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Abudo Cipriano Mateus

Cordia de Laurinda Abelicio Armaldo

Tipos Fundamentais de Teorias Éticas

Licenciatura em Ensino de filosofia com Habilitações em Ética

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
Abudo Cipriano Mateus

Cordia de Laurinda Abelicio Armaldo

Tipos Fundamentais de Teorias Éticas

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue no departamento de ciências
sociais e filosófica leccionada na cadeira
de Fundamento de éticas sob orientação do
docente.
MA: Mário J. Adolfo

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado


2021
Índice
Introdução........................................................................................................................................3

1.Modelos de Ética descritiva: Fenomenológico (ética dos valores), Analítico linguístico


(metaética).......................................................................................................................................4

2.Modelos de ética normativa (as teleológicas e as deontológicas):...............................................5

3.Existencialista (ética da existência)..............................................................................................6

4.Eudemonista (hedonista, utilitarista)............................................................................................7

5.Contratualista (ética da justiça)....................................................................................................7

6.Materialista (ética filológica, ética marxista)...............................................................................8

Conclusão........................................................................................................................................9

Referência bibliográfica.................................................................................................................10
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Introdução

O presente trabalho que tem como tema: Tipos Fundamentais de Teorias Éticas, dentro do tema
sublinharemos em linhas geris alguns pontos referentes a esse tema, onde falaremos dos Modelos
de Ética descritiva: Fenomenológico (ética dos valores), Analítico linguístico (metaética);de
seguida falaremos também Modelos de ética normativa (as teleológicas e as deontológicas):
Transcendental (ética da vontade, ética construtiva, ética pragmático inguística, ética generativa);
em mais adiante advogaremos Existencialista (ética da existência); Eudemonista (hedonista,
utilitarista); Contratualista (ética da justiça)e finalmente de Materialista (ética filológica, ética
marxista).

Objectivos

Objectivo geral

 Compreender Tipos Fundamentais de Teorias Éticas


Objectivos específicos
 Descrever Modelos de Ética descritiva: Fenomenológico (ética dos valores), Analítico
linguístico (metaética) e Fenomenológico (ética dos valores)
 Analisar os Modelos de ética normativa (as teleológicas e as deontológicas): Transcendental
(ética da vontade, ética construtiva, ética pragmatico-linguística e ética generativa);
 Conhecer a ética da existência), Eudemonista (hedonista, utilitarista, Contratualista, a ética
da justiça e Materialista (ética filológica, e ética marxista)

Metodologias

Para a elaboração do presente trabalho, importa referir que foram feitas algumas consultas
literárias pela internet.
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1. Modelos de Ética descritiva: Fenomenológico (ética dos valores), Analítico


linguístico (metaética)

Fenomenológico (ética dos valores)

Fenomenologia é uma palavra de longa trajectória histórica e também de uma etapa importante
da Filosofia. Palavra de origem grega, composta por duas outras: “fenómeno” - que significa
aquilo que se mostra e, não somente aquilo que se aparece ou parece e, “lógia” (logos) – que tem
muitos significados para os gregos, tal como: palavra, pensamento. Assim, refere-se ao “estudo
dos fenómenos, daquilo que aparece a consciência, daquilo que é dado a partir de si (LIMA,
2014, p.10).

Segundo), diz que na sua origem, o termo foi usado pela primeira vez,
de acordo com Dartigues (2008), no texto Novo órganon (1764), de
autoria de Johann Heinrich Lambert (1728- 1777), com o sentido de
teoria da ilusão sob suas diferentes formas. A fenomenologia oferece a
possibilidade para compreender a experiência vivida das pessoas de um
modo que outras metodologias não o fazem. Ela explica os aspectos
mais profundos de uma situação, atentando-se ao humor, sensações e
emoções – procurando encontrar compreensão sobre a experiência real
e, o que ela significa para os indivíduos, bem como quais implicações
que ela traz.
ANTHEA (2015:25), apresenta uma fenomenologia radical no sentido de abrir caminhos para a
realidade mais fundamental dos fenómenos humanos ao centrar-se sobre a busca das essências,
ou seja, “as próprias coisas”, “as coisas mesmas” no sentido de se ater com absoluta fidelidade
ao modo de ser dos objectos, a aquilo que é rigorosamente dado, aquilo que eu encontro e, que é
para mim originalmente presente, genuinamente possível de ser descoberto mas, que nem sempre
é visto através de procedimentos próprios e adequados.

