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09/09/2018
Número: 0811322-75.2018.4.05.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Partes
Tipo Nome
ADVOGADO Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
PACIENTE GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
PACIENTE JERONIMO ALVES BEZERRA
IMPETRADO JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PACIENTE FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
IMPETRANTE Marcelo Leal de Lima Oliveira
ADVOGADO tiago asfor rocha lima
ADVOGADO ANASTACIO JORGE MATOS DE SOUSA MARINHO
ADVOGADO Marcelo Leal de Lima Oliveira
Documentos
Id. Data/Hora Documento Tipo
4050000.1178945 23/07/2018 Habeas Corpus Petição Inicial
9 17:31
4050000.1178946 23/07/2018 1 Deusmar Habeas Corpus TRF5 dosimetria Documento de Comprovação
0 17:31 Garimpagem final Corrigido Papel Timbrado
4050000.1178946 23/07/2018 2 Denúncia Documento de Comprovação
3 17:31
4050000.1178946 23/07/2018 3 Sentença Documento de Comprovação
6 17:31
4050000.1178947 23/07/2018 4 Acórdão Apelação Documento de Comprovação
2 17:31
4050000.1178947 23/07/2018 5 Acórdão 1 EDcl Documento de Comprovação
4 17:31
4050000.1178947 23/07/2018 6 Acórdão 2 EDcl Documento de Comprovação
5 17:31
4050000.1178947 23/07/2018 7 Decisão Monocrática Fischer Documento de Comprovação
8 17:31
4050000.1178948 23/07/2018 8 Acórdao AgRg no REsp Documento de Comprovação
2 17:31
4050000.1178993 23/07/2018 Certidão de Distribuição Certidão
7 17:35
4050000.1179082 23/07/2018 CERTIDÃO Certidão
4 18:12
4050000.1179083 23/07/2018 Certidão de Redistribuição Certidão
1 18:13
4050000.1179490 24/07/2018 Certidão de Retificação de Autuação Certidão de retificação de autuação
1 00:00
4050000.1198131 09/08/2018 Decisão Decisão
3 13:55
4050000.1198446 09/08/2018 Solicitação de Informação aoJuízo da Informação
5 17:41 11ªVara/CE
4050000.1198447 09/08/2018 Intimação Expediente
5 17:42
4050000.1198606 09/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
9 18:48
4050000.1198607 09/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
0 18:48
4050000.1198607 09/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
1 18:48
4050000.1198607 09/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
2 18:48
4050000.1203353 14/08/2018 Informações da 11ª Vara Federal - JFCE Informações da autoridade coatora
1 18:46
4050000.1203353 14/08/2018 Informação HC 0811322-75.2018.4.05.0000 Informações da autoridade coatora
2 18:46
4050000.1203353 14/08/2018 Intimação Expediente
9 18:47
4050000.1203526 14/08/2018 Petição Petição
4 20:16
4050000.1203526 14/08/2018 Deusmar Juntada de Documentos HC Documento de Comprovação
5 20:16 Dosimetria
4050000.1203531 14/08/2018 01 - Termo de Acusação - CVM Documento de Comprovação
7 20:16
4050000.1203533 14/08/2018 02 -Termo de compromisso CVM Documento de Comprovação
8 20:16
4050000.1203533 14/08/2018 03 - Interrogatório PF - Deusmar Documento de Comprovação
9 20:16
4050000.1203534 14/08/2018 04 - Interrogatório PF - Geraldo Documento de Comprovação
1 20:16
4050000.1203534 14/08/2018 05 - Interrogatório PF - Ielton Documento de Comprovação
2 20:16
4050000.1203534 14/08/2018 06 - Interrogatório PF - Jerônimo Documento de Comprovação
3 20:16
4050000.1203534 14/08/2018 07 - Ata de audiência - Deusmar Documento de Comprovação
8 20:16
4050000.1203535 14/08/2018 08 - Ata de audiência - Geraldo Documento de Comprovação
0 20:16
4050000.1203535 14/08/2018 09 - Ata de audiência - Ielton Documento de Comprovação
3 20:16
4050000.1203536 14/08/2018 10 - Ata de audiência - Jerônimo Documento de Comprovação
3 20:16
4050000.1203538 14/08/2018 11- Parecer TENDENCIAS - Deusmar reduzido Documento de Comprovação
7 20:16 Parte1
4050000.1203539 14/08/2018 11- Parecer TENDENCIAS - Deusmar reduzido Documento de Comprovação
6 20:16 Parte2
4050000.1204717 15/08/2018 Intimação Expediente
3 14:55
4050000.1209170 19/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
2 00:00
4050000.1213024 22/08/2018 2018 FJAF 283 PAR HC 0811322-75 Petição
0 16:35 dosimetria.pdf
4050000.1214844 23/08/2018 Pedido de Sustentação oral Petição
5 17:01
4050000.1214845 23/08/2018 Deusmar TRF5 HC Pedido de sustentação oral Documento de Comprovação
0 17:01 2
4050000.1214855 23/08/2018 Decisão Decisão
3 18:09
4050000.1215180 23/08/2018 Intimação Expediente
3 19:05
4050000.1215557 24/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
8 00:00
4050000.1215725 24/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
3 10:42
4050000.1216300 24/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
3 17:11
4050000.1217383 25/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
4 00:00
4050000.1219424 28/08/2018 PRR5 REGIAO-MANIFESTACAO- Petição
8 11:19 15442_2018.pdf
4050000.1224253 31/08/2018 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
9 13:50
4050000.1224672 31/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
1 17:16
4050000.1224685 31/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
9 17:33
4050000.1224686 31/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
0 17:33
4050000.1224686 31/08/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
1 17:34
4050000.1229534 05/09/2018 Certidão de Intimação Certidão de Intimação
5 14:17
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDT
FRANCISCO CÉSAR ASFOR ROCHA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/SP nº 329.034,
podendo ser localizado no SHIS, QL 14, Conjunto 9, Casa 18, Brasília - DF, ANASTACIO JORGE
MATOS DE SOUSA MARINHO, OAB/CE 8502, CAIO CESAR VIEIRA ROCHA, OAB/CE 15.095 e
TIAGO ASFOR ROCHA LIMA, OAB/CE 16.386, sócios de Rocha, Marinho e Sales Advogados S/S,
com Endereço na Av. Des. Moreira, 760, 6º andar, Fortaleza - CE, e MARCELO LEAL DE LIMA
OLIVEIRA e LUIZ EDUARDO RUAS BARCELLOS DO MONTE, advogados inscritos na Ordem dos
Advogados do Brasil sob os nºs 21.932/DF e 41.950/DF, ambos com endereço profissional no SMDB,
Conjunto 06, Lote 06, Brasília - DF, vêm, à presença deste Sodalício, impetrar
HABEAS CORPUS
1/22
I - BREVE HISTÓRICO PROCESSUAL
1. 4. Interposto Recurso Especial, seu julgamento ainda não foi finalizado ante a
oposição de Embargos de Declaração para a integração do acórdão.
2/22
1. 7. A impetração de habeas corpus para a verificação das ilegalidades
praticadas na aplicação da pena dos Pacientes é perfeitamente cabível.
1. 11. Com efeito, no que diz respeito à dosimetria da pena, o voto condutor do
acórdão de apelação limitou-se a discutir duas teses.
"Por fim, como pedido subsidiário, a defesa pugna pela nulidade da sentença, aduzindo que não houve
individualização efetiva das penas, uma vez que o exame das circunstâncias judiciais teria sido idêntico
para todos os acusados.
Não assiste razão à defesa. Da leitura da sentença, constato que o douto magistrado adotou corretamente
critérios para a fixação da reprimenda, em observância ao sistema trifásico, examinando separadamente
para cada acusado as circunstâncias judiciais, atenuantes e agravantes e causas de diminuição e de
aumento.
O fato de a avaliação de algumas circunstâncias judiciais mostrar-se desfavorável para mais de um réu
não pressupõe ausência de individualização da conduta, mas tão somente que, por terem agido em
conluio, comungaram de mesmos objetivos e compartilharam os fins atingidos com a conduta, o que
indica, ao menos a princípio, que a análise das circunstâncias e consequências do delito, por exemplo,
'não seria diversa apenas porque diferentes os réus."
3/22
1.
idoneidade dos fundamentos utilizados pela sentença para justificar como negativa a culpabilidade
dos Pacientes. Vejamos:
"Além da suposta nulidade, a defesa postula a redução da pena-base sob a tese de que o juiz interpretou
desfavoravelmente aos réus determinadas circunstâncias judiciais de forma errônea. A primeira das
controvérsias, refere-se, à culpabilidade.
Neste tocante, o magistrado considerou a culpabilidade do réu Francisco Deusmar Queiroz como
extremamente elevada e a dos demais réus como elevada. E, de fato, é a esta conclusão a que se chega
quando observado o modo como o crime fora praticado.
Aqui, registre-se, não se trata de sopesar a culpabilidade enquanto dolo ou culpa, tendo em vista que
esses elementos fazem parte da tipicidade e sem a tipicidade sequer haveria crime. Ao trazer a
circunstância da culpabilidade, o art. 59 do CP refere-se ao modo como o crime foi praticado, ou seja, a
censurabilidade da conduta típica. Se toda conduta típica já pressupõe censurabilidade, na primeira fase
da' dosimetria convém observar as particularidades da execução do crime que justifiquem a
desfavorabil1idade da circunstância judicial da culpabilidade, como por exemplo, a premeditação e o
planejamento do delito.
Nesta ação penal, a maneira como os apelantes executaram o delito, a organização, o planejamento e a
estratégia, nos fornecem elementos concretos que demonstram a elevada reprovabilidade da conduta
delituosa perpetrada pelos agentes, a justificar a valoração negativa da culpabilidade.
No apelo, argumenta-se ainda que o juiz majorou a pena-base com base na "plena e elevada consciência
de antijuridicidade dos atos". Apesar desse fundamento não ser elemento que justifique aumento da
pena-base, por ser a antijuridicidade elemento essencial ao crime, percebe-se que o julgador menciona
este fundamento, mas o que pesa em desfavor do réu é a culpabilidade que, pelos argumentos acima
expostos, deve mesmo ser avaliada negativamente."
"A defesa aduz ter havido omissão relativamente aos tópicos da imprescindibilidade de individuação das
condutas dos réus na denúncia; da tese de atipicidade da conduta; da deficiência da prova da
materialidade delitiva, bem como' quanto aos tópicos da "ausência de elementos que indiquem fatos
criminosos concretos" e "ausência, de provas da autoria" e, finalmente, no tocante à dosimetria.
Ocorre que, excetuando o questionamento do aumento da pena pela continuidade delitiva, tais matérias
foram devidamente analisadas no acórdão, denotando os presentes embargos tão somente o
inconformismo do recorrente com o teor da decisão, com o fito de ser reapreciado o mérito do recurso
apelatório.
Reconhecida a omissão quanto- à incidência do, art. 71, do CP, passemos a aclarar a matéria.
Compulsando a sentença, contudo, percebe-se que o julgador não incorreu em erro, pois adotou o
4/22
número de crimes como parâmetro para a incidência da fração da continuidade delitiva, como se conclui
da leitura da fl. 339 da sentença - "a RENDA negociou ações habitualmente em mercados. organizados
(Bovespa e Soma) entre 2000 e 2005. Por exemplo, no ano 2000, ela realizou cerca de 5 (cinco)
operações de venda de ações por mês e nos anos 2001 e 2004, a média mensal foi de 4 (quatro). Essas
médias, no entanto, não refletem o vigor com que a RENDA, por intermédio da PAX, praticou a atividade
de intermediação irregular de ações ("garimpagem") - e às fls. 345 - "ademais, cabe lembrara que, no
caso dos autos, somente no ano de 2001, foram realizadas cerca de 4000 (quatro) mil transferências de
ações a crédito da RENDA".
Diante dessa reiteração, afasta-se a tese de impossibilidade de aplicação da fração máxima prevista no
art. 71 do CP, pois o elevado número de crimes justifica tal incidência."
1. 15. Por outro lado, importa salientar que não se desconhece, o entendimento
jurisprudencial segundo o qual não é cabível o habeas corpus substitutivo de recurso legalmente
previsto para a hipótese.
1. Cuida-se de habeas corpus contra sentença penal condenatória. Sabe-se que o writ não deve ser usado
como sucedâneo de recursos não interpostos ou de revisão criminal. Sucede que a tramitação da
apelação foi interceptada por intempestividade em primeiro grau. Na sequência, já contra esta decisão, o
réu manejou recurso em sentido estrito (RSE 2402-PE). O caso, então, é de "dúvida objetiva" acerca da
tempestividade da apelação, porque o assunto ainda está sendo vivamente debatido. De outro lado,
também não se pode falar sobre o cabimento da ação de revisão criminal, porque esta dependeria da
certificação incontroversa do trânsito em julgado, algo que não aconteceu. Tudo torna, então, menos
extravagante o manejo do HC, que, no fim de contas, noticia algumas ilegalidades na sentença que
podem e devem ser corrigidas, donde seu conhecimento;
2. Não há, é certo, como empreender funda incursão no HC sobre a causa e os elementos de convicção
colacionados aos autos do apelo, algo que a estreiteza probatória do writ limita. Rejeita-se, por isso, a
discussão sobre a culpabilidade do réu, que não se pode divisar como teratológica ou absurda; e também
não há erro relativamente à tipificação legal, porque a sonegação de diversos tributos conjuntados,
inclusive de contribuições destinadas ao custeio do sistema "S" (SESI, SENAI e SABRAE), pode dar
ensejo, como deu, à incidência da normal penal incriminadora encartada na Lei 8137/90, Art. 1º, I, não
havendo nisso - muito pelo contrário - qualquer extravagância;
3. Houve, porém, dois erros na dosimetria da pena estipulada, os quais podem ser divisados mesmo a
olho desarmado, donde a cognoscibilidade do presente writ:
5/22
(i) a pena-base foi aumentada (também) pelo fato da existência de outras ações penais sem trânsito em
julgado, nisso havendo agressão à Súmula 444 do Superior Tribunal de Justiça (pouco importando que o
impacto, segundo pretendido pela sentença, tenha se dado em outras circunstâncias judiciais que não a
dos antecedentes; é erro e precisa ser reparado);
(ii) reduz-se a pena-base, então, para 02 anos e 06 meses, ao contrário dos 03 anos fixados em sentença
(o aumento de 06 meses além pena mínima, que é de 02 anos, justifica-se porque a culpabilidade do réu
foi considerada de grau mediano, não havendo no HC, repete-se, qualquer possibilidade de concluir-se
de forma diversa);
(iv) em terceira-fase, ao contrário do pretendido pela impetração, tenho como correta a incidência na
causa de aumento prevista na Lei 8137/90, Art. 12, I (sonegação que causa "grave dano à sociedade").
Cumpre, no ponto, não distinguir o tributo originariamente sonegado (R$ 129.716,21) daquele que
acabou lançado pelo Fisco (R$ 521.660,78), envolvendo também multa (R$ 97.287,19), juros (R$
207.713,92) e demais encargos legais (R$ 86.943,46);
(v) relevante dizer, outrossim, que a sentença, tendo margem para majorar a pena pelo "grave dano à
sociedade" (Lei 8137/90, Art. 12, I) optou pelo mínimo estabelecido em lei (1/3), demonstrando, no
ponto, prudência e razoabilidade;
(vi) ainda em terceira-fase, todavia, outro ajuste deve ser feito, agora quanto à continuidade delitiva (CP,
Art. 71), que permitiria majoração no intervalo de 1/6 a 2/3, sendo certo que foram 12 os meses de
sonegação, não havendo, então, motivo para elevação em grau máximo. Aumento que se aplica em 1/2;
(vii) tudo, então, contabilizado, chega-se à pena de 05 anos de reclusão, em regime inicial semiaberto
(sem mudança na pena de multa estipulada);
1. 18. A ausência de aplicação da atenuante da confissão espontânea (art. 65, III, 'd',
do CP), a ocorrência de bis in idem no tocante à habitualidade e a não apresentação de elementos
concretos para justificar a diferença de pena aplicada ao Paciente FRANCISCO DEUSMAR, teses
que animam a presente impetração, também não foram analisadas pelas instâncias superiores .
6/22
1.
writ, não há dúvidas, decorre do primado constitucional da inafastabilidade do Poder Judiciário da
análise de lesão ou ameaça a direitos, especialmente aqueles atinentes à liberdade.
III - DO MÉRITO
45. Ao ser interrogado, perante a autoridade policial, o acusado FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
afirmou (fls. 24/26 - IPL):
" QUE, é o atual Diretor da PAX Corretora de Valores e Câmbio Ltda.; QUE foi acionista majoritário
da RENDA Corretora de Mercadorias Ltda. até o ano de 2006, mas nunca foi diretor ou administrador
da citada sociedade; QUE, a gerência administrativa da RENDA sempre foi exercida pelo Sr. IELTON
BARRETO DE OLIVEIRA, conforme informado à CVM, na data de 14/12/2007, apresentando, neste
momento, o interrogando documento que se refere a tal comunicação, para juntada aos autos; QUE, a
empresa RENDA era cliente da PAX como vários outros clientes desta última empresa; QUE, em
resposta a afirmação elaborada pela CVM no Relatório de Inspeção CVM/SFIIGFE-02 nº 01/2007, de
que a empresa RENDA operava irregularmente no mercado de valores mobiliários, adquirindo ações de
terceiros ("garimpagem"), para depois revendê-las por intermédio da PAX, respondeu que tal afirmação
7/22
não procede, pois a RENDA adquiria ações para sua carteira própria, conforme seu contrato social, e
posteriormente as entregava a PAX para fazer a venda em bolsa regularmente, conforme reconhecido
pela CVM ; QUE, quando o afirmação elaborada pela CVM no Relatório de Inspeção CVM/SFIGFE-02
ng 01/2007, de que pessoas naturais ou jurídicas procuravam a corretora PAX para vender suas ações e
eram encaminhadas para vender à corretora RENDA, do mesmo grupo, e eram remuneradas pela metade
do preço de mercado, ao invés de vendê-las em bolsa por intermédio da PAX, respondeu que nunca
qualquer pessoa que tenha procurada a PAX com a documentação correta deixou de ser atendida, e
muito menos foi encaminhada para outra instituição, no entanto, algumas pessoas na pressa de receber o
dinheiro fruto da venda, por conta que o processo para regularizar a movimentação demorava de 30 a 60
dias, procuravam a RENDA Corretora, que adquiria essas ações para sua carteira própria , sem nenhum
processo que possa ser classificado como garimpagem, uma vez que ela (RENDA) não procurava
clientes, e sim os clientes, por conhecimento, a procuravam, com deságio que variava entre 5% a 10%1,
até porque no período de 60 dias a bolsa oscila bastante; QUE, confirma as declarações feitas pelo
interrogando à CVM no processo que culminou com a elaboração do relatório acima citado, de que os
Srs. GERALDO DE LIMA GADELHA FILHO, Diretor Executivo da PAX, e JERÔNIMO ALVES
BEZERRA, Gerente da PAX, receberam procurações da empresa RENDA, pelo profissionalismo e
confiança os controladores da PAX depositavam em ambos ; QUE, indagado se conhece as corretora
ANDRÉA JUCÁ TERCEIRO, ANA ANGÉLICA ADERALDO JUCA, ISABELLE JUCÁ RIBEIRO e VERA
LÚCIA DA SILVA LOPES NOGUEIRA, respondeu que não as conhece e nem teve qualquer
relacionamento com as mesmos; QUE, nunca foi preso, porém responde a um processo em trâmite na
Justiça Estadual, por suposto envolvimento em grupo de extermínio."
46. Em juízo, FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS confirmou ser sócio fundador das empresas PAX e
RENDA, esclarecendo que a parte operacional das mesmas foi transferida para os corréus GERALDO
DE LIMA GADELHA FILHO, IELTON BARRETO) DE OLIVEIRA e JERÔNIMO ALVES BEZERRA (...)
"(...) parte não, esclarecendo que, na verdade, várias pessoas, incluindo CARLOS e ABEL, referenciados
nos depoimentos anteriores, formavam carteiras próprias de ações, entregando-as à PAX para
intermediação junto à Bolsa de Valores, vez que a PAX era autorizada para tanto, esclarecendo que, em
torno de 2007, dita empresa ficou sendo a única autorizada a negociar com o Bolsa de Valores de São
Paulo "
8/22
47. Em sede policial, o acusado JERÔNIMO ALVES BEZERRA asseverou que (fis. 3 1/33 - IPL):
"QUE, trabalha há vinte e cinco anos na empresa PAX Corretora de Valores e Câmbio Ltda., empresa
pertencente ao Sr. FRANCISCO DEUSMAR QUEIRÓS, exercendo a função de Gerente Operacional;
QUE, um ano após ingresso na empresa PAX, o Sr. DEUSMAR outorgou procuração ao interrogando
conferindo plenos poderes para o mesmo representá-la; QUE, também recebeu procuração em nome da
empresa RENDA Corretora, desde a sua constituição, não sabendo declinar se tal procuração foi
outorgada pelo Sr. FRANCISCO DEUSMAR QUEIRÓS ou pelo Sr. IELTON BARRETO DE OLIVEIRA;
QUE, confirma que o Sr. FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS é o principal Diretor da PAX
Corretora e há cerca de três anos o mesmo foi Diretor da empresa RENDA; QUE, IELTON BARRETO
DE OLIVEIRA é o atual Diretor da RENDA Corretora; QUE o Sr. GERALDO DE LIMA GADELHA
FILHO é Diretor Executivo da PAXI e ao mesmo também foi outorgado procuração em nome da
Empresa Renda; QUE, em resposta a afirmação elaborada pela CVM no Relatório de Inspeção
CVM/SFI/GFE-02 nº 01/200 7, de que a empresa RENDA operava irregularmente no mercado de valores
mobiliários, adquirindo ações de terceiros (garimpagem), para depois revendê-las por intermédio da
PAX respondeu que desconhece qualquer envolvimento desta empresa na atividade de garimpagem de
ações, no entanto, confirma que a PAX intermediava a venda de ações adquiridas pela empresa
RENDA ; (...)"
