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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
“Nenhum jurista pode dispensar o contingente do passado a fim de bem compreender as instituições
jurídicas dos dias atuais.” (WALDEMAR FERREIRA – 1962)
Deriva do latim “tripalium”, que era uma espécie de instrumento usado por agricultores para bater, rasgar
e esfiapar o trigo, milho e linho.
No século VI, os Romanos criaram um instrumento semelhante aos dos agricultores e com o mesmo nome,
com a finalidade de TORTURAR.
✓ Evolução mundial:
Sem direitos;
Propriedade do “dominus”
1º vogal: EMPREGADO
2º vogal: EMPREGADOR.
Audiência: Hoje.
Menores e mulheres casadas: Não poderiam pleitear sem a necessidade dos pais ou responsável legal, ou
seja, só poderiam pleitear com a autorização do pai ou do marido.
Divisão:
José Cretella Jr (1988:7) afirma que “princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais,
típicas que condicionam todas as estruturações subsequentes. Princípios, neste sentido, são os alicerces
da ciência”.
a. Princípios gerais:
✓ Juiz natural: Juízo adequado para o julgamento de determinada demanda, ou seja, ninguém pode ser
julgado senão por autoridade devidamente investida de jurisdição.
• Já existem regras/ normas / leis que fixam a competência;
• Proibição de juízos extraordinários ou tribunais de exceção. (trib. Criados após os fatos) (art. 5º,
XXXVII, CF): “XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;”.
OBS: TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO: (ART. 5º, XXXVII, CF): É aquele instituído em caráter temporário e/ou
excepcional; Tal corte NÃO CONDIZ com o ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO;
É constituído ao OPOSTO DOS PRINCÍPIOS básicos de direito constitucional processual, tais como:
contraditório e ampla defesa; legalidade, igualdade...
✓ Publicidade: (ART. 93, IX, CF); cujo objetivo é o de permitir o controle democrático e social das
atividades do Poder Judiciário.
✓ Fundamentação das decisões: (ART. 93, IX, CF);
“IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes
e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;”
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
b. Princípios específicos
✓ Jus postulandi:
É a possibilidade do empregado e do empregador litigarem sem a necessidade de constituírem advogados,
ou seja, confere aqueles sujeitos da relação de emprego capacidade postulatória para prática de atos
processuais, como se infere do art. 791 da CLT:
Art. 791, CLT: “Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do
Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.
Limitações e Exceções:
Cabe esclarecer que, em se tratando de recurso perante o Supremo Tribunal Federal ou no Superior
Tribunal de Justiça, este deverá ser subscrito por advogado, sob pena de o apelo não ser conhecido.
SÚMULA 425 DO TST.
✓ Perícia: No processo do trabalho é o próprio oficial de justiça que avalia o bem quando vai fazer a
penhora do mesmo, eliminando a necessidade de contratação de perito;
✓ Audiência una: A realização da audiência una, na qual é feita a tentativa de conciliação e também é
apresentada a defesa juntamente com a realização de provas, pode ser considerada uma simplificação
do procedimento processual;
✓ Comunicação: A comunicação se dá pelo correio. O oficial de justiça se dá somente em casos especiais;
✓ FONTES FORMAIS:
As Fontes Formais, por sua vez, são o resultado da pulsão das fontes materiais, caracterizando-se como a
realização concreta e efetiva destas últimas.
As Fontes Formais são “o fenômeno de exteriorização final das normas jurídicas, os mecanismos e
modalidades mediante os quais o direito transparece e se manifesta”.
Nesse sentido, essa modalidade de fonte também apresentam uma DIVISÃO ESPECÍFICA, abarcando as:
MEDIAÇÃO: é uma forma de solução de conflitos na qual uma terceira pessoa, neutra e imparcial, facilita o
diálogo entre as partes, para que elas construam, com autonomia e solidariedade, a melhor solução para o
conflito. A Mediação não tem um prazo definido e pode terminar ou não em acordo, pois as partes têm
autonomia para buscar soluções que compatibilizem seus interesses e necessidades.
CONCILIAÇÃO: é um método utilizado em conflitos mais simples, ou restritos, no qual o terceiro facilitador
pode adotar uma posição mais ativa, porém neutra com relação ao conflito e imparcial. É um PROCESSO
CONSENSUAL BREVE, que busca uma efetiva harmonização social e a restauração, dentro dos limites
possíveis, da relação social das partes.
OBS: As duas técnicas são norteadas por princípios como informalidade, simplicidade, economia
processual, celeridade, oralidade e flexibilidade processual e são regidas pela Resolução n. 125/2010 – CNJ.
ARBITRAGEM: É um meio extrajudicial de solução de conflitos, definido em Lei, onde pessoas físicas ou
jurídicas buscam voluntariamente uma solução rápida e definitiva da controvérsia, que verse sobre DIREITO
patrimonial DISPONÍVEL.
Na arbitragem, as partes, através de uma convenção privada, escolhem um ou mais árbitro(s), que
decidirá(ao) o litígio de maneira ágil e eficaz, PROFERINDO DECISÃO DEFINITIVA E IRRECORRÍVEL.
Jurisdição
SIGNIFICADO: todas atividades que os juízes exercem em nome do estado, prestando a garantia
jurisdicional.
Trata-se da obrigação do Estado em dizer quem tem o direito, ou seja, de dirimir os conflitos.
São os juízes que resolvem – de um modo imparcial – todos os conflitos de interesse entre empregados e
empregadores.
A jurisdição tem íntima relação com a competência. Tradicionalmente, fala-se que a competência é a
medida da jurisdição de cada órgão judicial. É a competência que legitima o exercício do poder jurisdicional.
Com razão, Marcelo Abelha Rodrigues, ao afirmar que “todo juiz competente possui jurisdição, mas nem
todo juiz que possui jurisdição possui competência”. É, pois, do exame dessa medida da jurisdição que se
saberá qual órgão judicial é competente para julgar determinada causa.
A jurisdição da Justiça do Trabalho se estende a TODO TERRITÓRIO NACIONAL, por se tratar de uma justiça
federal.
Art. 116. CF - Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um JUIZ SINGULAR.
OBS: Em comarcas onde não exista jurisdição de Vara do trabalho, a lei pode atribuir competência
trabalhista ao Juiz de Direito (arts. 668 e 669 da CLT e art. 112 da CF).
Competência
Obs.: Emenda Constitucional 45/04.
Obs. 2:Em estados que não exista a jurisdição da justiça do trabalho, é atribuída competência a justiça
comum. (art. 668 e 669, CLT; art. 112, CF).
Obs. 3: Nas varas do trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular, ou seja, o órgão de primeira
instância, aqui no caso é Juiz do Trabalho. (art.116, CF.)