Analítico-linguístico (metaética)

É abstracta e epistemológica, seu objectivo é investigar a natureza dos valores, dos juízos morais
(bem/Mal); e os significados da linguagem avaliativa (das estruturas do discurso), métodos e
lógica (LIMA, 2014:17).
Modelos de ética normativa (as teleológicas e as deontológicas):Transcendental (ética da
vontade, ética construtiva, ética pragmatico-linguística, ética generativa);

Segundo RIBEIRO (2008:24), diz queas principais correntes de pensamento e discussões ético-
normativas podem ser divididas em duas correntes de pensamento teórico: Ética Normativa
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Teleológica (ou Ética Consequência lista) e Ética Normativa Deontológica.Procura


racionalmente configurar o campo prático da moral num estudo “histórico-filosófico ou
conceitual” (Bitta) sobre normas morais das sociedades, desenvolvendo critérios – o foco das
problemáticas é a acção-moral.

Ética Teleológica - do grego teleos, fim - também denominada de Ética


Consequêncialista, é a ética, como o próprio nome sugere, que valoriza as
consequências, os fins da acção. Em oposição à Ética Deontológica, na acção a
intenção é o menos importante, as consequências é que devem ser boas. E o bom
é considerado o fim natural, a felicidade. Os defensores desta ética - Aristóteles,
Sócrates, Platão, Epicuro, Stuart Mill, Bentham, Hare, Singer e - alegavam que
todos os homens se devem reger por esta finalidade, as melhores opções são as
que oferecem melhores resultados (RIBEIRO, 2008:24).

Ética Deontológica - do grego déon, dever – também chamada de Teoria do Dever, foca-se nas
intenções e no valor da acção/regra, que devem corresponder às aspirações morais internas de
cada indivíduo A Ética Geral é abrangente, faz a análise e estudos das normas e moralidades (e
códigos morais) que permeiam a sociedade como um todo - preceito, regras, legislações –
absorvendo a peculiaridade cultural, espacial e histórica de cada sociedade.A Ética Aplicada é
uma área recente da filosofia moral, mais restrita que a primeira, procura fazer reger os códigos
de ética para determinada categoria e setor social e discutir problemas morais concretos da
sociedade, (RIBEIRO, 2008,Pp.24-25).
2. Existencialista (ética da existência)
O existencialismo foi uma doutrina filosófica e um movimento intelectual surgido na europa e
meados do século XX, mas precisamente na França. É considerado o pai do existencialismo
Soren Kierkegaard (1813/1855), foi um filósofo dinamarquês, fez parte da linha do
existencialismo cristão, qual defende sobretudo o livre árbitro Os principais pioneiros do
existencialismo são: Martin Hidegger, Jean-paul Sartre e Simone de Beauvoir.desenvolveu a
ideia de que o ser humano pode experimentar uma existência autêntica. O que determina esta
existência será sua atitude fase a morte e as escolhas que tomara diante finitude da sua vida.
GINZBURG (2014:7),
RIBEIRO (2008:55), diz que Sartre (1905-1980) foi um dos maiores
representantes do existencialismo, filosofo, escritor e critico Francês. Parte de
seguinte princípio a existência procede a essência. O essencialismo defende a
primazia da essência sobre a existência. O homem primeiramente existe e mais
tarde se torna isto ou aquilo. Enquanto o existencialismo defende a primazia da
existência sobre a essência.
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Uma pessoa não tem o conjunto de escolhas predeterminadas, pós é sempre livre para fazer
novas escolhas e construir se como uma pessoa diferente.