1. 30. Como visto, sua participação nas empresas investigadas e, por conseguinte,
na prática delituosa foi retirado de seu depoimento.
1. 31. Aliás, a própria relação entre as mencionadas empresas, tidas pela sentença
como "coirmãs" é obtida do depoimento de JERÔNIMO ao afirmar que "a PAX intermediava a
venda de ações adquiridas pela empresa RENDA".
1. 32. Ainda sobre a relação das empresas e participação dos Pacientes, a sentença
não deixou dúvida quanto à utilização do depoimento de JERÔNIMO:
57. Ainda a confirmar a relação de promiscuidade entre RENDA e PAX, observou-se, ainda, que
GERALDO DE LIMA GADELHA também assinava documentos como diretor executivo da PAX (Apenso
1/Volume IV - fl. 697), como, aliás, salientado na denúncia, sendo notório, pois, que RENDA e PAX se
confundiam, seja pela localização comum, seja pela liderança de um mesmo representante (FRANCISCO
DEUISMAR DE QUEIRÓS), ou ainda por partilharem de um mesmo escopo operacional.
58. Nesse mesmo sentido, foi o depoimento, em sede policial, do acusado JERÔNIMO ALVES BEZERRA
quando declarou: "QUE, trabalha há vinte e cinco anos na empresa PAX Corretora de Valores e Câmbio
Ltda., empresa pertencente ao Sr. FRANCISCO DEUISMAR QUEIRÓS, exercendo a função de Gerente
Operacional, QUE. um ano após ingresso na empresa PAX, o Sr. DEUSMAR outorgou procuração ao
interrogando conferindo Plenos Poderes para o mesmo representá-la; QUE, também recebeu
procuraçãoo em nome da empresa RENDA Corretora, desde a sua constituicão, não sabendo declinar se
tal procuração foi outorgada pelo Sr. FRANCISCO DEUSMAR QUEIRÓS ou pelo Sr. IELTON
BARRETO DE OLIVEIRA* QUE, confirma que o Sr. FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS é o
principal Diretor da PAX Corretora e há cerca de três anos o mesmo foi Diretor da empresa RENDA;
QUE, IELTON BARRETO DE OLIVEIRA é o atual Diretor da RENDA Corretora; QUE o Sr. GERALDO
DE LIMA GADELHA FILHO é Diretor Executivo da PAX e ao mesmo também foi outorgado procuração
em nome da Empresa Renda" (grifamos e destacamos)
9/22
1. 33. Já no que tange às informações prestadas por GERALDO GADELHA,
constou da sentença:
49. Ao ser interrogado pela autoridade policial, o acusado GERALDO DE LIMA GADELHA FILHO
disse (fis. 279/280 - IPL):
"QUE, nunca foi preso ou processado criminalmente; QUE, é aposentado do Banco do Nordeste, onde
trabalhou por trinta anos; QUE, é Superintendente de Relações Institucionais de Empreendimentos
Pague Menos e Farmácias Pague Menos; QUE, é Ouvidor da empresa PAX Corretora de Valores e
Câmbio Ltda; QUE indagado sobre as conclusões do processo administrativo sancionador da Comissão
de Valores Mobiliários, às fís. 243/267, onde o indiciado é tido como um dos responsáveis por operações
nas quais a empresa Renda operava irregularmente no mercado de valores mobiliários, adquirindo ações
de terceiros, numa espécie de "garimpagem", para depois revendê-las por intermédio da empresa PAX,
respondeu que a PAX é uma empresa corretora de valores mobiliários, anteriormente membro da bolsa
regional e após sua extinção, membro da BOVESPA; QUE, os clientes de PAX corretora, ao emitirem
um ordem de venda, compete a corretora checar se existe a posição acionária de venda em nome de
quem emitiu a ordem; QUE, se existe a posição, a operação será realizada no recinto da BOVESPA ,
com as características de confiabilidade e transparência requeridos; QUE, indagado sobre outra
conclusão remanescente do Relatório da CVM, de que pessoas naturais e jurídicas procuravam a
empresa PAX para vender suas ações e eram encaminhadas para vender suas ações à corretora RENDA,
do mesmo grupo, sendo remuneradas pela metade do preço de mercado, ao invés de vendê-las em bolsa ,
por intermédio da PAX respondeu que desconhece essa operação triangular e acrescenta que a PAX
possui incontáveis clientes de pequena expressão econômica ; QUE, as empresas RENDA Corretora e
PAX pertencem ao mesmo controlador, senhor FRANCISCO DEUSMAR QUEIROZ; QUE o indiciado
apresentou cópias dos documentos a seguir especificados, requerendo sua juntada aos autos: Processo
Administrativo Sancionador CVM nº SP 2008/0040-Termo de Compromisso, Guia de Recolhimento da
União, no valor de R$ 430.000,00 quatrocentos e trinta e trinta (sic) mil reais) e "AR" (aviso de
recebimento)."
51. A seu turno IELTON BARRETO DE OLIVEIRA, afirmou em sede policial o seguinte (fís. 287/288):
"QUE, é sócio gerente da empresa Renda Corretora de Mercadorias S/C Ltda; QUE, indagado sobre as
conclusões do processo administrativo sancionador da Comissão de Valores Mobiliários, às fls. 243/269.
onde o indiciado e tido como um dos responsáveis por operações nas quais a empresa Renda operava
irregularmente no mercado de valores mobiliários, adquirindo ações de terceiros, numa espécie de
"garimpagem", para depois revendê-las por intermédio da empresa PAX respondeu que a empresa
10/22
RENDA adquiria lotes de ações fracionados, numa espécie de "mercado de balcão" e depois as
custodiava em bolsa de valores para vendê-las na bolsa através da empresa PA X; QUE, indagado
sobre outra conclusão remanescente do Relatório da CM de que pessoas naturais e jurídicas procuravam
a empresa PAX para vender suas ações e eram encaminhadas para vender suas ações à corretora
RENDA, do mesmo grupo, sendo remuneradas pela metade do preço de mercado, ao invés de vendê-las
em bolsa, por intermédio da PAX, respondeu que elas não procuravam a PAX Corretora, procuravam
diretamente a Renda; QUE, as empresas Renda Corretora e PAX pertencem ao mesmo controlador,
senhor FRANCISCO DEUSMAR QUEIROZ."
1. 36. Como se vê, o depoimento de IELTON foi utilizado para descortinar sua
atuação perante a RENDA e a atuação da citada empresa no mercado, bem como sua relação com a
empresa PAX, esclarecendo, ademais, que ambos os empreendimentos pertenciam ao Paciente
FRANCISCO DEUSMAR.
1. 37. Como visto, não há dúvidas de que a sentença se socorreu das declarações
prestadas pelos Pacientes para justificar suas condenações , sendo lhes devida, portanto, a
atenuação de pena, nos termos do artigo 25, § 2º da Lei 7.492/86.
1. 38. É que, sempre que a palavra do réu é utilizada para fundamentar sua
condenação, deve ser aplicada a ele a atenuante da confissão espontânea.
Súmula nº 545/STJ - "Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento do julgador,
o réu fará jus à atenuante prevista no art. 65, III, 'd', do Código Penal. "
1. 40. Como não poderia deixar de ser, essa Corte tem aplicado mencionado
entendimento sumular para atenuar a pena pela confissão do réu:
1. Narrou a denúncia que aos 23 de dezembro de 2009, I. R. A., na qualidade de prefeito de Algodão de
Jandaíra/PB, firmou o convênio n.º 058/2009 (SIAFI 705344) com o Ministério do Desenvolvimento
11/22
Social e Combate à Fome, tendo por objeto a implantação de unidade de comercialização direta, na
importância de R$ 119.443,50 (cento e dezenove mil quatrocentos e quarenta e três reais e cinquenta
centavos), e contrapartida do município no valor de R$ 4.980,00 (quatro mil, novecentos e oitenta reais),
e restando determinado que fosse prestadas contas no prazo de 60 (sessenta) dias, após o término do
convênio. Nada obstante, deixou o réu transcorrer em branco o prazo, tendo as contas do município
julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União, razão pela qual foi como incurso no artigo 1º,
VII, do Decreto-Lei n.º 201/67.
2. Embora sustente ter delegado a responsabilidade de prestar contas a seu assessor chefe, a delegação
de competência não é escusa do dever legal dos administradores públicos de fiscalizar seus
subordinados, em especial naquelas atribuições delegadas.
3. Não há que se falar em bis in idem quando as consequências consideradas para exasperar a pena-base
destoam, fundamentalmente, das consequências inerentes ao tipo penal. A omissão na prestação de
contas culminou com a impossibilidade de o município contratar com a União, consequência esta que
não é inerente ao tipo. Neste sentido é que as consequências extrapenais do presente caso são relevantes
à fixação da pena-base em patamar mais elevado.
4. Quando o juiz se utiliza, de qualquer forma, da confissão - seja aquela promovida em juízo ou em
sede policial - é de se reconhecer que a confissão se deu em favor da função jurisdicional do Estado,
reforçando e facilitando, de algum modo, o dever de fundamentar do magistrado. Esta foi a hipótese
dos autos, razão pela qual impera a aplicação da redução da pena nos termos do artigo 65, III, 'd', do
Código Penal Brasileiro, conforme a redação da súmula 545 do Superior Tribunal de Justiça .
1. 41. No caso em tela, havendo os Pacientes sido condenados por crime previsto
na Lei 7.492/86, deve ser aplicado a eles o disposto no art. 25, § 2º do mencionado dispositivo
legal.
1. 43. Não bastasse a ilegalidade acima apontada, a pena aplicada aos Pacientes foi
recrudescida em razão do reconhecimento da habitualidade delitiva gerando duplo bis in idem .
1. 44. A primeira ilegalidade que salta aos olhos está relacionada à aplicação de
continuidade delitiva em relação ao delito previsto do art. 7º, IV, da Lei n. 7.492/1986, pelo qual os
12/22
1.
1. 45. É que o mencionado crime possuiu como elemento inerente ao próprio tipo
penal a habitualidade delitiva, não admitindo, portanto, que tal elementar seja novamente utilizada
para justificar a continuidade delitiva, nos termos do art. 71 do CP.
"O delito habitual é aquele cuja consumação se dá através da prática de várias condutas, em sequência,
de modo a evidenciar um comportamento, um estilo de vida do agente, que é indesejável pela sociedade,
motivo pelo qual foi objeto de previsão legal. Uma única ação é irrelevante para o Direito Penal.
Somente o conjunto se torna figura típica , o que é fruto da avaliação subjetiva do juiz, dependente das
provas colhidas, para haver condenação."
"() negociar significa transacionar, comerciar. Os objetos das condutas são os títulos (documentos que
certificam um direito) ou valores mobiliários (são os títulos emitidos por sociedades anônimas, que
podem negociados em bolsa), preenchidas as hipótese descritas nos incisos."
1. 51. Não por outra razão, de acordo com a sentença, o crime se configurou porque
os réus passaram a exercer de forma habitual, rotineira e organizada a negociação de valores
mobiliários, sem "autorização prévia da autoridade competente, quando legalmente exigida",
fazendo da atividade um meio de vida.
1.
13/22
1. 52. Aliás, ao refutar a afirmação do Paciente FRANCISCO DEUSMAR que
afirmou que a empresa RENDA possuía uma carteira própria, a sentença, para justificar a
ocorrência do crime previsto no art. 7º, IV, da Lei n. 7.492/1986, fez a seguinte definição do crime
de "garimpagem":
"60. No que se refere à afirmação do acusado FRANCISCO DEUSMAR QUEIRÔS de que a RENDA, na
verdade, adquiria ações para formação de carteira própria, tem-se que desprovida de razoabilidade.
Com efeito, se ao adquirir ações de companhias telefônicas em negociações privadas por que as alienava
em bolsa de valores num curto espaço de tempo, tal como apurado nas inspeções da CVMV? Como esse
modus operandi se coadunaria com a montagem de uma carteira própria de ações? A resposta a tais
questionamentos não nos leva a ilação outra senão a de que as compras e vendas de ações por parte da
RENDA se amoldam à atividade de "garimpagem" de ações caracterizada pelo alto giro dos papéis,
com ingresso frequente, por meio de transferências em contas de custódia, de pequenas quantidades de
ações adquiridas em sua maior parte de pessoas físicas, pela montagem de lotes mais significativos e
por sua subsequente venda em bolsa , como bem salientado no respectivo Termo de Acusação."
1. 55. Com efeito, embora, a habitualidade não tenha sido discutida sob o enfoque
ora debatido, o voto condutor do acórdão de apelação apresentou o conceito de garimpagem
fornecido pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM:
"Como se trata de uma matéria estritamente técnica, entendo ser elucidativo o conceito de garimpagem
de ações fornecido pela Comissão de Valores Mobiliários, segundo, a qual a "garimpagem de ações", ou
intermediação irregular, caracteriza-se pela compra, com habitualidade, por pessoas não integrantes do
sistema de distribuição, de valores mobiliários diretamente de investidores, para revendê-los em bolsa
de valores ou no mercado de balcão organizado ."
"como houve reiteração, durante o período de 2000 a 2006, do delito em questão (cf. Termo de Acusação
14/22
acima), e tendo em vista que essa reiteração apresenta, no presente processo, harmonia com o art. 71 do
Código Penal, deve incidir a causa de aumento de pena prevista no referido dispositivo. Assim sendo, e
considerando o quantitativo da reiteração, aumento em 2/3 (dois terços) a pena fixada para o delito
previsto no art. 7º, IV, da Lei nº 7.492/1986"
1. 59. Há, como visto, flagrante incompatibilidade do delito previsto no art. 7º, IV,
da Lei 7.492/86 ou "garimpagem de ações", com a continuidade delitiva (art. 71 CP), sendo
necessária sua exclusão da pena aplicada aos Pacientes.
1. 60. Como se tudo isso não bastasse, há outro indevido bis in idem praticado pela
sentença, também no que concerne à habitualidade delitiva.
"Também devem ser consideradas as circunstâncias dos delitos, pois, na qualidade de sócio-gerente da
RENDA, praticou de forma habitual, organizada e irregularmente a atividade de mediação ou
corretagem de valores mobiliários ao adquirir ações de companhias telefônicas por meio de negociações
privadas para, em seguida, aliená-las em bolsa de valores, bem como adquirir fora de bolsa e com
significativo deságio ações de emissão do Banco do Estado do Ceará (BEC) (...)
15/22
ADEQUAÇÃO LEGAL. QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO. NÃO OCORRÊNCIA. PRINCÍPIO DA
CONSUNÇÃO. NÃO INCIDÊNCIA. ART. 71 DO CP. CONTINUIDADE DELITIVA NÃO
CARACTERIZADA. ACÓRDÃO A QUO COM ADEQUADA FUNDAMENTAÇÃO. PRETENSÃO DE
REEXAME DE PROVA. SÚMULA 7/STJ. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL.
(...)
4. A teor do disposto no art. 222 do Código de Processo Penal e da jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça, a inversão da oitiva de testemunhas de acusação e defesa não configura nulidade quando a
inquirição é feita por meio de carta precatória, cuja expedição não suspende a instrução criminal.
5. O crime de gestão fraudulenta pode ser visto como crime habitual impróprio, em que uma só ação
tem relevância para configurar o tipo, ainda que a sua reiteração não configure pluralidade de crimes.
Portanto, a sequência de atos fraudulentos perpetrados já integra o próprio tipo penal, razão pela qual
não há falar, na espécie, em crime continuado.
8. O agravo regimental não merece prosperar, porquanto as razões reunidas na insurgência são
incapazes de infirmar o entendimento assentado na decisão agravada.
(AgRg no AREsp 608.646/ES, Rel. Min. SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, 6ª TURMA, julgado em 20/10/2015,
DJe 10/11/2015)"
1. 65. Com efeito sua pena foi aplicada em patamar quase que o dobro acima dos
demais Pacientes sem qualquer fundamentação idônea.
1. 66. No que diz respeito à culpabilidade, afirma a sentença no que diz respeito aos
demais réus que ela é elevada, todavia, utiliza-se do mesmíssimo fundamento para o Paciente
FRANCISCO DEUSMAR apenas acrescentando o advérbio "extremamente", sem qualquer
fundamentação que o justifique. Confira-se:
16/22
1. 67. Como se vê, a simples afirmação de que a culpabilidade do Paciente
FRANCISCO DEUSMAR é "extremamente" elevada, sem qualquer outra fundamentação,
especificando a razão do uso de advérbio, não justifica o aumento de pena por ele experimentado.
17/22
1. 69. Apenas no que diz respeito às circunstâncias o fundamento tem pequena
variação, na medida em que atribui ao Paciente FRANCISCO DEUSMAR a atuação em ambas as
empresas (RENDA e PAX), e em apenas uma delas para os demais acusados.
C Também devem ser Também devem ser Também devem ser Também devem ser
consideradas as consideradas as consideradas as consideradas as
I circunstâncias dos delitos, circunstâncias do(s) circunstâncias do(s) circunstâncias do(s)
pois, na qualidade de delito(s), pois, na delito(s), pois, na delito(s), pois, na
R sócio-gerente da RENDA, qualidade de dirigente qualidade de qualidade de gerente
praticou de forma da PAX, permitiu o sócio-gerente da operacional da PAX,
C habitual, organizada e exercício das atividades RENDA, praticou de permitiu o exercício das
irregularmente a atividade de mediação ou forma habitual, atividades de mediação ou
U de mediação ou corretagem por pessoas organizada e corretagem por pessoas
corretagem de valores não autorizadas pela irregularmente a não autorizadas pela CVM,
N mobiliários ao adquirir CVM, utilizando e atividade de mediação utilizando e contratando
ações de companhias contratando pessoas não ou corretagem de pessoas não integrantes do
T telefônicas por meio de integrantes do sistema valores mobiliários ao sistema de distribuição de
negociações privadas de distribuição de adquirir ações de valores mobiliários,
 para, em seguida, valores mobiliários, companhias telefónicas conforme amplamente
aliená-las em bolsa de conforme amplamente por meio de demonstrado nesta
N valores, bem como demonstrado nesta negociações privadas sentença
adquirir fora de bolsa e sentença para, em seguida,
C com significativo deságio aliená-las em bolsa de
ações de emissão do valores, bem como
I Banco do Estado do adquirir fora de bolsa e
Ceará (BEC), Além disso, com significativo
A como dirigente da PAX, deságio ações de
permitiu o exercício das emissão do Banco do
S atividades de mediação Estado do Ceará (BEC),
ou corretagem por conforme demonstrado
pessoas não autorizadas ao longo da sentença
pela CVM, utilizando e
contratando pessoas não
integrantes do sistema de
distribuição de valores
mobiliários, conforme
amplamente demonstrado
nesta sentença, sendo
tudo praticado de forma
simulada
18/22
1. 70. Este só fato, no entanto, não pode justificar pena em patamar que chega
quase ao dobro dos demais.
1. 71. Não é demais lembrar que todos os réus tiveram suas penas agravadas pelas
mesmíssimas circunstâncias judiciais, o que faz com que a pena mais elevada para um deles deva
ser justificada de forma idônea.
1. 72. Por fim, é importante que se diga que, apesar de constar do voto condutor do
acórdão de apelação menção a matéria em análise, efetivamente o tema não foi enfrentado.
Confira-se:
"Além da suposta nulidade, a defesa postula a- redução da pena base sob a tese de que o juiz interpretou
desfavoravelmente aos réus determinadas circunstâncias judiciais de forma errônea.
Aqui, registre-se não se trata de sopesar a culpabilidade enquanto dolo ou culpa, tendo em vista que
esses elementos fazem parte da tipicidade e sem a tipicidade sequer haveria crime. Ao trazer a
circunstância da culpabilidade, o art. 59 do CP refere-se ao modo como o crime foi praticado, ou seja, a
censurabilidade da conduta típica. Se toda conduta típica já pressupõe censurabilidade, na primeira fase
da' dosimetria convém observar as particularidades da execução do crime que justifiquem a
desfavorabil1idade da circunstância judicial da culpabilidade, como por exemplo, a premeditação e o
planejamento do delito.
