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LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1º Ano

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA

A Estrutura e vias de argumentação e de explicação

Nome do Estudante:
Semião Carlos Waite

Código de Estudante

11220353

Beira, Março de 2022

A Estrutura e vias de argumentação e de explicação Página 1


LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1º Ano

TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E ESCRITA

Nome do Estudante:
Semião Carlos Waite

Código de Estudante

11220353

O Presente trabalho, intitulado ao tema: A Estrutura e


vias de argumentação e de explicação a ser submetido
na coordenação do curso de Licenciatura em
Administração Pública da UnICED

Beira, Março de 2022

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Índice
Introdução .................................................................................................................................... 4

A Estrutura e vias de argumentação e de explicação ................................................................... 5

Texto Expositivo-Argumentativo ................................................................................................ 5

Conceito básico da Argumentação............................................................................................... 5

Argumentos e Provas na sua ilustração ....................................................................................... 6

As Ordens das Provas .................................................................................................................. 6

Percurso da Argumentação .......................................................................................................... 6

Estrutura do Texto Argumentativo .............................................................................................. 8

Vias de Argumentação ................................................................................................................. 8

1. Via Lógica................................................................................................................................ 8

Via Explicativa ............................................................................................................................ 9

Conclusão................................................................................................................................... 11

Referência .................................................................................................................................. 12

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Introdução

O presente trabalho da cadeira de técnicas de expressão oral e escrita, na qual traz como
tema A Estrutura e vias de argumentação e de explicação onde os argumentos devem
promover credibilidade. com a busca de argumentos por autoridade e provas concretas, o
texto começa a caminhar para uma direcção coerente, precisa e persuasiva. somente o facto
pode fortalecer o texto argumentativo. não podemos confundir facto e opinião. o facto é
único e a opinião é variável. por isso, quando ocorre generalização dizemos que houve um
“erro de percurso”.

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A Estrutura e vias de argumentação e de explicação

Texto Expositivo-Argumentativo

O texto argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia de textos expositivos, no


qual o autor apresenta as suas ideias ou opiniões acerca do que vê, pensa ou sente, ao
contrário do que acontece com o explicativo – texto que apresenta factos sobre uma
realidade.

Conceito básico da Argumentação

A argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais polémico for o
assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode ocorrer desde o
início quando se defende uma tese ou também apresentar os aspectos favoráveis e
desfavoráveis posicionando-se apenas na conclusão.

Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe
ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o
ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo.

Os argumentos devem promover credibilidade. Com a busca de argumentos por autoridade


e provas concretas, o texto começa a caminhar para uma direcção coerente, precisa e
persuasiva. Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não podemos confundir
facto e opinião. O facto é único e a opinião é variável. Por isso, quando ocorre
generalização dizemos que houve um “erro de percurso”.

Segundo Rei (1990:88) “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar uma
afirmação destinada a fazer admitir outra.”

Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da argumentação estuda as técnicas


discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que
apresentamos ao seu consentimento. Sem se afastar da dialéctica, da lógica e da retórica. A
argumentação investiu no campo da psicologia, da sociologia e da teoria geral da

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informação, indo nestes campos procurar alguma luz sobre como reage o homem, quando
exposto às mensagens persuasivas, como altera as suas convicções e o seu comportamento.

Argumentos e Provas na sua ilustração

Já definimos o argumento como um raciocínio destinado a provar ou refutar uma afirmação


ou, ainda, uma afirmação destinada a fazer admitir outra. Os argumentos são, portanto,
elementos abstractos, cuja disposição no discurso dependerá da sua força argumentativa,
aparecendo, assim, no texto, numa disposição crescente, decrescente ou dispersa.

As Ordens das Provas

As provas têm a função de sustentar os argumentos e são de três ordens (Jules Verest,
1939: 468-471):

• Naturais - incluem os textos das leis, o testemunho das autoridades, as


afirmações das testemunhas e os documentos de qualquer espécie;

• Verdades e princípios universais - são reconhecidos, deste modo, por todos e


apresentados sob a forma de raciocínio reduzido.

• O Exemplo – é um caso particular, real ou fictício, que tem uma analogia


verdadeira com o caso que nos ocupa. A intenção é, a partir dele, inculcar uma
verdade geral da qual deduzimos uma proposição que queremos estabelecer.

Percurso da Argumentação
Segundo Rei (1990:90);
são caminhos do pensamento para "justificar uma opinião, desenvolver um
ponto de vista, reflectir para chegar a uma decisão". Eleger (1988: 16)
define que “são processos de organização das ideias, segundo a natureza
dos laços que unem os elementos ou as etapas do edifício persuasivo: onde
operam os argumentos, escolhidos e dispostos, tendo em vista uma
argumentação concreta”.

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No processo de argumentação, usam-se com frequência os seguintes termos, de acordo
com o contexto, como a seguir se apresentam:

• Adversidade: (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto,


senão, que.

• Alternância: ou; e as locuções ou... ou, ora...ora, já...já, quer...quer...

• Conclusão: logo, portanto, pois.

• Explicação: que, porque, porquanto...

• Causa: que, como, pois, porque, porquanto; e as locuções: por isso que, pois

que, já que, visto que...

• Comparação: que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos,menor,

pior), como; e as locuções: tão... como, tanto... como,mais...do que, menos...do

que, assim como, bem como, que nem...

• Concessão: que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que,mesmo

que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por maisque, por menos

que...

• Condição: se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que,dado que, a

menos que, a não ser que, exceto se...

• Finalidade: As locuções para que, a fim de que, por que...

• Conseqüência: que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções:de modo

que, de forma que, de sorte que, de maneira que...

