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Lógica II
Lógica e argumentação
O objecto de estudo de uma disciplina é aquilo que essa disciplina estuda. Então, qual é
o objecto de estudo da lógica? O que é que a lógica estuda? A lógica estuda e
sistematiza a validade ou invalidade da argumentação. Também se diz que estuda
inferências ou raciocínios. Podes considerar que argumentos, inferências e raciocínios
são termos equivalentes.
Muito bem, a lógica estuda argumentos. Mas qual é o interesse disso para a filosofia?
Bem, tenho de te lembrar que a argumentação é o coração da filosofia. Em filosofia
temos a liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sustentar o que
defendemos com bons argumentos e, é claro, também temos de aceitar discutir os
nossos argumentos. Portanto ao aceitar discuti-los devemos ter em conta acabar com
a ambiguidade, dar clareza aos pensamentos ao ponto de vermos as profundezas
deste.
Estás a ver por que é que o estudo dos argumentos é importante, isto é, por que é que a
lógica é importante. É importante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos válidos
dos inválidos, permite-nos compreender por que razão uns são válidos e outros não e
ensina-nos a argumentar corretamente. E isto é fundamental para a filosofia
O que é a persuasão?
E também as regras simples de inferência correcta por ex: se chove, fico em casa,
chove, logo fico em casa. Ou na sua forma negativa : sw respira, vive. Não vive. Entao
não respira .
Além da lógica formal temos as máximas da lógica informal que são: A máxima de
cooperação: prestar informação suficiente, clarificar, dar provas materiais e
imateriais;Máxima de pertinência: falar do essencial sobre o assunto;Máxima de
relevância: concentrar-se no que é certo.
Questionário
Logica do juízo
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Na lógica do conceito vimos que o conceito é a primeira operação mental que tem
como expressão verbal o termo, vimos ainda que os conceitos são ideias elementares
por isso não são susceptíveis de serem verdadeiros nem falsos, porque não afirmam e
nem negam algo. Então o que será juízo e proposição?
O juízo é segunda operação mental pela qual se afirma ou nega algo. Neste sentido o
juízo é um acto do pensamento susceptível de ser verdadeiro ou falso ou seja o juízo é
a relação entre conceitos ou termos O juízo é a forma central de todo o pensamento,
pois todas as actividades mentais conduzem a um dado juízo. As ideias são os
materiais com os quais formulamos juízos, e os raciocínios são encadeamentos de
juízos que nos conduzem a novos juízos.
Todo juízo ou proposição é uma frase declarativa ou enunciativa, mas nem todas as
frases são proposições tais como as interrogativas, imperativas, exclamativas,
interjeições, pois nelas não se afirmam e nem se negam nenhuma relação entre
conceitos.
Sujeito- é o conceito pelo qual se afirma ou se nega algo, representada pela sigla
S.
No juízo temos a considerar a sua forma e matéria, neste sentido constituia forma do
juízo a copula que é normalmente o verbo ser e a matéria constitui-se pelo sujeito e o
predicado.
Exemplo:
Forma do
juízo
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Todos os zambézianos são Hospitaleiros
Matéria do
juízo
Como mostra o exemplo acima os juízos predicativos podem iniciar ou não por um
conceito, mas indicar a quantidade em que o sujeito é tomado. Que se dá o nome de
quantificador:
Todo (s) que tem como equivalentes lógico: a(as) o (os) nenhum ou formas
verbais : não existem, não há.
Algum/ ns – que tem como equivalentes lógico : certos, nem todos,uma parte,
a maioria as formas verbais, existem, há.
Contudo, podem existir juízos em forma de frases onde não estao explicitos os seus
elementos constituitivos ou sua representação padrão , o facto é que dificulta a
primeira vista. Como identificar que estas frases podem ser redutíveis à forma do juízo
predicativo?
Ora vejamos:
Revisão
e) Há políticos honestos
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Pela Quantidade
(extensão em que é tomado o sujeito)
Singulares O sujeito designa apenas um indíviduo. ex. António é electricista.
O sujeito é tomado em parte da sua extensão. ex. Alguns homens
Particulares
são médicos .
O sujeito é tomado em toda a sua extensão. ex.: Todos os homens
Universais
são mortais.
Pela Qualidade
( a propriedade que possui um ser afirmativo ou negativo)
Afirmativos O predicado convém ao sujeito. Ex. O homem é mortal.