Nesta ação penal, a maneira como os apelantes executaram o delito, a organização, o planejamento e a
estratégia, nos fornecem elementos concretos que demonstram a elevada reprovabilidade da conduta
delituosa perpetrada pelos agentes, a justificar a valoração negativa da culpabilidade. No apelo,
argumenta-se ainda que o juiz majorou a pena-base com base na "plena e elevada consciência de
antijuridicidade dos atos". Apesar desse fundamento não ser elemento que justifique aumento da
pena-base, por ser a antijuridicidade elemento essencial ao crime, percebe-se que o julgador menciona
este fundamento, mas o que pesa em desfavor do réu é a culpabilidade que, pelos argumentos acima
expostos, deve mesmo ser avaliada negativamente.
Superadas as controvérsias apontadas pela defesa e afastada a condenação dos réus pelo crime previsto
no art. 27-C da Lei 6.385/76, resulta a pena definitiva para:"
1. 73. Como visto, a matéria não foi objeto de análise pelo acórdão de apelação,
que nada disse sobre os motivos que justificariam a culpabilidade de FRANCISCO DEUSMAR ser
19/22
1.
"extremamente elevada".
1. 78. Quanto ao periculum in mora , este decorre do risco de prisão que correm os
Pacientes em face da novel decisão do STF no julgamento do HC 126.292, que alterou a
compreensão quanto à aplicação do princípio da inocência, esculpido no art. 5º, inciso LVII, da
Constituição Federal.
20/22
V. DO PEDIDO FINAL
1. 81. Ante o exposto, requerem, por fim, seja concedida em definitivo a ordem de
habeas corpus, a fim de redimensionar a pena imposta aos Pacientes, reconhecendo-se a atenuante
de confissão espontânea e aplicando-se a diminuição máxima prevista no art. 25, § 2º, da Lei
7.492/86 [6] , em face da utilização da palavra dos réus para as suas condenações.
1. 82. Caso assim não se entenda, requerem seja aplicada a atenuante prevista no
art. 65, inciso III, alínea "d", do Código Penal.
P. deferimento.
OAB/DF 21.932
21/22
[1] CF/88 - Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder
[2] Art. 654.(...) § 2 o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de habeas
corpus , quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação
ilegal.
RECURSO NÃO PROVIDO. ART. 654, § 2°, DO CPP. ILEGALIDADE RECONHECIDA DE OFÍCIO.
HABEAS CORPUS CONCEDIDO. (...)
2. Consoante previsão do art. 654, § 2°, do CPP, esta Corte Superior pode expedir de ofício habeas corpus
quando, no curso de processo, verificar, icto oculi , que alguém sofre ou está na iminência de sofrer
coação ilegal ao seu direito de locomoção.
(AgRg no AREsp 1019526/MG, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado
em 09/05/2017, DJe 15/05/2017)
[4] NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado.9 ed. rev. atual. e ampl.:
SãoPaulo, Revistados Tribunais, 2009, p.609
[5] NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais Comentadas, 9a. edição, Forense, vol.
2, Rio de Janeiro, p. 817
[6] Art. 25. São penalmente responsáveis, nos termos desta lei, o controlador e os administradores de
instituição financeira, assim considerados os diretores, gerentes.
(...)
§ 2º Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que
através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua
pena reduzida de um a dois terços.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
Marcelo Leal de Lima Oliveira - Advogado
18072317230999000000011769701
Data e hora da assinatura: 23/07/2018 17:31:31
Identificador: 4050000.11789459
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 22/22
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDT
PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
HABEAS CORPUS
(com pedido de liminar)
1/27
separado judicialmente, economista, portador do RG nº 10.781-82 SSP/CE,
residente e domiciliado à Rua Silva Jatahy, nº 220, apt. 1600, Fortaleza/CE e
JERÔNIMO ALVES BEZERRA, brasileiro, solteiro, inscrito no CPF/MF sob o nº
232.814.993-68, residente e domiciliado à Rua Paula Ney, nº 827, apt. 1301,
Aldeota, Fortaleza/CE, em face de ato coator praticado pelo juízo da 11ª Vara
Federal da Seção Judiciária do Ceará, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:
2/27
Impetrantes, recentemente constituídos, perceberam grave constrangimento
ilegal no tocante à dosimetria da pena, o que reverbera na liberdade dos
Pacientes, em razão da iminência do trânsito em julgado que poderá culminar
nas suas prisões.
1CF/88 – Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder
3/27
12. A primeira delas, dizia respeito à ausência de individualização
da pena, em razão de todas as circunstâncias judiciais terem sido valoradas de
forma idêntica para todos os Pacientes. Confira-se:
4/27
culpabilidade, como por exemplo, a premeditação e o
planejamento do delito.
Nesta ação penal, a maneira como os apelantes executaram o
delito, a organização, o planejamento e a estratégia, nos
fornecem elementos concretos que demonstram a elevada
reprovabilidade da conduta delituosa perpetrada pelos agentes,
a justificar a valoração negativa da culpabilidade.
No apelo, argumenta-se ainda que o juiz majorou a pena-base
com base na "plena e elevada consciência de antijuridicidade
dos atos". Apesar desse fundamento não ser elemento que
justifique aumento da pena-base, por ser a antijuridicidade
elemento essencial ao crime, percebe-se que o julgador
menciona este fundamento, mas o que pesa em desfavor do réu
é a culpabilidade que, pelos argumentos acima expostos, deve
mesmo ser avaliada negativamente.”
5/27
4 (quatro). Essas médias, no entanto, não refletem o vigor com
que a RENDA, por intermédio da PAX, praticou a atividade de
intermediação irregular de ações (“garimpagem”) – e às fls. 345
– “ademais, cabe lembrara que, no caso dos autos, somente no
ano de 2001, foram realizadas cerca de 4000 (quatro) mil
transferências de ações a crédito da RENDA”.
Diante dessa reiteração, afasta-se a tese de impossibilidade de
aplicação da fração máxima prevista no art. 71 do CP, pois o
elevado número de crimes justifica tal incidência.”
6/27
2. Não há, é certo, como empreender funda incursão no HC
sobre a causa e os elementos de convicção colacionados aos
autos do apelo, algo que a estreiteza probatória do writ limita.
Rejeita-se, por isso, a discussão sobre a culpabilidade do réu,
que não se pode divisar como teratológica ou absurda; e
também não há erro relativamente à tipificação legal, porque a
sonegação de diversos tributos conjuntados, inclusive de
contribuições destinadas ao custeio do sistema "S" (SESI,
SENAI e SABRAE), pode dar ensejo, como deu, à incidência da
normal penal incriminadora encartada na Lei 8137/90, Art. 1º, I,
não havendo nisso - muito pelo contrário - qualquer
extravagância;
3. Houve, porém, dois erros na dosimetria da pena estipulada,
os quais podem ser divisados mesmo a olho desarmado, donde
a cognoscibilidade do presente writ:
(i) a pena-base foi aumentada (também) pelo fato da existência
de outras ações penais sem trânsito em julgado, nisso havendo
agressão à Súmula 444 do Superior Tribunal de Justiça (pouco
importando que o impacto, segundo pretendido pela sentença,
tenha se dado em outras circunstâncias judiciais que não a dos
antecedentes; é erro e precisa ser reparado);
(ii) reduz-se a pena-base, então, para 02 anos e 06 meses, ao
contrário dos 03 anos fixados em sentença (o aumento de 06
meses além pena mínima, que é de 02 anos, justifica-se porque
a culpabilidade do réu foi considerada de grau mediano, não
havendo no HC, repete-se, qualquer possibilidade de concluir-
se de forma diversa);
(iii) não há, em segunda-fase, circunstâncias atenuantes e/ou
agravantes;
(iv) em terceira-fase, ao contrário do pretendido pela impetração,
tenho como correta a incidência na causa de aumento prevista
na Lei 8137/90, Art. 12, I (sonegação que causa "grave dano à
sociedade"). Cumpre, no ponto, não distinguir o tributo
originariamente sonegado (R$ 129.716,21) daquele que acabou
lançado pelo Fisco (R$ 521.660,78), envolvendo também multa
(R$ 97.287,19), juros (R$ 207.713,92) e demais encargos legais
(R$ 86.943,46);
(v) relevante dizer, outrossim, que a sentença, tendo margem
para majorar a pena pelo "grave dano à sociedade" (Lei 8137/90,
Art. 12, I) optou pelo mínimo estabelecido em lei (1/3),
demonstrando, no ponto, prudência e razoabilidade;
(vi) ainda em terceira-fase, todavia, outro ajuste deve ser feito,
agora quanto à continuidade delitiva (CP, Art. 71), que permitiria
majoração no intervalo de 1/6 a 2/3, sendo certo que foram 12
os meses de sonegação, não havendo, então, motivo para
elevação em grau máximo. Aumento que se aplica em 1/2;
(vii) tudo, então, contabilizado, chega-se à pena de 05 anos de
reclusão, em regime inicial semiaberto (sem mudança na pena
de multa estipulada);
4. Ordem parcialmente concedida.
7/27
(PROCESSO: 00008412320174050000, HC6342/PE,
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO DE
OLIVEIRA LIMA, Segunda Turma, JULGAMENTO: 01/08/2017,
PUBLICAÇÃO: DJE 04/08/2017 - Página 43)
8/27
Código de Processo Penal2, como já reconheceu o STJ em diversas
oportunidades3.
III - DO MÉRITO
III.1 - DA NÃO APLICAÇÃO DA ATENUANTE DE CONFISSÃO
9/27
conforme informado à CVM, na data de 14/12/2007,
apresentando, neste momento, o interrogando documento
que se refere a tal comunicação, para juntada aos autos;
QUE, a empresa RENDA era cliente da PAX como vários
outros clientes desta última empresa; QUE, em resposta a
afirmação elaborada pela CVM no Relatório de Inspeção
CVM/SFIIGFE-02 nº 01/2007, de que a empresa RENDA
operava irregularmente no mercado de valores mobiliários,
adquirindo ações de terceiros ("garimpagem"), para depois
revendê-las por intermédio da PAX, respondeu que tal
afirmação não procede, pois a RENDA adquiria ações
para sua carteira própria, conforme seu contrato
social, e posteriormente as entregava a PAX para fazer
a venda em bolsa regularmente, conforme reconhecido
pela CVM; QUE, quando o afirmação elaborada pela CVM
no Relatório de Inspeção CVM/SFIGFE-02 ng 01/2007, de
que pessoas naturais ou jurídicas procuravam a corretora
PAX para vender suas ações e eram encaminhadas para
vender à corretora RENDA, do mesmo grupo, e eram
remuneradas pela metade do preço de mercado, ao invés
de vendê-las em bolsa por intermédio da PAX, respondeu
que nunca qualquer pessoa que tenha procurada a PAX
com a documentação correta deixou de ser atendida, e
muito menos foi encaminhada para outra instituição, no
entanto, algumas pessoas na pressa de receber o
dinheiro fruto da venda, por conta que o processo para
regularizar a movimentação demorava de 30 a 60 dias,
procuravam a RENDA Corretora, que adquiria essas
ações para sua carteira própria, sem nenhum processo
que possa ser classificado como garimpagem, uma vez
que ela (RENDA) não procurava clientes, e sim os
clientes, por conhecimento, a procuravam, com
deságio que variava entre 5% a 10%1, até porque no
período de 60 dias a bolsa oscila bastante; QUE,
confirma as declarações feitas pelo interrogando à
CVM no processo que culminou com a elaboração do
relatório acima citado, de que os Srs. GERALDO DE
LIMA GADELHA FILHO, Diretor Executivo da PAX, e
JERÔNIMO ALVES BEZERRA, Gerente da PAX,
receberam procurações da empresa RENDA, pelo
profissionalismo e confiança os controladores da PAX
depositavam em ambos; QUE, indagado se conhece as
corretora ANDRÉA JUCÁ TERCEIRO, ANA ANGÉLICA
ADERALDO JUCA, ISABELLE JUCÁ RIBEIRO e VERA
LÚCIA DA SILVA LOPES NOGUEIRA, respondeu que não
as conhece e nem teve qualquer relacionamento com as
mesmos; QUE, nunca foi preso, porém responde a um
processo em trâmite na Justiça Estadual, por suposto
envolvimento em grupo de extermínio."
10/27
46. Em juízo, FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS confirmou
ser sócio fundador das empresas PAX e RENDA, esclarecendo
que a parte operacional das mesmas foi transferida para os
corréus GERALDO DE LIMA GADELHA FILHO, IELTON
BARRETO) DE OLIVEIRA e JERÔNIMO ALVES BEZERRA (...)
11/27
QUEIRÓS é o principal Diretor da PAX Corretora e há cerca
de três anos o mesmo foi Diretor da empresa RENDA;
QUE, IELTON BARRETO DE OLIVEIRA é o atual Diretor
da RENDA Corretora; QUE o Sr. GERALDO DE LIMA
GADELHA FILHO é Diretor Executivo da PAXI e ao mesmo
também foi outorgado procuração em nome da Empresa
Renda; QUE, em resposta a afirmação elaborada pela
CVM no Relatório de Inspeção CVM/SFI/GFE-02 nº 01/200
7, de que a empresa RENDA operava irregularmente no
mercado de valores mobiliários, adquirindo ações de
terceiros (garimpagem), para depois revendê-las por
intermédio da PAX respondeu que desconhece qualquer
envolvimento desta empresa na atividade de garimpagem
de ações, no entanto, confirma que a PAX intermediava
a venda de ações adquiridas pela empresa RENDA; (...)"
12/27
também recebeu procuraçãoo em nome da empresa RENDA
Corretora, desde a sua constituicão, não sabendo declinar se tal
procuração foi outorgada pelo Sr. FRANCISCO DEUSMAR
QUEIRÓS ou pelo Sr. IELTON BARRETO DE OLIVEIRA* QUE,
confirma que o Sr. FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS é o
principal Diretor da PAX Corretora e há cerca de três anos o
mesmo foi Diretor da empresa RENDA; QUE, IELTON
BARRETO DE OLIVEIRA é o atual Diretor da RENDA Corretora;
QUE o Sr. GERALDO DE LIMA GADELHA FILHO é Diretor
Executivo da PAX e ao mesmo também foi outorgado
procuração em nome da Empresa Renda" (grifamos e
destacamos)
13/27
pequena expressão econômica; QUE, as empresas
RENDA Corretora e PAX pertencem ao mesmo
controlador, senhor FRANCISCO DEUSMAR QUEIROZ;
QUE o indiciado apresentou cópias dos documentos a
seguir especificados, requerendo sua juntada aos autos:
Processo Administrativo Sancionador CVM nº SP
2008/0040-Termo de Compromisso, Guia de Recolhimento
da União, no valor de R$ 430.000,00 quatrocentos e trinta
e trinta (sic) mil reais) e "AR" (aviso de recebimento)."
14/27
descortinar sua atuação perante a RENDA e a atuação da citada empresa no
mercado, bem como sua relação com a empresa PAX, esclarecendo, ademais,
que ambos os empreendimentos pertenciam ao Paciente FRANCISCO
DEUSMAR.
40. Como não poderia deixar de ser, essa Corte tem aplicado
mencionado entendimento sumular para atenuar a pena pela confissão do réu:
15/27
1. Narrou a denúncia que aos 23 de dezembro de 2009, I. R. A.,
na qualidade de prefeito de Algodão de Jandaíra/PB, firmou o
convênio n.º 058/2009 (SIAFI 705344) com o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, tendo por objeto a
implantação de unidade de comercialização direta, na
importância de R$ 119.443,50 (cento e dezenove mil
quatrocentos e quarenta e três reais e cinquenta centavos), e
contrapartida do município no valor de R$ 4.980,00 (quatro mil,
novecentos e oitenta reais), e restando determinado que fosse
prestadas contas no prazo de 60 (sessenta) dias, após o término
do convênio. Nada obstante, deixou o réu transcorrer em branco
o prazo, tendo as contas do município julgadas irregulares pelo
Tribunal de Contas da União, razão pela qual foi como incurso
no artigo 1º, VII, do Decreto-Lei n.º 201/67.
2. Embora sustente ter delegado a responsabilidade de prestar
contas a seu assessor chefe, a delegação de competência não
é escusa do dever legal dos administradores públicos de
fiscalizar seus subordinados, em especial naquelas atribuições
delegadas.
3. Não há que se falar em bis in idem quando as consequências
consideradas para exasperar a pena-base destoam,
fundamentalmente, das consequências inerentes ao tipo penal.
A omissão na prestação de contas culminou com a
impossibilidade de o município contratar com a União,
consequência esta que não é inerente ao tipo. Neste sentido é
que as consequências extrapenais do presente caso são
relevantes à fixação da pena-base em patamar mais elevado.
4. Quando o juiz se utiliza, de qualquer forma, da confissão
- seja aquela promovida em juízo ou em sede policial - é de
se reconhecer que a confissão se deu em favor da função
jurisdicional do Estado, reforçando e facilitando, de algum
modo, o dever de fundamentar do magistrado. Esta foi a
hipótese dos autos, razão pela qual impera a aplicação da
redução da pena nos termos do artigo 65, III, 'd', do Código
Penal Brasileiro, conforme a redação da súmula 545 do
Superior Tribunal de Justiça.
V - Apelação parcialmente provida.
(PROCESSO: 00012336620154058201, ACR14137/PB,
DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO AUGUSTO
NUNES COUTINHO (CONVOCADO), Quarta Turma,
JULGAMENTO: 08/05/2018, PUBLICAÇÃO: DJE 29/05/2018 -
Página 64)”
16/27
42. A não aplicação da atenuante de confissão, para todos os
Pacientes, demonstra o constrangimento ilegal por eles suportado e que deve,
neste momento, ser prontamente afastado por esta Corte, para que suas penas
sejam redimensionadas.
17/27
49. Para GUILHERME DE SOUZA NUCCI4:
4 NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado.9 ed. rev. atual. e ampl.:
SãoPaulo, Revistados Tribunais, 2009, p.609
5 NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais e Processuais Penais Comentadas, 9a. edição,
18/27
operandi se coadunaria com a montagem de uma carteira
própria de ações? A resposta a tais questionamentos não nos
leva a ilação outra senão a de que as compras e vendas de
ações por parte da RENDA se amoldam à atividade de
"garimpagem" de ações caracterizada pelo alto giro dos
papéis, com ingresso frequente, por meio de transferências
em contas de custódia, de pequenas quantidades de ações
adquiridas em sua maior parte de pessoas físicas, pela
montagem de lotes mais significativos e por sua
subsequente venda em bolsa, como bem salientado no
respectivo Termo de Acusação.”
19/27
delito em questão (cf. Termo de Acusação acima), e tendo em
vista que essa reiteração apresenta, no presente processo,
harmonia com o art. 71 do Código Penal, deve incidir a causa de
aumento de pena prevista no referido dispositivo. Assim sendo,
e considerando o quantitativo da reiteração, aumento em 2/3
(dois terços) a pena fixada para o delito previsto no art. 7º, IV, da
Lei nº 7.492/1986"
60. Como se tudo isso não bastasse, há outro indevido bis in idem
praticado pela sentença, também no que concerne à habitualidade delitiva.
20/27
considerar negativa as circunstâncias do crime a habitualidade, não podendo se
valer deste mesmo critério para, na terceira fase da aplicação da pena, utilizar a
continuidade delitiva como fator de aumento de pena a fim de não gerar odioso
bis in idem.
21/27
III. 3. DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL QUANTO À PENA APLICADA AO
RÉU FRANCISCO DEUSMAR
65. Com efeito sua pena foi aplicada em patamar quase que o dobro
acima dos demais Pacientes sem qualquer fundamentação idônea.
22/27
67. Como se vê, a simples afirmação de que a culpabilidade do
Paciente FRANCISCO DEUSMAR é “extremamente” elevada, sem qualquer
outra fundamentação, especificando a razão do uso de advérbio, não justifica o
aumento de pena por ele experimentado.
