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23/03/2021
Número: 5023231-06.2016.8.13.0702
Classe: [CÍVEL] PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Uberlândia
Última distribuição : 16/12/2016
Valor da causa: R$ 60.540,00
Assuntos: Competência do Órgão Fiscalizador, CNH - Carteira Nacional de Habilitação
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
JOSE CARLOS SILVA (AUTOR)
FERNANDO SUSIA LELIS JUNIOR (ADVOGADO)
ESTADO DE MINAS GERAIS (RÉU)
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO EST
DE M GERAIS (RÉU)
DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO DISTRITO FEDERAL
(RÉU)
WELBIO COELHO SILVA (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
16818106 16/12/2016 Petição Inicial Petição Inicial
08:51
16819119 16/12/2016 PROCURAÇÃO Procuração
08:51
16819138 16/12/2016 DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIENCIA Declaração de Hipossuficiência
08:51
16819163 16/12/2016 CPF Documento de Identificação
08:51
16819198 16/12/2016 RG Documento de Identificação
08:51
16819222 16/12/2016 COMPROVANTE DE ENDEREÇO Comprovante de residência
08:51
16819246 16/12/2016 CONSULTA PONTUAÇÃO CNH Documento de Comprovação
08:51
16819369 16/12/2016 DEMONSTRATIVOS MENSAIS Documento de Comprovação
08:51
16819394 16/12/2016 AUTO DE APREENÇÃO CNH Documento de Comprovação
08:51
16819430 16/12/2016 DOCUMENTO MOTO Documento de Comprovação
08:51
16819460 16/12/2016 NOTIFICAÇÃO DETRAN Documento de Comprovação
08:51
16819498 16/12/2016 RECIBO AUTO ESCOLA (2) Documento de Comprovação
08:51
16819504 16/12/2016 RECIBO AUTO ESCOLA 3 Documento de Comprovação
08:51
16819553 16/12/2016 RECIBO AUTO ESCOLA Documento de Comprovação
08:51
16819591 16/12/2016 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS Documento de Comprovação
08:51 ADVOCATICIOS
16819594 16/12/2016 CONSULTA SITUAÇÃO DO VEÍCULO Documento de Comprovação
08:51
16893107 16/12/2016 Certidão de triagem Certidão
12:46
17013945 19/12/2016 Despacho Despacho
17:32
17445477 13/01/2017 Intimação Intimação
18:42
17749614 24/01/2017 Manifestação Manifestação
10:38
17920124 27/01/2017 Manifestação Manifestação
11:25
18659153 13/02/2017 Manifestação Manifestação
16:48
20282245 22/03/2017 Decisão Decisão
17:00
20821073 31/03/2017 Intimação Intimação
09:25
21453386 17/04/2017 Manifestação ciência remessa dos autos Manifestação
12:16
21453425 17/04/2017 Petição ciência remessa autos Justiça Federal Petição
12:16
21929161 26/04/2017 Certidão Certidão
13:04
27718391 08/08/2017 Ar Termo de Juntada
09:20
27718426 08/08/2017 ar 5023231 06 Aviso de Recebimento
09:20
32919369 07/11/2017 DOCS TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL Termo de Juntada
11:15
32919431 07/11/2017 AUTOS 5023231 06 Documento de Comprovação
11:15
32951509 09/11/2017 Despacho Despacho
18:59
33216109 10/11/2017 Citação Citação
16:51
33216110 10/11/2017 Intimação Intimação
16:51
33636842 20/11/2017 Petição informando endereço réus Petição
14:29
33636897 20/11/2017 Petição endereço réus - José Carlos Silva x DER Petição
14:29 MG e DF
34568807 05/12/2017 5023231-06.2016.8.13.0702 - José Carlos Silva - Contestação
11:48 Contestação.pdf
37036156 02/02/2018 5023231-06.2016.8.13.0702 - jose carlos silva.pdf Contestação
13:13
37203325 06/02/2018 Intimação Intimação
11:24
38964596 07/03/2018 Petição Petição
15:27
38964692 07/03/2018 Impugnação à contestação - Jose Carlos Silva Petição
15:27
39840885 20/03/2018 Exp Mandado 204/1 ao DER/MG Certidão
13:39
39841236 20/03/2018 Citação Citação
13:42
40093713 22/03/2018 Exp CP Citação DER-DF Certidão
18:03
40093770 22/03/2018 Comprovante distr CP 5023231 Documento de Comprovação
18:03
40093795 22/03/2018 CP 5023231 Carta Precatória
18:03
41643180 17/04/2018 COMPROV RECEBIMENTO CARTA Termo de Juntada
16:07 PRECATÓRIA
41643281 17/04/2018 CP RECEBIDA 5023231 Documento de Comprovação
16:07
41763302 18/04/2018 Mandado de Citação 204/1 cumprido Termo de Juntada
17:18
41763421 18/04/2018 MANDADO CIT 204 1 CUMPRIDO 5023231 Mandado
17:18
41763684 18/04/2018 Certidão Certidão
17:19
42630646 02/05/2018 Contestação Contestação
13:23
42630768 02/05/2018 contestação - multa - Jose Carlos Silva Contestação
13:23
42630885 02/05/2018 Info-doc Jose Carlos Silva 27-04-2018-163222 Documento de Comprovação
13:23
44047948 23/05/2018 Impugnação Impugnação
08:41
44048000 23/05/2018 Impugnação à contestação Id 42630768 - José Impugnação
08:41 Carlos Silva
44590421 31/05/2018 Contestação Contestação
18:36
44590453 31/05/2018 Contestação (201801016038) Contestação
18:36
44590460 31/05/2018 Resposta de Oficio (201801016038) Informações Prestadas
18:36
45025882 08/06/2018 Intimação Intimação
14:53
46460561 29/06/2018 CP CUMPRIDA CITAÇÃO DER-DF Termo de Juntada
17:17
46460753 29/06/2018 CP CUMPRIDA 5023231 Carta Precatória
17:17
46594923 03/07/2018 Impugnação Impugnação
13:53
46594980 03/07/2018 Impugnação à contestação - Jose Carlos Silva x Impugnação
13:53 dentran DF
46784021 05/07/2018 Intimação Intimação
13:19
46784022 05/07/2018 Intimação Intimação
13:19
46784023 05/07/2018 Intimação Intimação
13:19
46966992 09/07/2018 Manifestação da Advocacia Pública Manifestação da Advocacia Pública
13:13
46967016 09/07/2018 Pet. josé carlos Manifestação da Advocacia Pública
13:13
47327835 13/07/2018 Manifestação Manifestação
08:03
47327851 13/07/2018 Petição especificação de provas -José Carlos Silva Petição
08:03
47596528 17/07/2018 Modelo Vazio Petição
16:38
48384973 30/07/2018 Despacho Despacho
10:46
49037728 07/08/2018 Intimação Intimação
18:08
49037729 07/08/2018 Intimação Intimação
18:08
49037730 07/08/2018 Intimação Intimação
18:08
50041136 22/08/2018 Manifestação Manifestação
15:16
50041231 22/08/2018 Reconsideração-oitiva_juntada carta convite Petição
15:16 testemunha
50041337 22/08/2018 CARTA_CONVITE DE TESTEMUNHA_ELISETE Documento de Comprovação
15:16 DE CASSIA DOLCI
50114405 23/08/2018 AREJF - Ciência Manifestação da Advocacia Pública
12:01
52096714 19/09/2018 Certidão Certidão
16:56
52116698 19/09/2018 Despacho Despacho
18:40
53048824 02/10/2018 Ata da Audiência Ata de Audiência
14:32
53077260 02/10/2018 DEPOIMENTO JUDICIAL Termo de Juntada
16:34
53077333 02/10/2018 Depoimento judicial 5023231 Documento de Comprovação
16:34
53277808 04/10/2018 Manifestação Manifestação
16:00
53278246 04/10/2018 Petição dilação de prazo -Jose Carlos Silva Petição
16:00
53280042 04/10/2018 Substabelecimento Substabelecimento
16:09
53280354 04/10/2018 Substabelecimento Substabelecimento
16:09
54318252 19/10/2018 Manifestação juntada de documentos. Manifestação
15:27
54318481 19/10/2018 Petição de juntada de documentos e manifestação Petição
15:27 sobre conexão
54319969 19/10/2018 Petição Inicial Documento de Comprovação
15:27
54320080 19/10/2018 Sentença Documento de Comprovação
15:27
54320405 19/10/2018 Acórdão Documento de Comprovação
15:27
55624115 07/11/2018 Despacho Despacho
18:01
57801109 07/12/2018 Intimação Intimação
17:13
57801110 07/12/2018 Intimação Intimação
17:13
57801111 07/12/2018 Intimação Intimação
17:13
58535803 18/12/2018 AREGOVAL Manifestação
10:34
59312666 10/01/2019 Alegações Finais Alegações Finais
15:54
59312871 10/01/2019 Aelgações Finais José Carlos Uberlândia DETRAN Alegações Finais
15:54 modelo Welbio
60759669 31/01/2019 Alegações Finais Alegações Finais
15:39
60759739 31/01/2019 Razões Finais Alegações Finais
15:39
351013405 17/08/2020 Sentença Sentença
09:45
350853444 17/08/2020 Sentença Sentença
09:58
355643406 17/08/2020 Sentença Sentença
13:58
356788452 17/08/2020 Sentença Sentença
17:44
442863537 25/08/2020 Sentença Sentença
16:16
443838421 25/08/2020 Sentença Intimação
16:45
443838422 25/08/2020 Sentença Intimação
16:45
443838423 25/08/2020 Sentença Intimação
16:45
452775046 26/08/2020 Manifestação da Advocacia Pública Manifestação da Advocacia Pública
13:59
716531778 18/09/2020 Apelação Apelação
17:31
716531783 18/09/2020 APELAÇÃO_IMPROCEDÊNCIA_JOSE CARLOS Apelação
17:31 SILVA
727981599 21/09/2020 Apelação Intimação
11:15
727981600 21/09/2020 Apelação Intimação
11:15
742258229 22/09/2020 5023231-06.2016.8.13.0702 - Contrarrazões.pdf Contrarrazões
09:22
102306492 13/10/2020 Contrarrazões Contrarrazões
7 18:26
156374983 26/11/2020 Despacho Despacho
5 17:47
159748481 30/11/2020 de remessa para o TJMG. Certidão
8 15:37
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA
DE UBERLÂNDIA – MINAS GERAIS
JOSÉ CARLOS SILVA, brasileiro, divorciado, aposentado, portador da cédula de identidade sob o nº
MG-8.065.615, inscrita no CPF sob o nº 753.812.656-20 , residente e domiciliado na cidade de
Uberlândia MG, na Avenida Olímpica nº 1056, Bairro Liberdade, CEP nº 38401-260, vem
respeitosamente à presença de V. Exa., por intermédio de seus advogados que ao final assinam com
endereço eletrônico fernando@snfadvocacia.com.br, endereço profissional situado na Avenida Brasil,
2998, Bairro Brasil, CEP 38400-718, onde receberão intimações e notificações, propor a presente:
Em face de ESTADO DE MINAS GERAIS, pessoa jurídica de direito público, CNPJ sob o nº
18.715.615/0001-60, endereço para citação, situado na Rua Espírito Santo, nº 495, Centro 30.160-030,
Belo Horizonte -MG.
PRIMEIRAMENTE
DA JUSTIÇA GRATUITA
O Requerente, por não reunir condições de arcar com custas e despesas do processo sem
prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, requer, nos termos dos artigos 98 e 99 do Novo Código
de Processo Civil, a concessão das benesses da gratuidade da justiça, para que seja garantido o direito
constitucional de acesso à Justiça.
O art. 319 do novo Código de Processo Civil traz à baila os requisitos fundamentais para que uma petição
inicial seja recebida e conhecida.
Salienta-se, que no tocante ao inciso VII do Art. 319 do CPC, o Autor se manifesta requerendo a
realização de audiência de conciliação ou mediação.
Ademais, estão igualmente presentes as condições da ação, quais sejam, Legitimidade das partes,
Interesse Processual e Possibilidade Jurídica do Pedido, concedendo validade à presente ação.
Desta feita, requer seja a presente Ação seja recebida, conhecida e processada por esse D. Juízo, conforme
ditames legais.
DOS FATOS
O Requerente em meados do ano de 2012, foi surpreendido com a notícia que constava em sua CNH
diversas multas de trânsito advindas do veículo, I/GM CLASSIC LIFE 2008/2009 cor preta, de
BRASILIA -DF, Placa: JHP-0269, o qual nunca foi de sua propriedade, as multas foram registradas entre
os anos de 2010 e 2011.
2- Cód 746-30- Transitar em velocidade superior a máxima permitida em mais de 20 até 50, data
10/11/2010, hora 15:44, BR-497 Uberlândia/Prata, pontos 5.
3- Cód 745-5- Transitar em velocidade superior a máxima permitida em mais de 20 até 50, data
07/03/2011, hora 15:59, SP 320 km 581 metros 900, pontos 4.
4- Cód 659-9- conduzir veículo não registrado licenciado, 25/03/2011, hora 18:10, SP 463 Km 147
Metros 0000
5- 663-7, Veículo sem Equipamento obrigatório 25/03/2011, hora 18:10, SP 463 Km 147 Metros 0000.
Há um grande equívoco na aplicação de tais penalidades, que podem ser advindas de fraudes ou até
mesmo de um erro/confusão com homônimos, visto que, o nome do autor é muito comum. Nas referidas
infrações não foi indicado o órgão aplicador conforme pode ser verificado (histórico de multas anexo), e
em razão de não saber o CHASSI e RENAVAN do veículo, não consegue o Requerente ao menos saber,
qual o órgão foi responsável pela aplicação das infrações de trânsito, conseguindo apenas retirar um
histórico de infrações de sua CNH, não tendo acesso ao auto de infração.
Destas infrações, duas delas foram apuradas na BR-497, a qual é de responsabilidade do Estado de Minas
Gerais em virtude de convênio nº 17 firmado em 1988 entre o Estado e a União, neste liame percebemos
que as infrações apuradas neste trecho são de responsabilidade do DEER MG.
Isto posto, importante frisar que o Requerente jamais foi proprietário do veículo autuado, no entanto,
mesmo assim foi multado e teve sua CNH suspensa (portaria punitiva nº 127009/2016), o que lhe
ocasionou vários prejuízos, posto que teve de realizar curso de reciclagem, e está atualmente impedido de
dirigir os veículos que de fato são de sua propriedade (cópia dos documentos anexos).
Outro fato importante, esclarecemos que na data das infrações que foram atribuídas ao Requerente, ele
encontrava-se em seu trabalho (conforme demonstrativos anexo), sendo totalmente impossível que tenha
praticado tais infrações, visto que, nem mesmo o veículo autuado é verdadeiramente de sua propriedade.
Como podemos vislumbrar no documento anexo, o Requerente não teve nenhuma falta do trabalho no
período mensal que foram cometidas as infrações, o que significa que não abandonou seu posto como
segurança na empresa TBI SEGURANÇA LTDA, visto que trabalhava em horário comercial, fato que
pode ser apurado em seus demonstrativos anexos, que não trazem nenhum valor atribuído à título de
adicional noturno, posto não fazer jus em razão do horário comercial trabalhado, portanto indevidas as
infrações a ele atribuídas.
Por todo exposto, são evidentes as abusividades sofridas pelo Requerente, que é a parte hipossuficiente
em relação ao Estado, e por isso deve o judiciário coibir as práticas danosas causadas a este, necessitando
de urgente reparação pelos prejuízos sofridos.
DOS FUNDAMENTOS
A atuação estatal é imposta a todos as pessoas físicas e jurídicas de direito privado, que não tem como
recusar a presença do Estado. O Estado age de forma imperativa, independente da vontade do indivíduo,
por isso surge um tratamento especial para o administrado, e para o Estado um maior rigor quanto à
responsabilização dos seus atos.
A responsabilidade civil do Estado tem princípios próprios e compatíveis com a sua posição jurídica, por
A ordem jurídica nacional é una, sujeita a todos, inclusive o Estado e suas autarquias, trata-se da
aplicação do princípio da isonomia.
O princípio da isonomia sustenta um dos fundamentos para a responsabilidade civil do Estado. Partindo
do pressuposto que a legalidade para o administrador é fazer tudo aquilo que a lei autoriza. Logo, se
praticar algum ato fora dos padrões estabelecidos na lei, o Estado terá de arcar com eventuais danos
causados, assim como o particular.
Note que não se exige a comprovação do elemento subjetivo do agente que age em nome do Estado. Não
há que se falar em culpa ou dolo no dano causado. A responsabilidade civil do Estado está prevista no art.
37, §6º, da Constituição Federal.
“Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Portanto cabível se faz responsabilidade civil do Estado que por suas ações e omissões ocasionou
danos materiais e morais ao Requerente.
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual
constará:
I - tipificação da infração;
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados
necessários à sua identificação;
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da
infração.
§ 1º (VETADO)
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de trânsito relatará o fato à autoridade no
próprio auto de infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos constantes nos incisos I, II
e III, para o procedimento previsto no artigo seguinte.
§ 4º O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil,
estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição
sobre a via no âmbito de sua competência.
Ao verificar-se que o auto de infração de trânsito deve conter elementos mínimos, conforme se infere do
artigo 280 do CTB e por tratar-se de ato administrativo, certamente este poderá ser questionado na seara
administrativa consoante o disposto no Capítulo XVIII do CTB e na Resolução nº 149/2003, do
CONTRAN, em sede de defesa de autuação, em recurso administrativo interposto à JARI ou, ainda, em
última instância administrativa ao CETRAN, acerca dos requisitos essenciais a sua validade e eficácia.
Registre-se, por oportuno, que não está descartada a apreciação do auto pelo Poder Judiciário, o qual
velará pela sua legalidade e legitimidade, tendo em vista ainda, que o requerente nunca foi notificado a
A esse respeito, é oportuna a lição de Cássio Mattos Honorato, ao tratar dos requisitos dos atos
administrativos voltados às atividades de trânsito:
"considerando que a competência é a prerrogativa jurídica para a prática de determinados atos, deve-se
questionar se o agente de trânsito era competente para elaborar a autuação".
Dessa forma, quando o auto de infração de trânsito foi lavrado por agente de trânsito é fundamental
observar-se o disposto no artigo 280, § 4º do CTB, o qual dispõe que " o agente da autoridade de trânsito
competente para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista, ou ainda,
policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua
competência."