Negativos O predicado não convém ao sujeito. ex. o dia não é a noite.
Pela Modalidade
(o tipo de modalidade entre o sujeito e o predicado)
O predicado convém, mas não necessariamente ao sujeito. ex. A
Assertóricos (ou contingentes)
mesa é quadrada.
O predicado convém necessariamemte ao sujeito.ex. o triângulo tem
Apodíticos ( ou necessários)
três lados.
A relação afirmativa ou negativa envolve certa possibilidade. ex.
Problemáticos (duvidosos)
Passarei nas provas de exame.
São juízos em que o predicado não pode convir isto é aplicar – se ao
Impossiveis ou absurdos
sujeito. Ex: o quadrado é circular
Pela compreensao do sujeito : Quanto a inclusão ou exlusao do predicado no sujeito.
quando o predicado este compreendido no sujeito. Ex. O quadrado
Analíticos
tem quatro lados iguais.
quando o predicado nao esta contido na nocao do sujeito. Ex. o
Sintéticos
quadro da sala é preto
Pela Relação ou condição
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Combinando a quantidade (universais e particulares) e a qualidade (afirmativas e
negativas) das proposições, obtemos quatro classes de proposições, cujas relações de
oposição são de quatro géneros distintos. Para designar tais proposições a lógica
serve-se das primeiras quatro vogais: A, E, I, O
E – Universal Negativa. A segunda é uma proposição universal negativa que pode ser
representado simbólicamente por: NENHUM S É P; nega universalmente que os
professores sejam intelectuais , se ve que a primeira classe esta excluida da segunda,
com isso podemos dizer que não há membro algum da primeira na segunda.
I – Particular Afirmativa. A terceira é uma proposição particular afirmativa que pode ser
representada simbólicamente por: ALGUM S É P; esta proposição não afirma e nem
nega que todos os jovens sejam espertos; torna-se neutro. a palavra algum pode
significar " pelo menos um" Alguns professores são intelectuais .
O – Particular Negativa. A quarta é uma proposição particular negativa que pode ser
representada simbólicamente por: ALGUM S NÃO É P; ela não afirma que os membros
particulares da primeira classe a que se refere estejam incluidos na segunda classe ,
isto é, afirma que pelo menos um membro da primeira classe esta na segunda. Alguns
professores não são intelectuais.
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Qualidade
Afirmativas Negativas
A E
Universais
Quantidade Todo o S é P Nenhum S é P
I O
Particulares
Tudo aquilo que é ser humano também é mortal Todo o ser humano é mortal
O Há seres humanos que não são simpáticos. Alguns seres humanos não
são simpáticos (alguns S
Existem seres humanos que não são simpáticos não é P).
Nem todos seres humanos são simpáticos
Regras de extensão dos termos ou Distribuição dos termos nas proposições A, E, I,O.
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Tipos Sujeito Predicado Representação no
prop diagrama
Revisão
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c) O predicado possui mais extensão que o sujeito.
Lógica do Raciocínio
Imediatas oposição
conversão
Inferência
Indução silogismo
Mediatas Dedução
Analogia proposicional
A terra é um astro
A terra move-se
Assim :
Se A é V então E é F
Se E é V então A é F
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qualidade. Assim:A lei diz que não podem ser ambas falsas, mas podem ser
ambas verdadeiras.
Se I é F então O é V; Se O é F então I é V.
Se A é V, então O é F Se A é F, então O é V
Se A é V então I é V, se I é F então A é F
Se E é V então O é V se O e F então E é F
Se I é V, não saberemos se A é V ou F
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Revisão
Sugestão de trabalho
Todos os não políticos são não corruptos, e, logo em seguida, efectuemos a conversão
simples, o que resultou na proposição :
N.B. Anegação de uma negação equivale a uma afirmação assim equivale a: alguns
politicos são corruptos (I).
Exercicios
a) Subalternas c) contrárias
b) subcontrárias d) contraditórias
Inferências mediatas
Este raciocínio e a operação pela qual a inteligência, partindo de dois ou mais juízos,
conclui uma nova relação que neles estava implicitamente contida e deles derivam
logicamente. Inferir significa obter conhecimentos novos, a partir de conhecimentos
dados. As proposições de partida são chamadas premissas ou antecedentes e a
proposição destas inferidas é a conclusão. As premissas são relacionadas à conclusão
através de um nexo lógico de tal modo que a verdade das premissas conduz à verdade
da conclusão. E as formas mais comuns são três a indução, dedução e a analogia.