23/27
FRANCISCO GERALDO IELTON JERÔNIMO
C Também devem ser Também devem ser Também devem ser Também devem ser
I consideradas as consideradas as consideradas as consideradas as
R circunstâncias dos delitos, circunstâncias do(s) circunstâncias do(s) circunstâncias do(s)
C pois, na qualidade de delito(s), pois, na delito(s), pois, na delito(s), pois, na qualidade
U sócio-gerente da RENDA, qualidade de dirigente qualidade de sócio- de gerente operacional da
N praticou de forma da PAX, permitiu o gerente da RENDA, PAX, permitiu o exercício
T habitual, organizada e exercício das atividades praticou de forma das atividades de
 irregularmente a atividade de mediação ou habitual, organizada e mediação ou corretagem
N de mediação ou corretagem por pessoas irregularmente a por pessoas não
C corretagem de valores não autorizadas pela atividade de mediação autorizadas pela CVM,
I mobiliários ao adquirir CVM, utilizando e ou corretagem de utilizando e contratando
A ações de companhias contratando pessoas valores mobiliários ao pessoas não integrantes do
S telefônicas por meio de não integrantes do adquirir ações de sistema de distribuição de
negociações privadas sistema de distribuição companhias telefónicas valores mobiliários,
para, em seguida, aliená- de valores mobiliários, por meio de conforme amplamente
las em bolsa de valores, conforme amplamente negociações privadas demonstrado nesta
bem como adquirir fora de demonstrado nesta para, em seguida, sentença
bolsa e com significativo sentença aliená-las em bolsa de
deságio ações de valores, bem como
emissão do Banco do adquirir fora de bolsa e
Estado do Ceará (BEC), com significativo
Além disso, como deságio ações de
dirigente da PAX, permitiu emissão do Banco do
o exercício das atividades Estado do Ceará (BEC),
de mediação ou conforme demonstrado
corretagem por pessoas ao longo da sentença
não autorizadas pela
CVM, utilizando e
contratando pessoas não
integrantes do sistema de
distribuição de valores
mobiliários, conforme
amplamente demonstrado
nesta sentença, sendo
tudo praticado de forma
simulada
71. Não é demais lembrar que todos os réus tiveram suas penas
agravadas pelas mesmíssimas circunstâncias judiciais, o que faz com que a
pena mais elevada para um deles deva ser justificada de forma idônea.
72. Por fim, é importante que se diga que, apesar de constar do voto
condutor do acórdão de apelação menção a matéria em análise, efetivamente o
tema não foi enfrentado. Confira-se:
24/27
“Além da suposta nulidade, a defesa postula a- redução da pena
base sob a tese de que o juiz interpretou desfavoravelmente aos
réus determinadas circunstâncias judiciais de forma errônea.
A primeira das controvérsias, refere-se, à culpabilidade. Neste
tocante, o magistrado considerou a culpabilidade do réu
Francisco Deusmar Queiroz como extremamente elevada e
a dos demais réus como elevada. E, de fato, é a esta
conclusão a que se chega quando observado o modo como
o crime fora praticado.
Aqui, registre-se não se trata de sopesar a culpabilidade
enquanto dolo ou culpa, tendo em vista que esses elementos
fazem parte da tipicidade e sem a tipicidade sequer haveria
crime. Ao trazer a circunstância da culpabilidade, o art. 59 do CP
refere-se ao modo como o crime foi praticado, ou seja, a
censurabilidade da conduta típica. Se toda conduta típica já
pressupõe censurabilidade, na primeira fase da' dosimetria
convém observar as particularidades da execução do crime que
justifiquem a desfavorabil1idade da circunstância judicial da
culpabilidade, como por exemplo, a premeditação e o
planejamento do delito.
Nesta ação penal, a maneira como os apelantes executaram o
delito, a organização, o planejamento e a estratégia, nos
fornecem elementos concretos que demonstram a elevada
reprovabilidade da conduta delituosa perpetrada pelos agentes,
a justificar a valoração negativa da culpabilidade. No apelo,
argumenta-se ainda que o juiz majorou a pena-base com base
na "plena e elevada consciência de antijuridicidade dos atos".
Apesar desse fundamento não ser elemento que justifique
aumento da pena-base, por ser a antijuridicidade elemento
essencial ao crime, percebe-se que o julgador menciona este
fundamento, mas o que pesa em desfavor do réu é a
culpabilidade que, pelos argumentos acima expostos, deve
mesmo ser avaliada negativamente.
Superadas as controvérsias apontadas pela defesa e afastada a
condenação dos réus pelo crime previsto no art. 27-C da Lei
6.385/76, resulta a pena definitiva para:”
73. Como visto, a matéria não foi objeto de análise pelo acórdão de
apelação, que nada disse sobre os motivos que justificariam a culpabilidade de
FRANCISCO DEUSMAR ser “extremamente elevada”.
25/27
75. A ausência de demonstração de elementos concretos a justificar
o recrudescimento da pena aplicada à FRANCISCO DEUSMAR importa em
grave constrangimento ilegal que deve ser afastado para que ele receba pena
idêntica aos demais.
26/27
V. DO PEDIDO FINAL
P. deferimento.
Recife/PE, 23 de julho de 2018.
6 Art. 25. São penalmente responsáveis, nos termos desta lei, o controlador e os administradores
de instituição financeira, assim considerados os diretores, gerentes.
(...)
§ 2º Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe
que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama
delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
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(e-STJ Fl.38
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F2
EMENTA
DECISÃO
REsp 1449193
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1/28
F2
prolatado pelo eg. Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado (fls.
603-604):
REsp 1449193
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F2
REsp 1449193
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F2
quo não teria enfrentado questões relevantes postas nos embargos de declaração;
e) violação do art. 7º, inciso IV, da Lei n. 7.492/1986, art. 16, incisos II
e III, e art. 27-E, ambos da Lei n. 6.385/1976, ao argumento de que as condutas
descritas na denúncia não se enquadram nos tipos penais imputados aos recorrentes;
REsp 1449193
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F2
É o relatório.
Decido.
REsp 1449193
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5/28
F2
REsp 1449193
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F2
7/28
F2
8/28
F2
REsp 1449193
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9/28
F2
Nesse sentido:
"PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
PECULATO. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE
JUSTA CAUSA. INEXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DELITIVOS.
ILEGALIDADE NÃO CONFIGURADA. ARQUIVAMENTO
IMPLÍCITO. NÃO CABIMENTO. ADITAMENTO. DENÚNCIA.
POSSIBILIDADE. RECURSO IMPROVIDO.
1. Não padece de inépcia a denúncia que descreve os
REsp 1449193
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F2
REsp 1449193
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11/28
F2
origem, em sede de apelação. Esta Corte Superior tem entendido que, em hipóteses
semelhantes, fica superada a tese de reconhecimento da inépcia da denúncia, haja
vista que, em cognição ampla e exauriente, o d. Juiz Singular e a eg. Corte a quo
entenderam que estavam presentes os requisitos do art. 41 do CPP.
Nesse sentido:
12/28
F2
13/28
F2
14/28
F2
15/28
F2
16/28
F2
REsp 1449193
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F2
Nesse sentido:
REsp 1449193
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18/28
F2
Nesse sentido:
19/28
F2
REsp 1449193
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F2
REsp 1449193
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F2
Nesse sentido:
22/28
F2
23/28
F2
24/28
F2
25/28
F2
26/28
F2
Nesse entendimento:
REsp 1449193
2014/0091750-6 Documento Página 2 7 de 2 8
27/28
F2
P. e I.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
REspOliveira
Marcelo Leal de Lima 1449193- Advogado
18072317273728000000011769720
Data e hora da assinatura: 23/07/2018 17:31:31 2014/0091750-6 Documento Página 2 8 de 2 8
Identificador: 4050000.11789478
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 28/28
FJ
EMENTA
1/19
FJ
ACÓRDÃO
2/19
F2
RELATÓRIO
3/19
F2
imputada.
É o relatório.
4/19
F2
5/19
F2
VOTO
6/19
F2
7/19
F2
praticados pelos ora agravante na previsão do art. 7º, inciso IV, da Lei n.
7.492/1986 foi amparada em farta remissão ao arcabouço fático-probatório dos
autos, que aponta para um especial abalo à credibilidade do sistema financeiro
nacional, a desclassificação dessa imputação para a de prática do crime previsto no
art. 27-E da Lei n. 6.385/76 esbarra, inevitavelmente, no óbice da Súmula 07/STJ.
Nesse sentido:
8/19
F2
9/19
F2
não houve a necessária individualização das penas; (ii) não foi apresentada
fundamentação idônea para a valoração negativa da circunstância judicial referente
à culpabilidade; (iii) a consideração de que havia “plena e elevada consciência da
ilicitude” não é apta a exasperar a pena-base.
10/19
F2
11/19
F2
Nesse sentido:
12/19
F2
redimensionamento da reprimenda.
2. Agravo regimental desprovido. Ordem concedida de
ofício para reduzir a pena imposta e adequar o regime inicial de
cumprimento" (AgRg no AREsp 947.494/PE, Quinta Turma, Rel.
Min. Jorge Mussi, DJe 06/11/2017).
13/19
F2
14/19
F2
Nesse entendimento:
15/19
F2
16/19
F2
17/19
F2
18/19
F2
É o voto.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
REspOliveira
Marcelo Leal de Lima 1449193- Advogado
Petição : 676112/2017
18072317273728000000011769724
Data e hora da assinatura: 23/07/2018 17:31:31 2014/0091750-6 Documento Página 1 7 de 1 7
Identificador: 4050000.11789482
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 19/19
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000
CLASSE: HABEAS CORPUS
ADVOGADO: TIAGO ASFOR ROCHA LIMA
ADVOGADO: ANASTACIO JORGE MATOS DE SOUSA MARINHO
ADVOGADO: CAIO CESAR VIEIRA ROCHA
ADVOGADO: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
IMPETRADO: JUSTICA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTANCIA SECAO JUDICIARIA DO
CEARA
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL EDILSON PEREIRA NOBRE JUNIOR - 4ª
TURMA
Certidão de Distribuição
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 23/07/2018 17:35:59
Identificador: 4050000.11789937
1/1
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
CERTIDÃO
Certifico que procedi à redistribuição do presente feito, conforme movimento acima ( Certidão de
Redistribuição ), em conformidade com parágrafo único, do art. 1º, do ATO nº 89/2018, da Presidência
deste Tribunal, c/c art. 61, §§ 1º e 2º do RITRF5. Dou fé. Recife, 23 de julho de 2018.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
MAXUEL DE SOUZA SOARES - Diretor da Distribuição
18072318111186300000011771066
Data e hora da assinatura: 23/07/2018 18:12:04
Identificador: 4050000.11790824
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000
CLASSE: HABEAS CORPUS
ADVOGADO: CAIO CESAR VIEIRA ROCHA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
ADVOGADO: TIAGO ASFOR ROCHA LIMA
ADVOGADO: ANASTACIO JORGE MATOS DE SOUSA MARINHO
ADVOGADO: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO - 1ª
TURMA
Certidão de Redistribuição
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 23/07/2018 18:13:42
Identificador: 4050000.11790831
1/1
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/5
CERTIDÃO DE RETIFICAÇÃO
Certifico que, em 23/07/2018, procedi à retificação de autuação deste processo para fazer constar:
Data de Operação Usuário
Item Situação anterior Situação atual
alteração realizada responsável
0811479-82.2017.4.05.0000,
0800582-92.2017.4.05.0000, URSULA
23/07/2018 Processo
Alteração 0811415-72.2017.4.05.0000, DAMASCENO
18:03 Associado
0810630-13.2017.4.05.0000, DE BARROS
0810229-14.2017.4.05.0000
JERONIMO
ALVES
BEZERRA,
tiago asfor
rocha lima,
IELTON
JERONIMO ALVES BARRETO DE
BEZERRA, tiago asfor OLIVEIRA,
rocha lima, IELTON Marcelo Leal de
BARRETO DE OLIVEIRA, Lima Oliveira,
Marcelo Leal de Lima Marcelo Leal de
Oliveira, Marcelo Leal de Lima Oliveira,
Lima Oliveira, FRANCISCO URSULA
23/07/2018 Parte - Polo
Inclusão FRANCISCO DEUSMAR DEUSMAR DE DAMASCENO
17:57 Ativo
DE QUEIROS, QUEIROS, DE BARROS
ANASTACIO JORGE ANASTACIO
MATOS DE SOUSA JORGE
MARINHO, Caio Cesar MATOS DE
Vieira Rocha, GERALDO SOUSA
GADELHA DE LIMA MARINHO,
FILHO Caio Cesar
Vieira Rocha,
Caio Cesar
Vieira Rocha,
GERALDO
GADELHA DE
LIMA FILHO
IELTON BARRETO DE MINISTÉRIO URSULA
23/07/2018 Parte - Outros
Exclusão OLIVEIRA, MINISTÉRIO PÚBLICO DAMASCENO
17:56 Participantes
PÚBLICO FEDERAL FEDERAL DE BARROS
JERONIMO
ALVES
BEZERRA,
tiago asfor
rocha lima,
IELTON
JERONIMO ALVES BARRETO DE
BEZERRA, tiago asfor OLIVEIRA,
rocha lima, Marcelo Leal de Marcelo Leal de
Lima Oliveira, Marcelo Leal Lima Oliveira,
de Lima Oliveira, Marcelo Leal de
2/5
23/07/2018 Parte - Polo FRANCISCO DEUSMAR Lima Oliveira, URSULA
Inclusão DE QUEIROS, FRANCISCO DAMASCENO
17:56 Ativo
ANASTACIO JORGE DEUSMAR DE DE BARROS
MATOS DE SOUSA QUEIROS,
MARINHO, Caio Cesar ANASTACIO
Vieira Rocha, GERALDO JORGE
GADELHA DE LIMA MATOS DE
FILHO SOUSA
MARINHO,
Caio Cesar
Vieira Rocha,
GERALDO
GADELHA DE
LIMA FILHO
IELTON
IELTON BARRETO DE
BARRETO DE
OLIVEIRA, MINISTÉRIO URSULA
23/07/2018 Parte - Outros OLIVEIRA,
Exclusão PÚBLICO FEDERAL, DAMASCENO
17:54 Participantes MINISTÉRIO
GERALDO GADELHA DE DE BARROS
PÚBLICO
LIMA FILHO
FEDERAL
JERONIMO
ALVES
BEZERRA,
tiago asfor
rocha lima,
Marcelo Leal de
JERONIMO ALVES
Lima Oliveira,
BEZERRA, tiago asfor
Marcelo Leal de
rocha lima, Marcelo Leal de
Lima Oliveira,
Lima Oliveira, Marcelo Leal
FRANCISCO
de Lima Oliveira, URSULA
23/07/2018 Parte - Polo DEUSMAR DE
Inclusão FRANCISCO DEUSMAR DAMASCENO
17:54 Ativo QUEIROS,
DE QUEIROS, DE BARROS
ANASTACIO
ANASTACIO JORGE
JORGE
MATOS DE SOUSA
MATOS DE
MARINHO, Caio Cesar
SOUSA
Vieira Rocha
MARINHO,
Caio Cesar
Vieira Rocha,
GERALDO
GADELHA DE
LIMA FILHO
IELTON
JERONIMO ALVES BARRETO DE
BEZERRA, IELTON OLIVEIRA,
BARRETO DE OLIVEIRA, MINISTÉRIO URSULA
23/07/2018 Parte - Outros
Exclusão MINISTÉRIO PÚBLICO PÚBLICO DAMASCENO
17:52 Participantes
FEDERAL, GERALDO FEDERAL, DE BARROS
GADELHA DE LIMA GERALDO
FILHO GADELHA DE
LIMA FILHO
JERONIMO
ALVES
BEZERRA,
tiago asfor
rocha lima,
3/5
tiago asfor rocha lima, Marcelo Leal de
Marcelo Leal de Lima Lima Oliveira,
Oliveira, Marcelo Leal de Marcelo Leal de
Lima Oliveira, Lima Oliveira, URSULA
23/07/2018 Parte - Polo
Inclusão FRANCISCO DEUSMAR FRANCISCO DAMASCENO
17:52 Ativo
DE QUEIROS, DEUSMAR DE DE BARROS
ANASTACIO JORGE QUEIROS,
MATOS DE SOUSA ANASTACIO
MARINHO, Caio Cesar JORGE
Vieira Rocha MATOS DE
SOUSA
MARINHO,
Caio Cesar
Vieira Rocha
JUÍZO DA 11ª
VARA
URSULA
23/07/2018 Parte - Polo FEDERAL DA
Inclusão DAMASCENO
17:51 Passivo SEÇÃO
DE BARROS
JUDICIÁRIA
DO CEARÁ
JUSTICA FEDERAL DE
URSULA
23/07/2018 Parte - Polo PRIMEIRA INSTANCIA
Exclusão DAMASCENO
17:51 Passivo SECAO JUDICIARIA DO
DE BARROS
CEARA
JERONIMO
ALVES
BEZERRA,
IELTON
JERONIMO ALVES
BARRETO DE
BEZERRA, IELTON URSULA
23/07/2018 Parte - Outros OLIVEIRA,
Inclusão BARRETO DE OLIVEIRA, DAMASCENO
17:50 Participantes MINISTÉRIO
GERALDO GADELHA DE DE BARROS
PÚBLICO
LIMA FILHO
FEDERAL,
GERALDO
GADELHA DE
LIMA FILHO
JERONIMO
JERONIMO ALVES ALVES
BEZERRA, IELTON BEZERRA,
BARRETO DE OLIVEIRA, IELTON URSULA
23/07/2018 Parte - Outros
Exclusão FRANCISCO DEUSMAR BARRETO DE DAMASCENO
17:50 Participantes
DE QUEIROS, GERALDO OLIVEIRA, DE BARROS
GADELHA DE LIMA GERALDO
FILHO GADELHA DE
LIMA FILHO
tiago asfor
rocha lima,
Marcelo Leal de
Lima Oliveira,
tiago asfor rocha lima, Marcelo Leal de
Marcelo Leal de Lima Lima Oliveira,
Oliveira, Marcelo Leal de FRANCISCO
DEUSMAR DE URSULA
23/07/2018 Parte - Polo Lima Oliveira,
Inclusão QUEIROS, DAMASCENO
17:50 Ativo ANASTACIO JORGE
ANASTACIO DE BARROS
MATOS DE SOUSA
4/5
MARINHO, Caio Cesar JORGE
Vieira Rocha MATOS DE
SOUSA
MARINHO,
Caio Cesar
Vieira Rocha
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 24/07/2018 00:00:00
Identificador: 4050000.11794901
5/5
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Francisco Roberto Machado - 1ª Turma
DECISÃO
Relatei, decido.
1/2
Ab initio , verifico que as razões aqui deduzidas não foram analisadas pelo TRF5 em grau de apelação,
não integrando também as razões da defesa dos recursos apresentados perante o STJ, onde hoje tramita a
Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100. Desse modo, compete a este Tribunal processar e julgar este
writ , destacando-se que, conforme pacífica jurisprudência do STJ, não cabe Habeas Corpus substitutivo
do recurso legalmente previsto para a hipótese, prestigiando o sistema recursal e impondo o não
conhecimento da impetração, salvo, contudo, quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no
ato judicial impugnado [1] .
Portanto, cumpre examinar se o não enfrentamento das questões ora apresentadas pela defesa, todas
relacionadas à dosimetria das penas impostas aos pacientes, configura flagrante ilegalidade a ensejar a
modificação do julgado.
Nesta fase de cognição sumária, em que se pretende provimento liminar, tenho que é inviável o exame
das teses apresentadas pelos impetrantes, porque exigem exame detalhado e rigoroso das provas
constantes dos autos da Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100, o que será feito, amiúde, quando de
seu julgamento pelo órgão turmário.
Além disso, não me parece presente, neste azo, o requisito do perigo da demora, porque inexiste risco
eminente das penas serem executadas. Afinal, a decisão condenatória, proferida na Ação Penal nº
0012628-43.2010.4.05.8100, ainda não transitou em julgado. E, mesmo que se pretenda executá-la
provisoriamente, tem-se que, nos autos do HC nº 0802530-35.2018.4.05.0000, apreciado em 28/06/2018,
a Primeira Turma deste Tribunal concedeu parcialmente a ordem em favor de FRANCISCO DEUSMAR,
suspendendo aludida execução até o julgamento final, pelo STJ, do Pedido de Tutela Provisória nº 38 no
REsp nº 1.449.193/CE, com a extensão da ordem aos corréus IELTON, GERALDO e JERÔNIMO.
Portanto, enquanto não transitada em julgado a decisão proferida naquele pedido de Tutela Provisória
perante o STJ, inexiste risco que voltar a correr as Execuções Provisórias propostas em face dos
pacientes.
Neste contexto, sem prejuízo de reexame em razão de fato novo, impõe-se o indeferimento do pedido
liminar, anotando-se que, como se trata de ação de rito célere, inclusive sendo dispensada a inclusão em
pauta de julgamento, o feito, depois de regularmente processado, será apreciado pelo Órgão Colegiado,
oportunidade em que as teses defensivas poderão ser exaustivamente analisadas.
Intime-se a defesa acerca do teor desta decisão, bem como para que traga aos autos, no prazo de 5 (cinco)
dias, o Termo de Acusação CVM/SP nº 2008-40 e o Termo de Compromisso de fls. 302/304 (autos
principais, Volume III), ambos citados na denúncia e na sentença, bem como as atas de audiência dos
interrogatórios dos pacientes prestados na Polícia e em Juízo.
Oficie-se ao Juízo originário, para prestar as informações de estilo, no prazo de cinco (05) dias.
