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AO JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE CALDAS NOVAS – GOIÁS.

Processo apensado aos autos de número XXXXXXXXXX


(PRELIMINAR de suspensão do processo – item I)

NOME DA REQUERENTE, nacionalidade, estado civil, profissão, filha de (Nome do Pai) e (Nome
da Mãe), portadora do documento de identidade com registro geral sob o nº XXXXXXXXX SSP/UF,
e inscrita no CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, nomedarequerente@gmail.com, residente e
domiciliada na Rua L, Qd. XX, Lt. XX, Bairro, Município – UF, CEP: XXXXX-000, por meio de sua
procuradora in fine assinada (procuração acostada), estabelecida profissionalmente no endereço
constante no cabeçalho, vem, nos termos dos artigos 539 a 543 do Código de Processo Civil,
propor procedimento especial de

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO DE QUANTIA EM DINHEIRO C/C PEDIDO DE


SUSPENSÃO, em desfavor de

NOME DA PESSOA JURÍDICA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº
XX.XXX.XXX/0001-XX, com escritório à (endereço completo), neste ato representado
judicialmente, nos termos do artigo 75, inciso VII, do Código de Processo Civil, pelo sócio
administrador NOME DO SOCIO, nacionalidade, estado civil, profissão, filho de (Nome do Pai) e
(Nome da Mãe), portador do documento de identidade com registro geral sob o nº XXXXXXXXX
SSP/UF, e inscrita no CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, nomedarequerente@gmail.com,
residente e domiciliada na Rua L, Qd. XX, Lt. XX, Bairro, Município – UF, CEP: XXXXX-000 , pelos
fatos e fundamentos a seguir expostos.

- PRELIMINAR DE SUSPENSÃO DO PROCESSO E OS FATOS


O Requerente é consumidor adquirente da unidade M-04 do EMPREENDIMENTO, localizado em
Mansões, conforme contrato de compra e venda nº XXX, cujo valor total é de R$ 76.112,00
(setenta e seis mil, cento e doze reais), divididos em 142 parcelas iguais, vencidas mensal e
sucessivamente, no valor inicial de R$ 536,00 (quinhentos e trinta e seis reais) cada, que será
paga através de boleto bancário em 15/03/2016.

Esse, por sua vez, tem a obrigação de pagar uma parcela mensal por aquisição da chácara,
conforme contrato de compra e venda acostado. Essa ação foi protocolizada em apenso a ação
principal do processo digital número xxxxx, que diz respeito a uma ação de exigir contas,
cumulada com obrigação de fazer e outros, cujas partes são as Demandadas dessa ação (Autora:
xxxx e Ré: xxxxxxx), aqui ambas são Demandadas, onde cada uma tem direito a 50% (Cinquenta
por cento) da integralidade dessa parcela, conforme contrato de parceria principal, que pré-
antecede a existência dos contratos de ‘compra e venda’ realizado com os adquirentes.
Processo principal que está em fase inicial ainda, somados ao fato de que todos os processos já
foram remetidos e reunidos a esse juízo, visto que, foi reconhecida a conexão deles.

Esse, por sua vez, é mais um consumidor adquirente cliente ao qual optou por seguir as
instruções do departamento jurídico da empresa, e vem realizando o pagamento das parcelas
em juízo, que se qualifica como parte adversa ao litígio ao qual está inserido, afinal, o objeto
perseguido pelas Demandadas são as quantias em dinheiro das parcelas desses consumidores
adquirentes, daí a necessidade dos depósitos em juízo, pois, como se sabe, as parcelas a
receber do empreendimento eram depositadas integralmente na conta pessoal do sócio da
Demandada, visto a confusão financeira, devido a recebimentos de 100% (cem por cento) das
parcelas, gastos sem limites do sócio de forma pessoal, dando ‘desvio de finalidade’, o que vem
acumulando uma dívida que aumenta a cada dia mais, somados ao fato que a EMPRESA,
chamou para si uma obrigação que não é sua (obrigação de cobrar é da primeira Autora,
determinada em cláusula contratual), o que propiciará em danos morais a esses adquirentes,
visto que, estão cobrando de quem não está inadimplente, sem falar no constrangimento ao
qual vem passando, afinal, são vítimas do litígio travado entre as Demandadas.

Os pagamentos em juízo das parcelas é medida acautelatória de instrução do departamento


jurídico da empresa, para que, a empresa não mais receba os rendimentos do negócio
unilateralmente, nem tampouco continue não repassando os valores a qual a mesma faz jus, e
ainda, desviando o destino do dinheiro para suprir suas necessidades exclusivamente pessoais,
como estava acontecendo e ainda ocorre, como demonstram as provas dos extratos bancários
acostados na ação principal.

E quanto ao fato de que o consumidor adquirente outorgou procuração a essa patrona, a fim de
que cuide de seus interesses, visto que lhe foi disponibilizado advogada da empresa (pressupõe
que a despesa é dessa, também desprovida de recursos no presente momento, conforme
provado no processo principal), comum as partes, porém, demonstrada sua boa-fé, afinal, ambas
as empresas litigantes estão inseridas no polo passivo das ações de consignação, cujo intuito é
manter todos os pagamentos do empreendimento garantidos em juízo, por meio de deposito
judicial, após final sentença de mérito, e obtenção de auditoria para levantamento dos valores
recebidos ‘por fora’, não contabilizados, e que a (administradora exclusiva – cláusula terceira
do contrato original) desconhece que somente poderá ser conquistada no processo principal.

