LICENCIATURA EM FILOSOFIA

PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID)

POSTAGEM 1: ATIVIDADE 1

REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS

Lucas Gabriel de O. P. Albuquerque

RA: 2189499

Asa Sul / DF

2021
 Sumário

1. Reflexões referentes aos 13 textos ................................................................ 3

1.1 Educação? Educações: aprender com o índio ............................................. 3

1.2 O fax do Nirso .............................................................................................. 3

1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo) ........................... 4

1.4 Uma pescaria inesquecível .......................................................................... 5

1.5 A Folha Amassada ....................................................................................... 5

1.7 Assembleia na Carpintaria ........................................................................... 7

1.8 Colheres de Cabo Comprido ........................................................................ 7

1.9 Faça parte dos 5% ....................................................................................... 8

1.10 O Homem e o Mundo ................................................................................. 8

1.11 Professores Reflexivos ............................................................................... 9

1.12 Um Sonho Impossível? .............................................................................. 9

1.13 Pipocas da Vida ....................................................................................... 10

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 10
 1. Reflexões referentes aos 13 textos

Apresentarei a seguir, algumas reflexões que os textos sugeridos como

leitura pelo Livro-Texto dessa primeira parte da disciplina Pratica de Ensino.
Pode-se ao longo da leitura refletir sobre nossas posturas e formas de tratar e
aprender sobre uma única e importante questão: A educação e as formas de
aprendizado. Vejamos a seguir.

1.1 Educação? Educações: aprender com o índio

Em primeiro aspecto a se observar, podemos ver que a educação não é

apenas embasada e exclusiva de uma escola ou determinado contexto. A forma
e o conteúdo a ser aprendido também são mostrados e definidos pela cultura e
forma de vivencia de cada um. O índio, em sua resposta, demonstra essa
pluralidade da educação e de como as diversas formas do aprender existem.

Compreender que somos diferentes e que a educação é um processo

sociocultural e que está imerso dentro de uma rede de conhecimento formada
pelas experiencias da sociedade onde o indivíduo vive e aprende é importante
para que possamos desenvolver políticas educacionais próprias e que façam
sentido para os mais diversos povos e pessoas.

Cada um, com seu próprio tempo e aprendizado. Com sua cultura e suas
prioridades de aprendizado. Assim, criando uma sociedade capaz de entender o
próximo e assim, conseguir chegar a auto compressão e a uma aprendizagem
realmente humanizada, que busca capacitar as pessoas para aquilo que
realmente é importante para seu contexto de vida e potencializando as
qualidades de cada um.

1.2 O fax do Nirso

A educação e a alfabetização são pontos chaves hoje para o mercado de

trabalho. No exemplo do texto, em um primeiro momento de confusão com a
escrita e estranhamento, o chefe pode até pensar em uma possível demissão do
funcionário, afinal, está como fora dos padrões que esperamos de alguém.
Porém, o dono da empresa, observando o grande faturamento, dá uma resposta
muito fora do comum: Ele além de ter empatia pelo senhor que estava tentando
fazer seu trabalho e conseguindo de forma excepcional, mostra que a meta não
seria escrever corretamente, mas sim, conseguir vendas e a evolução da
empresa.

Podemos então, verificar e pensar sobre duas coisas: Será que nós
estamos sendo ingênuos a pensar que uma boa leitura ou escrita é um indicativo
de qualidade de serviço? E será que essa deve ser uma normativa realmente
exclusiva nas nossas seleções? O mercado de trabalho exige cada vez mais
inteligências especificas para cada função, onde o constante aprendizado e de
atualização ditam as pessoas boas e ruins. Mas, dentro desse contexto ainda,
temos pessoas que mesmo simples, conseguem desenvolver seus cargos e
funções de forma expendida.

Precisamos então, pensar sempre no equilíbrio. No saber medir e colocar

na balança esses conhecimentos e qualidades. Precisamos, criar uma
sociedade que sabia se respeitar e não excluir e julgar de imediato. Precisamos
começar a olhar com olhos desse chefe, buscando extrair o melhor das pessoas
e julgar menos.

