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ENSINAMENTOS FUNDAMENTAIS PARA A VIDA DE UM DISCÍPULO
IGREJA EM PIRACICABA
Índice
A vida de um discípulo de Jesus não é algo estático e sem direção, como se após
ser salvo não lhe restasse mais nada a fazer além de aguardar o momento de “ir para
o céu”. Depois que uma pessoa se torna um discípulo de Jesus ela precisa de
orientação, precisa de uma direção clara para seguir em frente na sua caminhada com
Jesus. Muitas pessoas se desviam ou param no meio do caminho por não terem essa
direção.
Para que isso não aconteça, é preciso que se oriente a partir de uma visão geral
de todo o plano de Deus e que se compreenda o que o Senhor quer de sua vida. Essa
visão é obtida quando conhecemos o Propósito Eterno de Deus e passamos a ver
todas as demais coisas dessa perspectiva. No entanto, isso não pode ser apenas um
estudo bíblico. É necessário que, ao estudar esse assunto nas próximas páginas, você
deixe o Espírito Santo falar ao seu coração enquanto lê os trechos selecionados da
Palavra de Deus para ganhar revelação. A partir daí toda a sua vida será orientada de
acordo com o alvo que o Senhor estabeleceu para sua vida desde o princípio. Isso
trará valor eterno para suas decisões e ações permitindo cooperar ativamente com o
propósito de Deus.
propósito eterno de Deus. Se esse tipo de visão é que provoca o engano, é aqui que
temos que fazer a correção.
É claro que Deus quer salvar a todos os homens. Isto observamos claramente
nos textos de 1Tm 2.3-4; 2Pe 3.9 e Jo 3.16. Mas nós não devemos confundir aquilo
que Deus deseja com o que é o seu propósito. O propósito de Deus não surgiu com a
queda do homem. É algo que já estava no seu coração antes da fundação do mundo.
Ef 1:3-5,11 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com
todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; como também nos elegeu nele antes
da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos
predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito
de sua vontade... nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados
conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade.
Pensemos um pouco sobre a seguinte argumentação: Se, antes da fundação do
mundo, Deus tinha o propósito de salvar o homem, então Deus é cúmplice do pecado,
porque Deus necessitava que o homem pecasse para cumprir o seu propósito.
Quando Deus disse: “não coma deste fruto”, na verdade, queria que o homem
comesse e pecasse, ficando perdido e em trevas. Deste modo Deus poderia cumprir
o seu propósito de salvar o homem e mostrar o seu grande amor.
Ora, tudo isto é uma grande confusão! Deus jamais quis que o homem pecasse!
A salvação não era o propósito do coração de Deus. A redenção foi necessária por
causa da queda, mas a queda não foi “programada” para que houvesse salvação. Para
resolver essa questão, nós precisamos conhecer qual era a primeira intenção de Deus,
qual era o propósito que Ele tinha em seu coração quando criou o homem.
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Primeiros Passos
Igreja em Piracicaba
Ef1:3-5
ETERNIDADE ETERNIDADE
PASSADA FUTURA
CRIAÇÃO
Gn1:26-28
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Primeiros Passos
Igreja em Piracicaba
E não foi apenas Adão que se tornou inútil. Depois que Adão se corrompeu ele
teve filhos à sua própria semelhança, à sua imagem. Como consequência, toda a
descendência de Adão ficou arruinada e inútil para o Propósito de Deus.
Ef1:3-5
ETERNIDADE
ETERNIDADE CRIAÇÃO FUTURA
PASSADA Gn1:26-28
QUEDA
Gn3:26
Rm 3:12,23
CONDENAÇÂO
Rm6:23
Gn 5:3 Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua
imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
Rm 3:12 Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não
há nem um só.
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Primeiros Passos
Igreja em Piracicaba
Adão perdeu a imagem de Deus porque foi rebelde (Gn 3.1,7). Jesus sempre fez
a vontade do Pai (Jo 4.34), em tudo lhe agradou (Jo 8.29) e foi obediente até a morte
(Fp 2.8).
NOVO
NASCIMENTO
Natureza de Natureza de
ADÂO DEUS
2Co 5:17 Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram;
eis que tudo se fez novo.
Por meio do novo nascimento, o homem se torna uma nova criatura, recebe a
natureza de Deus (II Pe 1.4) e a imagem daquele que o criou (Cl 3.10). Isso acontece
por causa da obra que Jesus Cristo realizou na cruz. Quando alguém crê em Jesus
Cristo (Jo 6.29), e o recebe como o Senhor de sua vida (Rm 10.9), recebe uma nova
natureza formada em justiça e santidade. A pessoa nasce de novo e uma nova história
se inicia. Isso restaura a esperança para o cumprimento do propósito de Deus, pois o
próprio Jesus vem habitar nela. Por isso, toda a glória do plano de Deus não se perdeu
com o pecado. Ele não desistiu do seu propósito. E a esperança que ele tem para
cumpri-lo é “Cristo em vós, a esperança da glória” (Cl 1.27).
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Primeiros Passos
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mesmo, mas um meio para que a graça de Deus agisse e começasse a consertar o
grande desvio provocado pelo pecado.
Ef1:3-5
QUEDA
Gn3:26
Rm 3:12,23
SALVAÇÃO
Is 53:5-6
2Co 5:21
CONDENAÇÂO
Rm6:23
Fp 3:12-14 Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo
para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu
mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás
e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado
celestial de Deus em Cristo Jesus.
Para Paulo, a redenção nunca foi o propósito de Deus. Ele entendia que o
propósito de Deus era formar a família eterna. Uma família perfeita em Cristo (Fp
3.12-14). Sua obra para o Senhor não consistia em buscar apenas a redenção do
homem, mas em apresentar este homem perfeito a Deus e atingir o alvo, restaurado
à imagem de Jesus Cristo (Cl 1.28).
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Primeiros Passos
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sirvam como Jesus serviu (Jo 13.14), preguem ao mundo como Jesus pregou (Jo
17.18), perdoem como Jesus perdoou (Cl 3.13), amem como Jesus amou (Jo 13.34),
andem como Jesus andou (1Jo 2.6) e orem como Jesus orou (Hb5.7-8).
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B| O Reino de Deus
O Que é um Reino?
Reino é uma forma de governo em que a autoridade reside em um rei. Esse
governo se estende sobre todos os territórios e pessoas que estão debaixo do
domínio do rei. Nos tempos bíblicos, a maioria dos povos era governada por reis. Por
isso, as nações eram chamadas reinos.
O homem é um ser moral, criado por Deus a sua imagem e semelhança, com
atributos de personalidade: espírito, vontade, intelecto e emoções. Deus exerce
governo moral sobre o homem esperando dele uma sujeição consciente e voluntária.
Deus autoridade suprema, expressa sua vontade ao homem por meio de sua palavra.
O homem é um ser criado com responsabilidade moral e capacidade de decisão, é
responsável por obedecer consciente, voluntária e inteligentemente a palavra de
Deus, reconhecendo e acatando, desse modo, o reino de Deus sobre sua vida.
A criação do homem
Deus criou o homem e a mulher a sua imagem em semelhança.
Gn 1:26-27 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda
a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem;
à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Gn 2:7 E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego
da vida; e o homem tornou-se alma vivente.
Já mencionamos que o homem, feito a imagem e semelhança de Deus, tinha
espírito e atributos de personalidade. Além disso, essa imagem divina se via em seus
atributos morais. Em seu estado de inocência perfeita, Adão e Eva refletiam a
santidade, a justiça e o amor de Deus.
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Gn 2:16-17 Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes
comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no
dia em que dela comeres, certamente morrerás.
Tudo era perfeito e bom enquanto o homem e a mulher viviam submissos a
autoridade do Rei Eterno, ou seja, enquanto viviam sob a autoridade do governo
moral de Deus.
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Jesus ia por toda parte pregando e ensinando sobre o reino de Deus. Esse era
seu tema principal e quase se poderia dizer, seu único tema. Havendo já considerado
o que é o reino de Deus, cabe agora a pergunta: o que é o evangelho do reino?
Evangelho significa boa notícia (boa nova). Jesus anunciou aos homens a boa
notícia do reino de Deus. Foram boas notícias porque o momento esperado e
anunciado pelos profetas havia chegado. E também são boas notícias porque Deus,
em seu amor, mandou seu Filho, não para condenar o mundo, mas para salvar o
mundo.
Nós homens, excluídos da presença de Deus por nossa rebelião, agora
recebemos a boa notícia de que o reino de Deus chegou sobre nós, e que mediante o
arrependimento – uma mudança total de atitude – e a fé em Cristo, nos é dada a
possibilidade maravilhosa de nascer de novo, por causa da morte e ressurreição de
Cristo, para entrar assim no reino de Deus.
De nossa parte, isso significa um compromisso total de viver sob o governo de
Deus, sujeitando-nos à autoridade de Jesus Cristo. Da parte de Deus, significa o
perdão total de nossos pecados, uma vida nova, ser feitos filhos de Deus e viver o seu
reino aqui e agora, bem como por toda eternidade.