[1] HC 442.865/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2018, DJe
28/06/2018.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
FRANCISCO ROBERTO MACHADO - Magistrado
18080912543170800000011961200
Data e hora da assinatura: 09/08/2018 13:55:35
Identificador: 4050000.11981313
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Francisco Roberto Machado - 1ª Turma
Impresso em: 09/08/2018 às 17:40
RECIBO DE DOCUMENTO ENVIADO E NÃO LIDO
Código de
40520184502819
rastreabilidade:
Documento: Decisão com ID.4050000.11981313 - HC 0811322-75.2018.4.05.0000.pdf
Divisão de Processamento das Causas de Competência da 1ª Turma ( Edvaldo
Remetente:
Almeida do Nascimento )
Destinatário: SJCE - Diretoria da 11ª Vara ( TRF5 )
Data de Envio: 09/08/2018 17:39:20
De ordem do Exmo. Desembargador Federal Roberto Machado, encaminho decisão
Assunto: com ID.4050000.11981313- Habeas Corpus 0811322-75.2018.4.05.0000-
solicitação de informações em cinco dias e para ciência de seu inteiro teor.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
EDVALDO ALMEIDA DO NASCIMENTO - Diretor de Secretaria
18080917404698200000011964352
Data e hora da assinatura: 09/08/2018 17:41:26
Identificador: 4050000.11984465
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Francisco Roberto Machado - 1ª Turma
DECISÃO
Relatei, decido.
1/2
Ab initio , verifico que as razões aqui deduzidas não foram analisadas pelo TRF5 em grau de apelação,
não integrando também as razões da defesa dos recursos apresentados perante o STJ, onde hoje tramita a
Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100. Desse modo, compete a este Tribunal processar e julgar este
writ , destacando-se que, conforme pacífica jurisprudência do STJ, não cabe Habeas Corpus substitutivo
do recurso legalmente previsto para a hipótese, prestigiando o sistema recursal e impondo o não
conhecimento da impetração, salvo, contudo, quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no
ato judicial impugnado [1] .
Portanto, cumpre examinar se o não enfrentamento das questões ora apresentadas pela defesa, todas
relacionadas à dosimetria das penas impostas aos pacientes, configura flagrante ilegalidade a ensejar a
modificação do julgado.
Nesta fase de cognição sumária, em que se pretende provimento liminar, tenho que é inviável o exame
das teses apresentadas pelos impetrantes, porque exigem exame detalhado e rigoroso das provas
constantes dos autos da Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100, o que será feito, amiúde, quando de
seu julgamento pelo órgão turmário.
Além disso, não me parece presente, neste azo, o requisito do perigo da demora, porque inexiste risco
eminente das penas serem executadas. Afinal, a decisão condenatória, proferida na Ação Penal nº
0012628-43.2010.4.05.8100, ainda não transitou em julgado. E, mesmo que se pretenda executá-la
provisoriamente, tem-se que, nos autos do HC nº 0802530-35.2018.4.05.0000, apreciado em 28/06/2018,
a Primeira Turma deste Tribunal concedeu parcialmente a ordem em favor de FRANCISCO DEUSMAR,
suspendendo aludida execução até o julgamento final, pelo STJ, do Pedido de Tutela Provisória nº 38 no
REsp nº 1.449.193/CE, com a extensão da ordem aos corréus IELTON, GERALDO e JERÔNIMO.
Portanto, enquanto não transitada em julgado a decisão proferida naquele pedido de Tutela Provisória
perante o STJ, inexiste risco que voltar a correr as Execuções Provisórias propostas em face dos
pacientes.
Neste contexto, sem prejuízo de reexame em razão de fato novo, impõe-se o indeferimento do pedido
liminar, anotando-se que, como se trata de ação de rito célere, inclusive sendo dispensada a inclusão em
pauta de julgamento, o feito, depois de regularmente processado, será apreciado pelo Órgão Colegiado,
oportunidade em que as teses defensivas poderão ser exaustivamente analisadas.
Intime-se a defesa acerca do teor desta decisão, bem como para que traga aos autos, no prazo de 5 (cinco)
dias, o Termo de Acusação CVM/SP nº 2008-40 e o Termo de Compromisso de fls. 302/304 (autos
principais, Volume III), ambos citados na denúncia e na sentença, bem como as atas de audiência dos
interrogatórios dos pacientes prestados na Polícia e em Juízo.
Oficie-se ao Juízo originário, para prestar as informações de estilo, no prazo de cinco (05) dias.
[1] HC 442.865/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2018, DJe
28/06/2018.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
EDVALDO ALMEIDA DO NASCIMENTO - Diretor de Secretaria
18080917420068500000011964362
Data e hora da assinatura: 09/08/2018 17:42:57
Identificador: 4050000.11984475
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 09/08/2018 18:48, o(a) Sr(a) FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS foi
intimado(a) acerca de Decisão registrado em 09/08/2018 13:55 nos autos judiciais eletrônicos
especificados na epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 09/08/2018 18:48 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 09/08/2018 18:48:37
Identificador: 4050000.11986069
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 09/08/2018 18:48, o(a) Sr(a) JERONIMO ALVES BEZERRA foi intimado(a)
acerca de Decisão registrado em 09/08/2018 13:55 nos autos judiciais eletrônicos especificados na
epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 09/08/2018 18:48 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 09/08/2018 18:48:37
Identificador: 4050000.11986070
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 09/08/2018 18:48, o(a) Sr(a) GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO foi
intimado(a) acerca de Decisão registrado em 09/08/2018 13:55 nos autos judiciais eletrônicos
especificados na epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 09/08/2018 18:48 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 09/08/2018 18:48:37
Identificador: 4050000.11986071
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 09/08/2018 18:48, o(a) Sr(a) IELTON BARRETO DE OLIVEIRA foi intimado(a)
acerca de Decisão registrado em 09/08/2018 13:55 nos autos judiciais eletrônicos especificados na
epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 09/08/2018 18:48 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 09/08/2018 18:48:37
Identificador: 4050000.11986072
2/2
VIA MALOTE DIGITAL
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
SALVINO BEZERRA DE ANDRADE VASCONCELOS - Diretor de Secretaria
18081418443520100000012013308
Data e hora da assinatura: 14/08/2018 18:46:04
Identificador: 4050000.12033531
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
PODER JUDICIÁRIO
MALOTE DIGITAL
1/26
Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05,0000
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIA
Seção Judiciária do Estado do Ceará
11a Vara Federal
Senhor Relator,
Exmo. Sr.
Dr. FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Desembargador Federal Relator do Habeas Corpus n° 0811322-
75.2018.4.05.0000
Tribunal Regional Federal da 5a Região
Recife-PE
2/26
Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
"W - DIPOSITIVO.
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
A- Pena-base.
69. No que diz respeito ao réu FRANCISCO DEUSMAR
QUEIROZ, e, tendo em mente as circunstâncias judiciais previstas no
artigo 59 do Código Penal, destaco inicialmente que a culpabilidade é
extremamente elevada. Diante da natureza da atlvicia.de empresarial
exercida pelo condenado, é inegável que tinha ele plena e elevada
consciência da antijuridicidade dos seus aios; a//as, o conhecimento
que tinha do funcionamento do sistema financeiro e empresarial foi
justamente utilizado para a construção de eficazes instrumentos
voltados a burlar a fiscalização dos órgãos estatais. Também devem
ser consideradas as circunstâncias dos delitos, pois, na qualidade de
sócio-gerente da RENDA, praticou de forma habitual, organizada e
irregularmente a atividade de mediação ou corretagem de valores
mobiliários ao adquirir ações de companhias telefónicas por meio de
negociações privadas para, em seguida, aliená-las em bolsa de
valores, bem como adquirir fora de bolsa e com significativo deságio
ações de emissão do Banco do Estado do Ceará (BEC), Além disso,
como dirigente da PAX, permitiu o exercício das atividades de
mediação ou corretagem por pessoas não autorizadas pela CVM,
utilizando e contratando pessoas não integrantes do sistema de
distribuição de valores mobiliários, conforme amplamente
demonstrado nesta sentença, sendo tudo praticado de forma
simulada. Nessa senda, as consequências do crime também devem
ser destacadas, visto que a intermediação irregular de valores
mobiliários com a utilização das mencionadas empresas
comandadas pelo réu, gerou um lucro de cerca de dois milhões e
oitocentos e quarenta mil reais, no período de 2000 a 2005, atingindo
de forma expressiva a confiabilidade e a transparência do mercado
de valores mobiliários como um todo. Taís fatores, de acordo com o
disposto no art. 59 do Código Penal, ensejam a aplicação da pena
privativa de liberdade e multa além do mínimo cominado. Frente aos
elementos acima aferidos. Dessa forma, entendo ser recomendável a
fixação da pena-base acima do mínimo legal, a fim de que haja
suficiente reprovação e prevenção do(s) delito(s), pelo que FIXO a
pena-base para o crime previsto no art. 7°, IV, da Lei n° 7.492/86 em
05 (cinco) anos e 6 (seis) meses de reclusão e multa e para o crime
previsto no art. 27-C da Lei 6385/76 em 04 (quatro) anos de reclusão
e multa.
B- Agravantes/atenuantes
70. Inexistem agravantes ou atenuantes.
C- Majorantes/minorantes
71. Como houve reiteração, durante o período de 2000
a 2006, do delito em questão (cf. Termo de Acusação acima), e
tendo em vista que essa reiteração apresenta, no presente processo,
harmonia com o art. 71 do Código Penal, deve incidir a causa de
aumento de pena prevista no referido dispositivo. Assim sendo, e
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
C- Majorantes/minorantes
81. Como houve reiteração, durante o período de 2000
a 2006, do delito em questão (cf. Termo de Acusação acima), e
tendo em vista que essa reiteração apresenta, no presente processo,
harmonia com o art. 71 do Código Penal, deve incidir a causa de
aumento de pena prevista no referido dispositivo. Assim sendo, e
considerando o quantitativo da reiteração, aumento em 2/3 (dois
terços) a pena fixada para o delito previsto no art. 7°, IV, da Lei n°
7.492/86 que passa, portanto, a ser de 5 (cinco) anos de reclusão.
Aumento, tendo em vista as mesmas circunstâncias, a pena para o
crime previsto no Art. 27-C da Lei 6385/76, que passa, portanto, a
ser de 5 (cinco) anos de reclusão. Considerando, ainda, que
referidos delitos praticados pelo(s) acusado(s) resultaram de
desígnios autónomos, aplica-se o contido no art. 70, in fine, do,
Código Penal, pelo que a torno definitiva a pena restritiva de
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
REspn 0 1.449.193-CE;
"PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO ESPECIAL
NEGOCIAÇÃO DE TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS SEM
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 619 DO
CPP. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. INÉPCIA DA DENÚNCIA.
REQUISITOS PREENCHIDOS. PRECEDENTES. ADEQUAÇÃO
TÍPICA. CORRELAÇÃO ENTRE A DENÚNCIA E A SENTENÇA.
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. JULGAMENTO CITRA
PETITA. INOCORRÊNCIA. ATIPICIDADE DA CONDUTA.
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. DOSIMETRIA. REFORMATIO
IN PEJUS. HIPÓTESE NÃO VERIFICADA. DEVOLUTIVIDADE DA
APELAÇÃO. PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL.
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAS. FUNDAMENTAÇÃO IDÓNEA.
FRAÇÃO DE AUMENTO DA PENA PELA CONTINUIDADE
DELITIVA FIXADA EM CONFORMIDADE COM A
JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. RECURSO CONHECIDO EM
PARTE E, NESSA EXTENSÃO, PARCIALMENTE PROVIDO."
(O negrito não consta no original.)
12
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
acima indicadas, acordam os Ministros da Quinta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo
regimental.
Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca
e Joel llan Paciornik votaram com o Sr. Ministro Relator.
Impedido o. Sr. Ministro Ribeiro Dantas.
13
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as
acima indicadas, acordam os Ministros da Quinta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, prosseguindo no julgamento, por unanimidade,
rejeitar os embargos.
Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca
e Joel Ilan Padornik votaram com o Sr. Ministro Relator.
Impedido o Sr. Ministro Ribeiro Dantas.
Brasília (DF), 07 de junho de 2018 (Data do Julgamento)."
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Ref. ao Habeas Corpus r\° 0811322-75.2018.4.05.0000
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
IV, da Lei n° 7.492/86 c/c o art. 27-C da Lei n° 6.385 c/c o art. 71 do
Código Penal (crime continuado), conforme a sentença
SEN. 0011.000172-0/2012 (cuja cópia é vista nos identificadores
4058100.3847208, 4058100.3847210, 4058100.3847253 e
4058100.3847256), na segunda instância foi aquele julgamento
parcialmente reformado, com a condenação dos apontados réus
nas penas do art. 7°, IV, da Lei n° 7.492/86, em continuidade
delitiva (cf. Apelação Criminal ACR n° 9363-CE, identificadores
4058100.3847264 e 4058100.3847266), ou seja, na mesma figura
típica constan te da de n ún cia, ten do sido m an tida essa
condenação pelo Superior Tribunal de Justiça, ao negar
provimento ao Recurso Especial REsp n° 1.449.193-CE e aos
Embargos de Declaração interpostos pela defesa (cf. identificador
4058100.3847268).
11- Assim, como prevê o art. 621 da lei adjetiva penal, são as
seguintes as hipóteses de admissão da revisão criminal:
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
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Ref. ao Habeas Corpus n° 0811322-75.2018.4.05.0000
Respeitosamente,
-DANtttTFONTENELLE SÁMPAÍO
Juiz Federal da 11a Vara/SJCE
19/26
a i j - uonsuna rrocessuai
Detalhes
Fases
20/26
o i j - uonsuna rrocessuai
05/07/2018 (30G1Ò4)
29/06/2018 16:09 Conclusos para julgamento ao(à) Ministro(a) FELIX
FISCHER (Relator) (51)
21/26
o u - i^onsuira rrocessuai
22/26
s u - oonsuita rrocessuai
23/26
o u - uonsmia rrocessuai
U//X^/^UJ./ xo: •H- .L -fuiii.au a ut= i-cLivau uc: v>i<zi-ii-r - V.ACHV.JL/* I-GWV-» i-ii-r
n° 667677/2017 (Juntada Automática) (85)
07/12/2017 16: 41 Protocolizada Petição 667677/2017 (CieMPF -
CIÊNCIA PELO MPF) em 07/12/2017 (118)
06/12/2017 05: 35 Disponibilizada intimação eletrônica (Decisões e
Vistas) ao(à) MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
(300105)
24/26
D u - oonsuira rrocessuai
(PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) recebida na
COQRDENADORIA DA QUINTA TURMA) (11383)
21/10/2016 10:45 Protocolizada Petição 533729/2016 (PROC -
PROCURAÇÃO/SUBSTABELECIMENTO) em
21/10/2016 (118)
25/26
'10/UO/xÍU'ltS a u - ^onsuna rrocessuai
V"-' f"*-"*" —••-••"•• V"' •"" J
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
SALVINO BEZERRA DE ANDRADE VASCONCELOS - Diretor de Secretaria
18081418455019600000012013309
Data e hora da assinatura: 14/08/2018 18:46:04
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Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 26/26
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Francisco Roberto Machado - 1ª Turma
DECISÃO
Relatei, decido.
1/2
Ab initio , verifico que as razões aqui deduzidas não foram analisadas pelo TRF5 em grau de apelação,
não integrando também as razões da defesa dos recursos apresentados perante o STJ, onde hoje tramita a
Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100. Desse modo, compete a este Tribunal processar e julgar este
writ , destacando-se que, conforme pacífica jurisprudência do STJ, não cabe Habeas Corpus substitutivo
do recurso legalmente previsto para a hipótese, prestigiando o sistema recursal e impondo o não
conhecimento da impetração, salvo, contudo, quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no
ato judicial impugnado [1] .
Portanto, cumpre examinar se o não enfrentamento das questões ora apresentadas pela defesa, todas
relacionadas à dosimetria das penas impostas aos pacientes, configura flagrante ilegalidade a ensejar a
modificação do julgado.
Nesta fase de cognição sumária, em que se pretende provimento liminar, tenho que é inviável o exame
das teses apresentadas pelos impetrantes, porque exigem exame detalhado e rigoroso das provas
constantes dos autos da Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100, o que será feito, amiúde, quando de
seu julgamento pelo órgão turmário.
Além disso, não me parece presente, neste azo, o requisito do perigo da demora, porque inexiste risco
eminente das penas serem executadas. Afinal, a decisão condenatória, proferida na Ação Penal nº
0012628-43.2010.4.05.8100, ainda não transitou em julgado. E, mesmo que se pretenda executá-la
provisoriamente, tem-se que, nos autos do HC nº 0802530-35.2018.4.05.0000, apreciado em 28/06/2018,
a Primeira Turma deste Tribunal concedeu parcialmente a ordem em favor de FRANCISCO DEUSMAR,
suspendendo aludida execução até o julgamento final, pelo STJ, do Pedido de Tutela Provisória nº 38 no
REsp nº 1.449.193/CE, com a extensão da ordem aos corréus IELTON, GERALDO e JERÔNIMO.
Portanto, enquanto não transitada em julgado a decisão proferida naquele pedido de Tutela Provisória
perante o STJ, inexiste risco que voltar a correr as Execuções Provisórias propostas em face dos
pacientes.
Neste contexto, sem prejuízo de reexame em razão de fato novo, impõe-se o indeferimento do pedido
liminar, anotando-se que, como se trata de ação de rito célere, inclusive sendo dispensada a inclusão em
pauta de julgamento, o feito, depois de regularmente processado, será apreciado pelo Órgão Colegiado,
oportunidade em que as teses defensivas poderão ser exaustivamente analisadas.
Intime-se a defesa acerca do teor desta decisão, bem como para que traga aos autos, no prazo de 5 (cinco)
dias, o Termo de Acusação CVM/SP nº 2008-40 e o Termo de Compromisso de fls. 302/304 (autos
principais, Volume III), ambos citados na denúncia e na sentença, bem como as atas de audiência dos
interrogatórios dos pacientes prestados na Polícia e em Juízo.
Oficie-se ao Juízo originário, para prestar as informações de estilo, no prazo de cinco (05) dias.
[1] HC 442.865/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2018, DJe
28/06/2018.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
SALVINO BEZERRA DE ANDRADE VASCONCELOS - Diretor de Secretaria
18081418463456600000012013316
Data e hora da assinatura: 14/08/2018 18:47:38
Identificador: 4050000.12033539
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGARDOR FRANCISCO ROBERTO MACHADO
MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA, impetrante do habeas corpus epigrafado, impetrado em favor
de FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS, GERALDO GADELHA FILHO, IELTON BARRETO DE
OLIVEIRA JERÔNIMO ALVES BEZERRA, à presença de Vossa Excelência comparece para, em
atenção ao despacho de Vossa Excelência, requerer a juntada dos documentos solicitados:
Por fim, informa estar anexando, igualmente, parecer elaborado pela consultoria
TENDÊNCIAS, subscrito pelos economistas MAÍLSON DA NÓBREGA, ERNESTO MOREIRA
GUEDES FILHO e RODOLFO ARAÚJO DE OLIVEIRA.
Entre outras matérias, o mencionado parecer trata, sob o ponto de vista econômico, da
natureza habitual do crime de garimpagem de ações, expressamente afirmando:
1/2
Pela própria definição adotada pela CVM, é necessário que exista habitualidade da conduta para que se
caracterize a "garimpagem de ações" . Conforme exposto em decisão do Colegiado da CVM:
"De acordo com o entendimento consolidado pelo Colegiado, a intermediação irregular deste caso,
conhecida também como "garimpagem", se caracteriza pela compra, com habitualidade, por pessoas não
integrantes do sistema de distribuição, de valores mobiliários diretamente de investidores, para
revendê-los em bolsa de valores ou no mercado de balcão organizado. Portanto, é necessário que a
compra, de forma privada, dos valores mobiliários se transforme numa atividade"20.
Assim, a utilização desse termo, do ponto de vista econômico, pressupõe uma atividade contínua de busca
por ações com certas características:
1. 1. São oriundas de oferecimento atípicos desse tipo de ativo (como no caso dos planos de
expansão de telefonia ou da privatização de um banco público), de forma que;
2. 2. Estão pulverizadas em um grande número de pequenos acionistas;
3. 3. Esses pequenos acionistas não são investidores habituais desse tipo de ativo; e
4. 4. Na maioria dos casos, esses pequenos acionistas não sabem que possuem tais ações.
Com isso, essa quantidade importante de ações espalhadas em pequenos lotes passa a ficar fora de
circulação, reduzindo a liquidez e, com isso, até mesmo a eficiência do mercado - a depender da parcela
de ações que se encontra nessa situação.
Por estarem essas ações pulverizadas em um grande número de acionistas, sua "garimpagem" implica a
procura, que ocorre de forma contínua, por esses investidores para adquirir os papéis. O preço pago
tende a ser suficiente para que o antigo detentor prefira vender as ações dessa forma, em vez de incorrer
nos custos e trabalho de operar no mercado organizado, que ele usualmente desconhece, e remunere
quem pratica a garimpagem" pelo trabalho de buscar esses investidores e oferecer o serviço.
Um "ato único" de negociações de compra de ações fora do mercado, por sua vez, poderia se dar em
uma série de circunstâncias, mas não caracterizam uma "garimpagem de ações". Em grandes fusões e
aquisição, as negociações antes da realização da operação (incluindo a definição do preço) costumam
ocorrer fora do mercado organizado para apenas, posteriormente, sua concretização se dar nas bolsas.
Compra ou venda de ações, quando essa operação está vinculada a alguma circunstância de um negócio,
também podem ocorrer fora do mercado organizado.
