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DOUGLAS DANILO: Declaro abertos os trabalhos da 6ª sessão, da 1ª reunião do Tribunal do Júri da comarca da
Fraternidade Palmarense do ano de 2019.
DOUGLAS DANILO: Determino ao Senhora Escrivã que realize a chamada dos jurados sorteados (art. 463).
STEPHANY: Este tribunal convida os senhores jurados relacionados abaixo para compor o conselho de sentença:
1: ___________________________________________
2: ___________________________________________
3: ___________________________________________
4: ___________________________________________
5: ___________________________________________
6: ___________________________________________
7: ___________________________________________
DOUGLAS DANILO. Tendo comparecido o número de jurados declaro instalada a presente sessão.
DOUGLAS DANILO: determino que os policiais presentes no auditório apregoem as partes e as testemunhas,
colocado as em salas separadas. (Art. 447 e 454).
DOUGLAS DANILO: Determino ao senhor oficial de justiça que encaminhe o réu ao seu assento.
ERICK OLIVEIRA: 24
DOUGLAS DANILO: Determino a Senhora Escrivã que convide o Advogado a ocupar a tribuna de defesa.
STEPHANY: Este Tribunal convida o Doutor Victor Dutra e a doutoraTaciana Mendes Para ocupar o lugar da
defesa.
DOUGLAS DANILO: Vou fazer a exortação legal, e à chamada dos jurados, cada um dos senhores deverá responder
“Assim prometo”. Todos de pé. “Em nome da lei, concito-vos a examinar com imparcialidade esta causa e a proferir
vossa decisão de acordo com a vossa consciência e com os ditames da Justiça” (art. 472).
Jurado: Sr.______________________________
Jurado: Sr.______________________________
Jurado: Sr.______________________________
Jurado: Sr.______________________________
Jurado: Sr.______________________________
Jurado: Sr.______________________________
Jurado: Sr.______________________________
DOUGLAS DANILO: O Senhor não é obrigado a responder as perguntas, mas caso não as responda, o seu silêncio
poderá prejudicar sua defesa.
Consta no inquérito policial que o senhor está sendo acusado de HOMICÍDIO, na forma CONSUMADA, por motivo
fútil, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, HUMBERTO GONÇALVES, durante a imobilização este
veio a morrer. É verdade essa acusação?
ERICK OLIVEIRA: Eu estava trabalhando como segurança, e vi um indivíduo importunando umas clientes e
umas funcionárias e resolvi dar apoio ao segurança Gustavo Henrique, que estava sozinho. No momento da
imobilização não achei que ele estivesse morto, sinceramente, pensei que estivesse encenando para que nós o
liberássemos. Assim que nos certificamos de que ele estava contido, chamamos a polícia.
DOUGLAS DANILO: Com a palavra o senhor promotor de justiça Raquel/Isabella. (5 minutos para interrogar o réu)
VICTOR DUTRA: Senhor Erick, por favor, relate os fatos do dia 19 de novenbro, na padaria Dois Irmãos.
ERICK OLIVEIRA: Eu, junto com a fiscal da loja, Sra. Bruna Lopez da Silva Santos, fomos atender uma ocorrência, que
diz respeito ao Sr. Humberto Gonçalves, que naquele momento estava importunando outros clientes. Devido a isso,
nos dirigimos ao cidadão em questão para pedir que ele parasse com aquelas ações e se retirasse pacificamente.
VICTOR DUTRA: Sr. Oliveira, de acordo com os fatos que o Sr. relatou, Humberto Gonçalves aparentava estar sob
efeito de alguma substância entorpecente?
ERICK OLIVEIRA: Sim. Não somente eu, como vários clientes relataram que ele os havia importunado repetidas
vezes, demonstrando não estar na sua plena faculdade mental, como se de fato estivesse sob efeito de algum
entorpecente.
VICTOR DUTRA: E o senhor confirma que não havia outro meio para frear as investidas do senhor Humberto
Gonçalves?
ERICK OLIVEIRA: Não, não tinha. Ele estava bastante irritado e violento, e não respondia aos apelos para que parasse
de se debater e me atacar. Então, não me vi tendo outra escolha a não ser tentar imobilizá-lo.
VICTOR DUTRA: O senhor confirma que sua intenção era apenas conter o senhor Humberto?
ERICK OLIVEIRA: Sim. No momento da imobilização não achei que ele estivesse morto, sinceramente, pensei que
estivesse encenando para que nós o liberássemos.
VICTOR DUTRA: E quando você viu que o Sr. Humberto Gonçalves não reagia, quem chamou o SAMU e como você
agiu?
ERICK OLIVEIRA: Quando viram que a situação estava ficando difícil a fiscal de segurança chamou a brigada militar,
chamou também o SAMU, pois pensou que o rapaz estava numa crise nervosa. Quando ele relaxou e desfaleceu, o
SAMU chegou e eu fiquei do lado tentando ajudar de alguma forma até que eles verificaram que ele estava morto.
Eu fiquei em choque pois não foi nunca a minha intenção. Inclusive já precisei agir de forma mais enérgica em outras
situações e sabia que isso era quase impossível de acontecer. Não usei nenhuma estratégia de força letal ou doloso.