Anteriormente, o artigo 114 CF previa que "compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios
individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores “.
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AGORA está previsto que "compete à Justiça do Trabalho PROCESSAR E JULGAR as AÇÕES ORIUNDAS DA
RELAÇÃO DE TRABALHO" (inciso I).
Se o funcionário for demitido ou exonerado e quiser processar o Estado, o Município ou a União, ele vai
para Justiça Federal ou a do Trabalho? Depende, se o regime contratação do funcionário Público for
estatutário, ele entra com ação na esfera Federal. Mas se o regime for celetista será na esfera da Justiça do
Trabalho.
1. COMPETÊNCIA MATERIAL: dispõe sobre quais as matérias que serão julgadas pelo judiciário
trabalhista: art. 114 da cf. Sempre que a causa de pedir e o pedido formulado se enquadrarem em uma
das hipóteses do art.114, CF, a competência será da Justiça do Trabalho. Tem-se entendido que a
determinação da competência material da Justiça do Trabalho é fixada em decorrência da causa de
pedir e do pedido.
A competência material original do processo do trabalho, nada mais é do que o julgamento de lides que se
originam da relação de emprego (empregado + empregador).
ATENÇÃO: Somente é competência da Justiça do Trabalho as pessoas jurídicas de direito privado, inclusive
as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Competência do STJ:
Competência do TRF:
Competência do TJ:
III. as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores;
IV. os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver
matéria sujeita à sua jurisdição;
VI. as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII. as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
O órgão de fiscalização é o Ministério do Trabalho.
VIII. a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos
legais, decorrentes das sentenças que proferir;
Tal competência é, na verdade, uma prerrogativa de foro. Em função do exercício de determinados cargos
ou em função de determinadas qualificações jurídicas, algumas lides serão atraídas para a Justiça do
Trabalho ou afastadas dela.
Por força do art. 114 da CF, será competente a Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações em que
figurarem como parte:
IV. Celetistas de Administração Publica direita e indireta (regidos pela CLT) - trabalham para a União,
Estado, DF, Municípios, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista, etc. (inciso I);
V. o INSS, quando promove a execução das contribuições previdenciárias (inciso VIII);
VI. Ministério Público do Trabalho, na hipótese do § 3- do art. 114 da CF.
VII. Servidores de cartórios extrajudiciais
VIII. Atletas profissionais.
3. COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Art. 651 CLT dispõe sobre o local aonde a ação trabalhista deve ser ajuizada.
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o
empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado
noutro local ou no estrangeiro.
Obs.: Competência territorial – relativa – vedada arguição de oficio pelo juiz – arguição pela parte
interessada- exceção de incompetência – arguição na defesa (junto com a contestação – sob pena de
prorrogação.
Arguição: alegação fundamentada.
4. COMPETÊNCIA FUNCIONAL
A competência funcional consiste na distribuição de atividade entre os diversos órgãos jurisdicional que
devam atuar no mesmo processo.
▪ Varas do Trabalho: É exercida monocraticamente pelo juiz titular. Art. 647 a 659 da CLT.
▪ Tribunal Regionais do Trabalho: Art.670ao 683 da CLT.
▪ Tribunal Superior do Trabalho: basicamente visa uniformizar a jurisprudência – Lei 7701/89 e
Regimento Interno do TST.
Pode ser:
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✓ Vertical (hierárquica ou por graus) - É feito com base no sistema hierarquizado de distribuição de
competências entre os diversos órgãos judiciais.
✓ Horizontal: Feita com base nos órgãos judiciais do mesmo grau de jurisdição.
Conflitos de competência
São inúmeras as possibilidades de conflitos de competência entre os órgãos jurisdicionais, embora o art.
803 da CLT tenha fixado que os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre:
É preciso que se identifique, de todo modo, que somente é possível a existência de conflitos entre órgãos
de mesma hierarquia. Se hierarquicamente inferior, não há falar conflito entre órgãos judiciais, dado que a
declaração do hierarquicamente superior prevalecerá, tal qual pontua a Súmula 420 do TST.
SÚMULA 420, TST. Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do
Trabalho a ele vinculada.
De acordo com o CPC, art.66, caput e parágrafo único, há conflito de competência quando:
Os conflitos de competência:
• Entre Juízes do Trabalho da mesma Região, são solucionados pelo TRT respectivo;
• Entre juízes do Trabalho de diferentes Regiões, são solucionados pelo TST respectivo;
“Súmula 236 STJ: Não compete ao Superior Tribunal de Justiça dirimir conflitos de competência
entre juízos trabalhistas vinculados a Tribunais Regionais do Trabalho diversos.”
• Entre Juízes do Trabalho e juízes estaduais ou juízes federais, são solucionados pelo TRT;
• O Juiz de direito exerce jurisdição trabalhista nas localidades em que não haja Varas do Trabalho ou
esta não tenha jurisdição sobre o local. NESSE CASO, a competência para resolver o conflito
envolvendo jurisdição trabalhista entre o Juiz de direito e o Juiz do trabalho será o TRT!!!
• ATENÇÃO: Não pode configurar conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Juiz a
ele vinculado; nem entre TRT e TST, considerando o escalonamento hierárquico dos órgãos
jurisdicionais.
TRT X TST NAÕ EXISTE
Prerrogativas: Art. 33 do LOMAN: Lei organica da Magistratura Nacional e tambem na lei complementar nº
35/1979.
I - ser ouvido como testemunha em dia, hora e local previamente ajustados com a autoridade ou Juiz de
instância igual ou inferior;
II - não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão especial competente para o julgamento,
salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação e
apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a que esteja vinculado (vetado);
III - ser recolhido a prisão especial, ou a sala especial de Estado-Maior, por ordem e à disposição do
Tribunal ou do órgão especial competente, quando sujeito a prisão antes do julgamento final;
IV - não estar sujeito a notificação ou a intimação para comparecimento, salvo se expedida por autoridade
judicial;
V - portar arma de defesa pessoal.
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Ex.: uma causa está sendo patrocinada pelo Escritório X e a esposa do magistrado é advogada desse
escritório.
As varas de trabalho são os órgãos de primeira instância da justiça do trabalho, exercendo a jurisdição local
onde se encontra, devendo a lei definir sua competência territorial.
Compete as varas do trabalho, processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho (CF, art. 114, I
a IX) e aquelas que, por exclusão, não sejam de competência originaria dos tribunais trabalhistas.
Obs.: Em cada vara há um juiz do trabalho titular (fixo), e um substituto (não é fixo), ambos são nomeados e
empossados pelo desembargador presidente do TRT, após aprovação em concurso público.