1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo)

Esse texto em especial, demonstra como é importante a Filosofia no

contexto escolar. Saber questionar e pensar diferente e se colocar as vezes no
papel do Lobo na história, faz parte do processo do saber. A mente humana é
repleta de generalizações e verdades que tratamos como absolutas e isso,
embora ajude em diversas coisas, se torna uma prisão se não tivermos a
consciência sobre isso.

Nossas verdades não devem ser colocadas como absolutas e o saber

ouvir o próximo, antes de julga-lo, pode ser motivo de salvação para nossas
vidas em determinados contextos e, na como na maior parte das vezes, motivo
de grande aprendizagem e reflexão.

Devemos criar, questionadores em busca da verdade e essa verdade que

se indaga no meio de uma sociedade das razões absolutas, deve ser defendida
bravamente. Buscar compreender o próximo e as sabedorias que ele nos traz
faz toda a diferença para o nosso desenvolvimento. É na dúvida que se nasce a
transformação e as novas dúvidas. Devemos admitir, como Sócrates, que “só sei
que nada sei”, e assim, deixarmo-nos verdadeiramente aprender.

1.4 Uma pescaria inesquecível

A corrupção do homem hoje é vista como algo normal. Deveríamos corrigir

essa frase, dizendo ser algo “comum”, porém nunca deveria ser visto como
normal. O fazer o bem e o agir bem, não deve ser apenas moldado pela situação
que o ato da coisa está inserido, a nossa visão e nossos atos devem ser guiados
principalmente, pela nossa vontade interna de fazer o bem e receber o bem.

As oportunidades do nosso famoso “jeitinho brasileiro” sempre existem.

Mas, usar desses artifícios, realmente traz algo bom? A educação deve ser dada,
principalmente, a partir de exemplos e da nossa forma de vida. As crianças são
ótimas para imitar as atitudes e fala dos pais, então, deveríamos nos perguntar
ao fazer algo que não está correto: “Será que realmente é isso que quero meu
filho fazendo?”

As pequenas coisas são as bases e estopins para os grandes atos ruins

que hoje, dominam nosso cotidiano. Precisamos quebrar esse ciclo de injustiça
e desordem, mostrando no nosso exemplo que é importante largar o peixe se
ainda não é a hora de pega-lo. Somos exemplos vivos para uma futura geração.

1.5 A Folha Amassada

Entender que toda ação certamente causa uma reação, pode ser hoje
uma das coisas mais difíceis. Num mundo onde o apagar uma mensagem ou
simplesmente bloquear alguém é tão fácil, como podemos retomar a
responsabilidade grande por nossos atos e palavras? A arte de educar, deve ser
modelada e forjada nas chamas da compreensão e do amor.

Tendo isso como princípio, precisamos nos lembrar que sempre haverá o
dia que não estaremos bem, mas que mesmo assim, nossas ações devem ser
sempre feitas em direção ao acolhimento e ao amor. A palavra, principalmente
de uma figura de autoridade, é acolhida como uma sugestão e muitas vezes, é
levada por alguém por anos e anos, modificando sua forma de pensar e agir.
Quando esse grande poder é não é usado com responsabilidade, corremos o
risco de ser motivo de queda para muitos.

Devemos estar bem e aprender como desenvolver nossas qualidades

emocionais e sociais de forma e tentar sempre ser luz e passar coisas boas,
sabendo a forma de fazer críticas e comentários, sempre observando e tentando
não deixar marcas ruins e muitas vezes, irreversíveis, naqueles que nos
escultam.

1.6 A Lição dos Gansos

Hoje é importante que sejamos motivadores e facilitadores da jornada de

cada um daqueles que nos escutam e nos seguem. Estamos numa longa
caminhada rumo a verdade e ao descobrimento do novo de cada dia e nesse
caminho, já vamos ter muitas subidas íngremes e de difícil acesso. Nós, como
educadores, precisamos ser corda e gancho, afim de que aqueles que nos
seguem sejam impulsionados pelo nosso vencer.

