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obra
1. Introdução
2. Suplício
3. Punição
Considerações finais
A política, e a estrutura de poder tecida por discursos são ditames para que
exista um tipo de criminoso e uma forma de punição. Diferentemente de uma
análise naturalista, a cadeia, a privação de liberdade e a punição por crimes
não são configurados na noção simplória de punir os malfeitores, tendo em
vista que as coisas que são boas ou más dependem do tipo de sociedade e do
contexto histórico no qual vivemos. Assim como o louco não é simplesmente
aquele que não é normal ou não é são, o criminoso também não é apenas o
malfeitor. Não é o malfeitor que povoa a prisão, mas o próprio sistema prisional
que dá conta de produzir um tipo de malfeitor.
O resultado é que as prisões não servem para recuperar os criminosos,
mas arma-os de tal maneira que saem mais experientes em suas artes ilegais.
A cadeia serve como instrumento de poder, ao invés de humanizar, mesmo
que a privação de liberdade tenha substituído os cruéis suplícios.
Referências