MELLO, (2008:80), aponta características fundamentais do Existencialismo como sendo:

 A valorização do individuo como algo irredutível e reduzido a sua totalidade


 O que existe verdadeiramente é o individuo na sua singularidade, é o individuo singular, uno
e irrepetível (existir significa ser diferente);
 A valorização da liberdade do homem enquanto ser situado no universo o homem esta
condenado a ser livre ser homem significa ser capaz de construir a sua personalidade a
medida que se vai buscando valores por si mesmo escolhidos e tomados como
paradigmáticas.
3. Eudemonista (hedonista, utilitarista)

Do grego eudaimonia significa felicidade. Doutrina moral segundo a qual o fim das ações
humanas (individuais e coletivas) consiste na busca da felicidade através do exercício da virtude,
a única a nos conduzir ao soberano bem, por conseguinte, à felicidade (ABBAGNANO, 1970:9)

É essa identificação do soberano bem com a felicidade que faz da moral de Aristóteles um
eudemonismo; também a moral provisória de Descartes pode ser entendida como um
eudemonismo (que não se deve confundir com hedonismo Eudemonismo. Literalmente,
'eudemonismo' significa "posse de um bom demônio", ou seja, gozo ou fruição de um modo de
ser mediante o qual se alcançará a prosperidade e a felicidade. Filosoficamente, entende-se por
'eudemonismo' toda tendência ética segundo a qual a felicidade é o sumo bem, CHAUI,
2006:444.
Segundo MORA (2004:47), diz que a felicidade pode ser entendida de muitas
maneiras: pode consistir em "bem-estar", em "prazer", em "actividade
contemplativa" etc. Em todo caso, trata-se de um "bem" e frequentemente
também de uma "finalidade". É costume, desde Kant, chamar esse tipo de ética
de "ética material", por oposição à "ética formal, elaborada e defendida por
Kant. Na medida em que identifica o bem com a felicidade ou, melhor, na
medida em que se considera o bem almejado, pode-se dizer que todas as éticas
materiais são eudemonistas.
A doutrina ética utilitarista é um bom exemplo da Ética Teleológica, seus pressupostos prescreve
que o objectivo último de toda acção humana é a felicidade - “Agir sempre de forma a produzir a
maior quantidade de bem-estar” (MORA (2004:47).
4. Contratualista (ética da justiça)
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Na Filosofia existe um debate que teoriza como foi o surgimento do Estado, o estudo a respeito
do Estado moderno aparece pela primeira vez em 1513 com Nicolau Maquiavel (1469-1527)
mas foi efectivamente com os contratualistas como: Thomas Hobbes, John Locke, Jean Jacques
Rousseau.
A origem do Estado tem basicamente duas grandes interpretações, a primeira é a
natural que compreende ser o desenvolvimento inevitável dos agrupamentos
humanos, que buscando cooperação e benefícios colectivos e individuais
recíprocos se associam, e a necessidade de organizar esse conjunto de pessoas
promove naturalmente o Estado, o primeiro e um dos mais proeminentes
defensores dessa teoria é Aristóteles que entende que, “o homem é um animal
político, por conseguinte, a polis existe por natureza, é um fenómeno natural. A
segunda interpretação é a contratualista, que entende a sociedade como sendo
fruto do resultado das decisões humanas, da razão humana, ou seja, se
compreende que as pessoas decidiram viver em colectividade partilhando regras
de convivência (GINZBURG, 2014:19)
Hobbes, um filósofo inglês que nasceu na segunda metade do século XVI e faleceu no final do
século XVII, é autor da teoria que o Homem é um ser egoísta por natureza. Todos viviam em um
estado de guerra constante, e ninguém confia em ninguém. As pessoas decidem entregar sua
liberdade e seus poderes na mão de uma pessoa que vai decidir por elas. Essa pessoa, um rei,
soberano, deve garantir a essa população o progresso e a protecção. Isso quer dizer que ele
fiscalizara tudo, mandara em tudo, na economia, no exército etc. (RIBEIRO, 2008:55).
Locke: O homem é bom, mas não é perfeito e se tratando de sua propriedade privada, ele vai
guerrear. Locke concorda com Hobbes que o homem vivia em um estado de natureza, só que o
homem não era mau, ele era neutro. O problema surgiu quando alguém tentava roubar sua
propriedade! Então, as pessoas resolvem se juntar e entregar sua liberdade em troca da protecção
da sua propriedade (MELLO, 2008:86).
Rousseau para ele o homem é bom, a sociedade que o corrompe. Paraele o
homem era “deboista” era bondoso e pacífico. O problema é que alguém teve a
ideia de cercar um pedaço de terra e dizer que aquilo era dele. Sendo que o
Estado está para diminuir as desigualdades entre os homens e promover a
manutenção da liberdade que já existe no estado de natureza (RECIO;
NASCIMENTO, 2012:10).
5. Materialista (ética filológica, ética marxista)