4) Os Dois Reinos
Todos nós vivemos segundo certas normas e hábitos, mesmo que não sejam
mais que simples modas que mudam a cada momento. Podemos classificar os seres
humanos em dois grupos: os que vivem como querem e os que vivem como Deus
quer. São dois conceitos de governo da vida que são diametralmente opostos entre
si. Nas sagradas Escrituras, estes dois governos estão identificados como O IMPÉRIO
DAS TREVAS e o REINO DE DEUS. Esses dois termos aparecem na carta de Paulo aos
Colossenses onde o apóstolo, falando de Deus, afirma:
Cl 1:13 e que nos tirou do império das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho
amado.
A Bíblia também declara que Satanás é o que domina sobre o império das
trevas, enquanto Jesus Cristo exerce o governo sobre o reino da Luz
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Primeiros Passos
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do homem está em sua rebelião, seu egoísmo, sua pretensa independência de Deus.
Ao não levar em conta a Deus, nem o reconhecer como dono e rei sobre sua vida, está
seguindo o mesmo caminho de Satanás e terminará como consequência, debaixo de
seu domínio.
Satanás é chamado na Bíblia de “o príncipe desse mundo” (Jo12:31, Ef2:2). Com
seus demônios ele exerce uma força espiritual maligna cujo propósito é transtornar,
arruinar e, por fim, destruir o homem. Por isso há tanta confusão e maldade ao nosso
redor, e muitas vezes no próprio ser humano. A atividade de Satanás no mundo é
mostrada em muitos textos bíblicos, como os seguintes: Ef2:1-2,6:11-13, Jo10:10,
2Co6:3-4.
É importante entender que nossos recursos humanos não são suficientes para
fazer-lhe frente ou evitar cair em suas garras. Temos que depender de Cristo. “Para
isso se manifestou o filho de Deus, para destruir as obras do diabo” (1Jo3:8). Lucas
também testemunhou de “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo
e poder, o qual andou por toda parte fazendo o bem e curando a todos os oprimidos
do diabo” (At10:38).
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A lei
A lei é um código de conduta que rege a vida dos cidadãos de uma cidade,
estado, pais ou reino:
A lei do reino das trevas: viva como quiser. Cada um vive de acordo com a
própria vontade. Cada um vive como quer, faz o que lhe parece mais correto, o que
lhe convém, o que lhe dá na telha.
A Lei do reino da Luz: viva como Jesus quer. Os discípulos vivem como o Senhor
manda, vivem para agradar a Deus. Não é uma questão de obedecermos quando
quisermos, mas obedecermos em todos os momentos.
O Idioma
A Bandeira
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Primeiros Passos
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Reino da Luz
Rei: Jesus
Lei: Viva como Jesus quer
Idioma: Louvor, gratidão
Bandeira: Amor
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C| A Vida e a Obra de Jesus
Jesus é a pessoa mais fascinante que existe. Ele é a pedra fundamental da nossa
fé. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2:3). Sua
vida e sua obra manifestaram ao mundo o amor e o coração do único Deus verdadeiro
(Jo17:3, 14:7). Ele não veio simplesmente mostrar a verdade ou uma forma de viver,
mas abertamente e com a convicção de quem não pode mentir, disse o que nenhum
outro jamais ousou dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Jesus afirmou ser
Ele mesmo a verdade, a vida e também é o único caminho. É impossível alguém
conhecer a Deus Pai se não for por meio de Jesus. Ele é o filho de Deus, que por amor
a nós, entregou-se à morte e triunfou sobre ela ressuscitando para comunicar vida
eterna a humanidade. Para receber esta vida temos que conhecê-lo, saber quem Ele
é, de onde veio, o que Ele falou, o que Ele fez e onde Ele está agora. A fé cristã está
apoiada na revelação de Quem é Jesus!
Jo 17:3 E a vida eterna e esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,
a quem enviaste.
Como é importante conhecer e crer no que a palavra de Deus diz acerca de
Jesus! Leia e medite com oração. Peça ao Espírito Santo que lhe ajude a conhecer
Jesus e encontrar o precioso tesouro que Deus reservou para os que o amam.
1) Jesus é Eterno
A história de Jesus começa muito antes de Seu nascimento em Belém da Judéia,
muito além do mais distante passado que nossas mentes podem alcançar. Jesus não
é um ser criado. Ele é eterno. Sempre existiu em unidade com o próprio Deus muito
antes que o Universo existisse. Ele é o criador de todas as coisas, o Verbo eterno de
Deus, a Palavra eterna, através da qual tudo veio a existir.
Jo 1:1-3 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava
no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi
feito se fez.
No evangelho de João, a Bíblia usa, no evangelho de João, a expressão “o
Verbo” para se referir a Jesus e não só diz que “o Verbo estava com Deus”, mas que
“o Verbo era Deus”, fazendo assim uma declaração direta e clara da divindade de
Jesus antes de vir ao mundo como homem. É uma revelação progressiva, que inicia
Primeiros Passos
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dizendo que o Verbo existia desde o princípio, estava com Deus e termina afirmando
que Ele era Deus.
Cl 1:15-17 O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele
foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de
todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas.
Ele existia antes da criação e é superior a criação. Ele é Criador. Sem Jesus nada
existiria. Nem o mundo, nem os animais, nem os homens, nem eu, nem você. Tudo
foi feito por Ele e para Ele.
O homem Jesus de Nazaré teve um início no espaço-tempo quando foi
sobrenaturalmente gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, sua mãe. Mas a
criança que iria nascer em Belém abrigava um ser eterno: o Verbo de Deus.
2) Tornou-se Homem
No meio das mais densas trevas que envolviam a humanidade, raiou uma luz.
A verdadeira luz que ilumina todo homem veio ao mundo e habitou entre nós (Jo1:9).
Para satisfazer o amor e a justiça de Deus, o Verbo Eterno tornou-se um ser humano.
O Criador do universo esvaziou-se de sua divindade e tornou-se uma de Suas
criaturas.
Jo 1:14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a
sua glória, como a glória do unigênito do Pai.
O Verbo Eterno tornou-se Jesus de Nazaré. Ele poderia ter escolhido vir ao
mundo como um rei, com exércitos ao seu comando, riquezas e glória, mas escolheu
nascer num estábulo, numa família pobre, ser carpinteiro e ter a vida e um homem
comum. Jesus foi um homem como nós, de carne e ossos, que sentia fome, sede, frio,
calor, cansaço e dor. Humano como eu e você (Hb2:14-18).Que tremenda é esta
verdade! O Verbo Eterno, criador de todas as coisas, se esvaziou de sua glória e
assumiu a forma de homem.
Fp 2:6-8 O qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a
que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se
semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se
obediente até a morte, e morte de cruz.
Imagine se um homem se transformasse em um verme. Isto ainda seria pouco
para comparar com o que aconteceu a Cristo, porque o homem é criatura e o verme
também. Mas quando o Verbo se fez carne foi algo muito mais tremendo! Foi o
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O diabo tentou Jesus desde o princípio para que Ele fizesse a sua própria
vontade, mas Jesus sempre permaneceu obediente ao Pai até a morte e morte de
cruz.
Hb 4:15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer- se das nossas
fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Com que poder Ele fez isto? Ele não fez nada como Deus, pois havia se
esvaziado da forma de Deus e vivia como homem. Portanto ele precisava do poder do
Espírito Santo para fazer a obra de Deus. Por isso o Pai se alegrou tanto no seu
batismo, porque naquele momento veio sobre Ele o Espírito Santo (Mt 3:13-17).
At 10:38 Concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com
poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo, porque
Deus era com ele.
Ele foi um homem perfeito, que agiu sempre pelo poder do Espírito Santo
concedido a Ele sem medida pelo Pai. Tudo que Jesus fez foi pelo poder do Espírito
Santo de Deus.
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Se nós somos culpados diante de Deus, como podemos ter paz com Ele? Só
temos paz quando entendemos que Jesus pagou o nosso castigo: "...o castigo que nos
traz a paz estava sobre Ele . Nele Deus encontrou o homem perfeito capaz de morrer
em favor de toda humanidade. Jesus pagou a nossa dívida. ALELUIA!!!
Vejamos abaixo um quadro completo do significado amplo da morte de Jesus:
2) Por causa disso o homem está condenado 2) A morte de Jesus foi substitutiva. Ele
ao castigo eterno. (Rm6:23) morreu em nosso lugar, foi um sacrifício pelos
nossos pecados (Ef3:24 Ef1:7 1Pe2:24;3:18) .
Foi uma troca: o justo pelos injustos. Isso
significa que o nosso castigo já foi pago.
4) O homem perdeu a comunhão com Deus e 4) A morte de Jesus foi reconciliadora (2Co
não pode mais se relacionar com Ele. (Is 59:2) 5:18-21 Cl1:21-22). Reconciliar quer dizer
"fazer a paz". Quer dizer que, afastadas as
barreiras, o homem pode novamente
estabelecer relações com Deus. Como já
houve propiciação, sacrifício, e redenção,
agora Deus reaproxima o homem d'Ele e faz
com que ele goze novamente de sua amizade.
Existe ainda outro aspecto da morte de Jesus: O fato de que fomos incluídos na
sua morte. (Isto é tratado no assunto Batismo).
