A Administração é a responsável pelo desempenho da
função administrativa, ou seja, deve praticar atos concretos
em busca da satisfação do interesse público.
Transformações do Estado e Nova organização
administrativa:
Busca de resultados;
Adm. Gerencial – FINALIDADE: Descentralização de atividades;
Avaliação de desempenho.
Modelo de ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL
Norma padrão: EC n. 19/98:
✓ inspiração neoliberal;
✓ também chamada de governança consensual;
✓ objetiva atribuir maior agilidade e eficiência na
atuação administrativa;
✓ enfatiza a obtenção de resultados, em detrimento de
processos e ritos;
✓ estimula a participação popular na gestão pública.
Característica da Administração Pública:
A. Núcleo estratégico: Elaboração de leis e definição
de políticas públicas.
B. Atividade exclusiva: Serviços públicos e regulação.
C. Serviços não exclusivos: saúde e educação.
D. Setor de produção de bens e serviços: Empresas
Estatais.
Federativo: repartição de
Princípios fundamentais
poderes.
Separação de poderes.
Critérios para a caracterização da função administrativa:
1. Subjetivo ou organização: entende ser o conjunto de
pessoas, órgãos e agentes responsáveis pelo
desempenho da função administrativa. Aqui o foco é
“quem” está compondo o aparelho administrativo.
2. Objeto material: compreende a própria função
administrativa, ou seja, são as atividades, serviços e
funções desempenhadas pelo Poder Público. Aqui o
foco é “o que” está sendo feito.
3. Objeto do ato formal: Explica a função em razão do
regime jurídico.
(VUNESP/PC-SP/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) O conceito de
Administração Pública possui vários sentidos, sendo correto
afirmar que:
a) sob o sentido formal, a Administração Pública deve ser
entendida como o conjunto de funções administrativas exercidas
pelo Estado.
b) sob o sentido objetivo, entende-se como Administração Pública
a estrutura orgânica do Estado, definidora do conjunto de
estruturas de competências legalmente definidas.
c) sob o sentido empreendedor, a Administração Pública é o
conjunto de funções administrativas exercidas pelo Estado de
forma empreendedora, visando o atingimento das suas
finalidades.
d) sob o sentido material, a Administração Pública deve ser
entendida como a atividade administrativa exercida pelo Estado.
e) sob o sentido material, entende-se como Administração Pública
o conjunto de órgãos do Estado, isto é, a estrutura estatal.
Desconcentração X descentralização
Desconcentração
É a repartição interna das funções administrativas, ou seja,
terá uma distribuição de tarefas entre repartições públicas
internas. Ocorre uma especialização de funções dentro da
mesma estrutura estatal, mas não cria uma nova pessoa
jurídica.
A desconcentração resulta na criação de órgãos públicos.
Descentralização
Ocorre um repasse externo, ou seja, a atividade
administrativa passará de uma pessoa para outra pessoa.
Formas: Outorga: lei
Delegação: Contrato ou ato administrativo.
Exemplo: ANVISA e FIOCRUZ.
Ocorre uma transferência de atividades administrativas
MACETE
DESCONCENTRAÇÃO
CRIA ÓRGÃO
DESCENTRALIZAÇÃO
CRIA ENTIDADES
Princípios do Direito Administrativo
 Princípios
Normas →
 Regras
Os princípios são mais importantes que as regras pelo
critério de abstração e pelo critério da aplicação e conflito
normativo.
 Os princípios possuem um grau de abstração maior, formas legislativas-desde o próprio texto constitucional até
mandados de otimização melhor na ponderação de as leis ordinárias, complementares e delegadas.
interesses.
Seria o princípio da não contradição à lei.