É preciso, portanto, que o agente satisfaça os requisitos previstos no aludido dispositivo do CTB,
devendo ser designado pela autoridade de trânsito competente para que possa cumprir seu mister, isto
posto, o Requerente não teve acesso a qualquer auto de infração sendo impossível que verificasse até
mesmo os requisitos intrínsecos de validade do ato administrativo.
Saliente-se que o policial militar é agente público pertencente a órgão integrante do Sistema
Nacional de Trânsito e conforme exigência do artigo 23, Inciso III, do CTB, a sua competência para
fiscalização de trânsito depende da existência de convênio com o órgão executivo.
Ademais, todo ato emanado de agente incompetente, ou realizado além do limite de que dispõe a
autoridade incumbida de sua prática, é inválido, por lhe faltar um elemento básico de sua perfeição, qual
seja, o poder jurídico para manifestar a vontade da Administração.
Ao tratar-se da finalidade do ato administrativo voltada ao auto de infração, note-se que é requisito
obrigatório e tem-se em conta sempre o fim público perquirido pela Administração Pública.
Aliás, uma leitura mais atenta à Lei nº 9.503/97, nos permite concluir que este requisito está inserto
de forma implícita nos artigos 1º e 269, § 2º, ao perceber-se que a lavratura de um auto de infração é um
dos mecanismos (sancionador) assinalado pelo Código de Trânsito Brasileiro de modo a se garantir um
trânsito em condições seguras.
Nesse passo, para a consecução deste fim público, é dever dos agentes o exercício de atos inerentes
ao poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de suas respectivas competências, objetivando
prioritariamente a proteção à vida e a incolumidade física das pessoas.
Quanto à forma do auto de infração, prescreve o artigo 280 que este deverá conter certos requisitos,
considerados essenciais à sua validade. E, em complementação ao aludido dispositivo, o CONTRAN
editou a Resolução nº 01/98, na qual estabeleceu-se as informações mínimas que deverão constar do auto
de infração de trânsito.
Saliente-se, por oportuno, que a arguição supracitada deve ser analisada cuidadosamente, pois a
Resolução nº 01/98, do CONTRAN foi criada com a finalidade de estabelecer quais os campos devem
constar no auto, isto é, o seu aspecto formal, quando impresso.
Anote-se, contudo, que se o artigo 280 do CTB não estabelecer como dado obrigatório o
preenchimento de campo constante no auto, todavia, considerado obrigatório pela Resolução nº 01/98 do
CONTRAN, a omissão de tal formalidade não necessariamente implicará em nulidade do auto.
Isto posto, reputamos que não há que se falar, ao nosso ver, em nulidade do ato, uma vez que a
omissão de determinados dados (ditos não essenciais) não tem o condão de afetar as condições de eficácia
do ato, desde que tenham atingido a finalidade do ato.
Destarte, cumpre asseverar que o preenchimento do auto de infração requer do agente o registro de
todos os requisitos reputados obrigatórios pelo artigo 280 do CTB, dentre os quais, elenca-se a seguir, a
exemplo, o requisito "tipificação da infração", previsto no inciso I, do artigo 280.
Nesse contexto, torna-se obrigatório que o agente de trânsito registre no corpo da peça acusatória o
artigo do CTB que tipifica a infração cometida pelo infrator ou, alternativamente, a descrição da conduta
prescrita noartigo violado, vez que o código de enquadramento estabelecido pela Portaria nº 01/98
do DENATRAN não substitui, por si só, a tipificação da infração.
Contudo, há artigos no CTB que comportam diversas condutas infracionais em suas descrições
legais, o que exige por parte dos agentes, além da tipificação da infração (artigo violado e/ou descrição da
infração), a descrição minuciosa, no campo destinado a observações, da conduta efetivamente
transgredida, como forma de se imputar ao infrator a exata conduta por este praticada, permitindo-lhe,
desse modo, em nível de recurso, a ampla e irrestrita defesa acerca da acusação que lhe fora imposta.
Assim, consoante o disposto, eis algumas infrações, a título exemplificativo, que comportam
condutas múltiplas em suas descrições legais, quais sejam, as infrações previstas nos artigos 167, 175, 181
(inciso VIII), 208, todos do CTB.
Desta feita, o motivo, como elemento integrante da perfeição do ato, vem expresso no Codex de trânsito,
portanto, é um elemento vinculado, e como podemos vislumbrar (documento anexo), em consulta
realizada a CNH do Requerente, não consta as infrações de trânsito especificadas segundo o Código de
Trânsito Brasileiro, sendo identificadas apenas por Portaria de órgão administrativo, o que como
percebemos já macula o ato administrativo, além da não identificação correta do proprietário e condutor
do veículo.
Sendo esta medida de extrema necessidade e justiça requer o Autor, que seja declarada a nulidade dos
autos de infração, tendo em vista, a não identificação do condutor e do proprietário do veículo, posto que
foi atribuída erroneamente a propriedade do mesmo ao requerente, seja em virtude de fraudes ou confusão
com homônimos ou qualquer outro motivo equivocado.
“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem;
A conduta Estatal é danosa e abusiva, ofende direitos basilares do indivíduo, constitui-se em verdadeiro
abuso de poder e confiança. Foi além do limite permitido em lei e ofendeu direitos personalíssimos do
Autor, e nesta toada, o dano moral reside dos próprios fatos narrados, pois atribuir a infração de transito
cometida por um veículo que não é e nunca foi de sua propriedade, causando lhes transtornos
imensuráveis, visto que teve sua CNH cassada, e por isso necessário se fez a realização de curso de
reciclagem e ainda permanece impedido de dirigir os veículos que de fato são de sua propriedade.
Dano moral, frise-se é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja ou diminua o seu patrimônio;
é a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem com reflexo perante a sociedade, o Requerente
não poderia ser nem ao menos condutor do referido veículo, pois estava em seu trabalho nos horários das
infrações, sendo totalmente abusivas a infrações aplicadas. Não se pode deixar de favorecer
compensações psicológicas ao ofendido moralmente que, obtendo a legítima reparação satisfatória,
poderá, porventura, ter os meios ao seu alcance de encontrar substitutivos, ou alívios, ainda que
incompletos, para o sofrimento. Já que, dentro da natureza das coisas, não pode o que sofreu lesão moral
recompor o "status quo ante" restaurando o bem jurídico imaterial da honra, da moral, da autoestima, da
dignidade da pessoa humana agredidos.
Harmonizando os dispositivos legais feridos é de inferir-se que a reparação satisfatória por dano moral é
abrangente a toda e qualquer agressão às emanações personalíssimas do ser humano, tais como a honra,
dignidade, reputação, liberdade individual, vida privada, recato, abuso de direito, enfim, o patrimônio
moral que resguarda a personalidade no mais lato sentido.
Para Cahali:
A garantia de reparabilidade aos danos causados por condutas ilícitas é garantia prevista no art. 927 do
Código Civil, que assim dispõe:
Art. 927.Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Nesta senda, cumpre destacar o conceito de ato ilícito trazida pelo Código Civil em seu art. 186, in verbis:
Art. 186.Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
(grifou-se)
No que tange a Reponsabilidade do ente público, o ato ilícito é considerado praticado, quando não há um
mandamento legal que autorize a conduta do estado, posto que, a agente público somente poderá agir nos
limites estabelecidos pela lei.
O Código Civil buscou, no âmbito da Responsabilidade Civil, abarcar não apenas a reparação dos danos
que atingem o patrimônio dos indivíduos, mas também àqueles de ordem exclusivamente moral, ou seja,
aqueles que ferem a liberdade, a honra, a saúde (mental ou física), a imagem e intimidade dos cidadãos.
Sobre valor a ser fixado a título de dano moral não se tem no ordenamento jurídico brasileiro limites
pré-determinados para o arbitramento de tal dano, contudo, existem alguns requisitos para se chegar ao
valor da condenação.
Dentre estes requisitos tem-se a proporcionalidade e a razoabilidade, os quais o juiz deve-se valer a fim
de se determinar um montante justo. Pela proporcionalidade se entende que ao fixar o valor do dano
moral o douto julgador deve observar que o montante da condenação deve ser equivalente à lesão sofrida,
desta forma se tem também a razoabilidade, pois verificando a correspondência entre o valor estabelecido
e o dano, o magistrado se utiliza do bom senso e da lógica.
Outro ponto a ser suscitado é do caráter pedagógico do dano moral, vez que este deve educar o
condenado a não praticar mais o ato danoso além de servir como exemplo social, com o propósito de
reprimir a sociedade em geral de condutas semelhantes.
Por último, têm-se as condições econômicas tanto de quem indenizará quanto de quem será indenizado,
ora aqui não se roga enriquecimento ilícito, apenas a observação das condições financeiras da Ré, que no
caso em análise é instituição financeira de grande porte e conhecidas no meio comercial e financeiro,
para que não seja decretado um valor ínfimo que não terá caráter punitivo e nem compensará o dano,
posto que o banco demandado tem elevada condição financeira e seria indiferente o pagamento de baixo
valor pecuniário.
Por todo exposto, requer o Autor que seja fixado o valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais) a título de
danos morais, valor este justo, sensato e atendendo assim a todos os requisitos para arbitramento de dano
moral.
A maior controvérsia acerca do dano moral diz respeito a sua quantificação, pois o dano moral atinge o
íntimo da pessoa, de forma que o seu arbitramento não depende de prova de prejuízo de ordem material.
O Colendo Superior Tribunal de Justiça, mantendo a mesma linha de raciocínio, entende que a
indenização por danos morais deve atender às peculiaridades de cada caso, devendo o magistrado, de
forma prudente, atender a dupla finalidade da indenização: reparatória e pedagógica (teoria do
desestímulo).
Desta feita, tendo em vista a extensão do dano experimentado pelo Autor, conforme amplamente relatado,
entende-se justa e proporcional a quantificação da indenização por danos morais em valor não inferior a
Não obstante, caso não seja esse o entendimento deste Juízo, o que não se acredita, requer a V. Exa.
digne-se arbitrar indenização justa e proporcional à extensão do dano, levando-se em conta os princípios
da proporcionalidade e razoabilidade
V- DO DANO MATERIAL
Segundo prescreve o art. 186 do Código Civil, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Também preceitua o art. 927 do Código Civil: “Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Assim, de acordo com as normas positivadas em nosso ordenamento jurídico, o dano causado ao autor é
proveniente de ato ilícito, gerando a obrigação de indenizar.
Não há dúvidas que no caso em questão o dano causado ao autor se revestiu de imprudência e
negligência, causada pelo o estado, ao atribuir ao Requerente a propriedade de um veículo com placa de
Brasília DF e que nunca foi seu. Não dando-lhe sequer direito ao contraditório e ampla defesa, posto que
nunca foi notificado dos autos de infração, sendo surpreendido com a cassação de sua CNH.
Em razão desse fato, teve o Requerente que arcar com diversas despesas, causando danos patrimoniais
que podem ser claramente demonstrados nos documentos anexos.
Pelo o exposto, o requerente faz jus a indenização pelos danos materiais sofridos acima enumerados.
Art. 133 – O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Portanto o direito de acesso à justiça, que cabe a todos os cidadãos, se efetivamente concretiza por meio
da advocacia.
Ressalta-se o papel de relevante importância do advogado que, em relação aos representantes do Estado,
juiz e promotor, não exerce papel de subordinação e sim de respeito mútuo vez que os três
posicionamentos são essenciais à administração da justiça.
Dada à importância do advogado tem-se a necessidade da compensação pelo trabalho exercido. Pelo
princípio da Restituição Integral, aquele que violou direito alheio deverá arcar com os honorários
advocatícios contratuais, vez que, se assim não tivesse ocorrido, não teria a necessidade de pleitear direito
judicialmente e consequentemente não seriam necessários os serviços do advogado.
Corroborando a essa tese, temos os artigos 389, 395 e 404 do Código Civil, in verbis:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos
valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de
advogado, sem prejuízo da pena convencional.
Assim sendo, requer o Autor que seja o requerido condenado ao pagamento de honorários contratuais no
importe de 30% sobre o valor da condenação, conforme contrato de prestação de serviços em anexo, sem
prejuízo da condenação em honorários advocatícios sucumbenciais.
DOS PEDIDOS:
a) Seja a presente Ação recebida, conhecida e processada por esse Douto Juízo, em consonância com
os ditames legais.
b) Os benefícios da Justiça Gratuita, com amparo nos arts. 98 e 99 §3º do CPC, bem ainda no art. 5º,
inciso LXXIV, da CRFB/88, haja vista que o Autor não pode demandar em juízo sem prejuízo do
sustento próprio e da sua família;
c) Seja declarado a nulidade das infrações de trânsito advindas do veículo de placa JHP 0269 do
Distrito Federal, autuadas na BR 497, posto não ser de propriedade do requerente o automóvel autuado.
d) Sejam canceladas as multas resultantes das autuações na BR 497, referentes ao veículo JHP 0269,
bem como, retirados todos os pontos já lançados em sua CNH atribuídas a este erroneamente.
e) Sejam condenadas as Rés ao pagamento de indenização por danos morais no importe não inferior a
R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) ou, caso não seja o entendimento de Vossa Excelência, em valor justo e
proporcional à extensão do dano sofrido.
f) Sejam condenados os entes públicos ao pagamento dos danos materiais suportados pelo autor, no
importe de R$540,00 (quinhentos e quarenta reais) com juros e correção monetária.
h) Sejam todas as intimações e publicações do Diário Oficial da União feitas em nome dos
procuradores Dr. Fernando Susia Lelis Júnior - OAB/MG 138.462, Dra. Isabella Cristina Neves Silva -
OAB/MG 142.617, conforme inteligência dos art. 272, § 2º do CPC.
i) A condenação das Rés ao pagamento dos honorários contratuais com fulcro nos artigos 389, 395 e
404 ambos do CC/2002 no montante de 30% sobre o valor da condenação.
k) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, notadamente
documental, pericial, depoimento pessoal das parte, testemunhas e informantes, demais provas que V.
Excelência entender cabíveis para a elucidação da presente demanda, pelo que requer.
COMARCA DE UBERLâNDIA
CERTIDÃO DE TRIAGEM
COMARCA DE UBERLâNDIA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
JOSÉ CARLOS SILVA, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, que move em desfavor do
ESTADO DE MINAS GERAIS e outros, também qualificados na inicial, vem por intermédio de seus
procuradores, respeitosamente perante Vossa Excelência, e em virtude do r. despacho de ID nº 17013945,
informar e requerer o que se segue.
Art. 1º O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN-DF), criado pelo Decreto-lei nº 315,
de 13 de março de 1967, fica transformado em autarquia, com personalidade jurídica própria e autonomia
administrativa e financeira, sede e foro em Brasília e jurisdição em todo o território do Distrito Federal.
Neste sentido, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal caracteriza-se como pessoa jurídica
pertencente a administração pública indireta, com personalidade jurídica própria e autonomia
administrativa e financeira.
Assim, entende-se que o Departamento de Trânsito do Distrito Federal não é órgão, e, como autarquia,
possui capacidade processual para responder por seus atos judicialmente. Dessa forma, consequentemente
o juízo competente para julgar a presente ação é a Justiça Federal, conforme prega o art. 109, inciso I da
Constituição Federal e o art. 1º da Lei 6.296/1975.
Diante o exposto, requer que Vossa Excelência remeta os autos a Justiça Federal, conforme dispõe o
caput do art. 45 do Código de Processo Civil de 2015.
[...]
Destaca-se que apesar de o legislador garantir somente ao réu a arguição de incompetência, não há dúvida
que o Autor também pode argui-la, já que a incompetência absoluta é decretada de ofício.
Nestes termos,
Pede deferimento.
OAB/MG 138.462
OAB/MG 142.617
JOSÉ CARLOS SILVA, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, que move em desfavor do
ESTADO DE MINAS GERAIS e outros, também qualificados na inicial, vem por intermédio de seus
procuradores, respeitosamente perante Vossa Excelência, requerer DESISTÊNCIA DA PRESENTE
AÇÃO, pelos fundamentos que passa a expor.
Assim, tendo em vista que o Autor não tem mais interesse na demanda em questão, requer seja
homologada a presente desistência por sentença e a consequente extinção do processo sem julgamento do
mérito com fulcro no art. 485, VIII do CPC/15, veja abaixo:
[...]
[...]
§ 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.
[...]
Assevera ainda o Autor que os réus não necessitam ser intimados para concordância da desistência, eis
que ainda não foram citados.
Nestes termos,
Pede deferimento.
OAB/MG 138.462
OAB/MG 142.617
JOSÉ CARLOS SILVA, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, que move em desfavor do
ESTADO DE MINAS GERAIS e outros, também qualificados na inicial, vem por intermédio de seus
procuradores, respeitosamente perante Vossa Excelência, requerer a DESCONSIDERAÇÃO DA
DESISTÊNCIA DA PRESENTE AÇÃO, pelos fundamentos que passa a expor.
Em seguida, o Autor vem informar que se equivocou quanto ao pedido de desistência da presente ação.
Assim, requer a desconsideração do pedido de desistência, bem como o desentranhamento da presente
demanda da petição da qual requer a desistência dos autos.
Dessa forma, requer seja dado o devido prosseguimento ao feito, e apreciada a petição de ID nº
17749614.
Nestes termos,
Pede deferimento.
OAB/MG 138.462
OAB/MG 142.617
COMARCA DE UBERLâNDIA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Intimar.
Ao(à) autor(a) sobre a decisão que declinou a competência deste Juízo para a JUSTIÇA FEDERAL.
Proc.: 5023231-06.2016.8.13.0702
JOSÉ CARLOS SILVA, devidamente qualificado nos autos em epígrafe,
que move em desfavor de ESTADO DE MINAS GERAIS e outros, igualmente
qualificados, vem, respeitosamente à presença de V. Exa., por intermédio de seus
procuradores que a esta subscreve, informar o que se segue.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
COMARCA DE UBERLâNDIA
CERTIDÃO
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Certifico e dou fé que tirei cópia integral do presente feito e encaminhei para a Justiça Federal via correio.
Tudo conforme ID n. 20282245.