Amado é Jesus!
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6) Ressuscitou
Depois de ter morrido o Senhor Jesus foi sepultado. Mas ao terceiro dia, Ele
ressurgiu triunfante da morte e se apresentou vivo aos seus discípulos,
permanecendo com eles por vários dias. Ele ressuscitou dentre os mortos!
At 2:24 ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não era possível que
fosse retido por ela.
Se a morte de Jesus está coberta de glória, quanto mais a sua ressurreição! As
Escrituras nos mostram vários aspectos da ressurreição e seu amplo significado.
Vamos ver os principais:
O que é a morte? A morte não é deixar de existir. A morte física ocorre quando
o espírito e a alma deixam o corpo. Quando se quebra a unidade entre o espírito, a
alma e o corpo então acontece a morte física.
Para vencer a morte, Jesus precisava de uma ressurreição física, ressurreição
do corpo. Um corpo de carne e osso e não um espírito (Lc 24:39-40). Para provar isso
Jesus comeu na presença dos discípulos (Lc 20:20;24-27). Entretanto, era um corpo
transformado. Não estava preso a espaço nem ao tempo. Podia aparecer e
desaparecer. (Lc 24:31 Jo20:19;26).
Com a ressurreição física Jesus passou a ter novamente a unidade entre seu
corpo, alma e espírito. Desta maneira Ele venceu a morte. (1Co 15:54)
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organismo humano era necessário ser homem para sempre. Por isso necessitava de
um corpo humano. Sem a ressurreição do corpo, Cristo teria deixado de ser humano.
Pela ressurreição física o Senhor tornou-se homem eternamente, com um corpo
transfigurado e glorificado. Ele agora é o "homem do céu" (1Co15:47) é o Filho do
Homem que está no meio dos candeeiros (Ap 1:13), é o cabeça de uma nova raça (Ef
1:22-23).
A ressurreição de Cristo é, portanto, aquilo que faz a grande diferença entre a
fé cristã e a religião dos homens. Homens como Buda, Maomé, Alan Kardek e outros,
fundaram suas religiões. Mas onde estão eles hoje? Estão mortos. Isto prova que não
venceram o salário no pecado. Os seguidores destes homens não têm nada mais do
que um livro de regras e doutrinas. Eles estão sós. Se este livro não salvou seus
escritores, muito menos salvará seus seguidores. Mas nós não temos uma religião,
um livro de regras e doutrinas morto e sem poder. Temos uma pessoa viva que vive
em nós e nós nele. Esta é a esperança da glória (Cl 1:27).
Glorioso é Jesus!
7) Foi Exaltado
Fp 2:9-11 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre
todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e
debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
Que verdade gloriosa! Como gostamos de ler falar, repetir e até cantar esta
palavra: “todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor”.
Os homens do tempo de Jesus, inclusive os sacerdotes, o julgaram como
criminoso e o desprezaram. Mas Deus tinha um julgamento totalmente oposto ao dos
homens. Que dia tremendo foi aquele quando Pedro se levantou e disse:
At 2:36 Esteja absolutamente certa, pois, toda casa de Israel de que a este Jesus que vós
crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
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Primeiros Passos
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Há entretanto uma verdade que deve ser lembrada e bem aclarada: Antes de
vir ao mundo, o Verbo tinha toda a glória de Deus; era Deus e não um homem. Agora,
o Verbo encarnado em Jesus, depois do sofrimento da crucificação e da ressurreição
física, é recebido nos céus como homem. Como homem Ele é exaltado. Como homem
Ele se assenta a direita de Deus Pai e recebe um nome acima de todo nome.
ALELUIA! Há um homem sentado no trono do universo! Jesus, o Filho do
Homem, o cabeça de uma raça redimida.
No entanto, nunca esqueçamos do mistério (1Tm 3:16). Jesus é nosso Deus-
homem. Ao ser exaltado ele recebeu de volta toda a glória como Deus (Jo 17:5). Ele
tem toda a divindade (Cl 2:9). Ele tinha afirmado que somente Deus poderia ser
adorado e cultuado (Mt 4:10), entretanto Ele aceitou essa adoração (Mt 14:33;15:9
Jo 20:28 Hb 1:6 Ap 5:8-14).
Ele é Deus
Tt 2:13 aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso
grande Deus e Salvador Cristo Jesus.
Rm 9:5 de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é
sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém.
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1Jo 5:20 Sabemos também que já veio o Filho de Deus, e nos deu entendimento para
conhecermos aquele que é verdadeiro; e nós estamos naquele que é verdadeiro, isto é, em seu Filho
Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Cl 2:9 porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade
Que coisa incompreensíveis acontecem neste grandioso mundo desconhecido
que chamamos céu! Nossa mente não pode imaginar que coisas tremendas
acontecem do outro lado do véu. Mas basta que a igreja compreenda uma coisa: tudo
o que se opera ali, é feito pela autoridade de seu Senhor e nada se faz sem a sua
iniciativa.
8) Voltará!
Que bendita esperança! O Senhor glorificado virá e se mostrará ao mundo. Este
será sem dúvida o dia mais tremendo que esta terra terá conhecido. Para muitos será
um dia de terror e lamentação. Para nós, porém, será um dia de júbilo e alegria
incomparável.
O que a bíblia ensina sobre este dia? O Assunto é tão amplo e com tantas
implicações, que alguns textos são motivo de discussão, e dão origem a
interpretações diferentes. A maior parte do ensino, entretanto, se refere a coisas
claras e indiscutíveis. São estes textos claros e sem discussão que queremos
apresentar aqui. Leia cada texto com atenção e alegre-se no Senhor.
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D| Jesus Cristo é o Senhor
Conselheiro, Deus Forte, Príncipe da Paz, Jesus, Salvador. Mas entre todos os seus
nomes, há um que está acima de todos os outros, o título que o Pai lhe Deus: SENHOR
No Velho Testamento YHWH era o Senhor. Agora Ele dá este nome ao Filho e
passa a ser chamado de Pai. (vide todas as cartas de Paulo : "...Deus nosso Pai e o
Senhor Jesus Cristo...").
Hoje estamos mal-acostumados com o termo "Senhor". Usamos como
pronome de tratamento: "Sr. Fulano". Mas o que significa "Senhor" no contexto
bíblico?
Nos tempos bíblicos, poucas pessoas eram chamadas de Senhor. Somente os
que possuíam escravos, terras, propriedades e autoridade. A palavra grega aqui é
/kyrios:
Chefe +
Dono +
Amo +
Soberano +
Máxima autoridade
-------------------------- =
Kyrios (Senhor)
Romanos 10:9 Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração
que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.
Desse modo, quando alguém confessava Jesus como Senhor de sua vida, estava
dizendo: "Jesus, tu és meu chefe, meu dono, meu proprietário, aquele que manda na
minha vida. Sou teu e tudo o que tenho pertence a ti, és meu Amo".
O contrário de Senhor é escravo, e é aí que nós nos encaixamos: O Senhor é o
dono da vida do escravo.
Mas a palavra KYRIOS com letra maiúscula, era usada somente para Cesar, o
Imperador, a autoridade máxima do Império Romano. Na época haviam muitos
escravos, cada um tinha o seu kyrios, mas Cesar era o Kyrios dos kyrios. Ele era dono
de tudo, nada que as pessoas possuíam era delas mesmo, nem suas casas, suas vidas,
nada. Era tudo de "Roma", do Kyrios.
Por outro lado, Paulo viu nos dias do Império Romano, surgir outro Reino, que
começava com força e se estendia sobre toda a Terra: O Reino de Jesus Cristo, o
Senhor! Cada discípulo tinha a revelação clara de que Jesus Cristo era o Senhor de sua
vida. Tinha clareza que nada do que possuía era seu mesmo, nem mesmo a própria
vida. Era tudo do Senhor. (veja como Paulo assina todas as suas cartas, por exemplo
Fp1:1 )
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2) A Conversão ao Senhor
Interessante observar que a proclamação de Jesus era: “Arrependei-vos porque
é chegado o reino dos céus. ”Quando se aproximava de alguém, colocava-o diante de
uma disjuntiva: entrar no reino ou excluir-se dele. Qual a condição que impunha para
alguém entrasse no reino? Subordinando-se, sujeitando-se à autoridade do Rei. Cristo
enfrentava os homens com sua própria autoridade. Em outras palavras, estava
dizendo: “Sujeite-se a mim e reconheça-me como o Senhor de sua vida ou não fará
parte do reino de Deus”. Este foi e sempre será o chamado aos discípulos.
Simão e André
A Simão e André, disse: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”
(Mt 4:19). Jesus não lhes disse: “Se vocês quiserem vir após mim, levantem a mão?”
Não! Não dá detalhes e explicações. Pedro e André estavam diante de uma ordem
objetiva. E,o que se faz com uma ordem? Obedece-a ou não. Não há outra alternativa.