Nas comarcas onde não existir Vara do Trabalho, a lei pode atribuir competência jurisdicional trabalhista
aos juízes de direito (art. 668, CLT; art. 112, CF).
Art. 112 CF. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.
Súmula n. 10 do STJ
Instalada a Vara do Trabalho, cessa a competência do juiz de direito em matéria trabalhista, inclusive para a
execução das sentenças por ele proferidas.
Obs.: Os juízes dos TRTs são chamados de “Desembargadores do Trabalho (resolução CSJT nº 104/2012),
sendo nomeados pelo presidente da república, e seu número varia em função do volume de processos
recebidos/examinados pelo tribunal.
1/5 dentre advogados (com mais de 10 anos de atividade profissional) e membros do MPT (com mais de 10
anos de efetivo exercício profissional) (art. 94, CF).
I. um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II. os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.
EC nº 45/ 2004.
TRT instalará justiça itinerante visando a celeridade processual. Os TRTs podem funcionar de forma
descentralizada, com a criação de câmaras regionais, o que permite o acesso a jurisdição.
Compete ao TRT, originariamente, processar e julgar as ações de sua competência originária (ex.: dissídios
coletivos, mandados de segurança, ações rescisórias); em grau recursal julga os recursos das decisões de
varas de trabalhos.
Segundo o § 1º do artigo em questão, serão instaladas pelos TRTs a Justiça Itinerante, que é uma forma de
levar a jurisdição do trabalho a lugares mais longes e necessitados, através de unidades móveis.
Composição
✓ Sede em Brasília;
✓ Composto por 27 Ministros; dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República,
após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. Sendo:
a. 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e do Ministério
Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício.
b. Os demais dentre juízes dos TRTs, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio
TST.
✓ Maiores de 35 e menores de 65 anos;
✓ Nomeados pelo Presidente da República;
✓ Necessário sabatina e aprovação por maioria absoluta do senado;
✓ Segue também as regras do quinto constitucional.
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Art. 111-A CF. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado
Federal, sendo:
I. um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;
II. os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira,
indicados pelo próprio Tribunal Superior.
Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e
realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa
do juiz ou presidente.
Princípio da publicidade: cujo o objetivo é o de permitir o controle democrático e social das atividades do
Poder Judiciário. em regra, todos os atos são públicos e qualquer pessoa pode ter acesso àquele processo;
salvo quando segredo de justiça.
EXCEÇÃO: a penhora poderá ser feita em um dia não útil em horário distinto, porém somente com a
autorização do juiz.
• CITAÇÃO: é o ato notificatório pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para
integrar a relação processual (art. 238 do CPC).
CPC, Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou interessado para integrar
a relação processual.
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• INTIMAÇÃO é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo (art. 269 do
CPC).
CPC, Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.
IMPORTANTE: Na Justiça do Trabalho se utiliza o termo NOTIFICAÇÃO para todos os casos, para citar quanto
para intimar alguém.
• Postal;
• Edital;
• Oficial de Justiça; ou
• Eletrônica.
• OFICIAL DE JUSTIÇA:
✓ Se dará no PROCESSO DE EXECUÇÃO para que o executado cumpra o julgado. (art. 880 CLT).
✓ Se o endereço do Reclamado se localizar em zona não servida por entrega domiciliar de
correspondência, ou seja, o endereço do reclamado não tem a entrega de correios.
• NOTIFICAÇÃO POR EDITAL: Ocorre quando o reclamado cria dificuldades para o recebimento da
notificação postal, e se por acaso não for encontrado, ocorrera a notificação através de edital.
É importante ter cuidado quanto à ordem dessas notificações. Assim, com base na CLT, a notificação é feita
primeiramente pela via postal, e depois por edital.
Art. 841, §1. CLT - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o Reclamado criar embaraços
ao recebimento da notificação postal para comparecimento à audiência ou não for encontrado, far-se-á a
notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado
na sede da Vara ou Juízo.
Vale lembrar que a regra geral é a citação via postal. Caso não seja possível, então parte-se para a citação
via edital.
PRAZO PARA VALIDADE DA NOTIFICAÇÃO: (levando em consideração que a notificação foi feita pelo
correio) (ART. 841 CLT)
Do momento em que for protocolada a reclamação trabalhista, o secretário ou escrivão deverão remeter
cópia da petição ao Reclamado no prazo de 48 horas.
O recebimento da notificação deverá ocorrer com o prazo mínimo de 5 dias antes da audiência.
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para
comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
Se a notificação for recebida com um prazo menor que 5 dias, ela será nula. O reclamando deve comprovar
através do A.R.
Se o reclamado não for notificado, mas comparecer espontaneamente? Nesse caso, é preciso se atentar
ao disposto no Código de Processo Civil.
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A falta da notificação pode ser suprida pelo comparecimento espontâneo do réu. Porém, não respeitado o
quinquídio legal (5dias) previsto no art. 841, o Reclamado poderá comparecer à audiência apenas para arguir
a nulidade de citação, caso em que decretada a nulidade pelo juiz, será designada nova data para realização
da audiência, respeitando o prazo de cinco dias, na qual o réu apresentará sua defesa.
Art. 239. (...) § 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da
citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.
Quando for ajuizada a reclamação trabalhista, logo após o reclamado será notificado pelos Correios
(notificação postal). Dessa correspondência será gerado um aviso de recebimento.
É importante ter cuidado em prova quanto à ordem dessas notificações. Assim, com base na CLT, a
notificação é feita primeiramente pela via postal e, não sendo possível, será feita via edital. Contudo, na
prática, primeiramente é feita a notificação via postal e, não sendo possível, é feita a notificação via Oficial
de Justiça.
OBS: NOTIFICAÇÃO DO RECLAMANTE - Para o Reclamante, não será expedido a Notificação. Este será
notificado da audiência na data de protocolo da reclamação. (art. 841, § 2º, CLT).
Não há necessidade de notificação do reclamante, por ser ele que iniciou a ação, e na data da audiência
vem expressa quando protocolada a ação. Caso no protocolo não haja a data, o advogado é notificado pelo
próprio site do PJE.
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-
recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário
(RECLAMADO)
Essa sumula é um tanto” impossível”, pois é bem improvável que depois de postado no correio o individuo
irá receber a notificação em 48h (por conta da lerdeza dos correios).
No PROCESSO ELETRÔNICO, todas as citações, intimações e notificações, far-se-ão por meio eletrônico,
nos termos da Lei n. 11.419/2006 e caso viabilizem o acesso à íntegra do processo correspondente serão
consideradas vista pessoal do interessado para todos os efeitos legais.
TERMOS
CONCEITO: É a redução a escrito de certos atos processuais praticados nos autos de um processo.