COMARCA DE UBERLâNDIA
TERMO DE JUNTADA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
2:31;
COMARCA DE UBERLâNDIA
TERMO DE JUNTADA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Por meio do presente instrumento, firmado na melh r forma e para os devidos fins
de direito. o Dr. FERNANDO SUSIA LELIS JUNIOR, brasileiro, heiro, advogado, inscrito
na OAB-MG n°. 138.462 e na OAB-GO n°. 35.978 e a Dra. ISABELL CRISTINA NEVES
SILVA, brasileira, solteira, advogada, inscrita na OAB-MG n°. 142.617, to Q, com escritório
profissional na cidade de Uberlândia-MG, na Avenida Brasil, n°. 2.998, Bfr o Brasil, CEP de
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
CONCLUSÃO
Faço os presentes autos conclusos ao MM. Juiz Federal.
Uberlândia-MO.2k de maio de 2017.
,Ayek
3È Vara Federal
Fernanda Cristina Zacarias Coelho
Mat. 878/03
Processo n. 5299-34.2017.4.01.3803
DESPACHO
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL OSMAR Via DE MELLO DA FONSECA JÚNIOR em 24/05/2017, com base na Lm
11.419 de 19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trfljus.br/autenticidade, mediante código 29092133803252.
paiL
Processo n90052993420174013803
CERTIDÃO
Uberlândia, 0.2- / t6 .
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p/Diretor de Secretaria
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. Dra. ISABELLA CRISTINA NEVES SILVA ztooc
Dr. F NA • 1 .̀; SUSIA L JUNIOR
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OAB-GO n°. 35.978
CERWili r• • ...!-1).RGA
nesta data, aos autos Mn! i::;:1;9, por
Procurador
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Jberiândia, 1 3.j Of 41
1 Diretoria.) de'Secretaria da 3 Vara
Giade Aparecida é Oiticiff
Ánalista Judtelárle
IR E C EU B K:TO)
Pearmos cis utos em SeEgetará,iriestadaWn
tt/berlânda-MG,2Z, / Og 12.C.9-
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ia Se.: to7b
NEVES
EL IS
100IDADF DL WYOGÁDOS
O Autor foi intimado para manifestar sobre a (in) competência deste Juízo
para processar e julgar a causa, e razão do Requerido DETRAN/DF ser autarquia
vinculada ao ente distrital.
Pois bem a., o parágrafo único do art. 52, do CPC/15 prevê o seguinte:
Não obstante, sendo o DETRAN/DF uma Autarquia Federal, deve ser levado
em consideração, por analogia, o que prevê o art. 109, §2° da Constituição Federal de
1988. in verbis:
[-I
ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda otide esteja situada
ustiça Federal. Eis o otivo pelo qual as causas intentadas contra a União poderão ser
• / e "o judiciária em que for domiciliado o autor; (2) no foro onde houver
afo das (1) nasa
ocorri o ato fato que deu origem à demanda; (3) no foro onde esteja situada a coisa;
ou (4) no istrito Federal. Em qualquer desses lugares em que a demanda for proposta
causa. Não faz sentido, assim, objetar como matéria de defesa a incompetência relativa
do órgão jurisdicional.
NEVES
&LELIS
SOCIEDADE 114 •DV00.1001
NEVES
&LELIS
100EDADE Dl WVOGÁDOI
• foroposta
NN nesta S seção.
ortanto, merece os autos serem processados e julgados por este D. Juizo, vez
III 1101111J11111131141121101111111111111111111131
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
coNausÃo
Faço os presentes autos conclusos ao MM. Juiz Federal.
Uberlândia-MG, 24 de agosto de 2017.
DECISÃO TERMINATIVA
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II 1
1111111111111111111
i193420I7 1111!ii 11111111i
1 380 )
05
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
(...)
Consoante entendimento desta Corte, a legitimidade passiva ad
causam, por ser matéria de ordem pública, não se sujeita aos efeitos
da preclusão, portanto, pode ser revista, inclusive de ofício, a
qualquer tempo e em qualquer instância.
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL OSMAR VAZ DE MELLO DA FONSECA JUNIOR em 22/09/2017, com base na Lei
11 419 de 19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trfljus.bdautenticidade, mediante código 31493973803279.
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11,1) 111011,11,11.!1,111,11,11,11011111711.11„1,11111,11811011,1
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
Apelação desprovida.
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL OSMAR VAZ DE MELLO DA FONSECA JUNIOR em 22/09/2017, com base na Lei
11.419 de 19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.tril .jus.br/autenticidade, mediante código 31493973803279.
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Intimem-se. Cumpra-se.
Uberlândia, 22 de setembro de 2017.
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL OSMAR VAZ DE MELLO DA FONSECA JUNIOR em 22/09/2017, com base na Lei
11.419 de 19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http.//w))6v.trfl jus.br/autenticidade, mediante código 31493973803279.
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CERTIDÀO
Certifico que foi divulgado (a) no e-CJF1 ,de /OS / 2017 o(s)
respeitável(s) (X) decisão terminativa de fls.39/42 considerando-se,
portanto, o(s) expediente(s) publicado em(s). ai /05- /2017.
Utieriâncf-,
RECEBEMOS
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UbedândI
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fede. )elo qüe, de tarou a incompetência absoluta e determinou a remessa ao Juizo
'Ns
estadual o eti‘de escolha do Autor.
Sendo assim, conforme petição do Autor de fls. 35/38, uma vez que o
DETRAN/DF é uma Autarquia Federal, deveria ter sido levado em consideração, por
analogia, o que prevê o art. 109, §2° da Constituição Federal de 1988, de modo que, esta
Justiça Federal deveria ser competente para processar e julgar a presente demanda.
ir 1. 21310
d,02,TÉVB
efr
Deste modo, requer a remessa dos autos a urna das Varas de Fzenda Pública
c Autarquias de Uberlândia/MG.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA
CONCLUSÃO
Faço os presentes autos conclusos ao MM. Juiz Federal.
Uberlândia, 04 /10 /2017
Juiz Federal
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL OSMAR VAZ DE MELLO DA FONSECA JÚNIOR em 04/10/2017, com base na Lei
11.419 de 19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://~virfljus.br/autenticidade, mediante código 31785053803224.
Pág. 1/1
1 de 1
Processo n°52993420174013803
CERTIDÃO
gOleçA
Name JoritiênD
adaie 310I4
COMARCA DE UBERLâNDIA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
COMARCA DE UBERLâNDIA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Através desta, fica a parte ré, acima qualificada, CITADA para oferecer contestação no prazo de 30 dias.
Adverte-se, outrossim, que, não sendo contestada a ação, poderá ser considerada revel.
COMARCA DE UBERLâNDIA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Proc.: 5023231-06.2016.8.13.0702
Assim, requer a intimação via postal dos Requeridos nos endereços acima
indicados, com fulcro nos artigos 215 e 222, ambos do CPC/15, para que, querendo,
apresentem defesas no prazo legal.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
II – DO MÉRITO
Nesse sentido:
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a) intensidade da ofensa;
b) a extensão do prejuízo à imagem do ofendido;
c) o nexo de causalidade entre o ato ilícito e o dano
efetivamente causado.
“não basta que o agente haja procedido contra jus, isto é, não se
define a responsabilidade pelo fato de cometer um “erro de
conduta”. Não basta que a vítima sofra um dano, que é elemento
objetivo do dever de indenizar, pois se não houver um prejuízo, a
conduta antijurídica não gera obrigação de indenizar.” (p. 75)
A dor moral deve aflorar das provas dos autos para possibilitar sua
mensuração, sob pena de enriquecimento sem causa.
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Não há, pois, que se falar em danos morais sofridos pelo requerente,
razão pela qual deve ser julgado improcedente seu pedido.
III – ALTERNATIVAMENTE:
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IV – DO PEDIDO.
Termos em que,
Pede deferimento.
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Nesse sentido:
Por tanto, a(s) autuação(ões) que o(a) autor(a) pretende anular, por se
tratar(em) de ato administrativo praticado por autoridade estatal, presumem-se
legítimas, e os fatos nela insculpido presumem-se verdadeiros.
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A parte autora não trouxe aos autos qualquer elemento que afastasse
as presunções de legitimidade e veracidade contida nas autuações de trânsito, razão
pela qual não há como se cancelar a(s) multa(s) aplicada(s).
Mais uma vez, impende registrar que, nos termos da norma do artigo
373, I, do NCPC, compete à parte autora provar os fatos constitutivos do seu
direito, demonstrando, sobretudo, que não era a condutora dos veículos no
momento da autuação, pois alegar e não provar é o mesmo que não alegar.
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A dor moral deve aflorar das provas dos autos para possibilitar sua
mensuração, sob pena de enriquecimento sem causa.
1 a gravidade da lesão;
Desse modo, a indenização por dano moral causado há de ser tal que
possa aproximar ao máximo a vítima do status quo ante, promovendo-lhe um
reconforto capaz de amenizar-lhe a dor, mas não deverá ser fonte de
enriquecimento, ou seja, o que garante o Direito é a reparação do dano e não a
melhora das condições em que antes se encontrava a vítima, através de incremento
desmensurado e injustificado de sua fortuna. Justamente em razão disso é que os
Tribunais do País, com inegável acerto, têm decidido:
1 – PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE
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IV – CONCLUSÃO E REQUERIMENTOS
1
NERY JR., Nelson. NERY, Rosa Maria Andrade. Código de processo civil comentado. 4ª ed. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 1999. p. 424
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Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
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COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Proc.: 5023231-06.2016.8.13.0702
I – DA TEMPESTIVIDADE
Ao final, pugna pela não aplicação da inversão do ônus da prova, pois não há
verossimilhança das alegações do Autor.
Ora Exa., clarividente que, primeiro, o Autor teve sua carteira de habilitação
suspensa de forma indevida, por infrações causadas por veículo do qual nunca fora
proprietário e nem conhecimento.
Ainda Exa., clarividente que o Autor não poderia produzir as referidas provas,
tendo em vista que, NUNCA recebeu qualquer notificação de autuação de multas de
trânsito, de modo que, somente tomara conhecimento do ocorrido, quando foi notificado
acerca da suspensão de sua CNH, que foi justamente quando o Autor procurou entender
o que havia acontecido.
Não obstante, o Autor, acosta documento que demonstra que o mesmo possui
apenas um veículo em sua propriedade, qual seja, motocicleta Honda/CG 150 Fan, placa
HOC-9638.
Dano moral, frise-se é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja
ou diminua o seu patrimônio; é a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem
com reflexo perante a sociedade. Não se pode deixar de favorecer compensações
psicológicas ao ofendido moralmente que, obtendo a legítima reparação satisfatória,
poderá, porventura, ter os meios ao seu alcance de encontrar substitutivos, ou alívios,
ainda que incompletos, para o sofrimento. Já que, dentro da natureza das coisas, não pode
o que sofreu lesão moral recompor o "status quo ante" restaurando o bem jurídico
imaterial da honra, da moral, da autoestima, da dignidade da pessoa humana agredidos.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
Ora, Vossa Excelência, é evidente que houve conduta ilícita e abusiva dos
Requeridos contra o Requerente, o que provocou sérios constrangimentos de ordem moral
desnecessários e que ultrapassam as barreiras do mero aborrecimento.
Para Cahali:
Por todo exposto, requer o Autor que seja fixado o valor de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais) a título de danos morais, valor este justo, sensato e atendendo assim
a todos os requisitos para arbitramento de dano moral.
O Requerido alega que não merecem ser condenados a indenização por danos
materiais ao Autor.
No entanto, segundo prescreve o art. 186 do Código Civil, “aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Também preceitua o art. 927 do Código Civil: “Aquele que, por ato ilícito
(art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Em razão desse fato, teve o Requerente que arcar com diversas despesas,
causando danos patrimoniais que podem ser claramente demonstrados nos documentos
anexados à inicial.
A parte Requerida aduz que o valor do dano moral pedido pela Autora é
desproporcional e que a parte Requerente está procurando uma forma de se enriquecer
ilicitamente.
Logo após a entrada em vigor da Lei nº 8.078/90 surgiu uma discussão entre
os doutrinadores quanto aos requisitos autorizadores da inversão do ônus probatório,
prevendo a lei que deve estar demonstrada a verossimilhança das alegações e a
hipossuficiência do consumidor.
Por outro lado, o Requerido detém de meios muito mais eficazes de prova.
Verifica-se, Exa., que o Requerido é hiperssuficiente técnico em relação ao Autor, ora,
hipossuficiente.
Todavia, caso Vossa Excelência não entenda ser o caso de aplicação do ônus
da prova legal, o Novo Código de Processo Civil prevê no §1° do art. 373 a possibilidade
de inversão do ônus da prova judicial, ou seja, o juiz poderá determinar a distribuição do
ônus da prova, de modo diverso, entre os integrantes da relação processual caso entenda
existir dificuldade excessiva para determinada parte (aquela que possui originalmente o
encargo de produzir a prova), e, de outro lado, verifique maior facilidade da parte adversa
em fazê-lo. Situação está que se encaixa ao Requerente, uma vez que o mesmo é
hipossuficiente em questões probatórias.
V – DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
CERTIDÃO
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Certifico e dou fé que expedi e encaminhei para a Central de Mandados o Mandado n. 204/1 de Citação
do DER/MG.
Udi, 20/03/2018
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
CERTIDÃO
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Certifico e dou fé que expedi e distribui, via Malote Digital, a Carta Precatória de Citação de DER - DF.
CP e comprovante de distribuição em anexo.
Código de
81320184557928
rastreabilidade:
Documento: CP 5023231.pdf
Secretaria da 1ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias da comarca de Uberlândia ( Nádia Patrícia Souto
Remetente:
Ferreira Gomes )
Destinatário: Serviço de Protocolo Administrativo - SEPRAD ( TJDFT )
Data de Envio: 22/03/2018 17:58:11
Assunto: Carta Precatória de Citação de DER - DF. Documentos anexos.
1 de 1 22/03/2018 18:00
Número do documento: 18032218024292000000038872368
https://pje.tjmg.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18032218024292000000038872368
Assinado eletronicamente por: NADIA PATRICIA SOUTO FERREIRA - 22/03/2018 18:03:08 Num. 40093770 - Pág. 1
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
COMARCA DE UBERLÂNDIA — FÓRUM ABELARDO PENNA
SECRETARIA DA P VARA DA FAZENDA PÚBLICA E AUTARQUIAS
Rua Ma rtinésia, 34, Centro, CEP: 38.400-606, Anexo II
\ N% vv "¡tu jus. br (1' instância)
*************************************************************************
CARTA PRECATÓRIA
Justiça Gratuita
AO
MM. JUIZ DE DIREITO
COMARCA DE BRASÍLIA — DF
PRAZO DE CUMPRIMENTO: 30 DIAS
FAZ SABER que perante este Juízo, processam-se os termos e atos da ação em
epígrafe, e como existem diligências a serem realizadas nessa Comarca,
DEPRECO a V.Exa se digne exarar o seu "CUMPRA-SE", fazendo assim
cumprir, tal como aqui se contém e declara, ou seja: PROCEDA a
CITAÇÃO do DER — DF, na pessoa de seu representante legal, com endereço
nessa Comarca, SAM BLOCO C — Setor Complementares — Ed. Sede do
DER — DF — CEP: 70620-030, Brasília/DE, para os termos e atos da presente
ação, e para que, apresente CONTESTAÇÃO, querendo, no prazo legal de trinta
(30) dias, contados da juntada da presente aos autos, após devidamente cumprida,
sob pena de presumirem-se como verdadeiros os fatos articulados pelo autor (art.
344 CPC). Tudo conforme consta das cópias anexas à presente que servirão de
contrafé.
CUMPRA-SE.
DADO E PASSADO nesta cidade de Uberlândia, aos 20 dias do mês de março do
ano de 2018. Eu. -44A,GUI (Nadia Patricia Souto Ferreira Gomes), Oficial de
Apoio Judicial, a digitei e subscrevo.
JOÃO-ECYR-11/2,10TA-FERRE-FRA
Juiz de Direito
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
TERMO DE JUNTADA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
CARTA PRECATÓRIA
Justiça Gratuita
AO
MM. JUIZ DE DIREITO
COMARCA DE BRASÍLIA DF
PRAZO DE CUMPRIMENTO: 30 DIAS
FAZ SABER que perante este Juízo, processam-se os termos e atos da ação em
epígrafe, e como existem diligências a serem realizadas nessa Comarca.
DEPRECO a V.Ex' se digne exarar o seu "CUMPRA-SE", fazendo assim
cumprir, tal como aqui se contém e declara, ou seja: PROCEDA a
CITAÇÃO do DER DF, na pessoa de seu representante legal. com endereço
nessa Comarca. SAM BLOCO C - Setor Complementares Ed. Sede do
DER BF CEP: 70620-030, Brasília/DF. para os termos e atos da presente
ação, e para que. apresente CONTESTAÇÃO, querendo, no prazo legal de trinta
(30) dias, contados da juntada da presente aos autos, após devidamente cumprida.
sob pena de presumirem-se como verdadeiros os fatos articulados pelo autor (art.
344 CPC). Tudo conforme consta das cópias anexas à presente que servirão de
contrafé.
CUMPRA-SE.
DADO E PASSADO nesta cidade de Uberlândia. aos 20 dias do mês de março do
ano de 2018. Eu. 4{2,..2)-1 (Nadia Patricia Souto Ferreira (Jomes). Oficial de
Apoio Judicial, a digitei e subscrevo.
Juiz de Direito
MALOTE DIGITAL
MALOTE DIGITAL
Processo
Número do processo: 0708969-19.2018.8.07.0015
Órgão julgador: r Vara de Precatórias do DF
Jurisdição: Brasília - Fórum Prof. Júlio Fabbrini Mirabete
Classe: CARTA PRECATÓRIA CÍVEL (261)
Assunto principal: Citação
Partes: JOSE CARLOS SILVA (753.812.656-20)
DETRAN DF
Audiência
A audiência inicial do processo não foi agendada automaticamente.
Assuntos Lei
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO/Objetos de cartas precatórias/de
ordem/Citação
REQUERENTE REQUERIDO
JOSE CARLOS SILVA DETRAN DF
Complemento Valor
Unidade Judiciária
Número do Processo 5023231-06.2016.8.3.0702
UF
Email do Juizo Deprecante
Objeto/Sujeito da Diligência
Classe
Comarca
Distribuído em: 06/04/2018 18:18
Protocolado por: LUCIANA PEREIRA GUIMARAES
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
TERMO DE JUNTADA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Ciente: se
a3-496-0 Q- 2f
rn23-1-069 an
Ao comparecer em Juizo, esteja munido de doc. de identificação e trajando vestimenta adequada ao ambiente forense.