Pedro poderia reagir dizendo: “Mas, quem é este homem? Quem pensa que é? O que
pretende? Eu sou o senhor, o dono da minha própria vida. Até agora, ninguém me
deu ordens. Como vem este homem e me ordena que o siga?” Porém, não foi esta a
sua atitude. Tudo o que compreende é que deveria deixar todas as coisas e seguir a
Jesus. Quanto ao convite para converter-se em pescador de homens, seguramente
não compreendia nada. Seria como dizer: “Vinde, segue-me, vou fazer-te sapateiro de
almas. Sapateiro de almas? Que é isso?” É certo que Pedro, como dono e senhor de
sua vida, fazia o que bem queria. A partir daquele momento, contudo, surge alguém
que pretende converter-se em senhor de sua vida. E suas palavras soam com
autoridade. Que significaria isto para ele? Sujeitaria toda sua vida a Cristo.
Mateus
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igreja. Todos devem entender, desde o princípio, que segui-lo significa reconhecê-lo
como Senhor e Rei da sua vida; a autoridade suprema e inquestionável.
Zaqueu
O Jovem Rico
Por outro lado, em Mc 10:17-22, encontramos certo jovem que também era
rico e possuía muitos bens. Ele se aproximou de Jesus como alguém que já conhecia
os mandamentos, já os observa desde pequeno e queria alcançar a vida eterna
através de algo que ele mesmo deveria fazer – confiava muito em sua capacidade.
Jesus conhecendo o seu coração, sabendo o que o prendia diz: “vai, vende tudo
quanto tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me”.
Uma ordem simples e poderosa. Com ela, Jesus levou-o a fazer as contas: o que vale
mais? Seguir a Jesus ou ficar com meus bens? A resposta certa estava na simples
obediência. Se obedecesse tomaria o caminho certo. Ele, porém, foi embora, pois
tinha muitos bens.
Observe também que Jesus não foi atrás dele dizendo: “Espere um pouco. Acho
que exagerei. Dê só o dízimo e está tudo bem”. Não era a quantia, era a obediência
que era importante, mas isso o jovem ele não fez.
É este o evangelho que está sendo pregado? Nos convertemos com esta
mensagem? Em que, então, consiste a debilidade de nossas vidas? O porquê da frieza
de nossas congregações? Cremos em muitas doutrinas a respeito de Jesus Cristo: Ele
morreu pelos nossos pecados; Ele é o Salvador; ressuscitou; responde às nossas
orações; voltará em glória para chamar a sua igreja. Porém, não temos rendido nossas
vidas a Ele; não o temos reconhecido como Senhor; como amo absoluto; dono de
tudo que somos e de tudo o que temos.
Assim, nos convertemos a Cristo reconhecendo-o como o nosso “único e
suficiente Salvador pessoal.” Na igreja primitiva, contudo, as pessoas não se
convertiam a Cristo aceitando-o como Salvador, senão reconhecendo-o como o
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E| A Porta do Reino de Deus
Como parte do plano de Deus de voltar a unir todas as coisas sob um único
cabeça – Cristo, o Senhor (Ef1:9-10) – a proclamação do Evangelho do Reino convoca
a pessoa a se entregar ao senhorio de Jesus Cristo, numa profunda dependência do
Espírito Santo e viver sob o governo de Deus. Mas para entrarmos no Reino de Deus,
existe uma porta pela qual devemos passar. Ninguém se coloca sob o governo de Deus
sem passar por ela.
Em At 2:22-39, imediatamente após o derramamento do Espírito Santo, vemos
a Igreja começando a obedecer a ordem do Senhor para fazer discípulos. Nessa
ocasião, uma poderosa proclamação do evangelho resultou na conversão de três mil
pessoas. Podemos observar também qual foi o procedimento dos apóstolos para com
aqueles que creram: eles os conduziram para a Porta do Reino de Deus.
Pondo-se de pé, juntamente com os outros apóstolos, Pedro iniciou
proclamando sobre Jesus. Essa foi a primeira parte da mensagem. Ele falou sobre:
▪ Seus milagres, prodígios e sinais (v22, obra tremenda e grandiosa)
▪ Sua morte na cruz (v23, mostrando que o Pai o entregou)
▪ Sua ressurreição (v24-32, usando duas provas: as promessas feitas a Davi e
o testemunho deles mesmos, que viram a Jesus ressuscitado)
▪ Sua exaltação (v33-35).
▪ O senhorio de Jesus Cristo (v36).
Esta proclamação sobre Jesus, sua vida, morte, ressurreição, exaltação e
senhorio é que produz fé no coração daquele que ouve. Ninguém pode experimentar
o novo nascimento se não for pela fé no Senhor ressuscitado (Rm8:9).
(Isso não pode ser algo formal, acadêmico ou decorado. Mas deve ser simples,
cheio de alegria, autoridade e unção do Espírito Santo. Aquele que proclama deve
estar cheio de fé, para produzir fé naquele que ouve).
Quando os que ouviram Pedro creram na sua palavra e temeram (v37), ele lhes
deu a segunda parte da mensagem (v38). Na primeira parte (v22-36) ele falou do que
Jesus fez. Agora ele vai falar do que Jesus quer que nós façamos.
At 2:38 Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.
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Aqui há uma indicação clara. São três realidades distintas que devem ser
experimentadas logo no início de nossa vida com Cristo.
▪ As duas primeiras são condições para entrarmos no Reino de Deus.
▪ A terceira é uma promessa de Deus para aqueles que preenchem as
condições.
Podemos dizer que esta é a Porta do Reino. A fé na proclamação de Jesus não
é a própria entrada no reino. A fé é a base, aquilo que vai me dar poder para entrar,
vai me dar poder para ser um filho de Deus (Jo1:12).
→ A fé não é a porta do reino, ela é o que dá poder para entrar.
A porta de entrada do Reino de Deus constitui em:
▪ Arrepender-se
▪ Ser batizado em nome de Jesus
▪ Receber o dom do Espírito Santo
Em resumo, Pedro falou de duas coisas: Jesus e a Porta do Reino. Isto é o que
devemos falar para fazer discípulos.
Falar da obra de Jesus na esperança de que os homens creiam sem colocar as
condições para sejam discípulos, produz uma fé que não tem como se expressar e
logo se torna uma fé morta. Este tem sido um dos principais erros da Igreja neste
século.
Por outro lado, falar das demandas (exigências) do reino, sem comunicar a
graça de Jesus Cristo produz uma religiosidade legalista e sem poder. Do mesmo
modo que estar arrependido e batizado sem receber o Espírito Santo implica numa
vida infrutífera no desempenho do seu serviço.
É necessário comunicar a verdade sobre Jesus (v22-36), os mandamentos e a
promessa (v38). A verdade produz fé para a obediência, os mandamentos direcionam
essa obediência e a promessa capacita para o testemunho.
Arrependimento
Batismo Dom do
Nas Águas Espírito Santo
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1) Arrependimento
É muito importante entendermos bem o que é arrependimento. Nós estamos
rodeados de conceitos do mundo e de conceitos religiosos que não definem
exatamente nosso problema com Deus. Ora, se não entendermos bem qual é o
problema como podermos saber qual é a solução? Todos que ouvirem o evangelho
devem ter esta luz, este entendimento: qual é o seu problema com Deus, e qual a
solução do problema.
Para poder compreender, devemos analisar como tudo começou, como foi a queda
do homem (Gn 3.1-7). Aqui nós temos a descrição da entrada do pecado no mundo.
Geralmente se diz que o pecado de Adão foi a desobediência, mas isto não define
exatamente o problema. Na verdade, a desobediência já é um fruto do pecado, é uma
consequência do pecado e não o próprio pecado.
A Raiz do Problema
A chave para chegarmos a este entendimento está nas palavras: “…como Deus,
sereis conhecedores do bem e do mal.” (vs.5) e “…árvore desejável para dar
entendimento” (vs.6). Por que o conhecimento era tão tentador para Adão? Por que
queria tanto ter entendimento, a ponto de se arriscar ao castigo da morte que Deus tinha
prometido? É simples. Até aquele momento, ele vivia numa relação de total
dependência de Deus, necessitava da orientação de Deus para tudo, era dirigido por
Deus e pela sua sabedoria (ver Pv 8.22-31). Para que ele queria o conhecimento e a
sabedoria que vinham de uma árvore e não de Deus? Adão queria dirigir a própria vida,
queria fazer sua própria vontade, ser seu próprio Deus. Adão queria INDEPENDÊNCIA.
Isto não foi algo que Adão fez, foi uma decisão interior no seu coração. Uma
disposição de ser INDEPENDENTE, de ser o dono de sua própria vida. O pecado foi
consumado pela sua desobediência, mas foi gerado por uma atitude interior de
rebelião.
Quando Adão pecou, sua própria natureza humana se degenerou. O pecado se
tornou parte de sua natureza, e, portanto, a herança de toda raça humana, pois todos são
descendentes dele.
Rm 5:12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado
a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.
Gn 5:3 Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua
imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
O problema de Adão, agora é o problema de toda raça humana. Qual é o nosso
problema então?
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O nosso maior problema aos olhos de Deus não está nas coisas erradas que
fazemos, mas sim na nossa atitude interior de INDEPENDÊNCIA e rebelião. Todos os pecados
que cometemos são consequência desta disposição interior. Quando no meu interior há
uma atitude de independência (sou dono da minha vida, faço a minha vontade), como
consequência disto, os meus atos e as coisas que vou fazer no meu dia a dia não vão
agradar a Deus. Entendemos então, que o problema principal é A INDEPENDÊNCIA (o pecado),
enquanto que os atos pecaminosos (os pecados) são a consequência.