Assim, estando a matéria relacionada com uma das teses abordadas no presente habeas
corpus, aproveita a defesa para realizar a juntada, também, do citado parecer, além dos documentos
indicados por Vossa Excelência, no escopo de contribuir com a prestação jurisdicional.
P. deferimento.
1/3
Entre outras matérias, o mencionado parecer trata, sob o ponto
de vista econômico, da natureza habitual do crime de garimpagem de ações,
expressamente afirmando:
2/3
costumam ocorrer fora do mercado organizado para apenas,
posteriormente, sua concretização se dar nas bolsas. Compra
ou venda de ações, quando essa operação está vinculada a
alguma circunstância de um negócio, também podem ocorrer
fora do mercado organizado.
P. deferimento.
Brasília, 14 de agosto de 2018.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
Marcelo Leal de Lima Oliveira - Advogado
18081420140971200000012015042
Data e hora da assinatura: 14/08/2018 20:16:42
Identificador: 4050000.12035265
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 3/3
VIVI
CVM Comissão de Valores Mobiliários
Protegendo quemn investe no futuro do Brasil
PROCESSO AJJMINISTRArIVO SAINCIONADOR
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N2 CVM SP-2008-40, COM Á)ITAMEiÓP
PROPOSTO PELA PFE-CVM
.1- DA ORIGEM
2. Esse Processo Administrativo Sancionador teve origem nos autos -dos processos
~djstrativos CVM nos SP-2003/320. RJ-2006/4079 e RJ-2006/7205, dos quais foram
rtados todos os documentos que integram o presente Termo de Acusço
MERCADORIAS S/C LTDA, doravante "RENDA", que lhe teria pago metade do preço
vigente no mercado (fis. 36 a 41). Essa reclamação foi recebida pela Superintendência de
Orientação ao Investidor (501) que decidiu solicitar uma inspeção na RENDA, en1_ý.dade não
integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários, para verificar se a mesma estava
descumprinido as disposições contidas no art. 16 da Lei ri' 6.385/76, bem como apurar os fatos
apontados pelo reclamiante (fis. 43 a 45).
çede: RuaSete de Setemibro, 111 '12 Andar .Centro - Rio de Janeiro - Ri - CEP:20050-9ú! - Braýil Tei.: (21) 312338t85 ttp/wo.,ru~s
Suýperintendência Regional de São Paulo: RuaCincinato Braga, 340 - 20, 30 e 40andares - CEP:01333-,M0- Bela Vista - SãoPaulo - SP- Brasil - Tal.: (111 21462000
s4perintendência Regional de Brasília: SCNQ. 02 - BI.A - Eci.CorDorate Financia( Centar - S-404 -4' Andar - CEP: 70712-9C-5 - Brasilia - DF - Brasil~ TeL.: (<61) 33272030133272031
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-~~ CVA' Comissão de Valores Mobiliários i
Protegendo quem, investe no futuro, do Brasil
9
<,
__
9.
organizada, comprando ações por meio de operações privadas, transferindo-as para suas
contas de custódia na PAX e vendendo essas ações em curto espaço de tempo na Bovespa. O
exemplo seguinte descreve seu modus operandi:
'Detentor de 74,84% do capital social da RENDA de 15/09/1994 até 10/12/2006, quando dela se retirou (fls. 121
a 128) bem como sócio majoritário da PAX , com 97, 82% do capital social (fl. 25)
Sede: RuaSete de Setembro, 111 1 2' Andar -Centro - Rio de Janeiro - RJ -CEP: 20050-901 - Brasil Tel.: (21) 32338686 - http://www.cvm.gov.br
Superintendência Regional de SãoPaulo: RuaCincinato Braga, 340 -2', 3Y e 40 andares - CEP:01333-010 - Bela Vista - SãoPaulo - SP- Brasil -Tel.: (11) 21462000
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33272030133272031
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~~ LVV Comissão de Valores Mobiliários <
Protegendo quem investe no futuro do Brasil Dp/
PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR c
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N2 CVM SP-2008-40, COM ADITAMB 11QJ9.
PROPOSTO PELA PFE-CVM
11. Para vender essas ações, Ana Aragão constituiu seus bastantes procuradores os
senhores José Luciano Lopes Nogueira, Luciana da Silva Lopes Nogueira e Vera
Lúcia da Silva Lopes Nogueira ("Ve.7a L,.úcia"), aos quais outorgou poderes
especiais de transferir para os seus próprios nomes ou de quem melhor lhes
convier [conviesse], -2s ações de suas propriedades (sic) emitidas pela Telemar
Norte Leste S/A -- RJ (...), bem como todos os frutos oriundos desses mesmos
títulos, vencidos ou vincendos, ou seja, bonificações [a] que fizerem Lfizessem]
jus, podendo, também, vendê-los em Bolsa de Valores, Corretorasde Valores,
CBLC, ou qualquer outra forma, bem como quaisquer instituições financeiras
do país, tais como Banco Real SIA, Banco do Brasil S/A, Bancos Custodiantese
outras; [os outorgados poderiam] ainda, receber dividendos, inclusive os que
estiverem [estivessem] creditados em conta corrente (...) assinarrecibos, Ordem
de Transferência de Ações Escriturais (OTA), ficha cadastral de cliente em
nome da outorgante (...Essa procuração está datada de 13 de dezembro de
20032 (fl. 106);
iv. Em 18 de janeiro de 2003, a PAX cadastrou Ana Aragão como sua cliente n'
13.404-2 (fl. 102);
vi. Em seguida, essas ações eram vendidas por meio da PAX3,ýconforme evidencia a
Relação de Notas de Corretagem do período de janeiro de 2003 a fevereiro de
2005 (fis. 1432 e 1433)
Documento recebido eletronicamente da origem
2Por meio da OTA, ações escriturais são transferidas do sistema do banco prestador de serviço de ações
Sede: RuaSete de Setembro, 111- 12' Andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ- CEP: 20050-901 - Brasil1 TeL.:(21) 32338686 . http:f/ 1www. cvn. gov.br
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½ j~4
vii. Entre janeiro de 2003 e dezembro de 2004, VERA LUCIA recebeu por meio de
transferências 5,73 milhões de ações da Telemar NL PNA, das quais vendeu 5
milhões (fi. 108). Os inspetores da GFE-2 apuraram que VERA LÚCIA,
ANDREA JUCÁ TERCEIRO e ISABELLE JUCA R[BEIRO movimentaram na
Bovespa, respectivamente, R$ 225.996,01, R$ 825.249,97 e R$ 436.605,66, ou
seja, cerca de R$ 1,5 milhão (fi. 56, §30);
de conciliação pela Solidez. Os acertos entre as corretoras se dão [davam] no dia seguinte através de TED 's,
dependendo da situação credora ou devedora. (...) Com relação aos clientes, suas operações estão [estavam]
também descritas no fax resumo. Se vendedores, seus créditos são [eram] efetivados por cheque nominal contra
o Banco do Brasil, ou depósito em conta, desde que solicitado por escrito pelo cliente (...) se um cliente é [era]
credor e vai [fosse] usar seu crédito para novas operações, este fica [ficava] na conta da corretora esperando a
ordem de compra que extingua (sic) [extinguisse] seu saldo (fis. 109 e 110);
"Instrumento público de procuraçao, ficha cadastral e ordem de transferência de ações escriturais.
9
Sede:Rua Setede Setembro, 111/ 2~Andar- Centro - Riode Janeiro - Ri CEP:20050-901 Brasil Te!.: t21í 32333686 - http://www.cvm.gev.br
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~ CVM Comissão de Valores Mobiliários
Protegendo quem investe no futuro do Biosil 1
PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N2 CVM SP-2008-40, COM ADITAME 0'
PROPOSTO PELA PFE-CVM
12. Com relação aos demais suspeitos citados no item 3, os srs. CARLOS
ALBERTO RIBEIRO e JOSÉ LUCIA1ýNO-JLOPIi:S NOGUEIRA, a GFE-2 concluiu que amibos
teriam violado suas Stop Orders (fi. 50, §§ 12 a 15; f1 56, §33 e fi. 57, §34):
PESSOA SUSPEITA
] Teria burlado a Stop Order (Deliberação CVM no' 440,
publicada no D.O.U. de 24/06/2002), ao transferir:
* > em 09/05/2003, 500 mil ações de emissão da Teleceará
CARLOS 1PNB e 2,4 milhões de ações da Telemar Norte Leste para
ALBERTO Isabelle Jucá Ribeiro (fi. 15);
RIBEIRO > em 12/03/2003, transferiu 4,6 milhões de ações PNA da
ICoelce, 12,4 milhões de ações da Telemar Norte Leste,
entre outras, para Regina Helena Ribeiro Ferreira (fis. 08 e
113);
Teria descumprido a Stop Order (Ato Declaratório CVM n0'
JOSÉ LUCIANO 73,publicada no D.O.U. de 13/08/2003), ao transferir
LOPES NOGUEIRA ações, em 30/08/2003, para Vera Lúcia da S. L. Nogueira
(fl. 114).
Documento recebido eletronicamente da origem
5
Referimno-nos ao seguinte excerto da Decisão do Colegiado de 08/12/2000 (voto de Norma Parente/Processo
RJ1999/21 81): ( ...) apesar de a Resolução N' 2.785 de 18.10.2000 do Conselho Monetário Nacional ter
permitido o oferecimento de Termo de Acusação, simplificando a tramitação do processo e que poderia serl
adotado no caso dos garimpeiros [pessoas que negociam ações oriundas da compra de linhas telefônicas,Y
proponho seja mantido o posicionamento atual que preserva inicialmente o mercado através da "stop order~só
exigindo maior atuação da CVM no caso defraude e reincidência.
Srde: RuaSete de Setembro, 111 /2' Andar~Centro - Rio de Janeiro-. Ri - CEP:200,10-901 .Brasil Tel.: i21) 32338686 -http:!/www.Cvm.ko.b!r
Superi ntendência Regional de São Paulo: RuaCincinato Braga, 340 - 2', 3' e 40 andares - CEP:01333-010 - Bela Viste - SãoPaulo - SP- Brasil -Te).: 11) 21 462010
SUPerintendência ileýgional de Brasilia: SCNQ, 02 81B.
A- Ed.Corporate Financia] Center -S-404 - 4' Andar - CEP:70712-900 - Brasilia - DF Brasil - Tel.: (61) 3327203.0133272031
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__A jÚcs
LVII'IComissão de Valores Mobiliário
Prntegep!_r Çier iveste no futuro do Brasil ADí11
PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR 1 'i \
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N2 CVM SP-2008-40, COM DTM 0
PROPOSTO PELA PFE-CVM
ii. No caso de JOSÉ LUCIANO LOPES NOGUEIRA (JOSÉ LUCIANO), além das
ações transferidas para VERA LÚCIA DA S. L. NOGUEIRA em 30/08/2003,
ocorreram outras movimentações na sua conta de custódia em data posterior à da
publicação da Stop Order (13/08/2003): ele recebeu a crédito 333.402 ações PNA
da Telemar Norte Leste entre 05 e 30/09/2003 e também recebeu a crédito 10.837
ações PNB3 da Amazônia Celular em 12/09/2003 (fl. 116). JOSÉ LUCIANO
transferiu, ainda, 200.000 ações PNA da Telemar Norte Leste para uma conta na
corretora SOLIDEZ 7 em 17/09/2003 (fl. 116). Em 13/12/2005, a SMI aplicou
multa cominatória em desfavor de JOSÉ LUCIANO, sob a alegação de que ele
"ýcontinuou a intermediar irregularmente valores mobiliários, apesar do Ato
Declaratório n0 7334, de 12/O08/2003, ter determinado a suspensão imediata dessa
atividade, conforme apurado no processo CVM SP2003-320". Por meio do Ofício
CVM/SMI/GMN/N 0>148/07, de 30/11/2007 (fls. 171 e 172), a GMN tentou obter
Documento recebido eletronicamente da origem
0 processo de execução fiscal corre na 9' Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Ceará sob n,
2006.81.00.016682-9 (fis. 1448 e 1449).
7 Usuária n0 47 da CBLC.
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Superintendência Regional de Brasília: SCNQ. 02 - BI.A - Edi.Corporate Financial. Center - 5-404 - 4* Andar - CEP:70712-900 - Brasília - DF- Brasil - Tel.: (611 332720/33272031
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CI/A Comissão de Valores Mobiliários
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PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N2 CVM SP-2008-40, COM ADITAMEN I
PROPOSTO PELA PFE-CVM
entanto, ele não foi encontrado no endereço cadastrado na base de dados do
SERPRO. JOSÉ LUCIANO não efetuou o pagamento nem sequer solicitou o
parcelamento da multa, razão pela qual ela foi encarminhada para inscrição em
Dívida Ativa (Processo RJ2006-3 925) segundo informação da Gerência de
Arrecadação 8 (fi. 1445);
13. Ainda na inspeção çýitada no item 3, obs;ervou-se qui. a PAX não vinha cumprindo
dispositivos da Instrução CVM no 301/99, especialmente os previstos nos artigos 30 e 60,
segundo exame das cópias da2 fif-has. cadastrais obtidas pela fiscalização (fls. 78 a 104 e 930 a
1308). Essa corretora permi-.tiu que clientes operassem valores incompatíveis com a situação
patrimonial deles, bem como manteve diversas fichas omissas quanto aos bens e rendimentos
dos clientes. A GFE-2 optou por abrir o Processo Administrativo (RJ2005-1952) para verificar
o cumprimento do normnativo em questão (fl. 52, §20). Esse Processo Administrativo encontra-
se encerrado, tendo sido concluído com a aplicação de advertência, dlecisão transitada em
julgado (fl. 157).
ii. "o lucro obtido (.)nessas operações [de garimpagem] ocorridas durante os
anos de 2000 a 2005 foi de R$ 2.840.026,32" (fl. 73, §22, "b");
i. Tomemos o ano de 2001, por exemplo. Nesse ano, o conjunto dle ações
movimentadas pela RENDA era composto de papéis de diversas coimpanhias
Documento recebido eletronicamente da origem
8O processo de execução fiscal corre na W0Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Ceará sob ri'
2006.81.00.016678-7 (fis. 1446 e 1447).
'o Segundo dados fornecidos pela Bovespa Supervisão de Mercado (fl. 1441).
-Sede: RuaSete de Setembro, 111 / 2' Andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ- CEP:20050-901 - Brasil Tel.: (211 32338686 http://.WW.cvm.OVbr.
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4 I4
~~rnínvst~w~f!l-ffro do Rrr!çíi
Proegek
PROCESSO ADMINISTI{ÁT!VO SAINCION.ADOR(0 ,
CO0NSO0L,11A ÇAO DO0 TE,1M -1 DE ÂCU SA ÇAÃ0 Ný CVMU SP-2 oo s- 40, CO0M AD[1TAMEL(T' L)
PROPOSTO PELA PFE-CVM
1.6.Para que se terhfa urna idéia do significado doý esforço mencionado no item
aneror asta dizer que apenas no ano de 2001. foram realJizadas cerca de 4-00C0 (quatro mil)
Ili-àais ê eci as de a&õ es d crédi to da R.E N'- A, a g r2nde_ý rur -J.ncs
aà
;12 C.coús cujo s L
titlares eram3 pessoas lísicas '. Ilouve tamibém cerca de 350 (trezentas e cinqüenta)
trasfeêncasa débito da RENDA e a crédito da PAX, i4ý,o é, aquelas correspondentes às
'endas em bolsa. Como é típico da "garimpagem", a RENDA era sempre (e somente)
-,endedíora de ações nos mercados organizados: todas as i87 (cenito e oitenta e sete) notas de
corretagem da RENDA do ano 2000 a meados de 2006, sumarizadas nas planilhas.das fIs.
.S4 a 1437, apresentam saldo credor. Nesse período, houve uma, única compra de ações em
bolsa, emn que a RENDA adquiriu ações de companhfias telefónicas no valor de R$ 4 mil (fls.
.15[8 e- 159). Por sua vez, as vendas em mercados organizados superaram a cifra de R$ 4,3
imnilb'5es (fl. 1437).
17, Para valorar o lucro auferido nas operações sob análise, a GFE-2 soliícitou que a
RENDA apresentasse o "histórico da posição de títulos e valores nos Últimos circo anýos",
discriminando "o que foi adquirido, quando.foi adquirido, valor pago, de quemfoi adquirido"
Documento recebido eletronicamente da origem
(fl. 140). Em resposta, a RENDA apresentou as planilhas das fls. 141. a 145, por mecio das
As 4000 transferências ocorridas no ano de 2001 equivalem a uma média de 330 (trezentas e trinta)
trarisferências por mês. A média das transferências é aqui tomada como uma das medidas indicativas dos
esforços concatenados da PAN e da RENDA paro auferirem lucros significa,,tivos por meio do, "garimfpagem" de
12.Em 2000, computando-se tanto os reg-istros da ICLC canto os da CBL.. ocorreram cerca de 9.'70C (oe.
setecentas) transferências e no ano de 2004 ocorIccam cerca. de 8.300 (oito mil e trezentas).
Ru~aSeitede Setembro, 111 /2' Andar, Centro -Rio de Janeiro - RJ - CEP:20050 901 -Brasil Tel.: (21) 32386UB - http:!!o'W .'V
5ýýÚ,rintendência Regional de São Paulo: RuaCincinato Braga, 340 - 2', 3' e 4' andar,2. -59 01333-010 - Bela Vista - São PaulO - SP B'
qr - l.; lh 21-462000
'-Spc'e;idência. Regional de Brasilia: 501 Q.02 -BL_A - Ed. Cý.porate Financiat Center -S5-404 - A1Andar - CEP:70712-900 - Bí'i~ ',, - Biasil - 1,4.: f611) 332720.30/332;'2031
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PR (iES à'OAD1N1MSTRATPv ý;, S.61,.NCJ0NAD0k
CONSO.JDA.ÇÃO DO TER '10 DE ACUSAÇÃO iL2~
1SP-201>8-40, COM iiU AM.Nj
PROPOSTO PELA4 PFECIM
N
na pianilhia intitulada "Ações do BEC "3, Constam o.s nomes de-44 (quarenta e
quatro) pessoas, -.Tý*.re os quais o do reclamante citado no item 4. Todas elaýs
venideram suas ações par?, a RENDA por meio de negoi.açõ,-es privadas e comn
deságio. Posteriormeinte, a RENDA se proporia a ressarcir es5ãas pessoas (fis.
141, j.46 a 150: item 20);
20. A RENDA adquiriu com deságio ações do BEC de outras 42 (quarenta e dua.s)
pessoas, entre outubro de 2003 e abril de 2006 (fi. 141)17, segundo ela mesma informou
depois de publicada Siop Order em que figurou como uma das pessoas implicadas (Ato
Declaratório CVM n10 9280, (te 27/04/07). Em carta de 01/06/2007, firmada por FRANCISCO
DE USMAR DE Q1_UEIRIÓS, a RENDA informou que ressarciria essas pessoas, dlevol.vendo o
valor do deság-io corr;--ido pela variação do IGP-M (fis. 146 a 150). Indagada a, respeito por-
meio dos Ofícios CVM/SMI/GMiN/N 01 112/08 e 126/08, de 19/06 e 24/06/2008,
respectivamente (ffis. 1370i e 1421), a RENDA alegou que apesar dos seus esforços, somicente
havia?. conseguido ressarcir uma das quarenta e duas pessoas prejiudicadas, além do reclamaante
0.Banco do Estado do Ceará.
14 Ver Tabela 4 (item 21).
1~Segundo o relatório de movimentação de ações em custódia emiitido pelo Sistema de Liquidação e Custóiia da
Documento recebido eletronicamente da origem
-,1.LC (fis. 406 a 518). houve cerca die 2.500 (duas il e qairlhentás) transfer,-éncias na conta de cýust0diai de
ANDRÉA JUCÁ TERCEIRO na PAX somente no ano de 2004. Chama-nos a atenição, ainda, o fato de
ANDREA ter transferido açõesý. p:ara a RENDA (fis. 426, 4'.1, 499 e 500) e vice-ver-sa (fi. 433).
"R$ ,. milhão e R$ 244 mil. respýctÍvamente.
i7Aj m-aior parte dessas aç.ões foi vendida riO poreg.ão dte 22/0512006, tendo gerado um crédito de R$ 296.9rrmil (11.
1.94*. parte desse valor (Ri, 195 ii) foi osada para quitar um adfiantamento que a RENDA hiar--Lebidoda suaw
coirmri PAX (fls. 180, 194, 199 e 204). Esse adiantamento e, outros va--lores do balancet2e da JEN...A. de
31/05/2006, foram questionados pela GMN,,, por meio do seu Oficio ~V IiSMI/GMvN/N 0 003,'2008 -(fís. !77ý
178), Cujaý resposta encontra- se às tIs. 1.79 a 212.
