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MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO

WERNA KARENINA MARQUES DE SOUSA


DCJ | SÃNTA RITA

Utiliza-se técnicas e ferramentas que
podem ser aplicadas da melhor
forma para que todos os envolvidos
tenham uma chance real de expor o
RESOLUÇÃO que pensam e sentem em relação ao
DE
CONFLITOS conflito, e quais são as suas
expectativas para o futuro.
Slide /2
Conhecimento Boa Controle
Habilidades de outros comunicação emocional
domínios do
requeridas saber

Slide /3
ENTRA NO ORDENAMENTO JURÍDICO A
PARTIR DO PREÂMBULO CONSTITUCIONAL

CONSAGRADO No ART. 4, INCISO VII DA CF

T RESOLUÇÃO 125/2010 DO CONSELHO


MEDIAÇÃO NACIONAL DE JUSTIÇA
NO BRASIL
LEI NO 13.140/2015 - LEI DE MEDIAÇÃO

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NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL O
NCPC, preceitua que o Estado promoverá,
Q sempre que possível, a solução consensual
dos conflitos (art. 3º, § 2º).
ART. 165,
Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual
de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e
audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento
de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a
autocomposição.

MEDIAÇÃ
§ 1º A composição e a organização dos centros serão definidas
pelo respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho

O NO
Nacional de Justiça.
§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em
que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá

BRASIL
sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as
partes conciliem.
§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em
que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos
interessados a compreender as questões e os interesses em
conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da
Slide /5 comunicação, identificar, por si próprios, soluções
consensuais que gerem benefícios mútuos.
No Brasil a conciliação remonta à época imperial (século
XVI e XVII), precisamente nas Ordenações Manuelinas
(1514) e Filipinas (1603) que trazia em seu livro III, título
XX, § 1º, o seguinte preceito: “E no começo da demanda
dirá o Juiz a ambas as partes, que antes que façam
Conciliação despesas, e sigam entre eles os ódios e dissensões, se
devem concordar, e não gastar suas fazendas por
no Brasil seguirem suas vontades, porque o vencimento da causa
sempre é duvidoso.
Na Constituição Imperial Brasileira (1824), a conciliação
ganhou status constitucional. O texto trazia, em seu artigo
161, o seguinte texto: “Sem se fazer constar que se tem
intentado o meio da reconciliação não se começará
processo algum”.
Em 1943, entra em vigor a Consolidação das Leis do
Trabalho (Decreto-Lei n. 5.452, de 1/5/1943), trazendo em
seu artigo 764 e parágrafos, a obrigatoriedade de se buscar
sempre nos dissídios individuais e coletivos do trabalho, a
conciliação entre as partes, deixando a decisão do Juízo
Slide /6 somente para o caso de não haver acordo (art. 831).
Art. 149 do CPC – Auxiliares da
Justiça
Art. 165 a 175 do CPC – Disciplina
mediadores e conciliadores de
Mediadores e Câmaras Privadas de Conciliação e
Conciliadores Mediação
Art. 148, II do CPC – Aplicam-se os
motivos de impedimento e suspeição
aos Auxiliares de Justiça: Arts. 144
(impedimentos) Art. 145 (Supeição)

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1 CPC
2 LEI 13.140/2015

PRINCÍPIOS
DA
MEDIAÇÃO E
CONCILIAÇÃO

Slide /8
No Código de Processo Civil o fomento aos
meios consensuais é destacado logo no início.
Não enseje posturas “encorajadoras”
CONCILIAÇÃO inapropriadas. Uma iniciativa isenta e
E PODER esclarecedora sobre os meios de composição de
JUDICIÁRIO conflito (e não sobre o mérito do caso, para evitar
comprometimento da imparcialidade) pode ser
mais produtiva para angariar adesão aos
mecanismos.
Sendo dever do magistrado, a qualquer tempo,
promover a autocomposição, audiências são
designadas para a tentativa de celebração de
acordos.
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A audiência de conciliação ou mediação, a ser realizada em
AS AUDIÊNCIAS momento anterior à apresentação da contestação, conforme art.
DE 334 do CPC. Nessa perspectiva, a Fazenda Pública não foi repelida
desse procedimento, apesar de seus interesses serem, via de regra,
CONCILIAÇÃO E indisponíveis. Nesse sentido, “as Fazendas Públicas devem dar
MEDIAÇÃO publicidade às hipóteses em que seus órgãos de Advocacia Pública
NOS estão autorizados a aceitar autocomposição”. Entretanto, o
legislador não elencou nenhuma especificidade para a audiência de
CONFLITOS conciliação ou mediação quando o ente público for sujeito
ENVOLVENDO processual. Nesse caso, frisa-se que, em decorrência do princípio
A FAZENDA da legalidade, o administrador público só poderá transacionar se
houver previsão legislativa para tal. Contudo, conforme previsto no
PÚBLICA artigo 3º, § 3º, do CPC/2015, cabe aos advogados o estímulo aos
meios de autocomposição, como também informar ao juízo caso
sobrevenha autorização para transação, como forma de obedecer
ao artigo supracitado.