Aqui cabe uma pergunta: É suficiente que o homem abandone alguns pecados
mais grosseiros (como os vícios, a orgia e a idolatria), e creia em Jesus para o perdão
dos pecados, sem, no entanto, resolver o seu problema fundamental que é a
independência? A resposta é NÃO. Deus quer atingir a raiz do problema. Ele quer que
mudemos de atitude, que abandonemos a INDEPENDÊNCIA e nos tornemos DEPENDENTES
de Deus. A palavra do evangelho de Jesus, não é para curar superficialmente a ferida
do homem. Deus quer tratar a causa do problema e não apenas a consequência. E
para isto Ele mandou o seu filho Jesus. Ele não veio trazer apenas o perdão dos
pecados, mas veio trazer a solução do problema do pecado e da rebelião. E como fez
isto? Pregando o evangelho do reino (Mt 4.23; 9.35; Mc 1.14,15; Lc 4.43; 8.1; 9.60;
16.16). Os apóstolos também pregaram o evangelho do reino (At 8.12; 19.8; 20.25;
28.23,30,31).O que é o evangelho do reino? O evangelho do reino é o fim da rebelião
e da independência do homem. Deus quer perdoar, mas também quer governar, quer
reinar sobre o homem.
O que é Arrependimento?
E este é o significado do arrependimento. No grego a palavra que aparece é
“metanóia”, que significa mudança de mente, mudança de atitude interior. Que
mudança é esta? É a troca de uma atitude de INDEPENDÊNCIA para uma atitude de
DEPENDÊNCIA. Da atitude de rebelião (faço o que eu quero) para a atitude de submissão
(pertenço a Deus para fazer a sua vontade). Quando mudamos a nossa atitude para
com Deus, mudam também os nossos atos. Quando mudamos somente os nossos
atos (deixamos de fazer algumas coisas que consideramos muito erradas), mas
continuamos no interior com uma atitude de independência, estamos ainda em
rebelião e necessitamos de arrependimento.
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roubo
mentira
adultério
inveja
fofoca
embriaguez
violência avareza
ira etc.
atos
ARREPENDIMENTO
atitude
INDEPENDÊNCIA
INDEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA
DE DEUS DE DEUS
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Quando Jesus colocava as condições do reino, Ele sempre começava com “se
alguém quer ser meu discípulo…”, e logo a seguir vinham as condições. Estas eram
condições para ser um discípulo, para ser um convertido, um salvo. Eram condições para
entrar no reino de Deus. Não era uma opção para ser mais consagrado, para crescer na
fé, ou para se tornar pastor. O arrependimento, com tudo o que ele significa e produz,
está na PORTA DE ENTRADA e não no caminho. Muitos estão pregando um evangelho
“fofinho” (creia e mais nada), e depois querem estreitar o caminho. Mas quem vai querer
perder a vida se na entrada já lhe prometeram salvação e vida eterna sem condição
nenhuma? Esta pregação tem enchido a igreja de religiosos que não estão submissos a
autoridade de Jesus. Devemos mudar esta situação, e o principal para isto é entender
que:
➔ A Submissão Total a Autoridade de Jesus não é uma Opção para o Salvo, mas
uma Condição para Ser Salvo.
O Incrédulo: Não quer dizer necessariamente ateu. É alguém que não tem
interesse em Deu. Qual é o seu problema? É que governa a sua vida. Controla todas
as áreas de sua vida conforme a sua vontade e para seu próprio prazer. Tem o EU no
centro de sua vida. Ele vive para si mesmo.
O Religioso: É muito diferente do incrédulo. Acredita em Deus, lê a Bíblia, ora,
canta, vai a reuniões, chama Jesus de Senhor, etc. Mas qual o seu problema? O
mesmo do incrédulo. Tem o EU no centro. Vive para si mesmo. E Deus? Deus existe
para abençoá-lo, curá-lo, servi-lo e salvá-lo. É um quebra-galho. Este está pior que o
incrédulo porque está se enganando.
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O Discípulo: Não vive mais para si mesmo. Vive para Deus. Toda sua vida está
estruturada em função da vontade de Deus. Jesus é o SEU SENHOR. Este experimentou
um verdadeiro arrependimento. Que diferença entre um discípulo e um religioso!
Que amor! Que prontidão! Que docilidade! Como cresce e frutifica! Graças a Deus
pela revelação do seu reino!
➔ O verdadeiro arrependimento tira o homem do centro e coloca Jesus no
centro de tudo.
Você deve ler com atenção os textos abaixo para ter mais esclarecimento e
capacitação para ensinar a outros: Mt 5.20; 6.25-34; 7.13; 7.21-23; 8.18-22; 9.9;
10.37-39; 11.28-30; 13.44,45; 16.24,25; 19.29; Lc 9.23-26; 9.57-62; 12.29-34; 14.25-
33; 18.18-30; Jo 12.24-26; At 3.19; 17.30.
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A Palavra de Jesus
Mt 28.18-20 "E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade
no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e
eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos."
Mc 16.16 "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado."
No texto de Mateus, Jesus colocou o batismo no início da vida com Ele. Primeiro
batizar e depois ensinar a guardar as coisas que Ele ordenou. Não diz que é para
primeiro ensinar e depois batizar.
O texto de Marcos é mais forte, e muito claro: “Quem crer e for batizado será
salvo”. A igreja vive como se Jesus tivesse falado: “Quem crer e for salvo, deve ser
batizado”. Que autoridade temos para trocar as palavras do Senhor? Porque a maior
parte da igreja crê que o batismo não é importante para a salvação? Se o batismo fosse
apenas o que a igreja tem ensinado, Jesus nunca diria o que disse. Será que Ele estava
entusiasmado e exagerou um pouco? Sabemos que não. Portanto, vamos devolver-lhe
a autoridade. Vejamos como os apóstolos interpretaram o ensino de Jesus sobre o
batismo.
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Os doze efésios (At 19.4,5): Logo que foram ensinados sobre Jesus, foram
batizados.
Vimos então que a prática dos apóstolos era muito diferente do que a igreja
pratica hoje. Para eles o batismo era algo tão importante, tão fundamental e
indispensável, que quando alguém recebia a palavra era batizado imediatamente, não
importando quem fosse, nem que horas eram. O que era o batismo para eles? Isto é
o que veremos no próximo ponto...
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Muitos têm ensinado que o batismo significa morte e ressurreição com Cristo.
Isto tem boa dose de verdade, mas confunde um pouco o próprio batismo com as
suas consequências.
➔ O batismo é basicamente uma coisa: união com Cristo.
Ser mergulhado n’Ele. A morte do velho homem e a ressurreição de uma nova
vida são, juntamente com outras coisas, a consequência direta e imediata de sermos
unidos a Ele.
Enumeramos abaixo todas as realidades espirituais que estão diretamente
associadas ao batismo.
▪ A morte de Jesus é a nossa morte. Portanto estamos mortos para o pecado
(Rm 6.3,4,6; Cl 2.12; 3.3), para o mundo (Gl 6.14) e para a lei (Rm 7.4; Gl
2.19).
▪ A sua ressurreição é a nossa nova vida para servimos a Deus (Rm 6.4,8,11;
2Co 5.17; Ef 2.5,6; Cl 2.12).
▪ Sua exaltação é a nossa vitória sobre todas as potestades (Ef 1.20-23; 2.6).
Embora estes textos não se refiram ao batismo, é evidente que a nossa
posição é n’Ele. E foi no batismo que fomos colocados nesta posição.
▪ Temos o perdão dos pecados (At 2.38).
▪ Somos lavados e purificados (At 22.16). Aqui caberia a pergunta: Mas o que
nos purifica do pecado é o batismo ou é o sangue de Cristo? Certamente
que é o sangue de Jesus. Mas quando? Quando somos unidos a Ele pelo
batismo.
▪ Somos salvos (Mc 16.16; 1Pe 3.21).
▪ Somos introduzidos no corpo de Cristo que é a igreja (1Co 12.13). Quando
estávamos no mundo éramos independentes de Deus e independentes dos
homens (ninguém tem o direito de se meter na vida de ninguém). Agora,
não nos tornamos apenas dependentes de Deus, mas também da sua igreja
(submissão de uns aos outros).
Conclusão
Deus tem uma grande obra para fazer em nós. Mas Ele não faz nada em nós
separados de Cristo Jesus. Deus não nos trata isoladamente. Toda a obra que Deus
tem para fazer em nossas vidas é em Cristo. Ele nos colocou em Cristo e toda a
experiência dele se tornou a nossa experiência (lembre o exemplo da folhinha dentro
do livro).
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Como podemos aniquilar a velha natureza? Não podemos. Mas Deus crucificou
o nosso velho homem com Cristo. Como podemos produzir uma nova vida? Não
podemos. Mas Deus nos deu a vida juntamente com Cristo. Como podemos vencer a
Satanás? Em nós mesmos é impossível, mas Deus nos colocou assentados nos lugares
celestiais (acima de Satanás) em Cristo Jesus. Toda essa tremenda vitória é possível
porque nós fomos Batizados em Cristo Jesus.
