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PENAL
DA RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Profª Ms Daniela Freitas
Cabimento – Arts. 396 e 396-A do CPP
•A teor do que dispõe o art. 396, caput, do CPP, após oferecida a
denúncia ou a queixa deve o juiz analisar a possibilidade de rejeição
liminar da inicial.
• Inexistindo causas de rejeição, deverá então ordenar a citação do
acusado para apresentar resposta escrita à acusação, no prazo de
10 dias.
•Trata-se de peça obrigatória (ao contrário da antiga defesa prévia)
posto que, se o réu, citado pessoalmente, não apresentá-la, o juiz
nomeará advogado dativo para fazê-lo.
•Caso o réu seja citado por edital, no entanto, não há essa
possibilidade, já que o prazo só começa a correr da data do seu
comparecimento ao processo.
Competência
•A resposta à acusação deve ser oferecida ao próprio juiz da causa
ao qual foi distribuída a ação.
Legitimidade
•Deve ser apresentada em nome do acusado, pelo defensor,
constituído ou dativo.
Prazo
•O prazo para apresentação da resposta à acusação é de 10 dias. Qual é o dies
a quo? Duas possibilidades:
•a) se o réu tiver sido citado pessoalmente – a partir da citação;
•b) se o réu tiver sido citado por edital – a partir do seu comparecimento ao
processo.
TESES E PEDIDOS
•Teses e pedidos
•Conforme preconiza o art. 396-A, na resposta à
acusação o acusado poderá arguir preliminares e
alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer
documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas (em número de 8,
se o rito for ordinário; ou 5, se for sumário),
qualificando-as e requerendo a sua intimação, quando
necessário.
TESES E PEDIDOS
•Preliminares são as questões relativas às condições
da ação e aos pressupostos processuais, vale dizer, a
situações que deveriam ter conduzido à rejeição
liminar da inicial. Caso o juiz não as tenha
reconhecido de ofício poderá nesse momento argui-
las à parte, requerendo a nulidade do processo, ab
initio.
•Ademais, devem aqui ser alegadas todas aquelas
matérias sobre as quais tem o juiz a possibilidade de
decidir, nesse momento processual, quais sejam:
TESES E PEDIDOS
•a) atipicidade do fato narrado;
•b) existência manifesta de causa excludente da ilicitude do
fato, sob pena de nulidade;
•c) existência manifesta de causa excludente de
culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
•d) extinção da punibilidade.
•Todas essas situações, se reconhecidas pelo juiz,
conduzem a uma sentença de absolvição sumária (anterior à
instrução probatória), nos termos do art. 397 do CPP, de
forma que esse é o pedido que deve ser formulado pela
parte.
TESES E PEDIDOS
•No entanto, alteração na jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça acabou
tornando possíveis mais duas teses que antes não eram
possíveis.
•No HC 115831 (j. 22.10.2013), a Min. Rosa Weber entendeu que é possível ao
magistrado alterar a classificação do crime no momento do recebimento da
denúncia. Desta forma, é possível pedir a desclassificação do crime na resposta à
acusação quando a qualificação do crime repercute na competência (por
exemplo, no caso de desclassificação que gere a remessa dos autos para o
juizado especial criminal) ou quando com a desclassificação possa surgir algum
direito como é o caso da suspensão condicional do processo que pode surgir com
a desclassificação.
TESES E PEDIDOS
•Por sua vez, o Superior Tribunal de Justiça entendeu
que é possível ao magistrado rejeitar a denúncia após
a resposta à acusação (REsp 1.318.180/DF, rel. Min.
Sebastião Reis Jr., j. 16.05.2013). Pela ordem,
portanto, é possível requerer:
•a) rejeição da denúncia ou queixa (art. 395, CPP);
•b) nulidade do processo (art. 564, CPP);
• c) absolvição sumária (art. 397, CPP).
MODALIDADES
Teses
todas as teses
Pedidos
excludente de culpabilidade
escusa absolutória
tese de mérito absolvição sumária (art. 397)
atipicidade
excludente de ilicitude
– desclassificação e consequentemente
– anulação ou
subsidiária de mérito desclassificação
– absolvição sumária ou