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Art. 3º, § 3ºdo Código de Processo Civil: “(...) § 3º A conciliação, a mediação e outros
métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes,
advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do
processo judicial”.
O Estado moderno possui duas características: a primeira ele é laico; e segundo ele
possuiu o monopólio do direito.
A lógica desse sistema é sempre conflituosa, o direito surge para colocar fim a um
conflito. O conflito é formalizado dentro de um processo, para evitar a vingança direta,
formando-se uma triangularização, onde o Estado intervém para solucionar o atrito entre
as partes.
No século XX surgiu uma nova concepção, a justiça restaurativa, nela o poder de decisão
não é mais do Estado e sim conferido as partes envolvidas na demanda, o foco não é mais
na punição, mas, na promoção do dialogo entre as partes para resolução de conflitos, a
vitima passa a ter um papel ativo na decisão, o infrator pode assumir e negociar os efeitos
de suas responsabilidades, a solução não é mais julgado e sim negociado, e o processo é
mais célere. Ou seja, são reduzidos os efeitos processuais que não são resolvidos entre a
vitória e derrota, aqueles que são vividos no mundo real, resultando em insatisfação de
ambas as partes.
A Ellen Gracie Northfleet, deu o ponta inicial e estimulo para que as partes tivessem
dialogo para resolução de conflitos. Em 2006 ela criou a semana nacional de conciliação.
Na conciliação, existe um conciliador, ele tem um certo poder sobre o mérito da causa,
oferece, incentiva e força um acordo entre as partes.
A medição está mais próxima da justiça restaurativa, pois, o mediador não tem poder
sobre as partes, ele é apenas um coordenador das reuniões, estimulador de dialogo entre
as partes, evita adentrar no mérito da discursão, está ali para esclarecer consequências,
seu papel é fazer com que as partes se comuniquem e resolvam seus problemas com um
acordo.