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1. Constitucionalidade e Legalidade
2. Interesse Popular
3. Aspectos Econômicos
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http://www.maringa.pr.gov.br/site/noticias/2016/11/18/trofeu-consciencia-negra-faz-homenagem-as-pessoas-que-atua
m-na-defesa-da-igualdade-racial/29728
3
http://www.maringa.pr.gov.br/site/noticias/2022/10/21/projeto-da-prefeitura-de-maringa-oferece-atendimento-psicologi
co-gratuito-a-populacao-negra/40560
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https://www.festivalobaxire.com.br/
5
http://www.maringa.pr.gov.br/site/noticias/2022/11/18/prefeitura-promove-palestra-sobre-combate-ao-racismo-para-al
unos-da-rede-estadual-de-ensino/40693
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https://infonet.com.br/noticias/economia/economista-afirma-que-feriados-nao-prejudicam-economia-do-pais/
dos dias parados são compensadas pelos dias que antecedem as datas comemorativas,
principalmente no comércio”.
Já o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Agostinho Celso
Pascalicchio7 revela que não se pode dizer que um dia pontual gere um grande impacto negativo,
porque de uma maneira geral os ganhos e eventuais perdas acabam se compensando e se
equilibrando, não gerando prejuízos à economia em razão do “efeito rede”, pois a medida em que se
ativa turismo, alimentação, passeios, lazer e afins, eventuais perdas que poderiam ocasionar o dia de
paralisação são compensadas.
Outro ponto importante a ser considerado é que pesquisas apontam que os consumidores
têm preferido comprar de empresas sustentáveis e que atualmente deixam de comprar daquelas que
não apoiam a inclusão e diversidade.8 Portanto, ao promoverem ações voltadas à diversidade e ao
combate ao racismo, o comércio pode ser fortalecido enquanto contribui para diminuição das
desigualdades ainda existentes na sociedade.
O Estado de Direito, a partir das políticas públicas, deve estar aparelhado para o desmonte
das disparidades e desigualdades sociais causadas pelas discriminações raciais, viabilizando ações
afirmativas por meio de programas e medidas pelo Estado e iniciativa privada, assim, assegurando à
população afrobrasileira oportunidades de reconhecimento e acesso com a institucionalização de
atividades políticas, econômicas para o desenvolvimento econômico-social para o enfrentamento do
racismo e discriminação étnica.
Isto posto, ressalta-se que a data precisa ser reconhecida pela sua importância e não como
um feriado que atrapalha o desenvolvimento da cidade, uma vez que não há qualquer indício ou
comprovação nesse sentido, pelo contrário.
A sociedade brasileira é uma das mais violentas contra corpos negros, isso se dá em razão a
negação do Racismo. Racismo é tecnologia de poder, como nos apontou o teórico, jurista e Ministro
dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, não é opinião, não é patologia, é uma escolha consciente do
grupo racial dominante para manter corpos racializados negativamente, na subalternidade. O Brasil,
foi o último país das Américas a abolir a escravização pela famigerada lei que colocou fim a
Instituição Jurídica da escravidão e composta de apenas dois dispositivos legislativos9 que não
garantiram políticas públicas para impedir o acesso desta população no tecido social brasileiro aos
bens materiais, culturais.
O município de Maringá ostenta títulos de qualidade de vida a nível nacional, como o de uma
das melhores cidade para se viver10, ocorre que para a manutenção da dita qualidade de vida é
preciso que todos os indivíduos que residem nesta verde cidade sejam contemplados em sua
cidadania. Fomentar condutas afirmativas são formas diretas de efetivar a cidadania de cada um dos
7
Especialista fala sobre impactos econômicos dos feriados prolongados | EBC Rádios
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Segundo pesquisa da Opinion Box (2022), 32% não compraria de empresas que não promovem inclusão e
diversidade.
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“Art. 1º É declarada extincta desde a data d'esta Lei, a escravidão no Brazil.
Art. 2º Revogam-se as disposições em contrário.”
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http://www.maringa.pr.gov.br/site/noticias/2022/07/07/maringa-e-destaque-em-ranking-entre-as-melhores-cidades-do-
brasil/40066#:~:text=Melhor%20Cidade%20para%20Viver%20%2D%20Al%C3%A9m,na%20%C3%BAltima%20edi%C3%A7
%C3%A3o%20em%202020.
indivíduos que compõem a sociedade maringaense, não apenas os 26% que compõem o recorte
racial específico mas sim, todo e qualquer indivíduo contemplado pelas políticas municipais.
Ao contrário dos argumentos de que a exclusão das pessoas negras se dá tão somente no
campo econômico, que não se trata de uma questão racial, mas social, o conjunto de situações
cotidianas reiteradas exemplificam o contrário. Por exemplo um deputado negro ser revistado pela
policia dentro de um avião? Um jogador renomado ser chamado de macaco enquanto exercia seu
trabalho? O que explicaria os seguranças seguindo pessoas negras dentro do mercado? O que
explicaria uma advogada negra ser algemada em plena audiência enquanto fazia a defesa de um
cliente? Isso mesmo, racismo. É o racismo que tem levado muitos jovens negro entre 10 e 29 anos
cometerem suícidio, segundo pesquisas amplamente divulgadas.
E como a instituição do feriado de 20 de novembro em Maringá ajudaria a derrubar esse
sistema racial que viola os direitos de mais de 56% da população brasileira e 26% dos/as
maringaenses?
Comissão de Presidente
Natalia Ferruzzi Igualdade Racial
Lima - OAB
Associação dos
Estrangeiros
Residentes na
Região
Metropolitana de
Maringá
Ong Maria do
Ingá Mulher
Pai Gustavo Abassá De Dirigente
Henrique Xangô e Oya
Meireles
Observatório das
Metrópoles
Núcleo Maringá
Coletivo de
Oposição
Sindical “Somos
Todos Sismmar”
SISMMAR -
Aparecida Sindicato dos Dirigente
Lourenço Goes Servidores
Públicos
Municipais de
Maringá
Cáritas
Arquidiocesana
de Maringá