DOUGLAS DANILO: Determino que o senhor oficial de justiça chame para depor as testemunhas de acusação:
Testemunha: Juro
Testemunha: Juro
Testemunha: Juro
Testemunha: Juro
Testemunha: Juro
Testemunha: Juro
Testemunha: Juro
DOUGLAS DANILO: Determino que a senhora oficial de justiça faça entrar as testemunhas de defesa, o senhor:
Marcos
FERNANDA: Chamo para depor a testemunha, Senhor Marcos, pela defesa. Que tome seu lugar (a testemunha entra
e senta).
Marcos: Juro.
VICTOR / TACIANA: Senhor Marcos, o senhor trabalha no estabelecimento onde aconteceu o incidente com o
senhor Humberto, não é verdade?
VICTOR / TACIANA: O Senhor Humberto costumava frequentar o estabelecimento onde o senhor trabalha?
Marcos: No dia 17 de novembro, dois dias antes do ocorrido, o senhor Humberto estava no estabelecimento, e
várias clientes procuraram o fiscal dos seguranças para alegando que estavam sendo importunadas por ele.
VICTOR / TACIANA: É verdade que o senhor Humberto costumava abordar os clientes de forma grosseira?
Marcos: Sim. Neste mesmo dia ele apresentava sinais de embriaguez e estava com a voz bem alterada. Uma das
clientes falou que ele a intimidou durante um bom tempo, além de tentar retirar o óculos de outro cliente
VICTOR / TACIANA: O senhor confirma que o senhor Humberto aparentava estar sobre efeito de entorpecente?
Marcos: Ele estava bastante alterado e chegou a gritar com um dos seguranças.
VICTOR / TACIANA: Então o senhor confirma que o senhor Humberto, não era uma pessoa amigável?
DOUGLAS DANILO: Determino que o senhor oficial de justiça faça entrar a testemunha de defesa.
FERNANDA: Chamo para depor a testemunha, Senhor: Ítalo Arcanjo, pela defesa. Que tome seu lugar (a testemunha
entra e senta).
VICTOR / TACIANA: E o senhor poderia alegar que nesses anos todos de amizade com o Sr. Erick Oliveira, ele foi
racista em algum momento?
ÍTALO ARCANJO: Não, de forma alguma. Ele sempre tratou de maneira igual os amigos negros dele (assim como eu)
e os amigos brancos.
DOUGLAS DANILO: Passo a palavra ao Dr. Promotor lembrando que terá o prazo de 10 minutos para expor razoes de
acusação.
DOUGLAS DANILO: Aviso que o tempo de acusação esta esgotado. Passo a palavra ao defensor do réu,
Doutor________________, que também terá o prazo de 10 minutos para fazer sua defesa.
Senhores Jurados: A acusação tentou transformar o senhor Brian num verdadeiro monstro, perigoso para toda a
sociedade. Na verdade este raciocínio é injusto e merece a censura de nossas consciências. Carreguem isso durante
o julgamento. Quando o senhor Brian atirou em Kalil, não teve a intenção de matar, ele apenas reagiu por impulso,
pois o rapaz estava em atitude suspeita, alem disso, se recusou a parar o carro quando solicitado, foi bastante
agressivo com o senhor Brian, se recusando a todo tempo mostrar os documentos solicitados no momento da
abordagem e ao sair do carro pegou um objeto, que no momento parecia com uma arma.
Senhores jurados, meu cliente, teve essa reação, motivado pela emoção e sensação de que ia perder a vida naquele
momento, pois há um mês ele presenciou seu colega de trabalho ser morto por um jovem de 16 anos durantes uma
abordagem policial. Ele não poderia deixar essa sena se repetir.
Senhores jurados, meu caro colega promotor, alega que meu cliente só atirou porque Kalil era negro, mas garanto
aos senhores que essa acusação não procede, pois, meu cliente não é racista, nem nunca teve uma atitude racista.
Os seus melhores amigos são negros, e há um ano ele e sua esposa adotaram uma criança negra. Como pode uma
pessoa dessa ser acusada de racismo? Peço que os senhores jurados se coloquem no lugar do senhor Brian, fazendo
seu trabalho de proteger a sociedade, numa localidade perigosa, diante de uma situação de perigo, sem saber se ia
chegar em casa com vida, qual seria a reação dos senhores.
O meu cliente, é um profissional excelente, nunca cometeu um erro durante os 16 anos que está na corporação,
sempre é condecorado pelos bons serviços prestados a sociedade. É um bom filho, um bom pai, um bom marido.
O maior crime será o nosso se condenarmos a cumprir pena numa prisão uma pessoa que sempre agiu
corretamente dentro da sociedade. Não podemos mandar para prisão um cidadão que sempre presou pelo bem
estar das pessoas. Por isso peço aos senhores que absolva o senhor Brian.
DOUGLAS DANILO: Os membros do corpo de jurado podem se retirar para a sala secreta de onde deverão voltar
com seu veredito. (Jurados se retiram para o canto e conversam)
DOUGLAS DANILO: Aviso aos presentes que se qualquer um perturbar a livre manifestação do conselho será
obrigado a deixar o local e pagar uma multa de 100,00 (cem reais).
DOUGLAS DANILO: Leitura e justificativa da sentença pelo juiz. O juiz/ a juíza deverá pesquisar previamente qual é a
pena prevista para o crime que foi sendo julgado. Caso o réu seja considerado culpado, logo após a leitura da
sentença, o juiz/a dará a sessão por encerrada, lendo o seguinte texto: “Declaro encerrados os presentes trabalhos
relativos à 4ª sessão, da 1ª reunião do Tribunal do Júri da comarca da Fraternidade Palmarense”.