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TIPOS DE 1.Mediação do tipo facilitadora;
MEDIAÇÃO
2.Mediação do tipo avaliativa;
3.Mediação do tipo narrativa;
4.Mediação do tipo transformativa; e
5.Mediação do tipo warattiana.
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Direito de família : separação, divórcio, revisão de pensão, guarda de
filhos, adoção, conflitos entre pais e filhos ou entre amigos etc. No
âmbito empresarial: que envolva conflitos internos nas empresas ou
Áreas de entre empresas, bem como entre empresas e organizações,
instituições ou mesmo corporações também poderiam ser mediadas.
atuação Questão na área civil, como locação, relações condominiais, dissolução
de sociedades empresariais ou não, inventários e partilhas, perdas e
danos. E ainda, qualquer questão no âmbito comercial, como contratos em
geral, títulos de crédito, fretes, seguros etc. Qualquer questão na área
trabalhista, quando abordados os aspectos legais, tanto dissídios
coletivos quanto dissídios individuais. Qualquer questão com relação ao
meio ambiente, incluindo os órgãos de fiscalização, as pessoas
jurídicas e físicas e os órgãos públicos. Qualquer questão no âmbito da
escola, que poderá fazer uso do instrumento a partir de um plano em que
se implementa a cultura da paz em uma escola ou uma rede de ensino.

Slide /12
Caput do art. 695 do Novo CPC
que "recebida a petição inicial e,
a. se for o caso, tomadas as
providências referentes à tutela
SOLUÇÕES provisória, o juiz ordenará a

DE citação do réu para comparecer


à audiência de mediação e
CONFLITO conciliação".

EM "é admissível, no procedimento


DIREITO b. de mediação, em casos de
fundamentada necessidade, a
DE participação de crianças,
FAMÍLIA adolescentes e jovens
respeitado seu estágio de

desenvolvimento e grau de
compreensão – quando o conflito
(ou parte dele) estiver relacionado
Slide /13 aos seus interesses ou direitos"
Houve uma
ampliação do texto REGISTRO
anterior, cabendo o JUDICIAL
inventário
INTERESSADOS
extrajudicial, por CAPAZES
escritura pública,

SOLUÇÃO DE se o testamento foi SEM CONFLITO


CONFLITOS registrado perante
DE INTERESSES
EM DIREITO
SUCCESÓRIO o juízo ou se este
autorizar

Slide /14
expressamente a
via administrativa.
1 2
1. Preparacão para a Mediação; 3. Reunião de informações;
2. Inicio do Processo de 4. Identificação de questões,
Mediação; interesses e sentimentos;

PROCESSO 3 4
DE 5. Esclarecimento da controvérsia
7. Aproximação do acordo,
MEDIAÇÃO e dos interesses, reconhecimento
8. Encerramento do processo.
dos sentimentos ;
6. Resolução de questões;

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Tipos de Conflitos que podem ser
mediados

As partes poderão mediar sobre todos os temas de direito de família:


guarda do menor, estabelecimento de visitas, provisão de alimentos

MEDIAÇÃO (pensão alimentícia), divórcio consensual, divisão de bens,


investigação de paternidade com ou sem exame de DNA.
E DIREITO Nos casos de separação e divórcio consensual, as partes poderão

DE procurar um centro judiciário de solução de conflitos e cidadania


(cejusc). Poderão fazer sem custos a separação judicial e divórcio
FAMÍLIA consensual. que será conduzida por um conciliador ou mediador
judicial e homologada por um juiz, após 15 dias será expedida a
certidão de homologação do acordo judicial do divórcio consensual, as
partes poderão ir até o cartório e pedir a averbação do divórcio.
Slide /16
CASO
PRÁTICO Ouvir e resumir
as informações

Identificar as
questões, interesses
e sentimentos
Caso Esclarecimento das
prático controvérsias

Resolução de
questões
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Considerações finais

Slide /18
WERNA KARENINA MARQUES DE SOUSA
@PROF_WERNAMARQUES

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