As regras são direcionadas a situações especificas, e são
(UFRJ/UFRJ/2016) De acordo com o princípio da legalidade, à
resolvidas na dimensão da validade, e também podem ser administração pública é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe.
resolvidas na dimensão de peso. (2018/CESPE) São considerados princípios informativos da
atividade administrativa a legalidade e a supremacia do interesse
Divisão dos princípios público, sendo o primeiro mencionado na Constituição vigente, e
o segundo, fundamentado nas próprias ideias do Estado em favor
a. Princípios fundamentais: representam decisões da defesa, da segurança e do desenvolvimento da sociedade.
políticas estruturadas do Estado, servindo de matriz
para todas as demais normas constitucionais.
Ex.: Principio republicano, federativo, e o principio da
separação de poderes.
b. Princípios gerias: Possuem menor grau de abstração. Esse princípio traz a ideia de que a atuação do agente
Ex.: Isonomia, legalidade, igualdade. público deve-se pautar pela busca dos interesses da
c. Princípios setoriais: São aqueles que se aplicam a coletividade, não visando a beneficiar ou prejudicar
determinado tema. ninguém em especial.
Ex.: Art. 37, CF. O administrador busca a finalidade, estará atuando em
prol da coletividade e, por consequência lógica, com
Art. 37. A administração pública direta e
indireta de qualquer dos Poderes da União,
impessoalidade.
dos Estados, do Distrito Federal e dos Acepções:
Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, • Igualdade (isonomia): exemplo o art. 37, II, CF que faz
publicidade e eficiência [...]. referencia a ações concretas, ao prever que TODOS
devem concorrer de forma igual para ingresso em
concurso público.
• Proibição de promoção pessoal: Exemplo disso seria o
Princípios básicos do artigo 37, §1º da CF.
administrativo “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou
). O de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
exercício da função administrativa não pode ser ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
pautado pela vontade da Administração ou dos servidores públicos.”
agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar
Ou seja, a utilização de símbolos ou imagens, ou até
a vontade da lei.
mesmo de nomes que liguem a conduta à pessoa do
agente, desvirtua o exercício da função pública e fere o
• Supremacia da lei: todos os atos
principio da impessoalidade.
se submetem à vontade legal.
Ex. Na época da pandemia, os Por exemplo, quando um prefeito inaugurar uma nova
decretos deveriam respeitar a escola pública, não poderá colocar o seu nome na
lei. Seria uma subordinação à lei. instituição nem ficar mencionando que “foi ele que fez”.
Desdobramentos
• Reserva da lei: Algumas
Além disso, viola o principio da impessoalidade a
matérias só podem, ser
nomeação de parentes e cônjuge para exercício de cargos
reguladas por lei. Ex.:
públicos de confiança, por se tratar de ato praticado com
Regulamentos autônomos, o
clara intenção de beneficiar um particular, sem
presidente da Republica publica
preocupação real com o interesse público.
um regulamento que é contrario
a lei, isso fere o principio da Súmula vinculante 13 (STF):
legalidade. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da
Supremacia da lei Reserva legal autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica
Atos administrativos não podem atos administrativos só podem investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
contrariar a lei. ser praticados mediante exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de
autorização legal, função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
O administrador público deve atuar conforme dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações
determinação da lei, amplamente abarcando todas as recíprocas, viola a Constituição Federal.
 Essa súmula proíbe o nepotismo.
Em resumo a esse princípio, o administrador não possui
amigos ou inimigos, devendo toda a sua atuação ser
pautada pela neutralidade e imparcialidade.
(2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA
Acerca dos princípios e dos poderes da administração pública, da
organização administrativa, dos atos e do controle administrativo,
julgue o item a seguir, considerando a legislação, a doutrina e a
jurisprudência dos tribunais superiores. Situação hipotética: O
prefeito de determinado município promoveu campanha
publicitária para combate ao mosquito da dengue. Nos panfletos,
constava sua imagem, além do símbolo da sua campanha
eleitoral. Assertiva: No caso, não há ofensa ao princípio da
impessoalidade.
Exige-se a honestidade, legalidade, boa-fé de conduta no
exercício da função administrativa – ou seja, a atuação não
corrupta dos gestores públicos.
Caso um administrador nomeie seu filho como assessor,
por exemplo, estará ferindo tanto a impessoalidade como a
própria moralidade.
