Você está na página 1de 11

Julgamento

Cumprimentos iniciais

Excelentíssimo Senhor Juiz, senhoras e senhores do júri


Com a devida vênia, passo a expor os fundamentos da acusação
nos autos do processo um, que versa sobre o caso de latrocínio
em que a vítima, o dono de um pequeno comércio, perdeu a vida
de uma forma trágica, após ser assaltado foi ainda esfaqueado.
Estamos acusando os réus Raphael, Guilherme e Werley de roubo
seguido de morte. Dito isso gostaria de chamar a testemunha
(Thaina) para prestar seu depoimento.

INTERROGATÓRIO TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO

Interrogatório testemunha 1 (Thaina)

Promotor: Senhora Thaina você poderia nos dizer como era o


cotidiano da vítima?

Thaina responde

Promotor: Então aquele dia era apenas mais um dia, a senhora não
percebeu nada de anormal?

Thaina responde

Promotor: Thaina, você poderia nos explicar os momentos que


antecederam o crime? O que você e seu marido conversaram
naquela manhã?

Thaina responde

Promotor: Então a vítima não apresentava nenhum comportamento


suspeito no dia, não aparentava estar preocupado ou com medo de
nada?

Thaina responde

Promotor: Ok, obrigado senhora Thaina, sem mais perguntas


Excelentíssimo.
PARTE ADVERSÁRIA

Interrogatório testemunha 2 (Luiz)

Promotor: Senhor Luiz, qual era o seu contato com a vítima?

Luiz responde

Promotor: Você estava no comércio com a vítima no dia do crime?

Luiz responde

(SIM) Promotor: Então você poderia descrever o comportamento


dela no comércio antes do crime? Havia algo de anormal?

(NÃO) Promotor: Mas então, vocês se viram em algum momento


daquele dia?

Luiz responde

Promotor: Há alguma informação sobre pessoas suspeitas rodando


o comércio naquele dia ou em dias anterior?

Luiz responde

Promotor: Ok, obrigado senhor Luiz, sem mais perguntas


excelentíssimo.

PARTE ADVERSÁRIA

Interrogatório testemunha 3 (Richard)

Promotor: Você estava no dia do ocorrido?

Richard responde

(NÃO): Promotor: Certo, você se encontrou com ele dias antes do


ocorrido?

Richard responde

(SIM): Promotor: Quando?

Richard responde
Promotor: Estavam só vocês dois no dia em que se encontraram ou
havia mais alguém?

Richard responde

Promotor: Qual o relacionamento que a vítima tinha com esse


indivíduo?

Richard responde

Promotor: OK, obrigado pelo seu testemunho senhor Richard, sem


mais perguntas excelentíssimo.

PARTE ADVERSÁRIA

Interrogatório testemunha 4 (Katiani)

Promotor: Então senhora Katiani, como foi seu dia de trabalho no


dia em que ocorreu o crime?

Katiani responde

Promotor: Você sempre segue essa rotina?

Katiani responde

Promotor: Senhora Katiani você poderia nos dizer como a vítima era
no trabalho?

Katiani responde

Promotor: Então a vítima era amada por todos com quem


trabalhava?

Katiani responde

Promotor: Você estava em seu horário de almoço correto?

Katiani responde

Promotor: A senhora pode nos contar o que viu no dia do crime?

Katiani responde
Promotor: Certo, então a senhora viu três homens junto a vítima
antes de ir almoçar, correto?

Katiani responde

Promotor: A senhora registrou algum dos réus como envolvido no


crime?

Katiani responde

Promotor: Você pode descrever qualquer característica ou


comportamento que você notou?

Katiani responde

Promotor: Obrigada senhora Katiani, é isso, sem mais perguntas


excelentíssimo.

PARTE ADVERSÁRIA

Promotor: Meritíssimo Juiz, peço a palavra para apresentar as


provas que sustentam a acusação.

PROVAS

- Laudo pericial do sangue

- Laudo pericial das digitais

- Comprovante de pagamento

- Vídeo do estabelecimento

INTERROGATÓRIO TESTEMUNHAS DE DEFESA

Interrogatório testemunha 1 (Amanda)

PARTE ADVERSÁRIA

Promotor: Senhora Amanda, qual o seu relacionamento com o réu?

Amanda responde

Promotor: Há quanto tempo vocês namoram?


Amanda responde

Promotor: Então você sabe se o réu consome bebidas alcoólicas ou


usa algum tipo de droga?

Amanda responde

Promotor: Certo, senhora Amanda você conhece algum motivo pelo


qual Werley seria considerado inocente no caso?

Amanda responde

Promotor: Então você não suspeita de nada sobre o envolvimento


do senhor Werley no assalto ou no homicídio?

Amanda responde

Promotor: Onde você estava no horário do crime?