Exemplo: se tem como exemplo o termo de audiência, em que os acontecimentos ocorridos durante a
solenidade são escritos e materializam documentalmente, assim como um acordo, os depoimentos pessoais
e a colheita da prova testemunhal.
Art. 771. Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo.
Obs.: Hoje, via de regra, os termos são digitados, pois o futuro é o processo judicial por meio eletrônico.
PRAZOS
Os prazos não devem ser confundidos com os atos.
Art. 775. Os prazos estabelecidos
CONTAGEM DE PRAZO: neste Título serão contados em
dias úteis, com exclusão do dia do
1. Contados EM DIAS ÚTEIS; começo e inclusão do dia do
2. EXCLUSÃO do dia do COMEÇO e INCLUSÃO do dia do vencimento.
VENCIMENTO.
Exemplo 1
Uma pessoa “A” recebeu uma intimação na quarta-feira, dia 10. O prazo é de oito dias. Nesse caso, o dia da
intimação será considerado o início do prazo e a quinta-feira, dia 11, é que será o dia do início da contagem
desse prazo. Vale lembrar que na contagem é necessário excluir o dia do início e incluir o dia do vencimento.
De acordo com essa regra, o 8º dia será uma segunda-feira, dia 22 e esse será o dia do vencimento.
OBS: Será suspensa a contagem dos prazos processuais em todos os órgãos do Poder Judiciário, inclusive da
União, entre 20 de dezembro a 20 de janeiro, período no qual não serão realizadas audiências e sessões de
julgamento, como previsto no art. 220 do CPC.
Importante! uma pessoa pode ser intimada ou notificada no sábado, contudo, o prazo somente começará a
ser contado no dia útil subsequente.
SÚMULA N.º 262. PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE.
(redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 19.05.2014)
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a
contagem, no subsequente.
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os
prazos recursais
Nulidades processuais
Ocorre nulidade quando: Faltar algum requisito que a lei prescreve como necessário para a sua validade.
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OBS: Durante o trâmite processual, a nulidade absoluta não preclui, podendo, a qualquer momento, ser
declarada.
Nulidade absoluta
• NULIDADE RELATIVA: Aqui o vício do ato processual viola normas de interesse privado, dependendo
sempre da provocação do interessado, não podendo ser declarada de ofício pelo magistrado, como
ocorre nos casos de incompetência relativa, em
que esta pode ser prorrogada se não oposta
exceção pelo reclamado no momento da
apresentação da defesa.
EXEMPLO a INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO DO
LUGAR, que representa nulidade relativa, pois
deve ser alegada pela parte no momento
próprio, sob pena de tornar competente o juízo
que, em princípio, era incompetente.
Nulidade relativa
A nulidade processual deve ser falada na primeira vez que manifestar na audiência, e se não se manifestar
ocorre a preclusão.
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Ação Trabalhista
É o direito de provocar o exercício da tutela jurisdicional pelo Estado, para solucionar dado conflito
existente entre certas pessoas.
Outros Conceitos:
✓ LIDE: é um conflito de interesse qualificado pela pretensão do autor, que é resistida pelo réu.
✓ PROCESSO: complexo de atos e termos coordenados por meio dos quais a ação é exercida, sendo
concretizada a prestação jurisdicional.
✓ PROCEDIMENTO: é a forma do andamento do processo.
ELEMENTOS DA AÇÃO:
✓ SUJEITO: é a pessoa que pode ingressar com um processo perante o Poder Judiciário.
✓ OBJETO DA AÇÃO: é o pedido de obtenção de um pronunciamento judicial, que pode ser favorável
ou não ao autor. - Posicionamento do Judiciário.
✓ CAUSA DE PEDIR: pressupõe a existência de um direito material assegurado ao autor, o qual gerou a
pretensão resistida. Vai ser a base para o pedido.
✓ POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: pedido do autor tem que estar amparado por uma norma
material que o assegure, exemplo: uma pessoa que trabalha em um bingo (o bingo é uma atividade
que não é reconhecida pela lei), e é demitida, e ingressa em uma ação trabalhista pedido seus
direitos, não haverá possibilidade de receber seu pedido, pois essa atividade não é ambarada por lei.
✓ LEGITIMIDADE DA PARTE: deve haver identidade da pessoa que faz o pedido (autor) com a pessoa a
que a lei assegura o direito material. O mesmo ocorre no polo passivo da ação. Esta deve ser
proposta contra a pessoa que nega o direito pretendido pelo autor.
Ex: O EMPREGADO não poderá propor ação contra uma pessoa que nunca foi seu EMPREGADOR.
✓ COMPETÊNCIA: é uma parcela que cabe a cada justiça analisar. É o espaço geográfico e a matéria em
que o juiz pode analisar a questão que lhe é submetida.
Ex. VT não tem competência para analisar uma questão de divórcio.
✓ INSUSPEIÇÃO: (Ausência de razão para Suspeição) – O JUÍZ DEVERÁ SER IMPARCIAL. O magistrado
não pode ser amigo ou inimigo de nenhuma das partes, muito menos ser parcial.
✓ INEXISTÊNCIA DE COISA JULGADA: O juiz não pode decidir o que já foi anteriormente decidido por
outro juiz., ou seja, julgar a mesma ação já decidia por outro juiz. Não poderá haver coisa julgada
SOBRE O ASSUNTO PLEITEADO.
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✓ INEXISTÊNCIA DE LITISPENDÊNCIA: PROIBIDO REPETIÇÃO DA AÇÃO. A lide não poderá ser submetida
duas vezes aos mesmos órgãos competentes. Se a ação já está em curso com as mesmas partes,
causa de pedir e pedido, não é possível que o autor ingresse com uma segunda ação, repetindo a
primeira.
✓ CAPACIDADE PROCESSUAL DOS LITIGANTES: as partes devem ser capazes para propositura da ação e
para prática de atos processuais. (art. 791 e ss CLT, e art. 70 e ss, CPC)
✓ REGULARIDADE DA PETIÇÃO INICIAL: deverá atender os requisitos estipulados em lei, para não ser
considerada inepta, ou seja, a petição deve estar de acordo com os requisitos que são estipulados em
lei, se assim não o for não será válida.
TESTEMUNHAS: Como a Lei não estabelece a quantidade, por analogia ao rito ordinário, se usa até 3
testemunhas.
§ 1º. Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação
de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
✓ INAMOVIBILIDADE: Não poderá ser trocado de promotoria, salvo por motivo de interesse público
(para melhor outros locais), mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público,
pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;
✓ IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO: O salário não pode ser mexer, para que ele possa trabalhar da
melhor forma possível. Fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI,
150, II, 153, III, 153, § 2º, I, todos da CF (art. 128, § 5º, I, a a c, CF).