➔ A firmeza e edificação de um discípulo de pende diretamente da revelação
que ele tem de sua união com Cristo
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O Espírito Santo
Antes de falarmos sobre o batismo no Espírito Santo, vamos conhecer quem é
o Espírito Santo:
O nosso Deus, o Deus em quem nós cremos, é um Deus Triuno, ou seja, um
único Deus em três pessoas inseparáveis. (o Altíssimo, Aquele que nos fez, o Grande
Eu sou, onisciente, onipotente, onipresente)
2 Co 13:13 “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito
Santo sejam com todos vós.”
Jd 1:20 “Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito
Santo, conservai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo
para a vida eterna.”.
Alguns fazem uma tremenda confusão, dizendo que o Espírito Santo é uma
energia cósmica, um anjo, uma substância nebulosa, uma nuvem que paira sobre a
cabeça dos cristãos e muitos outros enganos. Isso porque não O conhecem, não
1
O Batismo no Espírito Santo não é o nosso diploma de formatura da “faculdade espiritual". É o
certificado de matrícula no “jardim da infância” da fé.
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dependem dele, não dão espaço para Ele, andando, dessa maneira, por tantos
caminhos errados e caindo em tantas contradições.
Mas a verdade é apresentada pela Palavra de Deus. Nela vemos que o Espírito
Santo é Deus, do mesmo modo que o Pai e que o Filho:
▪ Ele é Eterno (Hb 9:14).
▪ Ele é Onipresente (Sl 139:7-10).
▪ Ele é Onisciente (1Co 2:10).
▪ Ele é Onipotente (Lc 1:35).
Jesus quando fala sobre o Espírito Santo o apresenta como uma pessoa, alguém
semelhante a Ele, que estaria conosco para sempre:
Jo 14:15 - “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador a fim de que esteja convosco
para sempre”
Nesse texto, a palavra usada para “consolador” vem do grego
parakletos/, que significa alguém semelhante, que fica ao lado, junto.
Esta palavra traz o sentido de aconselhador, exortador, intercessor, estimulador,
consolador, fortalecedor.
O Espírito Santo tem todas as características de uma pessoa: Ele ama Rm15:30,
fala Ap2:7 Hb3:7, ensina 1Co2:13, se entristece Ef4:30, auxilia 2Tm1:14, intercede por
nós Rm8:26-27, tem vontade própria 1Co12:11, podemos ter comunhão com Ele
2Co13:13.
O Espírito Santo está presente na obra de Deus desde sempre até hoje. Só no
Velho Testamento aparece em mais ou menos 88 citações, como por exemplo: Gn
1:2;26, Nm 11:16;24-30, Dt 34:9, Jz 6:34, I Sm 16:13, Ez 36:26-27, Ez 37:1-5.
No V. T. eram manifestações fortes, repentinas e sobrenaturais, capacitando
uma pessoa para uma determinada tarefa e depois o Espírito se retirava. Mas Senhor
diz que derramará do seu Espírito sobre toda carne, sobre todo seu povo, dando a
eles um novo coração e finalmente vindo habitar dentro de cada um. Joel viu a
transição de um período para outro:
Jl 2:28-29 "Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões;
e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito."
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At 1:3-8 “Aos quais também, depois de haver padecido, se apresentou vivo, com muitas
provas infalíveis, aparecendo-lhes por espaço de quarenta dias, e lhes falando das coisas
concernentes ao reino de Deus. Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de
Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na
verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias.
Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse tempo que
restauras o reino a Israel? Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas,
que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os
confins da terra.”
O Cumprimento da Promessa
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1º - Engano:
2º Engano:
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determinações de Deus em nossas vidas, com louvor e ações de graças (Ef 5: 18-20).
Já o batismo com o Espírito Santo, é uma capacitação para fazer a obra (At 1: 8).
O Ser cheio do Espírito como uma manifestação do caráter de Jesus, você vai
aprender mais adiante, em outra apostila. Nesta apostila vamos ficar só como o
aspecto do Batismo com o Espírito Santo. Esta experiência é para o início da vida
cristã. É necessário ser recebida logo que se entra no Reino de Deus, pois só assim os
novos discípulos estarão capacitados para o serviço a Deus. Isto nos leva a próxima
pergunta:
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Não há nenhum texto que fale claramente que só recebe o dom do Espírito Santo
quem fala em línguas. Não há nenhum ensino de doutrina sobre isto; só temos descrição
de experiências. Por isso nós devemos estar abertos para aceitar que alguém seja batizado
no Espírito Santo sem ter falado em línguas. Mas diante das evidências apresentadas no
livro dos atos dos apóstolos devemos considerar como exceção e não como regra.
Também é bom salientar que os casos que conhecemos, de irmãos que só depois
de algum tempo de batizados com o Espírito Santo, manifestaram o dom de línguas.
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F| A Salvação
Após tudo que falamos sobre o reino de Deus e como entrar nele, podemos
afirmar que todos os que passaram pela porta do reino estão salvos. O que vamos ver
agora é em que significa estar salvo e quais os aspectos práticos da obra redentora de
Cristo em nossa vida.
O que é salvação?
Salvação significa ato ou efeito de salvar.
Salvar → Pôr a salvo; livrar da morte; tirar de perigo; preservar de dano,
destruição, perda, ruína etc.; curar-se.
Por uma pessoa precisa ser salva?
Porque está perdida
Por que o homem está perdido?
Porque desobedeceu a Deus e seu estado de pecado o conduz a morte.
Gn 2:16-17 “Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes
comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no
dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
Como já vimos anteriormente, ao desobedecer esta ordem, por causa do
desejo do seu coração de ser independente de Deus, Adão trouxe sérias
consequências para a humanidade.
Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado
a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.”
Quando ele pecou, sua natureza humana se degenerou. O pecado tornou-se
parte de sua natureza e também herança de toda a raça humana, pois todos são
descendentes de Adão. (Gn 5:1-2)
Rm 5:19 “Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram
constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.”
Todos são pecadores, pois todos vêm de Adão, logo todos precisam de cura
para a esta doença chamada pecado. Esta CURA é a SALVAÇÃO proporcionada pela obra
completa de Jesus na Cruz.
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O texto que lemos de Rm5:12 mostra que "por um só homem entrou O PECADO
no mundo", depois diz que "por isso todos pecaram", ou cometeram pecados. Isso
significa que primeiro entra O PECADO, depois o homem começa a cometer PECADOS.
▪ O Pecado : Atitude interior de ser independente de Deus
▪ Pecados : Atos pecaminosos causados por ser independente de Deus
O pecado está na natureza do homem, no seu íntimo, por isso ele comete
pecados. Podemos ainda dizer que todo ser humano tem dois problemas básicos:
Seus pecados (atos que ofendem a Deus) e o Pecado (a fábrica de pecados )
A obra de Cristo na Cruz resolve também estes dois problemas. Perdoa nossos
pecados e nos liberta do pecado (fecha a fábrica).
O Sangue
Quando a luz de Deus brilha pela primeira vez em nossos corações, clamamos
por perdão, porque compreendemos que cometemos pecados diante dele. Esse
primeiro problema é resolvido com o sangue de Cristo, que foi derramado para
perdão dos nossos pecados. O sangue trata com os nossos pecados e nos justifica à
vista de Deus conforme declara as seguintes passagens: Romanos 5:8-9; 3:24-26.
O pecado se manifesta na forma de desobediências, para criar, em primeiro
lugar, separação entre o homem e Deus. Em segundo lugar o pecado comunica ao
homem um sentimento de culpa, de afastamento de Deus. E ainda não é tudo, porque
o pecado oferece também a Satanás uma possibilidade de acusação diante de Deus.
Portanto temos três problemas que precisam ser solucionados:
1o. Nossa separação de Deus
2o. As acusações de nossa consciência.
3o. As acusações de Satanás
É a santidade de Deus, a justiça de Deus que exige que uma vida sem pecado
seja dada em favor do homem. Há vida no sangue, e aquele Sangue tem que ser
derramado em favor de mim, pelos meus pecados. Deus requer que o Sangue seja
apresentado com o fim de satisfazer a sua própria justiça, e é Ele que diz:
“Vendo eu o Sangue passarei por cima de vós” Êxodo 12:13.
O Sangue de Cristo SATISFAZ A DEUS INTEIRAMENTE. É necessário esquecermos o
valor que nós damos ao Sangue para visualizarmos o quanto Deus dá valor ao Sangue.
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“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo
Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua
justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; para
demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador
daquele que tem fé em Jesus. ” Rm3:24-26
Portanto o Sangue resolve nosso problema de separação de Deus. Por meio do
Sangue temos livre acesso ao Senhor.
➔ Não existe outro meio pelo qual possamos nos aproximar de Deus a não ser
pelo precioso Sangue de Cristo.
Agora temos que considerar que, em nossa condição de incrédulos não éramos
tão molestados pela nossa consciência, até que a Palavra de Deus começou a nos
despertar. Quando cremos a nossa consciência pode se tornar extremamente
sensível, e isto pode vir a ser real problema para nós. O sentimento de pecado ou de
culpa pode se tornar tão grande, tão terrível, que quase nos paralisa porque nos faz
perder de vista a verdadeira eficácia do Sangue.