5ýide: Rua Sete de Setei:ibro. 111 ' 2' .sncia, . Cetro 'Rio dF janeiro - Rj CEP:Z00S0-90< BrasÍi*rel,:21)M 233866 t!wvwcmg.O
Sui:erirte;)dênscia Reeicnrý, d-eS'ãoPaulo: Rua Cincinato Braiga, 340 -' 2',, 30 e 4' andares CEP 0 i3,33-010 'Bela vista soPaulo -SP' -Brasil .Tel.: 'i11'2; 462ú00
Supertendênciíe Repiona: de Br2a.iifia: SCN, 0. 02 BI. A- Ed.Cormroate Finan,,ie1 Cenpter - 'S-40,1 - 4' Anwa - CEP' -ý17 2-900 - Bras17a -5DF. ras4t ,l. : é6 Aí75 3iA27
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UVIV Com issão de Valores Mobiliários
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PROCESSO ADMINISTRATIVO SAN CIONADOR
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N&CVM SP-2008..40, COM ÀDITAM, zoP 1<
PROPOSTO PELA PFE-CVM 1
22. Instada a se manifestar sobre os fatos relatados nos itens 14 a 20, nos termos do
Ofício CVM/SMI/GMN/N 0 153/07 (fis. 173 e 174), a RENDA, representada pelo sócio-
gerente IELTON BARRETO DE OLIVEIRA, alegou que as operações envolvendo ações de
companhias telefônicas tinham por objetivo a montagem de uma carteira própria de ações.
Acrescentou que isso não era atividade estranha ao objeto social pois o mesmo previa a
participação no capital de outras empresas (fi. 175). Com relação à negociação envolvendo
ações do Banco do Estado do Ceará (BEC), a RENDA declarou o seguinte: que essa decisão
[comprar ações do BEC] deveu-se a um apelo informal da associação dos funcionáàrios do
Documento recebido eletronicamente da origem
BEC, para a possibilidade de uma voz ativa no processo de privatização pelo qual o Banco
passariae que garantiriaumi melhor tratamento aos minoritários(fl. 175).
18 JerônimoAlves Bezerra foi autorizado a exercer a atividade de agente autônomo de investimento, nos mioldes
da Instrução C\JM n' 434/06. Por essa razão, por meio do Ato Declaratório CVM n0 9655, de 20/12/2007. seu
nome foi excluído do Ato Declaratório CVM n' 9361, de 20/06/2007 (fl. 186).
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(k~J, CVM Comssãode V~Iores Mobiliários
9PF'
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CONSOLIDA ÇAO DO TERMO DE ACUSAÇAO N~ CVM SP-2008-40, COM ADIT ~MD 3Ki~
PROPOSTO PELA PFE-CVM
23. A RENDA não negou ter negociado ações de companhias tel fomcas e do B ~
Tentou, contudo, ainda que sem apresentar qualquer comprovação, descaracterizar a
a RENDA não informou por qual razão compra': a quase que exclusivamente
ações de companhias telefônicas por meio de negociações privadas e as alienava em bolsa de
valores num curto espaço de tempo, nem explicou como esse modus operandi se coadunaria
com a montagem de uma carteira própria ou a participação no capital de empresas;
19
ii. a RENDA se omitiu quanto ao volume expressivo de negócios com ações de
companhias telefônicas adquiridas de ANDREA JUCÁ TERCEIRO e ANA ANGÉLICA
ADERALDO JUCÁ (item 18, "ii").
a RENDA quer fazer crer que não tinha interesse na aquisição das ações do BEC e
que apenas atendeu ao "apelo informal" do seu cliente (item 22). Essa lacônica explicação
nos induz a imaginar que havia uma prévia relação comercial entre ela e a tal associação,
uma relação de confiança denunciada inicialmente pela expressão "apelo informal", O próprio
FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS, na já citada carta de 01/06/2007, utilizou duas
vezes a expressão "clientes da RENDA" ao se referir às 42 pessoas dessa associação de
funcionários do BEC e ao reclamante Sr. JOSÉ BISMARQUE COÊLHO GUERRA (fi. 146).
Que relação comercial seria essa entre a RENDA e a associação dos funcionários do BEC?
De que maneira a associação de funcionários do BEC ganharia a alegada força ("voz ativa")
no processo de privatização ao vender suas ações com deságio para a RENDA?
ii. considerando que o grupo econômico do qual a RENDA fazia parte era também
Documento recebido eletronicamente da origem
integrado por uma sociedade corretora de valores mobiliários a PAX inevitável indagar - -
por qual razão a RENDA, e não a PAX, teria sido procurada pela associação de funcionários
do BEC, informalmente, para tratar de assunto que envolvia negociação de ações. Nas
palavras dos signatários do Relatório de Inspeção CVM/SFI/GFE-2/N 0 01/07, o fato aqui
estranhado encontra a seguinte explicação: não é admissível que pessoas (naturais ou
jurídicas) procurem a corretora [PAXJ para vender suas ações e sejam. encaminhadaspara
19
R$ 1,3 milhão. &
Sede: RuaSete d~ Setembro, iii ir Andar- Centro - Rio de Janeiro - RJ- CER:20050-901 -Brasil Tel.:-(21) 32338686- http://wwwcvm.gov.br
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11/19
M
V"IComnissão de k/aores Mobi:6iários
Prote enOr ,quemÍlvi .t nn figfrt dn flrflçi/
PROCESSO ADMINU4STRATIVO SANCIONADOR1
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N- CVM SP-2008-40. COM D4JANINT
PROPOSTO PELA PFE-CVM'
vendê-las a outra sociedade do mesmo grupo, no caso a RENDA, e sejam, remnrat, dos el
metade do preço de mercado, ao invé,%s de vendê-las em bolsa por intermé,,dio da.[-AX (fl. 73,
§24);
iii. é notório que RENDA e PAX se confundiam, seja pela localização comam, seja
pela liderança de um mesmo dirigene, seja pelo mesmo escopo operacional. A esse respeito,
manife,,4ou-se a GFE-2 nc. segumntes termos: destacamos, ademais, que as irregularidades
ora descritas somente são [eram] possíveis porque o diretor das duas sociedades (PAX e
REN!-DA ) é o mesmvo, o Sr. FRAN\CISCO DEUSMAR QUEIRÓS. Destarte, uma vez que a
R.E YDA e a P VX atuam [atuavam] em conjunto, no mesmo espaço físico, e .-dób a direcão de
um mesmo representante, concluímos que a RENDA c [,eraí pessoa vinculada à ýPAX. (fl. 73,
§27),
2.5. Instado a prestar esclarecimentos sobre os fatos relatados nos itens 14 a 20,
FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS, sócio-gerente e principal cotista tanto da RENDA
quanto da PAX. alegou que sua participação na RENDA se dava como sócio capitalista,
sendo todo e qualquer ato ou fato administrativo decorrente da gestão, da responsabilidade
do sócio JELTON BARRETO DE OLIVEIRA, a quem competia à gestão da sociedade,
Tgnoassim, ao meu [seu] conhecimento as deliberações da gestão (fis. 213 a 215).
26, Mister consignar aqui que, à luz dos autos, FRANCISCO DEUSMAR LDE
QLTEIRÓS era o gestor de fato, tanto da, PAX como da RENDAý-. As circunstâncias seguintes
corroboram essa posição:
iv. E]e manteve contato com esta CVM para remeter certos documentos e tomar
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vi, Ele era o sócio-responsável da RENDA junto à Receita Fedteral (,l 153). (
Sede: Ria Sete de Setembro, 11 12' Andar - Centro.. Rio deia.e'ro. - R.1-CEP:20t)ýC-9G1 - Brasi[ Tel.: (21~ 323M8. - httio: / i~ cvuigovbi
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C IM (ornValore Mob4i-o~íki
27. .1nstada a se manifestar a respeito dos f-atos relatados nos itenis 1i 4 20, MtVAMRA
AURICELIA ALVES DE QUEIRÓS, sócia-gcente da RENDA, alegou que não exercia
função de gerência. Segundo ei a, sua 'participação minoritári a de 1,11% no capital da RENDA.
se dava na condição de sócio-capitalista. Ela apontou IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
como o gestor (de fato) dessa sociedade. Ela tamnbém declarou qu,,e.er-a de -,eu conhecimento a
decisão de montar carteira própria de ações P.9 RENDA, oni-Lidk.-se, contado, quanto ao
modus operandipara a composição dessa suposta carteira bem come, sobre as aquisições (com
deságio) das ações de emissão do BEC. '.e resto, TV AIA AURICELIA ALVES DE
QUEIROS informou que nunca realizou 1,etirada a !,tulo de pro labore. Saliente-se que
nenhum documento foi apresentado à guisa de subsidiar ou comprovar essas d'eclarações (fis.
217 a 224). Não obstante, não há elementos suficientes nos autos para oferecer acusação
contra essa senhora pelo exercício irregular da atividade de mediação e distribuição de valores
mobiliários, cuja suspeição se deu por causa de ela ter sido sócia-gerente da RENDA.
28. Finalmente, importa abordar um último aspecto que foi levantado na inspeção
citada tio item 5, qual seja: que a PAX teria burlado o disposto no art. 50 da Instrução CVM n<>
i1..7/90, ao supostamente ter se valido da RENDA para operar carteira própria de ações (fi. 73,
§27). O art. 40 dessa norma, com redação dada pela Instrução. CVM nO 173192, atoriza as
soý:iedadk-s co1,1e toJas a operare.m "carteiraprópria de arsinýobiliárii-os..em quais-quer
modalidades, nos mercados de bolsa ýýde balcão, até o limite de seu patrimônio líquido
ajustado, apurado com base no mês imediatamente anterior, de acordo com as normas
contidas no Plano Contábil das Instituições do Sistema FinanceiroNatcional (COSIF)." Os
balanços patrimoniais da PAX (fls. 257 a 308) não permitem identificar o montante aplicado
em todas as modalidades de carteira própria de valores mobiliários nos mercados de bolsa e
de balcão nos períodos a que se referem, nem tampouco fornecem os dados analíticos para
eIfetuar o necessário cálculo do patrimônio líquido ajustado2 0 Além disso, não estão
disponíveis esses mesmos dados em relação à RENDA, os quais teriam que ser computados
em conjunto com os da PAX, com -vistas a se confirmar a suspeita de burla da Instrução CVM
r' 117/90 por parte dessa corretora. Portanto, vê-se que não há nos autos elementos
conclusivos em relação a essa aventada burla. Essa falta de elementos conclusivos não foi
suprida (a posteriori) justamente porque nos parece cristalino que as compras e vendas de
ações da RENDA não se coadunam com a,montagem de uma carteira de ações, mas são antes
compatíveis com a atividade de "garimpagem" de ações, caracterizada pelo alto giro dos
papéis, com ingresso freqüente, por meio de transferências em contas de custódia, de
pequenas quantidades de ações adquiridas em sua maior parte de pessoas físicas, pela
miontagem. de lotes mais significativos e por sua subseqüente venda. em bolsa.
Documento recebido eletronicamente da origem
20 patríiônio flíquido alustado (PIA , ou patrimnino de referênojýa (PR, l ado aaaua dos irie
operacionais das instituições fin-ance'as e demiais instituicões auitorizadajs a funcionorar pelo Banco Centra]l do
resol.uçã vor
802<) dal~ atula dos, nínei o 1444/1cdo CMI{Ínrýo ofni oiii'-yirt sýbek.ion
rasil. Se na!o
2802/00 da soaw; d(os níveis1 uãon e doarm0,cN om rgnier saeeion
21Ver Tabela 4 <itelii 21),
sede: Ru,í .-etZ;oe'3 te.m.ro, 1l1 ! 2' Amlar - Centi c - Rio de Jeaêni'o - RJ CEP:20050-901 . BrasOt'et.. t 323 356Ú£5. n ttio:;'vL rn 0,b
Simehrrtendência Reguí:n.' de São Pauto: Ruaflecinato Brapa, 340 21. ý e -08,dares - CEP-:';333-010 - Beta.Vi.:a *.SOe_ Pa;iíc - SP- 8,rasi -e. 214w n
Supíiít:i4rO~Rgi,;ial de BiFrsffia: SCNq. 02 .BI. A' - d. Ce'o:ate ;'na.nciat Ceríter .5-4u4 -A Anaur - CEiP: 707/t2-9,00 '6h. nI e (.' ~.!
M.72 ,
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UVVM Comissão de Valores Mobiliários
no buh'Lrn, de Brasil
Pr tpcno uem ini,pst,
PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCION.ADOR
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N2 CVM SP-2008-40, COM ADITAMEý,TO
1$ '
PROPOSTO PELA PFE-CVM
PAX quanto seu diretor de mercado, GERALDO DE LIMA GADÊLHA FILHO (fJis. 244 a
250).
30. Diante de indícios de crime de ação penal pública, tendo em vista o quanto
apurado nos Processús Administrativos RJ2006-4079 e RJ2006-7205, comunicou-se c.
Ministério) Pulblico nos termos do Ofício/CVM/SGE/N 0 971/2007 (fl. 164) ao qual foi anexada
cópia integral do PA. RJ2006-7205.
III - DA CONCLUSÃO
31. Não foram encontrados nos autos elementos suficientes de materialidade para
indiciar as pessoas cujos nomes estão citados na tabela seguinte, pois embora tenha havido
algumas transferências de ações em datas posteriores às das publicações dessas Stop Orders,
não ficou caracterizada a retomada da atividade de intermediação de valores mobiliários por
essas pessoas. Instadas a se manifestarem a respeito, os respondentes alegaram, via de regra,
que as transferências ocorridas após as Stop Orders se fizeram necessárias para garantir o
sustento pessoal ou da família. Assim se manifestaram os srs. CARLOS ALBERTO
RIBERO (citando Regina Helena Ribeiro Feiieira, sua irmã, e Isabeile jucá Ribeiro, sua filha
- ver item 12, "i"), ISABELLE JUCÁ RIBEIRO, REGIE4A FÁTIMA DE SOUSA JUCÁ
(citando Regina Helena Ribeiro Ferreira, sua cunhada), ROBERTO \VELBY TERCEIRO e
ANDRÉA. JUCÁ TERCEIRO (fls. 165 a 169, 225 a 235).
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Paulo: RuaCiscinato Braga. 340 - 20, 30 e 40 andares - CEP: 01333-010 - Bela Vista - São Paulo - SP- Brasil - Tel.: (11) 21-462000
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C M Comissão de Valores Mobiliários p
Prtegendo quemn investe no futuro do BrOsí! SCO ~ R~L~
32. Não há elementos suficientes nos autos para oferecer acusação contra LUCIANA
DA SILVA LOPES NOGUEIRA pelo exercício irregular da atividade de mediação e
distribuição de valores mobiliários, cuja suspeição se deu por causa de seu nome ter figurado
entre os outorgados em instrumentos públicos de procuração utilizados pelas pessoas citadas
na Tabela 1 do item 8, para transferirem ações adquiridas fora de bolsa (item 9, "ii"). Não foi
possível obter sua manife-ztaç,~o3 a respeito', pois a mesma não foi encontrada no endereço
cadastrado no banco de dados do SERPRO (fls. 237 a 239).
33. Não há e!ementos svficientes nos autos para oferecer acusação contra MARIA
ALTICÉLIA ALVES DE QUEIRÓS pelo exercício irregular da atividude de mediação e
distribuição de valores mobiliários (item 27).
34. O exposto nos itens 14 a 27 indica que a RENDA praticou, habitual, organizada
e irregularmente, a atividade de mediação ou corretagem de valores m--obiliários, tendo
violado, por conseguinte, o art. 16, 111, da Lei no 63 85/76 como também o art. 40 da Instrução
C'VM no 355/01, falta considerada grave 22segundo dispõe o art. 18 dessa Instrução. Os autos
demonstram que a RENDA. era uma entidade que atuava no mercado marginal, em que
comprava ações por meio de negociações privadas (especialmente as de companhias
teleIfôni.cas) para, em seguida, aliená-las em bolsa de valores (Itens 15 a 18). Além disso, a
RENDA intermediou de maneira irregular as ações de emissão do Banco do Estado do Cec1,rá
(BEC de titularidade do investidor JOSÉ BISMARQUE COELHO GUERRA, tendo ela
ainda adquirido, fora de bolsa e com significativo deságio, ações dio BEC de outras 42
(quarenta e duas) pessoas, no período compreendido entre outubro de 2003 e abril de 2006
(itens .19 e 20).
35. Com relação a PAX, em vista do disposto nos itens 9, 15 "ii", 16, 19, 24 "ii" e
"irii, conclui-se que ela permitiu o exercício das atividades de mediação ou corretagem por
pessoas não autorizadas pela CV M para esse fim23 , e também utilizou ou contratou pessoas não
integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários em atividades próprias dele. Basta
levar em conta que entre as IMPLICADAS2 encontravam-se a RENDA e a ANDRÉA. A
primeira era, na verdade, a entidade por meio da qual o grupo econômico por ela integrado
perpetrou as lucrativas operações irregulares entre 2000 e 2005 (item 17). Repisamos aqui que
a PAX, sociedade corretora de valores mobiliários, encaminhava para sua coirmã, RENDA
pessoas interessadas em vender ações (item 24, "ii") e que essas operações geraram um lucro
de R$ 2,8 milhões (item 17). ANDRÉA, por sua vez, manteve vínculos comerciais
indistintamente com a RENDA e com a PAX: as ações adquiridas no mercado marginal eram
vendidas em bolsa por intermédio da PAX, mas parte delas ANDRÉA transferiu para a
Documento recebido eletronicamente da origem
RENDA, sendo certo que houve também transferências de ações da RENDA para- ANDRÉA.
(Item 18, "ii"). A conduta da PAX tipificou completa desobediência às vedações do art. 13, 1,
"c" da Instrução CVM no 387/03, constituindo-se falta grave segundo previsão do art. 23 desse
23 quais sejam: Andréa Jucá Terceiro, Isabeile Jucá Terceiro, Vera Lcad iv oe ouia ed
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PROCESSO AD1.tINISTRATJ VC SANCI( NADOR(
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CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO Nã CVM SP-2OO& 40, COM ~
PROPOSTO PELA PFE-CVM
normu-ativo, como também. violou o item 11 da Deliberação CVM n 372/0-1. o a-rt lj a,
Instrução CVM n' ý348/01l.
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SuDer iItendéêncieý Regional de São Pauto. Rue Cincinato Biraga, 340 - 2.3 * 4' andaies - CEP:0-1333-0*W Bela Vistaí Sãi Paulo -. SP- Pi asii - Tci.: 21462000
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Cv Comissão dekValores Mobiliáio
Protegendo quem investe no futuo do Brasil
PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR (0<> o X'e
CONSOLIDAÇÃO DO TERMO DE ACUSAÇÃO N2 CVM SP-2008-40, COM ADITAME N TO.U',,--
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IV - DAS.RESPONSABILIDADES
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SuDoer Q. 02 - 01.A - Ed. Corporate Financial Center - 5-404 - 4' Andar - CEP.70712-9M0 Brasília -DF - Brasil Tel: (61 ) 33277030/3327,7031
intendência Regional de Brasília: SCN,
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I
UVIVI Comissão dc Valores Mobihà rios
Prntegenao quem ifl~&STC !7wtu. d~~~~sI!
39. Cumpriu-se o disposto no art. 11 da Deliberação CVM n0 538/08 por meio das
coliTespondencias apensas às fis. 165 a 250.
$d:~: RuaSete de Setembro, i~l-/ 2~ Andar Centro -Ric de Janeiro RJ CEP: 20000-901 ~ra~d fel 32338ô66 títtp.i/wwwcvn:.pov.br
.Deriirtendenda Regianal de São Paulo: Rua Cincinato Braga, 340- 2, 3~a 4~arid~res- COR:0~333010 0eI~ Vista Pauio - 00- Ilrasíl ¶W.: (11) 21462000
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CVMComissão de Valores Mobiliários
Protegendo quer investe no ftutiro do Brasil
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CONSOLIDAÇAO DO TERMO DE ACUSAÇAO N2 CVM SP-2008-40, COM ADITAM£NTO'<',
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Marcelo Leal
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Regional Oliveira
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,,. Sa/,>, (e-STJ Fl
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TERMO DE COMPROMISSO
1/3
(e-STJ F
* 1 N. S a 1)o
oo
o
Termo de Compromisso celebrado no âmbito do PAS SP2008/0040. . \<
Cláusula 2' - O pagamento previsto na cláusula anterior será feito por meio de \'x
Guia de Recolhimento da União (GRU) e efetuado no prazo de 10 (dez) dias
contados a partir da data de publicação do presente documento no Diário Oficiai * F.-__
da União. A Guia de Recolhimento da União - GRU, disponível no sitè\. çyý
www. stni.fazenda. gov. br, obedecerá os códigos 173030 para Unidade Favorecida '
Cláusula 8» - Uma vez cumpridas todas as obrigações ora pactuad as, conforme
devidamente atestado pela SAD e homologado pelo Colegiado da CVM, o PAS
será definitivamente arquivado em relação aos COMPROMITENTES.
2/3
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F C EUS D mós ~
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GERALDO D G EL ILHQ,..............................................
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Testemunhas:
CPF: CPF: ~ ~
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O.ESP
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- .