Na argumentação é necessário ter-se sempre em atenção os seguintes aspectos:

• A correcta estruturação e ordenação das frases


• O uso correcto dos conectores de discurso.
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• O respeito pelas regras da concordância
• O uso adequado dos pronomes, que evitam as repetições do nome.
• A utilização de um vocabulário variado, com recurso a sinónimos, antónimos,
hiperónimos e hipónimos.

Estrutura do Texto Argumentativo

O texto argumentativo, oral ou escrito, estrutura-se basicamente num plano tripartido:

1. Exórdio – é a primeira parte de um discurso, preâmbulo, a introdução do discurso que


consiste em:

• Exposição do tema;
• Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de determinados
termos, à apresentação de esquemas da exposição, à referência de outras opiniões,
etc.

2. Narração /confirmação – é a parte do discurso em que o orador desenvolve as provas,


consiste na utilização de argumentos (citação de factos, de dados estatísticos, de outros
exemplos, de narração de acontecimentos, etc.).

3. Peroração/epílogo – é a parte final de um discurso, a sua conclusão, o remate, síntese,


recapitulação.

Vias de Argumentação

1. Via Lógica

Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios herdados das disciplinas


ligadas ao pensamento: a indução, a dedução, o raciocínio causal.

I. A Indução – é a forma habitual de pensar do singular ao plural, do particular ao geral.


Pode tomar duas formas: totalizante, quando se estabelece a partir do recenseamento de um

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todo, adquirindo o estatuto de prova - como quando, depois da chamada, afirmamos "os
alunos estão todos"; generalizante, quando o recenseamento completo não é possível e o
raciocínio indutivo nos leva de uma parte ao todo, por generalização - por exemplo quando
se afirma: "Os portugueses são hospitaleiros". Este é o procedimento mais usual, mas o
menos rigoroso, pois a generalização implica simplificação, e com ele vem o engano, o
idealismo e a teorização.

II. A Dedução - dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando duas
afirmações se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral para a particular -
através de articulação lógica expressa por "assim", "portanto" ou "logo".

Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações - chamadas


premissas as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor", confome o
termo que contém, e conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-Ios dois a
dois.
Os Homens são mortais
Sócrates é um homem

Sócrates é mortal. (exemplos apresentados são totalmente a base da lógica do pensamento)

III. O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto, antes de nos inquietarmos com a
causa" aconselhava Fontenelle (L. Bellenger, 1988: 27), o papel preponderante do
raciocínio causal, na argumentação, assenta em duas transposiões constantes: da causa para
o efeito e do efeito para a causa, conduzindo ao pressuposto de que "o conhecimento das
causas permitirá remediar o facto constatado" (ibid. 27), quer dizer, suprimamos as causas e
o problema estará resolvido, o que leva as pessoas a preocuparem-se mais com as razões do
presente do que com o modo de melhorar o futuro.

Via Explicativa
A Via Explicativa à semelhança da anterior procura fazer compreender e tornar inteligível a
informação da argumentação. Para Bellenger (ibid.: 36-45), via explicativa usa as

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definições, as comparações, a analogia, a descrição e a narração. O explicar pretende
convencer com o máximo de objectividade.

I. A definição – definir é dizer a verdade e responde à necessidade de compreender. A


necessidade de definir aumenta a credibilidade de quem quer convencer.

II. A comparação – usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, o valor de


uma coisa, um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil de
compreender, inscrita nos nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e passivamente, de
forma natural e sem disso nos darmos conta O facto é único e a opinião é variável. Por isso,
quando ocorre generalização dizemos que houve um “erro de percurso”.

III. A analogia – “é a imaginação em auxílio da vontade de se explicar e de convencer.”


(L. Belllenger, 1988: 41). Trata-se de uma semelhança estabelecida pela imaginação entre
pensamentos, factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem se exprimir e bem se fazer
entender. Simplifica a caricatura, prestando-se, assim, a uma fácil fixação e a uma
compreensão imediata, daí o seu uso frequente na publicidade. Os antigos olhavam-na com
alguma reserva, aconselhando, por isso, a introduzi-la com expressões como: de certo
modo, quase como, uma espécie de…

IV. Descrição e narração – para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma
situação ou um acontecimento. São o ponto de partida da indução socrática: narra uma
história, uma experiência, uma anedota, desencadeia um processo de inferência que a partir
de um facto nos conduz ao princípio ou à regra. É o peso do concreto, do vivido e do
testemunho que passa através delas. Ambos os processos criam a ausência, a falta de um
complemento, de um remate, de um "E depois?" - ouvido sempre que alguém, ao narrar
algo, aparenta parar ou desviar-se do enredo.

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Conclusão

Em forma de conclusão dos aspectos apresentado e debruçado pode-se categoricamente


afirma que estes aspectos são de extrema importância na qual O facto é único e a opinião é
variável. Por isso, quando ocorre generalização dizemos que houve um “erro de percurso”.
O facto é único e a opinião é variável. Por isso, quando ocorre generalização dizemos que
houve um “erro de percurso”. segundo a natureza dos laços que unem os elementos ou as
etapas do edifício persuasivo: onde operam os argumentos, escolhidos e dispostos, tendo
em vista uma argumentação concreta”.

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Referência

UNISCED. Manual de técnicas de Expressão Oral e Escrita,2019. https://plataforma.unis


ced.edu.mz/pluginfile.php/1079/mod_resource/content/1/M%C3%B3dulo%20de%20T%C
3%A9cnicas%20de%20Express%C3%A3o%20Oral%20e%20Escrita.pdf

A Estrutura e vias de argumentação e de explicação. http://educacao.globo.com/portugues


/ assunto/texto-argumentativo/argumentacao.html

• https://www.passeidireto.com/arquivo/79294929/modulo/17
• http://ead.mined.gov.mz/site/wp-content/uploads/2020/03/Portugues4-2%C2%BA-
Ciclo.pdf

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