Algumas vezes chegamos ao ponto de imaginar que os nossos pecados são
maiores que a eficácia do Sangue. Por que isso?
a) Não sabemos o valor que Deus dá ao Sangue. Isso nós já consideramos no
item anterior. Devemos estar fundamentados nisso, crendo que só o Sangue
de Cristo satisfaz a justa exigência de Deus.
b) Não aceitamos a avaliação que Deus faz do Sangue. Podemos saber o valor
que Deus dá ao Sangue, mas não aceitarmos isso. Achamos que não é
possível que seja assim, que devemos fazer algo mais e assim nossa
consciência não se cala porque ainda queremos fazer algo mais para nos
justificarmos diante de Deus.
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c) Muitas vezes não avaliamos o Sangue pela visão que Deus tem dele, mas
procuramos avaliá-lo pelos nossos sentimentos. Algumas vezes sentimos,
outras vezes não.
Em face do que temos dito, podemos agora voltar-nos para encarar o inimigo,
porque há um outro aspecto do Sangue que diz respeito a satanás. A bíblia diz que
ele é “o acusador dos irmãos” (Apocalipse 12:10), e o nosso Senhor o enfrenta como
tal em seu ministério de Sumo Sacerdote, pelo seu próprio Sangue (Hebreus 9:12).
Como é então que o sangue opera contra satanás?
a) Colocando Deus ao lado do homem. Com a queda, foi introduzido no
homem algo que impedia Deus de, moralmente, defender o homem. Eram
nossos pecados diante de Deus que não permitiam que Deus pudesse estar
ao nosso lado contra satanás. Mas o Sangue removeu essa barreira; nós
agora estamos certos com Deus, e com Deus ao nosso lado podemos encarar
satanás sem tremor.
b) “O Sangue de Jesus Seu Filho, nos purifica de todo pecado” 1Jo1:7. Não é
“todo pecado” no seu sentido geral, é cada pecado, um por um. Deus está
na luz, e a medida que andamos na luz, tudo fica exposto e patente a ela de
modo que Deus pode ver tudo; e nessas condições o Sangue nos purifica de
todo pecado. Com os pecado perdoados não há acusação de satanás que
prevaleça.
É este o fundamento que nos firmamos: Nunca devemos procurar estar limpos
diante de Deus, de nossa consciência e vencer as acusações de satanás tendo por base
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a nossa boa conduta e sim, confiando no Sangue. Que possamos ver mais do valor do
precioso Sangue de Cristo, aos olhos de Deus, pois assim venceremos até o final.
Ap 12:11 "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e
não amaram as suas vidas até a morte."
A Cruz
Vimos, pois, que o Sangue trata objetivamente com os nossos pecados. Porém,
notamos que isso não basta para caminharmos em rumo ao propósito de Deus. Só
com o Sangue, continuaríamos a pecar e confessar, pecar e confessar e pecar e
confessar indefinidamente. Por isso é necessário que não só nossos pecados sejam
tratados, mas o pecador seja tratado. E aí que entra a cruz de Cristo.
Não somos pecadores porque cometemos pecados e sim pecamos por sermos
pecadores. É mais por constituição do que por ação. Há pecadores maus e pecadores
bons, pecadores morais e pecadores corruptos, mas todos são igualmente pecadores.
O problema não é no que fazemos, mas no que nós somos. A cruz nos liberta daquilo
que somos.
Como ela atua?
Há quatro condições ou passos que precisamos entender claramente:
1o. Sabendo
2o. Considerando-nos
3o. Oferecendo-nos a Deus
4o. Andando no Espírito
1) Sabendo
Rm6:6 “...sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo
do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado.”
Em primeiro lugar precisamos saber que fomos crucificados com Cristo e para
isso responderemos as seguintes perguntas:
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2) Considerando-se
Rm6:11 "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para
Deus, em Cristo Jesus."
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Veja que estamos seguindo a ordem natural do capítulo seis de Romanos, onde
vemos que primeiro precisamos saber para depois considerar-nos. Infelizmente,
quando se trata desse assunto a ênfase é no considerar sem ver que há uma ordem
no texto: primeiro SABER depois CONSIDERAR. Não adianta ficarmos declarando para nós
mesmos que estamos crucificados se não soubermos que isso já aconteceu;
considerar-se não é isso. O que é então considerar?
Considerar é:
a) No grego é atribuir, imputar, dando a idéia de fazer as contas. Portanto
entendemos que, de maneira exata, não precisamos só saber, mas temos
que tomar uma atitude e essa atitude é de considerar que a nossa inclusão
na crucificação de Jesus é um fato verdadeiro. Nunca olhar para nós
mesmos, mas para o que Cristo fez por nós em nossa inclusão nEle.
b) Ter fé prática. Aplicar o que sabemos acerca de nossa crucificação, crendo
diariamente nisso e não dando ouvidos aos sussurros acusadores do diabo.
Vamos sempre lembrar que não estamos lidando com promessas e sim com
fatos. As promessas de Deus nos são reveladas pelo Espírito, afim de que nos
apropriemos delas; os fatos, porém, permanecem fatos, quer creiamos neles ou não.
Qualquer coisa que contradiga a Palavra de Deus deve ser considerada mentira
do diabo. Estamos, pelo batismo, mortos em Cristo, quer sintamos ou não.
3) Apresentando-nos
Rm6:12,13 "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas
concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de
iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a
Deus, como instrumentos de justiça."
Agora, na mesma sequência do capítulo seis de Romanos, estamos no terceiro
passo que é apresentar-nos. Quando realmente sabemos que fomos crucificados com
Ele, então espontaneamente me considero morto (vs. 6 e 11) e quando sei que
ressuscitei com Ele de entre os mortos então considero-me vivo para Deus em Cristo
Jesus (vs. 9 e 11). Quando chegamos então a esse ponto podemos então apresentar
os nossos membros como instrumento de justiça. Deus não aceita a consagração da
velha natureza. Nada que venha de Adão é aceitável a Deus, porém agora temos uma
outra natureza e é essa que eu apresento a Deus como rediviva dentre os mortos.
O que é, basicamente, apresentar-nos?
a) Ser separado para o Senhor. Quando algo era consagrado no AT não podia
mais ser usado para nada a não ser para o Senhor. Nossas mãos não nos
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pertencem, nossos pés não podem andar para onde eu quero porque não
são meus, são instrumentos de justiça.
b) Pois assim como apresentastes os vossos membros como servos da
impureza e da iniquidade para iniquidade, assim apresentai agora os vossos
membros como servos da justiça para santificação (Romanos 6:19).
Apresentar-se é a verdadeira santificação no sentido objetivo. Deve ser um
ato inicial e fundamental, feito na porta. Depois, dia a dia, devemos
prosseguir, dando-nos a Ele, sem nos queixar do uso que Ele faz de nós, mas
aceitando, com grato louvor, mesmo aquilo contra o qual a carne se revolta.
Esse é o caminho da cruz.
Vamos, então, ter essa atitude diária de oferecer-nos a Deus como redivivos
dentre os mortos.
4) O Andar no Espírito
Rm8:3-7 "Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus
enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne
condenou o pecado, para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos
segundo a carne, mas segundo o Espírito. Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas
da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne
é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade
contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser;"
Ef5:18-21 "E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do
Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao
Senhor no vosso coração, sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo."
Portanto quando somos cheios do espírito podemos com maior tranquilidade
saber que estamos descansando nele e que assim andamos no Espírito. E já sabemos
qual é o fruto de tudo isso.
Gl 5:16-18; 22-25 "Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da
carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao
outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da
lei. Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a
fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus
crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos pelo Espírito, andemos
também pelo Espírito
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O Novo Nascimento
Tudo isso acontece porque nós nascemos de novo através do batismo. Com o
novo nascimento nos tornamos filhos de Deus e toda essa obra de perdão e libertação
se realiza em nós. Foi o que Jesus disse a Nicodemos:
Jo 3:1-7 “Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos
judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois
ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em
verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a
entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se
alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da
carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário
vos é nascer de novo.”
O objetivo de Deus tornar cada ser humano parte de sua grande família de
muitos filhos, mas para isso é necessário que cada um seja nascido de Deus. Para
trazer o homem de volta ao seu propósito Ele proporcionou uma solução:
Jo 1:12-13 "Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome (Jesus), deu-lhes
o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne,
nem da vontade do varão, mas de Deus.”
Nós então nascemos de novo e passamos a ser filhos de Deus. Deus nos
comunica suas qualidades e somos participantes da natureza de Cristo (nosso irmão
mais velho). Deus nos dá a sua vida, a Vida Eterna; e começamos a viver essa vida
agora consagrando todo nosso ser a Ele. Vivamos, pois como filhos de Deus!!