CERTIDÃO
Mauro
Oficia
P3
COMARCA DE UBERLÂNDIA
CERTIDÃO DE JUNTADA
"Certifico e dou fé que, em cumprimento às determinações deste juízo, foram expedidos e anexados aos
autos os seguintes documentos: MANDADO N. 204/1 DE CITAÇÃO CUMPRIDO."
, 18 de abril de 2018.
I - SÍNTESE DA PRETENSÃO
II - MÉRITO
Da indenização
V - CONCLUSÃO
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Proc.: 5023231-06.2016.8.13.0702
I - DA TEMPESTIVIDADE
Ora Exa., clarividente que, primeiro, o Autor teve sua carteira de habilitação
suspensa de forma indevida, por infrações causadas por veículo do qual nunca fora
proprietário e nem conhecimento.
Ainda Exa., clarividente que o Autor não poderia produzir as referidas provas,
tendo em vista que, NUNCA recebeu qualquer notificação de autuação de multas de
trânsito, de modo que, somente tomara conhecimento do ocorrido, quando foi notificado
acerca da suspensão de sua CNH, que foi justamente quando o Autor procurou entender
o que havia acontecido.
O 3° Requerido alega não ter cometido ato ilícito ensejador de dano moral e
material, tendo em vista que, aduzem ter agido de forma legítima e em total conformidade
com as disposições do Código de Trânsito Brasileiro.
Dano moral, frise-se é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja
ou diminua o seu patrimônio; é a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem
com reflexo perante a sociedade. Não se pode deixar de favorecer compensações
psicológicas ao ofendido moralmente que, obtendo a legítima reparação satisfatória,
poderá, porventura, ter os meios ao seu alcance de encontrar substitutivos, ou alívios,
ainda que incompletos, para o sofrimento. Já que, dentro da natureza das coisas, não pode
o que sofreu lesão moral recompor o "status quo ante" restaurando o bem jurídico
imaterial da honra, da moral, da autoestima, da dignidade da pessoa humana agredidos.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Ora, Vossa Excelência, é evidente que houve conduta ilícita e abusiva dos
Requeridos contra o Requerente, o que provocou sérios constrangimentos de ordem moral
desnecessários e que ultrapassam as barreiras do mero aborrecimento.
Para Cahali:
Desta forma, sobre o valor a ser fixado a título de dano moral não se tem no
ordenamento jurídico brasileiro limites pré-determinados para o arbitramento de tal dano,
contudo, existem alguns requisitos para se chegar ao valor da condenação.
Por todo exposto, requer o Autor que seja fixado o valor de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais) a título de danos morais, valor este justo, sensato e atendendo assim
a todos os requisitos para arbitramento de dano moral.
O Requerido alega que não merecem ser condenados a indenização por danos
materiais ao Autor.
No entanto, segundo prescreve o art. 186 do Código Civil, “aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Em razão desse fato, teve o Requerente que arcar com diversas despesas,
causando danos patrimoniais que podem ser claramente demonstrados nos documentos
anexados à inicial.
V – DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
1. FATOS
Trata-se de ação na qual a parte autora alega não ter adquirido o veículo GM Classic Life
2008/2009, cor preta, placas JHP 0269, Renavam 00991070607, embora esteja recebendo
notificações em razão do cometimento de infrações de trânsito.
Inicialmente, a PGDF informa que ainda não recebeu as informações completas que estão
sendo elaboradas pelo órgão/entidade, razão pela qual, em nome do interesse público, requer
prazo adicional de 30 (trinta) dias para essa juntada.
Esse pedido visa dar eficácia ao art. 9º da Lei n. 12.153/2009: "A entidade ré deverá
fornecer ao Juizado a documentação de que disponha para o esclarecimento da causa,
apresentando-a até a instalação da audiência de conciliação".
Inclusive, até mesmo dentro da PGDF as atribuições são separadas para casos que
envolvam créditos/débitos tributários em tramitação junto à VEF, haja vista a notória
especialização da matéria tributária.
Todavia, entende que será possível que a parte autora alcance sua intenção perante este
Juízo apenas e tão-somente se ela e/ou o banco réu comprovarem nos autos o pagamento de
todos os tributos, impostos e multas existentes em relação ao aludido veículo, haja vista que a
Fazenda Pública não pode ser prejudica no caso.
Fica esclarecido que o Detran/DF não tem legitimidade para responder pelo pedido de
devolução de valores relativos a tributos, impostos, licenciamento de competência do Distrito
Federal, haja vista ser pessoa jurídica diversa do ente federado, possuindo patrimônio próprio que
não se confunde com o daquele. De igual forma, não respode o Detran/DF por valores devidos a
título de seguro obrigatório à Seguradora Líder, pois esta tem personalidade jurídica diversa.
A petição da parte autora deve ser indeferida (art. 330 do NCPC), uma vez que se constitui
de um emaranhado de questões fáticas que se sucedem sem muita lógica, prejudicando a
compreensão da lide para uma defesa adequada.
Garante o art. 5º, LV, da Constituição Federal que "aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes".
Por sua vez, o art. 330, § 1º, do CPC considera "inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar
pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que
se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si".
No caso, não é possível saber como a parte autora chegou ao valor da causa, muito menos
sua narrativa permite aferir corretamente quanto seriam os danos materiais, havendo uma
notória sobreposição de valores entre preço do veículo, financiamento bancário e juros.
Por outro lado, não fica claro onde a parte autora alega que a fraude teria ocorrido, já que
Desse modo, é preciso que a parte autora emende sua petição inicial a fim de esclarecer
em qual momento realmente ocorreu a fraude, devendo imputar culpa ou dolo adequadamente,
pois não cabe ao Detran/DF imiscuir-se na documentação que tenha sido recebido regularmente.
Desse modo, requer seja intimada a parte autora a promover emenda à petição inicial,
denunciação da lide e/ou chamamento ao processo, na medida e de acordo com a situação fático-
jurídico de que tEm conhecimento, correndo essa estratégia processual por sua conta e risco.
Além de tudo, a documentação trazida com a petição inicial não contribui para demonstrar
as alegações. Assim, não tendo a parte autora se desincumbido do ônus probatório (art. 373 do
NCPC), devem os pedidos ser julgados improcedentes, conforme a jurisprudência distrital.
Com efeito, a eventual perda da propriedade do veículo pela parte autora somente pode
ser atribuída ao alienante do bem e à própria autora, que não tomou as cautelas exigíveis para a
aquisição do automóvel.
Isto porque o Detran/DF é parte alheia ao negócio jurídico entabulado entre vendedor e
comprador. Se a autora adquiriu veículo eivado de vício no documento de liberação, e somente
após foi constatada a existência da irregularidade, não há como se atribuir à Autarquia a
responsabilidade pela conduta do terceiro alienante.
Nessa ordem de idéias, não há como se imputar ao Ente Público responsabilidade pelo
evento, pois as vistorias realizadas pelo integram tão-somente o procedimento administrativo de
transferência e registro do automóvel e levam em consideração as informações passadas pelas
autarquias de outras unidades da federação e os documentos apresentados pelas partes.
Não se pode olvidar, ainda, que a transferência da propriedade de bem móvel ocorre com
a tradição, de modo que a intervenção dos órgãos administrativos relativamente à efetivação do
registro só ocorre quando já estava concluído o negócio jurídico e, portanto, caracterizado o dano.
Já foi dito que o Detran/DF não tem legitimidade para responder pelo pedido de devolução
de valores relativos a tributos, impostos, licenciamento de competência do Distrito Federal, haja
vista ser pessoa jurídica diversa do ente federado, possuindo patrimônio próprio que não se
confunde com o daquele.
De igual forma, não respode o Detran/DF por valores devidos a título de seguro
obrigatório à Seguradora Líder, pois esta tem personalidade jurídica diversa.
Se a parte autora estava na posse do bem como se dona fosse e o utilizava nas vias
públicas do Distrito Federal, não faz sentido postular a devolução de valores a título de imposto de
propriedade, licenciamento, seguros, muito menos as multas de trânsito.
Não cabe indenização de danos morais no caso, pois no máximo trata-se de aborrecimento
oriundo da própria vida numa sociedade capitalista, que está sujeita a riscos e na qual as pessoas
adultas já estão preparadas para com eles lidar.
No caso, a parte autora postular indenizacao de danos morais de alta monta. Todavia, para
essa situação, em que a parte autora praticamente nada prova dos fatos articulados, no máximo
seria cabível uma indenização de R$ 2.000,00 se houver comprovação desses acontecimentos.
Estabelece o art. 945 do Código Civil: "Se a vítima tiver concorrido culposamente para o
evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano".
RESPONSABILIDADE CIVIL
A responsabilidade civil decorre de uma conduta que causa dano a outrem, ambos ligados
por um nexo de causalidade. Causa esta que serviria apenas ao antecedente fático ligado
necessariamente ao resultado danoso como uma consequência direta e imediata.
Esse ato humano, sendo negativo ou positivo, é decorrente de uma conduta ilícita
voluntária que gera o resultado lesivo. A especificação do Código Civil é que o ato ilícito advenha
de ação ou omissão, negligência ou imprudência, mas que, principalmente, viole direito, causando
prejuízo a outrem, conforme se vê:
Agindo dessa forma, caberá a devida reparação aos danos causados ao bem que sofrera
prejuízo. Assim preceitua o CC:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Portanto, para que haja, no caso dos presentes autos, a obrigação desse Ente Federativo
de indenizar, é preciso analisar as alegações feitas, a fim de identificar os requisitos necessários
para a caracterização da responsabilidade civil do Estado. Da narrativa do requerente, em sua
peça vestibular, verifica-se que não houve conduta ilícita por parte dos agentes estatais. Ao
contrário, a todo o tempo o requerente ataca de forma grosseira a autarquia requerida.
Assim, após a leitura da exposição fática feita pelo requerente, o qual utiliza de má-fé ao
tentar atribuir qualquer conduta ao requerido, visto a ausência de responsabilidade deste ou de
seus agentes, tecendo comentários falaciosos contra o requerido e seus agentes que estavam
cumprindo seu trabalho estritamente legal, no gozo de suas funções e atribuições, não merece
guarida nenhum dos pleitos apresentados pelos requerentes.
AUSÊNCIA DE DOLO
Face ao exposto, não restam dúvidas de que o requerente não faz jus à indenização por
danos morais conforme pleiteado à exordial porque ausentes os requisitos necessários para tanto,
devendo, portando, serem julgados improcedentes todos os pedidos que ali foram feitos.
MERO ABORRECIMENTO
Desse modo, a resposta do Poder Judiciário a situações como a dos autos deve ser
enérgica, uma vez que não se pode admitir que pessoas ingressem na Justiça com a finalidade de
auferir vantagem dos cofres públicos. Assim, deve o pedido ser julgado improcedente.
Cabe ressaltar que toda prova é o modo pelo qual o magistrado passa a ter conhecimento
dos fatos que envolvem a relação jurídica posta à apreciação da jurisdição, que julgará com base
na demonstração da ocorrência dos fatos.
Isso significa que devem ser provados os fatos alegados para que haja o livre
convencimento do julgador sobre o objeto demandado. Contudo, deve tais provas ser idôneas e
hábeis para corroborar com a tese de existência dos fatos. Sobre o assunto, ensina a doutrina:
HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, em seu Curso de Direito Processual Civil (22ª ed., vol. 1, p.
423), dá a lição de que o ônus “consiste na conduta processual exigida da parte para que a
verdade dos fatos por ela arrolados seja admitida pelo juiz.” Ainda, o art. 333 do CPC salienta que
ao autor incumbe provar o alegado para que seu direito seja reconhecido pelo Estado:
Ainda, os atos dos agentes estatais são revestidos pelo manto da legalidade, portanto, há
uma presunção de veracidade. O que implica a produção de provas irrefutáveis em sentido
contrário para que esta presunção deixe de ser absoluta. Além de todo o exposto, pesa a favor do
Este federado a presunção de legalidade e veracidade dos atos administrativos, não merecendo
prosperar os pleitos da exordial.
Não cabe indenização de danos morais no caso, pois no máximo trata-se de aborrecimento
oriundo da própria vida numa sociedade capitalista, que está sujeita a riscos e na qual as pessoas
adultas já estão preparadas para com eles lidar.
No caso, como a parte autora dá à causa o valor de relativo a danos materiais, infere-se daí
que os danos morais postulados são de alta monta monta.
A parte autora alega, mas não faz prova de que a cassação de sua CNH e os gastos com a
realização de curso para obtenção de nova CNH tenham relação causal direta com os fatos
narrados nos autos, ou seja, não conseguiu estabelecer nexo de causalidade, tornando inviável a
obtenção de ressarcimento de danos materiais sem a prova de ligação entre as situacões.
Estabelece o art. 945 do Código Civil: "Se a vítima tiver concorrido culposamente para o
evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano".
Nota-se dos autos que a parte autora certamente participou ou contribuiu para a
realização de um negócio jurídico que culminou com a vinculação de seu nome ao veículo.
a) prazo adicional de 30 (trinta) dias para juntada de informações detalhadas que estão
sendo elaboradas especificamente para este caso concreto, que poderá esclarecer
cabalmente a situação inusitada envolvendo o veículo;
d) seja determinada a emenda da petição inicial e/ou da defesa, bem como seja promovida
em seguida a citação de novos litisconsortes passivos necessários;
ROL DE TESTEMUNHAS: Considerando que a parte autora ainda não arrolou testemunhas, o Ente
Público irá arrolar suas testemunhas se houver designação de audiência de instrução,
comprometendo-se a adotar as providências do art. 455 CPC.
À DIRCONV,
Atenciosamente,
SAM LOTE A BLOCO B EDIFÍCIO SEDE DETRAN-DF, TÉRREO - Ba i rro SETOR DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL - CEP 70620-000 - DF
À Gervei,
Encaminho a V. Sª o referido processo para prestar informações per nentes aos fatos
narrados diretamente à Projur.
Érica Abreu
Assist. de Trânsito
SAM LOTE A BLOCO B EDIFÍCIO SEDE DETRAN-DF, 1º ANDAR - Ba i rro SETOR DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL - CEP 70620-000 - DF
Gênete Rosa
Gerente
SAM LOTE A BLOCO B EDIFÍCIO SEDE DETRAN-DF, 1º ANDAR - Ba i rro SETOR DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL - CEP 70620-000 - DF
Ano Mod: 2009 Ano Fab: 2008 Cor: 11-PRETA Cap Passag: 005 Potência: 072 Cilindradas: 1000
POSSE
Nome: JOSE CARLOS SILVA CPF/CNPJ: 753.812.656-20
PROPRIETÁRIO ANTERIOR
Nome: SMAFF AUTOMOVEIS LTDA CPF/CNPJ: 01.582.044/0001-30
DADOS DA DOCUMENTAÇÃO
Data CRV: 14/11/2008 Nº CRV: ******** Data CRLV: // Nº CRLV:
RESTRIÇÕES
01-ARREND. MERCANTIL
04-RESTRICAO JUDICIAL
Observações: Nº Restrição:
Data Limite Restrição Tributária: // Doc. Restrição Tributária:
PROPRIETÁRIOS DO VEÍCULO
Sequência Placa Chassi Proprietários - Arrendatários DT Pessoa CPF/CNPJ Data
65.654.303/0001-
ATUAL JHP0269 8AGSA19909R123281 DIBENS LEASING S/A ARR MERCANTIL 3124299
73
07/11/2008
01.582.044/0001-
ANTERIOR JHP0269 8AGSA19909R123281 SMAFF AUTOMOVEIS LTDA 1973951
30
07/11/2008
RETORNA
DETALHAMENTO
Observação: Serviço: ** PAGO ** Depósito: ---
Senhor Procurador,
Atenciosamente,
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
TERMO DE JUNTADA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
CARTA PRECATÓRIA
Justiça Gratuita
AO
MM. JUIZ DE DIREITO
COMARCA DE BRASILIA- DF
PRAZO DE CUMPRIMENTO: 30 DIAS
FAZ SABER que perante este Juízo. processam-se os termos e atos da açâo em
epígrafe, e como existem diligências a serem realizadas nessa Comarca.
DEPRECO a v.er se digne exarar o seu "CUMPRA-SE-. fazendo assim
cumprir, tal corno aqui se contém e declara, ou seja: PROCEDA a
CITAÇÃO do DER RE, na pessoa de seu representante legal, com endereço
nessa
ii_s_Ç ritr
ctsjAM_Bla nenta Ed Sede do
DER -1W - CEP: 70620-030, Drasiliall)F. para os termos e atos da presente
ação, e para que, apresente CONTESTAÇÃO, querendo, no prazo legal de trinta
(30) dias, contados da juntada da presente aos autos, após devidamente cumprida.
sob pena de presumirem-se como verdadeiros os fatos articulados pelo autor (art.
344 CPC). Tudo conforme consta das cópias anexas à presente que servirão de
contrafé.
CUMPRA-SE.
DADO E PASSADO nesta cidade de Uberlândia. aos 20 dias do mês de março do
ano de 2018. Eu. 4114)4 (Nadia Patricia Souto Ferreira Gomes). Oficial de
Apoio Judicial, a digitei e subscrevo.
Juiz de Direito
MALOTE DIGITAL
MALOTE DIGITAL
25/04/2018
Número: 0708969-19.2018.8.07.0015
Classe: CARTA PRECATÓRIA CÍVEL
órgão julgador: 2° Vara de Precatórias do DF
Última distribuição : 06/04/2018
Assuntos: Citação
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes
Procuradorrierceiro vinculado JOSE CARLOS SILVA (REQUERENTE)
JOSE CARLOS SILVA (REQUERENTE)
DETRAN DF (REQUERIDO) DETRAN DF (REQUERIDO)
DER (REQUERIDO)
DER (REQUERIDO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
15525 06/04/2018 18:18 Petição Inicial Petição Inicial
275
15525 06/04/2018 18:18 Recebimento de Carta Precatória 1026001-2018 Documentos da Precatória
300
15537 10/04/2018 17:16 Decisão Decisão
001
16053 18/04/2018 19:08 Diligência Diligência
505
16053 18/04/2018 19:08 JOSE CARLOS Diligência
531
Informo que desde 28.8.2015 as cartas precatórias cumpridas no Distrito Federal estão tramitando
eletronicamente no Sistema PJe, o qual permite a imediata distribuição e acompanhamento de carta
precatória via internei diretamente pelo Juizo Deprecante ou pelo advogado da parte interessada.
