).
O Salmo 99 nos mostra que a santidade de nossa parte tem pouco ou nada a
ver com uma vida piedosa ou religiosa. Em vez disso, precisamos ser santos porque o
Senhor seu Deus é Santo.
Portanto, concluímos convictos que a tríplice Santidade de YHWH, possui
uma pureza que não pode se misturar com coisas imundas, e esse é o motivo pelo qual
o Salmista nos chama a adorar e a louvar esse Deus poderoso e reto em julgar.

CONCLUSÃO

Em nossa passagem vimos um chamado para louvarmos a Deus, por causa do


seu reinado, porque Ele é poderoso, e seu nome possui uma grandeza incomparável, no
entanto, Ele também é um Deus que julga com retidão, usa de vingança e pune o
pecador, porém, é misericordioso em perdoar, e requer do seu povo que sejam puros e
busquem uma vida de santidade, pois, Ele sendo o Nosso Deus, Ele é Santo e não se
mistura com o pecado.

APLICAÇÕES
Diante das razões para louvarmos e adorarmos a Deus, existe algumas
aplicações que podemos praticar, para alcançarmos as recomendações dos Salmos.
1. Para aproximarmos de Deus e falarmos com Ele, para que Ele nos ouça,
devemos voltar a nossa vida de leitura e oração, precisamos ler a sua
palavra, viver uma vida de total devoção a Deus.
2. Sermos justos, agir com retidão, em qualquer lugar que estivermos, seja
no trabalho, na empresa, na hora de pagar os empregados ou receber
alguma coisa, preciso agir com justiça e retidão com todos.
3. Precisamos praticar e voltar a ter uma vida de Santidade, nos afastando
daquilo que nos faz pecar, precisamos resistir as tentações que nos
cercam, precisamos ser obedientes a Deus e nos afastar da
desobediência, lembrando que essas atitudes nos afastam de nosso
relacionamento íntimo com Ele.

Oração.

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