Sendo assim, Excelência, o Autor está ciente de todo o impasse, a ainda, assim, escolheu fazer o
certo e pagar as parcelas em juízo, demonstrando o objetivo de não prejudicar nenhuma
empresa, e que seja feito o justo na proporção do direito de cada, e também a fim de garantir
que a empresa não o incomode, com alegações de inadimplência e notificações de que não vai
assinar a escritura ao próprio e simultaneamente, é explicito que essa ação somente poderá
prosseguir após o julgamento do mérito da ação principal de nº xxxx (Ação de Exigir Contas),
visto que os objetos estão ligados diretamente, motivo pelo qual, vem requerer,
preliminarmente, a suspensão do processo, nos termos do artigo 313, V, alínea “a”, do CPC, e
seus acessórios (quantia em dinheiro) que autoriza a suspensão quando a sentença de mérito
depender do julgamento da declaração de existência de relação jurídica de outro processo
pendente.

- DOS REQUISITOS DE ADMINISSIBILIDADE

- DA CONCESSÃO PROVISÓRIA DA GRATUIDADE

Por ter relação direta com o processo principal nº XXXXXXX (Ação de Exigir Contas), que depende
do julgamento do mérito para dar prosseguimento, gostaria que as custas, referente a esse
processo fossem recolhidas apenas ao final, uma vez que, esse deverá ficar suspenso até findado
aquele, por esse motivo requer seja deferida a concessão provisória da gratuidade, permissiva na
legislação.

- DO CABIMENTO

O artigo 539, caput do CPC determina que:

Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com


efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.

Como descrito no item I, que existe uma pendência quanto a “quem se deve pagar”, vez que as
duas empresas afirmam serem as competentes para receber os pagamentos, e diante da ação de
exigir contas com obrigação de fazer que a empresa LTDA move em desfavor de XXXXX, a única
via segura para que esse seja liberado da dívida, e possa receber a sua escritura no futuro, sem
prejudicar nenhuma dessas empresas, é a consignação em pagamento nesse juízo competente.

- DA MODALIDADE DA OBRIGAÇÃO
No presente caso a modalidade é quantia em dinheiro do valor integral das parcelas respectivas,
que é de R$ 582,76 (Quinhentos e oitenta e dois reais e setenta e seis centavos), e das
sucessivas, conforme o artigo 541, caput, do CPC.

Artigo 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas,


pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais
formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5
(cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.

- DO DEPOSITO JUDICIAL

Conforme relatório de parcelas (acostado), foram pagos 23 (vinte e três) parcelas por meio de
boletos na conta pessoal do sócio da XXXX, que totaliza R$ 12.825,14 (doze mil oitocentos e vinte
e cinco reais e quatorze centavos), 03 (três) pagamentos em dinheiro repassados à XXXXXX LTDA,
no valor de R$ 1.747,10 (um mil setecentos e quarenta e sete reais e dez centavos), e a partir de
15/02/2018 esse veio pagar em juízo, o que faz juntada do comprovante de depósito judicial do
valor da primeira parcela atualizada com juros devidos até a data do recolhimento, no valor da
parcela repassado pelo departamento jurídico da XXXXX LTDA, cadastrado na conta judicial de
nº XXXXXXXXXXXXXX, que deverá ser apensada no processo em epígrafe, em cumprimento à
exigência do artigo 542, inciso I do CPC.

- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

- DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR

O Código Civil é taxativo quanto ao instituto do pagamento, que determina “Daqueles a Quem se
Deve Pagar”:

Artigo 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o


represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto
quanto reverter em seu proveito. Artigo 309. O pagamento feito de boa-fé
ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor.
Artigo 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz
de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente
reverteu. Artigo 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o
portador da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção
daí resultante. Artigo 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de
intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele
oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão
constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o
regresso contra o credor.

A lei determina que o devedor deva pagar somente a quem pode dar a quitação, vez que, não
vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, no caso, se o Autor pagar ao
credor incapaz de quitar, poderá o credor legítimo e competente, detentor de obrigação
exclusiva, exigir que o devedor, pague de novo, portanto, como as duas Demandadas alegam
serem competentes para fazê-lo, e diante da demanda já existente, mais conveniente que essa
faça o pagamento por meio judicial.

- DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS


Ante o exposto, requer a procedência do pedido para que:

a) Seja o presente processo apensado ao processo principal de nº XXXXXXXXXX (Ação de Exigir


Contas, Obrigação de Fazer e Cumprimento de Cláusulas Contratuais, Cobrança, Notificação
Judicial, com Danos Morais e Materiais c/c Pedido Liminar de Arresto e Bloqueio de Ativos
Bancários);

b) Seja deferida a concessão provisória da gratuidade;

c) Seja determinada a suspensão do processo e dos seus acessórios (quantia em dinheiro), nos
termos do artigo 313, V, alínea “a”, do CPC, que autoriza a suspensão quando a sentença de
mérito depender do julgamento da declaração de existência de relação jurídica de outro
processo pendente, no caso o processo principal já informado;
d) Seja realizada a citação pessoal das empresas XXXXXXX LTDA na (endereço completo) e
XXXXXX LTDA na (endereço completo), nessa cidade, para oferecer contestação, no prazo legal,
nos termos do artigo 542, II, do CPC.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos.

Dá-se à causa o valor de R$ 6,996,12 (Seis mil, novecentos e noventa e seis reais e doze
centavos).

Termos em que, pede deferimento.

Caldas Novas – Goiás, 15 de março de 2019.

(Assinado digitalmente)
Sanmatta Raryne Souza
Advogada – OAB/GO nº 42.261

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