Instrumentos de controle da moralidade:
a. Ação de improbidade; ajuizada geralmente pelo MP,
em relação aos interesses coletivos.
b. Ação popular; ajuizada por qualquer cidadão.
c. Ação civil popular; MP em relação aos interesses
difusos.
d. Hipóteses de inelegibilidades: Lei de ficha limpa.
Controles para garantir o princípio da moralidade.
(2018/CESPE) A respeito dos princípios da administração pública,
de noções de organização administrativa e da administração
direta e indireta, julgue o item que se segue. O princípio da
impessoalidade está diretamente relacionado à obrigação de que
a autoridade pública não dispense os preceitos éticos, os quais
devem estar presentes em sua conduta.
Errado. Sem dúvidas o princípio da impessoalidade está
diretamente relacionado à conduta dos agentes públicos, mas a
questão narra o princípio da moralidade. A moralidade exige que a
conduta praticada pelo administrador seja pautada de acordo com
a ética, com o bom senso, bons costumes e, principalmente, com
a honestidade.
Os atos públicos devem ser públicos, relacionada ao dever
de informar à sociedade sobre a prática dos atos
administrativos, garantindo, dessa forma, uma atuação
mais transparente por parte do Poder Público.
Por exemplo, se um tribunal, ao realizar um concurso
público, pudesse fazer nomeações sem ter a necessidade
de divulgar o nome do candidato, será que a ordem de
classificação seria respeitada? Provavelmente, não.
Lei de acesso à informação (Lei12.527/2011)
Garante a participação e divulga quais são os atos que
iram ser exteriorizados para o público, pelos dados
abertos.gov. É como se fosse uma prestação de contas de
todas as informações do governo.
Quanto maior a divulgação dos dados para a população,
maiores são as chances de o cidadão exercer o controle
social, que é justamente a fiscalização dos atos do governo.
(CESPE/TCE-PA/2016) O princípio da publicidade viabiliza o
controle social da conduta dos agentes administrativos.
Certo.
Exceção: informações classificadas como sigilosas→
informações pessoais relacionadas à intimidade, vida
privada, honra e imagem.
A administração gerencial busca-se um maior resultado
com produtividade e economicidade. Ou seja, deverá a
Administração traçar metas internas para que sua atuação
externa se torne mais eficiente. Por exemplo, deverá um
hospital público ter um bom setor de análise de exames
para que a população possa receber seus resultados da
forma mais rápida possível.
✓ Planejamento
Meios para garantir
✓ Execução
a eficiência:
✓ Controle? Resultados
(2018/CESPE /OFICIAL TÉCNICO DE
INTELIGÊNCIA/CONHECIMENTOS GERAIS) Julgue o item que se
segue, a respeito de aspectos diversos relacionados ao direito
administrativo.
O núcleo do princípio da eficiência no direito administrativo é a
procura da produtividade e economicidade, sendo este um dever
constitucional da administração, que não poderá ser
desrespeitado pelos agentes públicos, sob pena de
responsabilização pelos seus atos.
Sendo o agente público um mero gestor da coisa pública,
não poderá ele agir de forma arbitrária e imoderada.
(CESPE/TRE-PE/2017) O princípio da razoabilidade se
evidencia nos limites do que pode, ou não, ser considerado
aceitável, e sua inobservância resulta em vício do ato
administrativo.
Certo.
A proporcionalidade estabelece um equilíbrio entre os
motivos que deram ensejo à pratica do ato e a
consequência jurídica da conduta. A grande finalidade é
evitar abusos na atuação de agentes públicos, ou seja,
impedir que as condutas inadequadas desses agentes
ultrapassem, os limites no que tange à adequação, no
desempenho de suas funções em relação aos fatos que
ensejam a conduta do Estado.
A Proporcionalidade estabelece:
1. Adequação ou idoneidade: o ato estatal será
adequado quando contribuir para a realização do
resultado pretendido.
2. Necessidade ou exigibilidade: O Poder Público
deve adotar a medida menos gravosa.