Assim: o raciocínio indutivo parte: Do particular para o geral; Dos factos para as leis
universais; Dos caracteres observados num certo número de elementos de uma classe
para generalizar a todos os elementos dessa classe, criando conceitos e proposições
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universais.
Dedução – neste tipo infere-se partido do geral para o particular. Parte das causas para
efeito, das leis para os factos, dos princípios para suas consequências necessárias. é
o raciocínio que consiste em concluir uma ou mais proposições conhecidas
(premissas), uma nova proposição que delas decorre necessariamente por nela estar
de algum modo contida (conclusão). Esta operação parte do contexto geral para o
particular. Estas conclusões são, pois necessárias (apodíticas).Por exemplo:
Analogia-- este tipo infere do particular para particular, ou seja, através das
comparações de objetos de espécies diferentes, de certas semelhanças inferem-se
certas semelhanças. As conclusões são mais ou menos prováveis quanto menor ou
maiores forem as semelhanças.
Os morcegos voam.
Revisão
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na construção de uma argumentação?
Diz-se regulares quando obedecem uma regra fixa, ou seja, o silogismo categórico
regular é formado a penas por três termos e três proposições.
NB: podemos ainda distinguir num silogismo a matéria que são: as proposições e
termos, e a forma que constituem as ordenações das proposições e dos termos de
acordo com 8 regras do silogismo.
Tradicionalmente são oitos regras as quais um silogismo deve obedecer para ser
considerado valido, as quatro do termos e quatro das proposições.
2. O termo médio não pode entrar na conclusão. O termo médio esgota-se nas
premissas.
O João é estudioso,
João é feliz,
João é um feliz estudioso. Assim não se pode concluir.
3. O termo médio deve ser tomado, pelo menos, uma vez universalmente. Quando o
termo médio está em sentido particular nas duas premissas, nada garante que
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estabeleça a ligação entre os outros dois. Por exemplo:
4. Nenhum termo pode ter mais extensão na conclusão do que tem nas premissas.
Se a regra não for observada, o silogismo não será válido, a conclusão afirmará
mais do que as premissas permitem.
1.De duas premissas afirmativas não se pode inferir uma conclusão negativa, entra-se
em contradição. Por exemplo:
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premissa negativa a conclusão é negativa, se temos uma partícula também sua
conclusão será particular. Por exemplo:
O princípio da extensão – defende que tudo o que se afirma do todo tem de se afirmar
das partes contidas nesse todo, e tudo o que se nega do todo tem de se negar das
partes contidas nesse todo. Este princípio garante que evitemos uma contradição. Ex:
se os homens são racionais, então alguns homens são racionais.
Exercícios
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José é homem Alguns animais são macacos
José é mortal Logo todos os animais são primata
c) Os pardais são pássaros D) O homem é um vertebrado E) As aves são
velozes
Os corvos não são pardais O gato não é homem Os aviões são
velozes
Os corvos são pássaros O gato não é vertebrados Os aviões são aves.
Figuras e Modos dos silogismos
O que determina o modo é a figura de um silogismo? As figuras do silogismo são
determinadas pela posição do termo médio nas premissas. E o modo é determinado
pelo tipo de proposição que são constituídas. Assim as figuras são quatro a saber: as
três primeiras são de Aristóteles e a quarta figura pela inversão da primeira é de autoria
de Galeno. As palavras sub significa subjectum e prae de predicatum estas são de
origem latina.
1ͣ FIGURA (SUB-PRAE)
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Alguns ibéricos são europeus
O termo médio português é sujeito em ambas premissas maior e menor.
Modos válidos desta figura: BARBARA – CELARENT – DARII e FERIO : AAA; EAE; AII; E
EIO.
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o Se a premissa maior for afirmativa, a premissa menor tem de ser universal
Redução do silogismo.