A ética como reflexão filosófica fundamental no sentido de investigar, explicar, esclarecer uma
determinada realidade humana, a realidade moral, elaborando conceitos, teorias.
O lugar da ética no pensamento de Marx e Engels e na tradição marxista: crítica
às teorias e práticas religiosas e ao modo de produção capitalista, tendo como
pilares: a concepção de homem como ser concreto, social e histórico, a ontologia
imanentista, a visão materialista da história, as determinações e relações sociais
e económicas determinadas, a sociedade dividida em classes antagónicas
(MORA, 2004:59).
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Conclusão

Ao concluir, as ilacões que o grupo tira do tema são de que, falarmos de tipos fundamentais de
teorias éticas elas visa-nos a fazer uma magna reflexão da nossas mente, nos abrindo lhe um
grande desafio na nossa sociedade, em buscarmos formas e vias de saber viver no mundo que
estamos inseridos. Falar da ética utilitarista, trata-se de uma versão renovada anglo-saxônica do
hedonismo clássico, mas com uma perspectiva social. Procura conjugar a busca do prazer com os
sentimentos sociais, entre os quais, a simpatia que faz perceber que os outros também desejam
alcançar o prazer. Pois a ética existencialista ela busca estabelece que o eu consiste em
entendimento e desejo, sendo distintos um do outro, porém a máquina da mente, por si mesma,
nada quer, e o desejo sem o auxílio do entendimento, nada pode ver. Essa dupla natureza é a
verdadeira força motivacional do ser, pois nos empurram e determinam os objetos de nossos
apetites ou aversões.
E por fim "metaética" ou "ética analítica" a um tipo de investigação ou teoria filosófica que se
distingue da ética normativa. A metaética tem como objecto de investigação filosófica os
conceitos, proposições e sistemas de crenças éticos. Analisa os conceitos de correcto e
incorrecto, bom e mau, com respeito ao carácter e à conduta, assim como conceitos relacionados
com estes, como, por exemplo, a responsabilidade moral, a virtude, os direitos.
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Referência bibliográfica

ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.

GINZURG, Carlo. Medo, reverência, terror: Quatro ensaios de iconografia. São Paulo:
Companhia das Letras, 2014.

MELLO, Leonel Itaussu Almeida. John Locke e o individualismo liberal. In: Os clássicos da
política, org. Franscisco C. Weffort, Ática, São Paulo 2008.

MORA, J. Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2004.

RECIO, Encarnación Moya; NASCIMENTO, Paulo Roberto. Introdução a Ciências Políticas:


Teoria, Instituições e Autores Políticos. Rede For, São Paulo, 2012.

RIBEIRO, Janine Renato. Hobbes: o medo e a esperança. In: Os clássicos da política,


org.Franscisco C. Weffort, Ática, São Paulo 2008.

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