3. Proporcionalidade em sentido estrito: Típica
ponderação entre o ônus imposto pela atuação
estatal e o benefício por ela produzido.
• Primário: Satisfação dos desejos da
coletividade, são os serviços
públicos, como coleta de lixos,
Interesse
saneamento básico, etc.
público:
• Secundário: interesse próprio da
administração, exemplo: licitação
para renovar a frota de carro.
Ligado a prestação de serviço público, ou seja, o serviço
público não pode ser interrompido, deve ter uma
regularidade da prestação de serviços.
Requisitos:
a. Viabilidade de interrupção em caso de
inadimplemento: Corte de luz, que apenas pode
ocorrer quando não interferir no núcleo especial de
um direito, como por exemplo, corta a conta de luz
de um estabelecimento que pode ser prejudicado por
isso.
b. Greve dos servidores estatutários: As greves são
permitidas quando não prejudicarem o serviço. Além
disso, o servidor que entra em greve, deve
compensar as ausências.
c. Os serviços não poderão ser interrompidos ou
paralisados.
O princípio da autotutela é o poder-dever de permitir que
a Administração possa rever seus próprios atos, tanto em
relação à legalidade quanto à conveniência e
oportunidade.
A autotutela é o poder que tem a Administração para
controlar seus próprios atos. O poder da autotutela é
exercido ora revogando os atos legais que deixaram de ser
convenientes e oportunos, ora anulando os atos que são
ilegais.
Decorre de dois fatores:
1. Em razão da legalidade;
2. Em razão da conveniência e oportunidade.
Qual o PRAZO DECADENCIAL para a administração pública
rever seus atos? 5ANOS.
Súmula 473 - STF
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
 Segurança jurídica é a estabilidade das decisões. Ele
protege o cidadão da atuação arbitraria do Estado. A boa-fé
é um principio do Direito Civil, e aqui ele caracteriza que o
cidadão acredita que as ações da administração pública são
corretas. Confiança Legitima trata de uma jurisprudência,
onde o cidadão acredita e confia que os atos da
administração pública são corretos.
(2018/CESPE/) Embora não estejam previstos expressamente na
Constituição vigente, os princípios da indisponibilidade, da
razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a atividade
da administração pública.
Órgãos Públicos
Repartição interna do Estado, criados a partir da
desconcentração administrativa e necessárias para à sua
organização.
Características:
• Ausência de personalidade jurídica: logo não tem
vontade próprias, e quem responde juridicamente é
o Poder Executivo.
• Relação de subordinação: O ministro deve respeitar
as ordens da administração pública, desta forma
deve-se respeitar as ordens do Presidente. Exemplo
disso é o Ministro da saúde, que foi exonerado por
ter ideias contrarias ao do Presidente.
• Criação por lei: Os órgãos públicos são criados por
meio de um Decreto, esse decreto irá dizer como o
órgão será estruturado, e ele poderá sofrer
restrições, ou seja, a criação e a extinção de órgãos
públicos devem ser feitas por meio de lei.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
Teorias (em relação a pessoa que está ocupando o órgão)
 Concursado
Esse agente pode ser
 Cargo comissionado
1. Teoria do mandato:
O agente público e o Estado celebrariam uma espécie de
contrato de representação, pelo qual aquele seria
mandatário das vontades do Estado.
ATENÇÃO! Essa teoria não prosperou, especialmente pelo
fato de o vínculo entre o agente público e o Estado ser legal
e não contratual.
2. Teoria da representação:
O agente público representaria o Estado, desta forma o
Estado seria um incapaz, e o agente público seria o seu
representante.
ATENÇÃO! Essa teoria também não prosperou, pois o fato
de considerar o Estado incapaz, se assim fosse, não seria
possível responsabilizar o Estado pelos atos praticados
pelos seus agentes e, ainda, sendo o Estado incapaz, não
teria como nomear seus representantes.
3. Teoria do órgão:
O agente público representa o Estado e desempenha a
vontade do Estado.