Os juízos deprecantes poderão solicitar o acesso ao Sistema PJE preenchendo o formulário eletrônico
disponível na página do Tribunal, no link:
Intp://www2.tjdft.jus.bilformulariosicadastro juizo_deprecante.asp.
Luciana Guimarães
Servidor Distribuição
Alvará de Soltura Busca e apreensão de menores medidas protetivas internação ou cirurgia: NÃO
Data da
Peça Descrição
Assinatura
03/04/2018 (Assinado)
No 2
16:49:42 Anexo: 81320184557928 2.pdf
03/04/2018 (Assinado)
No..
16:49:41 Anexo: 81320184557928 1.pdf
Em Descrição
Em 03/04/2018 às 16:49:42
03/04/2018 Carta Precatória recebida para cumprimento [2720]
Atividade
16:49:42 Unidade: SEPRAD - SERVIÇO DE PROTOCOLO ADMINISTRATIVO
Por 311577- MARIA DIASSIS FERREIRA COSTA
2VARPREC
r Vara de Precatórias do DF
Trata-se de Carta Precatória de CITAÇÃO, cujas diligências serão cumpridas na vigência da Lei n.
13.105, de 16/3/2015. São requisitados por carta precatória atos processuais a ser realizados fora dos
limites territoriais da comarca de origem (art. 273. inciso II, do CPC), devendo revestir-se dos requisitos
enumerados no art. 260 do referido Código. Na hipótese, preenchidos os requisitos legais, o cumprimento
da diligência de citação é medida que se impõe (art. 275).
Dessa maneira, CUMPRA-SE a carta precatória, que servirá de mandado com os acréscimos
necessários.
CITE-SE DER - DF para oferecer contestação, caso queira(m), no prazo de 15 (quinze) dias, cuja
fluência ocorrerá em dias úteis, em consonância com a sistemática do Novo CPC (art. 219, caput), sob
pena de revelia (art. 344). Em seguida, devolva-se ao Juizo Deprecante, com as nossas homenagens, após
as anotações de praxe.
Verificado que o(a)(s) requerido(a)(s) se OCULTA para não ser citado(a)(s), o Sr. Oficial de Justiça, após
certificar a ocorrência, procederá a citação com HORA CERTA, na forma estabelecida nos arts. 252 e
segs. do novo CPC.
Juiz de Direito
Nome: DER - DF
Endereço: SAM, BLOCO C, EDIFICIO SEDE DER, SETOR COMPLEMENTAR, BRASÍLIA -
DF
ATENÇÃO: Os documentos encaminhados com a Carta Precatória pelo Juízo de origem, cujas
chaves de acesso estão acima descritas, poderão ser acessados na internet por meio do endereço:
https://pje.tjdft.jus.bripje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
Número do processo:
Classe judicial:
ID do Mandado: 15986279
CERTIDÃO
Certifico que em cumprimento ao presente mandado, recebido em regime de plantão, dirigi-me ao SAIN,
Bloco I, Ed. Sede, no dia 18 de abril de 2018, às 19:00 horas, oportunidade em que procedi À CITAÇÃO
DO DER - DF, por meio da Procuradoria-Geral do Distrito Federal, na pessoa da Dra. Paola Aires
Corrêa Lima. Procuradora-Geral, que identificou-se e qualificou-se autorizada a receber a presente e
dar-lhe as providências pertinentes, e que após leitura integral do mandado, tomou conhecimento do seu
inteiro teor, recebeu cópia deste e após nota de ciência no original.° relatado é verdade e dou fé.
Poda Judiciário da Un RO
2VARPREC
2' Vara de Precatórios do DE
Trata-se de Cana Precatória de CITAÇÃO. tufas diligências serão cumpridas na vigência da Lei a, 13.105. de 1613/2015. São requisitados
por cana precatória atos processuais a ser realizados fora dos limites territoriais da comarca de origem (art. 273. inciso II, do (PC),
devendo revestir-se dos requisitos enumerados no art. 260 do referido Código. Na hipótese. preenchidos os requisitos legais. o
cumprimento da diligencia de citação d medida que se impõe (art. 275).
Dessa maneira, CUMPRA-SE a carta precatória, que servirá de mandado com os acréscimos necessários,
CITE-SE DER - DE para oferecer contestação, caso queira(m). no prazo de 15 (quinze) dias, cuja fluência ocorrerá em dias úteis, em
consonância com a sistemática do Novo CPC (art. 219, capa), sob pena de revelia (art. 344). Em seguida. devolva-se ao Juízo Deprecante,
com as nossas homenagens. após as anotações de praxe.
Verificado que 0(a)(3) rucluerido(a)(s) se OCULTA para r4o ser citado(aXs). o Sr. Oficial dc Justiça, após certificar a ocorrência. procederá
a citação com HORA CERTA, na forma estabelecida nos arts. 252 e segs. do novo CPC.
Juiz de Direito
Nome DER - DE
Endereço: SAM, BLOCO C, F_DIFICIO SEDE DER, SETOR COMPLEMENTAR, RitAsta.tA - 11)1=
ATENCÃO: Os documentos encaminhados com a Carta Precatória pelo Juizo de minem. cuias
chaves de acesso estão acim descritas. poderão ser acessados na Internet por meio do endereço:
htlioslipje.thift.jus.bdpjefProcessofConsuliaDocumentofiistView.seam
1 de 2 18A34/2018 17:38
(Mis. 2: Conforme disposto na Portaria Conjunta 95, de 10 de dezembro de 2014, do TJDFT, tratando-se o requerido de pessoa
jurídica, a contrate não acompanha o mandado.
18041017165188900000015038867
mimprirpi rj
2 de 2 18/04/2018 17:38
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) de Direito da 1ª Vara
da Fazenda Pública da Comarca de Uberlândia – Minas Gerais
Proc.: 5023231-06.2016.8.13.0702
I - DA TEMPESTIVIDADE
sendo assim, conforme previsto no art. 218, § 4º, do CPC/2015, o inicio deu-se em
13/06/2018, encerrando em 03/07/2018.
órgão foi responsável pela aplicação das infrações de trânsito, conseguindo apenas retirar
um histórico de infrações de sua CNH, não tendo acesso ao auto de infração.
Ora Exa., clarividente que, primeiro, o Autor teve sua carteira de habilitação
suspensa de forma indevida, por infrações causadas por veículo do qual nunca fora
proprietário e nem conhecimento.
Ainda Exa., clarividente que o Autor não poderia produzir as referidas provas,
tendo em vista que, NUNCA recebeu qualquer notificação de autuação de multas de
trânsito, de modo que, somente tomara conhecimento do ocorrido, quando foi notificado
acerca da suspensão de sua CNH, que foi justamente quando o Autor procurou entender
o que havia acontecido.
Não obstante, o Autor, acosta documento que demonstra que o mesmo possui
apenas um veículo em sua propriedade, qual seja, motocicleta Honda/CG 150 Fan, placa
HOC-9638.
Assim não há que se falar em preliminar de inépcia da inicial, vez que restara
clarividente rebatidas as alegações do 2° Requerido, devendo portanto, dar total
prosseguimento do feito.
Elucida à Vª. Exª que o Autor desconhece o agente financeiro que arrendou o
veículo gerador das infrações, e, em busca de informações da referida empresa, a mesma
localiza-se justamente no Estado de São Paulo, mais um motivo que demonstra que as
alegações do Autor são verídicas, pois, o mesmo é natural de Itumbiara/GO e reside há
muitos anos em Uberlândia/MG.
Assim, logo após a entrada em vigor da Lei nº 8.078/90 surgiu uma discussão
entre os doutrinadores quanto aos requisitos autorizadores da inversão do ônus probatório,
prevendo a lei que deve estar demonstrada a verossimilhança das alegações e a
hipossuficiência do consumidor.
Por outro lado, o Requerido detém de meios muito mais eficazes de prova.
Todavia, caso Vossa Excelência não entenda ser o caso de aplicação do ônus
da prova legal, o Novo Código de Processo Civil prevê no §1° do art. 373 a possibilidade
inversão do ônus da prova judicial, ou seja, o juiz poderá determinar a distribuição do
ônus da prova, de modo diverso, entre os integrantes da relação processual caso entenda
existir dificuldade excessiva para determinada parte (aquela que possui originalmente o
encargo de produzir a prova), e, de outro lado, verifique maior facilidade da parte adversa
em fazê-lo. Situação esta que se encaixa a Requerente, uma vez que a mesma é
hipossuficiente em questões probatórias.
Ainda Exa., clarividente que o Autor não poderia produzir as referidas provas,
tendo em vista que, NUNCA recebeu qualquer notificação de autuação de multas de
trânsito, de modo que, somente tomara conhecimento do ocorrido, quando foi notificado
acerca da suspensão de sua CNH, que foi justamente quando o Autor procurou entender
o que havia acontecido.
O 2° Requerido alega não ter cometido ato ilícito ensejador de dano moral e
material, tendo em vista que, aduzem ter agido de forma legítima e em total conformidade
com as disposições do Código de Trânsito Brasileiro, bem como tratar de aborrecimento
oriundo da própria vida numa sociedade capitalista, que está sujeita a riscos e na qual as
pessoas adultas já estão preparadas para com eles lidar.
Dano moral, frise-se é o dano causado injustamente a outrem, que não atinja
ou diminua o seu patrimônio; é a dor, a mágoa, a tristeza infligida injustamente a outrem
com reflexo perante a sociedade. Não se pode deixar de favorecer compensações
psicológicas ao ofendido moralmente que, obtendo a legítima reparação satisfatória,
poderá, porventura, ter os meios ao seu alcance de encontrar substitutivos, ou alívios,
ainda que incompletos, para o sofrimento. Já que, dentro da natureza das coisas, não pode
o que sofreu lesão moral recompor o "status quo ante" restaurando o bem jurídico
imaterial da honra, da moral, da autoestima, da dignidade da pessoa humana agredidos.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
Ora, Vossa Excelência, é evidente que houve conduta ilícita e abusiva dos
Requeridos contra o Requerente, o que provocou sérios constrangimentos de ordem moral
desnecessários e que ultrapassam as barreiras do mero aborrecimento.
individual, vida privada, recato, abuso de direito, enfim, o patrimônio moral que
resguarda a personalidade no mais lato sentido.
Para Cahali:
Desta forma, sobre o valor a ser fixado a título de dano moral não se tem no
ordenamento jurídico brasileiro limites pré-determinados para o arbitramento de tal dano,
contudo, existem alguns requisitos para se chegar ao valor da condenação.
Por todo exposto, requer o Autor que seja fixado o valor de R$50.000,00
(cinquenta mil reais) a título de danos morais, valor este justo, sensato e atendendo assim
a todos os requisitos para arbitramento de dano moral.
analíticos e jurídicos, desde que compatíveis com a real extensão do dano sofrido pelo
Autor e pelas especificidades do caso.
O Requerido alega que o Autor não faz prova de que a cassação de sua CNH
e os gastos com a realização de curso para obtenção de nova CNH tenham relação causal
direta com os fatos narrados, ou seja, não estabelece o nexo de causalidade, tornando
inviável a obtenção de ressarcimento de danos materiais sem a prova de ligação entre as
situações.
Também preceitua o art. 927 do Código Civil: “Aquele que, por ato ilícito
(art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Em razão desse fato, teve o Requerente que arcar com diversas despesas,
causando danos patrimoniais que podem ser claramente demonstrados nos documentos
anexados à inicial.
advocatícios, tendo em vista que, tal tese foi alegada na exordial e não impugnadas pelo
3° Requerido.
V – DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Nesses termos,
Pede deferimento.
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (a) de Direito da 1ª Vara
da Fazenda Pública da Comarca de Uberlândia – Minas Gerais
Sendo assim, informa o Autor que possui interesse nas seguintes provas:
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
O ESTADO DE MINAS GERAIS, por sua Procuradora, vem, à presença de V. Exa., dizer que
NÃO tem provas a produzir.
Termos em que,
Pede deferimento.
Procuradora do Estado
11286317
MASP
94483
OAB/MG
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Intimar.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
***Segundo o artigo 455 do CPC, cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele
arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. Devendo
juntar aos autos a carta com aviso de recebimento, com antecedência de pelo menos 3 dias da audiência.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Intimação do autor:
***Segundo o artigo 455 do CPC, cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele
arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. Devendo
juntar aos autos a carta com aviso de recebimento, com antecedência de pelo menos 3 dias da audiência.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Intimação do Estado de Minas Gerais que também está respondendo pelo DEER - MG:
***Segundo o artigo 455 do CPC, cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele
arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. Devendo
juntar aos autos a carta com aviso de recebimento, com antecedência de pelo menos 3 dias da audiência.
I. PRELIMINAR
O despacho de ID sob n°. 48384973, ora atacada não deve permanecer por não
representar o melhor direito para o caso em questão.
O depoimento pessoal pode ser solicitado pela parte adversa ou por determinação
do juízo, com a finalidade de esclarecer todos os fatos relativos a causa de pedir, podendo
ocorrer a qualquer momento no processo.
É nítido que a falta de instrução processual, irá prejudicar o Autor, vez que a não
produção de provas que pretendiam produzir, como depoimento pessoal da parte contraria,
deixará em questionamento todo o alegado em exordial.
Nestes termos,
13341433
MASP
144341
OAB/MG
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO 5023231-06.2016.8.13.0702
Certifico e dou fé que, nesta data, faço estes autos conclusos para apreciação do pedido de reconsideração
(id50041136).
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO 5023231-06.2016.8.13.0702
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos dois (02) dias do mês de outubro (10) do ano de dois mil e dezoito (2018), nesta cidade de
Uberlândia, Estado de Minas Gerais, no Fórum, na sala das audiências, às 13:30 horas, presente o Dr.
JOÃO ECYR MOTA FERREIRA, Juiz de Direito da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias, comigo
Escrevente do Judicial, adiante nomeada, foi aberta audiência de instrução e julgamento dos autos nº
5023231-06.2016.8.13.0702da AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE AUTO DE
INFRAÇÃO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS proposta porJOSÉ
CARLOS SILVA em face de ESTADO DE MINAS GERAIS, DEPARTAMENTO DE ESTRADAS
DE RODAGEM DE MINAS GERAIS – DEER MG eDEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO
DISTRITO FEDERAL – DETRAN DF.Feitos os pregões pela Escrevente do Judicial, servindo como
porteira, constatou-se a presença do requerente, acompanhado dos advogados, Dr. Guilherme de Almeida
Souza, ausentes os réus.
Iniciada a audiência, foi ouvida uma testemunha arrolada pelo autor, tendo o juiz tomado o depoimento
pessoal deste último de ofício.
Pelo juiz foi dito o seguinte: “Uma vez que o autor mencionou já ter proposto ação no Juizado Especial
Nada mais havendo, Eu, _________________ (Carolina de Moraes Vieira Silva), Estagiária do Judicial, o
digitei e subscrevo.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
TERMO DE JUNTADA
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
02 de outubro de 2018
Autos n° 5023231-06.2016.8.13.0702
P.p. Requerentes: (
6
:),LL/I,nen.a Às
çt,
P.p. 1° Requerido:
P.p. 2° Requerido:
P.p. 3° Requerido:
Depoente: gyl.
DEPOIMENTO JUDICIAL
02 de outubro de 2018
Autos n° 5023231-06.2016.8.13.0702
P.p. Requerente:
P.p. Requeridos:
Depoente:
Nestes termos,
pede e espera deferimento.
Assim, tem-se que a causa de pedir das ações são claramente distintas, tendo
em vista que, a presente demanda, por sua vez, versa sobre Autos de Infrações lavrados
no estado de Minas Gerais, haja vista, as infrações cometidas pelo terceiro no respectivo
Estado, senão veja-se:
Tanto é verdade que os entes públicos pelas quais compõem o polo passivo
das demandas também são distintos, pois, a cada Estado deverá recair a obrigação de
reparar os danos causados ao Requerente, cada qual por seu respectivo Auto de Infração
lavrado indevidamente em face deste.
Insta frisar que as demandas tramitam também sob ritos distintos, pois,
enquanto a demanda de nº 5023231-06.2016.8.13.0702 tramita pelo Rito Ordinário, a
demanda de nº 0090782-54.2017.8.13.0702, tramita pelo Rito Sumaríssimo e desse
modo, pressupõe a tramitação de feitos sob o mesmo rito e o processo no âmbito dos
Juizados Especiais Cíveis segue rito processual próprio, com princípios norteadores
próprios, que o distingue do rito ordinário dos processos que tramitam nas varas comuns,
não restando configurado o instituto jurídico da conexão.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
COMARCA DE UBERLâNDIA
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
O ESTADO DE MINAS GERAIS, por sua procuradora que esta subscreve, vem, mui
respeitosamente, à ilustre presença de Vossa Excelência, nos termos da lei, em sede de
alegações finais, sob a forma de memorial, reiterar todos os termos das manifestações
anteriormente oferecidas, eis que ao longo da instrução processual prova alguma logrou
produzir a parte autora em seu benefício.
No mais espera confiante nos d. subsídios de V. Exa., que há de dar capital desfecho à demanda
ou julgá-la inteiramente improcedente, o que desde logo fica requerido.
Termos em que,
Pede deferimento.
13272489
MASP
142366
OAB/MG
1. FATOS
Trata-se de ação na qual a parte autora alega não ter adquirido o veículo GM Classic Life
2008/2009, cor preta, placas JHP 0269, Renavam 00991070607, embora esteja recebendo
notificações em razão do cometimento de infrações de trânsito.
Fica esclarecido que o Detran/DF não tem legitimidade para responder pelo pedido de
devolução de valores relativos a tributos, impostos, licenciamento de competência do Distrito
Federal, haja vista ser pessoa jurídica diversa do ente federado, possuindo patrimônio próprio que
não se confunde com o daquele. De igual forma, não respode o Detran/DF por valores devidos a
título de seguro obrigatório à Seguradora Líder, pois esta tem personalidade jurídica diversa.
A petição da parte autora deve ser indeferida (art. 330 do NCPC), uma vez que se constitui
de um emaranhado de questões fáticas que se sucedem sem muita lógica, prejudicando a
compreensão da lide para uma defesa adequada.
