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Introduzir o Tema Expositivo oral e
Introdução
Informar sobre os objectivos da aula directo
Computador
Fundamentos filosóficos de ética:
Aristóteles, Kant, Habermas, Videoprojector
Expositivo oral e
John Rawls, H. F. Engelhardt, 2 horas
Desenvolvimento directo/ Diapositivos
Emmanuel Levinas
Interactivo
Texto de apoio
Conceitos mais usuais de ética
Bibliografia
Assim, a ética pode ser entendida como a ciência da reta ordenação dos atos
humanos desde os últimos princípios da razão. Estamos, portanto, diante de
uma ciência prática, que intenta a razão das escolhas de uma determinada
conduta e os fundamentos da tomada de decisão.
Mas se Aristóteles pode ser considerado pai da ética, foi Immanuel Kant,
filósofo do século XVIII (1724-1804), que formulou os princípios actualmente
em curso para o ethos.
Estes princípios dizem respeito a um ser humano exterior e acima de qualquer
avaliação material, que não pode ser utilizado como meio, mas sim ser tratado como
um fim. A sua razão soberana confere-lhe uma dignidade fixada no humano e
assegura-lhe autonomia da sua vontade.
Kant diz que a moralidade é a única condição capaz de fazer com que um ser racional seja
um fim em si e, que a moralidade, bem como a humanidade, enquanto capaz de moralidade,
são as únicas coisas que possuem dignidade.
Assim, Kant elabora a sua teoria buscando alicerçar as relações sociais através de um
princípio fundador da sociedade, que ele elege como “princípio supremo da moralidade”.
Este princípio é o cimento da sociedade e está alicerçado em duas máximas: a primeira diz
que nós temos que nos comportar de forma que nossa ação possa ser transformada em lei
universal que vai guiar o comportamento de todos; a segunda máxima diz que não basta que
nossa ação tenha se transformado em uma lei universal, mas, também é necessário que ela
seja considerada como uma finalidade em si mesma e não apenas um instrumento da nossa
vontade.
Com Kant o “outro” passa a ter uma finalidade moral. Daí que ao incluir o “outro” no seu
julgamento o ser humano materializa um valor moral, ou seja, sai da zona de conforto e
passa a contribuir para a criação de uma nova ordem jurídica que não apenas defende os
seus direitos, mas que também o projeta em direção ao outro. E a beleza desta
afirmativa de Kant está na construção do “Princípio da Dignidade Humana”.
“No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade.
Aquilo que tem preço pode ser substituído por algo
equivalente: mas quando uma coisa está acima de todo
preço, e, portanto não permite equivalente, então ela tem
dignidade” (Kant, 2005, p. 85).
Também os conceitos de Autonomia, universalidade e
justificação racional tornam a teoria ética de Kant muito atual,
por incluir em sua ética uma motivação que supõe articulação
da razão e da sensibilidade.
O filósofo diz que o princípio da autonomia é, pois: “escolher Inscrições ao longo da tumba de
sempre de modo tal que as máximas de nossa escolha Kant, dentre elas (...)"O céu
estrelado por sobre mim e a lei
estejam compreendidas, ao mesmo tempo, como leis moral dentro de mim" (…)
KANT, Immanuel. Fundamentação metafísica dos costumes e outros escritos, São Paulo: Martin Claret, 2005
Jurgen Habermas nasceu em Dusseldorf em 1929,
é um filósofo e sociólogo alemão.
Inicialmente influenciado por Marx e pela sua dialéctica,
rejeita a racionalidade de Kant e preconiza uma raciona-
lidade comunicativa ou seja a comunicação livre,
racional e crítica que parece desenvolver-se bem nas deliberações
pluridisciplinares das comissões de ética e formações de ética
interactivas.
Habermas, com base em conceitos da tradição hegeliano-marxista, utiliza
os termos “eticidade” e “moralidade” com significados novos, reservando a
“moralidade” ao abstrato e universal e a “eticidade” à concretização no
mundo da moralidade da vida.
Para ele, os princípios éticos não devem ter conteúdo, mas garantir a
participação dos interessados nas decisões públicas através de
discussões (discursos), em que se avaliam os conteúdos normativos
demandados naturalmente pelo mundo da vida.
Sobre sua teoria discursiva, aplicada também à filosofia jurídica, pode ser
considerada em prol da integração social e, como consequência, da
democracia e da cidadania. Tal teoria coloca a possibilidade de resolução
dos conflitos vigentes na sociedade não com uma simples solução, mas a
melhor solução aquela que resulta do consenso de todos os concernidos.
John Rawls (1921-2002), partidário americano de
Kant, sublinha a grande influência, para a formulação
ética, do processo de elaboração de uma justiça
social equitativa, que faz com que se privilegiem
os pacientes mais vulneráveis.
H. F. Engelhardt, pós-Kant preconiza uma autonomia completa de
reflexão e acção para o ser racional consciente, no respeito pelo
pluralismo de opinião e sobre a égide do princípio de
beneficência.
Resultante desta perspectiva parecem ser a evolução do
consentimento explícito.
Mas a ideia de uma ausência de dignidade para os inconscientes,
deficientes profundos, comatosos vegetativos e embriões não
consegue aderentes.
Emmanuel Levinas nasceu em Kounas na Lituânia em 1906
e faleceu em Paris em 1995. Foi um filósofo francês.
O seu pensamento parte da ideia de que a Ética, e não a
Ontologia é a filosofia primeira.
É no face a face humano que se irrompe todo o sentido.
Diante do rosto do outro, o sujeito se descobre responsável e
lhe vem à ideia o infinito.
Insiste na diversidade e respeito pelo ser humano, que
estabelecem uma ética de proximidade (microética). As
relações com os outros, com a comunidade (macroética)
dependeria de uma processo deontológico análogo ao da
elaboração da justiça. Este dualismo, por vezes vítima de
interesses divergentes, reencontra-se na preservação de
determinados interesses do paciente face aos imperativos
da saúde pública.
Ontologia significa “estudo do ser”. A palavra é formada através dos termos gregos “ontos” (ser) e “logos”
(estudo, discurso). Consiste em uma parte da filosofia que estuda a natureza do ser, a existência e a
realidade, procurando determinar as categorias fundamentais e as relações do “ser enquanto ser”.
O outro…