Vejamos o exemplo:
Não há regras que orientem as restantes figuras entre si, só orienta-nos somente com
as regras do silogismo e averiguarmos as possibilidades de transformar o da 3ͣ para
a 4ͣ figura conforme desejamos. Por exemplo:
3. Todos os homens são inteligentes. Ora, alguns alunos são homens. Logo, alguns
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alunos são inteligentes. Este silogismo é da…
A. primeira figura, do modo AII. B. segunda figura, do modo AII.
4.O silogismo “Os sofistas são educadores políticos. Todos os educadores políticos
são bons oradores. Alguns sofistas são bons oradores”. Pertence ao modo…
A. AAA da 1ª figura. C AAA da 3ª figura. B AAA da 2 ª figura. D AAI da 4 ª figura.
Exercícios
Silogismo irregulares
São aqueles que não são regulados pode ter mais de três proposições ou menos. Estes
são:
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Epiquerema – é o silogismo em que uma ou duas premissas são acompanhadas das
suas provas ou justificação. Ex. Os cristão são hospitaleiros, porque a hospitalidade é
uma das virtudes recomendadas pelo evangelho. Ora porque a hospitalidade é um valor
cultural, logo os moçambicanos por natureza são cristãos.
Sorites – é o silogismo que tem pelo menos quatro proposições com os termos
convenientemente ligados.
Sorites regressivo:
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Quem é o humilde é moderado AéB
Revisão
Estes afirmam e negam sob uma condição, pois estas classificam-se condicionais e
disjuntivos e dilemáticos.
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O procedimento inverso torna invalido o modus. Se A, então B. ora A; Logo, B.
Modus ponendo-tollens – (ao afirmar, nega) A premissa menor afirma uma das
alternativas e a conclusão nega a outra ou as outras, ou seja, a premissa menor é
afirmativa e a conclusão é negativa.
Modus tollendo – ponens – (negando, afirma) A premissa menor nega uma das
alternativas. A conclusão afirma a outra.
Revisão:
1. Complete o texto:
Logo choveu
A) Paulo sorriu ou esta triste, Paulo não sorriu, logo esta triste
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B) Paulo sorriu ou esta triste, Paulo sorriu logo não está triste
C) Paulo sorriu ou esta triste, Paulo não triste logo Paulo sorriu
D) Paulo sorriu ou esta triste, Paulo está triste logo Paulo não sorriu.
Falácias
O fim (com realização plena de uma coisa) e sua perfeição, ora o fim da vida é a morte,
logo a morte é perfeição da vida.
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2. Metáfora é um erro de raciocínio causado pela interpretação no sentido
figurado em que um termo foi empreguem como se do sentido próprio se
tratasse.
Os mambas se qualificaram para CAN/ Angola 2017, ora os manbas são repteis, logo
os répteis qualificam-se para o CAN/ Angola 2017.
4. Confusão entre sentido colectivo e sentido individual erro que origina quando
não distinguimos ambas parte. Ex. Os moçambicanos são simpáticos, ora
João e Maria são moçambicanos, logo João e Maria são simpáticos
Falácias de dedução
2. De conversão são erros que resultam do desrespeito das regras por exemplo
a conversão do tipo A não definitória para a conversão simples.
Falácias matérias
É verdade que deus existe porque a bíblia o diz e a bíblia diz sempre a verdade porque
foi deus quem escreveu.
Falácias de indução
Por ex. os professores Alcido, Manuel, Mateus Joana têm estrutura baixa. Logo, todos
professores de filosofia são de estatura baixa.
A lua é um planeta como a terra. A terra é habitada, logo a lua também é habitada.
Argumento ad baculum – consiste no apelo a forca ou intimidação para fazer valer uma
ideia (recorre-se à ameaça velada para forçar a aceitação da conclusão). Ex: é melhor
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admitires que esta é a melhor política que a empresa pode seguir, se pretendes manter
o emprego.
Argumento Post hoc ergo propter hoc (falsa causa) - confunde-se antecedente com
antecedente casual. Ex: no dia do acidente aéreo, a pista estava escorregadia, logo,
essa foi a causa do acidente.
Exercícios
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ela fez o aborto”.
Estesilogismoe
A entimema. B epiquerema. C polissilogismo. D sorite.
8.A falácia que consiste em recorrer à autoridade de alguém para demonstrar a
veracidade
do que se afirma chamaـse argumentum ad…
A hominem. B terrorem. C verecundiam. D misericordiam.
9. O argumento Ad Baculum é um caso de argumentação falaciosa que faz apelo à(o):
A emoção. B força. C razão. D prazer.
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