Por sua vez, o art. 330, § 1º, do CPC considera "inepta a petição inicial quando: I - lhe faltar
pedido ou causa de pedir; II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que
se permite o pedido genérico; III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si".
No caso, não é possível saber como a parte autora chegou ao valor da causa, muito menos
sua narrativa permite aferir corretamente quanto seriam os danos materiais, havendo uma
notória sobreposição de valores entre preço do veículo, financiamento bancário e juros.
Por outro lado, não fica claro onde a parte autora alega que a fraude teria ocorrido, já que
o Ente Público recebeu a documentação de forma regular, tendo cuidado apenas de proceder aos
atos de transferência, nos exatos termos previstos na legislação de regência.
Desse modo, é preciso que a parte autora emende sua petição inicial a fim de esclarecer
em qual momento realmente ocorreu a fraude, devendo imputar culpa ou dolo adequadamente,
pois não cabe ao Detran/DF imiscuir-se na documentação que tenha sido recebido regularmente.
Desse modo, requer seja intimada a parte autora a promover emenda à petição inicial,
denunciação da lide e/ou chamamento ao processo, na medida e de acordo com a situação
fático-jurídico de que tEm conhecimento, correndo essa estratégia processual por sua conta e
risco.
Além de tudo, a documentação trazida com a petição inicial não contribui para demonstrar
as alegações. Assim, não tendo a parte autora se desincumbido do ônus probatório (art. 373 do
NCPC), devem os pedidos ser julgados improcedentes, conforme a jurisprudência distrital.
Com efeito, a eventual perda da propriedade do veículo pela parte autora somente pode
ser atribuída ao alienante do bem e à própria autora, que não tomou as cautelas exigíveis para a
aquisição do automóvel.
Isto porque o Detran/DF é parte alheia ao negócio jurídico entabulado entre vendedor e
comprador. Se a autora adquiriu veículo eivado de vício no documento de liberação, e somente
após foi constatada a existência da irregularidade, não há como se atribuir à Autarquia a
responsabilidade pela conduta do terceiro alienante.
Nessa ordem de idéias, não há como se imputar ao Ente Público responsabilidade pelo
evento, pois as vistorias realizadas pelo integram tão-somente o procedimento administrativo de
transferência e registro do automóvel e levam em consideração as informações passadas pelas
autarquias de outras unidades da federação e os documentos apresentados pelas partes.
Não se pode olvidar, ainda, que a transferência da propriedade de bem móvel ocorre com
a tradição, de modo que a intervenção dos órgãos administrativos relativamente à efetivação do
registro só ocorre quando já estava concluído o negócio jurídico e, portanto, caracterizado o dano.
Já foi dito que o Detran/DF não tem legitimidade para responder pelo pedido de devolução
de valores relativos a tributos, impostos, licenciamento de competência do Distrito Federal, haja
vista ser pessoa jurídica diversa do ente federado, possuindo patrimônio próprio que não se
confunde com o daquele.
De igual forma, não respode o Detran/DF por valores devidos a título de seguro obrigatório
à Seguradora Líder, pois esta tem personalidade jurídica diversa.
Se a parte autora estava na posse do bem como se dona fosse e o utilizava nas vias
públicas do Distrito Federal, não faz sentido postular a devolução de valores a título de imposto de
propriedade, licenciamento, seguros, muito menos as multas de trânsito.
Não cabe indenização de danos morais no caso, pois no máximo trata-se de aborrecimento
oriundo da própria vida numa sociedade capitalista, que está sujeita a riscos e na qual as pessoas
adultas já estão preparadas para com eles lidar.
Estabelece o art. 945 do Código Civil: "Se a vítima tiver concorrido culposamente para o
evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano".
A responsabilidade civil decorre de uma conduta que causa dano a outrem, ambos ligados
por um nexo de causalidade. Causa esta que serviria apenas ao antecedente fático ligado
necessariamente ao resultado danoso como uma consequência direta e imediata.
Esse ato humano, sendo negativo ou positivo, é decorrente de uma conduta ilícita
voluntária que gera o resultado lesivo. A especificação do Código Civil é que o ato ilícito advenha
de ação ou omissão, negligência ou imprudência, mas que, principalmente, viole direito, causando
prejuízo a outrem, conforme se vê:
Agindo dessa forma, caberá a devida reparação aos danos causados ao bem que sofrera
prejuízo. Assim preceitua o CC:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Portanto, para que haja, no caso dos presentes autos, a obrigação desse Ente Federativo
de indenizar, é preciso analisar as alegações feitas, a fim de identificar os requisitos necessários
para a caracterização da responsabilidade civil do Estado. Da narrativa do requerente, em sua
peça vestibular, verifica-se que não houve conduta ilícita por parte dos agentes estatais. Ao
contrário, a todo o tempo o requerente ataca de forma grosseira a autarquia requerida.
Assim, após a leitura da exposição fática feita pelo requerente, o qual utiliza de má-fé ao
tentar atribuir qualquer conduta ao requerido, visto a ausência de responsabilidade deste ou de
seus agentes, tecendo comentários falaciosos contra o requerido e seus agentes que estavam
cumprindo seu trabalho estritamente legal, no gozo de suas funções e atribuições, não merece
guarida nenhum dos pleitos apresentados pelos requerentes.
AUSÊNCIA DE DOLO
MERO ABORRECIMENTO
Desse modo, a resposta do Poder Judiciário a situações como a dos autos deve ser
enérgica, uma vez que não se pode admitir que pessoas ingressem na Justiça com a finalidade de
auferir vantagem dos cofres públicos. Assim, deve o pedido ser julgado improcedente.
Cabe ressaltar que toda prova é o modo pelo qual o magistrado passa a ter conhecimento
dos fatos que envolvem a relação jurídica posta à apreciação da jurisdição, que julgará com base
na demonstração da ocorrência dos fatos.
Isso significa que devem ser provados os fatos alegados para que haja o livre
convencimento do julgador sobre o objeto demandado. Contudo, deve tais provas ser idôneas e
hábeis para corroborar com a tese de existência dos fatos. Sobre o assunto, ensina a doutrina:
HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, em seu Curso de Direito Processual Civil (22ª ed., vol. 1, p.
423), dá a lição de que o ônus “consiste na conduta processual exigida da parte para que a
verdade dos fatos por ela arrolados seja admitida pelo juiz.” Ainda, o art. 333 do CPC salienta que
ao autor incumbe provar o alegado para que seu direito seja reconhecido pelo Estado:
Ainda, os atos dos agentes estatais são revestidos pelo manto da legalidade, portanto, há
uma presunção de veracidade. O que implica a produção de provas irrefutáveis em sentido
contrário para que esta presunção deixe de ser absoluta. Além de todo o exposto, pesa a favor do
Este federado a presunção de legalidade e veracidade dos atos administrativos, não merecendo
prosperar os pleitos da exordial.
Não cabe indenização de danos morais no caso, pois no máximo trata-se de aborrecimento
oriundo da própria vida numa sociedade capitalista, que está sujeita a riscos e na qual as pessoas
adultas já estão preparadas para com eles lidar.
No caso, como a parte autora dá à causa o valor de relativo a danos materiais, infere-se daí
que os danos morais postulados são de alta monta monta.
A parte autora alega, mas não faz prova de que a cassação de sua CNH e os gastos com a
realização de curso para obtenção de nova CNH tenham relação causal direta com os fatos
narrados nos autos, ou seja, não conseguiu estabelecer nexo de causalidade, tornando inviável a
obtenção de ressarcimento de danos materiais sem a prova de ligação entre as situacões.
Estabelece o art. 945 do Código Civil: "Se a vítima tiver concorrido culposamente para o
evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano".
Nota-se dos autos que a parte autora certamente participou ou contribuiu para a
realização de um negócio jurídico que culminou com a vinculação de seu nome ao veículo.
PEDIDOS
Em face do exposto, requer que sejam acatadas as preliminares e extinto o processo sem
resolver o mérito; caso superadas, requer que sejam julgados improcedentes os pedidos autora.
I – DA TEMPESTIVIDADE
Por fim, as partes foram intimadas para apresentarem suas alegações finais.
III – DO MÉRITO
Nas referidas infrações não foram indicadas sequer o órgão aplicador conforme
pode ser verificado (histórico de multas anexo), e em razão de não saber o CHASSI e
RENAVAN do veículo, não consegue o Requerente ao menos saber, qual o órgão foi
responsável pela aplicação das infrações de trânsito, conseguindo apenas retirar um
histórico de infrações de sua CNH, não tendo acesso ao auto de infração.
Isto posto, importante frisar que o Requerente JAMAIS foi proprietário do veículo
autuado, no entanto, mesmo assim foi multado e teve sua CNH suspensa (portaria punitiva
nº 127009/2016), o que lhe ocasionou vários prejuízos, posto que teve de realizar curso
de reciclagem, e está atualmente impedido de dirigir os veículos que de fato são de sua
propriedade.
Outro fato importante, é que na data das infrações que foram atribuídas ao
Requerente, o mesmo encontrava-se em seu trabalho, sendo totalmente impossível que
tenha praticado tais infrações, visto que, nem mesmo o veículo autuado é verdadeiramente
de sua propriedade.
Por essa razão, deve ser declarada a nulidade dos autos de infração supra, nos
termos do art. 280 da Lei 9.503/97, posto que em consulta realizada à CNH do
Requerente, não consta as referidas infrações de trânsito especificadas segundo o Código
de Trânsito Brasileiro, sendo identificadas apenas por Portaria de órgão administrativo,
além da não identificação correta do proprietário e condutor do veículo.
Cumpre salientar que, diferente do que foi alegado pelas partes Requeridas, o
Requerente devidamente comprovou em documentos anexados à exordial através de
recibos, os valores dispendidos para a realização da reciclagem!
Não obstante, importante frisar ainda que, o que se discute nos presentes autos,
não é apenas o mérito das infrações cometidas e que fizeram com que o Requerente
tivesse suspensa sua CNH, mas também, a PROPRIEDADE DO VEÍCULO, que
NUNCA FOI DO REQUERENTE e as requeridas quedaram-se inertes em comprovar a
devida elaboração das autuações em nome do Requerente.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Relata que trabalha em horário comercial e que, quando do cometimento das infrações,
estava trabalhando, o que evidencia a impossibilidade de ter praticado tais transgressões.
Sustenta a responsabilidade dos entes estatais, tendo em vista que lhe foramaplicadas
penalidades sem que que houvesse a correta identificação doproprietário ou do condutor do veículo.
Aduz que, nas consultas realizadas em sua CNH, não é possível identificar especificamente
as infrações cometidas, razão pela qual asmultasdevem ser declaradas nulas.
Outrossim, destacou que tal situação lhe causou transtornos imensuráveis, além de lhe
acarretar despesas, como o curso de reciclagem, por exemplo, devendo ser indenizado por danos materiais
e extrapatrimoniais, nos termos dos artigos 927 e 196 do Código Civil.
Em seguida, declinei da competência por considerar que o Detran -DF era uma autarquia
federal. Posteriormente, contudo, os autos voltaram para esta comarca, vez que, em verdade, trata-se de
uma autarquia distrital.
Asseverou, ademais, que antes de ser aplicada a multa, é enviada uma notificação,
conferindo prazo ao infrator para impugnar o fato.
Acentuou que o dano meramente hipotético não é passível de ser indenizado e que,
inexistindo provas que demonstrem a efetiva diminuição patrimonial, não há que se falar em reparação
por dano material.
Além disso, ressaltou que não restou comprovado o dano extrapatrimonial sofrido pelo
autor, tampouco o nexo entre o suposto dano e qualquer conduta dolosa ou culposa do Estado.
Por fim, para o caso de condenação, requereuque a indenização seja fixada em observância
ao princípio da razoabilidade e pautada na moderação e no comedimento, além da aplicação do disposto
no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, quanto aos juros e à correção monetária.
Reafirmou sua ilegitimidade para devolução dos valores de tributos, já que o recolhimento
destes compete ao Distrito Federal e que, tampouco merece prosperar a pretensão indenizatória, por se
tratar de mero aborrecimento.
Outrossim, asseverou que o autor não comprovou o nexo causal necessário para
configuração do dano material, e requereu, para o caso de condenação, que a indenização seja fixada em
valor módico.
Instadas as partes a especificar provas, o autor requereu o depoimento pessoal dos réus e a
oitiva de testemunhas, enquanto os requeridos informaram que nada mais desejavam produzir.
Em seguida, o autor juntou aos autos cópia de processo proposto no juizado especial.
Intimadas para apresentar alegações finais, as partes reiteraram os termos da inicial e das
contestações.
É o relatório. Decido.
A legitimidade passiva do Detran-DF, por sua vez, é patente, vez que parte das multas
contestadas foi por ele aplicada.
Por fim, não vislumbro, no caso presente, a hipótese de litisconsórcio necessário, não
havendo razão alguma para a citação da pessoa jurídica que celebrou contrato de leasing envolvendo o
veículo em relação ao qual foram aplicadas as multas, vez que as consequências de tais recairam somente
sobre o autor.
No mérito, analisando a prova carreada aos autos, entendo que a pretensão autoral não
merece acolhimento.
Com efeito, em que pesemas alegações do autor, os documentos por ele juntados não
comprovam que ele nunca adquiriu o veículo ou residiu em Brasília, tampouco que estava em horário de
trabalho quando do cometimento das infrações de trânsito que getraram as multas questionadas.
Assim, estando o veículo registrado em seu nome, demonstra-se legítima a cobrança das
multas e a atribuição dos pontos pelas infrações, na ausência de indicação do condutor do automóvel.
Outrossim, é mister dizer que o requerente não fez prova alguma de que as notificações das
infrações estejam em desacordo com as normas do CTB, pois, ao contrário do que ele alega, as
transgressões cometidas foram devidamente identificadas e deascritas.
Estando o requerente sob o pálio da gratuidade de justiça, fica suspensa a cobrança das
verbas de sucumbência.
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Relata que trabalha em horário comercial e que, quando do cometimento das infrações,
estava trabalhando, o que evidencia a impossibilidade de ter praticado tais transgressões.
Sustenta a responsabilidade dos entes estatais, tendo em vista que lhe foramaplicadas
penalidades sem que que houvesse a correta identificação doproprietário ou do condutor do veículo.
Aduz que, nas consultas realizadas em sua CNH, não é possível identificar especificamente
as infrações cometidas, razão pela qual asmultasdevem ser declaradas nulas.
Outrossim, destacou que tal situação lhe causou transtornos imensuráveis, além de lhe
acarretar despesas, como o curso de reciclagem, por exemplo, devendo ser indenizado por danos materiais
e extrapatrimoniais, nos termos dos artigos 927 e 196 do Código Civil.
Em seguida, declinei da competência por considerar que o Detran -DF era uma autarquia
federal. Posteriormente, contudo, os autos voltaram para esta comarca, vez que, em verdade, trata-se de
Asseverou, ademais, que antes de ser aplicada a multa, é enviada uma notificação,
conferindo prazo ao infrator para impugnar o fato.
Acentuou que o dano meramente hipotético não é passível de ser indenizado e que,
inexistindo provas que demonstrem a efetiva diminuição patrimonial, não há que se falar em reparação
por dano material.
Além disso, ressaltou que não restou comprovado o dano extrapatrimonial sofrido pelo
autor, tampouco o nexo entre o suposto dano e qualquer conduta dolosa ou culposa do Estado.
Por fim, para o caso de condenação, requereuque a indenização seja fixada em observância
ao princípio da razoabilidade e pautada na moderação e no comedimento, além da aplicação do disposto
no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, quanto aos juros e à correção monetária.
Reafirmou sua ilegitimidade para devolução dos valores de tributos, já que o recolhimento
destes compete ao Distrito Federal e que, tampouco merece prosperar a pretensão indenizatória, por se
tratar de mero aborrecimento.
Outrossim, asseverou que o autor não comprovou o nexo causal necessário para
configuração do dano material, e requereu, para o caso de condenação, que a indenização seja fixada em
valor módico.
Instadas as partes a especificar provas, o autor requereu o depoimento pessoal dos réus e a
oitiva de testemunhas, enquanto os requeridos informaram que nada mais desejavam produzir.
Em seguida, o autor juntou aos autos cópia de processo proposto no juizado especial.
Intimadas para apresentar alegações finais, as partes reiteraram os termos da inicial e das
contestações.
É o relatório. Decido.
Também não há que se falar em inépcia da incial, vez que referida peça preenche todos os
requisitos exigidos pela lei processual.
A legitimidade passiva do Detran-DF, por sua vez, é patente, vez que parte das multas
contestadas foi por ele aplicada.
Por fim, não vislumbro, no caso presente, a hipótese de litisconsórcio necessário, não
havendo razão alguma para a citação da pessoa jurídica que celebrou contrato de leasing envolvendo o
veículo em relação ao qual foram aplicadas as multas, vez que as consequências de tais recaíram somente
sobre o autor.
No mérito, analisando a prova carreada aos autos, entendo que a pretensão autoral não
merece acolhimento.
Em que pesemas alegações do autor, os documentos por ele juntados não comprovam que
ele nunca adquiriu o veículo ou residiu em Brasília, tampouco que estava em horário de trabalho quando
do cometimento das infrações de trânsito que getraram as multas questionadas.
Assim, estando o veículo registrado em seu nome, demonstra-se legítima a cobrança das
multas e a atribuição dos pontos pelas infrações, na ausência de indicação do condutor do automóvel.
Outrossim, é mister dizer que o requerente não fez prova alguma de que as notificações das
infrações estejam em desacordo com as normas do CTB, pois, ao contrário do que ele alega, as
transgressões cometidas foram devidamente identificadas e deascritas.
Estando o requerente sob o pálio da gratuidade de justiça, fica suspensa a cobrança das
verbas de sucumbência.
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Relata que trabalha em horário comercial e que, quando do cometimento das infrações,
estava trabalhando, o que evidencia a impossibilidade de ter praticado tais transgressões.
Sustenta a responsabilidade dos entes estatais, tendo em vista que lhe foram aplicadas
penalidades sem que que houvesse a correta identificação do proprietário ou do condutor do veículo.
Aduz que, nas consultas realizadas em sua CNH, não é possível identificar especificamente
as infrações cometidas, razão pela qual as multas devem ser declaradas nulas.