O ser líder e exemplo não está hoje, no simples ato de mandar e

obedecer, mas sim, no se empenhar para fazer com que, sob sua tutela, toda a
equipe consiga vencer cada dificuldade e lutar juntos para um bem maior. Essa
é uma verdadeira face de um líder, aquele que combate junto aos seus e dá seu
exemplo de força quando as forças dos outros estão a minguar.

Ao ver esse exemplo dos gansos, necessitamos ser também, base firme
e paciente, para aqueles que nós vemos como espelhos e entender que cada
um dos nossos terá seu tempo de voo, seu tempo de ser líder e seu tempo,
muitas vezes, de estar machucado. Cabe a nós, acolher e na situação que
estivemos inseridos, ser um líder e companheiro para que nossa equipe como
um todo, possa chegar ao nosso verdadeiro objetivo final.
 1.7 Assembleia na Carpintaria

Entender que cada um de nós é diferente e que são justamente essas

singularidades que nos tornamos diferentes, por exemplo, de uma pedra, é o
primeiro passo para a mudança. Nossos defeitos e qualidades são os que nos
tornam únicos e humanos.

A capacidade de ver isso como educadores, é crucial, já que lidamos com

universos inteiros que se apresentam no próximo. Entender que, mesmo diante
de defeitos e coisas que julgamos serem inúteis, são aquelas características que
foram outros e as pessoas não são apenas seus defeitos. Elas têm cada uma,
suas próprias formas de ver o mundo e seus jeitos peculiares de ajudar.

Julgar alguém como incapaz ou estabelecer um conceito sobre algo,

apenas por não se encaixar nos nossos padrões em um primeiro momento, pode
ser a forma de fechar a porta para muitos gênios e grandes ideias. Precisamos
ver que é no diferente que se faz o novo e o grande é construído apenas com
cada uma das partes do pequeno, sejam essas partes de qualquer forma que se
apresentem.

1.8 Colheres de Cabo Comprido

A cooperação é algo que nos salva e nós purifica. O egoísmo, é

justamente aquilo que nos faz cair. Ao tentar apenas olhar para si mesmo,
deixamos de entender uma coisa primordial: Somos criaturas sociais e que
vivemos em sociedade e dependemos um do outro.

O nosso inferno é o olhar para nós mesmos. Tentar-se deixar guiar

apenas por si mesmo é como um cachorro que tenta inutilmente levar sua coleira
e passear em um campo desconhecido sem seu tutor.

Quanto mais cedo compreendermos que vivemos para ajudar e fazer uma
sociedade boa, mais felizes e completos viveremos, se deixando completar pelo
outro e buscando a felicidade da forma que realmente deve ser buscada: em
comunhão e em equipe.
 1.9 Faça parte dos 5%

Tornar cada trabalho nosso como o mais especial. É isso que fica refletido
em minha mente ao ler esse texto. Nossas ações, sejam elas para qual objetivo
for, devem sempre tentar ser as melhores que podemos fazer. Só podemos fazer
um grande ato, se nos focarmos antes, nos pequenos e preciosos detalhes que
formam a base desse ato.

Nossas atividades cotidianas, por mais que rotineiras e automáticas,

devem ser, em cada segundo, um novo desafio e devemos acolher esse desafio
com a meta de fazer cada segundo o segundo mais especial.

Assim como um momento ruim pode marcar a vida de alguém para

sempre, precisamos ser criadores de momentos repletos de magia e esperança
na vida dos outros, para assim, sermos esse pouco modificador que transforma
o mundo para melhor e a faz as vidas daqueles com quem entrarmos em contato,
ainda mais coloridas e felizes.

1.10 O Homem e o Mundo

A arte do aprender é principalmente guiada pela abertura do

descobrimento do novo. Ao se deixar conhecer e ouvir o novo que vem da
experiencia e da imaginação do próximo, podemos assim, verdadeiramente
começar a transformar e entender que, nós diversos âmbitos, nós somos
imperfeitos e precisamos dos outros para nós completar.