Obs.: são as mesmas garantias estabelecidas para o juiz.
VEDAÇÕES AO MP:
I. receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
II. exercer a advocacia;
III. participar de sociedade comercial, na forma da lei;
IV. exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
V. exercer atividade político partidária;
VI. receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas.
São as mesmas vedações estabelecidas para o juiz.
PRERROGATIVAS GERAIS DO MP: A LC 75/93 trata da organização, atribuições e do Estatuto do Ministério
Público da União, sendo que assegurado aos integrantes do Ministério Público as prerrogativas constantes
no art. 18 e seguintes da referida Lei Complementar.
ÓRGÃOS INTEGRANTES DO MPT:
✓ Procurador-Geral do Trabalho;
✓ Colégio de Procuradores do Trabalho;
✓ Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;
✓ Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho;
✓ Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;
✓ Subprocuradores-Gerais do Trabalho;
✓ Procuradores Regionais do Trabalho;
✓ Procuradores do Trabalho (art. 85, LC 75).
ALGUMAS OBSERVAÇÕES
2. O Procurador do Trabalho, como órgão inicial da carreira do MPT, localiza-se nas Procuradorias
Regionais do Trabalho nos Estados e no Distrito Federal.
3. O Procurador Regional do Trabalho, na qualidade de órgão do MPT, atua junto aos TRTs.
4. Os Subprocuradores-Gerais do Trabalho são órgãos designados para atuarem junto ao TST e nos
ofícios na Câmara de Coordenação e Revisão. São lotados na Procuradoria-Geral do Trabalho.
A ATUAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL DO MPT:
A atuação judicial do MPT está disciplinada pelos arts. 127 e 129, CF, e art. 83 (incisos I a XIII), LC 75/93, a
qual derrogou, por incompatibilidade, o disposto nos arts. 736 e segs., CLT.
✓ PARTE:
a. promover as ações que lhe sejam atribuídas pela CF e pelas leis trabalhistas;
b. promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses
coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos;
c. propor ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo
ou convenção coletiva, que violem as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos
individuais indisponíveis dos trabalhadores;
d. propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores (art. 793, CLT),
incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho;
e. instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o interesse
público assim o exigir (art. 114, § 3º, CF);
f. promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do Trabalho;
g. interpuser, como parte, recurso das decisões da Justiça do Trabalho.
• ser cientificado pessoalmente das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, nas causas em que o
órgão tenha intervindo ou emitido parecer escrito;
• exercer outras atribuições que lhe foram conferidas por lei, desde que compatíveis com sua
finalidade (art. 84).
2º PARTE
Ação trabalhista
Audiência: é o ato de escutar e entender. Consiste no ato praticado sob a presidência de um juiz a fim de
ouvir ou de atender as alegações das partes.
A audiência se distingue da Sessão, haja vista que esta é a realização de várias audiências ou julgamentos,
em que são decididos vários processos, enquanto a Audiência consiste no ato do juiz de ouvir as partes, suas
testemunhas e suas reinvindicações.
No processo do trabalho, concentra-se nas audiências a maioria dos atos processuais, prestigiados aos
princípios da concentração dos atos na audiência e da oralidade. Esta será uma e contínua, sendo
geralmente decidida no mesmo dia. Caso não o seja, o juiz marcara sua continuação para a próxima
desimpedida, independente de nova intimação (art.849 CLT).
Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior,
concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida,
independentemente de nova notificação.
As audiências serão realizadas na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8
(oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria
urgente.
a. Publicas;
b. Realizadas na sede do Juízo ou Tribunal;
c. Em dias uteis;
d. Das 8h até 18h;
e. Não pode ultrapassar 5 horas seguidas; SALVO quando for matéria de natureza alimentar.
Matéria urgente é a que compreende pagamento de salários, pois o salário tem natureza alimentar.
Art. 813 - As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo
ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar
5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
§ 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital
afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.
O § 1º ressalta que em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências,
mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro)
horas.
24
a. Os escrivães ou secretários
b. As partes;
c. Testemunhas;
d. E demais pessoas que devem comparecer (perito, por exemplo)
Art. 814 - Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária antecedência. os
escrivães ou secretários
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou
escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.
O Parágrafo único do art. 815 da CLT diz que se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou
presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro
de registro das audiências.
Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das
audiências.
SUSTITUIÇÃO DO EMPREGADOR
Art. 843, 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
Art. 843, §3º O preposto a que se refere o §1º deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.
Além disso, esse preposto não precisa necessariamente ter vivenciado os fatos em questão, pois basta que
deles tenha conhecimento. Outro ponto importante é que tudo aquilo que for dito pelo preposto vincula o
reclamado, isso porque está falando em nome do próprio reclamado. O preposto deverá responder qualquer
pergunta diretamente ao juiz e não ao advogado.
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§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao
empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à
mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Segundo o § 2º do art. 843 da CLT, se por doença ou qualquer outro motivo poderoso*, devidamente
comprovado, não for possível ao Empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por
outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
AUSÊNCIA DO RECLAMANTE
O que acontece se o reclamante não comparecer? A ausência das partes em audiência pode trazer
algumas consequências ao processo. Por exemplo, se na primeira audiência houver falta injustificada do
reclamante, então o processo será arquivado, ou seja, extinto sem a resolução do mérito (art. 844, CLT). Já
nos casos em que o reclamante comparece, mas o reclamado não, para o reclamado haverá à revelia e a
confissão quanto à matéria de fato. Se ambas as partes faltarem injustificadamente, o processo também
será extinto sem a resolução de mérito.
§ 3° O pagamento das custas a que se refere o § 2° é condição para a propositura de nova demanda.
A exceção é se houver comprovação no prazo de 15 dias de que essa ausência ocorreu por uma razão
legalmente justificável. O beneficiário terá 15 dias para justificar sua ausência. Se a justificativa for plausível,
o juiz apreciará e decidirá sobre o recolhimento ou não das custas (§2º).
§ 2° Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na
forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, SALVO se comprovar, no
prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
E SE O BENEFICIARIO FALTAR MAIS DE UMA VEZ? Se der causa a dois arquivamentos seguidos, haverá
PUNIÇÃO, pelo prazo de 6 meses, do direito de reclamar em juízo (art. 732 CLT) + pagamento das custas.
Essa impossibilidade de propor uma nova reclamação trabalhista no prazo de 6 meses é chamado pela
doutrina de PEREMPÇÃO. A reclamação que for novamente proposta, será encaminhada para a mesma Vara
Trabalhista da primeira.
AUSÊNCIA DO RECLAMADO
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do
ato;
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com
prova constante dos autos.