A manifestação de vontade da pessoa jurídica se dá por
meio da atuação da pessoa física. Assim, quando o agente
público atua nessa qualidade, não se pode imputar essa
atuação ao próprio agente, mas sim ao Estado que integra.
Consequências: Responsabilidade Civil -art.37, §6º CF.
Quem responde juridicamente é o Estado, não o agente
público, independentemente de culpa.
Exemplo: se alguém morre por erro médico em um
hospital público, demanda ação contra o Estado.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa.
Capacidade processual ou jurídica
REGRA: Ausência de personalidade jurídica.
EXCEÇÃO: Alguns órgãos públicos, embora não possuam
personalidade jurídica, possuem personalidade judiciária e
podem, excepcionalmente, demandar em juízo para
defender seus direitos institucionais.
Esses três órgãos possem capacidade jurídica.
a. Órgãos que atuam na defesa dos consumidores: art.
82, III, CDC.
b. Órgãos de cúpula da hierarquia administrativa;
c. Órgãos de defesa de prerrogativas institucionais.
Capacidade contratual de gestão
É vedado contrato consigo mesmo, o Ministério da Saúde
não celebra contrato com ele próprio, porém ele pode
celebrar contrato com a FIOCRUZ, por exemplo, na compra
das vacinas. Então aqui é vedado o auto contrato.
 Interno: celebra por meio das
agências executivas (entidade criada
por lei que tem metas a serem
Contrato de gestão
alcançadas), com pessoas dentro da
Administração Pública, exemplo
INMETRO.
 Externo: contratos celebrados com
alguém fora da Adm. Pública.
Classificação:

a. Quanto à posição:
• Órgão independentes: são os órgãos de cúpula, não
estão hierarquicamente subordinados a nenhum
outro, uma vez que se encontram no topo da
hierarquia daquele Poder Estatal.
Exemplo; Presidente da República (União), Governador
(Governo), Prefeito.
• Órgãos autônomos: Auxilia as decisões de quem
está no topo, estão situados imediatamente abaixo
dos órgãos independentes e são a estes
subordinados. Exemplos: Ministérios (plano federal)
e secretarias (plano estadual e municipal).
• Órgão superiores: Encontrando-se subordinados a
uma chefia superior, mas ainda conservam o poder
de decisão. Exemplos: Departamento da Polícia
Federal, secretaria da receita federal, gabinetes,
superintendências.
• Órgãos subalternos: Órgãos de base, são órgãos de
mera execução de serviços. Não possuem autonomia,
independência nem poder decisório. Exemplos:
recepção, portaria.
b. Quanto ao enquadramento federativo:
 Presidente
Órgão federativo  Ministério
 CN
 Governo
Órgãos Estaduais  Secretária
Órgãos do Distrito  Órgãos Internos do DF
Órgãos Municipais  Prefeitura
 Secretária
c. Quanto à competência:
• Órgãos singulares: Também chamados de
unipessoais. É um órgão deum único titular, aquele
que atua pela manifestação de vontade de um único
agente que é o seu chefe e representante. Exemplo:
Presidente da República.
• Órgãos coletivos: também chamados de
pluripessoais. Estes órgãos atuam e decidem pela
manifestação da vontade de seus membros,
funcionando por um colegiado de agentes. Exemplo:
Assembleia Legislativa, CN e CNMP.
d. Quanto a atividade:
• Órgãos ativos: são os que expressam decisões
estatais para o cumprimento dos fins da pessoa
jurídica. Ex.: Receita Federal, Ministério da Justiça,
Polícia Federal.
• Consultivos: os de aconselhamento e elucidação
(pareceres) para que sejam tomadas as providências
pertinentes pelos órgãos ativos. Ex.: Advocacia-Geral
da União.
• Controle: são os prepostos a fiscalizar e controlar a
atividade de outros órgãos e agentes. Ex.: Tribunal de
Contas da União.