Entender e procurar as formas de ver as coisas a partir da visão dos

outros, pode ser muitas vezes, a solução de um problema em que estávamos
focados. Aprender com a simplicidade e com a vasta forma de pensar do outro,
sabendo respeitar e entender que cada um tem seu valor.

Consertar o mundo, começa no momento que podemos deixar-nos guiar

através de um olhar simples para problemas complexos. Deixar que o saber
cresça e que o conhecimento seja livre. Devemos ver, o nosso já cotidiano
problema, com esse novo olhar e assim, com esse primeiro deslumbre, nos
deixar conhecer e aprender pela novidade da dúvida e das formas únicas de
cada um.

1.11 Professores Reflexivos

Vivendo numa sociedade hoje, onde o imediato é o ideal e o descartável

é o comum, é muito fácil ver pessoas apenas como mais meios de chegar a um
fim. Essa forma de ver extremamente utilitarista e sem emoção, faz com que
acabemos por ficar cada vez mais cinzas e sem cor. Mas, será que esse é o
ideal?

Não somos apenas maquinas em uma linha de serie. Somos seres

humanos, um animal racional e que, em cada um, é carregado por emoções e
todo um universo de pequenas particularidades. Retornar a visão para nossas
individualidades causa as vezes certo desconforto, mas essa pratica aos poucos
volta aquele nível de humanidade tão esquecido nos tempos atuais.

Precisamos mostrar que a educação e a atenção são cruciais para o

desenvolvimento saudável de uma sociedade que luta pelo bem comum. Não
somos apenas números ou telas, devemos ver o outro e tratar como o singular
incrível que cada um é e assim, aos poucos, tentar recriar uma sociedade de
olhares e calor, em tempos tão frios e automáticos.

1.12 Um Sonho Impossível?

A escola deve ser, em primeiro lugar, um local de acolhimento. Em

especial na realidade brasileira, um local onde o estudante possa,
verdadeiramente, se consertar no momento presente e de forma saudável e
amorosa, aprender aquilo que lhe é proposto

Diante disso, o papel do professor, em saber se adaptar as diversas

realidades econômicas e culturais presentes para cada aluno, é importantíssimo.
Afim de garantir que cada um, possa se sentir realmente inserido no desafio do
aprender. As famílias, tem um papel importante nesse processo e devem fazer
parte do planejamento escolar e cabe a escola também, saber inserir e incluir
aqueles que vivem com seu aluno.
 O professor deve saber e entender que a educação ultrapassa os limites
da sala de aula e que todo o contexto educacional e de vivência do aluno e de
sua família, importam para o bom desempenho do jovem. Trabalhar afim de
garantir a inclusão e cooperação de todos é uma das bases primordiais da
educação.

1.13 Pipocas da Vida

O processo do mudar nem sempre é fácil ou bem visto em um primeiro

momento. Nós nos acostumamos com a nossa rotina e nosso conforto no estar
estável e bem. Julgamos que aquilo é o melhor, até que uma revolução aconteça
em nossas vidas e assim, entremos em uma aventura que pode transformar e
fazer crescer ainda mais, nossa compreensão e assim, nos fazer pessoas ainda
melhores.

O sofrimento e a mudança, se visto com olhos de alguém disposto a

passar pelos desafios que a vida propõe, são elementos cruciais para nosso
crescimento. Podemos tentar nos fechar a essas novas experiências que nos
fazem sair da nossa zona de conforto, porém, permanecer imutável diante de
uma vastidão de possibilidades é um ato de resistência que por diversas vezes,
apenas vai trazer a solidão e o descontentamento.

O fogo purifica todos e tudo. Deixemos que o fogo causado por momentos
inesperados seja o ponto chave para a mudança que precisamos ter e ser na
nossa sociedade. E que também sejamos fogo, para causar essa transformação
na vida das pessoas e no meio que vivemos. Pra tudo sempre vai ter um tempo
certo e uma oportunidade certa. Que possamos estar atentos e saber ser
facilitadores dessa mudança nos outros.

REFERÊNCIAS

SILVA, Prof. Wanderlei Sérgio da. Prática de Ensino – Introdução à Docência:

Material Didático – Ead: Unip Interativa, 2021.