Conforme orientação do §5º do art. 844 da CLT, ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na
audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.
Se os documentos apresentados contrariarem a presunção de veracidade alegada pelo reclamante, a
revelia ficará afastada.
O adiantamento da petição inicial: A doutrina trabalhista majoritária admite que o aditamento da petição
inicial seja requerido até a audiência, antes da apresentação da respostado réu o que ocorre em audiência;
O juiz acolhendo o aditamento antes da apresentação da defesa, designará nova audiência para que o réu
possa contestar novo pedido.
Reclamação trabalhista
Petição inicial
• Elementos da ação:
a. Sujeito: é a pessoa que pode ingressar comum processo perante o Poder Judiciário.
Obs.: O trabalhador autônomo é um sujeito do processo, mas tem direito de ação na Justiça do
Trabalho, que é incompetente para examinar sua pretensão.
b. Objeto da ação: é o pedido de obtenção de um pronunciamento judicial, que pode ser favorável ou
não ao autor.
c. Causa de pedir: pressupõe a existência de um direito material assegurado ao autor, o qual gerou a
pretensão resistida. Vai ser a base para o pedido.
• Das condições da ação
a. Possibilidade Jurídica do pedido;
b. Interesse de agir;
c. Legitimidade das partes.
A reclamação trabalhista é conhecida também como: Exordial; Vestibular; Peça de Ingresso; Atrial, etc...
Características e requisitos
A reclamação trabalhista tem seu fundamento legal no art. 840 da CLT, enquanto os seus requisitos estão
dispostos no parágrafo primeiro do referido artigo.
A reclamação trabalhista, por conta do princípio da oralidade, que permeia o processo do trabalho, poderá
ser escrita ou verbal.
Entretanto, não se engane, pois o que na verdade é escrita ou verbal é a forma de ajuizamento da ação,
uma vez que, dentro do prazo máximo de cinco dias, contados da distribuição da reclamação trabalhista
verbal, a mesma deverá ser reduzida a termo, conforme dispõe art. 786, parágrafo único da CLT, e a partir
desse ponto segue o mesmo procedimento da reclamação trabalhista escrita.
I. ENDEREÇAMENTO COMPLETO
O endereçamento definirá o juízo ou Tribunal que irá apreciar sua petição, razão pela qual deverá ser
endereçada para o juízo ou tribunal competente em razão do lugar para processá-la e julgá-la.
A competência territorial está definida no art. 651 e seus parágrafos da CLT. A regra geral é que a
reclamação trabalhista deverá ser ajuizada no foro do local da prestação do serviço, independentemente
do local da contratação.
Se o examinador fornecer o local da prestação dos serviços, esse será também o juízo competente para
julgar e processar a ação trabalhista. Se for dado também o juízo do lugar da contratação, sabe-se que
ambos os juízos são competentes para julgar e processar uma reclamação trabalhista: tanto o lugar da
prestação dos serviços como do lugar da contratação. Nesse caso, sempre se deve eleger o juízo do lugar da
prestação dos serviços.
Na prova não é possível utilizar dados ou fatos não informados no enunciado da questão, assim, quando
não for indicado o local da prestação do serviço, deverá ser deixada a lacuna, representada pelas reticências
“...”, conforme exemplo abaixo:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ________ VARA DO TRABALHO DE SÃO LUÍS/MA.
Não se esqueça do juiz de direito investido na jurisdição trabalhista, art. 112 da CF/88. No caso do juiz de
direito investido na jurisdição trabalhista, deverá ser utilizado o seguinte endereçamento:
Obs.: No PJE, a designação do juízo é realizada no próprio sistema, quando o advogado seleciona o órgão
jurisdicional competente, antes de enviar a petição. Por segurança, o profissional deve manter a tradição,
indicando, na petição inicial a autoridade competente.
A petição inicial é a peça que inicia o processo, onde as partes estão sendo apresentadas ao Poder
Judiciário, de forma que é essencial sua individualização.
É muito importante não esquecer que não é válido criar dados que não estejam no enunciado. No caso do
exercício não fornece nenhum dado do reclamante, basta indicar a qualificação e endereço completos.
esta subscreve, endereço profissional à Rua xxxxxxx, onde recebe as notificações, e-mail
alquingelson@gmail.com, com procuração em anexo, propor
em face de ROUME LTDA (Nome do Reclamado), pessoa jurídica de direito privado, CNPJ xx.xxx.xxxx-xx,
estabelecida à Rua / Avenida xxxxxxxxx, nº xxx, bairro xxxxxx, SÃO LUÍS / MA (Cidade / Estado), com
fundamento nos artigos 840 e seguintes da CLT e 319 CPC, pelas razões de fato e de direito que passa a
expor:
O nome do reclamante pode ser colocado em maiúsculas para dar destaque, mas isso não é obrigatório.
Se o examinador deu os dados (nacionalidade, estado civil, profissão, RG, CPF...), devem-se colocar esses
dados na peça. Se o examinador não forneceu esses dados, basta escrever “qualificação e endereço
completos”.
Nesse momento deverá ser indicado o advogado do reclamante, ou seja, daquele que está ajuizando a
reclamação trabalhista. É muito simples, basta indicar o advogado e informar que a procuração consta anexa
É de suma importância a indicação correta do fundamento legal, uma vez que é elemento necessário para
justificar tecnicamente o motivo pelo qual foi escolhida a peça a ser confeccionada.
A fundamentação irá variar conforme a peça, para reclamação trabalhista o fundamento legal é o art. 840,
§ 1º, da CLT.
V. VERBO
Aqui deverá ser informado o verbo correto relacionado ao ato processual que irá praticar. Com relação à
petição inicial, o verbo correto, ou melhor, os verbos corretos são: Propor ou Ajuizar.
É de suma importância a indicação correta da peça, uma vez que é elemento necessário para justificar
tecnicamente o motivo pelo qual ela foi escolhida.
29
O nome irá variar conforme a peça. Sugiro que o nome da peça seja destacado em letra maiúscula, bem
como seja centralizado.
“RECLAMAÇÃO TRABALHISTA...”
RESUMINDO:
→ COLOCAR O RESUMO COMPLETO DO PROFESSOR – SLIDE 6
Deve-se pensar na estrutura da petição, na estrutura de uma reclamação trabalhista. Isso é importante
para se ter um “gancho” para se saber qual será o próximo passo. A seguir, é necessário memorizar a
estrutura da reclamação trabalhista:
I – Preliminar de mérito;
II – Mérito;
III – Pedidos;
IV – Requerimentos finais.