Autarquias
A autarquia é fruto do procedimento de descentralização,
pelo qual a Administração centralizada repassa
determinado serviço para fins de buscar maior
especialidade e eficiência em sua prestação, atuando sem
nenhum interesse econômico ou comercial, mas tão
somente na busca do interesse coletivo.
FCC- ADAPTDA- As autarquias são dotadas de personalidade
jurídica de direito público, possuem capacidade de
autoadministração e se distinguem das pessoas políticas no que
concerne à competência legislativa, pois não a detêm, o que não
impede, todavia, que lhes seja transferida a titularidade e a
execução de serviços públicos.
Características:
• Autogoverno;
• Pessoa jurídica de direito público; detentora de seus
próprios direitos e responsável por suas obrigações.
“são pessoas jurídicas de direito público com capacidade
exclusivamente administrativa.”
• Criada por lei; poderá ela ser federal, estadual,
distrital ou, até mesmo, municipal. Sua estruturação
é dado por decreto.
• Integrantes da Adm. Pública.
Função: A Administração Pública tem como função típica a
prestação de serviços públicos (art. 175 da CF/1988) e
como função atípica o desempenho de atividade econômica
(art. 173 da CF/1988). Entretanto, uma autarquia jamais
será criada para o desempenho de atividade econômica,
apenas podendo ser instituída para prestar serviços
públicos típicos do Estado.
Objetivo: Atividade típica do Estado → não econômica.
Exemplo:
IBAMA: controlada pelo Ministério do Meio Ambiente.
INCRA: CriadocomDesafetação;
a intenção de executar a melhor
 Justificativa;
distribuição de terras no país.
Avaliação;
 Licitação.
INSS: tem a finalidade de gerir o regime geral de
previdência social aplicado aos empregados em geral,
regulado e controlado pelo Ministério correspondente.
Outros exemplos: CADE/ANEEL/ CVM.
Criação: Lei de iniciativa do chefe do executivo.
Art. 37, XIX, CF.
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Regra de pessoal: Regime Jurídico Único – RJU
O regime jurídico é o conjunto de normas e princípios que
serão utilizados por determinada pessoa, podendo ser de
direito público ou privado.
As autarquias são o próprio ente estatal exercendo
atividade típica do Estado e, por tanto, precisam gozar de
todas as prerrogativas públicas de que gozam os entes
federativos.
Quem trabalha na autarquia? Servidores estatutários e
aprovados mediante concurso, regidos pela lei 8112/90.
Os agentes das autarquias submetem-se a todas as
garantias constitucionais de estabilidade e regime de
aposentadoria especial, e também se submetem as
licitações constitucionais, a impossibilidade de acumulação
de cargos e a adequação de sua remuneração ao teto de
pagamento, previsto na CF.
Patrimônio: Bens Públicos- art. 98, CC.
O prédio onde funciona as autarquias.
Alienabilidade condicionada pela Lei: Art. 100 e 102, CC.
Requisitos:
Os bens públicos afetados, quais sejam os de uso comum
do povo e os de uso especial, não poderão ser alienados
por expressa vedação legal.
Logo, por consequência lógica, os bens de uso dominical,
denominados desafetados, poderão ser alienados.
Art. 100, CC/2002. Os bens públicos de uso comum do povo e os
de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua
qualificação, na forma que a lei determinar.
Impenhorabilidade: Pagamento segue na ordem do
precatório ou Requisição de pequeno valor.
Os bens públicos, em virtude dos princípios da
continuidade do serviço público e da supremacia do
interesse público, não podem sofrer penhora judicial para
garantir a execução de débitos contra a Fazenda Pública.
Em razão da impenhorabilidade dos bens e rendas das
autarquias, os pagamentos devem ser feitos por
precatórios judiciais.
Imprescritibilidade: bens públicos passe o tempo que for,
tais bens nunca serão perdidos por usucapião. Isso é o que
dispõe a própria Constituição Federal:
“Art. 183, § 3.º Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião”.
Exatamente pelo fato de não estarem sujeitos à perda em
virtude do abandono, ou seja, não podem ser adquiridos
pelo fenômeno da usucapião.