Amanda responde

Promotor: Você pode confirmar a presença do senhor Werley em


algum lugar diferente do local do crime no horário em questão?

Amanda responde

Promotor: Você poderia nos dizer o horário de uma forma mais


precisa?

Amanda responde

Promotor: Há alguma prova ou alguém que possa confirmar o seu


álibi?

Amanda responde

(SIM) Promotor: Qual o relacionamento dessa pessoa com a


vítima?

(NÃO) Promotor: Ok, obrigado senhora Amanda, sem mais


perguntas excelentíssimo.

Amanda responde

Promotor: Ok, sem mais perguntas excelentíssimo.


Interrogatório testemunha 2 (Sophia)

PARTE ADVERSÁRIA

Promotor: Você é próxima de seu primo? Vocês conversam


diariamente ou saem juntos com frequência?

Sophia responde

Promotor: Existe algum motivo pessoal ou desavença que você


saiba que poderia ter levado Guilherme a cometer o crime?

Sophia responde

Promotor: Você conhece o círculo de amigos do Guilherme? Eles


são pessoas com uma índole suspeita?

Sophia responde

Promotor: Certo, você sabe quais os tipos de assunto que


Guilherme conversa com seus amigos?

Sophia responde

Promotor: Você estava com Guilherme no dia do ocorrido e no


horário em questão?

Sophia responde

(SIM) Promotor: Você tem alguma prova disso?

(NÃO) Promotor: OK, sem mais perguntas excelentíssimo.

Sophia responde

(SIM) Promotor: Quais?

(NÃO) Promotor: Sem mais perguntas excelentíssimo

Sophia responde

Promotor: Ok, sem mais perguntas excelentíssimos.


Interrogatório testemunha de defesa 3 (Franciele)

PARTE ADVERSÁRIA

Promotor: O réu é bem visto por todos da vizinhança ou no


trabalho?

Franciele responde

Promotor: Você pode nos contar sobre o relacionamento dele com a


vítima? Havia alguma tensão entre eles?

Franciele responde

Promotor: Você pode nos dizer onde Raphael estava no momento


do crime? Ele estava em outro local?

Franciele responde

Promotor: Franciele, você estava com Raphael no dia do crime? Há


alguma prova?

Franciele responde

(SIM) Promotor: Quais?

(NÃO) Promotor: Ok, sem mais perguntas excelentíssimo.

Franciele responde

Promotor: Sem mais perguntas excelentíssimo.

Interrogatório testemunha 4 (Melissa)

PARTE ADVERSÁRIA

Promotor: Qual o seu nível de contato com os réus?

Melissa responde

Promotor: Como é comportamento dos réus diariamente?

Melissa responde
Promotor: Como amiga dos réus, você poderia compartilhar
detalhes sobre o comportamento deles nos dias anteriores ao
crime?

Melissa responde

Promotor: Pode nos falar sobre o comportamento deles no dia do


crime? Eles deveriam estar em outro local que não o local do
crime?

Melissa responde

(SIM) Promotor: Qual o local?

(NÃO) Promotor: Sabe dizer se os réus trabalham ou estudam? Ou


se são desempregados? Qual a empresa ou escola?

Melissa responde

Promotor: Sabe dizer se os réus trabalham ou estudam? Ou se


estão desempregados? Qual a empresa ou escola?

Melissa responde

Promotor: Ok, obrigado senhora Melissa, sem mais perguntas


excelentíssimo.

INTERROGATÓRIO DOS RÉUS

Interrogatório réu 1 (Raphael)

Promotor: Pode nos explicar onde você estava entre o horário do


crime

Raphael responde

Promotor: Há alguma testemunha que possa confirmar sua


localização?

Raphael responde

Promotor: Você tinha algum desentendimento com a vítima? Havia


algum motivo para suspeitarem de você?
Raphael responde

Promotor: Ok, sem mais perguntas excelentíssimo.

Interrogatório réu 2 (Werley)

Promotor: Você possui mensagens de texto, registros telefônicos ou


outras provas que podem confirmar sua localização naquele
momento?

Werley responde

Promotor: Você poderia fornecer um álibi ou prova que de que não


esteve no local do crime no horário em questão?

Werley responde

Promotor: Você conhece alguém que possa atestar sua inocência


ou confirmar sua localização em outro lugar naquele dia?

Werley responde

Promotor: Sem mais perguntas excelentíssimo.

Interrogatório réu 3 (Guilherme)

Promotor: Você pode descrever deus movimentos naquele dia? O


que você estava fazendo?

Guilherme responde

Promotor: Você esteve nas proximidades do comércio da vítima no


local em que o crime aconteceu?

Guilherme responde

Promotor: Alguém pode confirmar que você estava em outro lugar,


longe do local do crime, durante o horário do incidente?

