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I – DA TEMPESTIVIDADE
II – DA PRETENSÃO INICIAL
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O autor alega que contra si foi protestada,
indevidamente, a nota promissória n° 5764651, emitida em 14/09/1994, no valor
de R$ 6.643,11 (seis mil, seiscentos e quarenta e três reais e onze centavos) , em favor
do Banco Itaú S.A. Aduz que não sabe a origem do débito que originou o protesto
do título e que suportou abalo por conta desse equívoco.
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7.2. Nota promissória de minha emissão, sem
vencimento e valor expressos, avalizada pelas
pessoas ao final nomeadas, QUE ASSINAM ESTE
CONTRATO, CONCORDANDO COM SEUS TERMOS, E
QUE RESPONDERÃO SOLIDARIAMENTE POR TODAS AS
OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS POR MIM.
7.2.1. – na hipótese de atraso no pagamento ou de
vencimento antecipado, autorizo o Itaubanco a
preencher a nota promissória no valor total da dívida.”
- grifamos
III - PRELIMINARES
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transcorreram-se 4 anos, ou seja, menos da metade do prazo de prescrição
estipulado pelo Código Civil de 1917, que era de vinte anos.
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Desde 11/01/2003 o novo Código Civil vigorava.
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O autor formulou pedido ilíquido no tocante aos
danos materiais.
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IV – MÉRITO
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“EXTINÇÃO DO PROCESSO - Personalidade jurídica -
Cartório de Registro de Imóveis - Repartição
administrativa - Ausência de capacidade de ser parte
em juízo - Determinação da extinção do processo sem
exame do mérito - Artigo 267, IV, do CPC - Recurso
improvido quanto ao tema.
CAMBIAL - Nota promissória - Falta de
pagamento no vencimento - Envio a protesto -
Exercício regular de um direito - Não
demonstração de má fé e negligência -
Descabimento de indenização por dano moral -
Redução, porém, dos honorários advocatícios -
Apelação em parte provida para esse fim.”
(Primeiro Tribunal de Alçada Cível de São Paulo -
PROCESSO: 0815505-9 - RECURSO: Apelação -
ORIGEM: Sorocaba - JULGADOR: 12ª Câmara -
JULGAMENTO: 28/11/2000 - RELATOR: Matheus Fontes
- REVISOR: Campos Mello - DECISÃO: Deram
Provimento Parcial, VU) - grifamos
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indenização se haja de dar sem ter havido agente culpável, é preciso que se tire do
texto legal".
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não se torna responsável, uma vez que não há a
relação de causa e efeito. Não basta, com efeito, que o
dano pudesse sobrevir por efeito da conduta do agente,
mas é preciso que se produza na realidade como
conseqüência desta e não de outro acidente.” (grifos do
contestante)
2
Antigo artigo 1.060, do CC, novo art. 403.
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A propósito, decisão unânime da 15ª Câmara Cível
do E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ( in RJTJESP - LEX 125/175),
apreciando pretensão semelhante, deve ser colacionada:
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“Não há como negar que contribuiu o representante da
autora para o ocorrência do ato que reputar ter-lhe
causado danos.
...mas o fato é que a autora foi intimada por carta
registrada como aviso de recebimento quanto ao
apontamento do título e nada declarou conforme
informado no instrumento de protesto de fls.
26... Não consta que a autora por seus
representante tenha ao menos tentado obstar o
protesto.” (g/n)
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estar desempregado!) ou tenha suportado qualquer tipo de abalo moral durante o
lapso temporal decorrido do protesto até a devida baixa da mácula. Preferiu,
contudo, seguir o caminho da indenização.
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(Ag.I.42.383-3 - Rio Grande do Sul, STJ, Rel. Min.
Cláudio Santos, DJU. 21.02.94, nº 197, pág. 21685)
(grifamos)
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Patrimônio é qualquer bem exterior com relação ao sujeito e que seja capaz de classificar-se na
ordem da riqueza material, quase sempre valorável, para satisfazer uma necessidade econômica,
ou, como descrito no Dicionário Aurélio, “é um complexo de bens, materiais ou não, direitos, ações,
posse e tudo o mais que pertença a uma pessoa ou empresa e seja suscetível de apreciação
econômica”.
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Reparar o dano significa indenizar, tornar indene o
prejuízo. Indene é o que se mostra íntegro, perfeito, incólume. E a reparação de
dano deve ser feita de molde que a situação anterior seja reconstituída.
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Ora, a prova dos autos é contundente no sentido
de que o autor não experimentou qualquer prejuízo, tão pouco teve lucro frustrado,
em decorrência do ato questionado.
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ganhar”, sendo de se exigir venha o esbulhado
demonstrar haver possibilidade precisa de ganho, sem o
que não há que falar em lucros cessantes.” (1º TACSP -
3ª C.- Ap. 476.842/1- Rel. Antonio de Pádua Ferraz
Nogueira, j.01-06-93) - grifamos
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vultosos, recomendando o arbitramento com moderação, independente da
intensidade da culpa ou do dano.
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Caso de reparação de dano moral, inexistindo, nesse
ponto, ofensa a texto de lei federal.
2. Em não sendo mais aplicável a indenização a que se
refere a Lei nº 5.520/67, deve o juiz no entanto
quantificá-la moderadamente. O critério da pena de
multa máxima prevista no Cód. Penal (em dobro,
segundo o disposto no Cód. Civil, art. 1.547, parágrafo
único) nem sempre é recomendável.
3. O valor da indenização por dano moral não
pode escapar ao controle do Superior Tribunal de
Justiça.
4. Recurso especial conhecido pelo dissídio e provido
em parte, para reduzir-se o valor da condenação.”
(RECURSO ESPECIAL Nº 53.321 - RJ - (Registro nº
94.0026523-9) - Relator: O Sr. Ministro Nilson Naves -
Recorrente: Jornal do Brasil S/A - Recorrido: Eduardo
Mayr - Advogados: Drs. Sérgio Bermudes e outros, e
Francisco Antônio Fabiano Mendes e outro -
Sustentação Oral: Dr. Marcelo Alexandre Lopes (pelo
recorrente) – v.u. - Publicado no DJ de 24-11-97 - RSTJ
105/230). – grifos nossos
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Sem argumentação plausível, pede o autor o
arbitramento indenizatório em equivalente a R$ 664.311,00 – mais de 2.700
salários mínimos. O quantum pretendido tem sido objeto de rejeição por parte
do Poder Judiciário.
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(j. 11/08/98 - Apelação Cível 6585/98 - TJRJ - 18ª
Câmara Cível - unânime – Relª. Desª. Helena Bekhor –
AASP nº 2090) – grifamos
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(Primeiro Tribunal de Alçada Civel de São Paulo -
PROCESSO: 0829311-6 - RECURSO: Apelação -
ORIGEM: São Paulo - JULGADOR: 10ª Câmara -
JULGAMENTO: 04/06/2002 - RELATOR: Frank Hungria -
REVISOR: Simões de Vergueiro - DECISÃO: Deram
Provimento Parcial) – grifos nossos
V - DO PEDIDO
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Na hipótese de afastamento das preliminares, seja
a demanda julgada totalmente improcedente, com a condenação do autor nas
verbas sucumbenciais.
2003/30
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