E só pode doar um bem público se tirar a natureza pública,
feita pelo processo de desafetação.
Não operabilidade: os bens públicos não podem ser
onerados, ou seja, não serão usados como garantia
do pagamento de dívidas. Dessa forma, não será possível
realizar a hipoteca, o penhor e a anticrese de bens público.
Atos administrativos e contratos administrativos: os atos
administrativos devem ser unilaterais, por motivos de
interesse público.
Os contratos possuem clausulas exorbitantes e garantem à
administração prerrogativas que o contratado não possui.
Foro processual: Justiça Federal.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou
empresa pública federal forem interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça
do Trabalho;
Responsabilidade Civil: Objetiva: art. 37, §6 º CF.
A autarquia responde, independentemente de dolo ou
culpa de seus agentes, pelos danos causados a terceiros na
realização de sua atividade.
• Natureza: pessoa jurídica de direito
público.
• Atividade: típica de Estado.
• Regime de pessoal: Presidente - cargo
Principais
em comissão e demais servidores - cargo
características
efetivo.
• Bens: públicos (impenhoráveis,
imprescritíveis, inalienáveis)
• Responsabilidade Civil: Objetiva
(2017/FEPESE/PC-SC/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) A respeito das
entidades integrantes da administração pública indireta, as
pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, sem caráter
econômico, para desempenho de funções próprias e típicas de
Estado, são denominadas:
REQUISITOS:
a. Conduta atribuída à autarquia.
b. Dano sofrido pela vítima e nexo causal.
c. Desnecessária a comprovação de culpa.
As agências reguladoras têm natureza jurídica de pessoas
jurídicas de direito público, classificadas como autarquias
especiais, condição essencial para que desempenhem
efetivamente seu papel.
Agências reguladoras
São autarquias em regime especial.
A principal diferença entre uma autarquia comum e a
agência reguladora está no modo de escolha ou nomeação
do dirigente:
Na autarquia comum, os dirigentes ocupam cargo de
natureza especial (cargo em comissão);
No caso das agências reguladoras, os dirigentes são
indicados pelo chefe do Poder Executivo, mas dependem
de aprovação do Poder Legislativo. No plano federal, essa
aprovação é feita pelo Senado.
Essas Agências executam as chamadas atividades
regulatória, e essas atividades podem ser decorrente:
• Poderes normativo: capacidade de editar atos
normativos.
• Poderes administrativos: exercício da função
administrativa (poder da polícia).
• Judicantes: resolver conflitos.
Espécies:
1. Agência reguladora de serviços públicos: Faz a ponte
entre o serviço prestado para o consumidor e uma
agencia que atua na atividade econômica, exemplo
Anatel, Aneel.
2. Agência reguladora de atividade econômica: são
autarquias especiais que atuam na normatização da
exploração de atividade econômicas de interesse da
coletividade, Exemplo: ANP – Agencia Nacional do
Petróleo.
REGIME JURÍDICO ESPECIAL
Poder normativo e deslegalização edição de atos
normativos.
Conflito entre o poder normativo e a deslegalização, significa:
retirar aquelas atividades que seria em tese do poder legislativo e
que passa a ser exercida pelo poder executivo, grande parte
desempenhada pelas agências reguladoras.
Deve-se respeitar o princípio da juricidade Princípio da
legalidade
LIMITES à • Casos de reversa legislativa
deslegalização • Material que devem ser reguladas por
lei complementar.
ATENÇÃO: A lei prevalece sobre um ato de uma agência
reguladora.
A Lei n. 13.848/2019 foi a determinação de MANDATO
FIXO nas agências reguladoras federais.
Art. 6º O mandato dos membros do Conselho Diretor ou da
Diretoria Colegiada das agências reguladoras será de 5 (cinco)
anos, vedada a recondução, ressalvada a hipótese do § 7º do art.