Guilherme responde

Promotor: Ok, sem mais perguntas excelentíssimo.


SUSTENTAÇÃO ORAL

Excelentíssimo senhor Juiz, nobres jurados, respeitável defesa e demais presentes, com a
licença dos senhores, vamos aos autos do processo.

O ministério público ofereceu denúncia em face dos réus Raphael, Guilherme e Werley, onde
recai sobre o crime de Latrocínio, previsto no art.157 parágrafo 3°, inciso II do código penal
brasileiro.

LEI CITADA NO ART. 157 PARÁGRAFO 3° INCISO II

O caso que nos reunimos hoje se trata de um latrocínio no qual um pequeno comerciante ,
trabalhador incansável, perdeu uma vida de maneira brutal. Ocorre que em dias anteriores,
entre 12h00min e 13h30min da tarde, o dono de um pequeno comércio teria sido assaltado e
morto logo em seguida, na cidade de São Paulo, os réus teriam assaltado a vítima perto de seu
comércio e após assalta-lo teriam o matado a facadas e fugido da cena do crime. A acusação
que trago perante este tribunal é fundamentada nos artigos 157 mais precisamente parágrafo
3°, 121 e 29 do Código Penal Brasileiro, normas que tratam das consumações do crime, da
qualificação, do concurso de agentes e do concurso formal. Meu dever como promotor é
apresentar os argumentos que sustentam a acusação e demonstrar que os réus são os autores
do latrocínio em questão.

Inicialmente, eu gostaria de evidenciar que hoje, não trago apenas argumentos e evidências.
Trago também a dor, o luto e a tragédia que envolve o caso que nos encontra nesta sala de
justiça. Estamos diante de um latrocínio, um crime que não apenas rouba bens materiais, mas
também rouba vidas, sonhos e esperanças. Este não é apenas um caso nos autos, é uma
história de sofrimento humano, uma ferida que jamais se fechará nas vidas daqueles que
perderam alguém amado. Nossas leis não existem apenas para punir os infratores, mas para
proteger os mais vulneráveis e para garantir a justiça em nossa sociedade. Esta sala de tribunal
é um local de esperança, um lugar onde as vítimas buscam a justiça que lhes foi negada pelas
mãos daqueles que roubam suas vidas. O latrocínio, como crime, é uma afronta não apenas à
lei, mas À humanidade. Trata-se da perda irreparável das vidas inocentes, vidas que não
puderam realizar seus sonhos. Não podemos permitir que o lamento e as dores dessas vítimas
e de seus familiares e amigos sejam ignorados ou minimizados. Hoje, ao julgarmos este caso,
temos a responsabilidade de devolver um pouco de paz Às famílias que choram e de garantir
que a memória das vítimas sejam honradas com justiça. Recapitulando O que foi dito durante
os depoimentos das testemunhas, não é de nenhuma novidade que a vítima já havia tido um
desentendimento com os réus algum tempo antes, de acordo com as testemunhas a vítima
teria confrontado o réus já que eles sempre entravam no estabelecimento ficavam rondando e
no final não compravam nada, e isso acabava assustando os clientes, após o desentendimento
os réus não foram vistos novamente dentro do estabelecimento, mas em um dia tão normal
tanto para a vítima quanto para sua esposa, ele saiu no mesmo horário de sempre para ir
trabalhar mas, ele não voltou, ele foi assaltado e após isso brutalmente assassinado. Com isso,
exprime de dúvidas a qualificadora do art. 157 do Código Penal que define o roubo como a
subtração de coisa móvel alheia para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência
que culminou na perda da vida do dono. O art. 121, por sua, vez trata de homicídio, e as
provas são inequívocas de que os réus, acionados em concluio, tiraram a vida da vitima
intencionalmente. Ainda mais grave é o latrocínio, que comina o roubo com o homicídio,
agravando ainda mais a situação, o parágrafo 3°, inciso II do art. 127 do Código Penal, que
qualifica o roubo seguido de morte, especifica que, se o latrocínio for contrato em concurso de
agente, como é o caso, a pena é aumentada. O concurso formal de crimes, nos termos do art.
29, também se aplica aqui, visto que os réus cometeram mais de um delito no mesmo
contexto. Essa tragédia, Senhoras e Senhores Jurados, não é apenas uma perda para uma
família da vítima, mas uma mancha em nossa sociedade. Não podemos aceitar que atos tão
hediondos sejam cometidos impunemente. A justiça existe para proteger aqueles que
trabalham duro e buscam uma vida honesta. Nossa sociedade confia na justiça como uma
âncora que nos protege das tempestades da injustiça. Neste julgamento, peço que façamos
justiça não apenas a lei, mas também À vida que foi roubada.

Agradeço pela atenção e pelo respeito à vítima e suas famílias ao longo deste julgamento

Você também pode gostar