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Seminário Arquidiocesano de São josé – PUC-RIO

Aluno: Christian Flávio dos Santos Xavier – Disciplina: História da Filosofia


Antiga
Professor: Pe. Rafael Martins – Trabalho

Platão, afirma que as ideias são o reais, e a realidade externa é uma mera representação
das ideias. Ou seja, o hiperurânio, que Santo Agostinho chama de mente de Deus, é a
realidade, pois para ele tudo que existe, tudo que é real, só existe porquê existe primeiro
nesse mundo das ideias. E quando o homem vê uma representação de algo, se lembra
logo da ideia.
Platão afirma que o homem é somente alma, e que a alma humana não é do mundo
sensível, e sim do hipeurânio, e que está presa ao corpo, chamado de cárcere pelo
próprio Platão, e quando a pessoa morre, a alma volta a esse hipeurânio, e quando a é
viva a alma fica presa no corpo, ela se esquece disso, e só se lembra do hipeurânio
quando vê alguma representação. Resumindo, ele pensa que desde o nascimento as
pessoas tem as ideias inatas, que aos poucos vão se lembrando, de tudo que está no
hipeurânio
Estes pontos de pensamento sobre o conhecimento que afirma Platão, se divergem,
totalmente de Aristóteles e o mesmo a afronta, quando afirma que a ideia é uma
representação do real, o contrário de Platão, ou seja, a ideia é a representação da
realidade e o hipeurânio não existe, o que existe é a realidade das coisas concretas, e
porque existem, que elas entram na mente do homem, pelos sentidos. Diz Aristóteles:
“nada há na mente que não tenha passado pelos sentidos”, pelo corpo, negando assim o
pensamento de Platão que diz ser ao contrário, de que tudo já estar na mente.
Pois se tem alguma coisa na minha mente, é porquê essa coisa existe do lado de fora
como corpo, e pelos sentidos entrou na minha mente, e pelos sentidos externos como a
visão, audição, olfato, paladar e o tato, e cada um dá seu sensível próprio e depois sendo
unificado pelo senso comum, guardado pela memória, composto pela imaginação, e
estimado pela cogitação. E por esses sentidos externo que chegamos à abstração,
passando pelo juízo para chegar por fim, ao raciocínio.
Aristóteles afirma também o homem diante da realidade forma a ideia por abstração,
pois no princípio a ideia é uma “távola rasa’. E por isso, os sentidos são os primeiros
contatos com a realidade. Esse ponto confirma um outro pensamento de Aristóteles, ao
dizer que o homem é uma unidade de corpo e alma, na qual o corpo é sua matéria e a
alma sua forma. Mostrando assim que o lugar das ideias é a mente.

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