5º
Um ponto característico das agências reguladoras é o fato
de que, após o término do mandato, deverá o ex-dirigente
passar por um período de QUARENTENA durante o qual
ficará impedido de atuar na área que ele fiscalizava. Isso
ocorre para que se evite o repasse de informações
privilegiadas para empresas privadas.
Art. 8º Os membros do Conselho Diretor ou da Diretoria
Colegiada ficam impedidos de exercer atividade ou de prestar
qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por
período de 6 (seis) meses, contados da exoneração ou do término
de seu mandato, assegurada a remuneração compensatória.
AUTONOMIA ADMINISTRATIVA Pessoas jurídicas sem fins lucrativos, cujo elemento
essencial é a utilização do patrimônio para satisfação dos
➢ Estabilidade reforçada dos dirigentes.
objetivos sociais.
➢ Impossibilidade de recurso hierárquico improprio.
Podem ser:
Dirigentes só • Renúncia • Particulares (regido pelo código civil, art. 44, III);
perdem seus cargos: • Sentença transitada em julgado • Estado integrante da Administração Pública (art. 37,
• Processo administrativo. XIX).

Criação: Terá natureza de autarquia e será criada por lei.

OBS.: Administe-se que a norma criadora de cada agencia Sendo fundação pública de direito privado, depende de
estabeleça outras condições. autorização legal para serem criadas.

Objetivo: Não possuem atividade lucrativa, sua essência é

a existência e a formação de atividades social relevantes. Já
as fundações de direito privado podem atuar em atividades
assistenciais, de cultura, defesa, conversação do patrimônio
histórico. E elas vão precisar de lei complementar para
definição de seu objeto.

REGIME DE PESSOAL → Quem trabalha na fundação?

O regime de pessoal das fundações de direito público

Obs: diferentemente das autarquias comuns, em que os
dirigentes podem ser exonerados a qualquer momento,
pois ocupam cargo em comissão e, desde a nomeação, já se
sabe que a exoneração poderá ocorrer de forma livre.
(2018/CESPE/PGE-PE/PROCURADOR DO ESTADO/ADAPTADA) No
que diz respeito à administração indireta e ao regime jurídico das
agências reguladoras e executivas, julgue o item:
Embora a estabilidade seja a regra para o mandato dos dirigentes
das agências reguladoras, a lei instituidora da agência pode
estabelecer condições distintas para a perda de cargo de seus
dirigentes.
aplica-se o mesmo regime dos servidores das autarquias
(servidores estatutários, com garantia da estabilidade).
Já o regime de pessoal das fundações de direito privado
deve sujeitar-se ao regime da Consolida ção das Leis
Trabalhistas (CLT), mas com pertinência das normas
constitucionais do art. 37 da CF/1988, que veda a
acumulação de cargos e a necessidade de concurso público.
1. Estatutário: art. 39, CF.
2. Celetista:
necessidade de motivação para demissão dos
agentes.
Vedação de acumulação de empregos públicos.

AGÊNCIAS Obs.: Todas essas fundações estão sujeitas ao controle do

TCU, para saber se aquela fundação não houve desvio de
1. Aneel recurso público.
2. Anatel
3. ANS PATRIMÔNIO:
4. ANVISA • Direito público: bens públicos, então possuem as
5. ANCINE mesmas características das autarquias.
6. ANA • Direito privados: os bens são privados, com
7. ANTAQ prerrogativas de direito público, significa dizer que
8. ANTT ele esta sendo destinado ao um serviço público,
9. ANM com as mesmas características das autarquias.
10. ANAC
11. ANP ATOS E CONTRATOS:
12. CVM • Fundações de direito público: atos administrativos
13. CADE e contratos administrativos.
14. Banco Central • Fundações de direito privado:
15. INPI
RESPONSABILIDADE CIVIL
16. INMETRO
Objetiva

Fundações estatais
 • Natureza jurídica:
De direito público - lei cria
De direito privado - lei autoriza.
Principais • Atividades: de caráter social (não
características exclusivas do Estado).
• Regime de pessoal:
De direito público - servidores
estatutários
De direito privado - CLT