VII. PRELIMINAR
1. Comissão de Conciliação previa (facultativo): O reclamante esclarece que não passou pela Comissão
de Conciliação Previa, uma vez que esta é uma faculdade do autor, nos termos das liminares
concedidas pelo STF na ADI’S 2139 e 2160.
2. Tramitação preferencial do feito
a. Idoso
b. Dissidio sobre salário
c. Dissidio originário pela falência do empregador
d. Quando se tratar de portador de doença grave
e. Quando se tratar de pessoa com deficiência.
3. Da Justiça Gratuita (art.790, §3º e 4º, CLT).
a. Aqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos beneficiários do
Regime Geral de Previdências Sociais;
b. A parte que comprovar insuficiência de recurso para o pagamento das custas do processo.
No caso do exemplo que ele colocou, vai ser colocar a Justiça gratuita.
DA JUSTIÇA GRATUITA
Inicialmente o demandante requer que seja concedida as benesses da Justiça Gratuita, eis que atualmente
se encontram sem condição de arcar com as onerosas custas processuais e os honorários advocatícios, sem
prejuízo próprio e de sua família, indicando para o patrocínio da causa o subscrito, que aceita o encargo da
lei.
O presente pedido de gratuidade Judiciária está devidamente amparado pelo Art. 98, § 1º e Art. 99 todos do
CPC; art. 790, §3º e 4º, CLT, pela lei 1.060/50, bem como do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal,
com o fim precípuo de não afastar a distribuição da Justiça aos jurisdicionados mais carentes.
Sendo assim, requer desde já que se digne Vossa Excelência em conceder o benefício da assistência judiciária
ao Requerente.
VIII. FATOS
É caso concreto, aqui será contado a história do Reclamante. É importante colocar de forma mais clara e
em ordem cronológica.
O caso concreto sempre será o relato dos fatos e dados apresentados pelo próprio exercício, como, por
exemplo,
O Reclamante alega que iniciou seus trabalhos junto a Reclamada em 02/01/2015, na função de porteiro,
com o salário de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais).
Em 01/03/2020 a Reclamada procedeu com o desligamento sem justa causa do funcionário, pagando suas
verbas trabalhistas, contudo não o fez corretamente.
O Reclamante, em seu último mês vinculado à empresa, laborou 2 horas a mais, em relação a sua jornada de
trabalho, durante um período de 10 dias, perfazendo um total de 20 horas extras que não foram
devidamente pagas ao Senhor LOQUIDAUM.
Por fim, impende destacar que também teve suprimido o pagamento das suas férias referentes ao período
de 2019 – 2020.
Aqui será o contraponto/contrate entre o fato e o direito pretendido, MERITO + CAUSA DE PEDIR.
Dada a profissão do Reclamante, Nobre Magistrado, está assegurada constitucionalmente a jornada máxima
de oito horas por dia e quarenta e quatro semanais, de forma que qualquer trabalho acima deste limite
importa em prorrogação de jornada, devendo o empregador remunerar o serviço extraordinário com o
adicional legal, nos termos do que prevê o art. 7º, inciso XVI da Constituição Federal e o art. 58 da CLT.
Considerando que a jornada legal máxima era de 8 horas por dia e o Reclamante ultrapassou 02 horas
durante o período de 10 dias, este tem direito ao pagamento de um total de 20 horas extras, acrescidas do
adicional de 50% sobre cada hora. Tal dispositivo encontrasse concretizado no entendimento do TST, nas
súmulas nº 366 e 376. (Colocar também Jurisprudências de forma coerente)
Com base nos vencimentos do Reclamante, chegamos ao valor da hora extra (50%) de R$ 10,21, perfazendo
um total de R$ 204,20.
Assim, requer os pagamentos das horas extras, acrescidas do adicional de 50%, no total de R$ 204,20.
O Reclamante prestou serviços à Reclamada, sem, no entanto ter gozado as férias do período em comento,
nem tampouco a recebeu em sua rescisão, não sendo observado o que garante o art. 7º, XVII, CF , o art. 130
da CLT, assim como as súmulas 7 e 328 do TST. (Colocar também Jurisprudências de forma coerente)
Considerando-se como base legal para cálculo o salário de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), juntamente
com o adicional de 1/3 constitucional sobre o salário no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), totalizando o
valor de R$2.000,00 (dois mil reais).
Desta feita requer a condenação da empresa ao pagamento das férias do período 2019/2020 às cifras de
R$2.000,00 (dois mil reais).
X. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS
31
Os honorários sucumbenciais são devidos pela parte sucumbente ao advogado da parte vencedora, assim,
ao ajuizar a ação, deverá ser requerida a condenação da reclamada ao pagamento dos referidos honorários,
com base no art. 791-A da CLT.
EXEMPLO:
O artigo 133 da Constituição Federal, norma cogente, de interesse público, das partes e jurisdicional, tornou
o advogado indispensável à administração da Justiça. Sendo necessária a presença do profissional em Juízo,
nada mais justo e coerente do que o deferimento de honorários sucumbenciais.
Assim, requer a condenação da Reclamada ao pagamento dos honorários sucumbenciais, no importe de 15%
sobre o valor da sentença, como preconiza o art. 791-A, CLT
XI. PEDIDOS
O mais importante nesse momento é requerer a procedência dos pedidos, bem como repetir os pedidos já
realizados no desenvolvimento das teses com outra formatação utilizando o menor espaço possível.
Nos termos do art. 840, § 1º, da CLT o pedido deverá ser líquido, de forma que é necessário demonstrar tal
liquidação de forma teórica.
O pedido é o resumo do que o autor que receber. Aqui basicamente será replicado o que fora solicitado
anteriormente, justamente com seus respectivos valores:
EXEMPLO:
SLIDE 14
a.A notificação da Reclamada para oferecer contestação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria
de fato;
b.A condenação da Reclamada ao pagamento das 20 Horas Extras, acrescidas do adicional de 50%, no
importe de R$ 204,20 (duzentos e quatro reais e vinte centavos);
c.A condenação da Reclamada ao pagamento das Férias referente ao período 2019/2020, acrescidas de 1/3
constitucional no importe de R$ 2.000,00 (dois mil reais);
e.A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova documental, o
depoimento pessoal e a oitiva de testemunhas.
Na Justiça do Trabalho o pedido deve ser CERTO, DETERMINADO E COM A INDICAÇÃO DE VALOR.
XII. NOTIFICAÇÃO
Neste item deverá ser requerido que seja realizada a notificação da parte contrária para comparecimento
em audiência.
EXEMPLO:
32
XIII. ENCERRAMENTO
Esse é um ponto da peça prático-profissional que merece grande atenção. Não raro, vários examinandos
acabam assinando a petição, gerando sua reprovação sumária pelo fato de terem se identificado.