'~fi2~AV6 8108
) 411
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Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
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Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
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Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
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Marcelo Leal de Lima Oliveira - Advogado
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PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Francisco Roberto Machado - 1ª Turma
DECISÃO
Relatei, decido.
1/2
Ab initio , verifico que as razões aqui deduzidas não foram analisadas pelo TRF5 em grau de apelação,
não integrando também as razões da defesa dos recursos apresentados perante o STJ, onde hoje tramita a
Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100. Desse modo, compete a este Tribunal processar e julgar este
writ , destacando-se que, conforme pacífica jurisprudência do STJ, não cabe Habeas Corpus substitutivo
do recurso legalmente previsto para a hipótese, prestigiando o sistema recursal e impondo o não
conhecimento da impetração, salvo, contudo, quando constatada a existência de flagrante ilegalidade no
ato judicial impugnado [1] .
Portanto, cumpre examinar se o não enfrentamento das questões ora apresentadas pela defesa, todas
relacionadas à dosimetria das penas impostas aos pacientes, configura flagrante ilegalidade a ensejar a
modificação do julgado.
Nesta fase de cognição sumária, em que se pretende provimento liminar, tenho que é inviável o exame
das teses apresentadas pelos impetrantes, porque exigem exame detalhado e rigoroso das provas
constantes dos autos da Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100, o que será feito, amiúde, quando de
seu julgamento pelo órgão turmário.
Além disso, não me parece presente, neste azo, o requisito do perigo da demora, porque inexiste risco
eminente das penas serem executadas. Afinal, a decisão condenatória, proferida na Ação Penal nº
0012628-43.2010.4.05.8100, ainda não transitou em julgado. E, mesmo que se pretenda executá-la
provisoriamente, tem-se que, nos autos do HC nº 0802530-35.2018.4.05.0000, apreciado em 28/06/2018,
a Primeira Turma deste Tribunal concedeu parcialmente a ordem em favor de FRANCISCO DEUSMAR,
suspendendo aludida execução até o julgamento final, pelo STJ, do Pedido de Tutela Provisória nº 38 no
REsp nº 1.449.193/CE, com a extensão da ordem aos corréus IELTON, GERALDO e JERÔNIMO.
Portanto, enquanto não transitada em julgado a decisão proferida naquele pedido de Tutela Provisória
perante o STJ, inexiste risco que voltar a correr as Execuções Provisórias propostas em face dos
pacientes.
Neste contexto, sem prejuízo de reexame em razão de fato novo, impõe-se o indeferimento do pedido
liminar, anotando-se que, como se trata de ação de rito célere, inclusive sendo dispensada a inclusão em
pauta de julgamento, o feito, depois de regularmente processado, será apreciado pelo Órgão Colegiado,
oportunidade em que as teses defensivas poderão ser exaustivamente analisadas.
Intime-se a defesa acerca do teor desta decisão, bem como para que traga aos autos, no prazo de 5 (cinco)
dias, o Termo de Acusação CVM/SP nº 2008-40 e o Termo de Compromisso de fls. 302/304 (autos
principais, Volume III), ambos citados na denúncia e na sentença, bem como as atas de audiência dos
interrogatórios dos pacientes prestados na Polícia e em Juízo.
Oficie-se ao Juízo originário, para prestar as informações de estilo, no prazo de cinco (05) dias.
[1] HC 442.865/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2018, DJe
28/06/2018.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
ENEIDE FONTES RIBEIRO DE ALBUQUERQUE - Diretor de Secretaria
18081514543193500000012026928
Data e hora da assinatura: 15/08/2018 14:55:49
Identificador: 4050000.12047173
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 18/08/2018 23:59, o(a) Sr(a) Marcelo Leal de Lima Oliveira foi intimado(a) acerca
de Decisão registrado em 09/08/2018 13:55 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 19/08/2018 00:00 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 19/08/2018 00:00:55
Identificador: 4050000.12091702
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 5ª REGIÃO
Documento assinado via Token digitalmente por FERNANDO JOSE ARAUJO FERREIRA, em 22/08/2018 16:35. Para verificar a assinatura acesse
Ref. Processo nº 0811322-75.2018.4.05.0000
Classe : Habeas corpus
Impte : Marcelo Leal de Lima Oliveira
Pacte : Ielton Barreto de Oliveira, Francisco Deusmar de Queiros e
Jeronimo Alves Bezerra
Impdo : Juízo da 11ª VF da SJ/CE (Fortaleza)
Relator : Desembargador Federal Francisco Roberto Machado – 1ª
Turma
Parecer nº 15.235/2018
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
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I. Relatório
Documento assinado via Token digitalmente por FERNANDO JOSE ARAUJO FERREIRA, em 22/08/2018 16:35. Para verificar a assinatura acesse
BARRETO DE OLIVEIRA, FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS e
JERONIMO ALVES BEZERRA contra a fixação da pena imposta na
sentença. Aduz ter havido bis in idem na dosimetria com relação à
“habitualidade delitiva”, inadequada individualização e omissão no
reconhecimento da atenuante da confissão espontânea (art. 65, III,
“d”, do Código Penal).
II. Fundamentação
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incorresse em alguma omissão. Nessa hipótese, se persistisse o vício,
caberia recurso especial por ofensa ao art. 619, do CPP.
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apresentados no recurso especial interposto pela defesa. Nele, alegou-
se:
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(...)
A ampla devolutividade da apelação deve ser entendida como a
possibilidade de extenso e profundo revolvimento dos elementos
fático-probatórios constantes dos autos, assim como a possibilidade
de reexame ex officio de nulidades insanáveis e flagrantes
ilegalidades ocorridas no processo, por se tratar de matéria de ordem
pública, o que não se equipara a um suposto dever do julgador de
reexaminar, de ofício, toda a parte da condenação desfavorável ao
réu. Esta Corte tem entendido que a extensão da devolutividade da
apelação encontra limites nas razões do recorrente. Precedentes: HC
315.867/DF, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado
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Ainda que o recorrente aponte como ato coator uma decisão do
Tribunal de Justiça de Roraima, o fato de ter sido a decisão do
tribunal a quo mantida por órgão fracionário desta Corte alça
a Turma deste Tribunal à condição de novo órgão coator, em
face do efeito substitutivo do julgamento de mérito.
A concessão de habeas corpus de ofício, no bojo de embargos de
divergência, encontra óbice tanto no fato de que nem o Relator tem
autoridade para, em decisão monocrática, conceder ordem que, na
prática, desconstituiria o resultado de acórdão proferido por outra
Turma julgadora, como tampouco a Seção detém competência
constitucional para conceder habeas corpus contra acórdão de Turma
6/15
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Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz
federal;
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relacionadas ao delito ou à pena. Nesse sentido:
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o caso valendo-se de fundamentação legal diversa da
apontada pelas partes no processo, desde que atento ao
princípio do livre convencimento motivado e aos limites da
questão que foi devolvida ao seu conhecimento. A
obrigatoriedade da manifestação do tribunal sobre
determinado tema não aventado previamente pela defesa
decorre do fato de que a matéria é de ordem pública, e não da
característica da ampla devolutividade da apelação, até
porque tal ampla devolutividade não traz consigo o poder de
adivinhar o que o réu não pleiteou e nem tampouco de se
sobrepor a seu pedido. Se assim fosse, não existiriam
hipóteses de julgamento ultra ou extra petita. Precedente: HC
9/15
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valores mobiliários:
(…)
IV - sem autorização prévia da autoridade competente, quando
legalmente exigida:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
1 PRADO, Luis Regis. Direito Penal Econômico, São Paulo: Revista dos Tribunais,
2016, versão digital.
2 BITENCOURT, Cezar Roberto. Crimes contra o sistema financeiro nacional e contra
o mercado de capitais. São Paulo: Saraiva, 2014, versão digital.
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que mantido pelo acórdão que a substituiu, inexiste ilegalidade,
muito menos flagrante que autorize sua revisão pela via estreita do
habeas corpus. Vejamos, com relação à primeira fase da dosimetria
da pena, o seguinte excerto da sentença mantida pelo acórdão dessa
Colenda Corte Regional:
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Documento assinado via Token digitalmente por FERNANDO JOSE ARAUJO FERREIRA, em 22/08/2018 16:35. Para verificar a assinatura acesse
Por fim, como pedido subsidiário, a defesa pugna pela nulidade
da sentença, aduzindo que não houve individualização efetiva da
pena, uma vez que o exame das circunstâncias judiciais teria sido
idêntico para todos os acusados.
Não assiste razão à defesa. Da leitura da sentença, constato que
o douto magistrado adotou corretamente critérios para a fixação da
reprimenda, em observância ao sistema trifásico, examinando
separadamente para cada acusado as circunstâncias judiciais,
atenuantes e agravantes e causas de diminuição e de aumento.
O fato de a avaliação de algumas circunstâncias judiciais
mostrarem-se desfavoráveis para mais de um réu não pressupõe
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culpabilidade.
No apelo, argumenta-se ainda que o juiz majorou a pena-base
com base na “plena e elevada consciência de antijuridicidade dos
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atos”. Apesar desse fundamento não ser elemento que justifique
aumento da penabase, por ser a antijuridicidade elemento essencial
ao crime, percebe-se que o julgador menciona este fundamento, mas o
que pesa em desfavor do réu é a culpabilidade que, pelos argumentos
acima expostos, deve mesmo ser avaliada negativamente.
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 5ª REGIÃO
(cinco) operações de venda de ações por mês e nos anos 2001 e 2004,
a média mensal foi de 4 (quatro). Essas médias, no entanto, não
refletem o vigor com que a RENDA, por intermédio da PAX, praticou a
atividade de intermediação irregular de ações (“garimpagem”) - e às
Documento assinado via Token digitalmente por FERNANDO JOSE ARAUJO FERREIRA, em 22/08/2018 16:35. Para verificar a assinatura acesse
fls. 345 - “ademais, cabe lembrar que, no caso dos autos, somente no
ano de 2001 foram realizadas cerca de 4000 (quatro) mil
transferências de ações a crédito da RENDA”.
Diante dessa reiteração, afasta-se a tese de impossibilidade de
aplicação da fração máxima prevista no art. 71 do CP, pois o elevado
número de crimes justifica tal incidência.
14/15
14/15
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PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 5ª REGIÃO
Documento assinado via Token digitalmente por FERNANDO JOSE ARAUJO FERREIRA, em 22/08/2018 16:35. Para verificar a assinatura acesse
preferindo silenciar em vários questionamentos relacionados à
denúncia, especialmente no que se refere à RENDA, senão vejamos
(fls. 242/244):
(...)
60. No que se refere à afirmação do acusado FRANCISCO DEUSMAR
QUEIRÓS de que a RENDA, na verdade, adquiria ações para
formação de carteira própria, tem que se desprovida de
razoabilidade. (…)
III. Conclusão
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO JOSE ARAUJO FERREIRA - Procurador 15/15 18082216355780500000012109885
Data e hora da assinatura: 22/08/2018 16:35:42
Identificador: 4050000.12130240
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 15/15
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL ROBERTO MACHADO,
Requer, também, que, o presente writ seja levado a julgamento na mesma sessão do Habeas Corpus n°
0802530-35.2018.4.05.0000 uma vez que a alteração da pena fixada para os Pacientes pode levar à
alteração do regime de cumprimento para o aberto, possibilitando, inclusive a aplicação de penas
restritivas de direito.
1/2
[1] Art. 135. Poderão as partes e o Ministério Público Federal, antes do início da sessão, pedir preferência
para julgamento, requerendo, se for o caso, a sustentação oral.
(...)
§ 1º. Nos demais julgamentos, o Presidente do Plenário ou da Turma, feito o relatório, dará a palavra,
sucessivamente, ao autor, recorrente ou impetrante, e ao réu, recorrido ou impetrado, para sustentação de
suas alegações.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
Marcelo Leal de Lima Oliveira - Advogado
18082316592739400000012128056
Data e hora da assinatura: 23/08/2018 17:01:55
Identificador: 4050000.12148445
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR FEDERAL ROBERTO MACHADO,
DD. RELATOR DO HC Nº 0811322-75.2018.4.05.0000
1 Art. 135. Poderão as partes e o Ministério Público Federal, antes do início da sessão, pedir
preferência para julgamento, requerendo, se for o caso, a sustentação oral.
2 Art. 137. Não haverá sustentação oral no julgamento de:
(...)
§ 1º. Nos demais julgamentos, o Presidente do Plenário ou da Turma, feito o relatório, dará a
palavra, sucessivamente, ao autor, recorrente ou impetrante, e ao réu, recorrido ou impetrado,
para sustentação de suas alegações.
1/2
regime de cumprimento para o aberto, possibilitando, inclusive a aplicação de
penas restritivas de direito.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
Marcelo Leal de Lima Oliveira - Advogado
18082317012593200000012128061
Data e hora da assinatura: 23/08/2018 17:01:55
Identificador: 4050000.12148450
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 2/2
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Francisco Roberto Machado - 1ª Turma
DECISÃO
Vistos etc.
É firme a jurisprudência do STJ sobre a necessidade de intimação sobre a data de julgamento do Habeas
Corpus quando houver pedido expresso, sob pena de nulidade, em razão do cerceamento do direito de
defesa [1] .
Além disso, é certo que este writ e o Habeas Corpus nº 0802530-35.2018.4.05.0000 ( aguardando
apreciação de Embargos de Declaração, pautados para 30/08/2018 ) cuidam de aspectos decorrentes de
condenação nos autos da Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100.
Assim, d efiro o pedido de id. 12148450 , determinando a inclusão em pauta do presente writ , bem
como a reinclusão em pauta do Habeas Corpus nº 0802530-35.2018.4.05.0000, de modo que as duas
ações sejam apreciadas na mesma sessão da Primeira Turma deste Tribunal.
Intimem-se.
[1] RHC 99.166/PB, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2018, DJe
01/08/2018; RHC 94.147/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA,
julgado em 12/06/2018, DJe 22/06/2018.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
FRANCISCO ROBERTO MACHADO - Magistrado
18082317162275300000012128164
Data e hora da assinatura: 23/08/2018 18:09:52
Identificador: 4050000.12148553
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: Anastacio Jorge Matos De Sousa Marinho
ADVOGADO: Tiago Asfor Rocha Lima
ADVOGADO: Caio Cesar Vieira Rocha
ADVOGADO: Marcelo Leal De Lima Oliveira
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Francisco Roberto Machado - 1ª Turma
DECISÃO
Vistos etc.
É firme a jurisprudência do STJ sobre a necessidade de intimação sobre a data de julgamento do Habeas
Corpus quando houver pedido expresso, sob pena de nulidade, em razão do cerceamento do direito de
defesa [1] .
Além disso, é certo que este writ e o Habeas Corpus nº 0802530-35.2018.4.05.0000 ( aguardando
apreciação de Embargos de Declaração, pautados para 30/08/2018 ) cuidam de aspectos decorrentes de
condenação nos autos da Ação Penal nº 0012628-43.2010.4.05.8100.
Assim, d efiro o pedido de id. 12148450 , determinando a inclusão em pauta do presente writ , bem
como a reinclusão em pauta do Habeas Corpus nº 0802530-35.2018.4.05.0000, de modo que as duas
ações sejam apreciadas na mesma sessão da Primeira Turma deste Tribunal.
Intimem-se.
[1] RHC 99.166/PB, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2018, DJe
01/08/2018; RHC 94.147/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA,
julgado em 12/06/2018, DJe 22/06/2018.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
ENEIDE FONTES RIBEIRO DE ALBUQUERQUE - Diretor de Secretaria
18082318595510700000012131404
Data e hora da assinatura: 23/08/2018 19:05:58
Identificador: 4050000.12151803
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 23/08/2018 23:59, o(a) MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL foi intimado(a) acerca
de Decisão registrado em 09/08/2018 13:55 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/08/2018 00:00 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 24/08/2018 00:00:11
Identificador: 4050000.12155578
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 24/08/2018 10:42, o(a) Sr(a) Marcelo Leal de Lima Oliveira foi intimado(a) acerca
de Decisão registrado em 23/08/2018 18:09 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/08/2018 10:42 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 24/08/2018 10:42:47
Identificador: 4050000.12157253
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 24/08/2018 17:11, o(a) Sr(a) IELTON BARRETO DE OLIVEIRA foi intimado(a)
acerca de Decisão registrado em 23/08/2018 18:09 nos autos judiciais eletrônicos especificados na
epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/08/2018 17:11 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 24/08/2018 17:11:03
Identificador: 4050000.12163003
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 24/08/2018 23:59, o(a) MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL foi intimado(a) acerca
de Decisão registrado em 09/08/2018 13:55 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 25/08/2018 00:00 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 25/08/2018 00:00:27
Identificador: 4050000.12173834
2/2
PRR5ª REGIÃO-MANIFESTAÇÃO-15442/2018
Documento assinado via Token digitalmente por FERNANDO JOSE ARAUJO FERREIRA, em 28/08/2018 11:19. Para verificar a assinatura acesse
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO, IELTON BARRETO DE OLIVEIRA,
FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIRÓS, JERÔNIMO ALVES BEZERRA,
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR: DES. FED. FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Processo: Avenida Frei Matias Teves, Nº 65, Paissandú - Cep 50070450 - Recife-PE Prr5-cooradm@mpf.mp.br (81)21219800
0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
FERNANDO JOSE ARAUJO FERREIRA - Procurador
18082811203397600000012173777
Data e hora da assinatura: 28/08/2018 11:19:51
Identificador: 4050000.12194248 Pág. 1 de 1
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
PROCESSO Nº: 0811322-75.2018.4.05.0000
IMPETRANTE: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: IELTON BARRETO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: ANASTACIO JORGE MATOS DE SOUSA MARINHO
ADVOGADO: TIAGO ASFOR ROCHA LIMA
ADVOGADO: CAIO CESAR VIEIRA ROCHA
PACIENTE: GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO
ADVOGADO: ANASTACIO JORGE MATOS DE SOUSA MARINHO
ADVOGADO: TIAGO ASFOR ROCHA LIMA
ADVOGADO: CAIO CESAR VIEIRA ROCHA
ADVOGADO: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: JERONIMO ALVES BEZERRA
ADVOGADO: ANASTACIO JORGE MATOS DE SOUSA MARINHO
ADVOGADO: TIAGO ASFOR ROCHA LIMA
ADVOGADO: CAIO CESAR VIEIRA ROCHA
ADVOGADO: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
PACIENTE: FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS
ADVOGADO: ANASTACIO JORGE MATOS DE SOUSA MARINHO
ADVOGADO: TIAGO ASFOR ROCHA LIMA
ADVOGADO: CAIO CESAR VIEIRA ROCHA
ADVOGADO: MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA
IMPETRADO: JUÍZO DA 11ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO CEARÁ
RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Francisco Roberto Machado - 1ª Turma
Intime-se para a sessão de julgamento do(a) 1ª Turma a ser realizada em 20/09/2018 às 09:00:00 no(a)
Sala das Turmas - Pavimento Sul
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Assinado eletronicamente por:
SALVINO BEZERRA DE ANDRADE VASCONCELOS - Secretário da Sessão
18083113310143000000012221974
Data e hora da assinatura: 31/08/2018 13:50:51
Identificador: 4050000.12242539
Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.trf5.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam 1/1
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 31/08/2018 17:16, o(a) Sr(a) FRANCISCO DEUSMAR DE QUEIROS foi
intimado(a) do expediente registrado em 31/08/2018 13:50.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 31/08/2018 17:16 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 31/08/2018 17:16:59
Identificador: 4050000.12246721
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 31/08/2018 17:33, o(a) Sr(a) JERONIMO ALVES BEZERRA foi intimado(a) do
expediente registrado em 31/08/2018 13:50.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 31/08/2018 17:33 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 31/08/2018 17:33:35
Identificador: 4050000.12246859
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 31/08/2018 17:33, o(a) Sr(a) GERALDO GADELHA DE LIMA FILHO foi
intimado(a) do expediente registrado em 31/08/2018 13:50.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 31/08/2018 17:33 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 31/08/2018 17:33:46
Identificador: 4050000.12246860
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 31/08/2018 17:33, o(a) Sr(a) IELTON BARRETO DE OLIVEIRA foi intimado(a)
do expediente registrado em 31/08/2018 13:50.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 31/08/2018 17:34 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 31/08/2018 17:34:00
Identificador: 4050000.12246861
2/2
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO
PROCESSO: 0811322-75.2018.4.05.0000 - HABEAS CORPUS
Gab 5 - Des. ROBERTO MACHADO - 1ª Turma
RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FRANCISCO ROBERTO MACHADO
Outros participantes
MINISTÉRIO PÚBLICO CUSTOS
FEDERAL LEGIS
1/2
CERTIDÃO
CERTIFICO que, em 05/09/2018 14:17, o(a) Sr(a) Marcelo Leal de Lima Oliveira foi intimado(a) do
expediente registrado em 31/08/2018 13:50.
1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema Processo
Judicial Eletrônico - PJe.
3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 05/09/2018 14:17 - Tribunal Regional Federal 5ª Região.
Processo: 0811322-75.2018.4.05.0000
Data e hora da inclusão: 05/09/2018 14:17:43
Identificador: 4050000.12295345
2/2