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A Salvação
IRA DE DEUS
Jo 3:36 Rm 4:24-25 SUBSTITUIÇÃO
RECONCILIAÇÂO
Is 53:5-6 Cristo
Amor, Vida,
Rm 5:8-10 Morreu por mim
Comunhão, Paz,
Justificação
Santidade
Nova Natureza
SANGUE
Livre do domínio
do pecado
Fé Graça
E
C
A
D
Jo 3:16 Ef 2:8-9 O Velha Natureza
Morta na cruz e
crucificada com
CRUZ Cristo
Libertação
Rm 6:3-4 Eu morri com
Rm 6:6;11 Cristo
INCLUSÃO Rm 5:1-10
CONDENAÇÃO Rm 6:7-8
Introdução
Jesus não apenas informou e ensinou. Ele formou discípulos. A Igreja do Senhor
Jesus é composta de discípulos.
Jesus sempre teve a multidão ao seu redor, mas Ele não se iludia com a
multidão, Pois a multidão vem e vai. Mas Ele se dedicou a um grupo pequeno de
pessoas, próximas a Ele, que estavam dispostos a tudo por Ele: OS DISCÍPULOS.
Jesus procurou enraizar neles a visão do Pai e fez dos discípulos pessoas capazes
de dar continuidade a sua obra. Através de um relacionamento intenso com o Mestre
os discípulos aprenderam tudo e aplicaram da mesma maneira à Igreja.
Não vamos encontrar na bíblia as palavras “membro de igreja”, nem
"evangélico" como referência aos cristãos, mas sim discípulos. Sempre que a Igreja
estava reunida, ali estavam reunidos os discípulos de Jesus.
Mesmo antes de Jesus a Bíblia nos mostra pessoas que tinham um
relacionamento de discípulos.
▪ Moisés e Josué Ex 24:13 Ex 33:11 Nm 27:18-21
▪ Elias e Eliseu II Re 2:1-9
Is 50:4 “O Senhor Deus me deu a língua dos instruídos para que eu saiba sustentar com uma
palavra o que está cansado; ele desperta-me todas as manhãs; desperta-me o ouvido para que eu
ouça como discípulo.”
O que é um discípulo?
➔É aquele que CRÊ em tudo que Cristo disse e FAZ tudo que Cristo manda.
Aquele que creu, se arrependeu, foi batizado e recebeu o dom do Espírito Santo
a bíblia chama de discípulo.
É importante entender que no contexto do Novo Testamento não existe uma
pessoa que seja convertida e não seja discípulo.
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Salvo, convertido, discípulo, todos são termos que se referem a uma mesma
pessoa. Cada um desses termos tem um sentido diferente, mas são aplicados a uma
mesma pessoa.
▪ A palavra “convertido” aparece 2 vezes no VT
▪ A palavra “crente” aparece 15 vezes no NT
▪ A palavra “discípulo” aparece 3 vezes no VT e 258 vezes no NT
▪ “Evangélico” não aparece em lugar nenhum.
Significado dos termos:
▪ Salvo: o que foi libertado do poder de da condenação do pecado.
▪ Convertido: o que mudou de atitude e mentalidade (arrependimento).
▪ Discípulo: o seguidor, praticante dos ensinos do mestre, submisso.
▪ Crente: aquele que crê
Jr 6:14 "Também se ocupam em curar superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz,
paz; quando não há paz."
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Jr 23:16-17 "Assim diz o Senhor dos exércitos: Não deis ouvidos as palavras dos profetas, que
vos profetizam a vós, ensinando-vos vaidades; falam da visão do seu coração, não da boca do
Senhor. Dizem continuamente aos que desprezam a palavra do Senhor: Paz tereis; e a todo o que
anda na teimosia do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós."
Deus, nestes dias está restaurando as realidades básicas do Evangelho do Reino
para que se cumpram as palavras proféticas dadas por Malaquias.
Ml 3:18 "Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus,
e o que o não serve."
Se alguém pretende ser salvo ou convertido sem se tornar um discípulo, não
encontrou tal pretensão nas escrituras.
➔Todo salvo é um discípulo, ninguém é salvo se não for discípulo.
Podemos nos referir a uma pessoa que está no Reino de Deus usando qualquer
um dos termos que aparecem nas escrituras, mas devemos nos acostumar a usar o
termo discípulo porque:
1. É o Termo mais abrangente, que expressa com mais exatidão a realidade de
vida de alguém que pertence ao Reino de Deus.
2. É o termo que Jesus, os apóstolos e os nossos primeiros irmãos escolheram.
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O Senhor não nos mandou juntar gente para fazer reuniões. As reuniões são
importantes, assim como a cura dos enfermos. Os sermões têm o seu lugar, e
certamente devemos cantar e louvar. Contudo o fundamental é fazer discípulos. A
não ser que isto seja bem entendido, todas as outras coisas importantes serão a casca
de uma fruta oca. Serão um amontoado de atividades sem propósito e sem valor
eterno.
Que Deus crie em nós o coração de um verdadeiro discípulo, um coração
voltado para o Senhor, liberto, disposto a obedecer, nos capacitando a viver a vida de
Jesus e reproduzi-la em todas as pessoas que estão a nossa volta.
➔ Seja discípulo e faça discípulos!!
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H| A Igreja
Antes de prosseguir com esse estudo é bom ler o livro de Atos para ver como a
Igreja era na sua origem. Notar como os apóstolos agiam e qual era a atitude dos
discípulos naquela época.
Introdução
A maioria das pessoas tem uma ideia errada sobre o que é a Igreja. Precisamos
então esquecer tudo que julgamos saber, olhar unicamente para a Palavra de Deus e
pedir ao Senhor que nos mostre, em Cristo, a sua Igreja. Conhecendo a Cristo,
conheceremos também a Igreja, que é o seu corpo.
Tal como Deus mostrou um modelo do tabernáculo para Moisés no monte Sinai
e disse: “faça tudo segundo o modelo que viste no monte.”, assim também precisamos
que Ele nos mostre a Igreja conforme a sua própria visão.
Nossa referência para conhecer da igreja não é a igreja dos séculos passados,
nem sequer a igreja do primeiro século. Nossa referência é a igreja anterior a todos
os séculos, a igreja que Deus se propôs a ter antes da fundação do mundo.
A igreja é o projeto eterno de Deus. Ela não nasceu na mente de Deus há 2.000
anos, quando enviou o Seu Filho ao mundo. A igreja estava na mente e no coração de
Deus desde os séculos eternos, desde “antes da fundação do mundo”.
A igreja não foi o “Plano B” de Deus depois da queda do homem. A igreja é o
“Plano A” de Deus desde antes de existirem homens ou demônios. A queda foi um
desvio, um atentado contra o projeto eterno de Deus. A redenção fez as coisas
voltarem ao plano original.
O que é a Igreja?
Precisamos compreender que a igreja não é um edifício, um templo, uma
construção ou um local para reuniões. Também não é uma instituição ou organização
religiosa. Veja o que a bíblia diz:
Ef 2:22-23 “E sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as
coisas o deu à igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as
coisas.”
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Mt 18:15-20 "Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás
ganho teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou
três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também
recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo: Tudo quanto
ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu. Ainda
vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes
será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu
nome, ali estou no meio deles."
Este texto fala sobre a Igreja em uma determinada localidade → IGREJA LOCAL
Aqui aprendemos que a Igreja:
▪ É composta de irmãos.
▪ É envolvida em áreas de disciplina.
▪ É suprida de um governo local.
▪ É um corpo definido do qual uma pessoa pode ser expulsa.
▪ É um corpo que tem poder para ligar e desligar no céu e na terra.
▪ É unida em fé e oração
▪ É um grupo de pessoas identificadas com o NOME de Cristo.
▪ Um povo no qual Cristo promete estar.
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longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar. E com muitas outras palavras dava testemunho, e os
exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que
receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor,
e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham
tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a
necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em
casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o
povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos."
Com a vinda do Espírito Santo, aquele primeiro grupo de discípulos nasceu de
novo e foi revestido com poder espiritual para viver e proclamar o que haviam
recebido de Jesus. Eles eram a Igreja original, o resultado primeiro da obra de Jesus
Cristo. Formavam uma comunidade que expressava a vida de Jesus ao mundo e
proclamava a sua palavra.
At 2:44-47 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e
nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos.
Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens
e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os
dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a
Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo
salvos.”
Esse texto nos mostra que entre os primeiro irmãos havia:
▪ Ensino da palavra
▪ Comunhão (relacionamento)
▪ Partir do pão (ceia)
▪ Orações
▪ Realização de milagres
▪ Unidade
▪ Partilha (suprimento mútuo)
▪ Expressão pública (no pátio do templo dos judeus)
▪ Trabalho nas casas
▪ Louvor a Deus
▪ Crescimento numérico
Decadência e Restauração
Olhando para a Igreja atual (de um modo geral), vemos que ela está longe de
ser a Igreja gloriosa que encontramos no livro de Atos. A Igreja primitiva cria, pregava
e praticava literalmente todo o Conselho de Deus. Eles permaneciam na doutrina dos
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e não abriga a presença de Deus. Por mais solene que seja é apenas um edifício e não
um templo.
Atos 7:48-49 mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o
profeta: O céu é meu trono, e a terra o estrado dos meus pés.
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Cl 4:15 “Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia, e a Ninfas e a igreja que está em sua
casa.”
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