EXEMPLO:
SLIDE 15
Pugna o Reclamante pela TOTAL PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS com a condenação da Reclamada ao
pagamento das verbas pleiteadas, acrescidas de juros e correção monetária.
Por fim, manifesta o interesse pela conciliação, nos termos do art. 319, VII, CPC.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local e Data
OAB nº 00019
Contestação Trabalhista
Todo o processo é fundado na relação de bilateralidade, onde o autor dirige sua ação ao Estado-Juiz, como
o objetivo de produzir efeitos no réu, onde este também deve produzir pedido (resposta) a acusação com o
endereçamento para o órgão jurisdicional competente, com o objetivo de que a pretensão do autor seja
rejeita.
I. ENDEREÇAMENTO:
O endereçamento é mais fácil do que na reclamação trabalhista, pois basta observar o endereçamento
utilizado na petição inicial.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 00ª VARA DO TRABALHO DE SÃO LUÍS/ MA
Obs.: Não esqueça que nesse momento processual já existe uma ação tramitando, consequentemente essa
ação foi numerada ao ser distribuída junto ao Poder Judiciário, razão pela qual deverá indicar o número do
processo.
II. QUALIFICAÇÃO:
33
Nome do Reclamado, qualificação e endereço completo, vem a presença de Vossa Excelência, por seu
advogado que esta subscreve, endereço profissional à Rua xxxxxxx, onde recebe as notificações, e-mail
xxx@xxx.com.br, com procuração em anexo, com fulcro no art. 847 da CLT, oferecer
CONTESTAÇÃO
à Reclamatória Trabalhista que lhe move Reclamante, já qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de
fato e de direito a seguir expostas.
1º Passo: Identificar PROBLEMAS DO PROCESSO: Ir aos ART. 337 CPC e 852-B CLT para ver se os problemas
estão neles.
Observação: Na prática, a Incompetência do Juízo, apesar de ser uma EXCEÇÃO (resposta do réu), é arguida
em Preliminar de Contestação.
A reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na
admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal, contudo não formula
qualquer pedido. FATO
Segundo estabelece o art. 330, § 1º, I, do CPC, a petição inicial é inepta, dentre outras hipóteses, quando lhe
faltar pedido, sendo o que aconteceu com os descontos salariais para ser integrado em plano de saúde, que
a reclamante sustenta que eram indevidos, porém não apresentou qualquer pedido. FUNDAMENTO
Esclarece-se que, à luz do art. 337, IV, do CPC, a inépcia da inicial deve ser analisada em preliminar de
contestação. FUNDAMENTO
Diante do exposto, requer a extinção do processo sem resolução do mérito, nos moldes dos arts. 485, I, e
330, I, do CPC (indeferimento da petição inicial), em relação ao pedido de descontos salariais relativos ao
plano de saúde. PEDIDO
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens a seguir
expostos.
OBS: Não é admitida a Prescrição de Ofício pelo juiz. O advogado deverá arguir em sede de Prejudicial de
Mérito.
✓ BIENAL: (Art. 7º, XXIX, CF e Art. 11, CLT): Prazo: 2 anos após a saída do trabalho.
✓ QUINQUENAL (Aplicadas nas parcelas previstas em Lei): Prazo: 5 anos do ajuizamento da ação para
trás.
34
Em reclamação trabalhista ajuizada em 27/02/2018, a reclamante postulou parcelas que retroagem à data
de sua admissão, que ocorreu em 25/10/2012. FATO
Com fundamento nos arts. 7º, XXIX, da CF e 11 da CLT, o direito de ação quanto a créditos resultantes das
relações de trabalho prescreve em 5 anos, contados da data do ajuizamento da ação (Súmula 308, I, do TST).
FUNDAMENTO
Diante do exposto, requer a extinção do processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, II, do
CPC, quanto às parcelas postuladas anteriores aos últimos 5 anos, contados do ajuizamento da ação, ou seja,
anteriores a 27/02/2013. PEDIDO
Sucessivamente, caso não seja acolhida a preliminar de mérito, requer a análise dos demais itens a seguir
expostos.
✓ TOTAL (Aplicadas nas parcelas NÃO previstas em Lei, de trato sucessivo e que tenham sido alteradas
ou suprimidas pelo empregador unilateralmente) Ex.: 14º salário.: Prazo: 5 anos contados da
supressão do benefício pra frente.
DECADÊNCIA:
✓ Mandado de Segurança; prazo de 120 dias contatos da ciência do ato ilícito praticado pela
autoridade coatora.
✓ Inquérito Judicial para Apuração de Falta Grave; 30 dias quando o empregador optar pela
suspensão do empregado estável, contados da data da suspensão – Súmula 403 STF. Ver também
súmula 62 TST
Colocar um tópico para cada fundamento arguido pelo Reclamante na inicial. FATO / FUNDAMENTO /
PEDIDO.
1. Horas Extras
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A reclamante postulou o pagamento de horas extras com adicional de 50%, explicando que cumpria a
extensa jornada de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, com intervalo de duas horas para refeição, e aos
sábados, das 16h às 20h, sem intervalo. FATO
Não assiste razão à reclamante, pois esta laborava 8 horas diárias, de segunda a sexta-feira, e 4 horas aos
sábados, logo o limite constitucional, de 8 horas diárias e 44 horas semanais, não foi ultrapassado, à luz dos
arts. 7º, XIII, da CF e 58 da CLT. FUNDAMENTO
RECONVENÇÃO
A Reconvenção deve ser proposta na Contestação (art. 343, caput, CPC) observada a seguinte estrutura:
Diante do exposto, requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pessoal
do reclamante, sob a consequência de confissão.
VII. PROVAS.
VIII. LOCAL, DATA, ASSINATURA
IX. Nestes temos,
Pede deferimento
Local e data
Advogado
OAB nº
• PRESSUPOSTOS DA AÇÃO:
Prazo da contestação:
“Art. 841, CLT - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e
oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo,
para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias”
O réu terá o prazo de 5 dias para preparar sua resposta escrita e 20 minutos para apresenta-la em
audiência.
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Observações:
1. Se o prazo de 5 dias não for respeitado, mas o réu comparecer e apresentar sua defesa sem
alegação de nenhuma nulidade, o juiz deve prosseguir com o andamento do processo, já que não se
declara nulidade se não houve manifesto prejuízo às partes (art. 794, CLT)
2. A inobservância do prazo de 5 dias acarreta na nulidade dos atos processuais subsequentes (que
vem depois) por violação aos princípios do devido processo legal e da ampla defesa, devendo o juiz,
a requerimento do réu, ou, de ofício, no caso de revelia, designar nova audiência, a qual deverá
ocorrer no prazo mínimo de 5 dias.
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