Outrossim, destacou que tal situação lhe causou transtornos imensuráveis, além de lhe
acarretar despesas, como o curso de reciclagem, por exemplo, devendo ser indenizado por danos materiais
e extrapatrimoniais, nos termos dos artigos 927 e 196 do Código Civil.
Em seguida, declinei da competência por considerar que o Detran -DF era uma autarquia
federal. Posteriormente, contudo, os autos voltaram para esta comarca, vez que, em verdade, trata-se de
uma autarquia distrital.
Asseverou, ademais, que antes de ser aplicada a multa, é enviada uma notificação,
conferindo prazo ao infrator para impugnar o fato.
Acentuou que o dano meramente hipotético não é passível de ser indenizado e que,
inexistindo provas que demonstrem a efetiva diminuição patrimonial, não há que se falar em reparação
por dano material.
Além disso, ressaltou que não restou comprovado o dano extrapatrimonial sofrido pelo
autor, tampouco o nexo entre o suposto dano e qualquer conduta dolosa ou culposa do Estado.
Por fim, para o caso de condenação, requereu que a indenização seja fixada em
observância ao princípio da razoabilidade e pautada na moderação e no comedimento, além da aplicação
do disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, quanto aos juros e à correção monetária.
Reafirmou sua ilegitimidade para devolução dos valores de tributos, já que o recolhimento
destes compete ao Distrito Federal e que, tampouco merece prosperar a pretensão indenizatória, por se
tratar de mero aborrecimento.
Outrossim, asseverou que o autor não comprovou o nexo causal necessário para
configuração do dano material, e requereu, para o caso de condenação, que a indenização seja fixada em
valor módico.
Instadas as partes a especificar provas, o autor requereu o depoimento pessoal dos réus e a
oitiva de testemunhas, enquanto os requeridos informaram que nada mais desejavam produzir.
Em seguida, o autor juntou aos autos cópia de processo proposto no juizado especial.
Intimadas para apresentar alegações finais, as partes reiteraram os termos da inicial e das
contestações.
É o relatório. Decido.
A legitimidade passiva do Detran-DF, por sua vez, é patente, vez que parte das multas
contestadas foi por ele aplicada.
Por fim, não vislumbro, no caso presente, a hipótese de litisconsórcio necessário, não
havendo razão alguma para a citação da pessoa jurídica que celebrou contrato de leasing envolvendo o
veículo em relação ao qual foram aplicadas as multas, vez que as consequências de tais recaíram somente
sobre o autor.
No mérito, analisando a prova carreada aos autos, entendo que a pretensão autoral não
merece acolhimento.
Em que pesem as alegações do autor, os documentos por ele juntados não comprovam que
ele nunca adquiriu o veículo ou residiu em Brasília, tampouco que estava em horário de trabalho quando
do cometimento das infrações de trânsito que getraram as multas questionadas.
Assim, estando o veículo registrado em seu nome, demonstra-se legítima a cobrança das
multas e a atribuição dos pontos pelas infrações, na ausência de indicação do condutor do automóvel.
Outrossim, é mister dizer que o requerente não fez prova alguma de que as notificações
das infrações estejam em desacordo com as normas do CTB, pois, ao contrário do que ele alega, as
transgressões cometidas foram devidamente identificadas e deascritas.
Estando o requerente sob o pálio da gratuidade de justiça, fica suspensa a cobrança das
verbas de sucumbência.
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Relata que trabalha em horário comercial e que, quando do cometimento das infrações,
estava trabalhando, o que evidencia a impossibilidade de ter praticado tais transgressões.
Sustenta a responsabilidade dos entes estatais, tendo em vista que lhe foram aplicadas
penalidades sem que que houvesse a correta identificação do proprietário ou do condutor do veículo.
Aduz que, nas consultas realizadas em sua CNH, não é possível identificar especificamente
as infrações cometidas, razão pela qual as multas devem ser declaradas nulas.
Outrossim, destacou que tal situação lhe causou transtornos imensuráveis, além de lhe
acarretar despesas, como o curso de reciclagem, por exemplo, devendo ser indenizado por danos materiais
e extrapatrimoniais, nos termos dos artigos 927 e 196 do Código Civil.
Em seguida, declinei da competência por considerar que o Detran -DF era uma autarquia
federal. Posteriormente, contudo, os autos voltaram para esta comarca, vez que, em verdade, trata-se de
Asseverou, ademais, que antes de ser aplicada a multa, é enviada uma notificação,
conferindo prazo ao infrator para impugnar o fato.
Acentuou que o dano meramente hipotético não é passível de ser indenizado e que,
inexistindo provas que demonstrem a efetiva diminuição patrimonial, não há que se falar em reparação
por dano material.
Além disso, ressaltou que não restou comprovado o dano extrapatrimonial sofrido pelo
autor, tampouco o nexo entre o suposto dano e qualquer conduta dolosa ou culposa do Estado.
Por fim, para o caso de condenação, requereu que a indenização seja fixada em
observância ao princípio da razoabilidade e pautada na moderação e no comedimento, além da aplicação
do disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, quanto aos juros e à correção monetária.
Reafirmou sua ilegitimidade para devolução dos valores de tributos, já que o recolhimento
destes compete ao Distrito Federal e que, tampouco merece prosperar a pretensão indenizatória, por se
tratar de mero aborrecimento.
Outrossim, asseverou que o autor não comprovou o nexo causal necessário para
configuração do dano material, e requereu, para o caso de condenação, que a indenização seja fixada em
valor módico.
Instadas as partes a especificar provas, o autor requereu o depoimento pessoal dos réus e a
oitiva de testemunhas, enquanto os requeridos informaram que nada mais desejavam produzir.
Em seguida, o autor juntou aos autos cópia de processo proposto no juizado especial.
Intimadas para apresentar alegações finais, as partes reiteraram os termos da inicial e das
contestações.
É o relatório. Decido.
Também não há que se falar em inépcia da incial, vez que referida peça preenche todos os
requisitos exigidos pela lei processual.
A legitimidade passiva do Detran-DF, por sua vez, é patente, vez que parte das multas
contestadas foi por ele aplicada.
Por fim, não vislumbro, no caso presente, a hipótese de litisconsórcio necessário, não
havendo razão alguma para a citação da pessoa jurídica que celebrou contrato de leasing envolvendo o
veículo em relação ao qual foram aplicadas as multas, vez que as consequências de tais recaíram somente
sobre o autor.
No mérito, analisando a prova carreada aos autos, entendo que a pretensão autoral não
merece acolhimento.
Em que pesem as alegações do autor, os documentos por ele juntados não comprovam que
ele nunca adquiriu o veículo ou residiu em Brasília, tampouco que estava em horário de trabalho quando
do cometimento das infrações de trânsito que getraram as multas questionadas.
Assim, estando o veículo registrado em seu nome, demonstra-se legítima a cobrança das
multas e a atribuição dos pontos pelas infrações, na ausência de indicação do condutor do automóvel.
Outrossim, é mister dizer que o requerente não fez prova alguma de que as notificações
das infrações estejam em desacordo com as normas do CTB, pois, ao contrário do que ele alega, as
transgressões cometidas foram devidamente identificadas e deascritas.
Estando o requerente sob o pálio da gratuidade de justiça, fica suspensa a cobrança das
verbas de sucumbência.
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Relata que trabalha em horário comercial e que, quando do cometimento das infrações,
estava trabalhando, o que evidencia a impossibilidade de ter praticado tais transgressões.
Sustenta a responsabilidade dos entes estatais, tendo em vista que lhe foram aplicadas
penalidades sem que que houvesse a correta identificação do proprietário ou do condutor do veículo.
Aduz que, nas consultas realizadas em sua CNH, não é possível identificar especificamente
as infrações cometidas, razão pela qual as multas devem ser declaradas nulas.
Outrossim, destacou que tal situação lhe causou transtornos imensuráveis, além de lhe
acarretar despesas, como o curso de reciclagem, por exemplo, devendo ser indenizado por danos materiais
e extrapatrimoniais, nos termos dos artigos 927 e 196 do Código Civil.
Em seguida, declinei da competência por considerar que o Detran -DF era uma autarquia
federal. Posteriormente, contudo, os autos voltaram para esta comarca, vez que, em verdade, trata-se de
uma autarquia distrital.
Asseverou, ademais, que antes de ser aplicada a multa, é enviada uma notificação,
conferindo prazo ao infrator para impugnar o fato.
Acentuou que o dano meramente hipotético não é passível de ser indenizado e que,
inexistindo provas que demonstrem a efetiva diminuição patrimonial, não há que se falar em reparação
por dano material.
Além disso, ressaltou que não restou comprovado o dano extrapatrimonial sofrido pelo
autor, tampouco o nexo entre o suposto dano e qualquer conduta dolosa ou culposa do Estado.
Por fim, para o caso de condenação, requereu que a indenização seja fixada em
observância ao princípio da razoabilidade e pautada na moderação e no comedimento, além da aplicação
do disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, quanto aos juros e à correção monetária.
Reafirmou sua ilegitimidade para devolução dos valores de tributos, já que o recolhimento
destes compete ao Distrito Federal e que, tampouco merece prosperar a pretensão indenizatória, por se
tratar de mero aborrecimento.
Outrossim, asseverou que o autor não comprovou o nexo causal necessário para
configuração do dano material, e requereu, para o caso de condenação, que a indenização seja fixada em
valor módico.
Instadas as partes a especificar provas, o autor requereu o depoimento pessoal dos réus e a
oitiva de testemunhas, enquanto os requeridos informaram que nada mais desejavam produzir.
Em seguida, o autor juntou aos autos cópia de processo proposto no juizado especial.
Intimadas para apresentar alegações finais, as partes reiteraram os termos da inicial e das
contestações.
É o relatório. Decido.
Também não há que se falar em inépcia da inicial, vez que referida peça preenche todos os
requisitos exigidos pela lei processual.
A legitimidade passiva do Detran-DF, por sua vez, é patente, vez que parte das multas
contestadas foi por ele aplicada.
No mérito, analisando a prova carreada aos autos, entendo que a pretensão autoral não merece
acolhimento.
Em que pesem as alegações do autor, os documentos por ele juntados não comprovam que
ele nunca adquiriu o veículo ou residiu em Brasília, tampouco que estava em horário de trabalho quando
do cometimento das infrações de trânsito que geraram as multas questionadas.
Assim, estando o veículo registrado em seu nome, demonstra-se legítima a cobrança das
multas e a atribuição dos pontos pelas infrações, na ausência de indicação do condutor do automóvel.
Outrossim, é mister dizer que o requerente não fez prova alguma de que as notificações das
infrações estejam em desacordo com as normas do CTB, pois, ao contrário do que ele alega, as
transgressões cometidas foram devidamente identificadas e descritas.
Estando o requerente sob o pálio da gratuidade de justiça, fica suspensa a cobrança das
verbas de sucumbência.
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Relata que trabalha em horário comercial e que, quando do cometimento das infrações,
estava trabalhando, o que evidencia a impossibilidade de ter praticado tais transgressões.
Sustenta a responsabilidade dos entes estatais, tendo em vista que lhe foram aplicadas
penalidades sem que que houvesse a correta identificação do proprietário ou do condutor do veículo.
Aduz que, nas consultas realizadas em sua CNH, não é possível identificar especificamente
as infrações cometidas, razão pela qual as multas devem ser declaradas nulas.
Outrossim, destacou que tal situação lhe causou transtornos imensuráveis, além de lhe
acarretar despesas, como o curso de reciclagem, por exemplo, devendo ser indenizado por danos materiais
e extrapatrimoniais, nos termos dos artigos 927 e 196 do Código Civil.
Em seguida, declinei da competência por considerar que o Detran -DF era uma autarquia
federal. Posteriormente, contudo, os autos voltaram para esta comarca, vez que, em verdade, trata-se de
uma autarquia distrital.
Asseverou, ademais, que antes de ser aplicada a multa, é enviada uma notificação,
conferindo prazo ao infrator para impugnar o fato.
Acentuou que o dano meramente hipotético não é passível de ser indenizado e que,
inexistindo provas que demonstrem a efetiva diminuição patrimonial, não há que se falar em reparação
por dano material.
Além disso, ressaltou que não restou comprovado o dano extrapatrimonial sofrido pelo
autor, tampouco o nexo entre o suposto dano e qualquer conduta dolosa ou culposa do Estado.
Por fim, para o caso de condenação, requereu que a indenização seja fixada em
observância ao princípio da razoabilidade e pautada na moderação e no comedimento, além da aplicação
do disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, quanto aos juros e à correção monetária.
Reafirmou sua ilegitimidade para devolução dos valores de tributos, já que o recolhimento
destes compete ao Distrito Federal e que, tampouco merece prosperar a pretensão indenizatória, por se
tratar de mero aborrecimento.
Outrossim, asseverou que o autor não comprovou o nexo causal necessário para
configuração do dano material, e requereu, para o caso de condenação, que a indenização seja fixada em
valor módico.
Instadas as partes a especificar provas, o autor requereu o depoimento pessoal dos réus e a
oitiva de testemunhas, enquanto os requeridos informaram que nada mais desejavam produzir.
Em seguida, o autor juntou aos autos cópia de processo proposto no juizado especial.
Intimadas para apresentar alegações finais, as partes reiteraram os termos da inicial e das
contestações.
É o relatório. Decido.
Também não há que se falar em inépcia da inicial, vez que referida peça preenche todos os
requisitos exigidos pela lei processual.
A legitimidade passiva do Detran-DF, por sua vez, é patente, vez que parte das multas
contestadas foi por ele aplicada.
No mérito, analisando a prova carreada aos autos, entendo que a pretensão autoral não merece
acolhimento.
Em que pesem as alegações do autor, os documentos por ele juntados não comprovam que
ele nunca adquiriu o veículo ou residiu em Brasília, tampouco que estava em horário de trabalho quando
do cometimento das infrações de trânsito que geraram as multas questionadas.
Assim, estando o veículo registrado em seu nome, demonstra-se legítima a cobrança das
multas e a atribuição dos pontos pelas infrações, na ausência de indicação do condutor do automóvel.
Outrossim, é mister dizer que o requerente não fez prova alguma de que as notificações das
infrações estejam em desacordo com as normas do CTB, pois, ao contrário do que ele alega, as
transgressões cometidas foram devidamente identificadas e descritas.
Estando o requerente sob o pálio da gratuidade de justiça, fica suspensa a cobrança das
verbas de sucumbência.
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
Vistos etc.
Relata que trabalha em horário comercial e que, quando do cometimento das infrações,
estava trabalhando, o que evidencia a impossibilidade de ter praticado tais transgressões.
Sustenta a responsabilidade dos entes estatais, tendo em vista que lhe foram aplicadas
penalidades sem que que houvesse a correta identificação do proprietário ou do condutor do veículo.
Aduz que, nas consultas realizadas em sua CNH, não é possível identificar especificamente
as infrações cometidas, razão pela qual as multas devem ser declaradas nulas.
Outrossim, destacou que tal situação lhe causou transtornos imensuráveis, além de lhe
acarretar despesas, como o curso de reciclagem, por exemplo, devendo ser indenizado por danos materiais
e extrapatrimoniais, nos termos dos artigos 927 e 196 do Código Civil.
Em seguida, declinei da competência por considerar que o Detran -DF era uma autarquia
federal. Posteriormente, contudo, os autos voltaram para esta comarca, vez que, em verdade, trata-se de
uma autarquia distrital.
Asseverou, ademais, que antes de ser aplicada a multa, é enviada uma notificação,
conferindo prazo ao infrator para impugnar o fato.
Acentuou que o dano meramente hipotético não é passível de ser indenizado e que,
inexistindo provas que demonstrem a efetiva diminuição patrimonial, não há que se falar em reparação
por dano material.
Além disso, ressaltou que não restou comprovado o dano extrapatrimonial sofrido pelo
autor, tampouco o nexo entre o suposto dano e qualquer conduta dolosa ou culposa do Estado.
Por fim, para o caso de condenação, requereu que a indenização seja fixada em
observância ao princípio da razoabilidade e pautada na moderação e no comedimento, além da aplicação
do disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, quanto aos juros e à correção monetária.
Reafirmou sua ilegitimidade para devolução dos valores de tributos, já que o recolhimento
destes compete ao Distrito Federal e que, tampouco merece prosperar a pretensão indenizatória, por se
tratar de mero aborrecimento.
Outrossim, asseverou que o autor não comprovou o nexo causal necessário para
configuração do dano material, e requereu, para o caso de condenação, que a indenização seja fixada em
valor módico.
Instadas as partes a especificar provas, o autor requereu o depoimento pessoal dos réus e a
oitiva de testemunhas, enquanto os requeridos informaram que nada mais desejavam produzir.
Em seguida, o autor juntou aos autos cópia de processo proposto no juizado especial.
Intimadas para apresentar alegações finais, as partes reiteraram os termos da inicial e das
contestações.
É o relatório. Decido.
Também não há que se falar em inépcia da inicial, vez que referida peça preenche todos os
requisitos exigidos pela lei processual.
A legitimidade passiva do Detran-DF, por sua vez, é patente, vez que parte das multas
contestadas foi por ele aplicada.
No mérito, analisando a prova carreada aos autos, entendo que a pretensão autoral não merece
acolhimento.
Em que pesem as alegações do autor, os documentos por ele juntados não comprovam que
ele nunca adquiriu o veículo ou residiu em Brasília, tampouco que estava em horário de trabalho quando
do cometimento das infrações de trânsito que geraram as multas questionadas.
Assim, estando o veículo registrado em seu nome, demonstra-se legítima a cobrança das
multas e a atribuição dos pontos pelas infrações, na ausência de indicação do condutor do automóvel.
Outrossim, é mister dizer que o requerente não fez prova alguma de que as notificações das
infrações estejam em desacordo com as normas do CTB, pois, ao contrário do que ele alega, as
transgressões cometidas foram devidamente identificadas e descritas.
Estando o requerente sob o pálio da gratuidade de justiça, fica suspensa a cobrança das
verbas de sucumbência.
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
PROCESSO Nº 5023231-06.2016.8.13.0702
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Relata que trabalha em horário comercial e que, quando do cometimento das infrações,
estava trabalhando, o que evidencia a impossibilidade de ter praticado tais transgressões.
Sustenta a responsabilidade dos entes estatais, tendo em vista que lhe foram aplicadas
penalidades sem que que houvesse a correta identificação do proprietário ou do condutor do veículo.
Aduz que, nas consultas realizadas em sua CNH, não é possível identificar especificamente
as infrações cometidas, razão pela qual as multas devem ser declaradas nulas.
Outrossim, destacou que tal situação lhe causou transtornos imensuráveis, além de lhe
acarretar despesas, como o curso de reciclagem, por exemplo, devendo ser indenizado por danos materiais
e extrapatrimoniais, nos termos dos artigos 927 e 196 do Código Civil.
Em seguida, declinei da competência por considerar que o Detran -DF era uma autarquia
federal. Posteriormente, contudo, os autos voltaram para esta comarca, vez que, em verdade, trata-se de
uma autarquia distrital.
Asseverou, ademais, que antes de ser aplicada a multa, é enviada uma notificação,
conferindo prazo ao infrator para impugnar o fato.
Acentuou que o dano meramente hipotético não é passível de ser indenizado e que,
inexistindo provas que demonstrem a efetiva diminuição patrimonial, não há que se falar em reparação
por dano material.
Além disso, ressaltou que não restou comprovado o dano extrapatrimonial sofrido pelo
autor, tampouco o nexo entre o suposto dano e qualquer conduta dolosa ou culposa do Estado.
Por fim, para o caso de condenação, requereu que a indenização seja fixada em
observância ao princípio da razoabilidade e pautada na moderação e no comedimento, além da aplicação
do disposto no art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, quanto aos juros e à correção monetária.
Reafirmou sua ilegitimidade para devolução dos valores de tributos, já que o recolhimento
destes compete ao Distrito Federal e que, tampouco merece prosperar a pretensão indenizatória, por se
tratar de mero aborrecimento.
Outrossim, asseverou que o autor não comprovou o nexo causal necessário para
configuração do dano material, e requereu, para o caso de condenação, que a indenização seja fixada em
valor módico.
Instadas as partes a especificar provas, o autor requereu o depoimento pessoal dos réus e a
oitiva de testemunhas, enquanto os requeridos informaram que nada mais desejavam produzir.
Em seguida, o autor juntou aos autos cópia de processo proposto no juizado especial.
Intimadas para apresentar alegações finais, as partes reiteraram os termos da inicial e das
contestações.
É o relatório. Decido.
Também não há que se falar em inépcia da inicial, vez que referida peça preenche todos os
requisitos exigidos pela lei processual.
A legitimidade passiva do Detran-DF, por sua vez, é patente, vez que parte das multas
contestadas foi por ele aplicada.
No mérito, analisando a prova carreada aos autos, entendo que a pretensão autoral não merece
acolhimento.
Em que pesem as alegações do autor, os documentos por ele juntados não comprovam que
ele nunca adquiriu o veículo ou residiu em Brasília, tampouco que estava em horário de trabalho quando
do cometimento das infrações de trânsito que geraram as multas questionadas.
Assim, estando o veículo registrado em seu nome, demonstra-se legítima a cobrança das
multas e a atribuição dos pontos pelas infrações, na ausência de indicação do condutor do automóvel.
Outrossim, é mister dizer que o requerente não fez prova alguma de que as notificações das
infrações estejam em desacordo com as normas do CTB, pois, ao contrário do que ele alega, as
transgressões cometidas foram devidamente identificadas e descritas.
Estando o requerente sob o pálio da gratuidade de justiça, fica suspensa a cobrança das
verbas de sucumbência.
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O ESTADO DE MINAS GERAIS, por sua procuradora que esta subscreve, nos autos da ação em
epígrafe, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência manifestar ciência da r. sentença.
Procuradora do Estado
Proc.: 5023231-06.2016.8.13.0702
Termos que
Pede e espera deferimento.
EGRÉGIO TRIBUNAL
ILUSTRES DESEMBARGADORES
II – SÍNTESE DO PROCESSO
Além disso, para confirmar que o veículo autuado não era e jamais
foi de propriedade do Apelante, bastaria uma simples expedição de ofício para
a empresa Dibens Leasing S/A Arr Mercantil apresentar os documentos
fornecidos pelo terceiro e o respectivo contrato de
financiamento/arrendamento assinado, onde com toda certeza seria
constatado que o mesmo jamais foi proprietário do veículo e jamais realizou
qualquer negócio jurídico junto à aludida empresa.
11
12
14
Nesse sentido:
17
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Veja bem, no caso sub judice presentes estão todos estes requisitos,
eis que a empresa Apelada efetivamente cometeu ato ilícito ao expedir
autuações e multas de trânsito por infrações não cometidas pelo Apelante e
24
28
1
Cavalieri Filho, Sergio. Programa de responsabilidade civil – 11. ed. – São Paulo : Atlas, 2014.
29
31
32
Segundo prescreve o art. 186 do Código Civil, aquele que, por ação
ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
“Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.”
33
35
39
V - CONCLUSÃO
40
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
41
Termos em que,
Pede deferimento.
www.age.mg.gov.br
Avenida Comendador Alexandrino Garcia, nº 2.689, Bairro Industrial, Uberlândia – MG, CEP 38.402-288
Telefax: (34) 3253.5900
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
Colenda Câmara,
Ínclitos Julgadores,
I – SÍNTESE DA INICIAL
2
www.age.mg.gov.br
Avenida Comendador Alexandrino Garcia, nº 2.689, Bairro Industrial, Uberlândia – MG,
CEP 38.402-288 Telefax: (34) 3253.5900
Nesse sentido:
“(...) Os atos administrativos, quando
editados, trazem em si a presunção de legitimidade, ou seja, a
presunção de que nasceram em conformidade com as devidas
normas legais, como bem anota DIEZ. Essa característica não
depende de lei expressa, mas deflui da própria natureza do ato
administrativo, como ato emanado de agente integrante da
estrutura do Estado.
Vários são os fundamentos dados a essa característica. O
fundamento precípuo, no entanto, reside na circunstância de
que se cuida de aos emanados de agentes detentores de parcela
do Poder Público, imbuídos, como é natural, do objetivo de
alcançar o interesse público que lhes compete proteger. Desse
modo, inconcebível seria admitir que não tivessem a aura de
legitimidade, permitindo-se que a todo momento sofressem
algum entrave oposto por pessoas de interesses contrários. Por
3
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CEP 38.402-288 Telefax: (34) 3253.5900
4
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5
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Assim, não há fato que dê causa aos supostos danos alegados pelo
autor e não há de se cogitar de culpa estatal.
6
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a) intensidade da ofensa;
8
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A dor moral deve aflorar das provas dos autos para possibilitar sua
mensuração, sob pena de enriquecimento sem causa.
9
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Não há, pois, que se falar em danos morais sofridos pelo apelante,
razão pela qual a manutenção da r. sentença é a medida que se impõe.
IV – CONCLUSÃO
Nestes Termos,
Pede deferimento.
13
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CEP 38.402-288 Telefax: (34) 3253.5900
O DISTRITO FEDERAL, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, por seu Procurador, no exercício
regular das atribuições do cargo, regularmente constituído por força de lei, nos autos do processo em
epígrafe, vem, respeitosamente, apresentar CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO para o Egrégio
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, pelas razões de fato e de direito aduzidas em apenso.
Termos em que
Pede deferimento
OAB/DF 25292
CONTRARRAZÕES DA APELAÇÃO
Colenda Turma.
I-DOS FATOS
Trata-se de ação declaratória de nulidade de auto de infração cumulada com danos materiais e morais em
razão da multa de trânsito aplicada ao apelante entre os anos de 2010 e 2011, em razão da propriedade do
veículo exercida naquele período do automóvel veículo I/GM Classic Life 2008/2009, cor preta,
Brasília-DF, Placa JHP 0269.
Alega o apelante que pelas infrações imputadas a ele, teve a CNH suspensa em razão da pontuação
elevada, o que ensejou a realização do curso de reciclagem para ter novamente a habilitação.
A sentença reconheceu a legitimidade passiva do Detran DF, mas julgou os pedidos improcedentes, uma
vez que o autor não comprovou que nunca residiu em Brasília e que não possuía veículo, considerou,
portanto, legítimas a cobrança das multas e atribuição dos pontos pelas infrações, pois o autor não
conseguiu indicar qual seria o condutor do veículo naquele momento.
II – DO MÉRITO
Com efeito, a eventual perda da propriedade do veículo pelo apelante somente pode ser atribuída
ao alienante do bem e à própria autora, que não tomou as cautelas exigíveis para a aquisição do
automóvel.
Isto porque o Detran/DF é parte alheia ao negócio jurídico entabulado entre vendedor e comprador. Se a
autora adquiriu veículo eivado de vício no documento de liberação, e somente após foi constatada a
existência da irregularidade, não há como se atribuir à Autarquia a responsabilidade pela conduta do
terceiro alienante.
Nessa ordem de ideias, não há como se imputar ao Ente Público responsabilidade pelo evento, pois as
vistorias realizadas pelo integram tão-somente o procedimento administrativo de transferência e registro
do automóvel e levam em consideração as informações passadas pelas autarquias de outras unidades da
federação e os documentos apresentados pelas partes.
Não se pode olvidar, ainda, que a transferência da propriedade de bem móvel ocorre com a tradição, de
modo que a intervenção dos órgãos administrativos relativamente à efetivação do registro só ocorre
quando já estava concluído o negócio jurídico e, portanto, caracterizado o dano.
Repita-se: a vistoria realizada no Detran/DF para fins de emplacamento do veículo restringe-se aos
aspectos de identificação e segurança do veículo, sem investigações profundas de fraude, furto ou outro
tipo de adulteração, na medida em que destinada ao mero registro de propriedade do veículo. Portanto,
não há qualquer respaldo para se imputar ao Detran/DF a responsabilidade pela ocorrência de eventual
irregularidade na transferência do veículo.
No caso, a parte autora postular indenizacao de danos morais de alta monta. Todavia, para essa situação,
em que a parte autora praticamente nada prova dos fatos articulados, no máximo seria cabível uma
indenização de R$ 2.000,00 se houver comprovação desses acontecimentos.
No que toca ao pedido de indenização por dano moral, o Distrito Federal reitera que o conjunto fático
probatório colacionado aos autos não permite inferir que este Ente (ou seus prepostos) tenha causado
Tal situação dos autos configure-se mero aborrecimento, passível de ocorrência pelos fatos da vida, não
ensejando danos morais. Faz partes das relações humanas pequenos contratempos, não se podendo fazer
disso uma nova fonte de renda. No caso dos autos, verifica-se que a intenção do apelante é conseguir
vantagem pecuniária com base no suposto não cumprimento do dever de agir dos agentes de trânsito do
requerido.
Com efeito, indevido o pretendido pagamento de indenização por dano moral, que não pode ter o escopo
de enriquecimento ilícito da parte, mas sim de justa reparação, quando de fato existente fundamento fático
e jurídico para impor qualquer condenação ao Erário, o que, definitivamente não é o caso desta ação.
Pede-se pela improcedência total do pedido de indenização por danos morais, eis que não há prova
alguma nos autos da existência de uma conduta injusta e ilícita praticada por prepostos deste Ente,
tampouco de omissão ou falha na prestação de qualquer serviço.
Assim, ressalta-se mais uma vez que não cabe indenização de danos morais no caso, pois no máximo
trata-se de aborrecimento oriundo da própria vida numa sociedade capitalista, que está sujeita a riscos e
na qual as pessoas adultas já estão preparadas para com eles lidar.
O que pretende o apelante é se utilizer do caso, para obter um enriquecimento ilícito. Tais atitudes são
coibidas pelo Poder Judiciário, conforme ementa de jurisprudência, in verbis:
Assim, qualquer responsabilidade civil decorre de uma conduta que causa dano a outrem, ambos ligados
por um nexo de causalidade. Causa esta que serviria apenas ao antecedente fático ligado necessariamente
ao resultado danoso como uma consequência direta e imediata.
Esse ato humano, sendo negativo ou positivo, é decorrente de uma conduta ilícita voluntária que gera o
resultado lesivo. A especificação do Código Civil é que o ato ilícito advenha de ação ou omissão,
negligência ou imprudência, mas que, principalmente, viole direito, causando prejuízo a outrem,
conforme se vê:
Agindo dessa forma, caberá a devida reparação aos danos causados ao bem que sofrera prejuízo. Assim
preceitua o CC:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
A obrigação de indenizar do Estado, decorrente da responsabilidade civil, deverá abrigar para a sua
caracterização o dano causado à terceiro por agente estatal, unidos pelo nexo de causalidade, conforme o
art. 37, § 6°, da Constituição Federal preceitua:
Art. 37. (...) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Portanto, para que haja, no caso dos presentes autos, a obrigação desse Ente Federativo de indenizar, é
preciso analisar as alegações feitas, a fim de identificar os requisitos necessários para a caracterização da
responsabilidade civil do Estado. Da narrativa do apelante, verifica-se que não houve conduta ilícita por
parte dos agentes estatais.
Para o deferimento do pedido do apelante, deve-se demonstrar existência de procedimento malicioso por
parte por parte do Ente Público, mas no caso não ficou demonstrado qualquer procedimento de má-fé por
parte da Autarquia, mas mero cumprimento da determinação legal quanto aos procedimentos adotados
nos casos de apreensão do veículo, cobrança de diárias, leilão do veículo, abertura de processo de
execução fiscal e inscrição na dívida ativa quando do não pagamento do valor devido à Fazenda Pública.
Face ao exposto, não restam dúvidas de que o apelante não faz jus à indenização por danos morais
conforme pleiteado, porque ausentes os requisitos necessários para tanto, devendo, portando, serem
julgados improcedentes todos os pedidos que ali foram feitos
Quanto ao dano material, o apelante alega, mas não faz prova de que a cassação de sua CNH e os gastos
com a realização de curso para obtenção de nova CNH tenham relação causal direta com os fatos narrados
nos autos, ou seja, não conseguiu estabelecer nexo de causalidade, tornando inviável a obtenção de
ressarcimento de danos materiais sem a prova de ligação entre as situacões.
A toda evidência, o valor requerido a título de indenização por dano moral é flagrantemente incompatível
com os elementos constantes dos autos e em desalinho com a jurisprudência do TJDFT. Em hipóteses de
igual gravidade, o TJDFT tem sido bem mais parcimonioso, com o escopo de evitar condenações
Nesse particular, se reconhecida à responsabilidade do poder público, assevera-se que, embora o fato
danoso tenha como consequência proporcionar profundo sofrimento, o patamar indenizatório pleiteado
ultrapassa, e em muito, o que vem sendo decidido, além de dissociar-se dos critérios norteadodes da
fixação do dano moral, como se infere do julgado seguinte:
Em linha de arremate, na hipótese remota de condenação, forçosa é a fixação de indenização por danos
morais em patamar bem aquém do requerido pelo apelante.
Em relação aos argumentos invocados com vistas ao afastamento da presunção de legalidade e veracidade
dos atos administrativos, melhor sorte não assiste ao apelante. Como é cediço, em virtude das
prerrogativas que militam em favor dos atos administrativos, pelo apelante estaria investida no ônus de
demonstrar a nulidade do auto de infração e apreensão do veículo. A propósito do tema, confira-se o
seguinte aresto da jurisprudência do TJDFT:
Portanto, o afastamento da referida presunção somente se poderia delinear após ampla dilação probatória
e com amparo em fartos elementos de convencimento, o que não ocorre nos presentes autos. Além disso,
os documentos trazidos com a exordial, não demonstram ter havido qualquer licitude do ato
Cabe ressaltar que toda prova é o modo pelo qual o magistrado passa a ter conhecimento dos fatos que
envolvem a relação jurídica posta à apreciação da jurisdição, que julgará com base na demonstração da
ocorrência dos fatos.
Isso significa que devem ser provados os fatos alegados para que haja o livre convencimento do julgador
sobre o objeto demandado. Contudo, deve tais provas ser idôneas e hábeis para corroborar com a tese de
existência dos fatos. Sobre o assunto, ensina a doutrina:
“examinando o que seria(m) o(s) conceito(s) jurídico(s) de prova (rectius, meio[s] de prova), concluímos
que consite(m) naqueles meios, definidos pelo Direito ou contidos por compreensão num sistema jurídico
(v. arts. 332 e 366), como idôneos a convencer prova como resultado) o juiz da ocorrência de
determinados fatos, os quais vieram ao processo em decorrência de atividade, principalmente dos
litigantes (prova como atividade).” (ARRUDA ALVIM, Manual de Direito Processual Civil, 6ª ed., vol
2, p. 440)
HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, em seu Curso de Direito Processual Civil (22ª ed., vol. 1, p. 423),
dá a lição de que o ônus “consiste na conduta processual exigida da parte para que a verdade dos fatos por
ela arrolados seja admitida pelo juiz.” Ainda, o art. 333 do CPC salienta que ao autor incumbe provar o
alegado para que seu direito seja reconhecido pelo Estado:
Art. 333 - O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito.
Destarte, se faz indubitavelmente necessária a apresentação de provas adequadas para a comprovação dos
fatos narrados na inicial, o qual não houve no caso em voga. Não existem meios aptos que demonstrem
que o veículo de propriedade do requerente foi realmente clonado. Ou ainda, que não estava no local, no
dia e horário indicado no auto de infração em anexo.
Ainda, os atos dos agentes estatais são revestidos pelo manto da legalidade, portanto, há uma presunção
de veracidade. O que implica a produção de provas irrefutáveis em sentido contrário para que esta
presunção deixe de ser absoluta. Além de todo o exposto, pesa a favor do Este federado a presunção de
legalidade e veracidade dos atos administrativos, não merecendo prosperar os pleitos da exordial.
Por firm, os honorários de sucumbência não devem ser majorados para 20%, pois não preenche a causa os
requisitos do art. 85, §2º, uma vez que se trata de causa corriqueira, não apresenta grande relavância,
sendo mais uma para o escritório de advocacia.
Em face do exposto, pede e espera o Distrito Federal que esse Egrégio Tribunal não dê provimento à
apelação, mantendo a sentença recorrida.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
OAB/DF -25292
Vistos etc.
Ao TJMG.
Juiz(íza) de Direito
Avenida Rondon Pacheco, 6130, - lado par, Tibery, UBERLâNDIA - MG - CEP: 38405-142
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que procedi a remessa dos autos para o e. Tribunal de Justiça, conforme segue.
NOME
CARGO
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